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Educação de Crianças, Jovens e Adultos e Psicologia do desenvolvimento- 2º ciclo

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CLARETIANO – CENTRO UNIVERSITÁRIO
ALUNO: Glaucia Rodrigues dos Santos – RA: 8095719  
 CURSO: Graduação a Distância
Pedagogia (Licenciatura).
DGPED1902RIBA3O
Quadro Síntese – Legislações e Políticas de Atendimento à Infância no Brasil.
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO.
PROFESSORA: Lilian Paula Degobbi Bergamo
BATATAIS
2019
Propostas Metodológicas				
Objetivos : Compreender as diferentes perspectivas de desenvolvimento e aprendizagem infantil, bem como os direitos assegurados pela legislação. 
Descrição da atividade 
De acordo com os estudos realizados nos Ciclos 1 e 2 de aprendizagem responda as questões a seguir construindo um texto dissertativo (corrido), com coerência entre as ideias e conceitos. 
1) Qual a concepção de desenvolvimento infantil e aprendizagem adotada pelos teóricos Piaget e Vygotsky? O que elas significam? 
Jean Piaget (1896-1980) elaborou uma teoria do conhecimento a qual subsidia a ação de psicólogos e pedagogos. Ele é considerado o criador da epistemologia genética e seu foco sempre foi a construção do conhecimento nos campos social, afetivo, biofisiológico e cognitivo. 
Na esfera da educação infantil, esse autor, considera que tudo começa pela ação. O conhecimento se constrói na interação do sujeito com o objeto; por isso, sua teoria é chamada construtivismo, sendo que o objeto da relação interacional com a criança pode ser o seu próprio corpo, diferentes objetos, as pessoas, os animais, a natureza e os fenômenos do mundo físico em geral. Além disso, toda atividade na pré-escola deve ser representada semeotizada ou seja de maneira que permita a criança manifestar seu simbolismo. 
 Segundo Piaget a criança se desenvolve no contato e na interação com outras crianças e que a organização é adquirida por meio da atividade e não ao contrário, o desenvolvimento autua por uma sequência de estágios de complexidade crescente que engloba o gradual amadurecimento do organismo e a evolução da construção de estruturas ou esquemas de ação. Por meio da vivência, em cada estágio, a criança amplia e conquista novas formas de interação com o mundo ao seu redor. O período compreendido desde o nascimento da criança até os dois anos de idade é o estágio sensório-motor, de dois até sete anos de idade é o estágio pré-operatório, Nos estágios subsequentes, o operacional concreto é de7 a 11 anos e o operacional abstrato é dos 12 anos em diante.
Esse mesmo autor propõe que o professor é desafiador da criança e assim, a pré-escola deixa de ser vista como distração, e passa a ser um espaço criativo, que permite a diversificação e ampliação das experiências infantis, promovendo a autonomia da criança. Nessa fase, da educação infantil, é essencial haver expectativas positivas em relação às crianças, encorajando-as assim a ter confiança nas suas próprias possibilidades de experimentar, descobrir, expressar-se, ultrapassar seus medos, ter iniciativa. Nesse sentido, e ainda na visão desse autor, no currículo da pré-escola as diferentes áreas do conhecimento são integradas, sendo que o pino central desse currículo são as atividades.
Já Lev Semenovich Vygotsky (1896-1943) considera que a construção do pensamento e da subjetividade é um processo cultural, destacando a importância das interações sociais para o desenvolvimento humano. A aprendizagem implica na interação da criança com o seu meio sociocultural. Ele enfatiza a mediação do outro e dos instrumentos culturais na interação da criança com seu ambiente, destacando que o desenvolvimento está relacionado, intrinsecamente, à aprendizagem.
 	Vygotsky, apresenta o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal (zDP), que é a importância do brincar para o desenvolvimento infantil e a relação entre o pensamento e a linguagem. E é nessa zona de Desenvolvimento Proximal que atua a intervenção pedagógica, pois é nela que a interferência dos outros indivíduos é mais transformadora. Dessa forma, a imitação é muito importante no processo de ensino e de aprendizagem, não compreendida como simples reprodução, mas como uma reconstrução individual sobre o que é observado nas outras pessoas. Esse mesmo autor é considerado um dos maiores representantes dos pressupostos sociointeracionistas ou sócio-históricos. 
 	Esse autor acredita que o trabalho escolar deve ser construído tomando-se o Nível de Desenvolvimento Real (NDR) da criança como o ponto de partida e os objetivos estabelecidos pela escola como o ponto de chegada, considerando à faixa etária, o nível de conhecimento e às habilidades de cada grupo de crianças. E ainda, entende que o professor tem o papel de interferir na zDP, gerando avanços no desenvolvimento da criança que não acontecerão de maneira espontânea.
Piaget e Vygotsky são possuidores de várias diferenças quanto aos aspectos preponderantes sobre o desenvolvimento infantil. Apesar disso, esses dois autores, são representantes de uma mesma concepção, a interacionista, a qual concebe o desenvolvimento humano como resultante de trocas recíprocas, ao longo de toda a vida, entre o indivíduo e o meio, nas quais ambos se influenciam e se modificam. Características físicas e ambientais (físicas, históricas e culturais) dariam curso ao desenvolvimento humano. Contrapondo as visões de Concepção inatista e Concepção ambientalista de outros autores. 
2) Escolha uma das três fases da infância (primeira, segunda ou terceira infância) e cite suas características (considerando o plano físico, emocional e cognitivo). Para tanto, leia a Unidade 3 do CRC de Psicologia da Educação. 
A primeira infância, segundo Palácios et al. (2004), inicia-se com a queda do cordão umbilical e termina quando a criança aprende a andar, a falar, podendo nutrir-se independentemente do organismo da mãe. Segundo Jean Piaget (1896-1980), essa fase é o período compreendido desde o nascimento da criança até os dois anos de idade e é o estágio sensório-motor. Nessa fase, surge a primeira dentição, e é iniciada a etapa de representação mental, ou seja, a criança não precisa mais estar na presença do objeto para pensar nele. A criança tem um crescimento físico rápido e organizado, com uma evolução prescrita pelos genes. (PALÁCIOS; MORA, 2004).
Além disso, Segundo Palácios (2004), a criança nasce munida (genótipo) com uma série de movimentos reflexos como a sucção, o enraizamento, o palmar, o moro e a marcha. Os punhos permanecem fechados, e ela ainda não controla os movimentos da cabeça, sendo que a maioria desses movimentos reflexos, desaparecem no decorrer dos seus primeiros quatro meses de vida em consequência do processo maturativos, dando lugar aos movimentos voluntários e assim, aparecem os movimentos psicomotores. Este tem como meta o controle do próprio corpo até ser capaz de aflorar todas as variáveis de ação e expressão possíveis e com isso aos 15 meses, começa a andar sem apoio tendo mais facilidade para explorar o ambiente.
Conforme Newcombe (1999), o desenvolvimento cognitivo da criança compreende os seus movimentos reflexos. Com aproximadamente 6 meses de idade, o bebê adquire percepções semelhantes às dos adultos, que por meio da percepção e dos órgãos do sentido, o bebê começa a tomar contato com o mundo, criando, com a maturação, as condições para o desenvolvimento mais elaborado nas áreas cognitiva, afetiva e social. A percepção do bebê depende além da estimulação ambiental, ou seja, aprendizagem, mas também, está condicionada em parte pelo seu código genético. Por meio dos órgãos do sentido (visão, audição, olfato, tato e paladar), ele vai tomando contato com o meio e ampliando suas aptidões de apreender o mundo em que vive.
Já em relação ao plano emocional, é característica do ser humano não sobreviver sem vínculos afetivos, já que estes são tão importantes quanto a sua alimentação. Pode-se considerar o apego como sendo um vínculo afetivo básico e fundamental, pois, nos primeiros anos de vida, os bebês nascem com o instinto de buscar estímulos sociais e manifestações de vínculos afetivos (NEWCOMBE,1999). O apego consolida-se por meio de representações mentais adquiridas pelo bebê, com isso é adquirido bases ou impressões sobre as pessoas com as quais manterá vínculos afetivos, estabelecendo condutas, as quais são representadas por choro, vocalizações, gestos e acompanhamento perceptivo da pessoa. 
Desse modo o apego forma-se no primeiro ano de vida e seus primeiros vínculos afetivos aparecem com a pessoa que faz o papel de mãe. As experiências afetivas proporcionam sentimentos de confiança, e o bebê passa a se sentir seguro mesmo na ausência da pessoa. Sendo assim, quando a condição de apego é correspondida a criança torna-se autônoma para relações socioafetivas com outras pessoas. 
3.1) O direito das crianças pequenas à educação foi contemplado na Constituição Federal (1988), garantindo o atendimento em creches e pré-escolas às crianças de zero a cinco anos de idade. Este direito é efetivado na prática? 
O estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) vem ao encontro do que diz a Constituição de 1988. O Artigo 280, Inciso IV, desta, estabelece a responsabilidade do Estado pela educação infantil em creches e em pré-escolas. Além disso, em seu Artigo 7º, Inciso XXV, modificado pela Ementa Constitucional nº 53, de 19 de dezembro de 2006, instituiu o direito aos trabalhadores, independente de gênero, em terem assegurada a assistência gratuita aos seus filhos e dependentes, isso desde o nascimento até os cinco anos, em creches e em pré-escolas. Porém isso não significa que na prática, tendo a lei, as vagas na educação infantil já seriam garantidas, contudo, é mais um instrumento que dá alento à população para lutar pelo aumento do número de vagas.
 	Segundo kramer, o Plano Nacional de Educação (2001) estabeleceu diversas metas e ações para melhorar a qualidade do atendimento em creches e em pré-escolas as quais não foram atendidas até o final de 2011, conforme estabelecido no PNE. Entre elas a inclusão na educação infantil de 50% das crianças de zero a três anos e 80% das de quatro a seis anos e a ampliação da oferta de vagas no percentual previsto. O progressivo atendimento público em tempo integral para as crianças de zero a seis anos de idade também é uma meta não alcançada, embora, observa-se nos últimos anos, o aumento do atendimento público em período parcial.
Ainda segundo Kramer, apesar das leis e diretrizes assegurarem o direito de todas as crianças em creches e pré-escolas. Isto está longe de ser realidade, mesmo ocorrendo consenso quanto à sua importância. De uma população de 21 milhões de crianças de 0 a 6 anos 12 milhões de 0 a 3 anos e 9.539.656 de crianças de 4 a 6 anos, apenas 25.07% frequentam creche ou pré-escola sendo que desses 47.80% das crianças de 4 a 6 anos e 7.57% das crianças de 0 a 3. Sendo assim, essas porcentagens evidenciam que o direito a educação está na prática aquém de uma posição democrática. Contudo não se pode deixar de salientar que ocorreram avanços, pois em 1975 apenas 3,51% de crianças de 0 a 6 anos recebiam atendimento, inclusive da rede privada.
3.2) Sabe-se que vivemos um período em que as políticas de atenção à infância carregaram uma visão assistencialista. Isto permanece? Justifique sua resposta. 
Em consequência da participação feminina na população economicamente ativa do país e do crescimento acelerado da população de baixa renda, ocorreu o surgimento das instituições de atenção à infância. As políticas públicas voltadas à infância no país, desde o século 19 até a década de 1960, apresentavam um caráter paternalista e assistencialista.
No século 20, as creches passaram a ser legitimadas como agências educativas a partir de leis e diretrizes, por conseguinte, como um direito das crianças e das famílias em usufruírem de espaços coletivos para os cuidados e a educação de seus filhos. Porém, infelizmente, apesar dos ganhos e em pleno século 21, na educação infantil a visão assistencialista é mais comum do que deveria realmente ser.
Segundo Kramer, em termos qualitativos o trabalho realizado em creches e pré-escolas não é ainda democrático, sendo que, muitas têm apenas caráter assistencial ou sanitário. Não obstante têm sua importância, mas não supre a extensão educativa, social e cultural que são cruciais para favorecer o desenvolvimento das crianças e seu direito de cidadania. A realidade das creches e pré-escolas brasileiras hoje, ainda é bem diferente do que rege as leis e diretrizes, pois não praticam a educação infantil como espaço de socialização e convivência, que assegure cuidado e educação da criança pequena. Além disso, no Brasil, não há previsão orçamentária ou dotação de recursos financeiros específicos para a educação infantil, esses recursos são fundamentais, de modo que não tenhamos apenas uma conquista teórica. Se as crianças são cidadãs e a educação infantil é seu direito, não destinar recursos é renunciar a sua concretização e ainda segundo o mesmo autor é negar esse direito às populações infantis. 
Outro fator importante a ser observado é que os cargos de gerencia das instituições de educação infantil, em sua maioria, são de cunho político e assim sendo, seus representantes não vão de encontro às autoridades políticas que os colocaram nesses cargos. Desse modo, não fazem nenhum esforço para que as instituições de ensino fundamental deixem de ter o caráter assistencialista, com intuito de ter um caráter democrático para não correrem o risco de perderem o emprego. Por isso, a importância da efetivação de concursos públicos. 
Bibliografia consultada.
ANDRADE, L. B. P.; Souza T. N. Fundamentos da Educação Infantil. Unidades 1 e 2. Batatais: Claretiano, 2013. 201 p.
CAMPOS, J. A. P. P.; BACARJI, K. M. G. D’AVILA; SOUZA, T. N.; PARREIRA, V. L. C. Psicologia da Educação. Unidade 3. Batatais: Claretiano, 2013.
KRAMER S. O papel social da educação infantil. Disponível em: E:\ Revista\ Numero07\lampreia.htm. Acesso em: 25 de agosto de 2019.

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