Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS FACULDADE DE QUÍMICA LORENA LIMA BATISTA LEANDRO SANTOS QUEIROZ MARCOS ANDRÉ DE SOUZA BRANDÃO ADRIANO SANTOS DO AMOR DIVINO LIMA FRANCISCO LEONARDO CARNEIRO OLIVEIRA KEILA CRISTINA FONSECA DELGADO LUANNA KARYNA OLIMPIO DA PAIXÃO MARICÉLIA LOPES DOS ANJOS TIAGO SERGIO ALEIXO BARROS VIVIANE MELO WRIGHT DETERMINAÇÃO DA ENERGIA DE ATIVAÇÃO DE UMA REAÇÃO QUÍMICA IÔNICA BELÉM - PA 2014 LORENA LIMA BATISTA LEANDRO SANTOS QUEIROZ MARCOS ANDRÉ DE SOUZA BRANDÃO ADRIANO SANTOS DO AMOR DIVINO LIMA FRANCISCO LEONARDO CARNEIRO OLIVEIRA KEILA CRISTINA FONSECA DELGADO LUANNA KARYNA OLIMPIO DA PAIXÃO MARICÉLIA LOPES DOS ANJOS TIAGO SERGIO ALEIXO BARROS VIVIANE MELO WRIGHT DETERMINAÇÃO DA ENERGIA DE ATIVAÇÃO DE UMA REAÇÃO QUÍMICA IÔNICA Relatório apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Cinética Química experimental, no Curso de Química Bacharelado, pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Prof. Dr. (a) Ana Paula BELÉM - PA 2014 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 4 1.1. ENERGIA DE ATIVAÇÃO ..................................................................... 4 1.2. DETERMINAÇÃO DA ENERGIA DE ATIVAÇÃO DA REAÇÃO ........... 6 2. OBJETIVO ................................................................................................... 7 3. MATERIAS E REAGENTES ........................................................................ 8 4. METODOLOGIA .......................................................................................... 9 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................. 10 6. CONCLUSÃO ............................................................................................ 11 7. QUESTÕES ............................................................................................... 12 8. REFERÊNCIAS ......................................................................................... 14 4 1. INTRODUÇÃO 1.1. ENERGIA DE ATIVAÇÃO A ocorrência de uma reação química está relacionada com o contato entre as moléculas reagentes e a uma energia mínima necessária - a energia de ativação - para que ocorra a reação e a formação de produtos, em termos de potencial em um passo intermediário da reação necessário para que ocorra a transformação dos reagentes em produtos. A formação dos produtos a partir dos reagentes é um processo gradual em que as ligações dos reagentes são quebradas e ocorre a formação dos produtos. Esse estado de formação é chamado de complexo ativado, sendo possível formular a velocidade de reação em termos de propriedades dos reagentes e do estado de transição, no qual as moléculas integrantes formam o complexo ativado, sendo a velocidade da reação o número de complexos ativados que passam por segundo sobre o topo da barreira potencial com uma energia mínima para a ocorrência da reação. Por exemplo, uma reação exotérmica binária A + B = AB, o complexo ativado pode ser representado por AB*. Sendo o complexo ativado superior à energia dos reagentes, a diferença entre a energia dos reagentes e da energia do complexo ativado é denominada energia de ativação (ΔH*). Para uma reação exotérmica onde se é fornecida energia para que seja superada a energia de ativação e ocorra formação de produtos, o caminho da reação e sua energia de ativação são demonstrados graficamente como no exemplo da figura abaixo: Figura 1 - Representação gráfica de uma reação exotérmica demonstrando a energia de ativação para essa reação. 5 Quando uma reação é endotérmica, liberando energia para a formação dos produtos, seu comportamento no caminho da reação é demonstrado de forma graficamente contrária à reação exotérmica, fornecendo menos energia que o necessário para formação de produtos. Figura 2. Representação gráfica de uma reação endotérmica demonstrando a energia de ativação para essa reação. Os catalisadores influenciam na velocidade de uma reação porque alteram a energia envolvida na ocorrência da mesma; a energia de ativação necessária para que haja a formação do complexo ativado a partir dos reagentes diminui, porque a presença do catalisador oferece um caminho alternativo e menos energético para que a reação ocorra, e isto faz com que a reação ocorra com maior velocidade. Assim, a representação gráfica para uma comparação entre uma reação exotérmica catalisada e a mesma reação não catalisada: Figura 3. Gráfico demonstrando a comparação energética entre uma reação exotérmica catalisada e uma reação exotérmica não-catalisada. 6 A energia de ativação pode também ser aumentada com a adição de inibidores, que são substâncias que diminuem a velocidade de reação. Um inibidor desvia um dos reagentes para uma reação alternativa, de menor energia de ativação, sendo consumido preferencialmente nesta reação do que na reação que ocorreria sem a presença do inibidor. 1.2. DETERMINAÇÃO DA ENERGIA DE ATIVAÇÃO DA REAÇÃO A constante cinética k de uma reação química depende da temperatura, sendo envolvida com outras duas constantes, entre elas a energia de ativação. Segundo Arrhenius: 𝑘 = 𝐴𝑒 −∆𝐻 𝑅𝑇 Onde A é outra constante chamada de fator pré-exponencial, R a constante dos gases e T a temperatura absoluta. Determinando experimentalmente a energia de ativação da reação: S2O8-2 + 2 I- = 2 SO4-2 + I2 Sendo que a reação será executada de tal forma que o íon do iodeto estará em excesso. Já que a reação é de 1ª ordem com relação ao íon persulfato, sendo usada a equação cinética correspondente a essa ordem. In[S2O8-2]0 . ln [S2O8-2]t = k.t Dessa forma, o mecanismo da reação pode ser compreendido para determinar a constante cinética da energia de ativação. 7 2. OBJETIVO Determinar, a partir de dados experimentais, o valor da energia de ativação a partir de uma reação entre S2O8-2 e I-. 8 3. MATERIAS E REAGENTES Solução amido 1% Solução de iodeto de potássio 0,5 mol.L-1 Solução de persulfato de potássio 0,002 mol.L-1 Solução de tiossulfato de potássio 0,001 mol.L-1 Cuba de gelo Gelo 2 termômetros 2 erlenmeyers de 250 ml 1 pipeta volumétrica de 10 ml 2 pipetas volumétrica de 20 ml Cronômetro 9 4. METODOLOGIA Em um erlenmeyer foram transferidos 20 ml de solução de iodeto de potássio e ao mesmo erlenmeyer foram adicionados 10 ml de solução de tiossulfato de potássio. Em um segundo erlenmeyer foram adicionados 20 ml de solução de persulfato de potássio e 5 gotas de solução de amido. Os dois erlenmeyers foram levados ao banho de gelo, até atingir o equilíbrio a temperatura de 10º C, ao atingir a temperatura em equilíbrio misturava uma solução a outra instantaneamente e imediatamente marcava o tempo com o cronometro sempre agitando a mistura até que ocorre se a reação anotando seu tempo final. O procedimento foi repetido nas temperaturas de 10,15, 20, 30 e 35º C. 10 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados obtidos experimentalmente estão expressos na tabela 1. Tabela 1. Resultados obtidos da reação. T (K) t (s) T-1 (K-1) Ln t 283.15 485.40 0,00353 6,18497 288.15 422.40 0,00347 6,04595 293.15 394.20 0,00341 5,97686 303,15 66.00 0,00330 4,18965 308,15 59,00 0,00325 4,07754 O gráfico do Ln t em função de T-1, está mostrado no gráfico 1.. Gráfico 1. Ln t versus T-1 A equaçãoda reta obtida no gráfico 1 podemos comparar com a seguinte equação a = - Ea/R. A partir da comparação podemos achar a energia de ativação, que está na equação abaixo. Ea = - a x R Ea = 8494,6 x 8,314 = 70,62 kj/mol y = 8494,6x - 23,514 R² = 0,8977 4,00000 4,50000 5,00000 5,50000 6,00000 6,50000 0,00320 0,00325 0,00330 0,00335 0,00340 0,00345 0,00350 0,00355 L n t T-1 11 6. CONCLUSÃO Os dados experimentais permitiram determinar o valor de 70,62 kJ/mol para a energia de ativação desta reação. Erros como anotar o tempo certo de viragem, soluções não padronizadas e variações da temperatura podem explicam o baixo valor do coeficiente de linearidade consequentemente interferindo no cálculo da energia de ativação. 12 7. QUESTÕES a) Discuta os erros experimentais. O erro experimental mais notável é a medição do tempo, já que a mudança de coloração é muito rápida, o que torna difícil a determinação do momento exato em que a mudança ocorre. Além do tempo, a temperatura também é um fator de erro, já que foi possível observar que era difícil manter as soluções à mesma temperatura antes de misturá-las. b) Qual o sentido físico da energia de ativação? A energia de ativação é a energia que deve ser fornecida aos reagentes para que a reação possa ser iniciada. Em um sentido físico, também pode ser considerada em termos do grau de agitação que as partículas dos reagentes precisam ter para que suas colisões possam ser mais efetivas e possam dar origem aos produtos. c) Deduza a equação usada no tratamento dos dados experimentais. y = ln k = ln 1/t, a = - Ea/R e b= ln A d) Quais os fatores que influenciam o valor da energia de ativação? A temperatura em que a reação ocorre e o uso de catalisadores / inibidores. e) Discuta os efeitos de um catalisador na velocidade de uma reação e na energia de ativação da mesma. 13 Quando se utiliza um catalisador (considerando como catalisador apenas as substâncias que aceleram a reação, desconsiderando-se os inibidores, que também são classificados como catalisadores, apesar de terem efeito retardatário na velocidade da reação), aumenta-se a velocidade da reação. Já a energia de ativação é diminuída pelo uso de um catalisador. Isto porque o catalisador oferece um caminho alternativo para a reação, formando intermediários que requerem menor energia para se formarem e também para a formação dos produtos, e que, portanto, se formam e dão origem aos produtos mais rapidamente. f) Uma determinada reação de 2° ordem tem as seguintes constantes de velocidades em função da temperatura: Temperatura (°C) 0 18 24 30 k.105 (l.mol.s-1) 5,6 48,8 100 108 Determine a energia de ativação desta reação g) Numa reação semelhante à do experimento obtiverem-se os seguintes resultados: Tempo (s) 136 172 326 1033 T (K) 308 303 293 279 Qual a energia de ativação desta reação? Compare este valor com o obtido experimentalmente. A equação da reta e o coeficiente de linearidade para os dados acima é y = 6069,7x - 14,856; R² = 0,9953, então a energia de ativação será: Ea = 6069,7 x 8,314 = 50,5 kj/mol 14 8. REFERÊNCIAS ATKINS, P. Físico-química. Tradução de Edilson Clemente da Silva. Rio de Janeiro: LTC, 2008. MOORE, Walter Jonh. Físico-química. Vol. 1. Tradução de Helena Li Chun. São Paulo: Edgard Bluncher, 1976.
Compartilhar