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QUALIDADE DO AR ADRIELLE FLORES POLI R.A. 161251901 NICOLE FREITAS R.A. 151250448 PEDRO LUCIANO NICOLUCI R.A. 161256678 THAIS LUZ PEREIRA R.A. 171256379 PRESIDENTE PRUDENTE 28 de março de 2019 1 RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA Relatório apresentado a Professora Rosane Freire Boina, da disciplina de Química Ambiental da turma de 2019 do curso de Engenharia Ambiental. UNESP – Faculdade de Ciências e Tecnologia 28 de março de 2019 2 SUMÁRIO Parte 1 – Simulação do Smog redutor com precipitação ácida 3 OBJETIVOS 3 CONCEITOS 3 MATERIAIS 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 5 CONCLUSÃO 10 Parte 2 – Óxidos de nitrogênio 11 OBJETIVOS 11 CONCEITOS 11 MATERIAIS 12 RESULTADOS E DISCUSSÕES 13 CONCLUSÃO 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15 3 Parte 1 – Simulação do Smog redutor com precipitação ácida OBJETIVOS Simular e analisar em laboratório o fenômeno químico atmosférico Smog redutor com precipitação ácida na qual resulta na redução de compostos químicos, por meio da combustão do enxofre elementar, simulando os efeitos da poluição atmosférica causada pela queima de combustíveis fósseis em ambientes altamente industrializados impactando sobre meios biológicos. CONCEITOS As atividades antrópicas resultantes de processos industriais e de geração de energia, resultam na introdução de substâncias poluentes na atmosfera, muitas delas tóxicas à saúde humana e responsáveis por danos à flora e aos materiais. GIRARD, 2016 define um poluente atmosférico como uma substância que está presente na atmosfera sob uma concentração que é suficiente para causar danos aos seres humanos, a outros animais, à vegetação ou a bens materiais. A poluição do ar é causada por cinco poluentes atmosféricos primários: monóxido de carbono (CO), dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NOx), compostos orgânicos voláteis. (COV; principalmente hidrocarbonetos [HC]) e partículas em suspensão. Além dos poluentes primários existem os poluentes atmosféricos secundários resultantes de reações químicas entre os poluentes primários e outros componentes presentes na atmosfera. Sendo esses o ácido sulfúrico, o ácido nítrico, os sulfatos e nitratos e o ozônio e outros oxidantes fotoquímicos (que contribuem para o Smog fotoquímico). Os combustíveis fósseis como o carvão e o petróleo contém em sua composição algum traço de enxofre, isso por que os materiais os quais lhe originaram possuíam em sua composição compostos que contêm enxofre. A CETESB define o Dióxido de Enxofre (SO2) como um poluente atmosférico que resulta principalmente da queima de combustíveis que contém enxofre, como óleo diesel, óleo combustível industrial e gasolina, sendo um dos principais formadores da chuva ácida, além de disso o mesmo pode reagir com outras substâncias presentes no ar formando partículas de sulfato que são responsáveis pela redução da visibilidade na atmosfera. 4 Um smog redutor é um fenômeno químico atmosférico do qual resultam compostos químicos finais em seu estado reduzido. O smog é caracterizado por ser uma espécie de poluição atmosférica onde se tem a formação de uma nuvem composta por uma mistura de fumaça, neblina, ar, poluentes gasosos e materiais particulados. A etimologia da palavra Smog tem origem na junção das palavras “smoke” que significa fumaça, e “fog” neblina. O smog, pode se apresentar de duas formas sendo o industrial à base de enxofre e o fotoquímico proporcionado pelos óxidos de nitrogênio. O smog industrial vem da combinação de material particulado e SO2 na atmosfera, liberados na queima de carvão. O smog é um fenômeno característico de ambientes altamente industrializados, com origem na combustão de combustíveis fósseis, envolvendo diferentes reações e inúmeras substâncias químicas, ocorrendo simultaneamente. Um problema ambiental oriundo da poluição atmosférica é a chuva ácida, os dois ácidos predominantes na chuva ácida são o ácido sulfúrico e o ácido nítrico, ambos são ácidos fortes. Geralmente a chuva ácida precipita-se segundo a direção dos ventos longe das fontes dos poluidores primários, sendo estes o dióxido de enxofre e óxido de nitrogênio. O dióxido de enxofre (SO2) presente na atmosfera ao reagir com oxigênio para formar o trióxido de enxofre (SO3), posteriormente este rapidamente reage com vapor d’água ou gotas d’água para formar o ácido sulfúrico (H2SO4), no qual acaba precipitando e causam uma variedade de impactos ao meio ambiente a saúde humana. MATERIAIS Amostra ● Folhas verdes e pétalas de flores (pelo menos das unidades de cada espécies). Vidrarias ● Balão volumétrico 2L ou 5L OU frasco de vidro transparente; ● 8 Tubos de ensaio; ● Proveta; ● Béquer de 250mL. Outros ● Rolha de borracha para o balão ou para o frasco; ● Grade ou suporte para tubos de ensaio; 5 ● Fios metálicos maleáveis (cobre); ● Naveta metálica (ou tampa de garrafa); ● Superfície branca: cerâmica (azulejo branco). Reagentes e Soluções ● Enxofre elementar; ● Indicador fenolftaleína; ● Indicador vermelho congo; ● Solução de NaOH 50% concentrada; ● Solução de Ácido Clorídrico. Primeiramente, inseriu-se 150 mL de água destilada em um frasco de vidro e adicionou- se duas gotas de NaOH 50% juntamente com seis gotas do indicador fenolftaleína. Enquanto isso, as amostras coletadas de folhas verdes e pétalas foram sendo fixadas em fios metálicos maleáveis e posteriormente foram introduzidas no frasco. Em seguida, colocou-se uma quantidade significativa de enxofre na naveta metálica, no esta foi direcionada a uma câmara na qual conduziu a queima desse material. Deixou o enxofre queimar até a chama se extinguisse, e logo rapidamente foi introduzido no frasco juntamente com a amostra. Deixou o experimento sucedendo até que se cessou por completo todos os vestígios de fumaça. Posteriormente dispôs 8 tubos numerados de 1 a 4 para duas séries A e B, onde os tubos de numeração de 1 a 4 receberam 5 ml de soluções distintas sendo elas água destilada, solução de hidróxido de sódio (50%), ácido clorídrico, e para o último uma amostra do experimento realizado do smog redutor. Para cada série distinta adicionou indicadores distintos, para os tubos da série A recebeu duas gotas de fenolftaleína, e para os tubos da série B recebeu duas gotas de Vermelho-congo, observando os resultados obtidos. RESULTADOS E DISCUSSÕES No experimento, pode-se observar que o H2SO3 (oriundo da reação de SO2 com vapor d’água) provocou a perda de coloração das pétalas, uma vez que o ácido sulfuroso atacou as duplas ligações dos compostos orgânicos que atribuem a coloração das mesmas. Na Figura 1, pode-se observar o antes (folha e pétala de baixo) e o depois (folha e pétala de cima) das pétalas ao serem submetidas à fumaça oriunda da reação entre SO2 e vapor d’água. 6 Figura 1, Autoria. Em seguida, foram utilizados os indicadores fenolftaleína e vermelho congo em soluções neutra, básica e ácida, que são, respectivamente, a água, o hidróxido de sódio e o ácido clorídrico para analisar o caráter ácido-básico das soluções. Na Figura 2, pode-se observar o comportamento dos mesmos com cada tipo de solução indicada com o fenolftaleína. Na Figura 3, observa-se o comportamento dos mesmos indicados com vermelho-congo. 7 Figura 2, Autoria. Figura 3, Autoria. Solução Fenolftaleína (A) Vermelho-Congo (B) Conclusão 1. Água destilada Incolor Laranja Não houve mudança de cor, a água manteve-se na cor dos indicadores demonstrando caráter neutro da solução 2. Hidróxido de sódio Rosa Laranja A mudançade cor indicada pela fenolftaleína demonstra o caráter básico 8 do composto NaOH resultando em uma coloração rosa intensa 3. Ácido clorídrico Incolor Azul escuro A mudança de cor indicada pelo Vermelho-congo demonstra o caráter ácido do composto HCl resultando em uma coloração azul escuro 4. Solução de smog Incolor Azul escuro A solução de Smog ao receber os indicadores evidenciou o caráter ácido indicado pelo Vermelho-Congo. Questões 1. No ensaio do smog redutor: a) Houve formação de chuva? Sim, pois apresentou a formação de gotas de água durante a reação (como pode ser observado na Figura 4). b) Houve mudanças nas cores das folhas e pétalas? Sim, as pétalas das flores e as folhas apresentaram mudança visuais, a folha apresentou parcialmente uma tonalidade amarronzada e as pétalas das flores perderam um pouco da pigmentação apresentando um aspecto mais esbranquiçadas. Isso ocorreu pois o ácido sulfuroso atacou as duplas ligações dos compostos orgânicos que são responsáveis pela coloração das pétalas. c) Houve mudança na solução aquosa do balão? Sim, a solução aquosa presente no frasco apresentou uma mudança física durante o experimento, passando do estado líquido para o gasoso (formação de vapor), além de se observar a mudança da cor na solução indicada de rosa passou a ser incolor durante a reação. 2. Explique os aspectos químicos envolvidos no ensaio de Smog redutor. Inicialmente realizou a combustão do enxofre elementar (S2) e posteriormente introduziu em um frasco de vidro transparente que continha uma solução aquosa (simulação de 9 um meio básico). A combustão do enxofre proporcionou, o aquecimento da água que ficou gasosa e reagiu com o enxofre resultando na formação de H2SO3 (ácido sulfuroso) responsável pela degradação dos espécimes vegetais. SO2 (g) + H2O (aq) → H2SO3 (aq) Figura 4, Autoria. 3. O que pode ser dito em relação ao pH da solução do ensaio de Smog? Explique o fenômeno. O pH do experimento laboratorial de simulação de Smog, que era inicialmente básico, demonstrou ter caráter ácido após o experimento, o qual foi confirmado através do uso de indicadores, onde o responsável por esse fenômeno foi a combustão do enxofre elementar. Durante o experimento, uma parte do H2SO3 se dissolveu na solução e, como a concentração desse ácido era maior do que a concentração da base, a solução tornou-se ácida. 10 CONCLUSÃO O smog fotoquímico que é um fenômeno químico atmosférico como já foi citado nos Conceitos. A partir do experimento foi possível observar a alteração sofrida pelas flores e folhas sobre o efeito da fumaça gerada pela queima do enxofre e o vapor de água presente no balão formando o gás sulfuroso. Reação: SO2 + H2O → H2SO3 Ocorre alteração na coloração das folhas, das flores e da solução, onde havia sido adicionado o indicador fenolftaleína, o qual deixava a solução dentro do recipiente rosa. Essa mudança na coloração dos componentes do experimento é devido à reação com o ácido que vai quebrando as duplas ligações existentes a partir da oxidação das cadeias duplas. A fumaça gerada no experimento vai se dissipando principalmente por conta da reação citada anteriormente quando a fumaça se mistura à água formando o ácido. O ácido pode ser obtido de diferentes formas em grandes e pequena escala utilizando diferentes compostos na reação. 11 Parte 2 – Óxidos de nitrogênio OBJETIVOS Simular e analisar a formação de NOx em laboratório em concentrações visíveis (formação de um vapor característico), bem como aferir suas interferências sobre meios biológicos (folhas e flores), observando os efeitos da poluição atmosférica sobre a biota responsáveis pelo Smog fotoquímico. CONCEITOS O nitrogênio gasoso (N2) é responsável por constituir cerca de 79% do volume total da atmosfera e cerca de 21% é ocupado por oxigênio O2. Os óxidos de nitrogênio (NOx) gasosos são formados sempre que um combustível é queimado na presença de uma chama quente, ou seja, em temperaturas elevadas. Parte do óxido nitroso é produzido a partir da oxidação de átomos de nitrogênio contidos no combustível, bem como também parte do óxido nitroso é produzido pela oxidação do nitrogênio atmosférico, quanto maior for a temperatura mais NO é produzido. A CETESB define os Óxidos de Nitrogênio (NOx) formados durante processos de combustão. Em grandes cidades, os veículos geralmente são os principais responsáveis pela emissão dos óxidos de nitrogênio. O NO, sob a ação de luz solar se transforma em NO2 e tem papel importante na formação de oxidantes fotoquímicos como o ozônio. Dependendo das concentrações, o NO2 causa prejuízos à saúde. O NO2 é um gás com coloração vermelho-acastanhado toxico e que possui um odor muito desagradável. Podendo causar irritação nos olhos, inflamação do tecido pulmonar e enfisema. Entretanto, a sua concentração deste na atmosfera não é o suficiente para produzir esses sintomas. O NOx atua na formação dos poluentes secundários associados com o smog fotoquímico. Os principais gases lançados na atmosfera que causam o smog fotoquímico são os óxidos de nitrogênio, NO e NO2. Eles são formados nos grandes centros metropolitanos, onde é intenso o tráfego de veículos, sendo produzidos na combustão em motores de combustão interno. Outro fato é que esses gases ao se interagem acabam por gerar outros poluentes 12 secundários que agravam ainda mais o problema do smog. O principal gás secundário produzido é o ozônio, O3. A energia solar é necessária para a produção de smog fotoquímico. O NO2 é a única substância emitida pelos automóveis que tem a capacidade de absorver a luz visível que alcança a superfície da Terra. MATERIAIS Amostra ● Folhas, pétalas de flores, moscas etc. Vidrarias ● Erlenmeyer de 250mL e 500mL; ● Balão volumétrico de 2L e 5L; ● Tubo de vidro (d = 0,4cm). Outros ● Rolhas de borracha para os balões e para os erlens; ● Furador de rolhas; ● Fios ou lâminas de cobre; ● Suporte universal; ● Bico de Bunsen. Reagentes e Soluções ● Solução de Ácido Nítrico (1:1), HNO3. Neste experimento foi introduzido em erlenmeyer uma quantidade significativa de pequenos pedaços de cobre, posteriormente colocou-se as amostras de folhas e pétalas fixadas em lâminas metálicas dentro do tubo de vidro acoplado ao erlenmeyer, em seguida, no próprio erlenmeyer contendo cobre adicionou-se 100 mL de solução de ácido nítrico (1:1), tampou-se os frascos com rolhas e observou a reação que se ocorreu. 13 RESULTADOS E DISCUSSÕES Questões 1. Explique os aspectos químicos envolvidos no ensaio. Ao adicionar solução de ácido nítrico no erlenmeyer contendo fio de cobre ocorre uma reação de dissolução do cobre. A reação entre o cobre metálico e o ácido nítrico proporcionou a liberação de óxido de nitrogênio e água, o gás liberação de coloração vermelho-acastanhado é resultado do NO que reagiu com o O2 do ar, formando NO2, também observou a formação de uma solução de coloração azul. 3𝐶𝑢(𝑠) + 8𝐻𝑁𝑂3(𝑎𝑞) → 3𝐶𝑢(𝑁𝑂3)2(𝑎𝑞) + 2𝑁𝑂(𝑔) + 4𝐻2𝑂(𝑙) Liberação do óxido nítrico 2𝑁𝑂(𝑔) + 𝑂2(𝑔) → 2𝑁𝑂2(𝑔) Smog fotoquímico Na imagem a seguir (Figura 5) é possível o experimento em execução. Figura 5, Autoria. 14 2. Analise os efeitos sobre a biota. Que conclusões pode-se tirar desse experimento. O experimento simulado em laboratório, assemelha ao fenômeno Smog fotoquímico que ocorre em ambientes com altas concentrações de óxidos de nitrogênio oriundo de poluentes atmosféricos causando impactos diversos nos organismos vivos. A reação das lâminas de cobre com a solução de ácido nítrico propiciou a formação de um gás de coloração vermelho-acastanhado com odor característico,semelhante a uma fumaça, que ocasionando impactos sobre as amostras vegetais (folha e pétalas de flores), os resultados observados do experimento foram a que a alteração no pigmento nas folhas e pétalas de flores, bem como um aspecto de degradação avançada (figura 6). Figura 6, Autoria. 15 CONCLUSÃO O segundo experimento estuda as diferentes possibilidades de oxidação do nitrogênio por meio de processos químicos. Nesse experimento também são utilizadas pétalas que tem sua coloração alterada para o marrom, como se faltasse umidade, quando colocadas na presença de ácido nítrico e cobre. O ácido nítrico aparece a partir da reação do nitrogênio como NO ou NO2 com água, ácido nítrico que se forma reage como as placas de cobre que se dissolvem gerando uma fumaça de coloração marrom alaranjado. A reação entre esse ácido e o cobre é exotérmica e ocorre de forma rápida desprendendo o NO2 com a coloração citada anteriormente e formando o nitrato de cobre, de coloração azul. Ou seja, o cobre é um forte agente oxidante para o ácido nítrico concentrado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAIRD, C. Química Ambiental. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. Companhia Ambiental do Estado de São Paulo-CETESB. Poluentes. Qualidade do Ar Disponível em :< https://cetesb.sp.gov.br/ar/poluentes/>. Acesso em: 22 de março de 2019. FOGAÇA, J. R. V. Smog fotoquímico. Disponível em :< https://alunosonline.uol.com.br/quimica/smog-fotoquimico.html>. Acesso em: 22 de março de 2019. GIRARD, JAMES E. Princípios de Química Ambiental. 2º Edição. Rio de Janeiro: LTC, 2016. https://cetesb.sp.gov.br/ar/poluentes/ https://alunosonline.uol.com.br/quimica/smog-fotoquimico.html
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