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Emergências hipertensivas

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Emergências hipertensivas
Enfª Me Ana Laura Biral Cortes
Conceituando...
Situações com lesões agudas em órgãos alvo e risco iminente de morte, que necessitam de redução imediata da PA (não necessariamente para níveis normais).
 
PAD >120 mmHg (parte da definição)
É de difícil mensuração é a velocidade da elevação pressórica: quanto mais rápida, maior é a probabilidade de não haver adaptação ao mecanismo de autorregulação pressórica. 
A redução pressórica deve ser cautelosa, evitando-se queda abrupta da PA, pelo risco de complicações como hipoperfusão e isquemia cerebral, lesão miocárdica e renal.
Em situações como a falência do ventrículo esquerdo, a encefalopatia hipertensiva e a dissecção aguda da aorta, a redução pressórica deve ser imediata e agressiva.
Conceituando...
Classificação...
PA acentuadamente elevada
Emergência hipertensiva
Urgência hipertensiva
Pseudocrise hiprtensiva
Emergências hipertensivas: Situações com lesões agudas em órgãos alvo e risco iminente de morte, que necessitam de redução imediata da PA. 
Urgências hipertensivas: Situações em que existe o risco potencial de lesão de órgãos-alvo e que, portanto, apresentam maior risco de novas complicações em curto prazo na vigência de PA acentuadamente elevada. 
Pseudocrises hipertensivas: Situações em que o aumento da PA é secundário (desencadeado por algum motivo)
Classificação...
A crise hipertensiva é mais frequente entre
 negros, 
fumantes, 
mulheres em uso de anticoncepcional,
pacientes submetidos a alto grau de estresse; 
excesso de catecolaminas como feocromocitoma; 
envolvidos com uso de cocaína; 
pacientes que suspenderam abruptamente o uso de α2-agonistas ou betabloqueadores ou álcool; 
e aqueles não aderentes ao tratamento com anti-hipertensivos orais
Emergências hipertensivas
Emergências hipertensivas
Emergências hipertensivas
Neurológicas
Cardiovasculares
Crises adrenérgicas graves
Emergências hipertensivas
Neurológicas
AVEH (HSA e HIP)
Encefalopatia hipertensiva
Cardiovasculares
EAP
Dissecção aguda de aorta
Crises adrenérgicas graves
Feocromocitoma
Intoxicação por cocaína
SCA
Algoritmo para abordagem inicial de PA acentuadamente elevada
Emergências hipertensivas
PA elevada
Lesões em órgão-alvo
SIM
NÃO
Emergência
ABCD 1º
ABCD 2º
Tratamento de acordo com emergência hipertensiva
Ausência de doenças cardio ou cerebrovasculares
Presença de IC, aneurisma, AVE prévios
Tratar causa do aumento da PA (analgésicos, ansiolíticos)
Exames complementares
Anti-hipert. VO
	Neurológicas	
	AVCI	24%
	Encefalopatia hipertensiva	16,3%
	AVCH	4,5%
	Eclâmpsia	4,5%
	Cardiovasculares	
	EAP	36,8%
	SCA	12%
	Dissecção de aorta	2%
Emergências hipertensivas
Apresentações das emergências hipertensivas
Fonte: Emergências Clínicas-Abordagem prática. Ed Manole, 2010.
AVALIAÇÃO História + Exame físico
 Emergência??? > ABCD
História: Sintomas específicos > Dor torácica, dorsalgia, lombalgia, dispneia, sintomas neurológicos focais, convulsões, rebaixamento do nível de consciência.
Exame secundário: Ausculta cardíaca e pulmonar, aferição da PA nos dois braços (com paciente de pé e deitado), exame neurológico, procura por sinais de IC, dissecção de aorta, EAP...
Emergências hipertensivas
Edema agudo de pulmão
Aumento da PA
Aumento das cargas ventriculares
Aumento do consumo de O2 pelo miocardio
CONGESTÃO PULMONAR
Redução de DC
Edema agudo de pulmão
Dispneia de início súbito ou em progressão rápida, 
Tosse seca ou com expectoração rósea,
 Taquipneia, 
Sinais de esforço respiratório (tiragem intercostal, retração de fúrcula),
Estertores crepitantes bilaterais e eventualmente sibilos.
Avaliação:
ABCD + MOV
Buscar por > Dispneia, sudorese, ansiedade, cianose e má perfusão, escarro rosado, crepitações à AP, podem estar presentes sopros cardíacos
Exames complementares > ECG, RX tórax, gasometria, exames gerais
Edema agudo de pulmão
Fonte: google imagens
Tratamento
 Alívio dos sintomas
 Reversão das anormalidades hemodinâmicas
 Reversão do Edema
 
 
 Furosemida: venodilatação, redução da pré-carga, diurese
 Morfina: Redução da pré-carga, redução da FC, redução da dispneia
 
Nitratos: Alívio direto da congestão pulmonar, Redução de PA, pre e pós carga (ATENÇÃO para níveis de PAS > Cuidado se PAS <90mmHg)
Edema agudo de pulmão
Dissecção aguda de aorta
Classificada em tipo A (aorta ascendente) e tipo B
Achados > Quadro clínico variável:
 Dor torácica de início agudo, geralmente retroesternal irradiando para as costas ou abdômen.
 Sintomas adrenérgicos: Palidez, sudorese, taquicardia
 Tamponamento cardíaco, IC, síncope, morte súbita
 Pulsos assimétricos
 PA divergente entre os membros (> 30 mmHg)
 Sopro de regurgitação aórtica
Dissecção aguda de aorta
Tratamento
 
Cirúrgico
ß-bloqueador IV (metoprolol 5 mg) – FC <60bpm
Redução da PA (PAS 110 ou 100mmHg) – Nitroprussiato de Na+
Morfina (analgesia)
Dissecção aguda de aorta
Síndromes coronarianas agudas
Conceito: A Síndrome Coronariana Aguda (SCA) é uma situação de emergência caracterizada por início agudo de isquemia miocárdica, que resulta em morte do miocárdio (IAM) se intervenções não forem tomadas imediatamente.
Angina instável
IAM com supra
IAM sem supra
Fisiopatologia: A causa base das diferentes SCA é a formação de placas de ateroma (aterosclerose) – acúmulo anormal de substâncias lipidicas + tecido fibroso nas paredes arteriais. 
Rompimento com formação de trombo - IAM
Síndromes coronarianas agudas
Síndromes coronarianas agudas
Isquemia
Angina de peito
Infarto do miocardio
Síndromes coronarianas agudas
Angina de peito
Angina estável
Angina instável
Angina de Prinzmetal
Síndromes coronarianas agudas
Manifestações clínicas
Indigestão
Dor retroesternal
Apreensão intensa
Dor que irradia para braços, pescoço ou mandíbula
Sudorese, palidez, vômitos...
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Síndromes coronarianas agudas
Infarto do miocárdio (IM):
IM com supra de ST
Sem supra de ST
Síndromes coronarianas agudas
Manifestações clínicas
Dor torácica súbita que não regride com medicamentos ou repouso
Paciente pode ou não apresentar sintomas prévios
Semelhantes as manifestações da angina
COMO AGIR???
Chamar socorro imediatamente!!! O transporte deve ser rápido
Realizar o exame primário
A - Buscar por obstruções nas vias aéreas
B – Boa ventilação
C – Avaliar a circulação
 
Avaliação primária +atendimento primário
MONABCH
Avaliação primária +atendimento primário
M – morfina
O – xigênio
N – Nitroglicerina 
A – AAS 
B – Beta bloqueador
C – Clopidogrel
H - heparina
referências
BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2ª Ed, 2016.
SOUSA, Márcio Gonçalves; JÚNIOR Oswaldo Passarelli. Emergências hipertensivas: epidemiologia, definição e classificação. Rev Bras Hipertens vol. 21(3):134-139, 2014.
ZANCANER, Leonardo F.; Catto, Luiz Fernando B. Edema Agudo de Pulmão na Sala de Urgência. Revista QualidadeHC; 2017.

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