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Psicodiagnostico

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Resumo PSICODIAGNÓSTICO (para NP1)
PSICODIAGNÓSTICO TRADICIONAL E INTERVENTIVO
PSICODIAGNÓSTICO = processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnica e testes psicológicos (input), em nível individual ou não. Pode ter um ou vários objetivos, dependendo dos motivos do encaminhamento e/ou da consulta.
Abarca os aspectos pretéritos, presentes (diagnóstico) e futuros (prognóstico) da personalidade.
O Psicodiagnóstico Tradicional parte de um levantamento de hipóteses a serem ou não confirmadas por meio do seguimento disciplinado de passos específicos (método). 
Em Psicologia Clínica, o diagnóstico é um passo anterior à psicoterapia, tendo como objetivo investigar os recursos e dificuldades do indivíduo e indicar a intervenção apropriada.
Psicodiagnóstico Interventivo (ou Avaliação Terapêutica) é uma vertente do Tradicional. Sua principal característica é a realização de intervenções (assinalamentos, interpretações, holding) durante as entrevistas e aplicações de técnicas projetivas. 
O Psicodiagnóstico Interventivo é um campo de conhecimento e aplicação clínica com características próprias. Suas bases paradigmáticas qualitativas, coerentes com sua maior liberdade metodológica, a preferência por instrumentos pouco estruturados e o reconhecimento da influência do pesquisador/profissional na qualidade dos dados, fornecem fundamentos harmoniosamente integrados para a construção/ definição de uma identidade profissional sólida, em que objetivos científicos e éticos se encontram.
Entrevista de Triagem
Objetivo principal avaliar a demanda do sujeito (queixa) e encaminhá-lo.
É mais do que uma coleta de dados, espaço de acolhimento, delineação de uma hipótese diagnóstica, investiga conflitos e sintomas, toma a forma de uma intervenção breve, encaminhamento.
Seguir o roteiro... como a pessoa chegou na clínica? ... etc.
Entrevista Clínica Inicial 
Conjunto de técnicas de investigação, de tempo delimitado, dirigido por entrevistador treinado (com conhecimentos psicológicos), com objetivo de descrever e avaliar os aspectos pessoais, relacionais ou sistêmicos (indivíduo, casal, família, rede social), em um processo que visa a fazer recomendações, encaminhamentos ou propor algum tipo de intervenção em benefício das pessoas entrevistadas. 
Essa entrevista comporta elementos diagnósticos que visam descrever, avaliar, relacionar e compreender o funcionamento psíquico do indivíduo.
Entrevista de Anamnese
Objetivo primordial de levantar dados detalhados da história do desenvolvimento do sujeito, principalmente na infância, resumo de todo um histórico do processo saúde-doença, muito utilizada no psicodiagnóstico e terapia infantil.
A Anamnese é uma recuperação da memória, o processamento de informações preestabelecidas que são informadas pelo paciente, um resumo de todo um histórico de seu processo saúde-doença. 
OBS.: Verificar quem levou a criança na clínica, se é a pessoa que cuida. Entender como se estabelece a relação pais/filhos, verificar se é adoção.
Verificar expressões verbais e não verbais (coerência / incoerência).
Postura do Psicólogo na entrevista clínica 
Acolher, observar, refletir, compreender e intervir.
Cabe ao psicólogo: observar, perceber, escutar com tranqüilidade e aproximar-se sem ser coercitivo (acolher), para depois descrever e avaliar.
Na entrevista o psicólogo deve ser discreto, informar e garantir o sigilo, fazer perguntas adequadas à situação, delimitar o tempo e respeitar o fim da entrevista.
O por quê? deve ser evitado pois conota uma reprovação, culpa ou condenação. 
OBS.: Levar em conta o indivíduo como um todo, modo como a pessoa enxerga a vida, sua religiosidade, costumes e cultura familiar.
Segundo Jurema Alcides Cunha (Psicodiagnóstico V)...
O entrevistador deve ser capaz de:
1) Estar presente (disponível p/ o outro) naquele momento, e poder ouvi-lo sem a interferência de questões pessoais.
2) Ajudar o paciente a se sentir à vontade e desenvolver uma aliança de trabalho.
3) Facilitar a expressão dos motivos que levaram a pessoa a ser encaminhada ou a buscar ajuda.
4) Buscar esclarecimento para colocações vagas ou incompletas.
5) Confrontar gentilmente esquivas e contradições.
6) Tolerar a ansiedade relacionada aos temas evocados na entrevista.
7) Reconhecer defesas e modos de estruturação do paciente, especialmente quando elas atuam diretamente na relação com o entrevistador (transferência).
8) Compreender seus processos contratransferenciais.
9) Assumir a iniciativa em momentos de impasse.
10) Dominar as técnicas que utiliza.
OBS.: Verificar a EXPECTATIVA em relação ao processo interventivo, não afirmar que o Psicólogo pode curar. Não fazer interpretações logo no começo, procurar criar EMPATIA (colocar-se no lugar do outro).
Verificar se há enfermidade e uso de algum medicamento, esclarecer os sintomas e circunstâncias em que surgiram, além da freqüência, quando e como surgiram.
Não deixar a angústia do psicólogo interferir no processo... (contratransferência). Tentar entender o significado daquilo que o paciente pergunta, o que está por detrás (transferência).
PSICODIAGNÓSTICO INFANTIL 
Considerar como uma avaliação lúdica.
Costuma-se entrevistar os pais, antes de ver a criança, com o objetivo de obter informações mais abrangentes possíveis sobre o problema e sobre como a criança é. Depois da entrevista com os pais, manter contato com a criança que pode ser por meio da hora lúdica.
As crianças em geral, agem e falam e/ou brincam de acordo com suas possibilidades maturativas, emocionais, cognitivas e de socialização, e é pela sua ação (ativa ou passiva) que elas exprimem suas possibilidades, descobrindo-se a si mesmas e revelando-se aos outros.
A escolha de brinquedos e jogos está relacionada com o momento evolutivo emocional e intelectual em que a criança se encontra.
POSTURA DO PSICÓLOGO deve dar à criança instruções de forma clara, breve e compreensível. Estimular a interação, conduzindo a situação de maneira tal que possa deixar transparecer a compreensão do momento, respeitando e acolhendo a criança, de forma que esta se sinta segura e aceita. 
Os resultados da avaliação constituem um retrato do momento da criança.
HORA LÚDICA = recurso técnico utilizado para conhecer a realidade da criança a partir do seu brincar livre e espontâneo, forma de expressão de conflitos, desejos, fantasias, etc. Pode ser utilizado o trabalho de colagem que trabalha com o referencial teórico da Gestalt, serve como recurso no processo psicoterápico, como experiência sensorial e como manifestação emocional. Por meio da seleção de figuras muita coisa é revelada, contando algo sobre o que a criança está sentindo naquele momento, ou na sua vida em geral. A COLAGEM é representativa do mundo interno da criança, de seus sentimento e pensamentos.
VISITA DOMICILIAR = agendada previamente em horário determinado pela família.
Modalidade de atendimento que conta com a participação ativa dos pais, do cliente (criança) e do psicólogo que compartilha impressões, percepções e experiências, com a finalidade de diminuir o sofrimento psíquico do cliente.
O espaço familiar assim como o escolar pode contribuir para que novas perspectivas de compreensão possam emergir e para que se construam outros olhares e significados acerca do cliente.
VISITA ESCOLAR = se propõe a compreender o cliente em seu mundo.
O ambiente escolar revela outros aspectos ao psicólogo, ampliando a compreensão a respeito da criança e dos pais. 
Conhecer a escola e o que os professores têm a dizer sobre a criança é desvelar algumas formas dela se colocar no mundo, ou como se relaciona com os outros, com o ambiente e consigo própria. Como interage, se apresenta ansiedade, segurança, autoconfiança, inibição, dependência, etc.
Desafio no Psicodiagnóstico:
Ampliar o olhar, investigar e integrar outros aspectos da criança:
- novas configurações familiares, realidade brasileira, características socioeconômicas, crise de valores, educação, violência, etc.
Em caso de violência social ou familiar: problema complexo edelicado, considerar contexto cultural, vulnerabilidade social, episódios intrafamiliares, vinculação afetiva, negligência, desigualdade, desestabilização emocional (psiquismo) da criança
O Psicólogo deverá compreender e respeitar o mundo do cliente, tentar encontrar um novo modo de lidar com a realidade do paciente, sugerir, apoiar e incentivar pais e responsáveis a atitudes ativas, promovendo saúde e desenvolvimento psíquico.
DEVOLUTIVA
A devolução para os pais é mais fácil do que para a criança, devido a comunicação, mediada por palavras. Para a criança pode-se elaborar um livro de histórias.
OBS.: Primeiro a devolutiva deve ser com a criança e depois com os pais.
Desmistificar a idéia de bons resultados (solução é equivoco).
Na história para a criança fazer uma metáfora do que a pessoa vivencia, não pode ser distante da realidade, com aspectos mais marcantes, evitar personagens com sentido pejorativo, montar um texto com imagens adequadas... final da história = chance da criança expressar sua própria solução final.
VIOLÊNCIA INFANTIL e DOMÉSTICA
Com a implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei Federal nº 8069 de 13/07/1990, ficaram assegurados direitos especiais e proteção integral, à criança e ao adolescente, Art. 18. “É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor”. (ECA, 1990). Também se tornou obrigatório a notificação, pelos profissionais de saúde, sobre casos suspeitos ou confirmados de maus-tratos contra crianças e adolescentes atendidos no sistema público de saúde ou em consultórios particulares.
A violência doméstica infantil, é algo que causa prejuízos psíquicos a suas vítimas, alguns pais justificam suas atitudes violentas em relação aos filhos, dizendo que estão fazendo o melhor que podem por eles, acreditando ser essa a melhor formar de educá-los.
A violência pode ser definida como qualquer ato que traz constrangimento físico ou moral à pessoa, ou qualquer força material ou moral empregada contra a vontade ou a liberdade de uma pessoa. Existem quatro tipos de violência, (sexual, física, psicológica e negligência), o conjunto delas é definido pelo termo maus-tratos.
O psicólogo, na Escuta de Crianças e Adolescentes, considerará a complexidade das relações afetivas, familiares e sociais, que permeiam o processo de desenvolvimento. 
1. O sigilo deverá estar a serviço da garantia dos direitos humanos e da proteção, a partir da problematização da demanda endereçada ao psicólogo.
 2. A Escuta Psicológica de Crianças e Adolescentes requerem espaço físico apropriado, que resguarde a privacidade do atendimento, com recursos técnicos necessários para a qualidade do atendimento. 
3. O psicólogo procurará, sempre que possível, trabalhar em rede, realizando os encaminhamentos necessários à atenção integral, de acordo com a legislação. 
4. O psicólogo, respeitará o desejo de livre manifestação do atendimento como momento emancipatório. 
5. O psicólogo, deverá fundamentar sua intervenção em referencial teórico, técnico e metodológico, reconhecidamente fundamentado na ciência psicológica, na ética e na legislação profissional, de acordo com a especificidade de cada caso. 
6. O psicólogo, na produção de documentos decorrentes do atendimento em situação de violência, considerará a importância do vínculo estabelecido com o atendido.
7. O psicólogo, ao produzir documentos, compartilhará somente informações relevantes para qualificar o serviço prestado com outros profissionais envolvidos no atendimento, contribuindo para não revitimizar o atendimento. 
8. O psicólogo, atuará em equipe multiprofissional preservando sua especificidade e limite de intervenção, sem subordinação técnica a profissionais de outras áreas. 
9. É vedado ao psicólogo papel inquiridor no atendimento de Crianças e Adolescentes em situação de violência. (GUIA PARA O EXERCÍCIO PROFISSIONAL PSICOLOGIA, 2011)
Fonte: https://psicologado.com/atuacao/psicologia-clinica/violencia-domestica-infantil © Psicologado.com

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