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Conceitos Básicos em Eletroterapia Eletroterapia Aplicada à Estética CÍNTIA KARINE RAMALHO PERSEGONA Gama, DF, 2022. CENTRO UNIVERSITÁRIO APPARECIDO DOS SANTOS - UNICEPLAC P466c Persegona, Cintia Karine Ramalho. Conceitos básicos em eletroterapia: eletroterapia aplicada à estética . Gama, DF: UNICEPLAC, 2022. 24 p. 1. Eletroterapia. 2. Eletroterapia - Conceito. 3. CST em Estética e Cosmética. I. Título. CDU: 615.8 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Eletroterapia – Conceitos Fundamentais A eletroterapia esta fundamentada em uma longa trajetória do emprego da corrente elétrica com fins terapêuticos. Muita estudada e aplicada na fisioterapia como sendo um recurso base dos agentes físicos terapêuticos utilizada também em diversas outras áreas como a medicina, odontologia, fonoaudiologia e estética. O termo eletroterapia é oriundo da corrente elétrica que poderá ser utilizada de forma direta ou indiretamente, podendo ser transformada em outros agentes físicos terapêuticos como o ultrassom, radiofrequência e laser em que a base da estimulação ou formação da nova energia será sempre a corrente elétrica. Portanto pode-se definir a ELETROTERAPIA “como sendo a forma direta ou previamente transformada, a fim de estimular diferentes órgãos ou sistemas com distintos objetivos” (Agne,2018). Eletroterapia – Conceitos Fundamentais AGENTES FÍSICOS GERADORES DE ENERGIA Um aparelho não deve ser reconhecido como sendo so um recurso terapêutico e sim como um agente físico gerador de energia d eum tipo de energia, a qual será incidida e absorvida adequadamente no tecido biológico, sejam nas camadas cutâneas, subcutâneas ou musculares. As energias produzidas e emitidas pelos equipamentos de um modo geral e as mais utilizadas no campo da estética são classificadas em térmicas, mecânicas e eletromagnéticas, e na mais nova classificação as terapias luminosas (Agne, 2018). Eletroterapia – Conceitos Fundamentais Eletricidade: É a parte da física que estuda as manifestações elétricas. ELETROSTÁTICA: É a parte da eletricidade que estuda os corpos elétricos em repouso. ELETRODINÂMICA: É a parte da física que estuda os corpos elétricos em movimento DDP: a diferença de potencial ou tensão que faz com que os elétrons sejam movidos. Sua unidade é o Volt (110/ 220 Volts) (Pereira,2007). Eletroterapia – Conceitos Fundamentais CARGAS ELÉTRICAS: Todos os corpos são formados por um grande número de átomos. Os átomos, no seu núcleo central, possuem prótons e nêutrons; em torno do núcleo circundam os elétrons. Elétron: átomo portador de carga elétrica negativa. Íon: é o átomo que tenha adquirido carga elétrica pelo ganho ou perda de elétrons. Classificam-se como cátions (positivos) e ânions (negativos). Eletroterapia – Conceitos Fundamentais Catodo: é o Eletrodo Negativo; pólo com maior concentração de elétrons; onde acontecem os fenômenos de despolarização, portanto freqüentemente chamamos de Eletrodo Ativo. Anodo: é o Eletrodo Positivo; pólo com menor concentração de elétrons; onde acontecem os fenômenos de hiperpolarização, portanto, menos estimulante do que o catodo, freqüentemente chamamos de Eletrodo Dispersivo ou Indiferente. Eletroterapia – Conceitos Fundamentais CORRENTE ELÉTRICA: É um fluxo ordenado de elétrons que se produz quando existe uma diferença de potencial entre os extremos de um condutor. Intensidade da Corrente Elétrica: representa a carga (Q) que passa durante um tempo determinado (t). I = Q/t. sua unidade é o Ampare. Em eletroterapia usa-se o miliampére (mA) e o microampére (µA). Eletroterapia – Conceitos Fundamentais A corrente elétrica apresenta-se relacionada a três aspectos diferentes: Tensão : medida em volts (V); Intensidade: medida em ámpere e miliámpere em Medicina, Eletroterapia e Eletroestética; Resistência : medida em Ohm; A resistência é representada em nosso caso pelo organismo humano onde será aplicada a corrente elétrica. A resistência da pele diminui muito quando ela se encontra mais hidratada favorecendo a passagem de corrente elétrica através das diferentes estruturas orgânicas (Pereira,2007). Eletroterapia – Conceitos Fundamentais FREQÜÊNCIA: A frequência é uma característica dependente do tempo e é mensurada em Hertz (Hz), ela refere-se à frequência com que os elétrons passam na corrente ou ao número de pulsos existentes durante um segundo. Baixa Frequência: na faixa de 1 Hz a 1.000 Hz. Ex: corrente farádica. Média Frequência: na faixa de 1.000 Hz a 100.000 Hz. Ex: corrente russa. Alta Frequência: de 100.000 Hz em diante. A frequência também interfere no limiar sensitivo, sendo que frequências maiores desencadeiam percepções menores, uma vez que altas frequências apresentam resistências menores da pele à passagem da corrente elétrica. Classificação das Correntes Elétricas Corrente Contínua: ou polarizada, ocorre quando a carga se move sempre na mesma direção, a corrente circula sempre no sentindo, sendo esta unideriocional e conserva seus valores constantes. Circula do P+ em direção ao P-. Polarizada. Ex. Correntes Galvânicas. Corrente Alternada: é uma corrente pulsada, despolarizada, onde a corrente flui primeiramente em uma direção e depois em outra, podendo se apresentar na forma polar ou apolar. A forma polar(despolarizada) se caracteriza por inverter a sua direção em intervalos regulares de tempo. Varia tanto de valor quanto de sentido quando circula por um circulo elétrico Condutores da Corrente Condutores: são instrumentos que permitem a condução de uma corrente elétrica de um determinado local a outro. Bom condutor: oferece menor resistência para o fluxo da corrente. Cobre: bom condutor; possui grande quantidade de elétrons livres. Água: excelente condutora, fazendo do corpo humano um bom condutor (60% de água). Condutores da Corrente Isolantes: maus condutores, pois são corpos que necessitam de elétrons, já que tem poucos elétrons livres (Ex.: madeira). Tecidos bons condutores: sangue, linfa, músculos, tecido nervoso. Tecidos medianamente condutores: pele, tendão, cartilagens, fáscias musculares. Tecidos pouco condutores: ossos, gordura, pêlos, unhas. Eletrodos Têm como função básica transmitir a corrente, que está sendo produzida no equipamento, ao paciente. Podem ser confeccionados com diversos tipos de material: chumbo, cobre, tela de latão, alumínio, silicone, auto-adesivo (gel), etc Possuem várias formas de utilização: em forma de placas quadradas, retangulares e redondas, colocadas sobre a pele; em forma de tubos, máscaras, canetas, banhos, etc Os equipamentos atuais empregam diferentes tipos de correntes, onde o aparelho emite a energia eletromagnética que é então conduzida através de cabos condutores até os eletrodos que ficam aderidos à pele do paciente. Outras formas incluem a utilização de agulhas ao invés de eletrodos, sendo este emprego mais reservado ao uso para terapia estética ou para métodos diagnósticos (Pereira,2007) Eletroterapia na Estética Os benefícios da eletroterapia para a saúde são os de controlar dores, fortalecer os músculos, prevenir o atrofiamento, diminuir espasmos musculares e edemas e auxiliar na cicatrização. O principal diferencial é sua ação a nível celular, agindo com efeitos analgésicos e anti-inflamatório e regeneração de tecido, em que se consegue resultados a curto e longo prazo (Borges,2010). Com auxílio de eletrodos, é produzida uma baixa intensidade de corrente, que de acordo com cada tipo de tratamento (estéticos ou medicinais), serão provocados estímulos pelo corpo. Os resultados vão sendo atingidos aos poucos, já que se trata de um processo. Cada corrente elétrica possui sua especificidade, mas todas elas produzem efeitos benéficos nos tecidos durante o tratamento. Eletroterapia na Estética Antes de iniciar o tratamento, o paciente/cliente precisa informar se possui alguma sensibilidade prejudicada da pele na região de aplicação da eletroterapia. Neste caso, o paciente/cliente não será capaz de perceber e referir com clareza o efeitoda corrente elétrica, o que aumenta a probabilidade de lesão de pele ou muscular. Se apresenta musculatura fadigada, suspeita ou diagnóstico de epilepsia, problemas cardíacos, suspeita ou confirmação de gravidez será contra indicado realizar o tratamento e caso suspeite ou apresente alguma infecção, corrente elétrica neste caso pode aumentar a atividade metabólica e agravar o quadro. Eletroterapia para Tratamentos Corporais Os recursos de eletroterapia disponíveis para um tratamento estético favorecem a realização de funções como drenagem linfática, estimulação muscular, eletroforese de grande superfície, ionização, e outros. Visam a correção ou atenuação de diversos distúrbios como celulite, gordura localizada, flacidez muscular, retenção de líquidos, etc. Eletroterapia para Tratamentos Corporais Manta Térmica Alta Frequência Microcorrentes Ionização Correntes Excitomotoras: Aussie/ Russa Eletrolifting Endermoterapia Microdermoabrasão – Peeling de Cristal / Peeling de Diamante Eletroterapia para Tratamentos Corporais Ultrassom (HECCUS Turbo) Ultra cavitação Ondas de Choque Radiofrequência Criofreguência Laser Led Terapia Criolipólise Eletroterapia para Tratamentos Faciais Nos tratamentos faciais a eletroterapia auxilia na melhoria dos quadros de acne, revitalização cutânea, na limpeza de pele, no clareamento cutâneo, no pré e pós-cirúrgico, na drenagem linfática facial e outros. Com o objetivo de corrigir ou atenuar estes distúrbios de forma mais intensa e profunda. Eletroterapia para Tratamentos Faciais Vapor de Ozônio Alta Frequência Microcorrentes Ionização Correntes Excitomotoras: Aussie/ Russa Eletrolifting Endermoterapia Microdermoabrasão – Peeling de Cristal / Peeling de Diamante Eletroterapia para Tratamentos Faciais Ultrassom Radiofrequência Criofreguência Laser Led Terapia Contra Indicações Absolutas Sobre o útero durante a gravidez Problemas cardíacos descompensados Paciente portador de marca-passo Sobre locais que contenham prótese metálica Sobre locais onde haja processos neoplásicos Pacientes portadores de epilepsia Lesões de pele no local da aplicação Referências BORGES, S.F. Dermato-Funcional: Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 2°ed. São Paulo: Phorte, 2010. AGNE, E.J. Eu sei eletroterapia. 3°ed. Santa Maria: Palloti, 2012. AGNE, E.J. Eletrotermofototerapia. 5°ed. Santa Maria, RS: O Autor, 2018. PEREIRA, Franklin. Eletroterapia sem mistérios . Rio de Janeiro, RJ: Difusão Rubio, 2007. Obrigado (a)! Cintia.ramalho@uniceplac.edu.br
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