Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
HEMATOLOGIA O sangue Entrega de O2; Remover restos metabólicos; Manter a temperatura, pH e volume; Proteção de perda sanguínea (plaquetas); Prevenir infecção (Ac e leucócitos); Transportes hormônios. Composição Plasma (55%): onde 7% são proteínas (albumina, globulinas e fibrinogênio), 91% H2O, e 2% de outros solutos (Íons, nutrientes, produtos metabólicos, gases e substâncias regulatórias). Elementos formadores: Plaquetas (250 a 400 mil), células brancas (5 – 9 mil) → Neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos. Hematopoiese Medula óssea → Células troncos → origem das células circulatórias. Linhagem linfoide (linfócitos) e mielóide (leucócitos, eritrócitos e plaquetas). Hemograma(Estudo de uma amostra de sangue periférica) Dividida em 3 etapas: Eritrograma; Leucograma; Trombograma; HEMOGRAMA “COMPLETO” Divisão o Eritrócito/leucócito/plaquetas/proteínas totais (ppt); o Dados numéricos e microscópicos. Amostra o Sangue total – anticoagulante – EDTA; o Colheita/armazenamento/processamento/interpretação. Intervalo de referência o Significado → O que é fisiológico; o Será que está normal ou anormal? → Me mostra o direcionamento que eu tenho que seguir; Métodos de processamento Eritrócitos Função → Transporte de O2; Forma o Disco bicôncavo; o Elíptico (Camellidae); o Fusiforme (cervídeos); o Nucleada (aves, répteis e peixes). Vida média o Aves (30d); répteis (3ª); felinos (70d); cão (100d); equino/bovino (150d). Eritropoiese Célula pluripotencial → Rubriblasto → pró-Rubricito → Rubrícitobasofílico → Rubrícito policromático → Metarrubricito (Todos esses ocorrem na medula óssea) → Reticulócitos → Eritrócitos (Esses dois já estão presentes na circulação). Estímulo o Hipóxia: Redução de eritrócitos e consequente diminuição da viabilidade de O2; Aumento da demanda tecidual; → Com a diminuição dos níveis de O2 no sangue, os rim liberam eritropoietina (EPO), estimulando a medula óssea, aumentando a eritropoiese, gerando novos eritrócitos e melhorando a capacidade carreadora de O2. Eritrograma Divisão o Hematimetria (eritrócitos) → É o numero de eritrócitos por unidade de volume de sangue (x 10 6 µL); o [Hemoglobina] → Quantidade (g) de hemoglobina por dL de sangue (g/dL); o VG → É a porcentagem de volume sanguíneo preenchido pelos eritrócitos e, portanto, uma medida da capacidade de transporte de O2 pelo sangue; o VCM → É o volume por eritrócito médio expresso em fentolitros (fL); o CHCM → É a concentração de Hb celular por eritrócito médio expressa em gramas de Hb por 100 mL de eritrócitos (g/dL) o RDW → É um valor calculado (geralmente expresso em percentagem) que reflete a quantidade de variação nos volumes eritrocitários; o P.P.T → Quantidade de proteínas plasmáticas totais expressa em g/dL; o Indicie ictérico = reflete a cor do plasma, presença ou não de icterícia; o Metarrubricitos = Presença de células jovens para cada 100 eritrócitos; [Eritrócitos]. [Hb] e VG o Dependendo dos valores pode nos dar uma série de probabilidades de diagnósticos; o Valores acima dos índices de referência evidenciam um caso de eritrocitose (Policitemia) e valores abaixo dos índices de referência evidenciam um caso de anemia. Policitemia ou eritrocitose o Refere-se ao aumento na quantidade de hemácias no sangue, evidenciado pelo aumento do volume globular (VG), pela contagem de hemácias (eritrócitos) ou pela contagem de hemoglobina. o Pode ser relativa ou absoluta; o Relativa → O primeiro tipo é decorrente da diminuição do volume plasmático ou da redistribuição eritrocitária, o segundo tipo se deve à contração esplênica que ocorre em animais excitáveis; Policitemia Relativa causada por desvio de fluidos ou desidratação: [Eritrócitos]. [Hb] e VG ↑; P.P.T ↑ → redução do volume plasmático; P.P.T ↓ ou normal → menor ingestão de proteínas, síntese proteica diminuída no fígado ou proteinuria; Tratamento → controle da doença primaria e na reposição de fluidos e eletrólitos. Policitemia Relativa causada por aumento transitório da massa eritrocitária secundaria à contração esplênica: VG ↑ → contração esplênica por ocorrer após exercício ou por uma resposta a liberação de epinefrina em animais excitados ou com dor; P.P.T → normal; Policitemia transitória não tem importância clinica, a contagem de hemácias retorna ao normal com o passar do tempo. o Absoluta → Corresponde ao verdadeiro aumento da massa eritrocitária e pode ser primaria ou secundaria. Policitemia Absoluta Secundária → Causada por hipóxia generalizada ou hipoxemia (Policitemia fisiologicamente apropriada): ↓ O2 estimulam a produção de Eritropoietina que, por sua vez, leva à produção e liberação de eritrócitos; [Eritrócitos]. [Hb] e VG ↑; Doenças cardíacas ou enfermidade pulmonar crônica grave pode levar a casos de hipóxia; Altas altitudes, hipoventilação alveolar e obesidade severa também são causas de hipóxia generalizada; Policitemia Absoluta Secundária → Causada pelo aumento da produção de Eritropoietina (Policitemia fisiologicamente inapropriada): Aumento dos níveis de EPO na ausência de hipóxia tecidual generalizada; Doenças renais; [Eritrócitos]. [Hb] e VG ↑; Policitemia Absoluta Primaria → Policitemia vera: Distúrbio mieloproliferativo bem diferenciado, no qual ocorre proliferação descontrolada de eritrócitos, ocasionando aumento do hematócrito. O distúrbio é diagnosticado após a exclusão de outras causas de policitemia. Anemia → [Eritrócitos]. [Hb] e VG ↓ o Classificações: 1. Quanto ao aspecto morfológico → VCM e CHCM Volume Celular Médio É um índice eritrocitário; É o volume médio dos eritrócitos (fL); Nomenclatura/significado: o Normocítica → Volume médio normal, normalmente relacionado a falta de resposta medular (patológica ou tempo); o Macrocítica → Volume médio aumentado, normalmente relacionado com a presença de células jovens: reticulócitos (repõem tanto que joga células jovens na circulação que são maiores e aumentam o VCM); o Microcítica → Volume médio diminuído, relacionado com a deficiência de ferro. Concentração de Hemoglobina Celular Média É um índice eritrocitário; É a média das concentrações de Hb/Eritrócito (g/dL); Nomenclatura/significado: o Normocrômica → Teor normal de hemoglobina nas hemácias, geralmente acompanhado de normocitose (caracteriza falta de resposta medular); o Hipocrômica → Teor de hemoglobina nas hemácias diminuído, geralmente acompanhado de macrocitose (presença de células jovens) ou microcitose (deficiência de ferro). Red blood cell Distribution Weight A variação no tamanho das hemácias é denominada anisocitose, essa variação pode ser decorrente da presença de células grandes (macrócitos), células pequenas (micrócitos) ou ambas. Expresso em porcentagem (DP); Método automatizado; RDW aumentado = anisocitose aumentada. Cor do Plasma Cor normal: Incolor (cão, gato, homem) e amarelo (herbívoro); Cor anormal: Branco (lipemico – pós prandial/diabetes melitus), vermelho (hemolisado – hemólise) e amarelo (ictérico). 2. Quanto à resposta medular → Regenerativa e arregenerativa A anemia é classificada como regenerativa ou arregenerativa, com base na quantidade de hemácias imaturas na corrente sanguínea. Regenerativa → A liberação de hemácias imaturas é uma resposta normal da medula em decorrência a maior síntese de EPO, após hemorragia ou hemólise. Arregenerativa → É a ausência de hemácias imaturas evidenciando disfunção na medula óssea. Reticulócitos Tempo médio de vida na circulação (1 a 2 dias); Significado: O exame dessascélulas pode fornecer uma estimativa da resposta da medula óssea à anemia; Exceções: Equinos (não liberam reticulócitos) e gatos (possuem dois tipos de reticulócitos sob a forma de agregado, nas primeiras 24h e ponteado, após 14 dias); Interpretação: o No animal sem anemia (0-60.000 ret/µL) o No animal anêmico: De não regenerativa a muito pobre (0- 10.000 ret/µL); De não regenerativa a pobre (10-60.000 ret/µL); De regenerativa a moderada (60.000- 200.000 ret/µL); Máxima regeneração (200.000-500.000 ret/µL). 3. Quanto a Patogenia Anemias provocadas por produção eritrocitária diminuída → Geralmente arregenerativas/normocítica/normocrômica e demoram muito tempo para aparecer. Sugerem uma disfunção medular. Anemia Aplásica Medicamentos, produtos químicos, toxinas e estrógeno: o Cães (albendazol, estrógeno, cefalosporinas, quimioterápicos, fenobarbital, etc...) medicamentos antineoplásicos e imunossupressores que lesionam células tronco; o Gatos (albendazol, azidotimidina, griseofulvina); o Bovinos (samambaia, micotoxinas, tricloretileno); o Equinos (micotoxinas e fenilbutazona). Agentes infecciosos: o Gatos (FeLV – Virus da leucemia felina) → Anemia arregenerativa macrocítica hipocrômica sem reticulocitose; o Cães (Erliquiose) → Destruição imunomediada de células circulantes e anemia aplasica, além disso, pode apresentar trombocitopenia, linfocitose e hiperglobulinemia. o Cavalos (AIEV – Vírus da Anemia Infecciosa Equina) → provoca supressão da medula óssea. Aplasia Eritrocitária Pura A aplasia eritrocitária pura é caracterizada pela marcante redução na quantidade de percursores eritróides na medula óssea, com granulopoiese e trombopoiese normais, resultando em anemia arregenerativa normocitica e normocrômica grave e contagem de normais de neutrófilos e plaquetas; Anemia Decorrente de Doença Inflamatória Anemia arregenerativa normocitica e normocrômica; Decorre pela falta de disponibilidade de ferro para os percursores eritróides por conta da ação dos macrófagos que internalizam o ferro ligado à lactoferrina (siderófagos) além da destruição de hemácias por macrófagos ativados. Anemia por Insuficiência Renal Crônica Anemia arregenerativa normocitica e normocrômica moderada a grave; Síntese de EPO comprometida Anemia Associada à Doença Endócrina Cães com hipotireoidismo → Anemia arregenerativa normocitica e normocrômica. Anemia Associada a Deficiências Nutricionais Deficiência de ferro → Geralmente é regenerativa, mas associada com inflamação (Anemia arregenerativa normocitica e normocrômica); Anemias por perda sanguínea → podem ser arregenerativas ou regenerativas, variando de acordo com a causa; Anemia por Hemorragia aguda Inicialmente temos contagem normal do hematócrito, após algumas horas decorrida a hemorragia observaremos uma diminuição no VG, [Eritrócitos] e [Hb], além de diminuição do P.P.T; Após 72h temos a presença de reticulócitos mostrando uma capacidade regenerativa da medula de começo insuficiente; Após algumas semanas observamos regeneração máxima; Trombocitopenia pode causar hemorragia por deficiência nos fatores de coagulação. Anemia por Hemorragia Crônica (Deficiência de ferro) Anemia regenerativa microcítica hipocrômica se não estiver ligada a processos inflamatórios (Anemia arregenerativa normocitica e normocrômica); Anemias Hemolíticas → Geralmente regenerativas Anemia Hemolítica Imunomediada (idiopática) É uma consequência do aumento da destruição de hemácias, como resultado da ação de anticorpos contra hemácias ou da adesão de complexos imunes a elas. Geralmente é uma anemia regenerativa macrocítica hipocrômica; Cor do plasma vermelho (hemólise); P.P.T ↓ Presença de esferócitos (diagnóstico diferencial) Anemia Hemolítica Parasitaria Hemólise decorrente a ação de hemoparasitas, alguns causam anemia devido à hemólise extravascular Imunomediada, outros como Babesia e Theileria causam hemólise intravascular; Geralmente regenerativa macrocítica hipocrômica; Cor do plasma vermelho (hemólise); Anemia de Corpúsculo de Heinz As hemácias são particularmente sensíveis a lesões oxidativa, porque transportam oxigênio e, além disso, são expostas a varias substancias químicas no plasma; Plantas como cebola, alho, repolho, bordo vermelho causam anemia de corpúsuclo de Heinz; Medicamentos e substancias químicas como paracetamol, propileno glicol, zinco, cobre, deficiência de selênio, óleo cru também causam este tipo de anemia; Caraterizada por ser anemia regenerativa macrocítica hipocrômica, com corpúsculos de Heinz como achados, obviamente. Anemia Hemolítica Infecciosa Bactérias tais como clostridios e leptospira podem causar anemia hemolítica; Anemia Hemolítica por Distúrbios Metabólicos Deficiência de Piruvatocinase (PK), de Fosfofrutocinase (PFK), Porfirias entre outros, podem causar anemia hemolítica; Morfologia Eritrocitária Corpúsculo de Heinz → causados pela desnaturação oxidativa da hemoglobina, algumas enfermidades podem causar o aparecimento dessa estrutura, tais como: Presença de agente oxidante (anemias hemolíticas tóxicas, ex: acetaminofeno, alho, cebola); Gatos: doenças intestinais, disautomia felina (síndrome de Key-Gaskell); Cães: terapia regular com prednisona, esplenectomia; Vacas: hemoglobinúria pós-parto. Poiquilócitos → Anormalidades inespecíficas na forma dos eritrócitos. Esferócitos → São eritrócitos que perderam a palidez central e indicam fagocitose parcial da membrana dos eritrócitos que ocorrem em quadros de anemia hemolítica; Howell Jolly → São restos nucleares nos eritrócitos que podem aparecer em anemias regenerativas, animais esplenectomizados e em quadros de redução da função esplênica. Metarrubricitos → São eritrócitos imaturos que associados a reticulocitose indicam resposta medular, porém excessos de metarrubrícitos não associados a aumento de reticulócitos devem levar a suspeita de doenças mieloproliferativas. Equinócitos → Eritrócitos crenados geralmente associados a casos de ofidismo. Leucócitos NEUTRÓFILOS: 50 a 70 % dos leucócitos Grânulos primários, secundários e terciários. Eliminam bactérias. EOSINÓFILOS: 1 A 5% Grânulos. Reações alérgicas e parasitárias. BASÓFILOS E MASTÓCITOS: - DE 1% Grânulos- heparina e histamina. Hipersensibilidade. MONÓCITOS: 2 A 8 % 24 A 72H na circulação. Macrófagos. LINFÓCITOS: 20 a 40 % Linfócitos B e T: Secretam citocinas. PLASMÓCITOS: derivado de linfócitos B: Sintetizam e secretam anticorpos; Cinética dos Neutrófilos Célula-tronco → Mieloblastos → Progranulócito → Mielócito (Formação de grânulos específicos: neutrófilo, eosinófilo e basófilo) → Metamielócitos → Neutrófilo Bastonete → Neutrófilo. Compartimentos e migração de neutrófilos Compartimentos medulares: Sistema de células primordiais ou células-troncos → Compartimento de proliferação (mieloblastos, progranulócito e mielócito) → Compartimento de maturação e estocagem (metamielócito, bastonetes e neutrófilos). Tempo de trânsito na medula = 7 dias. Compartimentos no sangue: Compartimento circulante ↔ Compartimento marginal Tempo de circulação = 6 a 10 horas. Leucograma Nomenclatura Contagem Total o DIR (Dentro do Intervalo de Referência); o Leucocitose (acima do valor referência); o Leucopenia (abaixo do valor de referência). Contagem Diferencial o Nº de células diminuídas: Neutropenia; Eosinopenia; Linfopenia; Monocitopenia. o Nº de células aumentadas: Neutrofilia; Eosinofilia; Basofilia; Linfocitose; Monocitose. Concentrações anormais de leucócitos (µL)o Desvios à esquerda: Presença de células jovens (bastonetes, metamielócito e mielócito). Classificação dos desvios à esquerda o Leve (bastonetes); o Moderada (bastonetes e metamielócito); o Acentuada (bastonetes, metamielócito e mielócito). Quanto ao número de células jovens presentes o Regenerativa (medula esta amadurecendo a tempo as células); o Degenerativa (tem mais células jovens do que maduras). Leucemia o Desarranjo da medula: O normal é a liberação de células maduras, na leucemia ocorre a liberação de células jovens de forma desorganizada; Invasão de células jovens na circulação, de formato indiferenciavel. A contagem de células maduras somem da circulação. Polimorfonucleares Mononucleares Alterações morfológicas dos leucócitos o Neutrófilos tóxicos → Grânulos mais evidenciados; o Corpúsculos de Döhle → Igual a neutrófilos tóxicos, porém mais graves; o Basofilia citoplasmática; o Neutrófilos hipersegmentados → São neutrófilos velhos (liberação de cortisol); o Monócito com tendência a macrófago → Se ativou antes da hora (parasitas na circulação). Interpretação das alterações em neutrófilos: Neutrofilia o Causas de Neutrofilia: Resposta inflamatória; Resposta à excitação (adrenalina); Resposta ao “stress” (ação de corticosteroide – cortisol). o Resposta Inflamatória Tecido precisa de ajuda, há liberação de interleucinas que vão até a medula e sinalizam para demandar células de defesas → ação na medula e liberação de células; Como eu sei que é um quadro inflamatório? o Leucocitose por Neutrofilia com Desvio a Esquerda; o Presença de células jovens, neutrófilo tóxico e corpúsculos de Döhle; o Escalonamento: segmentados → bastonetes → metamielócitos. Observações para neutrofilia inflamatória A severidade pode indicada pela magnitude do desvio a esquerda; Resposta varia entre espécies; Processo inflamatório: saem mais cedo da medula o Cães têm maiores reserva (20.000 – 100.000); o Felinos têm reservas moderadas (20.000 – 60.000); o Equinos têm reservas moderadas (15.000 – 30.000); o Bovinos e outros ruminantes possuem menores reservas (10.000 – 25.000). Cavidades fechadas a resposta é mais intensa; o Crônica (ex: abcessos, piometra). Melhor resposta em inflamações de tecidos subcutâneos e órgãos internos. Pior resposta para inflamações na medula, cérebro, trato urinário e lesões cutâneas superficiais; o Mediadores perdidos ou não liberados. o Resposta à excitação Liberação de adrenalina e noradrenalina (luta e fuga), com essa liberação as células que estão aderidas no endotélio dos vasos acabam sendo deslocadas para a circulação. Migram então do compartimento marginal → para o compartimento circulante. Como identificar uma resposta à excitação? o Leucocitose por Neutrofilia sem Desvio a Esquerda; o Número de linfócitos normais. Observações para Neutrofilia por excitação Mais comum em felinos; Grandes animais: associado com exercícios e manobra para a colheita; Associado a nº de linfócitos normais ou aumentado (mais raro); o Stress agudo: ação da adrenalina não tem ação nos linfócitos. o Resposta ao “stress” (corticosteroides) Liberação de cortisol → muda o efeito da inflamação, diminuindo a diapedese e consequentemente aumentando o tempo dos neutrófilos na circulação. Além disso, diminuem a adesão dos neutrófilos circulantes para o tecido. E por fim, chamam um pouco dos leucócitos que estão na reserva. Faz linfólise: ele diminui a recirculação e promove a lise de linfócitos. Como identificar uma resposta ao “stress”? o Leucocitose por Neutrofilia com Linfopenia; o Sem Desvio a Esquerda; o Eosinopenia e monocitose. Observações para Neutrofilia por “stress” Presença de hipersegmentação. Interpretação das alterações em neutrófilos: Neutropenia o Causas de Neutropenia Resposta inflamatória aguda; Injuria a célula tronco; o Reversível (aguda); o Irreversível (crônica). o Resposta inflamatória aguda O tecido tem um estímulo tão grande, que as células passam rapidamente pela circulação e vai direto para o tecido. A medula não tem tempo hábil de produzir novas células → então manda tudo que tem na reserva e células jovens. Como identificar uma resposta inflamatória aguda? o Leucopenia por Neutropenia com Desvio a Esquerda; o Some linfócito, monócito, eosinófilo porque migram rapidamente para o tecido; o Mudança na morfologia das células → neutrófilos tóxicos e corpúsculos de Döhle. Observações para Neutropenia por inflamação aguda Muito severa; Número de células jovens pode exceder o de neutrófilos; Comum em bovinos → pequeno pool de reserva. o Injúria reversível (aguda) à célula tronco Várias lesões transitórias agudas graves de células tronco são causadas devido ao tropismo dos vírus às células que apresentam rápida divisão. Então, de forma aguda, a medula parou de produzir células e não há reposição de células. Como identificar uma injúria reversível (aguda) à célula tronco? o Leucopenia por Neutropenia sem Desvio a Esquerda; o Tem plaquetas e eritrócitos normais (quando não associado a hemorragias); o Linfopenia, monocitopenia, eosinopenia. Observações para Neutropenia por injúria reversível da célula tronco Depende da duração da injúria; Medula se recupera antes de ocorrer trombocitopenia e anemia; Outras causas: quimioterápicos, AINEs, erlhichiose, estrógeno. o Injúria irreversível (crônica) à célula tronco Essa categoria de lesão de células tronco pode ser considerada como anormalidades na progressão da proliferação de células tronco na medula óssea. Como identificar uma injúria irreversível (crônica) à célula tronco? o Leucopenia por Neutropenia sem Desvio a Esquerda; o Não tem plaquetas e eritrócitos; o Linfopenia, monocitopenia, eosinopenia. o Medula deixa de produzir tudo. Observações para Neutropenia por injúria irreversível da célula tronco Pobremente entendido; Desordens de longa duração, irreversível; Associado a anemia arregenerativa e trombocitopenia; Causada por FeLV, radiação, quimioterápicos. o Interpretação das alterações em linfócitos: Linfocitose o Causas de Linfocitose: Resposta à excitação (fisiológica); Linfocitose inflamatória crônica; Neoplasias linfoproliferativas. o Resposta à excitação (fisiológica) Liberação de adrenalina e noradrenalina (luta e fuga), com essa liberação as células que estão aderidas no endotélio dos vasos acabam sendo deslocadas para a circulação. Migram então do compartimento marginal → para o compartimento circulante. Como identificar uma resposta à excitação (fisiológica)? o Leucocitose por Neutrofilia sem Desvio a Esquerda e Linfocitose; o Número de linfócitos normais ou aumentados. o Linfocitose inflamatória crônica Um conceito errôneo comum é aquele que considera a possibilidade de linfocitose nas doenças inflamatórias crônicas. Essa concepção provavelmente é oriunda do conhecimento de que a doença inflamatória resulta em resposta do sistema imune, inclusive hiperplasia linfoide. Isso ocorre, mas a expansão se restringe aos tecidos linfoides e raramente se manifesta como linfocitose. Exceção → Forma crônica da erliquiose canina, que resulta em linfocitose e gamopatia monoclonal. Como identificar uma linfocitose inflamatória crônica? o Leucocitose por Neutrofilia com Desvio a Esquerda e Linfocitose. o Neoplasias linfoproliferativas A morfologia dos linfócitos anormais geralmente esta relacionada a características de células neoplásicas, porque esses tipos de células não fazem parte da circulação normal do animal. Havendo células com características anormais na circulação, deve-se considerar a possibilidade de leucemia, mesmo com contagemde linfócitos normal ou discretamente elevada. Como identificar uma linfocitose por neoplasias linfoproliferativas? o Leucocitose por Linfocitose; Observações para Linfocitose por neoplasias linfoproliferativas Pode ocorrer linfocitose persistente em bovinos infectados por (BLV) → Considera-se persistente quando a contagem é superior a 7.500 células/µL. o Interpretação das alterações em linfócitos: Linfopenia o Causas da linfopenia: Linfopenia inflamatória aguda; Linfopenia por “stress” o Linfopenia inflamatória aguda O tecido tem um estímulo tão grande, que as células passam rapidamente pela circulação e vai direto para o tecido. A medula não tem tempo hábil de produzir novas células → então manda tudo que tem na reserva e células jovens. Como identificar uma Linfopenia inflamatória aguda? o Leucopenia por Neutropenia com Desvio a Esquerda; o Some linfócito, monócito, eosinófilo porque migram rapidamente para o tecido; o Mudança na morfologia das células → neutrófilos tóxicos e corpúsculos de Döhle. Observações para Linfopenia por inflamação aguda Muito severa; Comum em bovinos → pequeno pool de reserva. o Linfopenia por “stress” Liberação de cortisol → muda o efeito da inflamação, diminuindo a diapedese e consequentemente aumentando o tempo dos neutrófilos na circulação. Além disso, diminuem a adesão dos neutrófilos circulantes para o tecido. E por fim, chamam um pouco dos leucócitos que estão na reserva. Faz linfólise: ele diminui a recirculação e promove a lise de linfócitos. Como identificar uma Linfopenia ao “stress”? o Leucocitose por Neutrofilia com Linfopenia; o Sem Desvio a Esquerda; o Eosinopenia e monocitose. o Interpretação das alterações em eosinófilos: Eosinofilia o Causas da eosinofilia Degranulação de mastócitos; Distúrbios de hipersensibilidade (alergia); Infecção parasitária; Eosinofilia paraneoplásica. Eosinofilia é considerada uma resposta inespecífica decorrente de parasitismo, hipersensibilidade ou lesão incomum que produz quimiotáticos aos eosinófilos. Parasitismos com invasão tecidual frequentemente induzem eosinofilia. Dirofilariose e infecção por ancilóstomo, em cães são exemplos notáveis desse tipo de parasitismo. A inflamação de superfícies epiteliais ricas em mastócitos pode estar associada à eosinofilia, especialmente quando houver um componente de hipersensibilidade. o Interpretação das alterações em eosinófilos: Eosinopenia o Causas de Eosinopenia: Eosinopenia inflamatória; Eosinopenia de “stress”; Sem significado clínico. o Eosinopenia inflamatória O tecido tem um estímulo tão grande, que as células passam rapidamente pela circulação e vai direto para o tecido. A medula não tem tempo hábil de produzir novas células → então manda tudo que tem na reserva e células jovens. Como identificar uma Eosinopenia inflamatória? o Leucopenia por Neutropenia com Desvio a Esquerda; o Some linfócito, monócito, eosinófilo porque migram rapidamente para o tecido; o Mudança na morfologia das células → neutrófilos tóxicos e corpúsculos de Döhle. Observações para Eosinopenia por inflamação Muito severa; Comum em bovinos → pequeno pool de reserva. o Eosinopenia por “stress” Liberação de cortisol → muda o efeito da inflamação, diminuindo a diapedese e consequentemente aumentando o tempo dos neutrófilos na circulação. Além disso, diminuem a adesão dos neutrófilos circulantes para o tecido. E por fim, chamam um pouco dos leucócitos que estão na reserva. Faz linfólise: ele diminui a recirculação e promove a lise de linfócitos. Como identificar uma Eosinopenia ao “stress”? o Leucocitose por Neutrofilia com Linfopenia; o Sem Desvio a Esquerda; o Eosinopenia e monocitose. o Interpretação das alterações em monócitos: Monocitose e Monocitopenia o Causas de monocitose: Monocitose inflamatória; Monocitose de “stress”; o Causas de monocitopenia Sem significado clínico. o Monocitose inflamatória É uma alteração relativamente insignificante e pode acompanhar as respostas inflamatórias agudas e crônicas. Nesses casos, a monocitose é interpretada como uma resposta a maior demanda por células mononucleares nos tecidos. o Monocitose por “stress” Liberação de cortisol → muda o efeito da inflamação, diminuindo a diapedese e consequentemente aumentando o tempo dos neutrófilos na circulação. Além disso, diminuem a adesão dos neutrófilos circulantes para o tecido. E por fim, chamam um pouco dos leucócitos que estão na reserva. Faz linfólise: ele diminui a recirculação e promove a lise de linfócitos. Como identificar uma Monocitose ao “stress”? o Leucocitose por Neutrofilia com Linfopenia; o Sem Desvio a Esquerda; o Eosinopenia e monocitose. o Interpretação das alterações em basófilos: Basofilia o Causas de Basofilia Distúrbios de hipersensibilidade; Infecção parasitaria (adulto/larva em tecido). Basofilia é incomum. Na verdade, os basófilos são tão raros em animais normais que geralmente não são encontrados no exame microscópico diferencial de 100 leucócitos. A causa de basofilia é desconhecida ou não evidente e geralmente acompanha a eosinofilia. Trombograma As Plaquetas → Formação do tampão primário, fundamental no processo de hemostasia, além de atuarem no reparo tecidual local (cicatrização). Megacariopoiese → A proliferação e a maturação de megacariócitos ocorrem em tecidos hematopoiéticos, sobretudo a medula óssea. Células progenitoras mieloides residentes respondem a citocinas, principalmente TPO (Trombopoetina), ao sofrerem proliferação e maturação. Trombopoiese → A formação de plaquetas a partir de megacariócitos e sua liberação para circulação, também é mediada principalmente pela TPO. A trombopoiese pode ocorrer na medula óssea e também nos pulmões, onde os megacariócitos residem. Relação entre plaquetas e trombopoetina → A trombopoetina se liga as plaquetas quando esta ultima se encontra em altos níveis inibindo a produção plaquetária, em baixos níveis a quantidade de plaquetas a TBO sobra na circulação estimulando a medula a liberar mais plaquetas. Relação de equilíbrio. Cínética das plaquetas Depende da produção (influenciada pelo grau de estimulação de citocinas e numero de células responsivas), Consumo (contínuo em virtude do reparo constante de defeitos vasculares de menor gravidade), da destruição e da redistribuição de plaquetas para dentro e fora da circulação. O tempo médio de vida das plaquetas é entre 5-10 dias em diferentes espécies de indivíduos sadios. O exame o Concentração de plaquetas → É o número de plaquetas por unidade de volume de sangue. o VPM (Volume Plaquetário Médio) → É o volume médio aparente de todas as partículas em uma amostra de sangue que são contadas como plaquetas individuais. Unidade (fL - µm³). o PDW (Variação do Tamanho de Plaquetas) → É uma avaliação de anisocitose plaquetária calculada a partir da distribuição de volumes plaquetários individuais. Unidade (%). o Avaliação do esfregaço sanguíneo → Permite a detecção de agregados de plaquetas, que podem reduzir falsamente a [plaquetas], permitindo assim a confirmação dos valores automatizados e permite a avaliação de plaquetas anormais. Concentração de plaquetas o Metodologias Automatizados → dificuldade para diferenciar porque alguns equipamentos não detectam a presença de agregados de plaquetas. Manual Métodos diretos Hemocitômetro → As plaquetas são contadas microscopicamente em regiões definidas do retículo após diluição da amostra e lise de eritrócitos. Métodos indiretos Esfregaço sanguíneo Volume Plaquetário Médio (VPM) Os valores do VPM variam de acordo com o tipo de anticoagulante, temperatura e o tempo de armazenamento daamostra. Inversamente relacionado com a [plaquetas] Aumentado Trombopoiese acelerada; Distúrbios plaquetário congênitos; Trombocitose fisiológica – mobilização do baço. Diminuído Falência da MO; Mielossupressão por quimioterápicos (humanos) PDW o Anisocitose de plaquetas. o Avaliação do esfregaço Forma Discoide Com pseudópodes → trombopoiese estimulada o Tamanho Felinos → Maiores Trombopoiese acelerada (devido a destruição ou consumo); Contração esplênica; Infecções agudas (FeLV) Interpretação Trombocitopenia → diminuição da [plaquetas] Trombocitose → aumento da [plaquetas] Causas da Trombocitopenia (plaquetopenia) o Pseudotrombocitopenia Agregação plaquetária → A aglomeração de plaquetas induz uma falsa diminuição na [plaquetas] Distribuição anormal (sequestro de plaquetas) → As plaquetas podem ser distribuídas reversivelmente no sistema vascular de determinados tecidos, diminuindo assim a [plaquetas]. Não estimula trombopoiese. o Esplenomegalia → Pode causar acúmulo esplênico de uma fração permutável de plaquetas em algumas condições humanas, embora a sobrevida das plaquetas também possa estar reduzida. o Hipotermia → De caráter grave (20 ºC Temp. retal) pode causar redistribuição reversível de plaquetas do fígado e o baço em cães. o Endotoxemia → Foi associada experimentalmente a acúmulo transitório de plaquetas nos pulmões em cães, mas também ocorre consumo de plaquetas. Produção diminuída o Drogas (sustâncias tóxicas) Drogas, com efeito, mielossupressores previsíveis e dose dependentes (antineoplásicos, estrógenos, samambaia em bovinos e albendazole em cães). Infecções DBV e cinomose – Infecção direta de megacariócitos; AIE – Citocinas mielossupressoras; Ehrlichiose crônica e parvorius – Hipoplasia da MO. Irradiação → Este procedimento pode causar supressão generalizada da medula óssea e trombocitopenia por morte celular disseminada. Substituição da MO → Devido a neoplasias da MO causam imunossupressão. Diminuição da sobrevida o Trombocitopenia Imunomediada → Destruição de plaquetas por conta do sistema imune do animal que às vezes por erro ou induzidos por algum agente não reconhecem as estruturas do próprio corpo. Idiopática; Induzida por drogas; Associada a infecção; Doenças sistêmicas. o Causas não imunológica Perda de sangue agudo e grave; Aceleração do consumo: CID → Ativação não controlada e disseminada da cascata da coagulação pode produzir trombocitopenia do mesmo que coagulação localizada, mas a probabilidade de ocorrer trombocitopenia é maior; Envenenamento (ativadores de plaquetas); Vasculites Hemodiluição → Diluição maciça de sangue com líquidos pobres em plaquetas pode causar diminuição discreta à moderada na [plaquetas] o Cristalóides, colóides, plasma ou concentrado de hemácias. Causas da Trombocitose Neoplasia hematológicas o Plaquetas grandes e pleomórficas; o Aumento de megacariócito; o Associada a outras neoplasias. Trombocitose reativa (2º) o Redistribuição Exercícios/epinefrina o Produção aumentada Inflamação (IL 6 > TPO); Alcalóides da Vinca; Pós-esplenectomia; Trombocitose de rebote. HEMOSTASIA Processo fisiológico que mantém o fluxo de sangue livre, mas permite a formação rápida de tampões sólidos. Alterações vasculares → Aglutinação de plaquetas (tampão 1º) → Aparecimento das fibrinas (tampão 2º) → Coágulo → Retração e diminuição do coágulo Hemostasia primária: Vasos, plaquetas e Fator de Von Willebrand. I. Vasos • Vasos • Plaquetas • FVW Hemostasia 1ª • Fatores de coagulação Hemostasia 2ª • Fatores fibrinolíticos Hemostasia 3ª Vasoconstricção reflexa (células do musculo liso vascular) contribuem para a interrupção da hemorragia diminuindo o diâmetro do lúmen e secretando substancias trombogênicas. o Endotelina; o Troboxano A2; o Serotonina; II. Plaquetas I. Exposição do colágeno das paredes dos vasos; II. Exposição de um receptor de superfície (glicoproteína 1b) e liberação do FvW para se ligar ao colágeno; III. Adesão e ativação plaquetária; IV. Liberação de ADP e Tromboxano A2, Serotonina e FAP; V. Atração de novas plaquetas; VI. Formação do tampão 1º. Hemostasia secundária: Fatores de coagulação ↑ Firmeza Protrombina 5-5a* V ia c o m u m 1a 1 2 7 10 12 12a 11 11a 9 9a *8-8a 10a 7a Fator tecidual 2a Via Intrínseca TTPa Via Extrínseca TP Trombina Fibrinogênio Fibrina 13-13a* Polimerização forma o trombo Tampão 2º * Fatores ativados pela trombina Colecreína Procoagulantes o Responsáveis pela hemostasia 2ª = coagulação; o Forma o tampão hemostático 2º; o Circulam na forma inativada; o Todos produzidos no fígado; o Fatores II, VII, IX e X dependem da vitamina K; o Cascata da coagulação; Intrínseca, extrínseca e comum. Hemostasia 3ª: Fatores de anticoagulação e fibrinolíticos Anticoagulação o Todos produzidos no fígado; o Responsáveis pela inibição fisiológica da coagulação; o Circulam livres. A. Antitrombina (AT3) + heparina → liga, inativa e remove a trombina, 9a e 10ª; B. Proteína C + vitamina K → proteólise, inativa 5a e 8ª. Fibrinolítico o Plasmina liga ao plasminogênio, ativos pelo ativados de plasminogênio tecidual (TPA → quebra rede de fibrina em PDF [Produtos de Degradação da Fibrina] → gerando subprodutos como o Dímero D). AVALIAÇÃO LABORATORIAL - COAGULOGRAMA Amostra o Sangue com anticoagulante EDTA; Estudo de plaquetas; Marcador de formação de trombos o Sangue com citrato de sódio; Maioria dos testes de coagulação; Proporção 1:9 (sangue/ac). o Sangue sem anticoagulante; Tempo de coagulação; Escolha dos testes Hemostasia 1ª [ ] de plaquetas Função das plaquetas (TSMO) FvW Hemostasia 2ª TTPa TP [ ] Fibrinogênio Hemostasia 3ª Dímero D Hemostasia 1ª: (petéquias) o [ ] plaquetas – hemograma; o Função plaquetária – Tempo de Sangramento da Mucosa Oral VR → 1 a 5 minutos (TSMO); Faz então um ferimento e observa o tempo que leva para o sangue parar de fluir, anotando o tempo que leva até o final do sangramento. Só é pedido quando a [ ] plaquetas está normal; FvW também; Se estiver anormal a concentração Plaquetária obviamente teremos um TSMO maior. o FvW – Testa-se a presença deste fator uma vez que as plaquetas o apresentam para conseguir se ligar ao colágeno exposto dos vasos sanguíneos danificados através do receptor de superfície (glicoproteína 1b). Hemostasia 2ª (hemorragias maiores) o Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa) Avalia o tempo em que leva para ocorrer a cascata da via intrínseca e comum (Fatores 12, 11, 9, 8, 10, 5, 2 e 1); O tempo normal indica teores adequados de fatores das vias comum e intrínseca; VR → Cão (9 a 11s), equinos (10 a 15s) e vacas (25 a 45s). o Tempo de Protrombina (TP) Avalia o tempo em que leva para ocorrer à cascata da via extrínseca e comum (fatores 7, 10, 5, 2 e 1); O tempo normal indica teores adequados de fatores das vias comum e extrínseca; VR → Cão (6,4 a 7,4s), gatos (7 a 11,5s) e equinos (9,5 a 11,5s). o Fibrinogênio Concentração, sem ele não termina a cascata, porque não terei como converter em fibrina para formação do segundo tampão e assim formar o coágulo; VR → Cães, ovinos e suínos (0,1 a 0,5 g/dL), equinos e caprinos (0,1 a 0,4 g/dL), gatos (0,05 a 0,3 g/dL) e vacas (0,2 a 0,7 g/dL). Hemostasia 3ª o Dímero D → Fibrinólise; A estimulação do sistema de ativação de contato também ativa a plasmina. O coágulo formadopor fibrinogênio e fibrina é quebrado pela plasmina e seus fragmentos circulam no sangue periférico, sendo assim avaliação a concentração do Dímero D; Quanto maior o grau de coagulação, maior a [ ] de Dímero D; VR → A maioria dos animais apresenta teores inferiores a 10 mg/mL. Principais distúrbios de hemostasia 1. História clínica a. Tipo de sangramento Hemostasia primária – Trombocitopenia, trombopatias (+ defeitos 2ª); o Formam petéquias e equimoses; Hemostasia secundária – (+ defeitos 1ª); o Foram hematomas e hemorragias. b. Raça e idade Certas raças e animais mais velhos tem predisposição a problemas na hemostasia em geral; c. Outras informações Uso de medicamentos/tóxicos; Presença de ectoparasitas; Doenças intercorrentes; Traumas. 2. Mecanismo envolvido a. Defeito Vascular Vasculites; Fragilidade vascular; Não realiza nenhum exame laboratorial; Diagnóstico de exclusão + histopatologia; b. Anormalidade quantitativa das plaquetas Em casos de trombocitopenia por sequestro de plaquetas pelo baço, produção diminuída ou diminuição da sobrevida; Realiza-se contagem de plaquetas, porque estará menor e tempo de sangramento, uma vez que se têm menos plaquetas, terei menos células para desempenhar bem a função. c. Anormalidade qualitativa das plaquetas Processo imunomediados (Ehrlichia sp.); Uso de anti-inflamatórios (inibidor TX A2); Processos que me levam a uma perda significativa na qualidade das plaquetas em desempenhar sua função adequadamente, em casos imunomediados eu terei uma trombocitopenia uma vez que os anticorpos atacaram as plaquetas infectadas pelo agente e no caso de anti-inflamatórios terei uma Trombocitose relativa porém com deformidades na capacidade de se ligar aos vasos pela inibição do tromboxano; d. Coagulopatias hereditárias Doença de von Willebrand → (Deficiencia de FvW), avalia, contagem de plaquetas, tempo de sangramento e FvW:Ag Hemofilia A → Deficiência do fator VIII, recessivo ligado ao cromossomo X, avalia o TTPa (↑); Deficiência do fator VII → Raros na vet, considerar doença hepática ou antagonismo a vitamina K, avalia-se TP (↑); Antagonismo à vitamina K → exposição a Warfarina, avalia-se contagem de plaquetas, tempo de sangramento e fibrinogênio; Doença hepática → avalia-se hemograma, contagem de plaquetas (↓), tempo de sangramento (↑) e fibrinogênio (↓). CID → Por endotoxemia, sepse, pancreatite, envenenamento, etc.., avalia-se contagem de plaquetas (↓), tempo de sangramento (↑), fibrinogênio (↑) e Dímero D (↑). HEMOGASOMETRIA Equilíbrio Ácido-Base Os distúrbios básicos são: Alcalose (quando aumenta as substâncias alcalinas ou quando animal perde substâncias ácidas); Acidose (quando aumenta as substâncias acidas ou quando animal perde substâncias alcalinas); As causas podem ser metabólicas ou respiratórias, assim sendo: Acidose pode ser metabólica ou respiratória; Alcalose pode ser metabólica ou respiratória; Acidose Respiratória Ela acontece quando algum problema impede a eliminação de CO2, então temos aumento da PCO2 e consequente aumento do ácido carbônico (H2CO3) por ação da enzima anidrase carbônica, que é lançado no sangue, onde é rapidamente quebrado em H + e CO2, diminuindo o pH do sangue que é 7,4. O rim tenta compensar esse aumento liberando bicarbonato. o É determinada por doenças que impedem a eliminação do CO2. Depressão dos centros respiratórios; Afecções respiratórias (pneumonias, bronquites); Obstrução de vias aéreas (tumores, parasitos, sacos plásticos); Movimento do tórax reduzido (fratura de costela, obesidade mórbida); o Sistema tampão. Aminoácidos associam H; Hemoglobina também associa H e diminui a afinidade pelo CO2 (o animal hiperventila); Os sistemas fosfato e bicarbonato atuam na excreção renal de H e reabsorção de Na (Neste caso nunca usar bicarbonato); Ocorre o aumento da excreção de amônia. Acidose Metabólica Ela acontece por excreção de substâncias alcalinas (diarreia bacteriana) e na formação de ácidos (exercício muscular – Lactato) então teremos diminuição da HCO3 e aumento do Ânion – GAP, o rim tenta compensar aumentando os níveis de bicarbonato; o É determinada por doenças que aumentam a excreção de substâncias alcalinas ou que formam ácidos; Cetoacidose diabética; Cetose dos ruminantes; Inibidores da anidrase carbônica; Insuficiência renal com perda da capacidade de reabsorver o sódio; Acidose láctica – Choque; Rabdomiólise (↑ ac. lático); Toxinas exógenas – Etileno glicol; Acidificantes urinários; Diarréia. o Ânion – GAP: KUSMALE K: cetoácido; U: uremia; S: salicilatos; M: metanol; AL: acido láctico; E: etileno glicol. o Sistema tampão. Aminoácidos associam H; Hemoglobina também associa H e diminui a afinidade pelo CO2 (o animal hiperventila); Os sistemas fosfato e bicarbonato atuam na excreção renal de H e reabsorção de Na (Neste caso pode usar bicarbonato); Ocorre o aumento da excreção de amônia. o Se a causa for insuficiência renal você perde a capacidade de compensação; o Em caso de acidose metabólica observar a necessidade de uma solução para reposição hídrica; Alcalose Metabólica É causada pela retirada de H e cloro da circulação no período pós prandial, o pH do sangue torna-se alcalino devido a perda de ácidos, então eu vou ter uma HCO3 aumentada, pulmão compensa hipoventilando aumentando PCO2 e assim tentando diminuir o pH; o É determinada por doenças que aumentam a eliminação de H e cloro; Vômito gástrico puro; Sobredose de bicarbonato de sódio (NAHCO3)2; Diminuição do LEC; Diminuição do potássio; Cirrose hepática. o Sistema tampão. Aminoácidos dissociam H; Hemoglobina eleva a afinidade pelo CO2; Os sistemas fosfato e bicarbonato atuam nas trocas de Na por H; Ocorre redução da excreção de amônia. o Tratamento Cloreto de sódio; Potássio. Alcalose Respiratória A hiperventilação determina alcalose respiratória, Ocorre uma redução do CO2 e consequentemente, a redução do H2CO3, Então eu vou ter uma PCO2 diminuida; o Determinada por certos fatores; Calor; Ansiedade; Medo; Dor; Lesões do SNC; Anemia pronunciada (acidose metabólica associada); Ventilação mecânica aumentada; o Sistema tampão. Aminoácidos dissociam H; Hemoglobina eleva a afinidade pelo CO2 (o animal hipoventila); Os sistemas fosfato e bicarbonato atuam nas trocas de Na por H; Ocorre redução da excreção de amônia. o Tratamento Não existe tratamento especifico, basta retirar a causa. Desordens Combinadas Acontece quando, doenças concomitantes ou mesmo decorrentes acarretam em desvios do pH. o Se um animal fizer diarréia e vômito, teremos uma acidose e alcalose metabólica. Isto é uma desordem combinada. o Na insuficiência renal associada a uremia e vômito, também são causas de desordens combinadas. Acidose e alcalose metabólica; o O processo primário determina o pH então neste caso o pH estará baixo. 1. Insuficiência renal e vômito (acidose e alcalose metabólica); 2. Calor intenso e vômito (alcalose respiratória e alcalose metabólica); 3. Pneumonia e anorexia (acidose respiratória e acidose metabólica); 4. Vômito e hiperventilação (alcalose metabólica e alcalose respiratória); 5. Nefrite, uremia e pneumonia (acidose metabólica, alcalose metabólica e acidose respiratória); 6. Diarréia e võmito (acidose e alcalose metabólicas). Gasometria o Pode trabalhar com sangue arterial, venoso ou misto, em pacientes críticos o ideal é o sangue misto; o Anticoagulante – heparina (o anticoagulante precisa ser biológico); o Sangue arterial é utilizada, o PO2 é um dado importante e emcasos extremos pode utilizar o sangue venoso, mas não é o ideal. o Ar na seringa nunca! E o material deve chegar rapidamente ao laboratório. o Coloca a seringa no aparelho para aferição. Interpretação o Qual o pH fisiológico do sangue? (7,4 – Mas existem variações entre espécies); o Primeira coisa que se olha é o pH; o Segundamente o PCO2 e é um parâmetro respiratório; o Depois olha-se o HCO3 e este é um parâmetro metabólico; pH aumentado – Alcalose PCO2 diminuida – Respirátoria HCO3 aumentada – Metabólica pH diminuído - Acidose PCO2 aumentada - Respirarória HCO3 diminuida - Metabólica Compensação: o Compensada quando o pH está normalizado em um caso de acidose respiratória com PCO2 aumentada, porém, o HCO3 também esta aumentado porque esta compensando; o Descompensada quando o pH está alterado em uma caso de acidose respiratória com PCO2 aumentada, o HCO3 esta normal ou reduzido mostrando que não a compensação; o Parcialmente compensada quando o pH está alterado em uma caso de acidose respiratória com PCO2 aumentada mas você percebe uma elevação no HCO3 indicando que ele está tentando compensar, mas ainda não conseguiu. o Ânion – GAP é um parâmetro metabólico em casos de acidose. URINÁLISE Introdução à Fisiologia Renal Processos básicos (Realizado pelos néfrons) o Filtração → Corresponde à passagem de líquidos e de algumas substâncias plasmáticas da arteríola para o espaço de bowman. Proteínas/células não atravessam; Membrana da capsula de bowman tem carga elétrica negativa, então, substâncias com cargas elétricas também negativas serão repelidas ou passaram lentamente; Forças de Starling → Phc (Pressão hidrostática capilar) – (Phb [Pressão hidrostática bowman] + Poc [Pressão oncótica capilar]), eu não tenho pressão oncótica da proteína porque a proteína não atravessa; o Reabsorção → Recaptação de substancias para que sejam reutilizados pelo organismo; 99% são reabsorvidos, 1% excretado; É feita por meios de canais específicos para cada substâncias ou íons e pode ser também por difusão e via paracelular; Reabsorção da glicose (túbulo contorcido proximal) e é feita juntamente com a reabsorção de sódio através do co- transportador SGLT, 100% da glicose é reabsorvida; Co-transportador → Canal que vai transportar simultaneamente duas substâncias; Em casos com aumento de glicose no sangue, você satura o co-transportador e pode haver a presença de glicose na urina (glicosúria); Difusão simples ou facilitada → Ocorre por substâncias mais lipossolúveis (gases – CO2); Via paracelular → Quando as substâncias passam entre uma célula e outra; o Secreção → Nem todas as substancias são filtradas, então no capilar peritubular posso ter uma secreção de substâncias por meio de transportadores; Transportador inespecífico para ânions inorgânicos (acido úrico); Transportador inespecífico para cátions (creatinina, catecolamina). o Excreção Urinária → Processo de eliminação do liquido formado para o meio externo; Néfron: Unidade funcional dos rins o O túbulo contorcido proximal → reabsorve aminoácidos e glicose (100%), H (90%) e água, Na, Cl, K (65%); o O restante percorre a alça de henle, tem duas porções (descendente e ascendente), também tenho reabsorção; o Na alça ascendente, tenho maior saída de sódio deixando o meio mais hipotônico, ou seja, menos concentrado; Reabsorve NaCl (25%) e é impermeável à água; o Na alça descendente, tenho maior saída de água deixando o meio mais hipertônico; Reabsorve água e é impermeável ao NaCl; o O restante que não for reabsorvido continua o trajeto pela alça de henle ascendente até chegar no túbulo contorcido distal; o Túbulo contorcido distal → Vai ter reabsorção também, principalmente H2O e sódio, através da ação do hormônio aldosterona; o O restante que não for reabsorvido vai ser conduzido para o túbulo coletor para ser excretado, lá no túbulo coletor eu ainda tenho reabsorção de água, que age através do hormônio ADH; Sistema Renina-Agiotensina-Aldosterona o Renina → É uma enzima que auxilia na conversão do angiotensinogênio em angiotensina; o Angiotensina → É um hormônio vasoconstrictor que age nos vasos sanguineos; o Aldosterona → é um hormônio que aumenta a reabsorção de sódio e excreção de potássio no túbulo contorcido distal; o ADH → hormônio antidiurético diminui o volume hídrico da urina, agindo na reabsorção de água no túbulo coletor; o Como funciona → É natural uma queda da pressão arterial e quem reage a isso são os rins, o angiotensinogênio fica inativado no fígado e é ativada pela renina secretada pelos rins através do aparelho justa glomerular que é muito sensível ao sódio, e quando cai a PA na arteríola aferente vai ter menos quantidade de sódio, sendo assim, a renina age no angiotensinogênio quebrando ele em angiotensina 1 que vai chegar aos pulmões via circulação onde será quebrado em angiotensina 2 pela Enzima conversora de angiotensina e assim começando o processo de vasoconstrição, evitando que mais sangue seja filtrado, para evitar uma maior produção de urina. Avaliação do Sistema Urinário Urinálise Dosagens Bioquímicas (Na urina e no soro); Urinálise (Indicações) o Sempre quando for investigar o rim, em casos de doenças do trato urinário e doenças não urinárias (diabetes mellitus, diabetes insipidus, insuficiência hepática, doença hemolítica severa e acidose); o Detectar doenças assintomáticas; o Monitorar o comportamento das doenças; Avaliação da urinálise o Avaliar se apresenta valores normais ou anormais; Por isso, deve-se ter conhecimento da fisiologia renal; Influência (dieta, métodos de preservação, agentes terapêuticos antes da colheita e métodos de colheita). Obtenção da amostra o Micção espontânea Vantagens: fácil, prático e barato; Desvantagens: tende a ter uma celularidade maior na amostra, principalmente quando não se despreza o primeiro jato – mais células epiteliais, hemácia, leucócitos. o Sonda Uretral Vantagens: coleta diretamente da bexiga → urina mais limpa, com menos celularidade; Desvantagens: se não for bem feita podem ser encontradas hemácias, células, que não se sabe se são pelo trauma ou de alguma patologia. o Cistocentese Vantagens – exclui problemas de uretra, de trato urinário; problema diretamente na bexiga ou rim; Desvantagens – se não existe ultrassom, tem que ser experiente para encontrar a bexiga, etc. Custo elevado. Etapas do exame de urina 1. Exame qualitativo (físico) a. Cor; b. Odor; c. Aspecto; d. Volume; e. Densidade. 2. Exame semiquantitativo (químico) a. Proteína; b. Glicose; c. pH; d. Sangue oculto; e. Cetonas; f. Bilirrubinas/urobilinogênio. 3. Exame quantitativo (sedimento) Exame Físico o Densidade Mede a capacidade de resposta renal, se ele está funcionando; É um índice de reabsorção tubular → Comparamos com a densidade da água (1000) a urina não é agua pura, logo deverá ser maior que a da água; Terminologia Hiperestenúria → ↑ densidade, ↑ escura, ↑ [ ], indica funcionamento do rim, comum em casos de desidratação, problema fora do rim; Hipoestenúria → ↓ densidade, clarinha e ↓ [ ], não é fisiológica, esta saindo urina sem filtrar e concentrar. Isostenúria (1008-1012) → densidade igual a do plasma, indica insuficiência glomerular em reabsorver água; O estado “normal” é variável e dependente; Deve-se verificar o histórico; Balanço hidríco e consumo de água Máximo Adequado Questionável 1060-1080 ≥ 1030 < 1030 Anormal o Deve-se olhar o histórico, pode indicar insuficiência ou doença renal; o Volume Normal → 1-2 mL/kg/h Aumentado = Poliúria a. Fisiológica; b. Farmacológica (sal – sede, administraçãode fluidos, diuréticos, glicocorticoides); c. Patológico (deficiência de ADH, Insuficiência Renal) Diminuído = Oligúria a. Fisiológico b. Patológico de origem renal (vasoconstricção renal grave, diminuição permeabilidade glomerular, obstrução tubular); c. Patológico de origem pós-renal (oclusão do lúmem ureteral ou uretral e Ruptura de bexiga). Ausente = Anúria →Não produz urina. Renal; o Iscúria → Não eliminação de urina (Obstrução pós-renal). o Polaquiúria → Aumento da frequência da micção. o Cor Normal (amarelo) Sua tonalidade dependera do tempo de armazenamento; Anormal Vermelho a preto (Hematuria, hemoglobina e mioglobina); Amarelo escuro a verde (bilirrubina). o Aspecto Normal (Limpido) Anormal (Turva) → levemente, moderadamente ou extremamente turva; Presença de elemento celular → cristais, hemácias, gordura, etc. Cavalo tem mais muco e oxalato de cálcio; o Odor Normal → “sui generis”; Anormal → amoniacal (uréia → amônia), pútrido (degradação de proteínas) e adocicado (corpos cetônicos). Exama químico o Proteína (proteinúria) Origem pré-renal → Não sofreu reabsorção, o problema não é no néfrons, pode ser excesso de plasma; a. Proteinúria funcional (fisiológica) → Stress, exercícios, febre, exposição a temperaturas extremas; b. Proteinúria por sobrecarga tubular → Hemoglobina, mioglobina, hiperproteinemia (doenças, administração de plasma); Origem renal → Problema no glomérulo a. Doenças glomerulares (glomerulonefrite, amiloidose); o Proteinúria persistente**; Origem pós-renal → Proteína foi acrescentada após a urina ser produzida a. Acrescentado a urina após a passagem pelo rim; o Inflamação; o Neoplasia; o Trauma → Avaliar sedimento (leucocitúria e ou eritrocitúria). o Glicose (Glicosúria) Excesso de glicose no sangue; Problemas na reabsorção; a. Glicosúria fisiológica → Stress (gato/ hiperglicêmica), consumo (humanos); b. Glicosúria farmacológica → Soluções parenterais (hiperglicêmicos), adrenalina e morfina; c. Glicosúria patológica o Hiperglicêmicas → Filtra, mas o problema é que a concentração de glicose é tão alta que ultrapassa a capacidade de filtração, fazendo com que haja glicosúria. Diabetes melittus; Pancreatites; Hiperadrenocorticismo. o Normoglicêmicas → Há problema na reabsorção tubular, a glicose sérica estará normal. Glicosúria renal primária; Síndrome de Falconi; Falência renal com lesão tubular. o Sangue (hemoglobina, mioglobina, eritrócito). Hemoglobinúria → Presença de hemoglobina na urina, detectada a partir do hemograma, causa proteinúria de origem pré-renal; a. Hemólise; Mioglobinúria → Presença de mioglobina na urina, detectada pelo hemograma quando este não mostra hemólise, causa proteinúria de origem pré-renal; a. Rabdomiólise; b. injúria com necrose. Hematúria → Presença de hemácias (eritrócitos) na urina derivada de uma hemorragia do trato urinário (pós-renal) diferencia pela presença de eritrócitos no sedimento; a. Defeitos de coagulação; b. Trauma; c. Neoplasia o pH → Usado com índice do equilíbrio ácido-base do corpo. Normal; Carnívoros = 5,5 – 7,0; Herbívoro = 7,5 – 8,5; Urina ácida Acidose metabólica ou respiratória; Insuficiência da funcional dos néfrons; Febre; Diarreia severa; Urina alcalina; Bactérias produtoras de uréase; Vômito; Alcalose respiratória ou metabólica. o Cetonas Excessivo catabolismo de lipídios. Incapacidade de usar carboidratos viáveis; o Diabetes mellitus; Inadequado consumo de carboidratos; Estarvação; Exercícios intensos; Dietas inadequadas; Perda de carboidratos; Desordem tubular renal; Desordens digestivas. o Bilirrubina/urobilinogênio → Indicador inicial de ocorrência de desordens com potencial para produzir icterícia; Fisiologia Normal; Quantidade normal na urina; Icterícia Hemograma/urinálise/cor fezes. Exame do sedimento o Cilindros → Se originam apenas nos túbulos renais, grande indicador de proteinúria de origem renal. Normal (0-2 pc) Urina moderadamente concentrada; Tipos Cilindros Eritrocitários e Leucocitários → O primeiro indica hemorragia renal e o segundo inflamação renal, ocorrem simultaneamente; Cilindros tubulares → cilindros de células epiteliais granulares e gordurosos indicam degeneração de túbulo renal, surgem após desprendimento de células lesionados no revestimento do lúmen tubular. o Eritrócitos (Hematuria) Método de colheita < 5/cga Interpretação Presença de hemácias (eritrócitos) na urina derivada de uma hemorragia do trato urinário (pós-renal) e diferencia pela presença de eritrócitos no sedimento. o Leucócitos Método de colheita < 5/cga Artefatos Tempo de processamento; Urina alcalina (lise das células); Interpretação O aumento da quantidade de leucócitos na urina indica hemorragia ou inflamação no trato urogenital, sem indicar o local da lesão, porém sabemos que é de origem pós- renal. o Bactérias Método de colheita Nenhum Artefatos Tempo de processamento; Antibioticoterapia; Interpretação O aumento da quantidade de bactérias indica um quadro infeccioso de origem pós-renal; o Células de descamação Normal Nenhum (até 2-3 pc); Patológico Indica que as células epiteliais do rim estão sofrendo um processo de descamação, provável causa inflamatória e ou infecciosa; o Cristais In vitro”*** Tempo para processamento; Temperatura de estoque; Evaporação da água da amostra; pH urinário; Bactérias contaminantes; “in vivo” AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA: RENAL Conceitos Taxa de Filtração glomerular (TFG) É a velocidade que um fluido se move do plasma para o filtrado glomerular; Velocidade que uma substância é depurada, expressa em ml/Kg/min; Marcadores séricos refletem a TFG. Filtração Glomerular (FG) Depende do fluxo plasmático renal; Varia de acordo com o fluxo sanguíneo renal Fluxo Sanguíneo Renal Depende do volume plasmático, do débito cardíaco, do Nº de glomérulos funcionais, da vasoconstrição/dilatação das arteríolas aferentes e eferentes, da pressão hidrostática da capsula de Bowman (obstrução uretral muito longa); Depende então do que acontece antes, no e depois do glomérulo. Principais Marcadores de Disfunção da Filtração Glomerular Por que mensurar essas substâncias marcadoras? o Na urina indica lesão; o No soro indica problemas funcionais. Dosagens séricas; o Uréia (esta em desuso porque é menos sensível); o Creatinina (+ sensível e + especifica). Nomenclatura; o Azotemia → É o aumento de compostos nitrogenados não proteicos no sangue que são rotineiramente detectados como [UN] e/ou [Crt] séricas aumentadas; ↑ [Crt] + [UN] → Azotemia; ↑ [UN] → Pode não ser Azotemia; ↑ [Crt] → Azotemia o Uremia → É classicamente considerada como significado de “constituintes urinários no sangue”, mas hoje em dia tipicamente se refere aos sinais clínicos que refletem falência renal (como vômito, diarreia, coma, convulsões e odor amoniacal da respiração). Por que foram escolhidos esses marcadores? Ciclo da uréia; o Carnívoros têm como base alimentar as carnes que são fontes de proteínas; o Os hepatócitos do fígado pegam os aminoácidos absorvidos em excesso pelo intestino e o convertem em amônia (NH4 + ) e posteriormente em ureia para ser excretada; o Cerca de 75% são excretadas pelos rins; o Os 25 % restantes vão para o colón onde são degradados pelas ureases participando da dieta das bactérias entéricas e são convertidas novamente em amônia, que ganha a circulação sendo novamente absorvida pelo fígado e uma parte é excretada pelasfezes; o Então temos 3 sistemas envolvidos (rim, fígado e intestino), por isso a uréia é pouco especifica; o Nos ruminantes os aminoácidos da ureia são convertidos em amônia pelas bactérias ruminais, entrando no ciclo igualmente; Ciclo da creatinina; o Fonte muscular; o É o produto de degradação da creatina → ATP + Creatinina; o Após ganhar a circulação ela é passa livremente pela barreira de filtração glomerular onde é excretada pelos rins diretamente; o 98% clearence; Classificação das Azotemias → ↓ TFG/ ↑ [Crt] ou [Crt] + [UN] Sem Azotemia; o Bioquímica sérica estará normal; o Urina → volume e densidade estão normais; Azotemia pré-renal → A causa iniciadora de excreção anormal de ureia ou creatinina envolve fluxo sanguíneo renal reduzido; o Distúrbios: Hipovolemia: desidratação, choque, perda sanguínea, debito cardíaco reduzido, insuficiência cardíaca, hipoadrenocorticismo; Choque: (hipovolêmico, cardiogênico, anafilático, séptico e neurogênico). o Patogenia: Aparelho justaglomerular → Qualquer processo que reduza o fluxo plasmático renal diminuirá a TFG e, portanto, diminuirá a depuração de ureia e creatinina. Os receptores de volume (distensão) no aparelho justaglomerular da arteríola aferente “sentem” o fluxo sanguíneo reduzido e disparam o sistema renina-angiotensina. A angiotensina II realiza a constrição das arteríolas glomerulares aferentes e eferentes, o que reduz adicionalmente a perfusão glomerular e, portanto, o TFG. Hipovolemia → Aumenta a reabsorção de Na+ e H2O nos túbulos proximais, o que por sua vez promove reabsorção tubular proximal passiva de ureia (mas não de Crt) porque a menor velocidade do fluxo confere mais tempo para reabsorção e a hipovolemia também dispara a liberação de ADH, que aumenta a reabsorção de ureia pelos túbulos coletores medulares. A azotemia que ocorre associada a uma nefropatia com perda de proteína e hipoalbuminemia acentuada podem ser de origem pré- renal e estar relacionada com TFG diminuída causada por hipovolemia secundaria a pressão coloidosmótica reduzida. o Resultados: [UN] e [Crt] → Elevados; Densidade → Elevada; Hemograma → Eritrocitose relativa (desidratação). Azotemia pós-renal → A causa iniciadora de excreção defeituosa de ureia ou creatinina é distal aos néfrons. o Distúrbios: Obstrução do trato urinário: urolitíase, tampões uretrais em gatos, neoplasia, doença prostática; Extravasamento de urina a partir do trato urinário: traumatismo, neoplasia. o Patogenia: Obstrução do trato urinário provoca liberação de substâncias vasoativas (prostaglandinas e angiotensina) que realizam constrição das arteríolas glomerulares, reduzindo, assim, o FPR e diminuindo o TFG, a redução do TFG compromete a depuração de ureia e Crt, além disso, causa aumento transitório na pressão hidrostática intracapsular que contribui na diminuição do TFG, diminuindo a produção de ultrafiltrado. Se houver extravasamento para a cavidade peritoneal, ureia e Crt entram no plasma após absorção passiva através do epitélio peritoneal, em casos de extravasamento para o tecido circundante do trato urinário, ureia e Crt difundem-se do fluido extravascular para o fluido intravascular e causam azotemia. o Resultados: [UN] e [Crt] → Elevados; Urinálise → Cristolúria, leucocitúria; Densidade → Elevada (desidratação); Hemograma → Leucocitose por Neutrofilia com Desvio à esquerda (inflamação). Azotemia Renal → A causa iniciadora é qualquer doença renal que provoca uma redução importante na TFG. Qualquer das seguintes pode contribuir: perda de néfrons, patência vascular reduzida dentro do rim, permeabilidade glomerular diminuída, pressão intersticial renal aumentada ou pressão intratubular aumentada. o Distúrbios: Inflamatórias: glomerulonefrite, pielonefrite, nefrite tubular- intersticial; Amiloidose; Nefroses tóxicas: hipercalemia, etilenoglicol, mioglobina, gentamicina; Hipoplasia ou aplasia congênita; Hidronefrose; Neoplasia renal ou metastática. o Patogenia: Doença renal (aguda ou crônica) que causa perda de no mínimo 65-75% da capacidade funcional dos néfrons reduz a TFG suficientemente para produzir azotemia. A TFG reduzida provoca excreção renal inadequada de ureia e Crt do plasma (sem compensação suficiente pelos processos intestinais) e, portanto, aumento da [UN] e [Crt] séricas. o Resultados: [UN] e [Crt] → Elevados; Urinálise → Isostenúria no agudo e no crônico; Densidade → Diminuída; Hemograma → Anemia normocítica e normocrômica arregenerativa no crônico, no agudo não tem tempo de aparecer. Problemas com os marcadores Demora na detecção; Demora na aplicação da terapêutica; Confusão de nomenclatura. * TFG ok não significa que não há comprometimento do rim → UP/C. * Estágio avançado DRC Creatinina 7,8 = TFG ↓; Densidade 1008 = Dificuldade de reabsorção de H2O; UP/C ↓ = sem proteinúria. o Devido à perda dos néfrons proteína não passa para urina; o Doentes renais crônicos graves não fazem hipoalbuminemia. Razão Proteína/Creatinina (UP/C) A relação de proteína/creatinina (UP/C) na urina é um teste indicado para avaliação de lesão aos glomérulos quando ainda não há evidências clínicas ou até mesmo laboratoriais de patologia no sistema urinário. Infelizmente, a creatinina e a uréia somente se eleva quando 75% ou mais dos néfrons foram lesados, enquanto a UP/C aumenta a partir de 25% de comprometimento ao tecido renal. Portanto, este teste pode ser utilizado como indicativo de lesão aos rins em casos iniciais, o que melhora o prognóstico do paciente. Determina quanto de proteína tem na urina; Evidencia a passagem de proteína pelo glomérulo; Para certificar que a origem da proteína é renal; Marcador mais precoce de lesão renal (glomerular); Razão porque a taxa de excreção creatinina é constante. Marcador da progressão das doenças renais (até mesmo antes da alteração do TFG [só ocorre após o envolvimento de + de 75% do parênquima renal]). Não faz parte da Urinálise (teste separado); Em urinas com sedimento ativo não deve considerar ou fazer UP/C porque altera o resultado (excreção > 2,0), refazer após controle do sedimento, quando UP/C < 2,0; Estadiamento (DRC) → Se existe doença renal e em que grau esta (IRIS) → guideline para tratamentos. Estadiamento e subestadiamento da DRC (IRIS) Creatinina sérica + Urinálise + UP/C + PA (Não é feito na veterinária) Estagio Creatinina 1 (100% dos néfrons ok) < 1,4 2 (33% dos néfrons ok) 1,4 a 2,0 3 (25% dos néfrons ok) 2,1 a 5,0 4 (<10% dos néfrons ok) ≥ 5,0 DRC em estagio 1 não tem cura; Inicia algoritmo pela creatinina sérica/histórico e sinais clínicos; Posso identificar grau da DRC e impedir a progressão, porém não regride; Tratamentos de acordo com o Estadiamento; Útil para determinar o prognóstico. Parâmetros avaliados O que mais pode ser feito para avaliar o rim? Fósforo o Hiperfosfatemia só ocorre com grande perda de néfrons; o Rim excreção de P → perda da capacidade → desregula P e Ca → hiperfosfatemia e hipercalcemia → ↑ (PTH). o ↓ Calcitriol → feedback – do paratormônio → ↑ PTH; Potássio o Metabolismo no TCD por ação da aldosterona (excreção de K e reabsorção de Na); o Diminui a massa renal → hipercalemia (↑K); o Mais importante na injuria renal aguda. AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA: INJÚRIA HEPÁTICA O fígado é nutrido pela artéria hepática + veia porta (drenagem do intestino, baço, parte do pâncreas → sensibilidade). Os hepatócitos estão associados aos canalículos biliares (ducto biliar) e aos capilares sinusóides (veia central → circulação). Função do Fígado Metabolização dos nutrientes digeridos (gorduras, proteínas e carboidratos); Produçãode glicogênio (glicogenólise); Produção dos fatores de coagulação e fibrinogênio; Produção de vitaminas (A e B12); Desintoxicação ou metabolização de matérias tóxicos; Metabolismo do Ferro; Produção de bile; O fígado tem uma capacidade de regeneração muito grande, então precisa estar em um nível muito grande de degeneração para encontrar distúrbios nas avaliações associado a biopsia e diagnóstico por imagem. 3 grupos de avaliadores do fígado Marcadores de injúria hepática (ALT, AST, FA e GGT); Teste de função de síntese (Albumina, Glicose, Uréia e Colesterol); Teste de metabolismo (bilirrubinas). Indicações Doenças hepáticas primárias (Infecciosa, viral...); Diagnóstico diferencial das icterícias; “Check-up” pré-anestésico; “Check-up” em pacientes geriátricos; Toxicidade e drogas; Etc... Conceitos Importantes Doença hepatocelular (Estado patológico) o Enfermidades que levam a lesão do hepatócito; o Doenças autoimunes, metabólicas, inflamatórias e tóxicas (preciso de diferentes exames para identificar); Doença biliar o Diz-me que o problema esta nos ductos biliares; o Sejam elas por obstrução, causas inflamatórias, neoplásicas e tóxicas. Doença hepatobiliar (Estado patológico) o Alterações dos marcadores hepatocelular e biliar, ou seja, tenho envolvimento dos dois. Insuficiência hepática o Perda funcional de 70-80% dos hepatócitos, ou seja, substituição de mais de 70% dos hepatócitos por tecido fibroso (perda de função); Distúrbios que destroem os hepatócitos; Desvio portosistêmico (atrofia). 1º Avaliador - Marcadores de injúria hepática (Atividade Enzimática) As enzimas do metabolismo do hepatócito estão dentro do mesmo na quantidade ideal e qualquer lesão pode haver o extravasamento dessas enzimas, caindo nos capilares sinusóides e chegando à circulação. 1º Mecanismo – Enzimas de “vazamento”, ALT (TGP) e AST (TGO); Quando eu doso essas enzimas no sangue, altos níveis indicam lesão do hepatócito, porque elas deveriam estar dentro dele e não na circulação. o Alanina-Transaminase (ALT/TGP) Aumento devido à lesão de hepatócitos → ↑ALT = Lesão hepatocelular; Doença hepatocelular seja ela reversível ou não reversível, pode gerar aumento ou diminuição do ALT; Tenho uma baixa nos níveis em doenças crônicas, por exemplo, pacientes com cirrose não tem ALT elevado, porque os hepatócitos foram substituídos por tecido fibroso ou neoplásico; Declínio nos níveis de ALT durante o acompanhamento pode indicar melhora (recuperação) ou piora (substituição de hepatócitos por tecido fibroso); Mais específicos em cães e gatos. o Aspartato-Transaminase (AST/TGO) Aumento devido à lesão de hepatócitos → Pode levar a aumento da AST quando associada a aumento de ALT; Doença hepatocelular seja ela reversível ou não reversível, pode gerar aumento ou diminuição do AST; Tenho uma baixa nos níveis em doenças crônicas; Cuidado em casos de lesão muscular; Hemólise (in vitro) ou remoção tardia pode levar a aumento do AST; Maior especificidade em equinos e bovinos. Exemplos: Cães e Gatos ALT ↑ e AST ↑ → Doença hepatocelular; ALT normal e AST ↑ → Podem ser lesão muscular ou hepatocelular; Equinos e Bovinos AST ↑ e ALT ↑ → Doença hepatocelular; AST normal e ALT ↑ → Podem ser lesão muscular ou hepatocelular (Diferencial: aumento da enzima CK – enzima muscular). 2º Mecanismo – Enzimas de indução, FA e GGT; Estão fisiologicamente colocadas na borda dos hepatócitos associados aos canalículos biliares. São marcadores de doenças biliares. Colestase → Estase nos canalículos induz o aumento dessas enzimas. o Fosfatase Alcalina (FA) Aumento devido à doença biliar – Colestase Pode ser intra-hepática, quando induzida por drogas ou hormônios (fenobarbital/glicorticóides) ou pós-hepática, quando induzida por atividade osteoblástica aumentada (lesão óssea, osteossarcoma, fraturas, crescimento), levando então a aumento de FA. FA para Colestase ≠ entre espécies Cães – Sensibilidade alta; o Aumenta antes da icterícia; Gatos – Sensibilidade inadequada; o Icterícia aparece antes; Equinos – Sensibilidade inadequada; o Icterícia aparece antes; Bovinos – Sensibilidade moderada o Gama Glutamiltransferase (GGT) Aumento devido à doença biliar – Colestase Pode ser intra-hepática, quando induzida por drogas ou hormônios (fenobarbital/corticóides) ou pós-hepática, levando então a aumento de GGT. GGT para Colestase ≠ entre espécies Cães – Menor sensibilidade que a FA; Gatos – Maior sensibilidade que a FA; Equinos – Maior sensibilidade que a FA; Bovinos – Melhor sensibilidade que a FA; o Presente na glândula mamaria; o Ingestão de colostro aumenta até 20x. Exemplos: Cães ALT ↑ e FA ↑ → Doença hepatobiliar; ALT normal e FA ↑ → Doença biliar (difícil de ocorrer) Gatos ALT ↑, AST normal ou (↑), FA normal e GGT ↑ → Suspeito de doença hepatobiliar. ALT normal, AST normal, FA aumentado e GGT normal ou (↑) → Doença biliar causada por corticoide. Equinos ALT normal, AST ↑, CK normal, FA normal e GGT ↑ → Suspeito de doença hepatobiliar. 2º Avaliador – Teste de função de síntese (Capacidade de Síntese) Avaliar a função de síntese de substâncias pelo fígado. Albumina o 98% produzida no fígado; o Hipoalbuminemia → Fígado com problema de síntese; o Temos que diferenciar, pois, a falta de albumina pode ser por conta de problemas hepáticos (síntese), hemorragia (perda) e proteinúria (absorção ou retenção). Glicose o Hipoglicemia → Problema na síntese de glicose. o Diferencial → Jejum, acidose, lesão tubular renal. Uréia o Redução nos níveis de ureia pode ser um indicativo de doença hepática (Insuficiência); o Consequentemente teremos aumento nos níveis de amônia, uma vez que o fígado não consegue metabolizar a amônia em ureia para ser excretada; Colesterol o Montado no fígado e excretado pelos canalículos biliares; o Hipercolesterolemia → Doença biliar (Colestase); o Hipocolesterolemia → Insuficiência hepática. Fatores de coagulação o TTPa → Em casos de insuficiência hepática, o tempo de tromboplastina parcial ativada estará ↑; o TP → Em casos de insuficiência hepática, o tempo de protrombina estará ↑; o Fibrinogênio → Em casos de insuficiência hepática, a produção de fibrinogênio estará ↓; Exemplos: Caso de Insuficiência Hepática ALT normal ou (↓), AST normal ou (↓), FA normal ou (↓), GGT normal ou (↓), Albumina ↓, Glicose ↓, Ureia ↓, Colesterol ↓; TTPa ↑, TP ↑ e fibrinogênio ↓. Caso de doença renal crônica Ureia ↑ Caso de doença hepatobiliar ALT ↑, AST normal ou (↑), FA ↑, GGT normal ou (↑), albumina normal, glicose normal, ureia normal, colesterol ↑; 3º Avaliador – Testes de metabolismo (Transporte Hepático) No estado hígido, a destruição de eritrócitos é seguida pela degradação do grupo heme da hemoglobina em partículas de ferro e de bilirrubina indireta que é associada à albumina, a bilirrubina + albumina chega no fígado onde ela é degrada para formação da bilirrubina direta sendo então transportada dos hepatócitos através dos canalículos biliares e chega na vesícula biliar, onde através da bile é levada ate o intestino onde é degradada em urobilinogênio. O urobilinogênio pode ser absorvido de forma passiva pelo intestino ganhando a circulação sendo reciclado no fígado em forma de bilirrubina direta e seguindo o ciclo normal (bile) ou excretado pelos rins em forma de urina através da filtração glomerular. O urobilinogênio também pode ser quebrado em estercobilinogênio no intestino e é excretado juntamente com as fezes. Pré Hepática ou hemolítica → Destruição de hemácias o Hemograma (anemia hemolítica) Diminuição
Compartilhar