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Teoria do consumidor

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1 
 
Tony Tomé Magival Matende 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tema: Teoria do Consumidor 
Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos - 1º Ano Pós-Laboral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Púngè 
Tete 
2020 
2 
 
Tony Tomé Magival Matende 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tema: Teoria do Consumidor 
Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos - 1º Ano Pós-Laboral 
 
 
 
Trabalho de carácter Avaliativo a ser 
apresentado no Departamento de 
Ciências Económicas e Contábeis na 
cadeira de Introdução a Economia 
recomendado pelo docente dr: 
José Manuel Andrade 
 
 
 
 
 
Universidade Púnguè 
Tete 
2020 
3 
 
Índice 
Capitulo I .............................................................................................................................. 4 
1. Introdução ......................................................................................................................... 4 
2. Objectivos ......................................................................................................................... 5 
2.1. Objectivo geral ............................................................................................................... 5 
2.2.Objectivos Específicos .................................................................................................... 5 
2.3.Metodologia .................................................................................................................... 5 
Capitulo II ............................................................................................................................. 6 
3. Teoria do Consumidor ...................................................................................................... 6 
3.1. Preferências do Consumidor .......................................................................................... 6 
3.2. Comportamento do Consumidor.................................................................................... 7 
3.2.1 O Pleno Conhecimento ................................................................................................ 7 
3.2.2. A Função Preferência ................................................................................................. 8 
3.2.3. Utilidade e Preferência ............................................................................................... 8 
3.2.4. Limitação Orçamentária ........................................................................................... 10 
3.2.5. Demanda do Consumidor ......................................................................................... 12 
3.3. Fatores que influenciam o comportamento do consumidor ......................................... 13 
4. Conclusão ....................................................................................................................... 17 
5. Referências Bibliograficas .............................................................................................. 18 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Capitulo I 
 
1. Introdução 
Neste artigo iremos falar das preferências e satisfação das nessecidades por parte dos 
consumidores. 
Os agentes econômicos dividem-se em três conjuntos: consumidores, empresários e os 
proprietários de recursos. Algumas pessoas ganham a renda monetária através da 
utilização e venda de recursos. Outras, utilizando seu recurso específico (capacidade 
empresarial) ao organizarem a produção. Todas as pessoas que ganham renda monetária 
pertencem ao conjunto dos agentes econômicos denominados consumidores. 
Naturalmente, existem outros membros neste grupo, membros familiares dependentes dos 
receptores de renda e participantes do orçamento doméstico são, portanto, também 
consumidores, pessoas incapazes de ganhar renda monetária e recebendo dinheiro por 
algum tipo de pagamento de transferência se classificam também na categoria de 
consumidor. 
De acordo com o objetivo, a origem da renda monetária não é importante. Apenas o facto 
de o dinheiro ser recebido por unidades familiares e gasto em bens de consumo é de real 
importância. Cada unidade familiar determina como alocar sua renda monetária entre a 
vasta gama de bens de consumo disponíveis. A agregação destas decisões de demanda 
constitui a demanda de mercado, que exprime a forma como a sociedade deseja alocar os 
seus recursos. 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2. Objectivos 
2.1. Objectivo geral 
 Fazer um trabalho investigativo sobre Teoria do Consumidor. 
2.2. Objectivos Específicos 
 Descrever a teoria do Consumidor; 
 Identificar principios de preferencia do consumidor; 
 Citar os factores que influenciam as preferencias do consumidor; 
2.3. Metodologia 
Para a elaboração do presente trabalho, primeiramente efetuou-se uma investigação e 
leitura de alguns manuais relacionados ao tema abordado, que visou no levantamento de 
informações contundentes. Quanto à tipologia, o presente trabalho classifica-se em 
Bibliográfica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Capitulo II 
3. Teoria do Consumidor 
A teoria do consumidor, ou teoria da escolha, é uma teoria microeconômica, que busca 
descrever como os consumidores tomam decisões de compra e como eles enfrentam os 
trade-offs e as mudanças em seu ambiente. Os fatores que influenciam as escolhas dos 
consumidores estão basicamente ligados à sua restrição orçamentária e preferências. 
Os principais instrumentos para a análise e determinação de consumo são a curva de 
indiferença e a restrição orçamentária. 
Para a teoria do consumidor, as pessoas escolhem obter um bem em detrimento do outro 
em virtude da utilidade que ele lhe proporciona. 
3.1. Preferências do Consumidor 
O estudo das preferências do consumidor, conciliado com a restrição orçamentária do 
mesmo, nos serve de subsídio para entender as escolhas do consumidor. Uma vez que 
levamos em conta que os consumidores são racionais, e por isso escolhem as melhores 
coisas pelas quais podem pagar. De outra forma, escolhem os bens que preferem dada uma 
restrição orçamentária. 
As preferências do consumidor podem ser expressas a partir de notações ou graficamente. 
A partir da análise desses recursos chegamos a conclusões importantes que nos ajudam a 
entender o comportamento dos consumidores. Essas conclusões podem ser chamadas de 
axiomas. Como segue: 
 Completa: Este pressuposto afirma que todas as cestas de bens podem ser 
comparadas, de forma que os consumidores possam escolher entre elas. 
 Reflexiva: Todas as cestas são tão boas como elas mesmas. Isso equivale a dizer 
que nenhum consumidor estaria disposto a pagar mais por uma cesta de bens X 
igual a cesta Y de menor preço. 
 Transitiva: O pressuposto da transitividade nos diz que se uma cesta x é preferível 
à cesta y, e que esta mesma cesta y é preferível à cesta z, a cesta x deve ser 
necessariamente preferível à cesta z. Isto ocorre, pois ao dizer que uma cesta é 
preferível à outra, isto implica que esta cesta tem uma utilidade maior que a outra. 
7 
 
Dessa forma, de acordo com o exemplo, seria impossível que z tivesse uma 
utilidade maior que a de x. 
3.2. Comportamento do Consumidor 
Cada indivíduo (ou unidade familiar) tem uma noção razoavelmente perfeita do que será a 
sua renda monetária num período determinado (por exemplo, um ano). Tem também 
alguma noção dos bens e serviços que pretende comprar. A tarefa que se apresenta a 
qualquer unidade familiar é a de consumir sua limitada renda monetária de forma a 
maximizar seu bem-estar econômico. Normalmente nenhum indivíduo é bem sucedido 
nessa tarefa. Isso pode ser atribuível à falta de uma informação precisa; mas existem 
outras razões, tais como estímulos a comprar. No entanto, de qualquer forma, o esforço 
mais ou menos consciente em atingir a satisfação máxima, com uma renda monetária 
limitada, determina a demanda individual por bens e serviços. 
Para analisar a formação da demanda do consumo, utilizamoscertas hipóteses 
simplificadoras que são os seguintes; 
O consumidor tem pleno conhecimento sobre os bens e serviços disponíveis no mercado. 
Cada consumidor tem uma função preferência; 
3.2.1. O Pleno Conhecimento 
Inicialmente supomos que cada consumidor ou unidade familiar tem uma informação 
completa sobre todos os problemas pertinentes a suas decisões de consumo. 
 O consumidor conhece a série completa de bens e serviços disponíveis no 
mercado; 
 O consumidor sabe exatamente a capacidade técnica de cada bem ou serviço para 
satisfazer uma necessidade; 
 O consumidor sabe o preço de cada bem e serviço, como também sabe que tais 
preços não serão alterados por suas ações no mercado; 
 O consumidor tem consciência exata do que será sua renda monetária durante o 
período determinado. 
Em resumo, cada consumidor tem o conhecimento exato e pleno de toda informação 
relevante para suas decisões de consumo, conhecimento dos bens e serviços disponíveis e 
8 
 
de sua capacidade técnica de satisfazer suas necessidades, dos preços de mercado e de sua 
renda monetária. 
3.2.2. A Função Preferência 
Um indivíduo ou unidade familiar obtém satisfação ou utilidade, de cada bem ou serviço 
consumido durante certo período de tempo. A fim de atingir seu objetivo (maximização da 
satisfação para dado nível de renda) o indivíduo ou unidade familiar deve ser capaz de 
comparar diferentes orçamentos ou cestas de mercadorias e determinar sua ordem de 
preferência entre eles. 
A função preferência é definida com as seguintes características: 
 A função preferência estabelece um conjunto ordenado de preferências para cada 
orçamento concebível (ou cesta de mercadorias); 
 Para qualquer das duas cestas A e B, a função preferência indicaque se prefere A a 
B, B a A, ou que o consumidor é indiferente entre essas duas alternativas. (Além 
disso, se A é preferível a B, B não pode ser preferível a A; e se A é indiferente (ou 
equivalente) a B, B é indiferente a A); 
 Considere qualquer das três cestas A, B e C. Se se prefere A a B e B a C, A deve 
ser preferível a C. Similarmente, se A é indiferente a B e a C, A deve ser 
indiferente a C. 
 Um orçamento maior é sempre preferível a um menor. 
Em resumo, a função preferência é caracterizada por duas relações: preferência e 
indiferença. Quando se compram duas ou mais cestas, a função preferência indica a ordem 
de preferência (duas cestas que são indiferentes têm a mesma ordem). Quanto maior o 
orçamento, mais alta sua classificação na ordenação. 
3.2.3. Utilidade e Preferência 
Os economistas conceituam utilidade como uma qualidade que torna uma mercadoria 
desejada. Isso é, naturalmente, um fenômeno altamente subjetivo, porque cada pessoa tem 
uma constituição fisiológica e psicológica diferente da outra. 
O consumidor ordena sua escala de preferências em função de seus gostos e da utilidade 
proporcionada pelos produtos individualmente. De início, pensouse que a utilidade 
pudesse ser medida em “utis” (Gossen, Jevons, Menger, Walrás). A soma da utilidade 
9 
 
proporcionada por todos os bens forneceria a utilidade total a ser maximizada pelo 
consumidor. Constatou-se, porém, que a utilidade não pode ser medida cardinalmente, ou 
seja, não se pode comparar e então somar, por exemplo, as utilidades proporcionadas pelo 
consumo de um cafezinho e de um automóvel. Em segundo lugar, não se pode somá-las 
porque as utilidades de alguns bens não são independentes. Assim, a utilidade ou 
satisfação das bolas de tênis deve ser parcialmente dependente da quantidade das raquetes 
de tênis. 
Desse modo, a idéia de utilidade cardinal deu lugar à noção de utilidade ordinal: o 
consumidor apenas ordena os diferentes bens segundo a utilidade que, a seu juízo, eles 
proporcionam (Edgeworth, Fisher, Pareto). Desse modo, ele apenas revela uma escala de 
preferência ou indiferença no consumo de cada bem, sem menção de valores para a 
utilidade ou satisfação. 
Desenvolve-se, assim, a noção de curvas de indiferença. 
Definição: Uma curva de indiferença é o lugar geométrico dos pontos ou orçamentos 
particulares ou combinação de bens que proporcionam o mesmo nível de utilidade total, 
ou ao qual o consumidor é indiferente. 
As curvas de indiferença têm quatro características importantes que são os seguintes: 
 As curvas de indiferença são negativamente inclinadas; isso reflete a hipótese de 
que uma mercadoria pode ser substituída por outra de maneira a que o consumidor 
mantenha o mesmo nível de satisfação; 
 Uma curva de indiferença passa através de cada ponto no espaço-mercadoria; isso 
resulta da suposição de que entre duas curvas de indiferença existe um número 
infinito de curvas; 
 As curvas de indiferença não se interceptam; 
 As curvas de indiferença são côncavas para cima; isso é exigido para que o 
consumidor maximize a satisfação para um dado dispêndio da sua renda monetária. 
 
 
 
10 
 
Figura 1. Curva de indiferênça 
 
3.2.4. Limitação Orçamentária 
A principal hipótese sobre a qual a teoria do comportamento do consumidor e da demanda 
está construída é: o consumidor procura alocar sua renda monetária limitada entre bens e 
serviços disponíveis de tal forma a maximizar sua satisfação. 
Se cada consumidor tivesse uma renda monetária ilimitada, ou seja, se houvesse uma fonte 
de recursos inesgotável, não existiriam problemas de economizar. Mas desde que este 
estado utópico não existe, mesmo para os membros mais ricos de nossa sociedade, as 
pessoas são compelidas a determinar sua linha de comportamento à luz de recursos 
financeiros limitados. Para a teoria do comportamento do consumidor, isto significa que 
cada consumidor dispõe de um montante máximo que pode gastar em cada período de 
tempo. O problema do consumidor é gastar este montante de modo a obter máxima 
satisfação. 
Uma das piores limitações para as pessoas é a financeira. A pessoa ou o consumidor tem 
certa renda e deseja comprar bens e serviços. A compra desses bens e serviços, porém, 
11 
 
envolve a desistência de parte dessa renda. Mesmo que a pessoa comprasse só um tipo de 
bem, teria sua capacidade de compra limitada por sua renda. 
Considera-se aqui que o consumidor não poupa nem toma empréstimos. Assim, o 
consumidor poderá escolher entre várias combinações possíveis dos bens e serviços 
disponíveis, desde que isso não estoure o seu orçamento. 
A restrição orçamentária é influenciada diretamente pela renda e pelos preços que o 
consumidor tem que pagar. (Se a renda aumenta ou os preços baixam, o poder de compra 
do consumidor aumenta e vice-versa). 
 Representação gráfica da restrição orçamental 
Exemplo: Um determinado aluno tem 600 € /mês de rendimento que pode gastar em 
alimentação cujo preço é 5€/u, vestuário cujo preço é 10€/u e habitação cujo preço é 
100€/u. Qual será o cabaz que o aluno pode consumir em cada mês? 
R: Qualquer cabaz X = (a, v, h) que custe menos que o rendimento, 5a + 10v + 100h ≤600. 
Tal como consideramos para as curvas de indiferença, tomemos o exemplo de um cabaz 
genérico com dois bens ou serviços, A = (a1, a2). Neste caso, a restrição orçamental vem 
dada por p1*a1 + p2*a2 ≤ r, podendo ser representada graficamente. 
Figura 2. Restrição orçamental. 
 
12 
 
3.2.5. Demanda do Consumidor 
Demanda significa o desejo de comprar bens ou serviços. A quantidade que o consumidor 
planeja comprar de cada mercadoria depende de sua capacidade de compra. E essa 
capacidade é condicionada pela renda que o consumidor tem e pelos preços de mercado. 
A demanda por um bem X indica as quantidades desse bem que o consumidor está 
disposto a adquirir quando varia o preço de mercado. Já se sabe que aumentos nos preços 
ou diminuição de renda alteram o poder de compra do consumidor. Isto significa que a 
escolha ótima do consumidor também muda, uma vez que ele terá que alterar o consumo 
de algum bem ou de todos. 
Pode-se, em geral, dizer que o aumentodo preço de um bem, dados os outros preços e a 
renda dos consumidores, induz as pessoas a comprarem menos esse bem. O argumento 
também vale para uma redução de preços, quando o consumidor passa a comprar mais. 
Esta relação inversa entre preço e quantidade de um bem é conhecida como a lei da 
demanda. 
 Lei da demanda: É a relação inversa entre o preço e a quantidade procurada de 
um bem, sendo dadas as preferências e permanecendo constantes a renda 
disponível do consumidor e o preço dos demais bens. 
A relação inversa entre preços e quantidades demandadas é válida para bens normais (ou 
superiores). Bens normais ou superiores são os bens para os quais se observa uma relação 
direta entre a renda real do consumidor e a quantidade demandada do bem. Isto é, um 
aumento da renda real do consumidor implica num aumento da quantidade demandada do 
bem. Inversamente, uma redução da renda real traduz-se em diminuição das quantidades 
demandadas. 
No caso de bens inferiores, as quantidades demandadas variam inversamente com a renda 
real. (Por exemplo, carne de segunda e farinha de mandioca constitui exemplo de bens 
inferiores. O empobrecimento do consumidor leva a um maior consumo desses bens, cuja 
demanda varia inversamente com sua renda.) 
Considerando um consumidor típico, a demanda individual corresponderá à média dos 
diferentes consumidores do mercado. Assim, a demanda agregada do conjunto dos 
diferentes consumidores do mercado conservará a mesma inclinação da demanda 
13 
 
individual: os mesmos preços determinarão as mesmas quantidades do consumidor típico 
multiplicado pelo número de consumidores. 
Para representar o que acontece no mercado, por exemplo, feijão, em que há grande 
número de consumidores, basta somar as quantidades que cada consumidor deseja 
comprar a um preço determinado no mercado. A curva de demanda, assim obtida, 
representa o comportamento de todos os consumidores ao mesmo tempo. Dá também a 
idéia de um comportamento médio. Nesta explicação, cada preço possível é igual para 
cada consumidor, sem que haja discriminação de preços. Esta soma de demandas resulta 
numa curva similar às curvas individuais, também negativamente inclinadas. 
Quando há uma alteração do preço de um bem temos a alteração das quantidades 
demandadas de outros bens, tudo o mais permanecendo constante. Este fato nos leva a 
classificar os bens em bens substitutos e complementares. 
 Bens substitutos: São bens substitutos quando um bem pode ser usado no lugar do 
outro, ou seja, bens cujas quantidades demandadas variam em sentido contrário 
quando se altera o preço de um deles. Exemplo: café e chá, carne bovina e carne de 
frango, etc. 
 Bens complementares: São bens cuja demanda varia no mesmo sentido quando se 
altera o preço de um deles. Exemplo, café e açúcar. 
3.3. Fatores que influenciam o comportamento do consumidor 
Os factores que influenciam as preferencias ou o comportamento do consumidor são: 
 Papel social 
O papel social se refere aos grupos que a pessoa pertence, sendo importante conhecer os 
círculos sociais que frequenta a profissão que exerce a família da qual faz parte e seus 
relacionamentos de amizade. Esse aspecto considera o mundo que o indivíduo pertence e 
com o qual ele interage. 
 Papel pessoal 
Não necessariamente pessoas que sejam de determinado grupo social e cultural terão os 
mesmos comportamentos de consumo, pois isso varia de indivíduo para indivíduo, 
dependendo, sobretudo, do seu papel pessoal. 
14 
 
Fatores como idade, cultura e necessidades, quando combinados simultaneamente, 
formam uma característica mais específica e singular, sendo um dos fatores mais 
complexos de se estudar, justamente pela pluralidade de aspectos que apresenta. 
 Cultura 
O entendimento de várias culturas contribui para o sucesso no alcance da audiência de 
determinados públicos. 
Dependendo do gosto musical, da religião, identidade nacional, dentre outros aspectos que 
dizem respeito à formação cultural de um indivíduo, é possível saber se um produto ou 
serviço terá chances de aceitação pelo grupo. 
A paixão do brasileiro pelo futebol ou a hora do chá dos ingleses são exemplos de fatores 
culturais que influenciam o comportamento do consumidor. 
 Medos e necessidades 
Fatores ligados às questões psicológicas e emocionais podem impactar diretamente nos 
hábitos de compra dos consumidores, seja por um trauma, necessidade ou até mesmo por 
algum tipo de preconceito. 
Algumas pessoas têm receio de fazer compras online e serem vítimas de alguma fraude. 
Por isso, preferem se dirigir às lojas para adquirir os produtos ou serviços. 
Há aqueles que sentem necessidade de aceitação social e, para isso, fazem o possível para 
comprar marcas de moda e grifes famosa, independentemente do preço pago. 
Ambos são claros exemplos de fatores psicológicos que influenciam o comportamento do 
consumidor. 
 Estágio de vida 
Todos nós passamos por várias fases durante a vida (infância, adolescência, juventude e 
velhice). E a cada estágio, vivenciamos diversos tipos de experiências que acabam 
impactando diretamente em nosso estilo de vida. 
Dependendo da etapa em que estamos, nossas prioridades e hábitos de consumo podem 
mudar bastante, oscilando conforme cada ciclo de experiências que estamos vivenciando. 
15 
 
 Novas tendências 
As novas tendências podem nos persuadir na escolha de nossas principais aquisições. Um 
exemplo disso é a compra de roupas da moda. A cada ano, podemos observar mudanças de 
coleções de todas as estações, apresentando diferentes cortes de tecidos e cores que variam 
bastante em pouco espaço de tempo. 
Portanto, acompanhar as novas tendências é importante para que a concorrência não deixe 
sua marca para trás. 
 Classe social 
A classe social diz muito a respeito do poder aquisitivo das pessoas, deixando mais ou 
menos clara o quanto aquele público pode gastar na compra de produtos e serviços. 
Esse conhecimento pode contribuir para oferecer produtos com adaptações que tornem os 
itens de venda mais acessíveis para aquele grupo. 
Por exemplo: alguns consumidores não têm renda suficiente para têm um cartão de crédito 
aprovado. Por isso, são obrigados a emitir um boleto bancário para fazer compras na 
internet. Este é um bom exemplo de fator social que influencia o comportamento do 
consumidor. 
 Mercado e economia 
O cenário econômico e o mercado podem representar danos não somente para quem 
vende, mas também para os consumidores, que deixam de adquirir seus produtos favoritos 
por conta de crises e altas inflações. 
As pessoas deixarem de fazer viagens internacionais e preferem destinos nacionais em 
momentos de crise econômica ou de alta dos preços das moedas internacionais, são bons 
exemplos de fatores econômicos que influenciam o consumo. 
 Opinião de outros consumidores (factor induzido) 
Para consultar as informações sobre qualidade e entrega de produtos e serviços, os clientes 
em potencial realizam diversas pesquisas nas plataformas de avaliação e nas principais 
16 
 
redes sociais das empresas, influenciando, assim, o comportamento dos consumidores que 
desejam realizar uma compra. 
Hoje, o consumidor tem mais fontes de informação sobre o produto/serviço que consome 
o que consequentemente faz com que ele seja mais exigente com a qualidade e valor do 
que ele compra, e com a agilidade, comodidade e praticidade do processo de compra. 
Analisar a opinião de outros consumidores, ou deixar de comprar um produto porque viu 
reclamações sobre ele nas redes sociais são típicos exemplos de fatores que influenciam na 
decisão de compra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
4. Conclusão 
O consumidor age racionalmente para buscar uma satisfação máxima de utilidade de um 
produto. A compra de novas unidades de um mesmo produto também é feita 
racionalmente, os preços e a renda são os fatores que limitam a maximização dautilidadede de um produto. Um consumidor adquire novas unidades se o preço não sofrer 
alteração ou se sua renda permitir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
5. Referências Bibliograficas 
 
KRUGMAN, Paul; WELLS, Robin. Introdução a Economia. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2007. 
DORNBUSH, R.; FISCHER, S. Macroeconomia. 4. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 
2000. 
LOPES, L. M.; VASCONCELLOS, M. A. S. (Orgs). Manual de Macroeconomia: 
Básico e Intermediário – Equipe dos Professores da FEA-USP. 2. ed. São Paulo: 
Atlas, 2000. 
VARIAN, H. R. Microeconomia: Princípios Básicos – Uma abordagem Moderna. 3. 
ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999. 
Mas-Colell, Whinston, Verde. "Capítulo 2: Escolha do Consumidor" em Teoria 
Microeconômica. New York: Oxford University Press, 1995.

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