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Introdução Ciência: o objeto de estudo são as matérias de origem vegetal. Botânica: identificação de plantas. Fármaco: plantas com potencial medicinal, empregados na produção de medicamentos. Farmacobotânica Farmacobotânica Objetivos Identificação macro e microscópica Toxicologia Preparo Medicamentos/cosméticos Coleções (padrões) Estudo químico Controle de qualidade Farmacobotânica Definições: Planta medicinal: espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com fins terapêuticos. Droga vegetal: planta medicinal ou suas partes, que contenham as substâncias, que causam a ação terapêutica, após processos de coleta, estabilização, quando aplicável, e secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. Derivado vegetal: produto da extração da planta medicinal in natura ou da droga vegetal, podendo ocorrer na forma de extrato, tintura, alcoolatura, óleo fixo e volátil, cera, exsudato e outros. Fitoterápico: produto obtido de planta medicinal, ou de seus derivados, exceto substâncias isoladas, com finalidade profilática, curativa ou paliativa. Princípio ativo natural (PAN): é a substância química isolada, com estrutura química bem definida, com ação farmacológica comprovada. • Biodiversidade vegetal mundial: 350 - 550 mil espécies; Biodiversidade vegetal brasileira: contribui com cerca de 120 mil espécies; 2 mil espécies (Brasil) = são empregadas na medicina popular, mas apenas 10% destas foram estudadas do ponto de vista químico- farmacológico; Embora o número de estudos na área tenha aumentado, estima-se que 15 a 17% de todas as plantas do mundo foram avaliadas quanto ao seu potencial medicinal; Acredita-se que entre as 250 mil espécies de vegetais superiores, menos de 1% tenham sido estudadas farmacologicamente; Estima-se que 80% da população brasileira encontram nos produtos de origem natural, especialmente nas plantas medicinais, a única fonte terapêutica; Biodiversidade Faturamento de produtos farmacêuticos Valor em bilhões de US$/ ano Derivados de plantas bilhões de US$/ ano Mundo 320 20 Brasil 8 2 Fonte: Simões 2002 (Robbers, 1996; Garcia et al, 1996) QUINA CINCHONA FAMÍLIA DAS RUBIÁCEAS A QUINA FOI O PRIMEIRO MEDICAMENTO EFICAZ PARA A CURA DA MALÁRIA. EM 1820, OS FRANCESES ISOLARAM A QUININA, O PRINCIPAL COMPONENTE DA QUINA, RESPONSÁVEL PELA ATIVIDADE ANTIMALÁRICA. QUININA CLOROQUINA CATHARANTHUS ROSEUS VINCA, MARIA-SEM-VERGONHA US$ 160 milhões /ano Etapas para identificação Identificação correta (nomenclatura) Herbário e exscicata Xilotecas Identificação macro e microscópica Cortes histológicos Corantes Reconhecimento de estruturas Comparação com farmacopéias Exsicata O acervo científico é composto por exsicatas que são exemplares botânicos desidratados, costurados em cartolina de tamanho padrão Todas as exsicatas são organizadas em pastas de acordo com a ordem alfabética do nome da família e do gênero. Identificação microscópica Fig. Epiderme Fig. Feixe vascular, colêquima e esclerênquima PRINCÍPIOS DE SISTEMÁTICA POR QUE CLASSIFICAR AS PLANTAS? - O UNIVERSO DE ESPÉCIES VEGETAIS É IMENSO. É IMPRESCINDÍVEL A DIVISÃO DO CONJUNTO EM SUB- CONJUNTOS SUCESSIVAMENTE MENOS INCLUSIVOS PARA O ENTENDIMENTO DO TODO E DAS PARTES QUE O COMPÕEM. ISSO É NECESSÁRIO PARA O APROVEITAMENTO DOS RECURSOS VEGETAIS DE MODO RACIONAL E EFICIENTE, PROVOCANDO O MÍNIMO DE PREJUÍZOS À MANUTENÇÃO DA DIVERSIDADE DE PLANTAS E DE SUAS COMUNIDADES. NOMENCLATURA BOTÂNICA O TAXONOMISTA TEM LIBERDADE AMPLA PARA CRIAR NOMES DE GÊNEROS E DE ESPÉCIES DE PLANTAS CRITÉRIOS COMUMENTE ADOTADOS: 1. CARACTERES MORFOLÓGICOS EVIDENTES NA PLANTA Magnolia grandiflora: grandiflora = flores grandes Magnolia grandiflora Digitalis purpurea: Digitalis – referência à semelhança das flores a dedais; purpurea – coloração das flores REFERÊNCIA AO LOCAL DE ONDE A ESPÉCIE É NATIVA Victoria amazonica VITÓRIA-REGIA AMAZONICA - referência à região de ocorrência da espécie VICTORIA - homenagem à rainha da Inglaterra NORMAS DE NOMENCLATURA BOTÂNICA INSTRUMENTO NORMATIVO – CÓDIGO INTERNACIONAL DE NOMENCLATURA BOTÂNICA ALGUMAS NORMAS: A CADA NÍVEL HIERÁRQUICO, CORRESPONDE UMA DESINÊNCIA DIVISÃO MAGNOLIOPHYTA CLASSE MAGNOLIOPSIDA SUB-CLASSE ROSIDAE ORDEM FABALES (LEGUMINOSAS) FAMÍLIA CAESALPINIACEAE TRIBO CAESALPINIEAE GÊNERO Ceasalpinia ESPÉCIE Caesalpinia echinata Lam. Os nomes GENÉRICO E ESPECÍFICO devem ser DESTACADOS do texto (SUBLINHADOS ou FONTE DISTINTA DO RESTANTE DO TEXTO) “O teor de cafeína das sementes de Paullinia cupana analisadas ...” “Teor de cafeína de sementes de Paullinia cupana analisadas . . .” “O teor de cafeína das sementes de Paullinia cupana analisadas ...” NOMES CORRESPONDENTES A CATEGORIAS SUPRA- GENÉRICAS (TRIBO, FAMÍLIA, ETC.) NÃO PRECISAM SER DESTACADOS “São comuns representantes de Poaceae, Asteraceae e Myrtaceae nos cerrados” - UM NOME CIENTÍFICO É ACOMPANHADO DO NOME DO AUTOR DA COMBINAÇÃO BINOMINAL Caesalpinia echinata Lam. “Lam.” refere-se a Lamarck, que criou e publicou o binômio, ao descrever pela primeira vez o pau-brasil EM ALGUNS CASOS, HÁ DOIS NOMES DE AUTORES, ASSOCIADOS AO NOME DA ESPÉCIE 1o Exemplo - Conchocarpus guyanensis (Pulle) Kallunki & Pirani Em 1912, Pulle publicou o binômio Almeidea guyanensis, relativo a pequena árvore da família Rutaceae, que ocorre na Amazônia. Em 1998, Kallunki e Pirani analisaram indivíduos da mesma espécie e concluíram que ela estava mal posicionada em Almeidea, transferiando-a para Conchocarpus. O nome do primeiro autor acompanha sempre o binômio científico, por isso ele aparece entre parênteses. Os nomes dos autores que fizeram a recombinação aparecem em seguida, fora dos parênteses. Almeidea guyanensis Pulle
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