Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
P á g i n a | 1 Vestibulopatias Periféricas Revisão da Anatomia Labirinto anterior → audição Labirinto posterior → equilíbrio O labirinto é composto por canais semicirculares, utrículo, ampola e cóclea. Na extremidade dilatada dos canais circulares, encontra-se a ampola. São 3 canais semicirculares: Superior/Anterior, Inferior/Posterior e Lateral/Horizontal. Os canais semicirculares: Laterais: Sensíveis à movimentação da cabeça em rotação horizontal. Verticais: Percepção da movimentação da cabeça em rotação para cima e para baixo. Ampola: Na crista ampular estão as células ciliadas sensitivas. Cúpula: Massa gelatinosa que envolve os cílios das células sensitivas. Na imagem, temos uma representação da ampola e da cúpula cobrindo as células ciliadas. Durante a rotação da cabeça, vai haver uma deflexão da cúpula e uma despolarização dessas células. Sáculo e utrículo Tem células sensitivas, que se encontram nas máculas, envoltas pela membrana otolítica (onde se encontram os otólitos). Essa região é responsável pelos movimentos lineares da cabeça. Durante a movimentação linear da cabeça, ocorre uma deflexão da membrana, com movimentação dos estereocílios em direção ao cinocilio. Nervo vestibular: 1º neurônio está situado no gânglio vestibular (ou de Scarpa): Isabela Terra Raupp P á g i n a | 2 Inferior → sáculo e canal semicircular posterior. Superior → utrículo e canais semicirculares lateral e superior. Conceito Vertigem é a sensação de rotação do ambiente ou do próprio corpo, que ocorre por assimetria do tônus dos labirintos direito e esquerdo. O nistagmo é uma manifestação clínica da assimetria de tônus entre a musculatura extrínseca dos globos oculares, que é mantido pelo sistema vestibular. Quando é de origem periférica ele tem um sentido único, que é horizonto-rotatório ou horizontal. Costuma ter presença de EIFO, que reduz sua intensidade com a fixação ocular. É acompanhado de vertigem intensa e sintomas neurovegetativos. Aspectos gerais Diferenciar de vertigens de origem central: Central: aquela em que a lesão situa-se nos núcleos vestibulares e/ou suas conexões no sistema nervoso central. Periféricas: aquela em que a lesão situa-se no labirinto posterior ou na via labiríntica até o ponto de penetração no tronco cerebral. Ver o que é a nível de labirinto, nervo e doneças que cursam com a infecção do ouvido interno. A nível de labirinto é bastante incomoda, podendo ter sintomatologia pior do que as de origem central. Porém a de origem central as vezes é mais grave – relacionada a AVC e outras patologias a nível cerebral. Patologias de origem periférica: Paciente chega assustado, porque a perda do equilíbrio e tontura preocupa o paciente. Geralmente, ele pensa que está tendo AVC. Pode ser que na anamnese ele nem relate a perda auditiva, porque ele está desesperado, quando vira para o lado fica tonto, podendo cursar com náuseas. O paciente fica muito angustiado. Na anamnese devemos sempre perguntar se o paciente tem sensação de ouvido fechado, zumbido, não está escutando bem. Vertigens sem alteração auditiva: Sem perda auditiva: Vertigem posicional paroxística benigna; Neurite vestibular; Vertigem de origem cervical; Vestibulopatia idiopática bilateral. Com perda auditiva: Doença de Meniére; Labirintite; Trauma de osso temporal; Neoplasia; Fístula perilinfática P á g i n a | 3 A vertigem posicional paroxística benigna é a vertigem periférica mais frequente, representando quase 30% dos casos das vertigens periféricas. É aquela onde tem mais sintomas. O paciente sente mais tontura, mais mal estar, náuseas. A Neurite vestibular é causada pela inflamação do nervo vestibular. No ouvido interno, temos o nervo da audição, o IVNC e o nervo do equilíbrio – vestibular superior e inferior. A de Origem Cervical acontece porque a inervação e vascularização não é tanto pela artéria carótida e sim pelas artérias e nervos vertebrais. A vestibulopatia idiopática bilateral é menos comum e tem uma apresentação mais atípica. Epidemiologia Vertigem tem prevalência de 5 a 10% da população mundial. É a 7ª queixa mais encontrada em mulheres e 4ª em homens → é comum porque assusta o paciente, justamente porque fica muito mal. 47% dos homens e 61% das mulheres com mais de 70 anos. Queixa mais comum após os 75 anos de idade Presente em 65% dos indivíduos com 65 anos ou mais. 50 a 60% dos idosos que vivem na comunidade apresentam vestibulopatias. 81 a 91% dos idosos atendidos em ambulatórios geriátricos tem queixas de vertigem. Piora com a idade → piora com a idade porque o paciente vai ter mais arteriopatias, DM, alterações da cervical e o equilíbrio também depende muito das forças musculares das pernas, coluna. Além disso temos alterações na estria neuronal que contribuem. Vertigem Paroxítica Benigna Uma das causas mais comuns de vertigem → Corresponde a 17% das vertigens e 30% das periféricas; Principalmente na população idosa; Incidência anual de 64 casos por 100 mil pessoas; Etiologia é desconhecida e 50% dos casos. Paroxística → porque ela vai e volta, é intermitente. o Conforme a posição tem desencadeamento da crise vertiginosa. O paciente vai fazer o movimento da cabeça, como abaixar ou levantar (amarrar os tênis, colocar algo no varal) e ai ele tem essa vertigem. Volta para a posição original e melhora em uns minutos. Benigna → porque tem solução, não deixa sequela e não tem maiores repercussões. Epidemiologia: Prevalência de 20-30% em clínicas especializadas; Incidência de 0,6% ao ano; Mais comum em: o Idosos; o Mulheres; o Brancos; o Com consaguinidade → componente familiar; Etiologia: P á g i n a | 4 Otólitos obstruem um canal dos três canais do labirinto, o mais comum é o posterior. Primária ou idiopática: 50-70% o Tontura apareceu do nada Secundária: o TCE (7-17%) → movimento de chicote no carro, por exemplo. o Otite média crônica o Neurite vestibular (15%) o Distúrbios psiquiátricos o Pós-cirurgia geral ou otológica o Inatividade prolongada o Insuficiencia verebrobasilar o Disfunção hormonal ovariana o Doença de orelha média o Distúrbios metabólicos o Menière o Hidropsia endolinfática o Pós-viral o Síndrome X o Substâncias ototóxicas o Labirintite o Lues o Migrânea (enxaqueca + vertigem) Fisiopatologia: Tontura é uma falsa sensação de movimento, frequentemente associada a desequilíbrio e/ou enjoo. Quando é causada por uma sensação de movimento rotatório, nós nomeamos vertigem. Paciente relata que sente como se tivesse “pisando em nuvens” quando está tonto e quando está com vertigem, sente que está “dentro de um liquidificador”. Depois do ouvido médio, no ouvido interno temos a cóclea (F), a chegada dos nervos e os canais semicirculares (E). Nos canais semicirculares tem a linfa (perilinfa e endolinfa) que se desloca e faz despolarização que faz o impulso pelos nervos vestibulares. O labirinto é um conjunto de arcos semicirculares que possuem líquidos em seu interior. A movimentação desses líquidos é interpretada pelo cérebro identificando movimento e mantendo o equilíbrio. As informações que acontecem dentro dos canais são o que vão ser informado para o SNC. Posição da cóclea e canais semicirculares –são um osso só. Então a gente tem o labirinto ósseo, e dentro temos o labirinto membranoso, que é onde tem as membranas vibratórias. Na imagem, vemos o labirinto membranoso. As bolinhas, são a cúpula, que é a base de cada canal. Os sinais e sintomas da vertigem acontecem devido a presença de partículas de carbonato de cálcio no labirinto: o Cupulolitias: depósitos basófilos aderidos à cúpula do CSC. Esses depósitosdesprendem do utrículo em virtude da ação da gravidade e chegam ao CSC posterior. P á g i n a | 5 o Canalolitiase: pequenos fragmentos de carbonato de cálcio se soltam da mácula utricular e caem nos CSC flutuando livremente na endolinfa. Então, basicamente a drenagem da linfa e perilinfa obstruída pelos cálculos (otolitos) de cálcio e potássio. Localização mais comum: CSC posterior: 85-95% → porque geralmente é quando deitamos. CSC horizonatal (bilateral): 5-10% CSC anterior: poucos relatos na literatura. Mais de um CSC é raro. Geralmente é unilateral, no labirinto direito e caracterizado como ductolitíase. Quadro clínico: Bem florido. Sensação de tontura rotatória desencadeada pela mudança na posição da cabeça; Curta duração e forte intensidade. Associada a náuseas, vômitos, nistagmo, instabilidade, desequilíbrio e sensação de flutuação. Esses sintomas são associados a uma descarga adrenal. Dependente da posição do paciente. Sem queixas auditivas Benigna: tende a resolver espontaneamente Imprevisível, súbita e progressiva Pode apresentar recidivas em 30-40% dos casos. Queixas atípicas em 1/3 dos paciente. Limitação psicossocial, depressão e ansiedade. Paciente geralmente diz “achei que ia morrer, porque fiquei muito mal, muito tonta, com sudorese, vômito e sensação ruim na cabeça”. Diagnóstico: História clínica + manobras provocadas (coloca a cabeça do paciente em diferentes posições e vê se há nistagmo). Gold-standart para diagnóstico Pode ser feito na emergência – direcionamento da pupila ou estímulos Exame complementar – deptonistagmografia o Filma o movimento do nistagmo e consegue a direção dele, se está de acordo com a suspeita diagnóstica. Sinal de positividade dos testes: nistagmo + queixa de tontura. Manobras que auxiliam também o reconhecimento: o Do labirinto acometido; o Do CSC acometido; o Do substrato fisiopatológico (canalitíase ou cupulolitíase) o Outras variantes. Manobra de Dix-Hallpike: CSC posterior: nistagmo para cima e para o mesmo lado da manobra; CSC anterior: nistagmo para baixo e para o mesmo lado; P á g i n a | 6 Canalitíase: pequena latência do nistagmo que dura poucos segundos (1-5 segundos). Cupulolitíase: nistagmo prolongado, geralmente 10-20 segundos, as pode chegar até 60 segundos. Paciente sentado e coloca a cabeça de lado a 45º. A cabeça tem que ir mais abaixo do plano da maca e tem que virar a cabeça em um ângulo de 45º. Retorno da posição sentada pode apresentar nova sensação de vertigem e nistagmo – rápido e sentido oposto ao teste. Não pode ser devagar, tem que ser como um deslocamento – relativamente rápido. Como se o paciente tivesse deitado na cama e se virasse para levantar. Limitações- paciente está nervoso, com medo, porque ele pode ficar tonto e paciente que tem acometimentos de cervical, idoso, obeso. É o padrão outro e certifica da presença de obstrução do canal Podem ser usados óculos de Frenzel ou VNG (videonistagmografia) ou até mesmo videonistagmogradia computadorizada ou nistagmootmografia, que exclui o efeito inibidor da fixação ocular. Dix-modificado: Manobra de posicionamento lateral – outros canais sã menos acometidos. Roll-test (teste de girar) – Mc Moure Diagnóstico diferencial: Nistagmo posicional → vestibular central Vertigem posicional → central Periférica → geotrópico (em direção a terra), ele é posicional e depois de certos episódios ocorre habituação, que deixa o reflexo mais fraco. Central → Rotatório, geralmente até espontâneo, não para. Tratamento: Manobras de reposicionamento, liberatórias e de habituação. Objetivo: guiar os cristais de carbonato para o utrículo. São manobras ao contrário do sentido que os cristais estão indo Canalitíase: o CSC posterior: manobra de Eply (contrário da Dix) P á g i n a | 7 o CSC anterior: manobra de Eply invertida Otolito girando junto com o canal. Cupulolitíase: o CSC horizontais: manobra de Barbecue. Manobra liberatória: o Cupulolitíase: CSC anterior e posterior: manobra de Sémot. Exercícios de Brand-Daroff – pode ser feito passando bolinha de uma mão para a outra ou ficar para lado e olhar para cada lado e para cima por 10 segundos com técnicas e com a fonoaudióloga ou otoneurologista. É feito porque a tendência do paciente quando tem a tontura é ficar parado, e com a técnica a gente consegue liberar o otólito. Esses exercícios fazem com que tenha habituação e o labirinto volte a funcionar. Medicamentos: Gravemente sintomáticos: náuseas e vômitos; o Anti emético – dimenidrato (Dramim), meclizina (meclin) e estabilizadores de labirinto – betaistina (labirin) e os mais antigos são cinarizina (vertix) o Cinetose – enjoar no movimento (barco, trem, carro) Causada pela diferença entre velocidade de informação ocular e velocidade de informação do labirinto P á g i n a | 8 A gente usa a técnica de contar quantos carros de certa cor tem, porque quando foca o olhar para frente, faz com que o labirinto tenha efeito inibidor ocular Exercícios podem ser usados em pacientes com enjoo em viagem Sintomáticos pós as manobras – Sintomáticos não desobstruem o canal mas estabiliza o paciente se quiser investigar mais é bom; Demais casos não se implica. Cirúrgico: Secção do nervo ampular posterior; Oclusão do canal semicircular posterior. Neurite Vestibular É uma inflamação idiopática do nervo vestibular, podendo estar associada a quadros virais (mais frequente) ou bacterianos. Há preservação da função coclear e da audição. Normalmente é unilateral. Não necessariamente é precedido por otite. Epidemiologia: Pouco frequente → Depende de infecção/inflamação do nervo vestibular, por isso é menos frequente. o Mais no inverno e primavera com quadros virais 0,8% de um grupo de 120 idosos (apenas um caso). 12% (50 casos) de um grupo de 418 pacientes atendidos em um ambulatório especializado em vertigem. Fisiopatologia: A imagem esquematiza o canal e edema do nervo do equilíbrio. É possível ver nervo de baixo que é o colcear, que está integro, normal. Atinge o nervo vestibular, o qual se ramifica e se conecta com os órgãos envolvidos no equilíbrio, dessa forma não acontece as informações de posicionamento do corpo da mesma forma que se não tivesse inflamação, ocorrendo a vertigem. São mais sintomas que duram por mais tempo justamente porque o nervo está inflamado. Então o paciente tem tontura, mal estar. Nesse caso, só há melhora quando a inflamação passar. Usado se falha em outros tratamentos em diversas oportunidades + desconforto do paciente. P á g i n a | 9 Podemos diferenciar dos outros tipos de vestibulopatias por ser periférico, ter mais demora para passar, não é intermitente e normalmente está associado há um processo viral ou bacteriano do paciente. Sinais e Sintomas: Vertigem súbita, grave e prolongada; Ausência de achados neurológicos e audiológicos; Náuseas e vômitos → pode ser tão ruim que o paciente precisa de internação com uso de dimenidrato IV ou benzodiazepínico para o paciente dormir e parar de ter a sensação desagradável de tontura e náuseas. Duração de 2 a 3 dias e desaparecimento em 4 a 6 semanas. o Depende do tipo de vírus, se foi detectado. Mais comum em meia idade e ambos os sexos. Diagnóstico: Baseado na história de vertigem súbita, náuseas e vômitos; Manobra de Dix-Hallpike → negativo, a tontura permanece a mesma, mesmo mexendo a cabeça; Exames auxiliares como eletronistagmografia, RMN e audiometria. o RMN não é necessária em muitos casos, mais se tem muita dúvida. Nesses casos, tem que fazer comcontraste, para ver o nervo (aumento da captação). o Audiometria: descarta outras causas. Tratamento: Inicialmente é sintomático, envolvendo repouso, antieméticos e hidratação; o Dimenidrato ou uso de benzodiazepínicos. Depressores vestibulares devem ser usados somente na fase aguda, pois o uso contínuo desse tipo de medicamento pode impedir a compensação vestibular central; o betaistina (labirin) e os mais antigos são cinarizina (vertix) Reabilitação labiríntica e vestibular assim que a fase aguda cessar. Vertigem de Origem Cervical Controle do equilíbrio pela região cervical: sensibilidade proprioceptiva cervical, controle cardiovascular (artérias carótidas e vertebrais). Tem relação principalmente com a artéria vertebral (mais posterior). Então quando for solicitar um ecodoppler é importante pedir de carótidas e vertebrais, justamente porque essa é importante para o labirinto. Epidemiologia: É uma condição de difícil estudo → diagnóstico subjetivo, ausência de testes específicos, além de apresentar discrepâncias entre a intensidade da dor cervical e a presença de vertigem. É mais frequente do que a gente pode provar. P á g i n a | 10 É muito referida, como tensão ou desconforto na região cervical, gerando quadro de tontura. 5,8% em grupo de 120 pacientes idosos. Diagnóstico muitas vezes por exclusão porque o idoso, na maioria tem problema de cervical, como desgaste, limitação, alteração... Causas: Estimulação anormal dos receptores proprioceptivos; Compressão vascular; Entidade clínica controversa. Pode ser por malformação óssea, desgaste ósseo. Então quando o paciente vai fazer o movimento com a cervical, há uma obstrução da vascularização. O labirinto sofre e dá a sensação de tontura. Os pacientes relatam desconforto na cervical, tem alterações na ressonância, mas nem sempre tem a mesma tontura. O diagnóstico final é dado pela história clínica e exclusão de outras patologias. • Cervicoartrose → estimulação simática → vasoconstrição da artéria vertebral Síndrome de Barré-Liéou • Obstrução da artéria subclávia → suprimento retrógrado da artéria vertebral Síndrome do Desfiladeiro Costoclavicular • Compressão vascular por alterções ósseas. Síndrome de Arnold- Chiari • Contratura reflexa dos músculos pré- vertebrais a alterações nos proprioreceptores cervicaisósseas. Síndrome de Greisel • Compressão da artéria vertebral ou subclávia Síndrome dos escalenos • Comprometimento muscular ocasiona alterações cervicais proprioceptivas Síndrome da Chicotada P á g i n a | 11 Malformações vasculares podem ter caráter congênito e se manifestar só depois dos 45 anos, por ter maior estimulação. Manifestações clinicas: Vertigem e desequilíbrio associado a movimentação da cabeça; Cervicalgia→ faz DD de outras causas; Contratura muscular; Cefaleia; Nistagmo. Pode precisar de atendimento multidisciplinar com fisioterapeuta, neurocirurgião (compressão nervosa ou vasuclar), traumatologista. Diagnóstico: História clínica associada a alterações durante a eletronistagmografia; Excluir outras causas com exames de imagem. Manejo: Relaxantes musculares. Analgésicos → tramadol/AINEs. Fisioterapia: alongamento, diminuição da contração muscular e correção da postura → diminuição da excitabilidade dos receptores proprioceptivos. Vestibulopatia Idiopática Bilateral A perda da função vestibular geralmente é induzida por: Fármacos vestibulotóxicos (como aminoglicosídeos); Meningite; TCE (compressão do SNC); Malformações congênitas (Região central do equilíbrio – coisas periféricas associadas); • 50 anos • Atecedentes cardiovasculares (HAS, arritmias e aterosclerose) Insufciência vertebrobaslar • Estreitamento da artéria vertebral. Síndromede Kimerli- Saratini P á g i n a | 12 20% dos pacientes não tem causa identificável para a hipofunção ventricular bilateral. Diagnóstico diferencial com outras lesões: exames do labirinto. Quando é relacionado a aminoglicosídeos, vai ter uma diminuição na função do labirinto. A gente consegue fazer a medida dos reflexos do nervo com os testes. Nesse caso, os reflexos estão abaixo da média. Isso mostra a lesão de nervo/labirinto por ototoxicidade. Cisplantina → quimioterápico que causa alterações no ouvido. Patogênese: Neurite vestibular que ocorre sequencial ou simultaneamente nas duas orelhas. Inflama e perde os reflexos. Sinais e sintomas: Osciloscopia; Vertigem; Desequilíbrio insidioso progressivo, sem tontura rotatória (a rotatória é mais característica de um labirinto com obstrução ou lesão e nesse caso o labirinto não funciona legal, ele fica com desequilíbrio); o Não é tanto posicional. o Paciente refere estar com sensação de “pisando em nuvens” Síndrome de Dandy. Achados eletronistagmográficos: Ausência de resposta bilateral aos testes calóricos e rotacionais. o Se coloca ar frio e ar quente no ouvido e teste tipo um choque térmico e o normal é ter náuseas e tonturas porque está estimulando o labirinto. o Se tem lesão no nervo, nada vai acontecer → hiporreflexia. Manejo: Difícil; 50% demonstram grau de melhora com exercícios de reabilitação vestibular → única alternativa para tentar estimular o equilíbrio novamente; Orientar a respeito de medidas de segurança, especialmente para ambientes escuros. Exemplo: o Dona Maria, 45 anos, foi ao pronto socorro relatando que acordou com sudorese, náuseas e tontura.
Compartilhar