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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE BIOFISICA E FISIOLOGIA DISCIPLINA: FISIOLOGIA MECÂNICA RESPIRATÓRIA TERESINA-PI MECÂNICA RESPIRATÓRIA Relatório apresentado na disciplina fisiologia humana, como pré-requisito para obtenção de nota. Professor Dr.: Acácio Salvador Verás e Silva. Me. Paulo Michel Pinheiro Ferreira. TERESINA-PI 1.INTRODUÇÃO O Sistema Respiratório é composto pelas vias respiratórias e o parênquima pulmonar, assessorado pela caixa torácica, cujos limites são o músculo diafragma, as costelas e o esterno, e a coluna em sua porção torácica, A respiração, como o termo é geralmente usado, inclui dois processos: respiração externa, a absorção de O2 e remoção de CO2 do corpo como um todo; e a respiração interna, a utilização de O2 e produção de CO2 pelas células e as trocas gasosas entre as células e seu meio líquido. (PAJEU; LUIS; ANDERSON, 2012). A Fisiologia estuda basicamente a ventilação, a difusão e o transporte de gases, analisando a mecânica ventilatória e o controle da ventilação, bem como o transporte sanguíneo, a difusão alvéolo-capilar e a relação ventilação-perfusão, que, fisiopatologicamente, compreende a função primária de integração com o meio, além de gerar os gradientes de pressão dos gases. Por essas razões, é grande a interface alvéolo-capilar (aproximadamente 70 m2), que coloca em contato o ar atmosférico com o sangue e permite as trocas gasosas. Daí a eficiência da anestesia inalatória, que rapidamente se difunde até o SNC, provocando o efeito desejado. Da mesma forma, o indivíduo pode recobrar, em poucos minutos, a consciência, retirando-se a anestesia e voltando a respirar o ar atmosférico. (BEZERRA, 2001). Os pulmões têm movimentos passivos, sempre dependentes de forças externas. Na respiração espontânea, os músculos respiratórios geram a força capaz de levar o ar aos pulmões. Na respiração artificial, uma máquina gera a diferença de pressão entre o sistema de ventilação e a via aérea, fazendo com que o ar chegue ao alvéolo pulmonar. Em ambos os casos o fenômeno físico do movimento pulmonar, fazendo com que o pulmão receba ou libere um certo volume de gás, é influenciado pela impedância do sistema respiratório. Esta impedância se desenvolve em função da resistência elástica dos tecidos, da interface gás/líquido do alvéolo e do atrito entre a parede da via aérea e o fluxo de ar. (SARAIVA, 1996) Visto isso o objetivo da prática é demonstrar em que consiste, do ponto de vista fisiológico, as fases do ciclo respiratório (inspiração e expiração), com o auxílio de um conjunto “caixa torácica – pulmões artificiais”, para facilitar o aprendizado do sistema respiratório. 2.METODOLOGIA 2.1 Materiais • Algodão • Bisturi • Tesoura Cirúrgica • Pinça • Caixa torácica artificial • Anestésico 2.2 Métodos Primeiro foi aplicado o anestésico no rato e depois com o bisturi, tesoura cirúrgica, algodão e pinça foi feito a retirada do pulmão e depois foi realizada a mecânica. Com um erlenmeyer colocado um balão na borda, foi feio a pressão do oxigênio. Na parte de cima do erlenmeyer foi colocado junto com um tubo o pulmão do camundongo, sendo assim feito a pressão de puxar o oxigênio para dentro e para fora, analisando a mecânica respiratória do pulmão do camundongo possivelmente a inspiração e expiração. 3.RESULTADOS Segue abaixo os resultados da prática de Mecânica Respiratória realizada no laboratório de fisiologia do departamento de biofísica e fisiologia da universidade Federal do Piauí. Gráfico 2: Resposta da pressão Interpleural inspiração e expiração. Teresina, 2018. Pressão Interpleural (mmHg) FONTE: Laboratório de fisiologia UFPI, 2018. Gráfico 3: Resposta da pressão Intrapulmonar inspiração e expiração. FONTE: Laboratório de fisiologia UFPI, 2018. Gráfico 4: Resposta do fluxo de ar na inspiração e expiração. Fluxo de ar (ml/min) FONTE: Laboratório de fisiologia UFPI, 2018. Gráfico 5: Resposta do volume pulmonar na inspiração e expiração. Volume Pulmonar (ml) FONTE: Laboratório de fisiologia UFPI, 2018. 4. DISCUSSÃO Os pulmões são estruturas elásticas e seu volume depende da diferença de pressão entre o interior e o exterior, à semelhança do que ocorre com um balão. A pressão alveolar (PA) é a pressão dentro dos pulmões. Com a via aérea aberta e sem fluxo, a PA é igual à pressão atmosférica ou barométrica (PB). A pressão intrapleural (Ppl) é a pressão por fora dos pulmões, razão pela qual a pressão transpulmonar estática (PL) e o volume pulmonar são determinados apenas por Ppl com as vias aéreas abertas e na ausência de fluxo aéreo. A pressão intra-alveolar é a pressão que existe nas vias aéreas e nos alvéolos no interior dos pulmões. Na ausência de movimento de ar e com a glote aberta, a pressão alveolar é necessariamente igual à pressão atmosférica. (PAJEU; LUIS; ANDERSON, 2012). No gráfico 1 percebemos que na inspiração o volume da caixa torácica vai aumentando e quando chega na expiração tem uma queda. O volume de ar que, além do volume corrente, pode ser admitido aos pulmões graças a um esforço inspiratório máximo é o volume de reserva inspiratória. O volume de ar que, mediante esforço expiratório ativo, pode ser exalado após o final de uma expiração passiva é chamado de volume de reserva expiratória, ao passo que o ar que permanece dentro dos pulmões após um esforço expiratório máximo é chamado de volume residual”. (PAJEU; LUIS; ANDERSON, 2012). No gráfico 2 a inspiração vem mais abaixo que a expiração na resposta da pressão Interpleural. No gráfico 3 a inspiração também vem mais abaixo que a expiração na resposta intrapulmonar. Quando os músculos inspiratórios se relaxam a pressão Interpleural diminui a sua negatividade, fazendo com que o parênquima se retraia. Logo, a pressão intrapulmonar aumenta acima da pressão atmosférica e o ar sai dos pulmões. (PAJEU; LUIS; ANDERSON, 2012). De acordo com o gráfico 4 a inspiração aumenta e a expiração diminui na resposta do fluxo de ar. Os pulmões ficam mais expandidos e o ar flui para dentro dos pulmões, ao final da inspiração, a pressão de retração elástica dos pulmões começa a puxar a caixa torácica de volta à posição expiratória e o ar flui para fora dos pulmões. (PAJEU; LUIS; ANDERSON, 2012). No gráfico 5 a inspiração tende a aumentar e a expiração tende a diminuir o fluxo de ar vai aumentar devido a uma diminuição da pressão intrapulmonar e Interpleural, aumentando assim o volume da caixa torácica e em seguida ocorre o aumento destas pressões, o que diminui o volume da caixa torácica e expulsa o ar. (PAJEU; LUIS; ANDERSON, 2012). 5.CONCLUSÃO As atividades práticas em fisiologia foram importantes para agregar conhecimento aos alunos. Os estudantes foram incentivados a raciocinar e a buscar informações, para que, assim seja possível alcançar um maior entendimento sobre o assunto. A prática realizada foi de suma importância para o aluno, que poderá compreender melhor as aulas teóricas e as futuras práticas. Constatou-se também que a respiração depende de contrações e relaxamento de músculos e que a respiração artificial simulada nesta prática tem o mesmo mecanismo que os respiradores artificiais utilizados em hospitais. REFERENCIA PAJEU, F.R. LUIS, A. ANDERSON, R. Mecânicarespiratória em rattus norvegicus. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgINgAF/mecanica-respiratoria-rattus- norvegicus > Acesso em: 16 de abril de 2019. BEZERRA, C.R. Mecânica respiratória no camundongo. Disponível em: < http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgINcAJ/relatorio-fisiologia-mecanica- respiratoria-no-camundongo >. Acesso em:16 de abril de 2019. SARAIVA, R.A. Mecânica Respiratória e Controle da Ventilação. Disponível em: < http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/07/mecanica-respiratoria- e-ventilacao.pdf >. Acesso em: 16 de abril de 2019.
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