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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – (UNESA) EDUCAÇÃO ESPECIAL PESQUISA E ANÁLISE DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA ESCOLA INCLUSIVA Juliana Guedes de Moraes – 201708177388 Rio de Janeiro, 1º de junho de 2020. OBJETIVO: Realizar uma análise de como a Educação Inclusiva está sendo aplicada e vivenciada nos ambientes escolares. Desde os espaços físicos dispostos até mesmo a formação dos profissionais que atuam em conjunto para a evolução do público-alvo da educação inclusiva. Trabalho esse relacionado como as propostas pedagógicas de adaptação de currículo, processos de ensino-aprendizagem e avaliação. Além do relacionamento interpessoal da turma e a criança com deficiência. INTRODUÇÃO TEÓRICA: Ao decorrer dos anos a Educação Especial vem passando por adequações. De um princípio apenas médico-assistencialista, que somente visava o cuidado da pessoa deficiente, para hoje onde há medidas legais que asseguram seus direitos a participação e atuação na sociedade de forma plena. Como na Constituição Federal de 1988, que garante o atendimento educacional especializado e a Lei de Diretrizes e Bases de 1996, que garante sua matrícula em classe regular de ensino e adaptações necessárias para atender suas necessidades. Atualmente é apontado como público-alvo da Educação Especial com direito aos serviços especializados os alunos com deficiência física, visual, auditiva, intelectual, com transtornos gerais de desenvolvimento e com altas habilidades/superdotação. É preciso salientar que o conceito inclusivo é globalizado e ainda não foi alcançado o ideal, pois muitos sistemas educacionais ainda precisam adaptar-se para atender de forma adequada os alunos com suas especificidades. Pois na perspectiva inclusiva todos os alunos com deficiência devem frequentar a classe regular e ter o seu atendimento educacional especializado assegurado no contra turno. Em observação a todos esses direitos se faz necessário a capacitação dos profissionais, adequações de currículos, compatibilidade mobiliária e predial e até avaliativa. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Por motivo de isolamento social há a impossibilidade de visitas nas unidades escolares. Porém, faço parte da equipe de uma escola do município do Rio de Janeiro ocupando o cargo de servidora pública como Agente de Apoio a Educação Especial (AAEE). Trabalho em comunicação direta entre professor e aluno deficiente incluso em classe regular. A escola atende alunos da educação infantil até o 5° ano do ensino fundamental, tendo alunos incluídos em todos os anos que atende, tendo até mais de um aluno incluído por turma. Trata-se de uma escola pequena, térrea e com cinco salas onde todas tem rampa de acesso, porém não tem mobiliário adaptado; nos banheiros há uma cabine adaptada para cadeirantes; há bebedouros adaptados e o acesso a quadra esportiva para a prática das aulas de educação física não atende os alunos cadeirantes pois o piso é muito irregular. Todos os professores lotados nesta unidade escolar são oriundos de concurso público, além das professoras regentes há: uma professora de inglês, dois professores de educação física e uma professora de sala de leitura. A escola também conta com apoio de duas estagiárias. Como anteriormente citado, todas as turmas contam com pelo menos um aluno incluído. Na escola há criança com deficiência intelectual, síndrome de Down, com paralisia cerebral e com deficiência física. Como AAEE apoio a maioria desses alunos. As adaptações no planejamento são realizadas pela professora regente de acordo com as potencialidades de cada aluno contando com o apoio da AAEE e das estagiárias. Para tais adaptações é descrito um documento feito pela professora regente e das demais disciplinas chamado PEI (plano educacional individualizado) onde é descrito as potencialidades, as dificuldades e o que o profissional pretende realizar para o progresso desse aluno. A professora também tem a sua disposição alguns jogos educativos como recurso. Um exemplo de adaptação é da aluna que tem paralisia cerebral. Como a mesma não verbaliza e sua coordenação motora é muito prejudicada, todo seu registro de atividades é exposto através de imagem de fotos e filmagens em um portfólio digital. Podendo assim ser perceptível seu avanço. Com relação as interações sociais entre as crianças deficientes e as demais, nesta escola, a participação nas atividades são feitas de maneira em que o aluno sinta-se acolhido e foi percebido que entre eles não existe preconceito ou outro tipo de segregação, apresentam-se dispostos a participar de maneira conjunta e cooperativa. Infelizmente a rede de apoio dentro da sala ainda é um tanto quanto precária, pois não há ainda material humano para apoio por todo o tempo de aula. Tendo em vista que a professora também tem os demais alunos com suas demandas. A rede municipal do Rio de Janeiro conta com o apoio da área da saúde e da assistência social, que juntas formam mais uma rede de apoio ao aluno da educação inclusiva. Dentro das unidades escolares, cada componente realiza seu apoio dentro de suas capacidades. Seja a professora com a coordenação dando o auxílio pedagógico, a direção com os encaminhamentos para as outras de assistência e a viabilização da comunicação com a família e o apoio dos AAEEs e estagiários na elaboração das atividades propostas. Com relação as famílias observa-se que nem todas colaboram de forma plena com a utilização de todos os recursos ofertados pra que a criança tenha todas as oportunidades. Dentro dessa rede também existem as “salas de recursos”. Lugares onde o atendimento educacional especializado é realizado. Feito também por uma professora da rede municipal proveniente de concurso público e com especialização em educação especial. Os alunos devem frequentar essas salas em contra turno duas vezes na semana. A avaliação é feita por esse profissional de sala de recursos, que por sua vez, em contato com a professora regente da turma avaliam os avanços ou retrocessos e podem planejar algo para a melhoria desse aluno. RESULTADOS E CONCLUSÃO: A educação inclusiva passa cada vez mais por mudanças, onde é preciso que as escolas e outras instâncias sociais juntamente com a família estejam dispostas a refletir e proporcionar as oportunidades para que a criança de hoje seja atuante socialmente e que tenha um pensamento crítico. Muito a de ser melhorado tanto na rede pública quanto na particular, pois a educação de qualidades é um direito de todos. Para alcançarmos a qualidade desejada é preciso capacitação, adequação, mobilidade, investimento e fiscalização. A unidade escolar por mim observada e relatada ainda não é completamente inclusiva pois ainda falta uma melhor estruturação, os professores de classe regular também devem ser capacitados e o sistema de adaptações e avaliações também precisam ser aprimorados. Mas a inclusão começa de dentro de cada um, com uma atitude inclusiva, um pensamento inclusivo, sem preconceitos e com disponibilidade de querer ver o próximo exercendo sua cidadania. “Se aprende com as diferenças e não com as igualdades.” Paulo Freire. REFERÊNCIAS: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/estude/60-cursos/15480-plano- de-ensino-individualizado-pei https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/co nstituicao-federal-de-/1284 http://www.rio.rj.gov.br/web/sme/atribuicoes-dos-cargos http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/estude/60-cursos/15480-plano-de-ensino-individualizado-pei http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/estude/60-cursos/15480-plano-de-ensino-individualizado-pei https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/constituicao-federal-de-/1284https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/pedagogia/constituicao-federal-de-/1284 http://www.rio.rj.gov.br/web/sme/atribuicoes-dos-cargos
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