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Apontamentos Eletroterapia INTRODUÇÃO A primeira contribuição neste campo foi realizada por Luigi Galvani, que em 1786, “descobriu a eletricidade em animal”, mais especificamente, em uma perna de rã. A eletricidade produz seus efeitos fisiológicos segundo dois mecanismos básicos: - fenómenos de campo; - movimento de cargas; Nasceu com Michael Faraday uma conceção que, lentamente elaborada, tornou-se uma das ideias centrais da física de nossos dias, a noção de CAMPO ELETROMAGNÉTICO. Do ponto de vista da eletroterapia “o organismo humano pode ser entendido como formado por numerosos sistemas eletrolíticos, separados por membranas semipermeáveis; cada célula forma um condutor eletrolítico”. Se a estas células e tecidos do organismo aplicamos um potencial elétrico, provocamos uma d i s s o c i a ç ã o i ô n i c a , isto é, “um fenómeno mediante o qual as moléculas se dividem em seus diferentes componentes químicos, pelo facto de que cada um deles tem uma carga elétrica distinta”. As alterações de polaridade da membrana são decorrentes da abertura ou fechamento dos CANAIS de Sódio (Na+ ) e Potássio (K + ), voltagem- dependentes, os quais são imprescindíveis para a promoção da D E S P O L A R I Z AÇ ÃO e da R E P O L A R I Z A Ç ÃO da membrana, respetivamente. Estes canais funcionam conjuntamente com a B O M B A D E S Ó D I O E P OTÁ S S I O, além dos canais de vazamento de sódio e potássio. EFEITOS DO USO TERAPÊUTICO DA CORRENTE ELÉTRICA • Controlo da dor aguda e crônica ; • Facilitação da cicatrização tecidual; • Facilitação da consolidação de fratura s • Redução de espasmo muscular; • Redução de edema ; • Fortalecimento muscular; • Minimização de atrofia por desuso; • Facilitação da reeducação muscular; • Realização da substituição ortotésica ; VARIÁVEIS FÍSICAS DA ELETROTERAPIA • Frequência • Amplitude Do Pulso • Largura Do Pulso • Formas De Pulso FREQUÊNCIA A frequência é definida como o número de ciclos por segundo, e comumente é expressada em hertz (Hz) ou pulsos por segundo (pps). Exempo: 4 ciclos num segundo = 4 HZ Esta é a frequência própria do trem de estímulo, onde os pulsos são produzidos a intervalos regulares. CLASSIFICAÇÃO QUANTO ÀS FREQUÊNCIAS • BAIXA FREQUÊNCIA:1 a 1.000 Hz mas utilizada na prática clínica a faixa de 1 a 200 Hz. Corrente Galvânica, Diadinâmicas, Farádica, TENS (Neuro Estimulação Elétrica Transcutânea) e FES (estimulação elétrica funcional ) • MÉDIA FREQUÊNCIA: 1.000 a 100.000 Hz, sendo utilizado na eletroterapia de 2.000 a 4.000 Hz. Corrente Russa e Interferencial. • ALTA FREQUÊNCIA: Acima de 100 mil Hz. Ondas Curtas (27,12MHz), Ultracurtas, Decimétricas, Microondas (2.450MHz), Ultrassom (1-3 MHz). AMPLITUDE DO PULSO A velocidade de fornecimento dos elétrons, denominado fluxo de corrente, nos é dada pela amplitude do pulso, que traduz a intensidade de corrente aplicada. A intensidade é a medida em amperes (A), sendo no caso específico da eletroterapia graduada em miliamperes (mA), no qual 1 mA corresponde ao fluxo de 6,25 x 1015 elétrons por segundo. Q= I x t Q - Quantidade de eletricidade I – Intensidade t – Tempo Amplitude, pico a pico de um pulso LARGURA DO PULSO A largura do pulso é graduada em milissegundos (ms), e nos indica o TEMPO de duração do pulso. Duração de pulso ( para um pulso) O produto da amplitude pela largura do pulso nos dá a Quantidade de Energia Transportada. Q= I x t Q - Quantidade de eletricidade I – Intensidade t – Tempo A relação destas duas grandezas, no que tange aos limiares nervosos, pode ser expressa na fig. a seguir. A figura, a seguir, mostra que as diferentes fibras nervosas respondem seletivamente aos estímulos das correntes elétricas, uma vez que as FIBRAS DE GRANDE DIÂMETRO, responsáveis pela inervação de certas estruturas sensoriais aferentes e fibras musculares, se DESPOLARIZAM com intensidades de corrente INFERIORES às FIBRAS DE PEQUENO DIÂMETRO, tais como as fibras aferentes para a dor e nervos autónomos. FORMAS DE PULSO As correntes utilizadas na prática clínica podem apresentar várias formas de pulso das quais são decorrentes as suas denominações. As formas de pulso mais comuns são: 1- Corrente unidirecional, contínua, polarizada (Fásica). 2-Onda direta, interrompida por períodos, polarizada. A série de pulsos produzidos pode variar na sua FORMA: 2.1- Quadrada: SMS (Strong Muscle Stimulation). 2.2- Triangular: Farádica (pode ser polar ou apolar) FORMAS DE PULSO 2.3- Onda direta, Semi-Senoidal, polarizada: 2.3.1- DIADINÂMICAS – DF, MF, CP, LP, RS . FORMAS DE PULSO 3- ONDA SENOIDAL, BIFÁSICA, ALTERNADA, CONTÍNUA E SIMÉTRICA - Corrente Interferencial 3.1.- ONDA SENOIDAL, BIFÁSICA, MODULADA PELA INTERFERÊNCIA - COR. INTERFERENCIAL (Alta freq. cerca de 4000 Hz) 4- ONDA BIFÁSICA , SIMÉTRICA , ALTERNADA 4.1- Q u a d ra d a : SMS , Ultra-excitante e Russa. 4.2- Tr i a n g u l a r: Farádica 5- ONDA BIFÁSICA, SIMÉTRICA, ALTERNADA, MODULADA POR RAJADAS (Alta freq. 2500Hz) 6- ONDA BIFÁSICA, ALTERNADA, ASSIMÉTRICA – TENS CORRENTE ELÉTRICA Carga elétrica é uma propriedade atribuída aos objetos para explicar certas atrações ou repulsões observadas e que não podem ser explicadas em termos de atrações gravitacional entre as suas massas. Ela pode ser de dois tipos: Pos itiva ou Negativa. Ao conjunto de cargas em movimento denomina-se de corrente elétrica. A energia elétrica pode ser conduzida através da matéria pela passagem da carga elétrica de um ponto a outro sob a forma de corrente elétrica. Os transportadores de carga podem ser elétrons, como nos Metais, ou podem ser íons positivos e negativos como nas Soluções Eletrolíticas; no primeiro caso, a condução é dita METÁLICA e, no segundo, ELETROLÍTICA. A unidade de corrente é o AMPERE , que corresponde ao fluxo de 1 coulomb de carga que passa por um ponto durante um segundo. Existem dois tipos básicos de corrente: contínua e alternada. A corrente CONTÍNUA (polarizada) significa que a carga está movendo-se sempre na mesma direção. Corrente ALTERNADA pode se apresentar na forma polar ou apolar. A forma apolar (despolarizada) se caracteriza por inverter a sua direção em intervalos regulares de tempo. NOTA: As cargas movimentam do polo [ + ] (ânodo) para o [ - ] (cátodo). No eletrodo [ - ] (cátodo) ocorre redução e os íons que vão em sua direção são [ + ] os cátions. No eletrodo [ + ] (ânodo) ocorre oxidação e os íons é o [ - ] ânions. ✓ Nas pilhas o ânodo é o polo negativo e o cátodo é o polo positivo. ✓ Nos processos de eletrólise o ânodo é o polo positivo e o cátodo é o polo negativo. CONDUÇÃO ELETROLÍTICA Em líquidos e gases o transporte elétrico se efetua mediante a DISSOCIAÇÃO DE MOLÉCULAS em íons que, ao possuir uma carga negativa ou positiva, são atraídas pelo elétrodo de polaridade oposta. Esta figura representa dois circuitos elétricos separados, um com solução ácida - sulfato (solução eletrolítica) e outro com solução de sacarose de cana de açúcar (solução não eletrolítica). Há uma fonte de energia que promove uma corrente elétrica que pode ser feita de pilhas ou uma tomada da rede elétrica. CAMPO ELÉTRICO PARTICULAS Qualquer região de espaço que esteja sob a ação de uma força elétrica é denominada de campo elétrico. Através do conceito de linhas de força podemos visualizar a direção, o sentido e comparar intensidades do vetor campo elétrico. Quando, por um processo qualquer, se eletriza um condutor, as cargas se distribuem pelo mesmo e, após um curto intervalo de tempo, permanecem em repouso relativamente ao condutor. Não importa se o condutoré maciço ou oco, as cargas se distribuem na superfície externa. DIFERENÇA DE POTENCIAL A voltagem ou diferença de potencial não é característica restrita dos condensadores, mas existe entre dois pontos quaisquer sempre que se necessitar realizar trabalho para transferir carga elétrica de um ponto a outro. RESISTÊNCIA A oposição ao movimento de elétrons através de um condutor é denominada resistência do condutor (R) e é medida em Ohm. Cabe ressaltar, que a resistência, no organismo animal, não é uma simples resistência óhmica uniforme, mas a soma de tantas resistências diversas, formadas por células e interstício de composições diferentes, pelas contracorrentes produzidas pela polarização dielétrica, pela polarização eletrolítica que se verifica nos tecidos e, de modo especial, nas membranas celulares. A maior resistência à passagem da corrente elétrica, no organismo animal, é imposta pelo revestimento cutâneo, que por isso influi fortemente sobre a resistência total do corpo. A porção mais resistente é a camada córnea. A resistência depende também da: • Duração do contacto, • Extensão da superfície de contacto, • Pilosidade (o couro cabeludo é mau condutor), • Vascularização, • Quantidade de glândulas sudoríparas, • Humidade da superfície cutânea. Frequência da Corrente É definida como o número de ciclos emitidos por segundo. A sua unidade é o Hertz (Hz). Nas estimulações musculares a frequência da corrente utilizada é de vital importância, uma vez que frequência acima de 15 Hz promovem contrações tetanizantes. Isto ocorre devido ao fato do mecanismo contráctil não apresentar período refratário, consegue-se com o aumento da frequência, atingir um instante em que cada nova contração ocorre antes do término da precedente. O motivo deste facto é a existência de íons cálcio em quantidades suficientes no sarcoplasma, até mesmo no intervalo entre os potenciais de ação para manter o estado de tetania, sem permitir o relaxamento entre os potenciais de ação. Como resultado, a segunda contração é parcialmente somada à anterior, de forma que a força total da contração aumenta progressivamente com o aumento da frequência de estimulação até atingir um limite máximo próximo à frequência de 50 Hz. Mesmo utilizando-se de frequências superiores a 50 Hz NÃO SE PRODUZIRÁ AUMENTO adicional de força de contração. Durante a contração tetânica a tensão desenvolvida no músculo é cerca de quatro vezes aquela desenvolvida pelos abalos musculares únicos. A frequência também interfere no LIMIAR SENSITIVO, sendo que frequências maiores desencadeiam perceções menores, uma vez que altas frequências apresentam resistências menores à passagem da corrente elétrica. Comparando correntes de diferentes frequências, 50 e 4000Hz, constata-se que a corrente de 4000 Hz apresenta uma resistência cerca de 80 vezes menor que a de 50 Hz. M O D U L A Ç Õ E S É qualquer alteração que se faz na CORRENTE ORIGINAL. Pode ocorrer devido às variações de largura e amplitude de pulso, da frequência da corrente ou em trens de pulso. Aplicamos as modulações: 1. Fortalecimento Muscular 2. Estimulação Sensorial – Dor Nas ESTIMULAÇÕES EXCITOMOTORAS as modulações comumente empregadas são em amplitude de pulso ou em trens de pulso. A variação na amplitude do pulso possibilita uma contração muscular mais “fisiológica”, uma vez que o número de unidades motoras recrutadas é proporcional ao incremento da amplitude da corrente. O seu uso se dá geralmente nos pulsos quadráticos, os de maior risco para a lesão muscular, onde todas as unidades motoras excitadas pela amplitude imposta são recrutadas de uma só vez. Já os trens de pulso são associados a outras modulações para que o aparecimento da fadiga muscular seja RETARDADO, visto que o músculo trabalha em um ciclo de contração- relaxamento. As outras formas de modulações são utilizadas nas correntes que necessitam de um longo período de estimulação, por exemplo a estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS), o qual conseguese abolir a acomodação. ELETROMAGNETISMO Fios metálicos condutores de uma corrente elétrica produzem campos magnéticos à sua volta. O campo magnético em torno de um longo fio metálico retilíneo assume a forma de círculos concêntricos, com o fio em seu centro. Um solenoide (espiral, ou bobina, de fio metálico) cria um campo um tanto similar ao produzido por um imã de barra permanente, e a diferença principal é a existência de um campo uniforme em seu interior. Esta uniformidade de campo é utilizada vantajosamente nas aplicações de Diatermia por Ondas Curtas. ESPETRO ELETROMAGNÉTICO A luz é uma forma de radiação eletromagnética. A luz pode ser dividida em suas diferentes partes usando-se para tanto um prisma; cada COR do “arco-íris” possui um Comprimento de Onda diferente. As ondas eletromagnéticas são campos elétricos e magnéticos que se deslocam pelo espaço sem a necessidade de um meio de sustentação. Estas ondas deslocam-se numa velocidade de 3 x 108 m/s no vácuo. Existe todo um espetro destas ondas, e a luz visível é apenas pequena parte deste espetro. Existem também no espetro: as ondas de rádio, micro-ondas, raios- X, etc. O Comprimento de Onda da radiação determina as dimensões dos objetos com os quais elas interagirão. Uma Onda com um comprimento de 100 m (uma Onda de rádio) não “enxergará” algo do tamanho de um átomo, ultrapassando-o sem perturbá-lo. Contudo, uma Onda com um comprimento de 10-12 metros (um raio y) interagirá com o núcleo atómico, por ter (com relação a este) um tamanho comparável. A radiação infravermelha tem um Comprimento de Onda comparável ao diâmetro de um átomo ou molécula, e assim pode interagir com estas estruturas, transferindo energia cinética (calor). E L É T R O D O S Os elétrodos têm como função básica transmitir a corrente, que está sendo produzida no equipamento ao paciente. Variando-se o tamanho dos elétrodos há a possibilidade de aplicação de altas densidades de corrente ao paciente, facto que deve ser cuidadosamente controlado para que não ocorra desconforto ou queimaduras cutâneas. Variando-se o tamanho dos elétrodos consegue-se uma maior densidade de corrente no elétrodo de menor tamanho (ativo), tendo portanto, uma maior efetividade da corrente na área comprometida, sob o elétrodo ativo. Os elétrodos podem ser confecionados em diversos materiais. Os elétrodos metálicos eram encontrados quase que exclusivamente confecionados em lâmina de alumínio, os quais superam os de chumbo no que concerne à corrosão promovida pelas correntes polarizadas (as ondas tem uma direção fixa), especialmente a galvânica. Os elétrodos flexíveis confecionados em silicone apresentam condutibilidade elétrica devido a sua impregnação por partículas de carbono. Com o uso de correntes despolarizadas (as ondas ocorrem numa série de direções diferentes) não simétricas, estes elétrodos podem perder parte da sua condutibilidade, tornando-se parcialmente isolantes, não permitindo portanto a passagem total da corrente. Uma vez que a sua condutibilidade elétrica é decorrente dos iões carbono impregnados ao silicone, estes elétrodos não podem ser utilizados com correntes polarizadas, uma vez que poderá ocorrer a migração destes iões, tornando os elétrodos totalmente isolantes. Eletrodos de carbono-silicone é utilizado com gel eletrocondutor. POSIÇÃO DOS ELÉTRODOS LONGITUDINAL ou TRANSVERSAL No modo longitudinal podemos subdividi-los segundo a estrutura a ser estimulada: • Mioenergética (ventre muscular); • Tronco nervoso (emergência da raiz nervosa); • Paravertebral ( coluna espinhal ); ➢ Vaso trópico ( trajeto vascular); • Gangliotrópica ( gânglio do sistema nervoso autónomo); • Ponto motor (ponto motor do músculo). Nas correntes polarizadas os elétrodos não podemser acoplados diretamente sobre a superfície cutânea devido o risco de queimaduras. ACOPLAMENTO : ESPONJA VEGETAL (embebida em água) - elétrodos metálicos; GEL - elétrodos flexíveis (silicone carbonado); ADESIVO OU SILICONE O uso de soluções contendo cloreto de sódio é difundido como forma de aumentar a transmissão da corrente na esponja, tendo-se o inconveniente de que o sal sofrerá iontoforese podendo irritar os folículos pilosos. Na prática observa-se que não há necessidade de tal procedimento uma vez que os iões contidos na água são suficientes para a transmissão da corrente, e o fator determinante, no caso, é a quantidade de água contida na esponja. DOR É a combinação de sensações subjetivas que acompanham a ativação de nociceptores . A dor é uma sensação necessária para o funcionamento normal do corpo; Exerce uma função protetora, ao proporcionar informações concernentes à localização e intensidade dos estímulos nocivos e potencialmente lesivos aos tecidos do organismo. ASPETOS PERIFERICOS DA DOR Os tipos de recetores sensitivos responsáveis pela deteção dos estímulos dolorosos – NOCICEPTORES – são principalmente terminações nervosas livres . Estas são terminações nervosas que NÃO possuem estruturas acessórias especializadas, e podem ser encontradas em praticamente todos os tipos de tecidos no corpo. FIBRAS MIELINIZADAS DE PEQUENO DIÂMETRO ➢ Grupo III DOR AGUDA OU RÁPIDA - Conduzem impulsos na velocidade de 5 a 30 m/s, e que comumente estão associados a sensações dolorosas bem definidas e claramente percetível. Estas sensações dolorosas têm breve latência, e estão bem localizadas em áreas específicas do corpo, de onde se originou o estímulo. A duração destas sensações é relativamente curta, e a dor tem menor envolvimento emocional. (necessitam de estímulos curtos) FIBRAS NÃO – MIELINIZADAS DE PEQUENO DIÂMETRO ➢ Grupo IV DOR CRÓNICA OU LENTA - Conduzem impulsos na velocidade mais lenta de 0,5 a 2 m/s, e que comumente estão associados a sensações de dor de duração muito mais prolongada, de tipo impreciso, latejante, ou de queimação. Estas sensações dolorosas surgem muito mais lentamente em seguida ao estímulo doloroso, são mais difusas, e promove associações emocionais mais intensas. Podem estar acompanhadas de respostas autónomas, como: sudorese, aumento da frequência cardíaca, aumento da pressão sanguínea e náusea. (necessitam de estímulos longos) ASPETOS CENTRAIS DA DOR As fibras aferentes dos grupos III e IV projetam-se até a medula espinhal, onde fazem sinapses com os neurónios existentes no corno dorsal da substância cinzenta. Estes neurónios – células de transmissão (ou células T) – estão envolvidos em reflexos espinhais locais, ou projetam-se até os centros superiores do sistema nervoso, via tratos espinotalâmicos. Portanto, as células T são responsáveis pela retransmissão da informação periférica, no que concerne à sensação de dor, para os centros superiores. Além disso, as células T estão submetidas a uma informação inibitória conduzida pelos interneurônios que se originam na substância gelatinosa (células SG) da substância cinzenta do corno dorsal da medula espinhal. Estes interneurônios da substância gelatinosa, por sua vez, são excitados por informação trazida por aferentes mecanossensíveis de grande diâmetro de baixo limiar. As CÉLULAS DE TRANSMISSÃO (T) recebem informações excitatórias de aferentes nociceptores, e informações inibitórias de aferentes mecanossensíveis de grande diâmetro – via células SG. Sendo assim, a ativação de mecanoceptores de baixo limiar (seja por meio elétrico, seja por ação mecânica) poderá inibir a transmissão dos sinais da dor através da célula T, mediante a alteração do equilíbrio entre as informações excitatórias e inibitórias que chegam à célula. Esta modulação da transmissão de dor mediante a alteração do input aferente à medula espinhal é conhecida como: TEORIA DA COMPORTA (OU PORTAL) do controle da dor, que foi estabelecida por Melzack e Wall em 1965 A interação entre estas conexões determina quando os estímulos dolorosos vão para o cérebro: 1- Quando não há "input", o neurônio inibitório impede o neurônio excitatório de enviar sinais ao cérebro (o portão se fecha). A entrada somato-sensória normal acontece quando há MAIS estimulação da fibra maior (ou somente estimulação da fibra maior). Tanto o neurônio inibitório quanto o neurônio excitatório são estimulados, mas o neurônio inibitório impede o neurônio excitatório de enviar sinais ao cérebro (a porta se fecha). A nocicepção (receção da dor) acontece quando há mais estimulação de mais fibras pequenas ou somente estimulação de mais fibras pequenas. Isto desativa o neurônio inibitório, e o neurônio excitatório envia sinais ao cérebro informando-o sobre a dor (a porta se abre). Esta teoria não nos diz tudo sobre a perceção da dor, mas ela explica algumas coisas. Se você esfrega ou dá um aperto de mão depois de ter batido o dedo, você estimula o "input" normal no somato-sensório para os neurônios excitatórios. Isto fecha a porta e reduz a perceção da dor. CORRENTE GALVÂNICA DEFINIÇÃO É uma corrente contínua unidirecional, isto é, com polaridade e intensidade fixa durante o tratamento. 1.1 – EFEITOS DA CORRENTE GALVÂNICA As ações fisiológicas ocorrem fundamentalmente devido a dissociação eletrolítica e a migração iónica que se produz nas soluções orgânicas à passagem da corrente. Estes efeitos são mais intensos na proximidade dos elétrodos e são distintos em cada polo. NO POLO NEGATIVO (CÁTODO) • Alcalinização, por acumulação de iões sódio; • Vasodilatação, com eritema na pele subjacente, aumento da temperatura local. Há certa vasodilatação reflexa nas camadas profundas; • Ligeira estimulação do tecido. Possibilidade secundária de troca iónica e de vasodilatação local; • Aumento da permeabilidade da pele e diminuição da sua resistência a passagem da corrente; • Despolarização da membrana do nervo e músculo, aumentando sua excitabilidade. NO POLO POSITIVO (ÁNODO) • Acidificação, por acumulação de iões cloro; • Vasodilatação e eritema, mas em menor grau do que o polo negativo; • Diminuição do edema e inflamação, provavelmente por troca das membranas celulares que facilitam o reequilíbrio dos líquidos intra e extracelulares; • Hiperpolarização da membrana estimulada. Eleva o limiar da fibra nervosa e muscular, diminuindo sua excitabilidade e com certa ação analgésica e sedante INDICAÇÕES • Bactericida • Antiflogístico • Analgésica • Tonificação muscular (estimulante) Estas indicações estão praticamente superadas, uma vez que estes efeitos obtêm-se com maior eficácia e vantagens utilizando outras modalidades de eletroterapia. • Hiperidrose (exagero da secreção sudoral), principalmente das mãos e pés. • Vasodilatação antes de exercícios ou outro tratamento. PRECAUÇÕES Utiliza-se não só na Cor. Galvânica como em outras modalidades de eletroterapia de baixa frequência, que em maior ou menor grau tem uma componente de galvânica. Doses excessivas, má adaptação e proteção dos elétrodos com esponjas pouco humedecidas que ocasionam uma distribuição irregular da corrente com pontos de alta densidade, podem provocar QUEIMADURAS, que na verdade são escaras químicas por alcalinização ou acidificação local. No polo negativo as lesões são suaves e húmidas (alcalinas) e no positivo secas e consistentes (ácidas). • As escoriações ou lesões na pele, são pontos de menor resistência, que devem ser evitados ou protegidos antes do tratamento com vaselina ou fita adesiva + algodão, evitando assim queimaduras. • A troca de polaridade, sem antes de abaixar a intensidade, provoca uma desagradável sacudida e contração muscular. • As intensidades elevadas de corrente galvânica, produz uma contração muscularcontinua conhecida como galvanotonus, dolorosa e sem aplicação terapêutica. • CONTRA INDICAÇÕES • Marca-passos ou dispositivos eletrónicos implantados; • Osteosínteses e endoprótese metálicas (peças dentarias metálicas, dispositivos anticoncepcional intra-uterino (DIU). • Anestesia ou hipoestesia da pele na zona tratada. Cuidado com crianças e idosos devido a diminuição fisiológica da sensibilidade; • Neoplasias ou tumores; • Gravidez nas aplicações abdominais; • Trombose e tromboflebites • Processos inflamatórios agudos ou infeciosos locais e gerais. • Tuberculose pulmonar; • Ulcerações ou enxerto cutâneo na zona do elétrodo COLOCAÇÃO DOS ELÉTRODOS E TRATAMENTO Antes de colocar os elétrodos observar se não há contraindicações. Os elétrodos devem estar totalmente protegidos com esponjas humedecidas e que os mesmos não estejam com as bordas fora da esponja. Deve-se aumentar lentamente a intensidade até que o doente sinta um pequeno “formigueiro” ou “picadas” bem leve. • DOSE- as intensidades habituais são de 0.05 a 0.06 mA por cm2 de elétrodo. Não é prudente ultrapassar estes máximos sob o risco de provocar QUEIMADURAS. DOSES TERAPÊUTICAS MÍNIMAS E MÁXIMAS SEGUNDO OS ELÉTRODOS • Normalmente durante o tratamento e por diminuição da resistência cutânea devido ao efeito da própria corrente, a dose sobe ligeiramente e o paciente nota menos formigueiro. • Se, pelo contrário, durante o tratamento abaixam os mA iniciais, é provável que as esponjas dos elétrodos se tenham secado, e é preciso interromper o tratamento e molhá-las. • Se o paciente sente aumento do formigueiro ou picar apenas em alguns pontos abaixo do elétrodo, é provável que ocorra um mau contato ou aplicação defeituosa. N O T A : FIO NEGRO POLO NEGATIVO (-) FIO VERMELHO POLO POSITIVO (+) TEMPO DE TRATAMENTO A galvanização aplica-se: • Sessões de 20 à 30 minutos; • Diariamente; • Três vezes por semana, no total de 5 à 30 sessões EXEMPLO DE TRATAMENTO HIPERIDROSE Galvanização nos excessos de sudorização nas axilas, palmas das mãos e plantas dos pés. • Para as MÃOS e pés submergir em cubas de plástico, cheias de água com um elétrodo colocado no fundo ou em um dos lados. Doses: 7 – 10 mA, até notar-se um formigueiro bem tolerado na palma da mãos ou planta do pés. • Para a AXILA coloca-se um elétrodo mediano, flexível, bem adaptado, em cada axila, adaptada pela pressão de uma bola ou bolsa de plástico com algodão e o outro elétrodo no ombro fixo por uma cinta de borracha ou velcro. • Doses: 2 – 3 mA. Inverter a polaridade a cada 5’, para diminuir a irritação química. • Tempo: 20’ à 30’. Sessões: 10 à 20 diárias ou alternadas IONIZAÇÃO OU IONTOFORESE É a introdução de medicamentos através da pele por meio de uma corrente galvânica. VANTAGENS ▪ evita a sobrecarga do tubo digestivo; ▪ não necessita de injeção parenteral; ▪ é um tratamento localizado, com menos efeitos colaterais. DESVANTAGENS ▪ só é possível com determinados medicamentos; ▪ a dosificação é imprecisa; ▪ as quantidades administrada são pequenas. A penetração é maior através das glândulas sudoríparas e folículos, que oferecem menor resistência. A PROFUNDIDADE máxima de penetração do fármaco é de 5 cm. O medicamento difunde na circulação geral em poucos minutos, mas durante o tratamento consegue-se uma elevada concentração local. As vezes, parte dos iões se acumulam por baixo da pele em forma de depósito que se vai absorvendo pouco a pouco, prolongando o efeito por horas ou dias. MEDICAMENTOS Devem ser sais solúveis e ionizáveis ou em gel hidrosolúveis. Excecionalmente algumas moléculas complexas podem penetrar por eletro- osmose. As soluções aquosas devem ser bastante diluídas, na ordem de 0,2 a 2 % e raramente 4 a 5 %. É preciso conhecer a carga do íon ativo para situar o fármaco ao polo do mesmo sinal. NOTA: Convencionalmente, um íon positivo, com carga positiva, se denomina catíon porque se dirige ao cátodo ou polo negativo da corrente. Um íon com carga negativa se denomina aníon por dirigir-se ao polo positivo ou ânodo. CONTRAINDICAÇÕES As mesmas da galvânica, sendo contraindicado em: • Úlceras por erosão cutânea; • Hipoestesia; • Isquemia; • Área cardíaca; • Implantes metálicos; • Tumores; • Gravidez; • Marca-passos, etc. PRECAUÇÕES Precauções derivadas com a toxidade do medicamento, da hipersensibilidade e das reações alérgicas. Na iontoforese com anestésicos produz anestesia cutânea e é fácil produzir lesões. É necessário conhecer bem as doses adequada e comprovar cuidadosamente o estado da pele. APLICAÇÃO ✓ Limpar a pele com água morna e sabão neutro antes do tratamento; ✓ Em caso de borbulhas ou lesões na pele evitar tratar a área ou passar vaselina; ✓ Proteger os elétrodos com capas (esponja) humedecidas, e bordas tampadas; ✓ Impregnar o fármaco na capa e aplicar sobre a pele ou o gel sobre a pele com um papel absorvente entre a capa e o gel; ✓ Para evitar sobredoses não usar elétrodos maiores que 60 cm2 ; ✓ O medicamento deve ser colocado no elétrodo de mesmo sinal do íon ativo e o elétrodo de sinal oposto atrai este íon; Na mesma sessão pode colocar medicamento, com os respetivos íon, nos dois elétrodos (não recomendado); ✓ Utilizar elétrodos ativos médios ou pequenos; ✓ Não movimentar o elétrodo durante o tratamento, sem antes abaixar a intensidade. ✓ O elétrodo do lado oposto ao medicamento, pode ser igual ou maior e molhado simplesmente com água destilada. ✓ Medicamentos que podem dar reações alérgicas como os vasodilatadores, veneno de abelha, etc., após 5’ interromper o tratamento e observar a pele. Caso esteja tudo bem continua. Caso ocorra alguma reação, lavar com água e sabão e passar uma pomada de anti-histamínico (maleato de dimetindeno - Fenistil) ou de cortisona TEMPO E DOSES Aumentar a intensidade lentamente até o paciente sentir um leve “comichão”, respeitando as seguintes doses: As doses são de 0,05 a 0,06 mA por cm2 de elétrodo, não ultrapassando 0,1 mA por cm2 sob o risco de queimaduras. O tempo de tratamento é de 20 a 30 minutos. Em casos AGUDOS realizar uma sessão diária, se houver boa tolerância. Se não houver benefícios em uma semana alterar a técnica. Em casos CRÓNICOS basta 2 a 3 sessões por semana, observando os efeitos após 3-4 semanas CORRENTES DIADINAMICAS É uma modalidade clássica de eletroterapia de baixa frequência, introduzida em clínica por Pierre BERNARD, a partir da retificação de uma corrente alternada de 50 Hz. Os impulsos de forma senoidal, de 1 0m s de duração , com pausa de 1 0ms, ou sem pausa, constituem as duas formas básicas de corrente a 5 0H z e 100H z, que se podem aplicar individualmente ou combinadas de diversas formas. São correntes polarizadas e por tanto produzem efeitos galvânicos nos elétrodos, devendo-se ter as mesmas precauções das Cor. Galvânicas. DIFÁSICA (DF) – MONOFÁSICA (MF) – CURTO PERÍODO (CP) – LONGO PERÍODO (LP) – RITMO SINCOPADO (RS) DIFÁSICA (DF) Corrente alternada com frequência de 100 hertz (Hz), com retificação em onda completa. Cada pulso da corrente tem duração de 10 milissegundos (ms), não havendo intervalo entre os mesmos. 5 EFEITOS E INDICAÇÕES (DF) Tem uma enérgica ação analgésica e relaxante do espasmo reflexo muscular, mas pouco duradoura. Por isso utiliza-se geralmente em aplicações curtas e como preparação a outras correntes, com o fim de elevar o limiar de sensibilidade em casos de algias intensas e diminuição da resistência da pele facilitando a penetração da corrente. A corrente difásica também é indicada para o tratamento de transtornos circulatórios, graças a influência que exerce sobre o sistema vasomotor. É indicada para a aplicação direta sobre os gânglios vegetativos, com preferência para os simpáticos(gânglio cervical superior, gânglio estrelado, etc.) para produzir um bloqueio parcial e obter vasodilatação segmentaria. APLICAÇÃO (DF) Geralmente no ponto doloroso ou próximo e com elétrodos pequenos colocados: • Em ambos lados da zona dolorosa, sem importância para polaridade, na qual pode ser invertida no meio da sessão para melhor tolerância cutânea. • O polo negativo sobre o ponto doloroso e o positivo mais proximal, se possível no trajeto do nervo ou raiz. O polo negativo na zona dolorosa pode produzir um aumento da dor nos 1º segundos, o que confirma a patologia subjacente. Aumentar a intensidade até sentir um formigueiro forte, mas bem tolerado. Se causar contração ou tensão dos mm. vizinhos diminuir a intensidade. Durante o tratamento, com a mesma intensidade, a sensação de formigueiro diminui até ficar impercetível, sendo este o momento para passar a outra corrente. TEMPO: 3 –5 minutos. M O N O F Á S I C A (MF) Corrente alternada com frequência de 50 Hz, com retificação em semi-onda. Cada pulso da corrente tem duração de 10 ms com intervalos de 10 ms. EFEITOS E INDICAÇÕES Produz contração muscular e em geral é usada como componente das correntes CP e LP. É também indicada para estimulação inespecífica do tecido conjuntivo, pois acelera o seu metabolismo. LONGOS PERÍODOS (LP) Alterna períodos de 10 segundos de MF (50 Hz) com períodos de 5 segundos de DF (100 Hz). A alteração se faz progressivamente por um aumento gradual da intensidade dos impulsos intercalados na MF até conseguir uma DF pura. EFEITOS E INDICAÇÕES • Analgesia mais duradoura do que com DF simples; • Reabsorção de edemas e equimoses pela contração muscular; • Aumento do tônus da fibra lisa nas atonias viscerais; • Anti-inflamatório inespecífico por mobilização iónica, em traumatismo recentes ou tendinites; • As indicações mais gerais são nas algias e processos traumáticos ou inflamatórios em fase aguda ou sub-aguda A P L I C A Ç Ã O Transversal ou Transarticular: elétrodos em ambos os lados da articulação ou na largura do segmento afetado. Trocar a polaridade ao meio da sessão ou várias vezes durante a mesma. Sobre a zona dolorosa ou inflamada: Elétrodo negativo sobre a mesma e o positivo ao lado mais proximalmente. Manter a polaridade até o fim. T E M P O : máximo de 10 minutos. CURTOS PERÍODOS (CP) Alterna períodos de 1 segundo de MF (50 Hz) com períodos de 1 segundo de DF (100 Hz). EFEITOS E INDICAÇÕES Semelhantes ao LP, mais enérgicos e portanto as vezes menos tolerados em casos agudos ou muito dolorosos. A indicação principal são sequelas traumáticas, reabsorção de hematomas e processos degenerativos osteoarticulares. APLICAÇÃO E TEMPO Igual do LP. RITMO SINCOPADO (RS) Apresenta forma de pulso monofásico, com duração de 1 s, intercalada com repouso de mesma duração. INDICAÇÃO Exercícios musculares locais (atua nas atrofias musc. leves) IMPULSOTERAPIA É a eletroterapia de baixa frequência que utiliza corrente galvânica interrompida periodicamente. O impulso despolariza a membrana dos tecidos excitáveis como a fibra nervosa e muscular, provocando sua descarga. É uma possibilidade de estimular os nervos sensitivos e motores, e obter artificialmente contração muscular. DURAÇÃO DO IMPULSO Impulsos demasiados curtos resultam ineficácia ou requerem altas intensidades. Por outro lado, se são excessivamente largos sobrecarregam inutilmente a pele sem obter melhor efeito que outros de menor duração. Duração do Pulso: • Contração Muscular: 0,02 a 0,05 ms • Sensorial: > 10 ms DURAÇÃO DA PAUSA Normalmente a pausa tem que ser no MÍNIMO o dobro do impulso para permitir uma boa recuperação. Ideal 4 X o impulso. FREQUÊNCIA DE ESTIMULAÇÃO Os nervos suportam frequências elevadas de até 1000 Hz, mas em clínica só usaremos de 1 a 250 Hz. No nervo motor, cuja estimulação provoca contrações musculares, frequências de mais de 20 ou 30 Hz levam a uma tetanização do músculo com contração permanente. • Contrações musculares rápidas ( Força): 50 a 150 Hz • Contrações musculares lenta (Postura): 20 a 30 Hz INTENSIDADE DO IMPULSO OU DOSE Se mede em mA, mas devido ao facto dos efeitos fisiológicos dependerem de fatores como a natureza dos tecidos que atravessam a corrente e a distância dos eletrodos ao nervo ou músculos, a dose se ajusta de acordo com a sensação de formigueiro ou a intensidade da contração muscular. FORMA DO IMPULSO Retangular e Triangular (de ascensão progressiva EXPONENCIAL). Devido as diferentes características da membrana nervosa e muscular, os impulsos exponenciais podem estimular seletivamente o músculo denervado ou a capa muscular da fibra lisa visceral. INDICAÇÕES • Analgesia; • Potencializar o efeito da bomba muscular e melhorar a circulação de retorno e evita trombose; • Ajuda a reeducação muscular; • Relaxa a contração antálgica e excecionalmente a espasticidade; • Recreação ou potenciação muscular; • Estimulação de músculo denervado. • P R O G R A M A S D E I M P U L S O T E R A P I A T R A B E R T 2 - 5 Também conhecida como 2-5 ou Ultra-excitante. Impulsos retangulares de 2 ms com pausa de 5ms e frequência de 143 Hz. I n d i c a ç ã o: analgesia forte, especialmente nas primeiras horas depois do tratamento, período que vai prolongando ao repetir as sessões diariamente. Recomenda-se 15 minutos de aplicação. Intensidade a nível da tolerância, ajustando a medida que se produz adaptação. FREQUÊNCIA 143 Hz L E D U C Indicações e aplicação semelhante a Trabert. FREQUÊNCIA 100 Hz M U S C U L A R 1 Indicação : Atrofia por desuso recente. Impulso retangular de 0,7 ms, com pausa de 6 ms. Trens de impulsos de 1s. e pausa de 3s. M U S C U L A R 2 Indicação: atrofia muscular. Impulso de 1ms, com pausa de 19ms. Trens de impulsos 1s. e pausa 2s. T R O M B O S E Indicação: profilaxia de trombose pós-operatória ou em pacientes acamados. Contraindicação : trombose ou tromboflebites já estabelecida. Impulso de 20ms. e pausa de 40ms. Frequência: 16 Hz. Mudar polaridade a cada 5 minutos. V E N O S A Indicação : insuficiência venosa, varizes. Contraindicação : tromboses ou tromboflebites já estabelecida. Ação : ativa a bomba muscular e a circulação venosa. EXEMPLO DE TRATAMENTO LOMBALGIA AGUDA OU SUB AGUDA O b j e t i v o: analgesia ou relaxação de espasmo muscular. Contraindicação: metástase vertebral, espondilite infeciosa, osteosínteses metálica em artrodese, D.I.U. C o rr. TRABERT 2 - 5 o u Ultra - excitante Eletrodos grandes (8,0 x 12,5 cm) com o negativo sobre o ponto doloroso. Elevar a dose até sentir um forte formigueiro ou o limite de tolerância. Se durante os primeiros 5 min. o formigueiro diminuir, ajustar até a máxima sensação inicial. CORRENTE EXPONENCIAL Os impulsos de ascensão progressiva, exponencial ou triangular, têm a particularidade de necessitar de uma intensidade muito mais elevada para estimular o nervo do que a fibra muscular. Aproveitamos esta capacidade de acomodação do nervo, para estimular seletivamente os músculos denervados sem chegar a provocar a contração dos músculos vizinhos normalmente inervados. Também permite estimular seletivamente a musculatura da fibra lisa, como a visceral (intestinal ou vesical) e da parede arterial. ACOMODAÇÃO Ocorre quando os estímulos, que aumentam sua intensidade lentamente, não provocam nenhuma contração muscular até chegar de 3 à 5 vezes a intensidade da REOBASE de um estímulo retangular. O gráfico mostra que para conseguir uma contração muscular com um pulso exponencial necessita-se de 3 à 5 vezes mais de intensidade. A – Neurónio normal com acomodação perfeita. Utilizando a mesma intensidade consegue-seuma contração unicamente com impulsos retangulares. B – Neurónio lesado com perda de sua acomodação. Neste caso, utilizando- se a mesma intensidade, a contração se alcança com impulsos exponenciais (triangulares). A duração do impulso é muito importante para conseguir o máximo efeito diferencial. Em geral utiliza-se de 20 a 500 m s. A intensidade deve ser suficiente para obter contração da estrutura muscular desejada, sem ser demasiado elevada já que se perderia o efeito diferencial e se contrairiam também outros músculos vizinhos inervados. DURAÇÃO D O IMPULSO Estimular Nervo e contrair Músculo normal – 0,1 à 1 ms; Fibra Muscular Denervada - 50 à 500 ms ESTÍMULOS EXPONENCIAIS SIMPLES AUTOMÁTICOS : 500 ms servem para as lesões mais graves; 200 ms para as denervações médias ou em fase de degeneração; 100 ms para denervações recentes. PROGRAMA PARA DENERVAÇÃO LONGA Impulso exponencial de 5 0 0 m s. cada 2 segundos. Estimulação seletiva do músculo ou fibras musculares denervadas, sem resposta das fibras sãs. DENERVAÇÃO RECENTE Impulso exponencial de 1 0 0 m s . cada 2,5 segundos . Estimulação seletiva do músculo ou fibras musculares denervadas, sem resposta das fibras sãs TRATAMENTOS PARALISIA ULNAR (CUBITAL) POR LESÃO NERVOSA Contraindicação : osteossíntese ou cavilhas nos ossos do antebraço ou mão, infeção, úlcera ou enxerto locais. Aplicação: 1º Estimular os mm. intrínsecos da mão, com separação dos dedos. 10’. 2º Estimular os mm. do antebraço, com desvio cubital do punho. 10’ ARTERIAL Impulso exponencial de 1 0 m s. à 2 5 H z. Efeito : - sobre a musculatura lisa da parede arterial; - moderada ação analgésica. Indicações: Arteriopatias de tipo espasmo (Doença de Buerger (Tromboangeíte Obliterante), Síndrome de Raynaud). Menos eficaz nas arterioscleróticas. Contraindicações: Isquemia aguda, gangrena, tromboses. TRATAMENTO: Eletrodos 3 5x4 0m m na fossa poplítea e retromaleolar, aumentar intensidade até sentir um formigueiro. Sessões diárias de 15 a 20 min. em cada extremidade. Caso ocorra melhoras, aplicar em dias alternados. Caso aumenta a claudicação, suspender o tratamento por possível contraindicação. INTESTINAL Impulso exponencial de 150 ms., com pausa de 2 segundos. E f e i t o: - contração seletiva da musculatura da fibra lisa intestinal, sem contração da musculatura estriada da parede abdominal. T R ATA M E N TO: O b j e t i v o : Dinamizar a musculatura da fibra lisa da parede intestinal. Eletrodos grandes 100 x 150m m dos dois lados da cintura da parede abdominal ou um elétrodo abaixo do umbigo o outro no sacro. Te m p o : 30 min. Aumentar intensidade até sentir formigueiro. Mudar polaridade no meio do tratamento. Sessões diárias, após melhoras, aplicar em dias alternados. Em geral 10 – 15 sessões. Após 20 – 25 sessões se não houver melhoras, o tratamento é ineficaz VESICAL Impulso exponencial de 250 ms. cada 1,75 segundos. Efeito: - contração seletiva da musculatura da parede vesical, sem contração da musculatura estriada da parede abdominal. TRATAMENTO: Objetivo : aumentar o tônus da musculatura da parede vesical e facilitar a micção. Contraindicação : infeção urinaria, abcesso perineal, gravidez, DIU, cirurgia vesical recente. Eletrodo grande (-) 10 0 x 1 50mm na zona abaixo do umbigo e (+) no sacro. Te m p o : 30 min. Subir a intensidade até a sensação de formigueiro no baixo ventre. Sessões diárias. Alternadas ao notar melhoras. Tratar 10 sessões. Em casos crónicos se não houver efeito após 20-25 sessões parar o tratamento. CORRENTE FARÁDICA É uma corrente interrompida, de curta duração (1 milissegundos), de forma triangular e frequência de 50 Hz. O principal efeito fisiológico da corrente farádica é a estimulação dos nervos motores, com a consequente produção de contrações musculares. A frequência de 50Hz do estímulo farádico promove uma contração muscular regular, tetânica, devido os estímulos alcançarem o músculo sempre durante a fase decrescente da contração. A estimulação deve ser realizada de forma modulada, alternando-se tempos de passagem do trem de pulso com períodos de repouso, isto para que o aparecimento da fadiga muscular seja retardada. De maneira geral, as mudanças produzidas no músculo pela estimulação farádica são semelhantes aquelas produzidas pelas contrações voluntárias: • Há um aumento do metabolismo muscular; • Uma maior oxigenação; • Liberação de metabólicos; • Dilatação de arteríolas; Um consequente aumento da irrigação sanguínea no músculo. A contração muscular eletricamente provocada é metabolicamente mais desgastante e fatigante do que a contração muscular gerada pela atividade fisiológica voluntária . Em termos de eletroterapia, quanto maior a intensidade da corrente, maior o número de unidades motoras em atividade FARADIZAÇÃO Consiste na estimulação elétrica de músculos que reagem a este tipo de corrente, sendo mais evidente quando se estimula o nervo ou ponto motor do músculo. Pode ser utilizada para: • Hipertrofia e Aumento da Potência Muscular; se aplicada com intensidade adequada, contribui no processo de hipertrofia e ganho de potência de um músculo debilitado. • Aumento da Irrigação Sanguínea; a vasodilatação muscular e os reflexos de estimulação sensorial, propiciam uma melhora na irrigação local. • Aumento do Retorno Venoso e Linfático; ao provocar sucessivas contrações e relaxamentos musculares e agir sobre os movimentos articulares, favorece o retorno venoso e linfático. Esta ação é mais efetiva se o membro a ser tratado estiver em posição de drenagem e a faradização realizada sob pressão compressiva. O R I E N TA Ç Ã O A faradização deve ser realizada de forma modulada, alternando-se tempos de passagem do trem de pulso com períodos de repouso (1 contração: 4 repouso), para se evitar a fadiga muscular. Quando a faradização for realizada imediatamente após a galvanização ou a iontoforese, deve-se ter o cuidado para não posicionar os elétrodos muito próximos da área estimulada com a corrente galvânica, principalmente próximos ao ânodo (+), devido a hiperpolarização da área. NÃO É ACONSELHÁVEL o uso da faradização em pontos motores da face, por se tratar de uma corrente polarizada capaz de potencializar o par galvânico intraoral. TRATAMENTO: MÚSCULO TIBIAL ANTERIOR Faradização intencionada Posição dos eletrodos: cátodo (–), 3 x 4 cm tendão do tibial anterior; ânodo (+), 3 x 4 cm na frente da cabeça da fíbula. Comando de seleção: impulsos de intenção: quando se nota o estímulo, o paciente precisa acompanhar o impulso com movimento voluntário. 30Hz / 1ms. Intensidade: ligeira contração. Tempo: 10 -15 minutos. Nota: os eletrodos precisam ser modificados dentro das áreas limitadas até conseguir uma flexão dorsal evidente, utilizando ao mesmo tempo a inversão dos polos. A intensidade deve ser tão pequena que apenas se note um livre movimento na direção indicada. ESTIMULAÇÃO DOS PONTOS MOTORES Os pontos motores são as áreas ótimas para a estimulação dos músculos esqueléticos. Eles estão usualmente localizados na área onde o nervo penetra no EPIMÍSIO. O estímulo limiar para o músculo será menor nestes pontos. Em decorrência da menor resistência à passagem da corrente, o ponto motor se torna um local preferencial para a estimulação elétrica em função de dois importantes parâmetros: ➢ o limiar motor diminuído - a intensidade de corrente para a contração muscular vai ser menor; ➢o limiar sensitivo elevado - o paciente terá uma perceção diminuída ao estímulo. Os mapas de pontos motores mostram suas localizações aproximadas, porém certa exploração local deve ser efetuada para o conhecimento de sua localização individual. ORIENTAÇÃO E PRECAUÇÕES • Nas 1ª sessões de umprograma de E.E., a intensidade da corrente deve ser elevada aos poucos, uma vez que a E.E. é uma experiência sensorial nova para a maioria dos pacientes. • O elétrodo ativo deve ser posicionado sobre os pontos motores do músculo a ser estimulado. • Na obesidade uma grande camada de gordura pode isolar o nervo a ser atingido pelo elétrodo de superfície. O resultado será um limiar extremamente alto à estimulação, requerendo uma alta intensidade para se conseguir o efeito desejado. No caso de diabéticos ou de outros pacientes que apresentem neuropatias periféricas, a E.E. pode não ser capaz de provocar a resposta muscular desejada. O uso de correntes despolarizadas para a estimulação mio elétrica da face, é o mais indicado para que não ocorra comprometimento tanto da restauração dentária quanto do doente, pelo componente galvânico, quando da aplicação de correntes polarizadas. - LOCALIZAÇÃO DOS NERVOS • Nervo facial: pode ser excitado seja abaixo da orelha entre o mastóideo e o ramo ascendente do maxilar ou penetrando um pequeno elétrodo cónico no conduto auditivo externo e dirigindo esse elétrodo para baixo e para frente. • RAMO SUPERIOR: sobre a têmpora, um pouco para fora e acima do ângulo externo do olho; RAMO MEDIANO: na parte mais saliente do arco zigomático; • RAMO INFERIOR: imediatamente acima e à frente do ângulo do maxilar inferior • Nervo acessório (ramo externo): no ângulo superior do triângulo supraclavicular. Produz a contração do esternocleidomastóideo e do trapézio (porção clavicular). • Nervo musculocutâneo: difícil de encontrar e de isolar, é necessário apoiar energicamente o eletrodo entre as duas cabeças do bíceps, ou melhor, entre o coracobraquial e o bíceps. (MM. Braquial, Bíceps Braquial e Coracobraquial). • Nervo mediano: no braço ao longo da borda interna do bíceps, porém em geral, excitando-o a este nível, não se pode evitar excitar simultaneamente o Ulnar e o Musculocutâneo. • Nervo Ulnar: ▪ No cotovelo: afundar-se-á um elétrodo na concavidade epitróclea-olecraniana. Produz a garra ulnar com flexão e abdução da mão. ▪ No punho: acima da prega de flexão, imediatamente por fora do tendão do Ulnar anterior. Produz o movimento da mão para dentro, flexiona os três últimos dedos e produz abdução do polegar. • Nervo radial: traçar uma linha imaginária partindo da metade da borda posterior do V deltóide indo unir-se ao epicôndilo. • Nervo femural: seu ponto motor encontra-se abaixo do arco de Falópio (ligamento inguinal) um pouco por dentro do seu centro. Sua excitação produz uma forte extensão da perna . • Nervo obturador: pode ser excitado na saída do orifício obturador, aplicando o elétrodo perpendicularmente ao ramo horizontal do púbis. Sua excitação produz a abdução da coxofemoral. • Nervo ciático: abaixo da prega glútea, um pouco mais próximo da tuberosidade isquiática que do grande trocânter. Difícil de excitar nas pessoas gordas. Sua excitação produz a flexão do joelho e a extensão tíbiotársica. • Nervo ciático poplíteo externo (N. Fibular Comum): é excitável atrás da cabeça da fíbula no ponto em que o osso se perfila. • Nervo ciático poplíteo interno (N. Tibial): metade do cavo poplíteo, ligeiramente para fora da linha média e abaixo da prega de flexão. Produz a extensão do pé sobre a perna e a flexão dos dedos. • Nervo tibial posterior: atrás do pé e por dentro do tendão calcâneo (Aquiles), onde permite excitar os músculos plantares. TENS O desenvolvimento da estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS) está baseado diretamente no trabalho inovador de Melzack e Wall (1965) que constitui a TEORIA DA COMPORTA para explicar o controle e modulação da dor, isto é, a excitação elétrica nas fibras nervosas pode bloquear uma ida de sinal de dor para o sistema nervoso central sendo a sensação de dor reprimida. Estão especialmente indicadas em dores crónicas e também são efetivas em muitas formas de dores agudas. Este tratamento é um método para diminuir o uso de medicamento e obter um efeito analgésico sem as contraindicações como: sonolência, gastrite, náuseas, diarreias, etc. O efeito analgésico é o resultado de mecanismos diferentes: Inibição do pulso nociceptivo perto da vértebra; Teorias da Endorfina – as endorfinas são produzidas através da estimulação das correntes de TENS que neutralizam a sensação dolorosa; Bloqueio das pulsações nociceptivas periféricas. Normalmente a forma de onda mais comumente produzida é uma onda quadrada balanceada, assimétrica, bifásica com um componente de corrente direta (CD) de rede igual a zero. Não há reações cutâneas adversas em decorrência de concentrações polares; podendo ser utilizada por várias horas com riscos mínimos de alergias. APARELHOS INTENSIDADE: +/- de 0 – 130 mA. 8.2 FREQUÊNCIA: +/- de 0.5 – 200 Hz. 8.3 LARGURA DE PULSO: +/- de 50 – 400 us TIPOS D E PULSO a) Pulso contínuo de baixa frequência ou TIPO ACUPUNTURA, ex.: 1 a 3 Hz, impulso de 0,3 ms. Indicado para radiculopatias, fibromialgias ou ponto de gatilho. b) Pulso contínuo de alta frequência ou TIPO CONVENCIONAL , ex.: 50 - 150 Hz, impulso de 0,2 ms. Indicado para lombalgias, neuropatias traumáticas ou inflamatórias. c) Pulso do TIPO RAJADAS o u BURST , ex.: 2-3 rajadas / segundo; 2 Hz alternado com 100 Hz., impulso de 0,2 ms. O impulso foi interrompido. d) Pulso de frequência MODULADA o u RANDOM (antiacomodação) – estímulo constante, com uma frequência variável. Eriksson et al. (1979) examinaram 5 frequências de fornecimento de pulso e 4 padrões de liberação de pulso, e também foram experimentados 2 tamanhos de elétrodos. Ao término deste experimento, os autores concluíram: Frequências de 20 a 80 Hz produziram a maior analgesia ; A maior confiabilidade estatística foi observada a 8 0 H z; Foi demonstrado que um padrão de pulso contínuo teve desempenho ótimo. Demonstraram que as RAJADAS sob condições de ALTA INTENSIDADE e BAIXA FREQUÊNCIA (TENS do tipo acupuntura) foram mais efetivas no alívio da dor, do que TENS de pulso contínuo. Uma teoria sugere que TENS no modo em RAJADAS mimetiza a ACUPUNTURA na produção da analgesia, ao estimular a LIBERAÇÃO DE PEPTÍDIOS OPIÓIDES ENDÓGENOS (Sjoelund e Eriksson, 1979). Por outro lado, acredita- se que TENS de modo CONTÍNUO e ALTA FREQUÊNCIA alivie a dor, ao ativar os mecanismos da Teoria da Comporta DOR AGUDA (3 dias) - ALTA FREQ. – 80 à 100 Hz DOR SUB-AGUDA (4 dias à 3 semanas) – 41 à 79 Hz DOR CRÓNICA (> 3 semanas) – BAIXA FREQ. – 4 à 40 Hz 8.5 ELETRODOS A resposta alérgica aos eletrodos, à fita adesiva, ou ao gel representa o principal problema à aplicação do TENS, sendo essencial que seja utilizado o gel eletrocondutor recomendado, com os eletrodos de carbono-silicone. O gel para ultrassom, são inadequados, por não possuírem as mesmas propriedades coesivas do gel para TENS. APLICAÇÃO D OS ELETRODOS São aplicados sobre o n e r vo no local onde esta estrutura seja mais superficial e proximal ao local de ocorrência da dor; São aplicados sobre o d e rm áto m o d ol o ri d o, ou o dermátomo adjacente; ❑ São aplicados sobre o tronco ner vos o; Acima e abaixo, ou a cada lado, da área dol ori d a; São aplicadas de modo que seja ainda possibilitado o uso do membro, que não deverá ficar limitado pela almofada ou pelo fio elétrico. CONTRAINDICAÇÕES Não utilizar em pacientes com marca passo (p a c e m a ke r) cardíaco; Em pessoas que sofrem c a r d i o p a t i a ou d i s r i t m i a s (a menos que TENS tenha sido recomendada por um médico, em seguida a uma avaliação do paciente); Não aplicar t r a n s c e r e b r a l m e n t e ; Doentes h i s t é r i c o s ; Não aplicar com síndromas de dor não diagnosticadas até ser efetuada a etiologia; Nos primeiros trêsmeses de g e s t a ç ã o ; Em pessoas com e p i l e p s i a , sem os devidos cuidados e aconselhamento para seu uso por um médico; CONTRAINDICAÇÕES Não use TENS nas seguintes áreas do corpo: ✓. Boca; ✓. Seio carotídeo; ✓. Pele com solução de continuidade; ✓. Pele anestésica; ✓. Abdómen, durante a gestação; ✓. Nas proximidades do olho; TEMPO DE TRATAMENTO Períodos inadequados de estimulação levaram a fracassos com a aplicação de TENS, e esta é a razão mais comum para um alívio da dor insatisfatório e com o uso não sustentado de TENS. Os princípios seguintes servem como boa orientação para o tempo de tratamento: ▪ Um mínimo de 8 horas de estimulação contínua por dia; ▪ Em casos de dor intensa, uma estimulação contínua deve ser aplicada durante 3 s emanas; em seguida, poderá ter início uma redução do tempo de tratamento; ❖ Se a estimulação por TENS foi reduzida para 3 horas por dia e a dor voltar a se manifestar, é essencial o retorno a um período maior de estimulação, por ex. 4 horas por dia durante mais uma semana, antes que seja reiniciado o processo de redução; ❖ O tempo de tratamento deve ser reduzido lentamente, até que não haja mais necessidade de continuar a estimulação; ❖ O ideal, os aparelhos de TENS devem ficar na posse do paciente por mais um mês após o tratamento, antes de sua devolução, para o caso da dor retornar; ❖ Em alguns casos de dor intensa, pode estar indicada uma estimulação durante as 24 horas do dia; ❖ Em alguns casos de dor crónica, pode haver necessidade de um uso prolongado de TENS; ❖ TENS pode ser utilizada somente à noite, por ex. nos casos de dor de membro fantasma, quando o paciente está tentando dormir. CORRENTES MÉDIA FREQUENCIA CORRENTE INTERFERENCIAL É a aplicação transcutânea de correntes elétricas alternadas de média frequência, com sua amplitude modulada a baixa frequência, para finalidades terapêuticas. MODULAÇÃO DA AMPLITUDE As correntes individuais interferem uma com a outra ao se encontrarem, e compõem uma nova forma de onda. Em decorrência da interferência das ondas, as amplitudes das correntes se somam algebricamente. Duas formas de onda de igual frequência e fase entre si apresentam picos e depressões coincidentes. É criada uma nova forma de onda, com uma amplitude maior, mas com uma frequência inalterada. Entretanto, se as duas correntes forem de frequências ligeiramente diferentes, elas não estarão em fase, e os picos e depressões da corrente não irão coincidir. A corrente passa a ter uma frequência igual à média das duas frequências originais. Visto que os picos e depressões das duas correntes não coincidem, a amplitude da corrente resultante aumenta e diminui num ciclo regular. A frequência deste ciclo é igual à diferença entre as duas frequências originais, sendo denominada F R EQ U Ê N C I A P U L SA N T E , ou FREQUÊNCIA DE MODULAÇÃO DA AMPLITUDE (FMA). Portanto, no seu nível mais simplificado, a CORRENTE INTERFERENCIAL pode ser considerada como consistindo de uma corrente de frequência média que tem sua amplitude modulada a baixa frequência. DISTRIB U IÇÃO DA CORRE NTE O método tradicional de aplicação da terapia interferencial lança mão de quatro elétrodos, para atender a dois circuitos. Os circuitos são dispostos perpendicularmente entre si, de modo a fazer interseção na área a ser estimulada. FREQUÊNCIA DE MODULAÇÃO DA AMPLITUDE (FMA) Os estimuladores interferenciais usam duas correntes de média frequência, uma na frequência fixa de 4000 Hz, e a outra ajustável, entre 4001 e 4250 Hz. (Estes valores podem variar entre os diferentes modelos de estimuladores.) A inclusão da frequência ajustável permite a seleção de uma faixa de baixas frequências moduladas pela amplitude – a corrente de média frequência irá mudar concomitantemente. Ex.: a seleção de uma frequência de modulação da amplitude de 100 Hz gerará uma frequência média resultante de 4050 Hz. F R E Q U Ê N C I A D E V A R R E D U R A A frequência de modulação da amplitude (FMA) pode, ela própria, ser modulada pela frequência. Podemos fazer com que FMA alterne ao longo de uma faixa estabelecida pela manipulação do controle de frequência de varredura – a FMA original torna-se a frequência - base, ex.: 100 Hz. A aplicação de uma frequência de varredura de 10 Hz irá resultar numa FMA que varia entre 100 Hz e 110 Hz. A frequência média irá variar correspondentemente entre 4050 Hz e 4055 Hz. Muitos aparelhos também permitem o ajuste da velocidade de varredura. Os aparelhos interferenciais variam quanto à frequência de varredura disponível ao terapeuta, mas a faixa oscila entre 0 e 250 Hz. I N T E N S I D A D E Embora seja impossível “receitar” as intensidades que irão produzir efeitos terapêuticos nos indivíduos, pesquisas efetuadas em indivíduos normais sugeriram que é provável que os efeitos SENSITIVOS originem-se entre 4 e 10 mA, e as respostas MOTORAS entre 8 e 15 mA (Martin e Palmer, 1995a). Estes valores variam com a área do corpo sob tratamento e o indivíduo tratado. V E T O R R O T A C I O N A L Um dispositivo de vetor rotacional é montado em alguns aparelhos, com o objetivo de variar as potências das correntes, relativamente entre si. Com isto, o padrão de interferência irá girar, assegurando que uma ampla área poderá ser coberta pela corrente interferencial. E L E TRODOS Pode-se usar elétrodos flexíveis, ou por elétrodos a vácuo, que utilizam a sucção para que o contato seja mantido (Utilizados em áreas onde os elétrodos flexíveis são inacessíveis). A terapia interferencial é comumente aplicada por meio de quatro elétrodos; contudo, é também possível o uso de dois elétrodos. I NDI C AÇÕES • alívio da dor (analgesia); • promoção da cicatrização / reparo nos tecidos; • produção de contrações musculares. • CONT RAI NDICAÇÕES - As mesmas do TENS. • Marca passo (pacemaker) ➢ Cardiopatia ou disritmias • Não aplicar Transcerebralmente ; • Doentes Histéricos ; • Dor não diagnosticadas; • Nos primeiros três meses de gestação ; • Epilepsia CLASSIFICAÇÃO DAS FREQUÊNCIAS DE ACORDO COM OS EFEITOS DESEJADOS • Frequência entre 100 e 50 Hz: analgésico, vasodilatador. • Dores causadas por afeções reumáticas, lombalgias, entorse, luxações, distensões. • Efeito de analgesia rápido para um período pequeno. • Freq. entre 100 e 80 Hz: máximo efeito no sistema neurovegetativo, dor intercostal, dismenorreia. • Freq. entre 50 e 25 Hz: estimulação fibrilante para contração tetanizante. • Freq. entre 1 e 20 Hz: efeito estimulante – estimulação desportiva – fortalecimento muscular. Freq. entre 1 e 10 Hz: exercícios musculares no caso de atrofia causada por inatividade, anquilose, degeneração muscular nervosa. EFEITOS • Hiperemia superficial e profunda; • Ativa a drenagem do Sistema Linfático e Venoso; • Excitação do metabolismo da célula; • Tonificação dos tecidos, inclusive S. Linfático e Venoso; • Reabsorção de edema e hematoma; CORRENTE DE KOTS (RUSSA) A corrente de Kotz tradicional é uma f re q u ê nci a m édi a de 4800 Hz ou 2500 Hz com trens de pulsação de 10 ms. Esta corrente tem um efeito semelhante ao TENS, com um grande efeito analgésico, graças a ação causada pela pulsação retangular de 10ms a 50 Hz, e a frequência de transporte de 4800 Hz. Esta combinação amplia o máximo o efeito analgésico efetuado pela Teoria da Comporta e o efeito prolongado causado pela produção de Endorfinas. Quando desejamos um efeito analgésico devemos aplicar uma intensidade baixa, só sobre o limiar de sensibilidade e abaixo do limiar motor. Graças ao seu efeito sobre as fibras neuromusculares, esta corrente tem uma ótima ação na excitação muscular para atletas profissionais, sem causar as sensações desagradáveis da farádica.TEMPO DE TRATAMENTO Devemos respeitar o período refratário da membrana criando suficiente repouso entre os pulsos ou modulações pelo menos uma Razão de 1:4. Uma razão menor invade em excesso o repouso. INDICAÇÕES Prevenir uma diminuição da atividade muscular e produção de ATP causada por inatividade prolongada; Incrementar rapidamente a força muscular; Aplicado abaixo do limiar motor é muito analgésica. CONTRAINDICAÇÕES As mesmas do TENS. CRIOTERAPIA As técnicas de contato também podem ser utilizadas no resfriamento dos tecidos, com o objetivo de produzir alterações fisiológicas que levarão a benefícios terapêuticos. Pesquisas demonstraram que a queda nas temperaturas da pele pode variar enormemente. EFEITOS FISIOLÓGICOS • Os efeitos geralmente aceitos como supostamente benéficos na prática clínica são: • Redução no sangramento e/ou edema no local de ocorrência de um trauma agudo; • Alívio da dor; • Redução no espasmo muscular e na espasticidade, que pode ocorrer nas lesões aos motoneurónios superiores; • Efeitos sobre a força muscular; • Rigidez na articulação e Segurança, também devem ser levados em consideração. EFEITOS FISIOLÓGICOS Redução do Edema e do Sangramento A redução do edema, que acompanha a aplicação da crioterapia em seguida a uma lesão aguda, pode ser atribuída à vasoconstrição imediata das arteríolas e vênulas, o que reduz a circulação até a área e, portanto, reduz o extravasamento de líquido para o espaço intersticial. O período de vasoconstrição se prolonga por cerca de 10 à 15 minutos, sendo então seguido pelo ciclo de vasodilatação induzida pelo frio (VDIF), que, por sua vez, é seguido pela vasoconstrição, o que é conhecido como “reação oscilatória”. Isto significa que os aspetos benéficos da vasoconstrição podem ser utilizados somente por um limitado lapso de tempo. Redução da Dor A redução da dor, que acompanha o resfriamento, pode dever- se a fatores diretos ou indiretos, como a redução do edema e uma diminuição do espasmo muscular. A elevação do limiar de dor em indivíduos normais e em pacientes com artrite reumatoide ocorre imediatamente após ao tratamento, mas declina dentro de 30 minutos; esta elevação do limiar pode dever-se a um efeito direto sobre as terminações nervosas sensitivas e a alterações na ação dos recetores e fibras da dor Redução no Espasmo/Espasticidade Muscular No caso de uma lesão aguda, a redução no espasmo muscular pode ser atribuída, em parte, à redução da dor que foi descrita acima, e também pode dever-se a uma redução na sensibilidade dos aferentes dos fusos musculares. Foi demonstrado, tanto em estudos experimentais como na prática clínica que o resfriamento de um músculo reduz a espasticidade, e este se mostrou um instrumento terapêutico útil na reabilitação de pacientes portadores de lesões dos motoneurónios superiores Força Muscular Foram descritas elevações da força por breves períodos, em seguida a uma breve aplicação de gelo (crioestimulação); entretanto, o mecanismo para este efeito ainda não foi devidamente esclarecido. EFEITOS PREJUDICIAIS DO RESFRIAMENTO A elevação imediata na resistência vascular periférica associada à vasoconstrição que ocorre diante do resfriamento provoca uma elevação na pressão sanguínea. Este efeito pode impedir o uso seguro desta modalidade em pacientes com uma história de HIPERTENSÃO (exemplo: imersão). O gelo não deve ser aplicado a áreas afetadas por alguma enfermidade vascular periférica (Síndrome Raynaud), pois a vasoconstrição apenas irá prejudicar a irrigação sanguínea até uma área que já se encontra comprometida. 3. Uma redução na temperatura provavelmente irá aumentar a rigidez mecânica do tecido colagenoso, e portanto, ocorrerá maior rigidez articular MÉTODOS DE APLICAÇÃO O frio pode ser aplicado por diversas maneiras, p.ex. com bolsas húmidas e secas, e pelo uso de sprays evaporadores. Durante a aplicação da crioterapia, o paciente vivencia diversassensações: • Frio intenso; Queimadura; • Sensação de “dolorido”; • Analgesia. 1- COMPRESSAS GELADAS Envoltórios satisfatórios podem ser confecionados mediante a utilização de gelo em flocos (escamas) com um pano atoalhado. Não ultrapassar os 12 minutos de tratamento. COMPRESSAS GELADAS O resfriamento inicial é rápido, mas começa a diminuir à medida que se forma uma película de água entre o envoltório e a pele; isto significa que a temperatura da pele comumente encontra-se acima da temperatura do gelo fundido (derretido), situando-se geralmente na faixa dos 5 a 100C. As compressas geladas produzidas comercialmente são de dois tipos: • O primeiro tipo consiste de envoltórios (Bolsa) que contém uma mistura de água com uma substância anticongelante. Estas compressas podem ser resfriadas num frigorífico, e em seguida amoldadas à parte a ser tratada. O fisioterapeuta deve tomar cuidado por ocasião da aplicação inicial, pois a temperatura da compressa pode estar abaixo de 0 0 C, e portanto poderá levar a um resfriamento muito rápido dos tecidos superficiais. A aplicação de uma toalha fina húmida (fraldas) entre a pele e a compressa poderá garantir que a temperatura de contato permaneça em torno de 0 0 C. • O segundo tipo consiste de compressas que dependem de uma REAÇÃO QUÍMICA, para que desempenhem suas propriedades resfriadoras. Estas compressas podem ser utilizadas apenas uma vez. TOALHAS GELADAS Podemos conseguir um resfriamento muito superficial mediante o uso de toalhas geladas. Um pano atoalhado é imerso numa “papa” de gelo em flocos e água, torcido e aplicado à parte a ser tratada. Podem ser cobertas grandes áreas, mas a toalha deverá ser mergulhada frequentemente no banho de gelo, pois o pano aquece rapidamente. O tratamento poderá ser ministrado por até 12 minutos. BANHOS GELADOS Um dos métodos mais simples de resfriamento dos tecidos consiste em colocar a parte do corpo em água gelada, ou numa mistura de gelo e água. Lee et al (1978) sugerem que uma temperatura de 160 – 180 C poderá ser tolerada durante 12 minutos. Podem ser empregadas temperaturas mais baixas, mas esta prática se fará com uma intermitência na imersão da parte que está sendo tratada. CUIDADO: HIPERTENSÃO. SPRAYS E VAPORADORES Ocorre um resfriamento tecidual eficaz, mas de breve duração. Um líquido volátil é vaporizado diretamente sobre a área a ser tratada. É importante que o spray não seja inflamável e nem tóxico, por uma questão de segurança. O spray deve ser aplicado sobre a área por meio de diversos jatos curtos (aproximadamente de 3 segundos cada). Geralmente, bastam cinco jatos. MASSAGEM COM GELO Barras ou Cubos de gelo podem ser utilizados na aplicação desta técnica. A massagem com gelo pode ser empregada para a obtenção de analgesia. Normalmente a massagem é realizada sobre pequena área, p.ex. um ventre muscular ou um ponto de disparo, e pode ser aplicada antes de outras técnicas, como, p.ex., a massagem profunda. Deve ser efetuado um movimento circular lento sobre uma pequena área. Com este método, as temperaturas não caem a níveis inferiores a 150C. • CÂMARA DE CRIOTERAPIA (ICELAB ) • O choque provocado pelo frio faz o sangue correr da periferia do corpo para os órgãos centrais. Essa mudança libera adrenalina e serotonina, o que dá bem-estar, e endorfina, que alivia a dor; O fluxo de sangue nas regiões periféricas aumenta em até quatro vezes quando a pessoa sai da câmara. O aumento súbito faz com que o sangue mais oxigenado alcance tecidos lesados e promova uma recuperação mais rápida. • Os especialistas recomendam pelo menos dez sessões para que a técnica reduza a dor e combata o cansaço CONTRAINDICAÇÕES • Pressão alta não tratada; • Infarto cardíaco ocorrido nos últimos 6 meses; • Insuficiência cardíacagrave; • Transtornos circulatórios, transtornos arteriais; • Transtornos de ultra sensibilidade ao frio; • Polineuropatias; • Transtornos renais e da bexiga; • Irregularidades no ritmo cardíaco. O paciente pode ficar numa temperatura de -110º C de 1 a 3 minutos. A esta temperatura o ar não possui humidade e não há correntes de ar, sendo que desta forma o corpo não percebe o frio. No ICELAB os pacientes alcançam um alívio imediato da dor que dura por várias horas. RISCOS QUEIMADURAS DE GELO A lesão surge algumas horas após a aplicação do frio, na forma de ERITEMA e DOR LOCALIZADA . Uma lesão mais grave pode conduzir à ocorrência de Necrose Gorda (Esteatonecrose ) e ao surgimento de Equimoses; eventualmente, um resfriamento intenso poderá levar ao Enregelamento (úlceras, etc.). Estas duas últimas complicações são muito improváveis. Cryo 5 - JATO D E AR F RIO pode chegar a até -20ºC APLICAÇÃO COM USO DO POLAR CARE Ações de crioterapia, elevação e compressão. CRYO CUFF INDICAÇÕES • Pós-traumático recente e transtorno agudo de sobre esforços; • Pós-traumático e transtorno crónico de sobre esforços; • Transtorno de inervação e atrofias por inatividade; • Hipertónus muscular (espasmos muscular); • Tratamento de pontos dolorosos. CONTRAINDICAÇÕES • Arteriosclerose; • Doença vascular periférica - o frio comprometerá a irrigação sanguínea já comprometida na área; • Vasoespasmo - distúrbios como a Doença de Raynaud, que estão associadas a um vasoespasmo excessivo; • Crioglobinemia - proteínas sanguíneas anormais podem precipitar-se sob baixas temperaturas. Este fenómeno pode levar ao bloqueio vascular. O problema pode estar associado à Artrite Reumatoide e ao Lúpus Eritematoso Sistémico; • Urticária do frio - a histamina, faz com que ocorra a formação de pápulas locais, prurido, e desenvolvimento de um eritema; CUIDADO AO TRATAR PACIENTES • Doença cardíaca, Pressão sanguínea arterial alterada e sobre área cardíaca; • Hipersensibilidade e Sensibilidade cutânea defeituosa; • Fatores psicológicos - alguns indivíduos demonstram uma intensa aversão ao frio; • Tecidos nervosos muito superficiais. Devido ao perigo de axonotmeses, em seguida ao resfriamento do N. fibular, N. femoral cutâneo lateral e N. femoral cutâneo • Na presença de afeções cutâneas na área a ser tratada. CALORES SUPERFICIAIS HÚMIDO OU SECO? Pouco se sabe acerca da eficácia relativa de uma ou outra modalidade; contudo, Abramson (1967) sugeriu que o CALOR SECO pode elevar a temperatura SUPERFICIAL em grau ligeiramente mais elevado, enquanto que o CALOR HÚMIDO pode levar a elevações da temperatura em níveis mais PROF UNDOS. Para que sejam obtidos níveis terapêuticos do aquecimento, a temperatura atingida nos tecidos deve situar-se entre 40o e 45oC. A elevação máxima da temperatura da pele e do tecido superficial ocorrerá dentro de 6 a 8 minutos O músculo subjacente responderá em menor grau e mais lentamente, e, sob temperaturas toleráveis, pode-se esperar que a temperatura muscular seja elevada em cerca de 1 o C numa profundidade de 3 cm. Outro fator que deve ser considerado é a presença da gordura subcutânea que influencia o nível de aquecimento aos tecidos mais profundos, ao funcionar como isolante. Por outro lado, áreas como as mãos e os pés têm pouca gordura, e mesmo o calor superficial irá atingir estruturas mais profundas. EFEITOS FISIOLÓGICOS • Os efeitos terapêuticos do calor localmente aplicado são • Alívio da dor, • Relaxamento muscular, • Promoção do fluxo sanguíneo, • Facilitação da cicatrização dos tecidos • Uma redução na rigidez articular. REPARO DOS TECIDOS Resultam efeitos positivos, com elevação das velocidades da reação química (quando é utilizado o aquecimento). Há uma elevação na absorção de oxigénio diante de uma temperatura muscular de cerca de 38,6 0C EXTENSIBILIDADE DO COLÁGENO Diversos pesquisadores sugeriram que uma elevação na temperatura altera o comportamento do colágeno em condições de estresse e, portanto, esta variação é válida antes da aplicação: • Estiramento passivo ou ativo • Mobilização de cicatrizes • Alongamento de contraturas. 1- CALOR HÚMIDO 2- CALOR SECO 3- PARAFINA 4- PELÓIDES (Parafango) 5- BANHOS DE TURBILHÃO CALOR HÚMIDO COMPRESSAS DE HIDROCOLATOR Consistem em GEL DE SILIC ATO numa compressa de algodão. As compressas são divididas em compartimentos que podem ser de tamanhos diferentes, podem adaptar à área anatómica tratada.Para o aquecimento, mergulha-se em um recipiente especial que contém água (aquecida por uma resistência), e um termostato que manterá a temperatura desejada +/- 750 C. Inicialmente estas compressas precisam de 2 horas para se aquecerem. A aplicação é realizada enrolando a compressa em uma toalha para produzir um isolamento térmico. A temperatura de aplicação é de 750C mas a temperatura da pele não aumentará mais que 420C, precisando de aproximadamente 8 à 10 minutos para alcançar esta temperatura. O tempo de aplicação será de 15 à 20 minutos. COMPRESSAS DE IMERSÃO EM ÁGUA QUENTE Desempenham uma função semelhante, mas tendem a esfriar mais rapidamente, porque não é prático proporcionar uma camada de isolamento. Estes coxins devem ser substituídos após aproximadamente 5 minutos. CALOR SECO COMPRESSAS DE MATERIAL GELATINOSO Eles consistem em uma bolsa firmemente fechada de plástico que contém no interior uma substância viscosa de densidade alta e grande calor específico. A substância em forma de G E L permite a flexibilidade da compressa para poder adaptar perfeitamente à área de tratamento. Eles podem esquentar tanto em um banho de água quente como em um forno de micro-ondas, podendo elevar a temperatura em alguns minutos. A temperatura de aplicação é de 600C durante 15 à 20 minutos. ACOLCHOADO ELÉTRICO O calor acontece por meio da corrente elétrica da rede que aquece uma resistência especial localizada dentro do B loco ou Manta. Eles possuem um transformador que reduz a voltagem da rede e um termóstato que permite adquirir graus diferentes de temperatura; é um procedimento de aquecimento simples e de efetividade moderada. PARAFINA Este método de tratamento térmico fica normalmente restrito às extremidades, por razões práticas. Cera de parafina é derretida, para possibilitar a imersão da parte a ser tratada no líquido. Esta cera tem um ponto de fusão de aproximadamente 540C, uma temperatura que é alta demais para as finalidades terapêuticas; contudo, a adição de um óleo mineral como a parafina líquida reduz o ponto de fusão e facilita a constituição de um banho numa temperatura situada entre 420C à 500C. A temperatura da cera derretida é mantida pelo uso de um banho controlado termostaticamente. Griffin e Karselis (1988) sugeriram que a primeira camada de cera formada sobre a parte funciona como um isolante para a cera circunjacente mais quente. Antes da aplicação da cera, a parte a ser tratada é inspecionada com vistas à possibilidade de qualquer contraindicação, e a seguir lavada. No caso do método de aplicação por imersão e enrolamento, a parte é imersa em cera aquecida. Em seguida, a parte é retirada, permitindo-se que ocorra a secagem. O procedimento é repetido, normalmente por 6 a 12 vezes, para que se forme uma “luva de cera”. Em seguida, o conjunto é enrolado em plástico ou papel encerado, e também numa camada isolante de algum material, por exemplo uma toalha. A aplicação é mantida durante 20 minutos. Alternativamente, a parte pode ser mantida imersa no banho, permitindo-se que ocorra a formação da luva de cera; este método é por vezes denominado método de imersão e reimersão. A técnica resulta numa elevação térmica mais acentuada Quando a área a ser tratada não for possível submergir, utilizar um pincel ou derramar a parafina com uma concha,
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