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1 EXCELENTÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DA 12ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPO GRANDE – MS. Autos nº 0819152-32.2016.8.12.000 GT COMERCIAL DE ALIMENTOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, CNPJ 10.235.154/0002-05, localizado na Rua Vaz de Caminha nº 1414, Jardim Noroeste em Campo Grande/MS, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por conduto de seus advogados, apresentar sua CONTESTAÇÃO em face da ação movida por MISAEL ALVES GOMES, menor impúbere, neste ato representado por seus pais MARILIA NOELY ALVES DA COSTA, brasileira, autônoma, portadora do RG 934040 SSP/MS e do CPF 837.067.801-78, e MARCIVAL FERREIRA DA SILVA, brasileiro, casado, limpador de vidros, portador do RG 372244889 e do CPF: 279.322.968-70, ambos residentes e domiciliados na Rua Barbacena nº 1754, quadra 230, lote 14, Bairro Jardim Noroeste em Campo Grande/MS. ht tp s: //e sa j.t jm s. ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 91 52 -3 2. 20 16 .8 .1 2. 00 01 e o c ód ig o 19 99 F 22 . nú m er o W C G R 16 08 29 63 95 4 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is p or W ill ia m M ár ci o T of fo li Jú ni or , e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 36 . P ar a ac es sa r os a ut os p ro ce ss ua is , a ce ss e o si te E st e do cu m en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or S U S A N E L O U IS E F E R N A N D E S P R A D O e T rib un al d e Ju st ic a do M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 15 , s ob o fls. 48 2 DAS ALEGAÇÕES DO AUTOR O autor ajuizou ação judicial em desfavor do contestante aduzindo que a pedido de sua mão compareceu ao Mercado Santo Antônio para adquirir 01 leite de saquinho buriti no valor de R$ 2,20(dois reais e vinte centavos), as 17h08min horas do dia 03/05/2016. Segue alegando que após ter efetuado o pagamento no caixa com a operadora Josiane Coelho, estava saindo quando percebeu que deixou de pegar 01 pacote de farinha de trigo DALLAS, no valor R$ 2,49(dois reais e quarenta e nove centavos), que também havia pago. Que neste momento deixou a sacola com o leite no mesmo caixa e foi buscar o trigo e retornou no mesmo caixa, saindo dali com os 02 produtos pagos. Narrou que ao cruzar a porta de saída “disparou o sistema de alarme” e que nesta ocasião foi chamado por um segurança da firma MEGA SEGURANÇA e que o mesmo o ordenou que levantasse a camisa e colocasse os bolsos da calça pra fora, sendo que nada foi encontrado, tendo assim sido liberado pelo segurança logo em seguida. Menciona que havia algumas pessoas no mercado no ato do ocorrido e que se sentiu intimidado por ter sido acusado de algo que não fez e que ao chegar em sua casa contou para os pais o ocorrido, sendo que a sua mãe foi ao mercado para tomar satisfação quando o gerente somente pediu desculpas pelo ocorrido. ht tp s: //e sa j.t jm s. ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 91 52 -3 2. 20 16 .8 .1 2. 00 01 e o c ód ig o 19 99 F 22 . nú m er o W C G R 16 08 29 63 95 4 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is p or W ill ia m M ár ci o T of fo li Jú ni or , e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 36 . P ar a ac es sa r os a ut os p ro ce ss ua is , a ce ss e o si te E st e do cu m en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or S U S A N E L O U IS E F E R N A N D E S P R A D O e T rib un al d e Ju st ic a do M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 15 , s ob o fls. 49 3 Relatou ainda que sua mãe registrou boletim de ocorrência junto à 3ª Delegacia de Policia, para que seja tomada a devida providencia e o autor do fato responsabilizado por injúria. Que o mercado é responsável pelo ocorrido, mesmo tendo terceirizado a firma de segurança onde o segurança trabalha, vez que trata-se de direito do consumidor. Diante do que expôs, requereu a condenação da contestante em indenização por dano moral no montante de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), a inversão do ônus da prova, e ainda que fosse determinado que a contestante, apresentasse a gravação das câmeras de vídeo do dia dos fatos. Realizada a audiência de conciliação, restou infrutífera. DA VERDADE DOS FATOS As alegações do autor são desprovidas de veracidade. Primeiramente, porque quando adentrou ao supermercado para realizar a compra adquiriu primeiramente a farinha de trigo às 17h05min, posteriormente adquiriu o saco de leite às 17h08min do dia 03/05/2016. Omitiu que ficou deambulando pelo mercado após a realização das compras, ensejando assim a necessidade de averiguação dos produtos que haviam sido adquiridos, foi quando ao se dirigir à porta de saída do mercado, foi indagado pelo Segurança que lhe perguntou o que estava fazendo nos corredores, tendo o Autor dito apenas que “nada”. ht tp s: //e sa j.t jm s. ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 91 52 -3 2. 20 16 .8 .1 2. 00 01 e o c ód ig o 19 99 F 22 . nú m er o W C G R 16 08 29 63 95 4 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is p or W ill ia m M ár ci o T of fo li Jú ni or , e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 36 . P ar a ac es sa r os a ut os p ro ce ss ua is , a ce ss e o si te E st e do cu m en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or S U S A N E L O U IS E F E R N A N D E S P R A D O e T rib un al d e Ju st ic a do M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 15 , s ob o fls. 50 4 No entanto, como é de praxe o segurança simplesmente pediu ao Autor para que levantasse sua camisa, tendo este acatado o pedido do segurança e levantado sua camisa. Frisa-se Excelência que neste momento, não houve nem toque físico e o Autor em nenhum momento foi tocado pelo Segurança ou qualquer outro funcionário que ali estava presente. Faltou com a verdade ao afirmar ainda que havia várias pessoas, sendo que pelo horário, o funcionário mais próximo que presenciou a cena foi o entregador de mercadorias. Ainda, os produtos que o Autor adquiriu, qual seja, 1 saco de leite e 1 pacote de trigo, são produtos que não possuem sensores de alarme, até pelo seu conteúdo e embalagem. Além disso, o mercado não possui sistema de alarme interno e nem externo. Assim, não há a menor possibilidade de algum alarme ter soado no interior do mercado ensejando o procedimento realizado no Autor, isto porque sequer há de dizer que houve a realização de vistoria, pois conforme já mencionado, o segurança em nenhum momento encostou no autor e o acusou de furto ou qualquer outro delito. Saliente-se Excelência, que o próprio Autor quando ouvido pela Defensoria Pública, em seu depoimento perante o gerente do mercado que também foi intimado à depor, narrou detalhadamente o ocorrido, confirmando inclusive que ninguém o acusou de nada, muito menos lhe tocou, tendo sido ht tp s: //e sa j.t jm s. ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 91 52 -3 2. 20 16 .8 .1 2. 00 01 e o c ód ig o 19 99 F 22 . nú m er o W C G R 16 08 29 63 95 4 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is p or W ill ia m M ár ci o T of fo li Jú ni or , e m 1 5/ 09 /2 01 6às 1 4: 36 . P ar a ac es sa r os a ut os p ro ce ss ua is , a ce ss e o si te E st e do cu m en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or S U S A N E L O U IS E F E R N A N D E S P R A D O e T rib un al d e Ju st ic a do M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 15 , s ob o fls. 51 5 somente lhe solicitado que levantasse a sua camisa para averiguação, uma vez que após a realização das compras retornou ao interior do mercado lá permanecendo por alguns minutos, desconhecendo o segurança este motivo. Nesse sentido, verifica-se que o procedimento realizado pelo mercado é normal e qualquer empresa o faria diante a situação narrada acima, não havendo nenhum ato ilegal e coercitivo ou que pudesse ensejar indenização por danos morais. Ademais, o Autor requer a gravação das câmeras de vídeo do local, contudo, no momento em que aconteceu os fatos, sabia que o local não estava sendo filmado, uma vez que estava em reformas, fato notório para quem adentrasse no estabelecimento, e mesmo que houvesse sido filmado o acontecimento, este ficaria em arquivo por no máximo 15 dias. Assim, em virtude da solicitação ter ocorrido após o prazo de 15 dias, não existem mais as gravações internas do estabelecimento. DO DIREITO: 1) DA IMPOSSIBILIDADE DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS EM DECORRENCIA DE PROCEDIMENTO LEGAL Diante da situação fática do caso, verifica-se que em nenhum momento houve cometimento de delito ou ato ilegal por parte do funcionário do mercado, tendo este agido somente com cautela diante a situação já narrada nos autos. ht tp s: //e sa j.t jm s. ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 91 52 -3 2. 20 16 .8 .1 2. 00 01 e o c ód ig o 19 99 F 22 . nú m er o W C G R 16 08 29 63 95 4 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is p or W ill ia m M ár ci o T of fo li Jú ni or , e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 36 . P ar a ac es sa r os a ut os p ro ce ss ua is , a ce ss e o si te E st e do cu m en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or S U S A N E L O U IS E F E R N A N D E S P R A D O e T rib un al d e Ju st ic a do M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 15 , s ob o fls. 52 6 Temos que o comerciante que cumpre seus compromissos e busca fazer prosperar seu negócio, não pode a todo o momento acautelar-se da conduta dos seus colaboradores e clientes, que hora ou outra, podem ocasionar uma situação como a ocorrida. Ademais, temos que o autor não experimentou humilhação alguma, muito menos passou por situação vexatória, uma vez que, simplesmente lhe foi solicitado que levantasse a camisa, fato este presenciado pelo entregador de mercadorias, eis que o pedido foi realizado já na porta do mercado, e não em seu interior. Assim, diante a necessidade de averiguação dos produtos que foram adquiridos pelo Autor, não restou caracterizado dano moral indenizável. Nesse sentido colaciona jurisprudência: RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. DISPARO DE ALARME ANTIFURTO. AUTORA RECONDUZIDA PARA DENTRO DA LOJA PARA SER REVISTADA. AUSENCIA DE PROVAS DE QUE A ABORDAGEM POR PARTE DA PREPOSTA DA RÉ, TENHA OCORRIDO DE FORMA VEXATÓRIA OU EXCESSIVA. MERO DISPARO DE ALARME E VISTORIA SÃO PROCEDIMENTOS NORMAIS DE SEGURANÇA QUE NÃO PRESUME A PRÁTICA DE FURTO PELO CONSUMIDOR E NEM O ESQUECIMENTO DE REMOÇÃO DO ALARME DO PRODUTO, ULTRAPASSAM O MERO ABORRECIMENTO CORRIQUEIRO DO COTIDIANO. INAPLICABILIDADE NO CASO DO ENUNCIADO 12.9. SENTENÇA SINGULAR MANTIDA PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. ARTIGO 46, LEI 9.099/95. , resolve esta 1ª Turma Recursal, por unanimidade de votos, conhecer do recurso e, no mérito, negar-lhe provimento, nos exatos termos do vot (TJPR - 1ª Turma Recursal - 0016292-95.2013.8.16.0030/0 - Foz do Iguaçu - Rel.: ANA PAULA KALED ACCIOLY RODRIGUES DA COSTA - - J. 10.03.2015)(TJ-PR - RI: 001629295201381600300 PR 0016292-95.2013.8.16.0030/0 ht tp s: //e sa j.t jm s. ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 91 52 -3 2. 20 16 .8 .1 2. 00 01 e o c ód ig o 19 99 F 22 . nú m er o W C G R 16 08 29 63 95 4 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is p or W ill ia m M ár ci o T of fo li Jú ni or , e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 36 . P ar a ac es sa r os a ut os p ro ce ss ua is , a ce ss e o si te E st e do cu m en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or S U S A N E L O U IS E F E R N A N D E S P R A D O e T rib un al d e Ju st ic a do M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 15 , s ob o fls. 53 7 (Acórdão), Relator: ANA PAULA KALED ACCIOLY RODRIGUES DA COSTA, Data de Julgamento: 10/03/2015, 1ª Turma Recursal, Data de Publicação: 11/03/2015) INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - ABORDAGEM POR SEGURANÇA EM SUPERMERCADO - DANO MORAL - NÃO- CONFIGURAÇÃO - AUSÊNCIA DE PROVA DE CONDUTA TRUCULENTA, CAPAZ DE COLOCAR O REQUERENTE EM SITUAÇÃO VEXATÓRIA OU HUMILHANTE - RECURSO PROVIDO. Para que se condene alguém ao pagamento de indenização, seja por dano moral, seja pelo de caráter material, é preciso que se configurem os pressupostos ou requisitos da responsabilidade civil, que são o dano, a culpa do agente, em caso de responsabilização subjetiva, e o nexo de causalidade entre a atuação deste e o prejuízo. Não há qualquer prova no sentido de que, ao ser abordado por seguranças da sociedade empresária-ré, o autor tenha sido desrespeitado ou submetido a alguma situação de truculência, constrangedora ou vexatória. Impende destacar que para a caracterização do dano moral é indispensável a ocorrência de ofensa a algum dos direitos da personalidade do indivíduo. Recurso provido. TJ-MG - AC: 10024101449684001 MG, Relator: Eduardo Mariné da Cunha, Data de Julgamento: 20/06/2013, Câmaras Cíveis / 17ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 02/07/2013) APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS. SUSPEITA DE FURTO DE OBJETO NO INTERIOR DE RELOJOARIA. ACIONAMENTO DA BRIGADA MILITAR DEPOIS DE RECEBIDO TELEFONEMA ANÔNIMO. ABORDAGEM E REVISTA DOS SUSPEITOS PELOS MILICIANOS EM VIA PÚBLICA, DEPOIS QUE HAVIAM SAÍDO DO ESTABELECIMENTO COMERCIAL. CÁRCERE PRIVADO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. INOCORRÊNCIA. ATO ILÍCITO. INOCORRÊNCIA. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO. O conjunto probatório revela que não houve atitude abusiva ou ilícita dos proprietários ou prepostos do estabelecimento comercial demandado. ht tp s: //e sa j.t jm s. ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 91 52 -3 2. 20 16 .8 .1 2. 00 01 e o c ód ig o 19 99 F 22 . nú m er o W C G R 16 08 29 63 95 4 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is p or W ill ia m M ár ci o T of fo li Jú ni or , e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 36 . P ar a ac es sa r os a ut os p ro ce ss ua is , a ce ss e o si te E st e do cu m en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or S U S A N E L O U IS E F E R N A N D E S P R A D O e T rib un al d e Ju st ic a do M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 15 , s ob o fls. 54 8 O proprietário da relojoaria telefonou para a Brigada Militar depois quepreposto seu recebeu telefonema anônimo informando que um dos clientes que estavam no interior do estabelecimento havia se apossado de um relógio. Abordagem e revista dos suspeitos pelos brigadianos na via pública, de forma discreta, sem abuso ou estrépito. Suspeita que se revelou infundada. Sentença de improcedência da ação mantida por seus próprios fundamentos. APELO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70057866154, Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Miguel Ângelo da Silva, Julgado em 26/08/2015).(TJ-RS - AC: 70057866154 RS, Relator: Miguel Ângelo da Silva, Data de Julgamento: 26/08/2015, Nona Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 01/09/2015) RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. ACUSAÇÃO DE FURTO. AUTORA QUE COLOCOU OS PRODUTOS DE MOSTRUÁRIO DENTRO DE SACOLA DE COMPRAS DE OUTRA LOJA. ATITUDE SUSPEITA. ABORDAGEM E REVISTA. EXERCICIO REGULAR DO DIREITO. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE EXPOSIÇÃO VEXATÓRIA. DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. SENTENÇA MANTIDA. Recurso conhecido e desprovido Ante o exposto, esta Turma Recursal resolve, por unanimidade de votos, CONHECER e NEGAR PROVIMENTO ao recurso interposto, nos exatos termos deste vot (TJPR - 1ª Turma Recursal - 0027353-35.2012.8.16.0014/1 - Londrina - Rel.: FERNANDA DE QUADROS JORGENSEN GERONASSO - - J. 06.07.2015)(TJ-PR - RI: 002735335201281600141 PR 0027353-35.2012.8.16.0014/1 (Acórdão), Relator: FERNANDA DE QUADROS JORGENSEN GERONASSO, Data de Julgamento: 06/07/2015, 1ª Turma Recursal, Data de Publicação: 09/07/2015) RECURSO INOMINADO. AÇÃO INDENIZATÓRIA. DISPARO DE ALARME ANTIFURTO EM ESTABELECIMENTO COMERCIAL SEGUIDO DE ABORDAGEM COM REVISTA DOS PERTENCES DA AUTORA. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE ht tp s: //e sa j.t jm s. ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 91 52 -3 2. 20 16 .8 .1 2. 00 01 e o c ód ig o 19 99 F 22 . nú m er o W C G R 16 08 29 63 95 4 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is p or W ill ia m M ár ci o T of fo li Jú ni or , e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 36 . P ar a ac es sa r os a ut os p ro ce ss ua is , a ce ss e o si te E st e do cu m en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or S U S A N E L O U IS E F E R N A N D E S P R A D O e T rib un al d e Ju st ic a do M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 15 , s ob o fls. 55 9 CONSTRANGIMENTO PÚBLICO. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO. DANOS MORAIS NÃO CONFIGURADOS. O fato de ter sido a autora abordada por funcionário da loja ré para revista de seus pertences, em virtude de suspeita de furto que não foi confirmada após a revista, não configura, por si só, o dever de indenizar, a menos que tenha ocorrido excesso na abordagem ou tenha a autora sido exposta à situação vexatória e humilhante, o que não restou comprovado nos autos. Aplicação do princípio da imediatidade, prestigiando-se a convicção formada pelo julgador a quo, que colheu pessoalmente a prova oral. Sentença de improcedência confirmada por seus próprios fundamentos. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. (Recurso Cível Nº 71003895349, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Adriana da Silva Ribeiro, Julgado em 13/12/2012)(TJ-RS - Recurso Cível: 71003895349 RS, Relator: Adriana da Silva Ribeiro, Data de Julgamento: 13/12/2012, Terceira Turma Recursal Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 17/12/2012) É visível a ausência de provas acerca de que a suposta abordagem por parte do segurança, tenha ocorrido de forma vexatória ou excessiva, uma vez que a “vistoria” se é assim que se pode dizer, é procedimento normal de segurança que não é hábil a presumir a prática de furto pelo cliente, não ultrapassando assim o mero aborrecimento corriqueiro do cotidiano. Aliás, como se não bastasse, o próprio Boletim de Ocorrência anexado às fls.15 pelo Autor, é claro ao dizer que “o segurança que trabalha no local perguntou à vítima: “O QUE VOCÊ FOI FAZER LÁ DENTRO?”, tendo a vítima respondido “FUI PEGAR O LEITE COMO JÁ TINHA AVISADO”, logo em seguida, o segurança disse para a vítima: “ENTÃO LEVANTA A CAMISA E TIRA O BOLSO DA CALÇA PARA FORA”. Nada mais.” ht tp s: //e sa j.t jm s. ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 91 52 -3 2. 20 16 .8 .1 2. 00 01 e o c ód ig o 19 99 F 22 . nú m er o W C G R 16 08 29 63 95 4 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is p or W ill ia m M ár ci o T of fo li Jú ni or , e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 36 . P ar a ac es sa r os a ut os p ro ce ss ua is , a ce ss e o si te E st e do cu m en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or S U S A N E L O U IS E F E R N A N D E S P R A D O e T rib un al d e Ju st ic a do M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 15 , s ob o fls. 56 10 Observe Excelência, que pelo próprio depoimento do autor, é possível verificar que não há afirmação de agressão, acusação ou de que alguém tenha lhe tocado. Pois, o funcionário agiu de acordo com as normas internas do estabelecimento em casos de ocorrências semelhantes, estando assim qualquer um suscetível a averiguação relatada pelo autor. Não houve abuso do exercício regular de um direito, muito existem provas que possam embasar uma condenação, eis que o fato não foi presenciado por várias pessoas como alega o Autor. Entende o contestante que os fatos, como narrados na inicial, não ensejam a indenização por danos morais. Ora, a solicitação de vistoria, sem maiores consequências, não configura dor, vexame ou humilhação que gere abalo à dignidade do Requerente, senão exercício regular de direito do estabelecimento, diante do fundada suspeita. Em caso análogo, a Corte do Tribunal de Justiça de Blumenau/SC, em recente julgado da lavra do eminente Des. Sérgio Izidoro Heil, assim consignou: Ademais, não se vislumbra conduta ilícita capaz de amparar a pretensão do apelante, eis que a atitude que alega ter sido ht tp s: //e sa j.t jm s. ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 91 52 -3 2. 20 16 .8 .1 2. 00 01 e o c ód ig o 19 99 F 22 . nú m er o W C G R 16 08 29 63 95 4 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is p or W ill ia m M ár ci o T of fo li Jú ni or , e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 36 . P ar a ac es sa r os a ut os p ro ce ss ua is , a ce ss e o si te E st e do cu m en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or S U S A N E L O U IS E F E R N A N D E S P R A D O e T rib un al d e Ju st ic a do M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 15 , s ob o fls. 57 11 tomada pelo recorrido, no intuito de proteger sua propriedade, trata-se de exercício regular de direito, forte no art. 160, I, do Código Civil de 1916 (art. 188, I, do atual Diploma). Ora, a solicitação feita pelo segurança do estabelecimento comercial, sem extrapolar determinados limites, é fato corriqueiro no comércio, não podendo, por si só, amparar pedido de ressarcimento por danos morais. Sobre o assunto, leciona Sergio Cavalieri Filho: Gabinete Desa. Maria do Rocio Luz Santa Ritta: [...] não gravitam na órbita do dano moral aquelas situações que, não obstante desagradáveis, são necessárias ao regular exercício de certasatividades, como por exemplo, a revista de passageiros nos aeroportos, o exame das malas e bagagens na alfândega, o protesto do título por falta de pagamento, e outras semelhantes (Programa de Responsabilidade Civil. 5ª ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2004, p. 99). Tanto é assim que em momento algum foi comprovado nos autos que o apelado tenha agido de maneira exacerbada ao abordar o recorrente para o fim de esclarecer o ocorrido. (ACv. 2004.036911-9, de Lages, j. em 26/02/2009). Aliás, não há na inicial qualquer menção que tenha o autor sido abordado de forma truculenta ou grosseira pelos funcionários do estabelecimento. Pelo contrário, em seu depoimento pessoal, o requerente deixa claro que "o segurança da requerida não foi agressivo com ele e que solicitou a este somente que levantasse a camisa para poder verificar o que estava ocorrendo", o que afasta a ocorrência de qualquer constrangimento. ht tp s: //e sa j.t jm s. ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 91 52 -3 2. 20 16 .8 .1 2. 00 01 e o c ód ig o 19 99 F 22 . nú m er o W C G R 16 08 29 63 95 4 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is p or W ill ia m M ár ci o T of fo li Jú ni or , e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 36 . P ar a ac es sa r os a ut os p ro ce ss ua is , a ce ss e o si te E st e do cu m en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or S U S A N E L O U IS E F E R N A N D E S P R A D O e T rib un al d e Ju st ic a do M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 15 , s ob o fls. 58 12 É certo que a situação de averiguação pode ter causado certo desconforto ao autor, mas nada que possa lhe infligir uma dor insuportável, ou que seja capaz de macular a sua imagem, fatos que são passíveis de reparação. Destarte, a narração dos fatos, de per si, traduzindo o procedimento dos funcionários, evidencia ter o réu agido no exercício regular de seu direito e, portanto, não há fato ou dano capaz de ensejar a indenização pretendida. Sobre o assunto, colaciona-se os julgados deste Tribunal: APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – ABORDAGEM POR SEGURANÇA DE ESTABELECIMENTO COMERCIAL – IMPUTAÇÃO DE FURTO À CLIENTE – ÔNUS PROBATÓRIO – ELEMENTOS FRÁGEIS A SUSTENTAR O FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO DO AUTOR – DEVER DE INDENIZAR AFASTADO – SENTENÇA MANTIDA – RECURSO DESPROVIDO. Inexistindo prova satisfatória a comprovar o fato constitutivo do direito, o julgamento deve partir para o caminho do desfavorecimento daquele a quem recaia o ônus de provar. (AC n.º 2009.007575-0, de Tubarão. Rel. Des. Fernando Carioni, j. em 12/05/2009). E mais: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. RELAÇÃO DE CONSUMO. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. BENEFÍCIO QUE NÃO EXIME O CONSUMIDOR DE PROVAR MINIMAMENTE SEU DIREITO. ALEGADA IMPUTAÇÃO DE FURTO POR FUNCIONÁRIOS DA RÉ. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO TANTO DA IMPUTAÇÃO QUANTO DA EXISTÊNCIA DE SITUAÇÃO VEXATÓRIA. SISTEMA DE ALARME ANTI-FURTO ACIONADO. SUSPEITA FUNDADA. AUTORA ABORDADA DE FORMA RESPEITOSA E INDAGADA ACERCA DA PERMANÊNCIA DO BIP NA ht tp s: //e sa j.t jm s. ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 91 52 -3 2. 20 16 .8 .1 2. 00 01 e o c ód ig o 19 99 F 22 . nú m er o W C G R 16 08 29 63 95 4 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is p or W ill ia m M ár ci o T of fo li Jú ni or , e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 36 . P ar a ac es sa r os a ut os p ro ce ss ua is , a ce ss e o si te E st e do cu m en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or S U S A N E L O U IS E F E R N A N D E S P R A D O e T rib un al d e Ju st ic a do M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 15 , s ob o fls. 59 13 MERCADORIA ADQUIRIDA. REVISTA EM PÚBLICO NÃO COMPROVADA. AUSÊNCIA DE DANOS MORAIS INDENIZÁVEIS. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. I – A inversão do ônus probatório, nos casos de relação de consumo, quando presentes ou a verossimilhança dos fatos alegados ou a hipossuficiência do consumidor, não exime o postulante de provar minimamente a ocorrência dos fatos, ou garante a procedência dos pedidos. II – A interpelação da autora por funcionários da ré, após o acionamento do alarme de sistema anti-furtos instalado na saída do estabelecimento, não implica em responsabilização civil da demandada, o que ocorreria, tão-somente, se a atuação posterior dos prepostos da loja fosse desabonadora ou desrespeitosa. Do contrário, não havendo situação vexatória, age o estabelecimento comercial em seu exercício regular de direito ante a fundada suspeita de furto. Ausentes ou incomprovados tanto a imputação do ilícito quanto o constrangimento em público, não há que se falar em obrigação de indenizar por danos morais. (AC n.º 2007.061851-6, de Camboriú. Rel. Des. Subst. Henry Petry Junior, j. em 18/03/2008). E ainda: RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. ALEGAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO E HUMILHAÇÃO DE CLIENTE EM RAZÃO DO ACIONAMENTO DO ALARME DE SEGURANÇA (ANTI-FURTO). AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO ALEGADO DANO E DE ABUSO NO PROCEDIMENTO ADOTADO PELO ESTABELECIMENTO (LIVRARIA). NÃO-VERIFICAÇÃO NA HIPÓTESE DE QUALQUER CONDUTA DANOSA. ONUS PROBANDI QUE INCUMBIA À AUTORA. INTELIGÊNCIA DO ART. 333, I, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. DANO MORAL NÃO CARACTERIZADO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. (AC n.º 2007.048812-6, da Capital. Rel. Des. Marcus Tulio Sartorato, j. em 06/11/2007). ht tp s: //e sa j.t jm s. ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 91 52 -3 2. 20 16 .8 .1 2. 00 01 e o c ód ig o 19 99 F 22 . nú m er o W C G R 16 08 29 63 95 4 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is p or W ill ia m M ár ci o T of fo li Jú ni or , e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 36 . P ar a ac es sa r os a ut os p ro ce ss ua is , a ce ss e o si te E st e do cu m en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or S U S A N E L O U IS E F E R N A N D E S P R A D O e T rib un al d e Ju st ic a do M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 15 , s ob o fls. 60 14 Assim, ausentes os elementos que configuram a obrigação de indenizar, tendo em vista que nem sequer houve dano a ser reparado, a improcedência da demanda é medida que se impõe. 2) DO MOTIVOS DA IMPROCEDÊNCIA DO DANO MORAL O autor requer seja o contestante condenado a reparação moral de valor mensurado em R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), entretanto, esse pedido não merece procedência, primordialmente porque, não há nos autos argumentações aptas a embasa-lo, o que, inclusive prejudica o contraditório, doutro norte, os fatos não se deram como alegados pelo autor. Assim não há que se falar em humilhação, muito menos em acusação injusta do autor, uma vez que, o aborrecimento e a tristeza que teve não atende os requesitos necessários à ensejar indenização por dano moral, tendo ocorrido apenas um mero aborrecimento não indenizável, ao qual estamos todos sujeitos, visto que, inclusive, são necessários a convivência em sociedade. Nesse sentido, colaciona jurisprudência: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - DANOS MORAIS - MERO ABORRECIMENTO. Para a procedência do pedido de dano moral, deverá o autor comprovar que ele ultrapassouo patamar dos meros aborrecimentos e desgastes normais advindos de qualquer relação comercial, abalando-lhe o crédito, ou colocando-o em situação difícil com os seus credores, a ponto de atingir-lhe a moral e a honra. (TJ-MG - AC: 10549120015819001 MG, Relator: Alberto Diniz Junior, Data de Julgamento: 29/07/2015, Câmaras Cíveis / 11ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 05/08/2015) ht tp s: //e sa j.t jm s. ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 91 52 -3 2. 20 16 .8 .1 2. 00 01 e o c ód ig o 19 99 F 22 . nú m er o W C G R 16 08 29 63 95 4 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is p or W ill ia m M ár ci o T of fo li Jú ni or , e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 36 . P ar a ac es sa r os a ut os p ro ce ss ua is , a ce ss e o si te E st e do cu m en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or S U S A N E L O U IS E F E R N A N D E S P R A D O e T rib un al d e Ju st ic a do M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 15 , s ob o fls. 61 15 AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. DISPARO DE ALARME ANTI-FURTO EM SUPERMERCADO. ABORDAGEM FEITA POR SEGURANÇAS DO ESTABELECIMENTO. SOLICITAÇÃO DE REVISTA DOS PERTENCES DO AUTOR. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO. PROCEDIMENTO QUE, FEITO DE FORMA RESPEITOSA, NÃO CONFIGURA PRÁTICA VEXATÓRIA. CONDUTA ILÍCITA E ABALO MORAL NÃO CONFIGURADOS. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação Cível n. 2009.040249-0, da comarca de Blumenau (3ª Vara Cível), em que é apelante D. A. L., e apelado Sonae Distribuição Brasil S/A: ACORDAM, em Terceira Câmara de Direito Civil, por unanimidade, negar provimento ao recurso. Custas legais. (Apelação Cível n. 2009.040249-0, de Blumenau; Relatora: Desa. Maria do Rocio Luz Santa Ritta) APELAÇÕES CÍVEIS – AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C DANOS MORAIS – SERVIÇOS DE TELEFONIA – AUSÊNCIA DE EFICIÊNCIA – RELAÇÃO DE CONSUMO – ÔNUS DA PROVA – FORNECEDOR – DANOS MORAIS – MERO ABORRECIMENTO – RECURSOS CONHECIDOS E DESPROVIDOS. Tratando-se de relação de consumo, compete ao fornecedor provar que os serviços de telefonia foram prestados de forma eficiente, adequada e contínua, sem nenhuma interrupção. Demonstrado que os alegados transtornos pelo qual passou o autor tratam-se de meros dissabores, não há falar em indenização por danos morais, dada a ausência das hipóteses causadoras do abalo moral ou psicológico. (TJ-MS - APL: 08012530720158120017 MS 0801253- 07.2015.8.12.0017, Relator: Des. Vladimir Abreu da Silva, Data de Julgamento: 16/02/2016, 5ª Câmara Cível, Data de Publicação: 18/02/2016)[destacamos] ht tp s: //e sa j.t jm s. ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 91 52 -3 2. 20 16 .8 .1 2. 00 01 e o c ód ig o 19 99 F 22 . nú m er o W C G R 16 08 29 63 95 4 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is p or W ill ia m M ár ci o T of fo li Jú ni or , e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 36 . P ar a ac es sa r os a ut os p ro ce ss ua is , a ce ss e o si te E st e do cu m en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or S U S A N E L O U IS E F E R N A N D E S P R A D O e T rib un al d e Ju st ic a do M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 15 , s ob o fls. 62 16 A indenização por dano moral encontra amparo no artigo 186 do Código Civil, que preleciona: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.” Vê-se que o legislador impõe o acontecimento “violar direito e causar dano”, ou seja, o provocador do dano deve necessáriamente violar um direito causando dano, nesse sentido entende-se que não houve por parte do contestante, nenhum ato que desse azo a violação do direito do autor, e nem ainda configuração de que esse ato lhe causase dano. Uma vez, não tendo o contestante, práticado ato capaz de violar direito e havendo condenação em seu desfavor, imputanto obrigação de pagar indenização, estar-se-ía diante de enriquecimento ílicito do autor, o que não se espera. Ademais, a teor do artigo 373, I do Novo Código de Processo Civil, ainda que pudesse cogitar a ocorrência de qualquer ilicitude, cabia ao autor demonstrar em sua petição o sofrimento, o dano relacionado ao pedido de indenização, contudo não o fez; Art. 373. O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito ht tp s: //e sa j.t jm s. ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 91 52 -3 2. 20 16 .8 .1 2. 00 01 e o c ód ig o 19 99 F 22 . nú m er o W C G R 16 08 29 63 95 4 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is p or W ill ia m M ár ci o T of fo li Jú ni or , e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 36 . P ar a ac es sa r os a ut os p ro ce ss ua is , a ce ss e o si te E st e do cu m en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or S U S A N E L O U IS E F E R N A N D E S P R A D O e T rib un al d e Ju st ic a do M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 15 , s ob o fls. 63 17 Diante do que se expõe, requer a total improcedência do pedido de reparação indenizatório referente a dano moral. 3) DO PEDIDO ALTERNATIVO Por amor ao debate, o contestante pede, que caso este juízo entenda pela existência de dano moral indenizável, o que, evidentemente não se espera, passa-se a argumentar a respeito do quanto indenizatório. O montante de 50.000,00 (cinquenta mil reais), pleiteados pelo autor, é excessivo e desproporcional à situação narrada nos autos. Ainda, o dano moral, quando devido, deve ser fixado obedecendo os princípios da razoabilidade, da proporcionalidade, e da vedação ao enriquecimento sem causa. Dessa forma, a quantificação do dano moral deve considerar não só as condições econômicas das partes, mas o grau da ofensa e suas consequências, para que a reparação do dano não constitua enriquecimento sem causa, daquele supostamente lesado. Portanto, havendo condenação em indenizar dano moral, o valor arbitrado há de observar os princípios do proporcionalidade, da razoabilidade e da vedação ao não enriquecimento ilicito e delimitar a extensão do dano e das condições financeiras da parte adversa. ht tp s: //e sa j.t jm s. ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 91 52 -3 2. 20 16 .8 .1 2. 00 01 e o c ód ig o 19 99 F 22 . nú m er o W C G R 16 08 29 63 95 4 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is p or W ill ia m M ár ci o T of fo li Jú ni or , e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 36 . P ar a ac es sa r os a ut os p ro ce ss ua is , a ce ss e o si te E st e do cu m en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or S U S A N E L O U IS E F E R N A N D E S P R A D O e T rib un al d e Ju st ic a do M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 15 , s ob o fls. 64 18 V – DOS PEDIDOS Pelo exposto, requer a Vossa Excelência, seja, indeferido o pedido referente a indenizaçãoreparatória de danos morais, visto que, não houve configuração de dano moral indenizável. Alternativamente, requer caso seja deferido o pedido de reparação de dano moral, este obedeça aos parâmetros de proporcionalidade e razoabilidade, e primordialmente do não enriquecimento ilícito. Requer ainda, em caso de recurso, seja condenado o requerente a pagar honorários advocatícios. Protesta pela produção de todos os meios de prova em direito admitidas, e ainda pelo depoimento pessoal do requerente. Em momento oportuno, requer que todas as publicações sejam realizadas em nome do advogado Dr. Niutom Ribeiro Chaves Júnior (OAB/MS 8.575). Termos em que pede deferimento. Campo Grande – MS, 13 de setembro de 2016. Niutom Ribeiro Chaves Junior Josiene da Costa Martins OAB/MS 8.575 OAB/MS 10.296 Susane Louise Fernandes Prado OAB/MS 14.840 ht tp s: //e sa j.t jm s. ju s. br /p as ta di gi ta l/p g/ ab rir C on fe re nc ia D oc um en to .d o, in fo rm e o pr oc es so 0 81 91 52 -3 2. 20 16 .8 .1 2. 00 01 e o c ód ig o 19 99 F 22 . nú m er o W C G R 16 08 29 63 95 4 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is p or W ill ia m M ár ci o T of fo li Jú ni or , e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 36 . P ar a ac es sa r os a ut os p ro ce ss ua is , a ce ss e o si te E st e do cu m en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or S U S A N E L O U IS E F E R N A N D E S P R A D O e T rib un al d e Ju st ic a do M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 5/ 09 /2 01 6 às 1 4: 15 , s ob o fls. 65
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