Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUL DE MINAS – UNIS/MG ARQUITETURA E URBANISMO INTEGRAL 8º PERÍODO ANA SICHIERI OLDAIR MOREIRA FABIANA PEREIRA GABRIEL FERREIRA DAYANNE RAUL FARIA ANÁLISE E DISGNÓSTICO DE ÁREA DOS BAIRROS: PORTO REAL, RESIDENCIAL VALE DAS PALMEIRAS, PARQUE DAS AMÉRICAS, JARDIM BOUGANVILLE, PARQUE MARIELA, RESIDENCIAL BELO HORIZONTE, BOM PASTOR, BOA VISTA, PARQUE SÃO JOSÉ E VILA MURAD NA CIDADE DE VARGINHA MG. Varginha – MG Dezembro/2018 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................... 3 e 4 2. INSERÇÃO REGIONAL .........................................................................5 e 6 3. DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO ................................................... 7 e 8 4. DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL ......................................................8 e 9 5. DESCRIÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO .................................................9 à 11 6. ORDENAMENTO TERRITORIAL ......................................................11 à 14 7. MOBILIDADE URBANA .....................................................................14 à 17 8. POLÍTICAS SOCIAIS .........................................................................18 à 20 9. INFRAESTRUTURA ...........................................................................20 e 21 3 1 INTRODUÇÃO A área englobada neste diagnóstico compreende a extensão de 11 bairros, são eles: Boa Vista, Bom Pastor; Bela Vista, Parque São José, Vila Murad, Parque Mariela; Jardim Bouganville; Residencial Belo Horizonte; Parque das Américas; Residencial Vale das Palmeiras e Porto Real. A região deste mapeamento sofre drásticas alterações ao longo de todo percurso, passando por bairros mais antigos de maior ocupação e densidade, vias quase que exclusivas de comércio, outras de carga e industriais, passando por bairros com menos ocupação, até chegar em zonas de baixa ocupação do solo e novos loteamentos. É discrepante a alteração de uma região a outra, especialmente se compararmos as áreas mais antigas das mais atuais (Ver mapas de usos do solo – Prancha 4). O diagnóstico foi desenvolvido por meio de 5 mapas, onde no primeiro, o Mapa de Território, fizemos um breve mapeamento do todo o território, destacando as áreas verdes, APPs, cursos d’água, escoamento pluvial, áreas de risco, áreas de preservação cultural e estrutura fundiária. No segundo mapa, destacamos a evolução da área desde 2003 até o ano vigente, do traçado urbano à expansão territorial e correlacionamos a inserção regional da área no município de Varginha. O terceiro mapa, vem mostrar os indicadores de mobilidade e circulação de pedestres, veículos e cargas, além dos problemas advindos da mobilidade urbana, acidentes de trânsito, congestionamentos, rotas de transporte público etc. O quarto mapa vem relacionar a morfologia urbana da área analisada e como isso impacta diretamente no traçado e na paisagem urbana. O quinto mapa é o de Usos do solo e mostra de forma clara e objetiva como o território é ocupado atualmente, com isso percebemos as falhas e necessidades dos bairros. 4 O sexto e último mapa vem mostrar infraestruturas existentes e necessárias na área para melhorar a qualidade de vida da população. 1. INSERÇÃO REGIONAL Para compreendermos a área analisada, é importante entendermos também como funciona a cidade de Varginha como um todo, pois sua característica econômica influencia boa parte da área analisada, devido à rodovia dos Imigrantes que corta parte da cidade e divide os bairros analisados. A cidade possui uma população de aproximadamente 135 mil habitantes e está equidistante das três principais capitais do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, à aproximadamente 300 km, o que faz com que a logística da cidade seja interessante, pois facilita o transporte de mercadorias em geral, favorecendo o comércio da região. Isso favorece seu constante crescimento e desenvolvimento, como será melhor explicado no tópico seguinte. Para compreender melhor a ascensão do município, listamos as cidades em um raio de 50 Km da cidade, suas populações e economia, para então fazermos um balanço da região como um todo. Como é possível observar no quadro da página seguinte, o forte da região são: a pecuária, a indústria e os serviços, porém Varginha é em sua totalidade o centro de maior destaque por sua extensa variedade de ofertas e serviços, o que atrai cada dia mais investidores, consumidores e frequentadores das cidades vizinhas. Esta análise foi feita mediante o traçado viário da área e sua estrutura fundiária. Como a Av. dos Viajantes corta os bairros estudados ao meio e é de fundamental importância para a área analisada é importante conhecer o entrono e as cidades próximas, pois o fluxo de pessoas que utilizam a cidade para trabalhar e estudar é muito grande e tal avenida é um dos principais acessos às cidades vizinhas. 5 Fonte: www.minasgerais.mg.net e ewww.cidades.ibge.gov.br Os 11 bairros em análise são de fácil acesso à pontos importantes da cidade como os grandes hospitais (Hospital Bom Pastor, Hospital Varginha, Hospital Humanitas) e às grandes Instituições de Ensino Superior (Cidade Universitária – UNIS, FACECA e FADIVA) além do Shopping Center, o Cemitério Campal, diversas instituições de ensino fundamental e médio e inúmeras empresas que prestam serviços, além das indústrias. Estes segmentos fazem com que a área venha crescendo a cada ano e se desenvolvendo e influenciam diretamente no fluxo de veículos que percorrem a área diariamente. 2. DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Como podemos observar pelo parágrafo anterior e analisando o Mapa da Evolução Histórica - Prancha 2, a região analisada teve uma grande ascensão territorial, de comércio e serviços, especialmente entre os anos de 2003 e 2010. Alguns destes bairros tiveram maior crescimento, principalmente o Bairro Bom Pastor, este, já era um bairro consolidado em 2003, 2010 e no ano vigente, porém, com a expansão territorial e crescimento http://www.minasgerais.mg.net/ 6 da cidade, aumentaram as demandas e com elas a necessidade de crescimento do comércio, serviços e produtos, como podemos observar pela apresentação do Mymaps. O fato da região ser cortada por uma BR, faz com que haja uma divisão natural do território, bem como uma variação em suas características devido a forma como estes foram ocupados e ao tráfego constante de veículos e cargas. O Bom Pastor cresceu muito nos últimos anos, especialmente por sua localização, por estar relativamente próximo ao centro e possuir vias que o cortam que são facilitadoras de ligação do bairro aos demais e à algumas vias de grande importância como a Plínio Salgo e a Av. dos Viajantes (Ver Mapa de Indicadores de Mobilidade – Prancha 3). O bairro também possui fácil acesso às cidades de Elói Mendes, Alfenas, Três Corações, Três Pontas, entre outras. Esses fatores fizeram com que comerciantes investissem na área, que atualmente conta com praticamente todos os serviços necessários no dia a dia, como: padarias, mercearias, supermercados, farmácias, escolas públicas, escolas particulares, berçário, oficinas, salão de beleza, barbearia, academias, posto de gasolina, casa de material de construção, casa de ração, igrejas, açougues, sacolão, sorveteria,açaí, conservatório musical, hospital, clínica odontológica, clínica de especialidades oncológicas, posto de saúde, clínica veterinária, pet shop, estúdio fotográfico, locadoras de vídeo, restaurantes, lanchonetes, marcenarias, dentre outros. Devido ao seu grande aparato de ofertas, o bairro tem vida ao longo de todo o dia, e em algumas áreas, até tarde da noite. O comércio local atende aos moradores locais e de outras regiões da cidade. Outro fator relevante para o bairro é o Hospital Bom Pastor e o Centro de Oncologia, que atendem à urgência e emergia bem como pacientes em tratamento de câncer de toda a região, o que movimenta o local durante todos os dias da semana, bem como fez com que o comércio farmacêutico, pensionista e alimentício crescesse nas imediações. Os Bairro Jardim das Américas, Parque Mariela, Boa Vista, Bela Vista se dividem entre áreas residenciais e comércio, este, tiveram seu desenvolvimento econômico em função de indústrias e serviços, especialmente depósitos e cargas (fator relacionado ao trevo que os interliga à Rodovia do Imigrantes e Av. Almirante Barroso). Já o Porto Real, Vale das Palmeiras, Bouganville, e 7 Vila Murad são bairros quase que em sua totalidade residenciais, não havendo nem mesmo muitos comércios locais. E o São José, é um misto de residências de alto padrão e comércio voltados especialmente oficinas, posto de gasolina e lojas de materiais de construção, fator relacionando à Av. Plínio Salgado (Ver Mapa de Indicadores de Mobilidade e Circulação – Prancha 3). 3. DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL A área em geral possui particularidades que serão expostas a seguir, cada qual se desenvolveu de acordo com suas características físicas e morfológicas. Na área de estudo há alguma APPs (Ver Prancha 1), com isso, os novos loteamentos respeitam as imposições da legislação pertinente e as construções respeitam a taxa de ocupação e taxa de permeabilidade exigida pela lei do uso do solo do município. O Bairro Bom Pastor por exemplo, é uma área totalmente ocupada, possuindo apenas uma pequena área verde à Sudoeste, esta foi parcialmente extraída para a criação de mais um condomínio de alto padrão, o que desconfigurou totalmente a área que era arborizada e livre, na qual os moradores criaram um atalho por entre a vegetação para cortar caminho em uma interligação ao bairro São José. Com este novo loteamento, a área foi murada, a vegetação parcialmente retirada (o que impactou a fauna local) e os moradores perderam seu acesso facilitador. Como não houve um planejamento e ordenamento territorial, a área cresceu sem preservar suas áreas verdes nem tampouco a criação de áreas verdes, praças etc. Essas últimas por sinal são bem escassas e mal planejadas. Um outro fator relevante é a topografia do bairro, como na época de seu loteamento não havia uma preocupação com esses quesitos, a área possui uma declividade superior à recomendável para que haja acessibilidade, com isso, podemos observar ruas com tamanho aclive que não proporciona a menor acessibilidade, nem tampouco conforto a seus moradores. Já nos bairros mais novos, como o Bouganville, Vale das Palmeiras e Porto Real foram inseridos em áreas com uma declividade menor, o que torna s espaços mais planos e acessíveis. 8 4. DESCRIÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO Na área analisada, temos um curso d’água, como se pode observar no Mapa de Território (Prancha 1), neste mapa observamos que a região situada à Noroeste deste mapa é uma área com muita vegetação e APPs, com nascentes. O grande problema da região, é que não há nenhuma ETE e nenhuma ETA em nenhum dos pontos deste mapeamento, o que se torna um problema, do ponto de vista ambiental para o local. Para compreendermos os cursos d’água da área, se faz necessário compreender os rios que abastecem a cidade. A Usina Hidrelétrica de Furnas está localizada no Rio Grande, este se subdivide, se transformando em Rio Sapucaí e Rio Verde (curso que margeia a cidade de Varinha e faz o fornecimento de água para a cidade). Atualmente há uma PCH (Pequena Central Hidrelétrica) em construção na cidade, no bairro Imaculada e abastecerá a cidade como um todo, a fim de amenizar os problemas de abastecimento. Bem próximo à nossa área analisada, a Oeste dela (porém fora do perímetro), encontra-se a Represa de Furnas. A crise hídrica que assolou algumas partes do país, também causou um sério abalo na paisagem do local, de 2013 para2014 a perda hídrica foi alarmante, causando danos ambientais e prejuízos ao setor turístico, hoteleiro e gastronômico da região (Ver Imagem abaixo): Figura 2: Imagens Modificadas de Satélite da Represa de Furnas em 2013 e 2014. Em destaque o Restaurante da Marina e o impacto ambiental sofrido na área. 9 Como o curso de um rio interfere diretamente no outro, é importante destacar a importância da preservação das APPs existente no território analisado, bem como a proteção de suas nascentes, além de avaliarmos a importância de incentivo à ampliação destas áreas verdes para desenvolvimento do lençol freático, afim de evitar o desmatamento e evitar assim o açoremamento dos rios. Um fator ponderante neste território é a sua cobertura vegetal (Ver Mapa de Território – Prancha 1). Em vários bairros analisados, há uma vasta extensão vegetal, porém estas não são bem exploradas. Temos algumas APPs com nascentes encontradas por alguns integrantes do grupo em visitas in loco, essas áreas de preservação não podem em espécie alguma serem exploradas, apenas suas nascentes podem ser canalizadas e devidamente protegidas por órgãos competentes para sua preservação. No bairro Bom Pastor (como já dito anterioemente), uma parcela da vegetação da sua praticamente única área verde, foi extraída para a inserção de um condomínio de alto padrão. Exceto por esta área, há apenas outras três pequenas praças, que além de não serem suficientes para a região toda, também não atende as demandas do bairro, pois ficaram estagnadas ao seguimento de praças de décadas atrás. Falta para este bairro uma política de gestão, aproveitando e explorando suas potencialidades, bem como a proposta de revitalização e requalificação dos espaços existentes. No Bairro Jardim das Américas, houve há alguns anos a abertura de um loteamento para um condomínio de alto padrão (Parque Imperador), durante a inserção deste, notou-se a presença de uma APP e então esta se manteve preservada para manutenção das espécies. Um outra APP encontra-se no Bairro Boa Vista, esta, encontra-se cercada por arames e há um posto policial que foi construído dentro dela. É uma área vegetal de aproximadamente 17.600 m² que se encontra no centro do bairro, porém que não se conecta com ele nem tampouco com seus moradores pela maneira como a área vem sendo tratada pelos órgãos competentes. 10 5. ORDENAMENTO TERRITORIAL Durante as análises in loco, registros fotográficos e mediante aos registros de satélite via Google Maps e Google Earth, bem como por meio de pesquisas virtuais sobre a região e conversas com moradores locais, percebemos uma grande evolução do território, especialmente com a inserção de novos loteamentos (Ver Mapa da Evolução Histórica – Prancha 2) e no comércio regional (Ver mapas de Usos do Solo). Fator preponderante para isso é a Av. dos Viajantes que corta a área e interliga boa parte da cidade, favorecendo o fluxo e deslocamento de veículo, transportes e cargas (Ver Mapa Indicadores de Mobilidade e Circulação – Prancha3). Como é perceptível através da visualização de imagens de satélite, a morfologia urbana da região sofre grandes alterações de um bairro a outro, principalmente dentro do bairro Parque das Américas, onde se pode observar 3 morfologias completamente distintas entre si, passando por áreas com lotes de aproximadamente 100 m², passando por lotes de 500 à 2400 m² e áreas completamente industriais e comerciais. De forma geral, a grande proporção destes bairros é residencial, alguns exclusivamente residencial, como é o caso do Bairro Porto Real, o Vale das Palmeiras e o Belo Horizonte, nestes bairros não há sequer uma padaria. Já o Bairro Bom Pastor (Ver prancha 4 – Mapa de Usos do Solo), por ser o mais antigo da região analisada e por sua localização, possui inúmeros pontos comerciais de todos os seguimentos, é um bairro completo em infraestrutura, com escolas, hospitais, farmácias etc. Os bairros Boa Vista, Bela Vista, Parque São José e Vila Murad, por serem cortados pela Rodovia e por grandes vias Arteriais, possuem comércios mais especializados, transportadoras, indústrias e grandes galpões de armazém, influenciando diretamente em seu tráfego, fluxo e na própria apropriação do espaço. O bairro Vale das Palmeiras, embora em sua grande parcela seja ocupada por um condomínio de alto padrão, é um bairro que se destoa dos demais, também por sua localização, como este tem seu principal acesso por um dos trevos da Av. dos Imigrantes, a área se subdivide em três, sendo uma habitada por residências de alto padrão, residências de classe baixa e uma boa parcela de galpões voltados para comércio do transporte, onde há influência direta no tráfego e na conservação das vias dado o excesso de caminhões pesados que circulam diariamente no local. 11 O Bairro Bela Vista, está em expansão, possuindo ainda grandes vazios urbanos, é um bairro de classe média baixa, algumas residências térreas e outras poucas de 2 a 3 pavimentos. Se comparado aos demais, possui poucos usos, tendo somente alguns bares e um supermercado, além da UBS (Unidade Básica de Saúde), os usuários têm à disposição atendimento médico, farmácia, vacina e orientações de saúde em geral. No bairro também há uma grande academia de ginástica e de tênis, porém atendem mais aos moradores de classe média alta do bairro São José. Outra característica importante é a APP que contorna uma parte do bairro juntamente com um curso hídrico. O bairro Vila Murad, é um bairro de classe média baixa, possui casa térreas como também vários equipamentos de lazer, como quadras e praças, porém, encontram-se em estado precário, esses equipamentos ficaram em desuso pelas pessoas. O fluxo de pessoas no bairro no fim de semana é alto com bastante movimentação de moradores nas ruas. O fluxo de veículos é reduzido, se comparado aos dias uteis da semana. Possui duas escolas Alegria do saber e CEMEI Maria Amélia de Jesus. O Bairro Parque das Américas é um bairro de ocupação mista em sua maioria residências, possui um número elevado de armazéns e alguns estabelecimentos comerciais, a parte residencial é de classe média, com edificações térreas em sua maioria, possui lotes vazios. O calcamento das vias precário, a iluminação é insuficiente em vários pontos. O Bairro São Jose é pequeno, possui poucas residências, porém vária de alto padrão, este, é marcado pela avenida Plínio Salgado, onde se concentra um maior fluxo de veículos e pedestres, e possui ainda muitos estabelecimentos comerciais, com variados tipos de serviços, como armazéns, oficinas, lava- jato, dentre outros. Possui uma praça pequena para o bairro, que se encontra, em situação precária. Para entender melhor a divisão dos bairros, setores e novos loteamentos, é interessante olhar a prancha 2, nela percebemos claramente a evolução deste território e como os bairros foram se desenvolvendo de acordo com sua localização, topografia, vias principais que os cercam e perfil da área. Como é um espaço físico 12 com muito potencial de expansão, vários novos loteamentos têm surgindo com o decorrer dos anos, especialmente nos últimos dez anos. Um outro fator relevante deste território, é que a possibilidade de interligação do bairro Bouganville à cidade universitária, pois este fica em uma extremidade onde, por meio de uma Via Coletora, será possível a conexão deste bairro ao novo loteamento situado em frente a cidade universitária, o que irá proporcionar ainda mais expansão no decorrer dos anos. A região não tem tantos problemas relacionados a ocupações irregulares, exceto por um trecho dentro do bairro Boa Vista, onde o loteamento em destaque, (Ver Prancha 1) ainda se encontra em situação irregular, porém é uma área que recebe iluminação pública, saneamento básico etc. Em toda a extensão analisada, não há nenhum loteamento executado pelo poder público, todos são loteamentos privados adquiridos pela própria população, alguns, como já citados acima, com o facilitador do programa de auxílio “Minha Casa Minha Vida”. 6. MOBILIDADE URBANA Ao ver a Prancha 3, observamos a influência e separação dos bairros por meio do sistema viário, especialmente pela Av. dos Viajantes, que ao cortar a extensão do território, o divide naturalmente e influencia no tipo de comércio ao qual a área vai receber. A região margeada por esta avenida, ainda possui muitos vazios urbanos e possibilidades de expansão especialmente voltados para comércio de carga, porém, qualquer avanço nesse sentido, implica em estratégias, que serão melhor abordados nas etapas seguintes, para não impactar drasticamente no trânsito local, prejudicando a vida dos moradores locais, o que já vem ocorrendo com a inserção de instituições de ensino superior, a vinda do Shopping para a cidade e o crescimento do comércio na região. Ao adentrarmos nos bairros, observamos claramente o tipo das vias, especialmente as locais, estreita demais, que não possuem estrutura para o aumento no fluxo de veículos (que vem acontecendo com o crescimento do comércio local), nem tampouco espaços voltados para o pedestre, que disputam o espaço das ruas com os veículos. 13 As vias coletoras, projetadas para receber o grande fluxo das arteriais e distribuir para as vias locais, são um problema a parte, especialmente quando falamos da Av. Plínio Salgado (Ver Prancha 3), que recebe um grande fluxo de veículos diariamente, inclusive veículos de cargas, porém esta não possui espaços para estacionamentos, o que acaba em determinadas horas do dia afogando o trânsito local e tem um sistema de drenagem muito ineficiente, onde em vários pontos de sua extensão, especialmente nos períodos de chuva, passam por grandes problemas com alagamentos. O fluxo de pedestres e veículos é um problema na região analisada porque não há uma preocupação com o pedestre, a área foi crescendo de forma desordenada e sem grandes preocupações e planejamento com este crescimento desenfreado, com isso o que mais podemos observar são pedestres disputando espaço com veículos automotores, acidentes a atropelamentos em determinadas vias, os poucos espaços onde a questão do pedestre foi pensada, esta não foi planejada de forma eficaz (é o que vemos acontecer especialmente na passarela X na Av. dos Viajantes), que foi feita tentando anemizar os problemas relacionados aos pedestres, porém não é utilizada por quase nenhum dos moradores, quecontinuam disputando a avenida com os veículos, o que já foi a causa de vários acidentes e atropelamentos no local. Nos bairros onde há escolas públicas, a mesma disputa acontece o tempo todo, tais instituições não foram projetadas em locais apropriados e as vias não foram pensadas para receber o fluxo de veículos que recebe, portanto o que se observa em horários de pico, são ônibus, vans, carros e pedestres disputando um mesmo espaço em que as coisas não fluem e os problemas só se agravam com o passar do tempo e crescimento populacional. O meio de transporte público usado é o ônibus da Autotrans, de forma geral, em relação ao atendimento público da mobilidade, atende aos bairros Parque Mariela, Belo Horizonte e Bouganville, para os moradores do Porto Real e do Residencial Vale das Palmeiras, que utilizam o transporte público, eles devem andar aproximadamente 1km para chegar no ponto mais próximo. A maioria dos moradores da área utilizam carro, aos que utilizam transporte público, fica restrito ao citado acima. 14 As vias da área de estudo estão adequadas, sendo de 9 metros as vias coletoras e 12 metros as vias arteriais. Essas vias de fluxo mais intenso são as do Parque Mariela que estão destinados a comércios, indústrias e serviços, além do Hospital Varginha, logo são nelas em que o tráfego é gerado, já dentro dos outros bairros não há muita movimentação por serem a maioria residenciais, exceto pelo bairro Bom Pastor, onde nas avenidas principais o fluxo é constante durante todo o dia. Dentro dessa área não há estacionamentos, apenas os das empresas que estão ali localizadas. Algumas vias no Bom Pastor, como demarcadas no MyMaps, possuem espaço para estacionamento em um dos lados, e outras não, porém a demanda exige, e faz com que o tráfego no local seja intenso e gere congestionamentos nos horários de pico (Ver Mapa 3). Conforme se pode observar neste mesmo mapa, os pontos onde são registrados muitos acidentes e batidas de carro são na Av. Dr. José Marcos (Bom pastor), resultado da imprudência dos motoristas, que não respeitam a sinalização do trânsito, no cruzamento da Av. Plínio Salgado esquina com a Av. Brasil, também por imprudência dos motoristas, neste ponto, ocorre que houve há cerca de 2 anos uma alteração no sistema viário e por não respeitarem essas alterações, é aonde ocorrem muitas colisões no loca. Todos os bairros possuem transportes coletivos, com duração de viagem de aproximadamente 33 minutos. Alguns locais não possuem sinalização, os moradores reclamam da precariedade dos pontos de ônibus, pois não possuem proteção contra intempéries e outros nem local para sentar. Além dos transportes coletivos, circulam pelo local veículos de passeio, que são propriedades de moradores locais, e também veículos de fora, pessoas que usam estes bairros como acesso para outros locais. A Vila Murad, possui a pior infraestrutura entre os bairros, não possui sinalização, faixa de pedestre e é mal planejado. A circulação de veículos e pedestres, no interior dos bairros Bela Vista e Paq. Das Américas, não é muito grande, nos dias da semana, somente em horários de pico. Nos finais de semana, o movimento é ainda menor. Na Av. Plinio Salgado, localizado no Parque São Jose, o número de veículos que circula durante a semana é muito alto, já nos fins de semana o fluxo é reduzido, e a circulação de pessoas é 15 reduzida em determinados horários. Como há um campo de futebol vinculado à um bar, há um maior fluxo de pessoas no final do dia. Os bairros com a maior parte residencial não possuem tantos estacionamentos nas ruas, não sendo sinalizados e marcados nas vias, na Av. Plinio Salgado possui um número elevado de armazéns, prestando vários serviços, como hidráulico, serralheria, auto mecânicas dentre outros, fazendo com que o transito fique bem complexo nos dias da semana, com muitos caminhões e carros brigando pelo espaço, e ao mesmo tempo com vários veículos estacionados nesta via nos dois sentidos irregularmente. O calcamento está em mal estado, pois o fluxo de veículos é grande e tem pouca manutenção tão grande. Nota-se a partir de visita in loco que na Rua Olaria, que dá acesso ao bairro Parque São Jose, possui um declive e parte da via cedeu e está encontra-se interditada. A acessibilidade nos bairros, é mal planejada, vários pontos não possuem calçada e pelo declive acentuado são dificultadoras de mobilidade. Em determinadas ruas, o número de rampas de garagens irregulares, dificulta o transito de pedestres, forçando-os muitas vezes a transitar na rua. Nota-se ainda a existência de vegetação rasteira em algumas calçadas e ainda muitas árvores plantadas pelos próprios moradores na calcada, por falta de conhecimento, estas árvores geram raízes que comprometem a estrutura da calcada. A pavimentação da maioria dos bairros, não é de qualidade, fato observado pelo estado delas após chuvas mais fortes, onde parte do asfalto está com erosões. Como a região é cercada de polos comerciais e de serviço, isso faz com que o tráfego seja intenso em determinadas vias e haja congestionamentos, além do desgaste na pavimentação e acidentes de trânsito em alguns pontos. Reflexo do despreparo da vias e falta de planejamento para um crescimento ordenado. As vias arteriais e coletoras, embora ainda exista vários problemas advindos especialmente pelo fato de ter uma rodovia cortando a cidade ao meio, são vias de acesso rápido e que de certa forma acabam sendo facilitadoras para alguns bairros, mas isso não é geral, alguns outros bairros tem seu acesso restrito à elas, o que se torna um dificultador, principalmente pelo fato de haver muito transporte de cargas na região, o que mediante à acidentes no local, o congestionamento seja grande e o acesso ao bairro fique totalmente bloqueado, é o caso dos bairros Bouganville, 16 Belo Horizonte, Parque Mariela, Parque das Américas, Residencial Vila das Palmeira e Porto Real, onde seu acesso seja restrito pela Avenida dos Viajantes. 7. POLÍTICAS SOCIAIS De todos os 11 bairros analisados, apenas 2 possuem pontos de atendimento à saúde, são eles o Bom Pastor, Boa Vista e o Bela Vista, sendo que no primeiro há um Hospital, um posto de saúde, a Policlínica Central de Varginha, e algumas clínicas particulares, nos (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), nos demais, não há nada voltado para a área da saúde, restando a esses moradores se deslocarem para outros bairros para conseguir atendimento médico. Dos onze bairros analisados, apenas dois possuem espaços de atendimento e amparo à determinados grupos sociais, como o Rotary Clube e a Associação do Voluntariado Viva Vida (uma ONG de apoio às pessoas em tratamento de câncer), esta instituição filantrópica foi inaugurada há 22 anos. Ambos ficam localizados no Bairro Bom Pastor bem próximo ao Centro de Oncologia em anexo ao Hospital Bom Pastor. No bairro Bela Vista, fica a ABRAÇO (Associação Brasileira Comunitária para Prevenção do Abuso de Drogas de Varginha e Região), esta instituição existe em Varginha há 24 anos e dá apoio às famílias e usuários de drogas. Nos demais bairros falta desenvolvimento social, e políticas que ajudem o crescimento do bairro e da população residente no local. Um exemplo é o bairro Vila Murad inserido praticamente no centro da cidade de Varginha, porém é um local onde existe uma forte criminalidade, discrepância econômica das demais áreas e falta de infraestrutura. Há uma heterogeneidade em relação ao padrão das habitações em todos os bairros, exceto pela Vila Murad, ondeo padrão é mais baixo, e o São José, onde o padrão é mais alto, nos demais há uma mescla muito variada, muito provavelmente por sua localização e pelo comércio que foi sendo desenvolvido ao longo do tempo. A maioria dos bairros deixa a desejar no quesito saúde e educação. Outro ponto a se considerar é o fato de não existir nenhuma ZEIS em toda a área 17 analisada que compreende uma vasta extensão territorial, no máximo, encontramos nos bairros mais novos, famílias que obtiveram ajuda com financiamentos para construírem suas moradias, as habitações de interesse social fornecidas pelo governo, se encontram exclusivamente no bairro Carvalhos, Cruzeiro do Sul e Novo tempo, na zona limítrofe da cidade. No âmbito Cultural, os onze bairros deixam a desejar e mais uma vez o bairro Bom Pastor se destaca, sendo o único bairro com um equipamento de cultura, o Conservatório Musical de varginha, além de equipamentos privados voltados ao esporte e bem-estar. Alguns dos demais bairros contam apenas com quadras poliesportivas de uso público, porém em péssimo estado de conservação fazendo com que os moradores não utilizem o local. No bairro Parque São Jose que tem um comércio forte, existe uma quadra de futebol society com caráter privado, que estimula o desenvolvimento social e o esporte, a cultura e lazer. Não existem muitos problemas de segurança pública nas regiões analisadas, todos os bairros são considerados tranquilos e seguros (dentro do que se pode esperar de um padrão de normalidade para a atualidade). Esta segurança toda é conseguida por meio da própria rotina dos bairros, que ou já tem uma solidez em sua formação (caso típico do bairro Bom Pastor), constituído por famílias que moram há anos e uma vitalidade durante a noite em determinadas áreas comerciais. Para bairros novos, como o Porto Real, a tranquilidade vem, talvez elo fato de ser um local muito novo e pouco habitado, além das casas serem novas e todas possuírem equipamentos de segurança, é o que chamamos de falsa segurança vendida a quem pode comprar. Nos bairros onde o desenvolvimento do tecido urbano é menor e a configuração é mais residencial, os índices de criminalidade são maiores, pois as ruas são desertas após o horário de pico. Esse índice se aplica ao Parque Mariela, Boa Vista, Parque São José e Vila Murad. 18 Os Bairros: Bela vista e Bom Pastor possuem sistemas de monitoramentos privados nas residências, além da rede de vizinhos protegidos, a qual conta com guardas que fazem a ronda noturna de moto. O Boa Vista possui uma unidade policial, porém não há rota frequente de policiamento. Quando se trata de segurança pública todos os bairros estudados deixam a desejar, nenhum deles possui patrulhamento da polícia militar ou sistema de câmera de segurança pública nas ruas. Fazendo com que a população se exclua em suas casas com medo da violência urbana. No âmbito educacional, os bairros mais antigos (Bom Pastor e Boa Vista), possuem escolas estaduais e particulares, porém nenhum deles possui creche que possa atender as famílias que necessitam. Na vila Murad há apenas uma escola, os demais não possuem nenhum equipamento público de educação nem planejamento para inserção de algum equipamento deste porte, levando a população residente no local se locomover para outras localidades em busca de atendimento. 8. INFRAESTRUTURA Saneamento Básico é o principal fator preponderante para garantir salubridade e qualidade de vida às pessoas. Em toda a área analisada existe saneamento básico, energia elétrica, coleta de resíduos sólidos, iluminação pública etc. Em alguns pontos não há iluminação suficiente e em todos eles não há equipamentos que façam com que exista vida nas ruas após o entardecer, o que causa um certo incômodo, insegurança e desconforto por parte dos moradores, porém, é apenas uma insegurança pelo que se observa diariamente nos noticiários, não necessariamente por algum risco que a área possa oferecer. Como a rodovia corta a região, é comum encontrar em determinadas horas do dia, garotas de programa em alguns pontos da BR oferecendo serviços aos caminhoneiros e motoristas da região, o que torna o ambiente inibidor para mulheres e crianças transitarem a pé. 19 Ainda no Mapa de Infraestrutura – Prancha 5, é possível observar a rota de coleta de resíduos, e no mapa de mobilidade (Ver Prancha 3), as rotas de transporte público e onde este serviço não chega. Como é padrão na maioria das cidades brasileiras, os serviços de transporte público não são eficazes nem tampouco suficiente. Em alguns bairros, o serviço não passa nem perto dos bairros, em outros, ele é insuficiente. O sistema de abastecimento de água é prestado pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA-MG, o qual possui um reservatório nomeado por RAP 04 localizado no bairro B. Bom Pastor com uma capacidade de 500m³ que tem a função de atender ao próprio bairro, Bela Vista, Boa Vista e São José. A drenagem de aguas pluviais é precária e mal planejada em vários pontos dos bairros. Em muitos pontos não existem escoamento suficiente, o que faz com que as águas pluviais fiquem empoçadas em alguns pontos, como é o caso do São Jose, o qual possui um grande problema de drenagem, com várias ocorrências de alagamentos em períodos de chuva, devido ao córrego mal canalizado, próximo à Av. Plinio Salgado. Todos os bairros são providos de redes elétricas, o bairro bela vista e Parque das Américas, possuem poucas moradias, sendo assim existem muitos lotes vazios, fazendo que no período noturno as ruas ficam bem escuras, pois os postes são muito distantes entre si, e transitam poucas pessoas, gerando insegurança aos moradores. Nota-se, que determinados pontos dos bairros não possuem iluminação suficiente. 20 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................21 e 22 2. OBJETIVOS ........................................................................................22 e 23 3. USO E OCUPAÇÃO .......................................................................... 23 e 24 4. PLANO DIRETOR, TRANSPORTE E MOBILIDADE....................24, 25 à 26 5. ESTRATÉGIAS PARA O PLANO DIRETOR.................................26, 27 à 28 5.1 ESTRATÉGIA DE GESTÃO E PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO INSTRUMENTO DE CONSORCIO IMOBILIÁRIO .................................................26 5.2 ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL INSTRUMENTO DE DIREITO DE PREEMPÇÃO...................................................26 5.3 ESTRATÉGIA DE QUALIFICAÇÃO URBANO-AMBIENTAL INSTRUMENTO DE DIREITO DE SUPERFÍCIE................................................................................27 5.4 ESTRATÉGIA DE MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE ..............................27 5.5 ESTRATÉGIA DE INCLUSÃO SÓCIO TERRITORIAL (ZEIS) INSTRUMENTO DE IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO...................................................................28 21 1 INTRODUÇÃO As cidades brasileiras são muito diferentes umas das outras. Assim, o nível de complexidade de cada plano diretor varia de acordo com as características locais e regionais. Não obstante, a legislação exige um conteúdo mínimo para todos os planos diretores. De fato, o plano diretor deve reservar espaço para todas as atividades econômicas necessárias ao desenvolvimentoda cidade, assim como deve prever a localização dos equipamentos públicos e comunitários que servirão de suporte para as políticas setoriais, como escolas, hospitais, praças, parques, etc. Por isso, durante seu processo participativo de elaboração, que segue a metodologia do planejamento, nas fases dos estudos preliminares e do diagnóstico abordam-se os aspectos sociais, econômicos, políticos, físico-ambientais da realidade do Município e de sua região. Tais aspectos são levados em conta apenas como fatores que influenciam as deliberações atinentes à alocação de espaço na cidade para o desempenho das atividades econômicas e para a realização das políticas públicas. Contudo, para que seja um plano realista e exequível, o plano diretor deve abordar prioritariamente os aspectos físico-territoriais relacionados à ordenação do parcelamento, do uso e da ocupação do solo urbano, possibilitando, em algumas situações, que o detalhamento das políticas públicas e da política de desenvolvimento econômico e social do Município ocorra nos seus respectivos processos de planejamento. A quantidade de detalhamentos específicos a serem realizados após a elaboração do plano diretor está estritamente relacionada ao porte e a complexidade dos municípios. Municípios pequenos, sem áreas de habitação de riscos ou grandes precariedades habitacionais podem detalhar esta importante política setorial no próprio plano diretor, detalhamento este que não seria possível em municípios que possuem questões muito complexas relacionadas à geologia, precariedade habitacional e localização de assentamentos precários em áreas de risco. Enfim, para a elaboração do plano diretor foram levados em consideração os seguintes pontos: 1) Da delimitação das zonas urbanas, de expansão urbana e de urbanização específica; 2) Do macrozoneamento e os índices urbanísticos relativos a áreas mínimas e máximas de lote, taxa de ocupação e os coeficientes básicos, mínimos e máximos de 22 aproveitamento, faixas não edificáveis e recuos frontais, laterais e de fundo para as edificações, prevendo normas autoaplicáveis de ordenação territorial urbana; 3) Da delimitação das áreas verdes cuja vegetação deve ser preservada; 4) Do inventário dos equipamentos públicos e comunitários existentes e projetados; 5) do traçado do sistema viário principal da cidade, existente e projetado; 6) Das bases para utilização dos instrumentos de indução do desenvolvimento urbano. O Conselho das Cidades (órgão do Ministério das Cidades) emitiu a Resolução n. 34 de 1º de julho de 2005, orientando que toda a legislação de uso e ocupação do solo seja consolidada no plano diretor, seguindo o entendimento – acertado – de que o zoneamento é considerado parte integrante do plano diretor. Além disso, prevê que as áreas a serem adquiridas pelo Poder Público para implantação de equipamentos urbanos e comunitários, sistema viário, etc. devem estar previstas no plano diretor. 2 OBETIVO O objetivo do plano diretor é transformar num importante instrumento para o desenvolvimento econômico do município e, assim, melhorar as condições dos pequenos empreendedores. O fortalecimento da economia local passa, necessariamente, pelo ordenamento das atividades econômicas existentes no município e pela busca de alternativas para seu pleno desenvolvimento. A cidade cumpre sua função social quando se torna acessível para todos os seus cidadãos. Isto significa que os bens e equipamentos urbanos de saúde, educação, assistência social, habitação, saneamento, lazer, emprego e renda devem ser usufruídos por todos, independentemente de sua condição social. Já a função social da propriedade urbana está diretamente associada ao bem- estar geral da coletividade. A propriedade não deve atender exclusivamente aos interesses do indivíduo-proprietário, mas sim da sociedade que compartilha o espaço. O plano diretor em desenvolvimento na disciplina de Planejamento Urbano consiste em potencializar e requalificar o solo urbano. O bairro Bom Pastor é uma área importante na cidade de varginha devido a sua localização e por ele ser um bairro consolidado a mais de décadas. Porem fazendo uma análise futurística deste 23 trecho da cidade de Varginha, MG, foi notado que em um período de aproximadamente 10 anos o bairro não conseguira atender todas as demandas da região e do entorno, com base nisto resolvemos requalificar o bairro, criando estratégias que possam minimizar os impactos que uma superlotação causa em um ambiente, melhorando as vias, colocando os pedestres em primeiro plano dentre outras estratégias. A ideia de potencializar é fazer parcerias com as prefeituras para que ela incentive os micros, pequenos e grande empresário a se instalarem na região que se encontra com essas deficiências, oferecem alguns tipos de bonificação e ajuda, fazendo com que os bairros não se tornem apenas lugares de moradias, mas também de comercio livre, lazer e qualidade de vida. 3 USO E OCUPAÇÃO O conhecimento dos processos que envolvem o ambiente urbano é imprescindível para o planejamento e gestão do território, no sentido de mitigar o impacto da ação antrópica nos ecossistemas naturais e de garantir sustentabilidade ecológica aos ecossistemas urbanizados. Assim, a cidade enquanto sistema dinâmico, com seus elementos, organização, natureza e processo e desenvolvimento. Inegavelmente, um dos maiores problemas urbanísticos das cidades de modo geral, são os vazios urbanos existentes em seu território. Desde os primórdios dos planos diretores, diversas diretrizes tentaram regular a produção do espaço urbano, levando em conta sempre a necessidade de urbanizar os vazios, de sorte a permitir que a mancha urbana fosse contínua. Os vazios urbanos privados precisam ser incorporados às políticas e diretrizes do nosso planejamento urbano; os vazios urbanos podem, no curto, médio e longo prazos, serem peças essenciais do nosso desenvolvimento. Basta entender suas razões e motivações e compatibilizar instrumentos urbanos legais que os usem em benefício de toda a sociedade. A ideia para o plano diretor em desenvolvimento na disciplina de Planejamento Urbano, consiste em potencializar e requalificar o solo urbano. O bairro Bom Pastor é uma área importante na cidade de varginha devido a sua 24 localização e por ele ser um bairro consolidado a mais de décadas. Porem fazendo uma análise futurística deste trecho da cidade de Varginha, MG, foi notado que em um período de aproximadamente 10 anos o bairro não conseguira atender todas as demandas da região e do entorno, com base nisto resolvemos requalificar o bairro, criando estratégias que possam minimizar os impactos que uma superlotação causa em um ambiente, melhorando as vias, colocando os pedestres em primeiro plano dentre outras estratégias. Em contrapartida existem bairros próximos ao Bom pastor, que não possuem uma infraestrutura tão completa, como: comércios em geral, escolas, praças etc. Por serem bairros novos e geralmente com uma baixa ocupação do solo devido à falta de infraestrutura. Esse problema faz com que os moradores se desloquem para bairros próximos para fazer serviços básicos do dia-a-dia, como ir a uma padaria. Analisando esse fator resolvemos potencializar essas áreas, ou seja, melhorar a qualidade de vida dos habitantes do local, implantando uma infraestrutura adequada com o intuito de minimizar os problemas urbanos e fazer com que a especulação imobiliária comesse a ter novos olhos para esses locais. A ideia de potencializar é fazer parcerias com as prefeituras para que ela incentive os micros, pequenos e grandes empresário a se instalarem na região que se encontra com essas deficiências, oferecem alguns tipos de bonificação e ajuda, fazendo com que os bairros não se tornem apenas lugares de moradias, mas também de comerciolivre, lazer e qualidade de vida. 4 PLANO DIRETOR, TRANSPORTE E MOBILIDADE O trânsito já se tornou uma das maiores confusões e aborrecimento para a população brasileira. Diariamente não é raro ver imagens de longos congestionamentos nas ruas das cidades, devido ao acúmulo de veículos. Especialistas chamam isso de crise da mobilidade urbana e afirmam que acontece quando o poder público não oferece meios para que as pessoas se desloquem, provocando estresse, perda de tempo, acidentes e o aumento da poluição. Esse problema vem se agravando nas últimas décadas em consequência da concentração de pessoas nos grandes centros urbanos, aumento do poder de 25 consumo das famílias, falta de planejamento urbano e incentivo ao uso do transporte individual. Mobilidade Urbana é a facilidade que o cidadão tem para se deslocar de casa para o trabalho, escola, lazer e vice-versa. Os deslocamentos urbanos podem ser a pé, bicicleta, moto, carro, ônibus entre outros. Quanto mais o deslocamento dentro da cidade de Varginha for dotado de fluidez, comodidade, segurança e menor custo, maior será a satisfação social e isso gera melhorias nos desempenhos e agrega valores na vida da população. É importante ressaltar que a necessidade de deslocamento é consequência da distribuição e densidade de ocupação das diversas atividades pela malha urbana e que, por outro lado, o sistema viário e de transporte é um forte indutor dessa distribuição, o que deve ser considerado na formulação dessa legislação. Através das visitas e entrevistas com os moradores dos bairros estudados são formas de estratégias para melhorar a mobilidade e transporte coletivo: Priorizar o transporte coletivo Passar a custear com recursos públicos as gratuidades e as reduções das passagens de ônibus. Essas medidas visam cumprir as exigências da população por um preço mais baixo e, ao mesmo tempo, estruturar o transporte coletivo de maneira a ressarcir o sistema, evitando a redução da qualidade do serviço prestado. Melhorar por todo esse perímetro os pontos de ônibus para os moradores com mais segurança e comodidade. Os bairros mais novos que são mais distantes colocar mais pontos de ônibus. Como o espaço de tempo de retorno dos ônibus nos bairros é muito grande, fazer com que tenha mais horários disponíveis, e aumentar a quantidade de ônibus. As vias que possuem um grande fluxo de veículos como a Av. Plinio Salgado e Av. dos Viajantes seria a expansão das mesmas com alargamento de calçadas assim melhora a segurança para pedestres como também para os motoristas. Criar ruas compartilhadas em bairros que possuem mais usos como escolas e comércios. 26 Muitos bairros os moradores têm dificuldade de se deslocar de um bairro a outro criando passarelas acessíveis e seguras, sistema de informação inteligente e flexibilidade nas jornadas de trabalho, permitem o deslocamento a pé, sem custo, e incentivam hábito saudável e ecológico Reconhecer a importância do deslocamento dos pedestres, com isso vamos melhorar mais para pedestres, que é o maior problema da área, como melhoria da qualidade das calçadas, do paisagismo, da iluminação e sinalização. Adequar e melhorar a acessibilidade não só para a mobilidade das pessoas com deficiência, mas também dos idosos, gestantes e crianças. 5 ESTRATÉGIAS PARA O PLANO DIRETOR 5.1 Estratégia de Gestão e Planejamento Participativo instrumento de consorcio imobiliário A estratégia de gestão e planejamento participativo deve ser implementada por meio de: I - criação de um sistema que integre o Poder Público e a comunidade a partir de uma divisão territorial das regiões para fins de acompanhamento e fiscalização da gestão urbana; I - atribuição de competências ao Conselho Municipal do Plano Diretor, visando o assessoramento e fiscalização do desenvolvimento de políticas urbanas; III - uma política de qualificação dos quadros das secretarias com vistas ao monitoramento técnico do crescimento da cidade; e IV - previsão de regras de alteração do Plano Diretor, que exijam a participação popular. 5.2 Estratégia de Desenvolvimento Econômico e Social INSTRUMENTO DE DIREITO DE PREEMPÇÃO A estratégia de desenvolvimento econômico e social compõe-se de: I - elementos relativos ao modelo territorial: a) - criação dos Corredores Comerciais; b) - implantação do Novo Distrito Produtivo/Logístico; c) - manutenção, aperfeiçoamento e complementação do Distrito Industrial; d) - criação das Zonas Preferencialmente Residenciais; II - ações de desenvolvimento econômico e social: a) - criação de empregos para mão-de-obra local nos empreendimentos; 27 b) - formação profissional de nível médio; c) - qualificação da mão-de-obra do Município; d) - qualificação do transporte público municipal e para a região; 5.3 Estratégia de Qualificação Urbano-Ambiental INSTRUMENTO DE DIREITO DE SUPERFÍCIE A estratégia de qualificação urbano-ambiental compõe-se de: I - elementos relativos ao modelo territorial: a) - tratamento das interfaces com Municípios vizinhos, estabelecendo limites de expansão; b) - criação dos Corredores Comerciais; c) - criação dos Corredores Verdes e Áreas de Preservação e Proteção Ambiental; d) - manutenção, aperfeiçoamento e complementação do Distrito Industrial; e) - estruturação e complementação viária; f) - ampliação da rede de espaços públicos de cultura e lazer; g) - remoções e reassentamentos; h) - regularização fundiária. II - ações de qualificação urbano-ambiental: a) - elaboração de Plano de arborização urbana; b) - qualificação do transporte público municipal; c) - recuperação das margens dos cursos d’águas; d) - ampliação da rede de esgoto; e) - estímulo ao uso racional da água; f) - estímulo à redução da produção de resíduos sólidos; g) - criação e estímulo ao setor privado para a criação de equipamentos de cultura; h) - qualificação da iluminação pública; i) - regulamentação do uso de carros de som; j) - implementação da coleta seletiva de lixo; l) - implementação e qualificação da educação ambiental; m) - através de ações conjuntas com as concessionárias de serviço público promover na remoção de famílias que ocupam linhas de alta tensão bem como na fiscalização destes espaços concedidos; n) - implementação e qualificação do controle de ruídos; o) - regulamentação do visual da cidade de modo a evitar o empachamento. 5.4 Estratégia de Mobilidade e Acessibilidade A estratégia de mobilidade e acessibilidade compõe-se de: I - elementos relativos ao modelo territorial: a) - estruturação e complementação viária; b) - tratamento das interfaces com Municípios vizinhos, estabelecendo limites de expansão. II - ações de qualificação da mobilidade e acessibilidade: a) - elaboração de plano diretor setorial de transporte e circulação; b) - construção de ciclovias na rede viária estrutural; 28 c) - tratamento das calçadas ecológicas e manutenção; d) - educação para o trânsito; e) - aumento da fiscalização das cargas perigosas; f) - restrição do tráfego de cargas perigosas em horário de pico; g) - construção de rodoviária; h) - estabelecimento de recuos para ônibus; i) - qualificação das paradas de ônibus; 5.5 Estratégia de Inclusão Sócio Territorial (ZEIS) INSTRUMENTO DE IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO A estratégia de inclusão sócio territorial compõe-se de: I - elementos relativos ao modelo territorial, conforme mapa de zoneamento: a) - remoções de aglomerados irregulares incipientes em áreas de restrição ambiental, com reassentamento em áreas com acessibilidade e suporte público com redes, equipamentos e serviços; b) - regularização fundiária de aglomerados irregulares consolidados em áreas sem restrição ambiental; c) - ampliação da rede de espaços públicos de cultura e lazer; d) - estruturação e complementação viária; e) - definição de Áreas Especiais de InteresseSocial; II - ações de inclusão sócio territorial: a) - criação e qualificação de bibliotecas comunitárias; b) - estímulo à educação profissional de nível médio; c) - construção de pronto-socorro; d) - gestionamento de Hospital Regional; e) - garantia da acessibilidade universal às vias públicas, prédios e estabelecimentos abertos ao público; f) - construção de centro de eventos municipal; g) - remoção de aglomerados irregulares em áreas de preservação ambiental, com reassentamento em áreas, prioritariamente, próximas às áreas atuais.
Compartilhar