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Introdutório O Ensino e a Aprendizagem de Adultos M ód ul o 2Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Enap, 2019 Enap Escola Nacional de Administração Pública Diretoria de Educação Continuada SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF Fundação Escola Nacional de Administração Pública Presidente Diogo Godinho Ramos Costa Diretor de Educação Continuada Paulo Marques Coordenadora-Geral de Educação a Distância Natália Teles da Mota Teixeira Conteudista/s José Mendes de Oliveira Marcia Csik Paulo Marques Curso produzido em Brasília 2019. 3Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Sumário 1. Introdução .................................................................................... 5 2. Educação de Adultos: Fundamentos Teóricos e Práticos ................ 5 2.1. O Modelo Andragógico de Malcolm Knowles ................................ 7 4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 5Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública M ód ul o O Ensino e a Aprendizagem de Adultos 1. Introdução Antes de começar o curso, sugerimos que você leia a apresentação disponível no Guia do Participante. Neste módulo, conduziremos a nossa atenção para os fundamentos e princípios que norteiam o ensino e a aprendizagem de adultos a partir do conceito de andragogia. Observe que desenhistas instrucionais dedicados à modelagem de cursos e programas de capacitação não devem se descuidar da natureza de quem se destina o seu trabalho, isto é, o aprendiz adulto. A maturidade dessa pessoa envolve o acúmulo de conhecimentos e experiências vividas, que a tornam mais crítica e seletiva com relação ao aprendizado de novos conteúdos e informações. A sua capacidade de analisar, comparar e criticar situações impõe exigências no que se refere ao processo de ensino, destacando-se entre elas a necessidade de experimentar, aplicar e vivenciar os conteúdos que são apreendidos. Portanto, a modelagem da capacitação para adultos exige que tais particularidades sejam consideradas em função da própria efetividade do processo de ensino-aprendizagem. 2. Educação de Adultos: Fundamentos Teóricos e Práticos As organizações que investem na formação e educação continuada da sua equipe precisam considerar dois aspectos, de inquestionável importância, para obter resultados proveitosos dos programas de capacitação. De um lado, é necessário que conheçam os princípios relevantes para a aprendizagem de adultos e, do outro, que reconheçam o papel que o planejamento educacional exerce na efetividade do ensino. Em outras palavras, é preciso que tenham em foco como os adultos aprendem e como devem ser estruturados os processos de ensino para esse público. Abordaremos inicialmente os princípios e fundamentos da aprendizagem do adulto, mas antes de fazê-lo, é importante recuperarmos o significado do ser adulto. Do ponto de vista etimológico, o vocábulo se origina no latim adultus que significa crescer. Por essa razão, muitos estudiosos que se debruçam sobre a maturidade humana tendem a definir Introdutório 6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública ou a identificar a pessoa adulta quando ela atinge a idade em que é possível a reprodução e a capacidade de assumir responsabilidades em assuntos inerentes à sua vida social, profissional e familiar, desempenhando papéis como o de trabalhador em tempo integral, cônjuge, pai ou mãe, entre outros. No entanto, quando se trata da aprendizagem, a definição psicológica da condição do ser adulto é a mais decisiva: “psicologicamente, tornamo-nos adultos quando chegamos a um autoconceito de sermos responsáveis por nossa própria vida, de sermos autodirigidos” (Knowles; Holton; Swanson, 2009, p. 69). A andragogia foi apresentada como um caminho de ensino de adultos que requer novas abordagens focadas nas características próprias dessa categoria de aprendiz. O termo provém do grego andros (homem) e agogé (condução) e foi formulado pelo professor alemão Alexander Kapp, em 1833, ao descrever o método utilizado por Platão para o ensino de adultos. Os grandes mestres dos tempos antigos, Confúcio e Lao Tsé na China; os profetas hebreus e Jesus nos tempos bíblicos; Aristóteles, Sócrates e Platão na Grécia antiga; e Cícero, Evelídio e Quintiliano na Roma antiga, foram professores de adultos, não de crianças. As experiências desses mestres aconteceram com adultos e, portanto, eles desenvolveram um conceito muito distinto do processo ensino- aprendizagem do que aquele que acabaria por dominar a educação formal. Esses professores notáveis acreditavam que a aprendizagem era um processo de investigação mental e não a recepção passiva de conteúdos transmitidos. Por esse critério, eles desenvolveram técnicas para envolver os alunos com a investigação. Os antigos chineses e hebreus inventaram o que chamamos hoje de estudo de caso, em que o aprendiz ou um dos membros do grupo descreve uma situação, geralmente na forma de parábola, e juntamente com o grupo explora suas características e possíveis soluções. Os gregos criaram o que chamamos hoje de diálogo socrático, em que o líder ou membro do grupo propõe uma pergunta ou dilema e os membros do grupo reúnem suas ideias e experiências em busca de uma resposta ou solução. (Knowles; Holton; Swanson, 2009, p. 39-40) Como teoria, a andragogia tornou-se mais conhecida a partir da década de 70 do século XX, quando Malcolm S. Knowles, considerado o pai da andragogia nos Estados Unidos, introduz os princípios da educação de adultos. A partir de sua prática com o ensino de adultos, Knowles conclui e admite que o modelo andragógico é um sistema de elementos que pode ser adotado ou adaptado completa ou parcialmente. Nessa perspectiva, ao contrário de uma relação verticalizada entre docente e aprendiz, ou de uma mera importação do sistema tradicional de ensino para a capacitação profissional, o ensino do adulto requer uma concepção diferente, mais voltada para o estímulo à aprendizagem, transformando em elemento desse processo o conjunto de experiências e conhecimentos de estudantes. 7Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública De acordo com esta perspectiva, o corpo docente é facilitador do processo ensino-aprendizagem, prática que pressupõe uma construção coletiva, com a participação de discentes e docentes como autores do processo. 2.1. O Modelo Andragógico de Malcolm Knowles O modelo andragógico de Knowles enfatiza a educação de adultos dialogando com as características da situação de aprendizagem. Esse modelo trata da provisão de procedimentos e recursos para ajudar os aprendizes a adquirir conhecimentos e habilidades e baseia-se nos preceitos que se seguem. 1. A necessidade de saber Pessoas adultas precisam saber por que precisam aprender algo antes de começar a aprender. Consequentemente, um dos novos princípios na educação de adultos é que a primeira tarefa do facilitador da aprendizagem é ajudar os aprendizes a se conscientizar da necessidade de saber. Os facilitadores podem defender que o valor da aprendizagem consiste em aumentar a eficácia da performance de quem aprende ou sua qualidade de vida. 2. O autoconceito do aprendiz Pessoas adultas possuem um autoconceito de ser responsáveis pelas próprias decisões, pelas próprias vidas. Uma vez que tenham chegado a esse autoconceito, desenvolvem uma profunda necessidade psicológica de serem vistas e tratadas pelos outros como capazes de se autodirigir. Daí a importância do estímulo à autonomia, ou seja, os facilitadores devem incentivar a busca independente do conhecimento e o desenvolvimento permanente, além do espírito crítico, para posicionar-se frente ao que se aprende. 3. O papel das experiências dos aprendizes Pessoas adultas carregam para a atividade educacional um volume maior de experiências e com uma qualidade diferente quando comparadas às dos jovens. Essa diferença em quantidade e qualidade garante que qualquer grupo de adultos será maisheterogêneo em termos de formação, estilo de aprendizagem, motivação, necessidades, interesses e objetivos do que um grupo de jovens. Portanto, na educação de adultos, coloca-se mais ênfase na individualização do ensino e das estratégias de aprendizagem. Significa que, para muitos tipos de aprendizagem, os recursos mais ricos encontram-se nos próprios aprendizes adultos. Logo, a ênfase da educação de educação de adultos está nas técnicas experienciais, ou seja, técnicas que utilizam a experiência dos aprendizes, tais como: discussões em grupo, exercícios de simulação, atividades de resolução de problemas, estudos de caso e métodos de laboratório, em vez de técnicas de transmissão. Além disso, há uma ênfase maior nas atividades de ajuda a colegas. 8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Entretanto, uma experiência maior também traz alguns efeitos potencialmente negativos. À medida que acumulamos experiências temos a tendência a desenvolver hábitos mentais, preconceitos e pressuposições que costumam fechar nossa mente a novas ideias, percepções mais atualizadas e ideias alternativas. Pelo mesmo critério, educadores de adultos tentam descobrir maneiras de ajudá-los a refletir sobre os seus hábitos e preconceitos e abrir sua mente para novas abordagens. Alguns pesquisadores relevantes nessa área são Argyris, Schön e Senge. (Knowles; Holton; Swanson, 2009, p. 218). 4. Prontidão para aprender Pessoas adultas aceitam o que devem aprender em função da solução de problemas da vida real e o desenvolvimento de seus papéis sociais. 5. Orientação para a aprendizagem Pessoas adultas estão dispostas a aprender quando percebem que a aprendizagem as ajudará a executar tarefas ou lidar com problemas que vivenciam na sua vida. Deste modo, em comparação com a orientação para a aprendizagem de crianças e jovens, centrada nas disciplinas, as pessoas adultas são centradas na vida prática quanto à sua orientação para a aprendizagem. Assim, assimilam novos conhecimentos, percepções, habilidades, valores e atitudes de maneira mais eficaz quando são apresentadas a contextos da vida real. 6. Motivação Pessoas adultas respondem a fatores motivacionais externos, como melhores empregos, promoções, aumentos salariais, porém os fatores motivacionais mais poderosos são as pressões internas, como o desejo de ter maior satisfação no trabalho, autoestima, qualidade de vida. Ressaltamos que a observação dos preceitos apresentados anteriormente é pertinente também para orientar o desenho das soluções de capacitação, pois eles podem servir a desenhistas instrucionais como marcos de orientação. No tópico anterior, estudamos que as pessoas adultas acumulam conhecimentos e experiências vivenciadas no decorrer da vida. Elas acumulam experiências não só no campo profissional, mas nos diversos setores da vida social onde exercem papeis e interagem com outros. Por esta razão, paradigmas são estabelecidos, valores são sedimentados e percepções de mundo são constituídas de forma visceral. Estes aspectos afetam, de diversas maneiras, a formação da identidade dos sujeitos, bem como a forma como lidam com processos de aprendizagem. De acordo com as suas experiências e aprendizagens acumuladas, têm paradigmas preestabelecidos, valores éticos, morais, sociais e individuais sedimentados. Deste modo, é muito importante para um modelo de ensino criativo, estimulante e eficaz, que desenhistas instrucionais conheçam as diferenças ou particularidades do público-alvo. É crucial conectar os novos conteúdos do processo de aprendizagem com aqueles que o aprendiz traz consigo. Portanto, é imprescindível que o desenhista se esforce para: 9Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública • Reconhecer as características e experiências do público-alvo. • Admitir como pressuposto que a bagagem dos aprendizes é importante. • Evidenciar o entendimento do quanto podem aprender uns com os outros. • Integrar novas questões e estruturas aos saberes existentes, possibilitando o estabelecimento de níveis mais profundos de compreensão. Assim, tanto o papel dos aprendizes como o dos desenhistas de cursos e programas de capacitação e dos facilitadores de aprendizagem são fundamentais para a construção do conhecimento. Admite-se, por este viés, que o aprendizado resulta de um processo em que conhecimentos e experiências são aprimorados pela colaboração e pela troca constante de saberes entre os sujeitos. Cabe ao desenhista promover situações em que haja desafios, de tal maneira que quem aprende se sinta encorajado a experimentar e vivenciar novas possibilidades dentro do processo de ensino-aprendizagem. Mas como podemos criar esse processo de grande interação em que os sujeitos da ação aprendem juntos numa troca constante de saberes que se entrelaçam e assim constroem a própria história com os diversos significados que se apresentam ao longo do caminho? Para iniciarmos a nossa conversa, lembramos que, por meio do modelo andragógico de Knowles, as pessoas adultas preferem uma orientação de aprendizagem voltada para a resolução de problemas do contexto da vida real, em vez de centrada em disciplinas. David Kolb (1984), que desenvolveu o modelo do ciclo de aprendizagem experiencial, sustenta que “a aprendizagem é um processo contínuo baseado na experiência, o que significa que toda a aprendizagem pode ser encarada como reaprendizagem. Isso é principalmente verdadeiro para os adultos que acumulam um grande repositório de experiências”. (Knowles; Holton; Swanson, 2009, p. 209) Atualmente, o modelo de estilos de aprendizagem e a teoria experiencial de Kolb são reconhecidos por acadêmicos, docentes, gestores e formadores como conceitos fundamentais para a compreensão e explicação de como o ser humano aprende e de como ajudar os outros a aprender. A figura a seguir pode te ajudar na compreensão das quatro fases que constituem o ciclo de aprendizagem experiencial concebido por Kolb. 10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Figura 1: Ciclo de Aprendizagem Experiencial de David Kolb Tendo em vista que Kolb admite que o conhecimento é adquirido por meio de um processo contínuo baseado nas experiências pessoais, o ciclo de aprendizagem é definido como o princípio central de sua teoria de aprendizagem experiencial, em que esses quatro elementos são a essência de uma espiral de aprendizagem contínua. O autor argumenta que o ciclo de aprendizagem experiencial pode começar em qualquer um dos quatro pontos. Entretanto, indica que o processo de aprendizagem começa frequentemente quando uma pessoa realiza uma determinada ação ou experiência concreta. Importante Honsberger & George (2002) apontam que essas fases do ciclo de aprendizagem nem sempre se sucedem de maneira suave ou sequencial. Ao procurar dar sentido às coisas, pessoas adultas utilizam tanto as experiências anteriores quanto conhecimentos de primeira mão adquiridos a partir de novas explorações. 11Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Inicialmente, a curiosidade é provocada. Em seguida, quando o sujeito do aprendizado pergunta, investiga e explora, o fenômeno torna-se menos misterioso. À medida que as pessoas começam a investigar ideias novas, fragmentos de explorações anteriores são utilizados para ajudar o processo de aprendizagem. O novo conhecimento se constrói peça por peça. Às vezes, quando as peças não encaixam, ideias antigas precisam ser analisadas e reformuladas. A compreensão aumenta pelo diálogo com os outros, na medida em que se validam teorias por meio da resolução ativa de problemas. Aprender não é apenas um processo contínuo, também é um processo muito individual. As pessoas adultas trazem para cada experiência de aprendizagem sua história e seu estilo pessoal. Desenhistas de cursos eficazes precisam planejar atividades de aprendizagem e perguntas específicas para ajudar aprendizes a refletirem criticamente e compartilhar pensamentos esentimentos acerca de experiências novas de aprendizagem. O ciclo de aprendizagem experiencial de Kolb baseia-se na premissa de que os indivíduos percebem e processam informações de maneiras diferentes. Cada um tem uma abordagem, preferências e ritmo de aprendizagem de acordo com sua própria trajetória ou historicidade. Essas preferências criam estilos únicos de aprendizagem. De modo geral, o estilo de aprendizagem compreende a maneira por intermédio da qual uma pessoa adquire o conhecimento. Não se confunde com o que a pessoa aprende, mas refere-se ao modo como ela aprende. Há controvérsias consideráveis acerca da questão de estilos de aprendizagem. Vários psicólogos e educadores procuraram categorizar explicitamente esta variedade de estilos de aprendizagem. Outros consideram que os estilos de aprendizagem fazem parte de um fluxo contínuo que é influenciado por muitos fatores. Em vez de se concentrar no modo como se definem e medem os estilos de aprendizagem, o importante é reconhecer que todos os estilos individuais são válidos e aceitáveis. A consideração mais importante é estar ciente de que as pessoas veem o mundo de modos diferentes. Um único método de aprendizagem não permite que todos estejam à vontade ou que sejam produtivos nele. Outras discussões a respeito de como as pessoas aprendem envolvem um estudo de inventários com base em comportamentos preferidos de aprendizagem. O inventário de aprendizagem de David Kolb define quatro estilos, ou preferências, de aprendizagem do indivíduo: divergente, assimilativo, convergente e adaptativo ou dinâmico (acomodativo), combinando os quatro elementos do ciclo de aprendizagem experiencial apresentado anteriormente. 12Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Saiba mais A seguir, apresentamos uma breve descrição dos quatro estilos de aprendizagem definidos por David Kolb. • Divergente ou Analítico Combina experiência concreta e observação reflexiva. As pessoas que adotam este estilo de aprendizagem geralmente observam as situações concretas por diferentes perspectivas. Preferem observar ao invés de atuar. Possuem facilidade para lidar com ideias que, geralmente, apresentam amplos interesses culturais e atuação favorável no campo das artes, do entretenimento e dos serviços. Em situações de aprendizagem formal, preferem trabalhar em grupos para processar informações, escutar com a mente aberta e receber realimentação personalizada. • Assimilativo Combina observação reflexiva e conceitualização abstrata. As pessoas que adotam este estilo de aprendizagem são geralmente as melhores para compreender uma ampla variedade de informações e ordená-las de forma concisa e lógica. Estão menos interessadas nas outras e têm a atenção voltada para ideias e conceitos abstratos. Consideram mais importante uma teoria apresentar solidez lógica que valor prático. Em situações de aprendizagem formal, preferem assistir a conferências, exposições, explorar modelos analíticos e dedicar certo tempo analisando profundamente as coisas. É um estilo efetivo em carreiras relacionadas com a informação e a ciência. • Convergente Combina a conceitualização abstrata e a experimentação ativa. As pessoas que adotam este estilo de aprendizagem são geralmente as melhores para descobrir a aplicação prática das ideias e teorias. Possuem aptidão para resolver problemas e tomar decisões que se baseiam na busca de soluções para perguntas ou problemas. Preferem ocupar-se com tarefas e problemas técnicos em vez de abordar temas sociais e interpessoais. Em situações de aprendizagem formal, preferem lidar com novas ideias, simulações, tarefas de laboratório e aplicações práticas. É um estilo adequado para as carreiras relacionadas com as tecnologias. • Adaptativo ou Dinâmico (Acomodativo) Combina a experimentação ativa e a experiência concreta. As pessoas que adotam este estilo de aprendizagem têm a capacidade de aprender 13Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública principalmente com a experiência concreta. Lidam bem com a execução de planos, experiências novas e o enfrentamento de desafios. Tendem a agir tendo como base da ação os sentimentos em vez da análise lógica das situações. Para resolver problemas, é possível que confiem em informações prestadas por outros, ao invés de se basear em suas próprias análises técnicas. Em situações de aprendizagem formal, preferem trabalhar em equipes, fazer trabalhos de campo ou buscar soluções para viabilizar um projeto. É um estilo adequado para carreiras que se fundamentam na ação, tais como o mercado de vendas. É interessante que desenhistas de cursos e programas de capacitação planejem diversas atividades de aprendizagem a fim de possibilitar o maior grau de instrução para o maior número possível de participantes, tomando o cuidado de não enfatizar e nem depender demasiadamente de métodos que melhor venham ao encontro de suas próprias preferências de estudos. Todo mundo é capaz de utilizar e beneficiar-se de estratégias que vão além de suas preferências e hábitos de aprendizagem previamente estabelecidos. No decorrer de uma capacitação, para uma prática de ensino criativa, estimulante e eficaz, uma variedade de atividades e técnicas precisa ser ofertada a fim de permitir que quem participa possa experimentar, refletir, pensar e fazer.
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