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Peça - Ação Monitória

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE AMERICANA– SP.
 
ALIMENTOS CRUZEIRO LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ/MF sob o n. (número), com sede em São Paulo–SP, na Rua (endereço), neste ato representada por seu advogado abaixo assinado, constituído nos termos do anexo instrumento de mandato (doc. 01), com endereço em (cidade), (endereço), local onde receberá intimações, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento nos art. 700 e seguintes do CPC, propor a presente
AÇÃO MONITÓRIA
em face de JOSÉ DA SILVA, nacionalidade (…), estado civil (…), comerciante em nome individual, portador da cédula de identidade RG sob o nº (…) e inscrita no CPF/MF sob o nº (…), residente e domiciliado na Rua (…), Americana/SP, pelas razões de fato e de direito a seguir expostos.
I – DOS FATOS
A indústria alimentícia denominada “Alimentos Cruzeiro Ltda”, vem fornecendo há anos, para José da Silva, comerciante em nome individual, vários produtos de sua linha de fabricação. 
Ocorre que nos últimos seis meses, alegando problemas de ordem financeira, José tem deixado de pagar as mercadorias compradas, prometendo fazê-lo assim que tiver o dinheiro disponível. No entanto, o débito chegou a R$ 100.000,00 (cem mil reais), vencido em 10/10/2018, sem contar os juros moratórios, razão pela qual a indústria, mediante prévia constituição em mora, cessou o fornecimento e pretende cobrar a dívida pretérita.
Porém, a Autora não tem títulos aptos a instruir processo de execução contra o Réu, pois recebia deste, periodicamente, os pedidos escritos, emitia as correspondentes notas fiscais/faturas para pagamento à vista, mas não sacava as duplicatas, até porque entregava as mercadorias numa transportadora que não cuidava de obter de José, a quem as entregava, os respectivos comprovantes de entrega.
Entretanto existe uma carta do Réu, dirigida à Autora, reconhecendo o débito, mas pedindo prazo indefinido para quitá-lo, inclusive o devedor alega que pagará a dívida corrigida pelo índice INPC, e com juros de 1% ao mês.
II – DO DIREITO
São claros os termos do art. 700, I, do CPC ao permitir àquele que pretender, com base em documento escrito, o pagamento de soma em dinheiro, vejamos:
“Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz:
I – o pagamento de quantia em dinheiro;”
Conforme comentários de Montenegro Filho (2007, p. 455) conceitualmente:
“(…) a ação monitória é ação de cognição sumária, que objetiva a formação do título executivo em menor espaço de tempo, se comparado com as ações de cognição ampla, apoiando-se na existência de prova escrita, despida de força executiva(…)”.
Assim, considerando que a Autora possui um documento na qual o Réu reconhece expressamente o débito, não restam dúvidas quanto à procedência da presente ação para que aquele pague o débito.
O valor original da dívida, vencida em 10/10/2018 era de R$ 100.000,00 (cem mil reais). Com atualização monetária e também com incidência de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, o valor atualizado perfaz o total de R$ 106.873,67 (cento e seis mil, oitocentos e setenta e três reais e sessenta e sete centavos), conforme pode ser observado no documento em anexo, obtido através do link: https://bit.ly/2HLCiG3.
Nos dizeres do ilustre Professor Vicente Greco Filho: 
“Prova escrita é a documental, não necessariamente o instrumento do negócio jurídico. Podemos citar, entre outras: o documento assinado pelo devedor, mas sem testemunhas, os títulos cambiários após o prazo de prescrição (...)”. 
Portanto, estando comprovado o direito da Autora, fica patente também o dever do réu de cumprir sua obrigação, no sentido de efetuar o pagamento do valor devido pela compra das mercadorias.
III – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer digne-se Vossa Excelência em:
a) Com fundamento no art. 701 do CPC, expedir o competente mandado de pagamento para que o réu efetue o pagamento no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de o mandado inicial ser convertido em mandado executivo, a seguir o procedimento da fase de cumprimento de sentença. Havendo pagamento no prazo, nos termos da lei, o réu estará isento do pagamento de custas processuais.
b) Na hipótese de o réu oferecer embargos, deferir à autora prazo (702 § 5o) para a formulação de sua impugnação e eventual produção de provas que se fizerem necessárias, tais como depoimento pessoal do réu sob pena de confissão, oitiva de testemunhas, juntada de novos documentos, expedição de ofícios, exames etc.
c) No caso de oposição de embargos, condenar o réu ao pagamento das custas, honorários advocatícios e ao pagamento de multa de até dez por cento sobre o valor atribuído à causa, em favor do autor (art. 702, § 11)
Dá-se à causa o valor dívida atualizada monetariamente de R$ 106.873,67 (cento e seis mil, oitocentos e setenta e três reais e sessenta e sete centavos).
Termos em que,
Pede deferimento.
Cidade, data, Advogado/OAB
Rol de documentos
1. Procuração
2. Documentos Pessoais do representante da empresa
3. Contrato Social da empresa
4. Cartão CNPJ
5. Carta de Confissão da dívida
6. Notas Ficais de origem da dívida
7. Comprovante de pagamento das custas processuais

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