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1 
 
EXCELENTÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DA 12ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPO 
GRANDE – MS. 
 
 
 
 
 
 
Autos nº 0819152-32.2016.8.12.000 
 
 
 GT COMERCIAL DE ALIMENTOS LTDA, pessoa jurídica 
de direito privado, CNPJ 10.235.154/0002-05, localizado na Rua Vaz de Caminha 
nº 1414, Jardim Noroeste em Campo Grande/MS, vem respeitosamente à presença 
de Vossa Excelência, por conduto de seus advogados, apresentar sua 
CONTESTAÇÃO 
em face da ação movida por MISAEL ALVES GOMES, menor impúbere, neste ato 
representado por seus pais MARILIA NOELY ALVES DA COSTA, brasileira, autônoma, 
portadora do RG 934040 SSP/MS e do CPF 837.067.801-78, e MARCIVAL 
FERREIRA DA SILVA, brasileiro, casado, limpador de vidros, portador do RG 
372244889 e do CPF: 279.322.968-70, ambos residentes e domiciliados na Rua 
Barbacena nº 1754, quadra 230, lote 14, Bairro Jardim Noroeste em Campo 
Grande/MS. 
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DAS ALEGAÇÕES DO AUTOR 
 O autor ajuizou ação judicial em desfavor do contestante 
aduzindo que a pedido de sua mão compareceu ao Mercado Santo Antônio para 
adquirir 01 leite de saquinho buriti no valor de R$ 2,20(dois reais e vinte 
centavos), as 17h08min horas do dia 03/05/2016. 
Segue alegando que após ter efetuado o pagamento no caixa 
com a operadora Josiane Coelho, estava saindo quando percebeu que deixou de 
pegar 01 pacote de farinha de trigo DALLAS, no valor R$ 2,49(dois reais e 
quarenta e nove centavos), que também havia pago. 
Que neste momento deixou a sacola com o leite no mesmo 
caixa e foi buscar o trigo e retornou no mesmo caixa, saindo dali com os 02 
produtos pagos. 
Narrou que ao cruzar a porta de saída “disparou o sistema 
de alarme” e que nesta ocasião foi chamado por um segurança da firma MEGA 
SEGURANÇA e que o mesmo o ordenou que levantasse a camisa e colocasse os 
bolsos da calça pra fora, sendo que nada foi encontrado, tendo assim sido 
liberado pelo segurança logo em seguida. 
Menciona que havia algumas pessoas no mercado no ato do 
ocorrido e que se sentiu intimidado por ter sido acusado de algo que não fez e 
que ao chegar em sua casa contou para os pais o ocorrido, sendo que a sua 
mãe foi ao mercado para tomar satisfação quando o gerente somente pediu 
desculpas pelo ocorrido. 
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Relatou ainda que sua mãe registrou boletim de ocorrência 
junto à 3ª Delegacia de Policia, para que seja tomada a devida providencia e o 
autor do fato responsabilizado por injúria. Que o mercado é responsável pelo 
ocorrido, mesmo tendo terceirizado a firma de segurança onde o segurança 
trabalha, vez que trata-se de direito do consumidor. 
Diante do que expôs, requereu a condenação da contestante 
em indenização por dano moral no montante de R$ 50.000,00 (cinquenta mil 
reais), a inversão do ônus da prova, e ainda que fosse determinado que a 
contestante, apresentasse a gravação das câmeras de vídeo do dia dos fatos. 
Realizada a audiência de conciliação, restou infrutífera. 
DA VERDADE DOS FATOS 
As alegações do autor são desprovidas de veracidade. 
Primeiramente, porque quando adentrou ao supermercado para realizar a compra 
adquiriu primeiramente a farinha de trigo às 17h05min, posteriormente adquiriu o 
saco de leite às 17h08min do dia 03/05/2016. 
Omitiu que ficou deambulando pelo mercado após a realização 
das compras, ensejando assim a necessidade de averiguação dos produtos que 
haviam sido adquiridos, foi quando ao se dirigir à porta de saída do mercado, foi 
indagado pelo Segurança que lhe perguntou o que estava fazendo nos corredores, 
tendo o Autor dito apenas que “nada”. 
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No entanto, como é de praxe o segurança simplesmente pediu 
ao Autor para que levantasse sua camisa, tendo este acatado o pedido do 
segurança e levantado sua camisa. 
Frisa-se Excelência que neste momento, não houve nem 
toque físico e o Autor em nenhum momento foi tocado pelo Segurança ou qualquer 
outro funcionário que ali estava presente. 
Faltou com a verdade ao afirmar ainda que havia várias 
pessoas, sendo que pelo horário, o funcionário mais próximo que presenciou a 
cena foi o entregador de mercadorias. 
Ainda, os produtos que o Autor adquiriu, qual seja, 1 saco de 
leite e 1 pacote de trigo, são produtos que não possuem sensores de alarme, até 
pelo seu conteúdo e embalagem. 
Além disso, o mercado não possui sistema de alarme interno 
e nem externo. Assim, não há a menor possibilidade de algum alarme ter soado 
no interior do mercado ensejando o procedimento realizado no Autor, isto porque 
sequer há de dizer que houve a realização de vistoria, pois conforme já 
mencionado, o segurança em nenhum momento encostou no autor e o acusou de 
furto ou qualquer outro delito. 
Saliente-se Excelência, que o próprio Autor quando ouvido 
pela Defensoria Pública, em seu depoimento perante o gerente do mercado que 
também foi intimado à depor, narrou detalhadamente o ocorrido, confirmando 
inclusive que ninguém o acusou de nada, muito menos lhe tocou, tendo sido 
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somente lhe solicitado que levantasse a sua camisa para averiguação, uma vez 
que após a realização das compras retornou ao interior do mercado lá 
permanecendo por alguns minutos, desconhecendo o segurança este motivo. 
Nesse sentido, verifica-se que o procedimento realizado pelo 
mercado é normal e qualquer empresa o faria diante a situação narrada acima, 
não havendo nenhum ato ilegal e coercitivo ou que pudesse ensejar indenização 
por danos morais. 
Ademais, o Autor requer a gravação das câmeras de vídeo do 
local, contudo, no momento em que aconteceu os fatos, sabia que o local não 
estava sendo filmado, uma vez que estava em reformas, fato notório para quem 
adentrasse no estabelecimento, e mesmo que houvesse sido filmado o 
acontecimento, este ficaria em arquivo por no máximo 15 dias. Assim, em virtude 
da solicitação ter ocorrido após o prazo de 15 dias, não existem mais as 
gravações internas do estabelecimento. 
DO DIREITO: 
1) DA IMPOSSIBILIDADE DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS EM 
DECORRENCIA DE PROCEDIMENTO LEGAL 
Diante da situação fática do caso, verifica-se que em nenhum 
momento houve cometimento de delito ou ato ilegal por parte do funcionário do 
mercado, tendo este agido somente com cautela diante a situação já narrada nos 
autos. 
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Temos que o comerciante que cumpre seus compromissos e 
busca fazer prosperar seu negócio, não pode a todo o momento acautelar-se da 
conduta dos seus colaboradores e clientes, que hora ou outra, podem ocasionar 
uma situação como a ocorrida. 
Ademais, temos que o autor não experimentou humilhação 
alguma, muito menos passou por situação vexatória, uma vez que, simplesmente 
lhe foi solicitado que levantasse a camisa, fato este presenciado pelo entregador de 
mercadorias, eis que o pedido foi realizado já na porta do mercado, e não em 
seu interior. Assim, diante a necessidade de averiguação dos produtos que foram 
adquiridos pelo Autor, não restou caracterizado dano moral indenizável. Nesse 
sentido colaciona jurisprudência: 
RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS 
MORAIS. DISPARO DE ALARME ANTIFURTO. AUTORA 
RECONDUZIDA PARA DENTRO DA LOJA PARA SER REVISTADA. 
AUSENCIA DE PROVAS DE QUE A ABORDAGEM POR PARTE DA 
PREPOSTA DA RÉ, TENHA OCORRIDO DE FORMA VEXATÓRIA OU 
EXCESSIVA. MERO DISPARO DE ALARME E VISTORIA SÃO 
PROCEDIMENTOS NORMAIS DE SEGURANÇA QUE NÃO PRESUME 
A PRÁTICA DE FURTO PELO CONSUMIDOR E NEM O 
ESQUECIMENTO DE REMOÇÃO DO ALARME DO PRODUTO, 
ULTRAPASSAM O MERO ABORRECIMENTO CORRIQUEIRO DO 
COTIDIANO. INAPLICABILIDADE NO CASO DO ENUNCIADO 12.9. 
SENTENÇA SINGULAR MANTIDA PELOS PRÓPRIOS 
FUNDAMENTOS. ARTIGO 46, LEI 9.099/95. , resolve esta 1ª 
Turma Recursal, por unanimidade de votos, conhecer do recurso e, 
no mérito, negar-lhe provimento, nos exatos termos do vot (TJPR 
- 1ª Turma Recursal - 0016292-95.2013.8.16.0030/0 - Foz do 
Iguaçu - Rel.: ANA PAULA KALED ACCIOLY RODRIGUES DA 
COSTA - - J. 10.03.2015)(TJ-PR - RI: 
001629295201381600300 PR 0016292-95.2013.8.16.0030/0 
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(Acórdão), Relator: ANA PAULA KALED ACCIOLY RODRIGUES 
DA COSTA, Data de Julgamento: 10/03/2015, 1ª Turma Recursal, 
Data de Publicação: 11/03/2015) 
 
 
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - ABORDAGEM POR 
SEGURANÇA EM SUPERMERCADO - DANO MORAL - NÃO-
CONFIGURAÇÃO - AUSÊNCIA DE PROVA DE CONDUTA 
TRUCULENTA, CAPAZ DE COLOCAR O REQUERENTE EM 
SITUAÇÃO VEXATÓRIA OU HUMILHANTE - RECURSO PROVIDO. 
Para que se condene alguém ao pagamento de indenização, seja por 
dano moral, seja pelo de caráter material, é preciso que se configurem 
os pressupostos ou requisitos da responsabilidade civil, que são o 
dano, a culpa do agente, em caso de responsabilização subjetiva, e o 
nexo de causalidade entre a atuação deste e o prejuízo. Não há 
qualquer prova no sentido de que, ao ser abordado por seguranças da 
sociedade empresária-ré, o autor tenha sido desrespeitado ou 
submetido a alguma situação de truculência, constrangedora ou 
vexatória. Impende destacar que para a caracterização do dano moral 
é indispensável a ocorrência de ofensa a algum dos direitos da 
personalidade do indivíduo. Recurso provido. TJ-MG - AC: 
10024101449684001 MG, Relator: Eduardo Mariné da Cunha, Data 
de Julgamento: 20/06/2013, Câmaras Cíveis / 17ª CÂMARA 
CÍVEL, Data de Publicação: 02/07/2013) 
 
 
APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE 
REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS. SUSPEITA DE FURTO DE 
OBJETO NO INTERIOR DE RELOJOARIA. ACIONAMENTO DA 
BRIGADA MILITAR DEPOIS DE RECEBIDO TELEFONEMA 
ANÔNIMO. ABORDAGEM E REVISTA DOS SUSPEITOS PELOS 
MILICIANOS EM VIA PÚBLICA, DEPOIS QUE HAVIAM SAÍDO DO 
ESTABELECIMENTO COMERCIAL. CÁRCERE PRIVADO. 
CONSTRANGIMENTO ILEGAL. INOCORRÊNCIA. ATO ILÍCITO. 
INOCORRÊNCIA. EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO. O conjunto 
probatório revela que não houve atitude abusiva ou ilícita dos 
proprietários ou prepostos do estabelecimento comercial demandado. 
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O proprietário da relojoaria telefonou para a Brigada Militar depois 
quepreposto seu recebeu telefonema anônimo informando que um 
dos clientes que estavam no interior do estabelecimento havia se 
apossado de um relógio. Abordagem e revista dos suspeitos pelos 
brigadianos na via pública, de forma discreta, sem abuso ou estrépito. 
Suspeita que se revelou infundada. Sentença de improcedência da 
ação mantida por seus próprios fundamentos. APELO DESPROVIDO. 
(Apelação Cível Nº 70057866154, Nona Câmara Cível, Tribunal de 
Justiça do RS, Relator: Miguel Ângelo da Silva, Julgado em 
26/08/2015).(TJ-RS - AC: 70057866154 RS, Relator: Miguel 
Ângelo da Silva, Data de Julgamento: 26/08/2015, Nona Câmara 
Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 01/09/2015) 
 
 
RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS 
MORAIS E MATERIAIS. ACUSAÇÃO DE FURTO. AUTORA QUE 
COLOCOU OS PRODUTOS DE MOSTRUÁRIO DENTRO DE SACOLA 
DE COMPRAS DE OUTRA LOJA. ATITUDE SUSPEITA. ABORDAGEM 
E REVISTA. EXERCICIO REGULAR DO DIREITO. AUSÊNCIA DE 
COMPROVAÇÃO DE EXPOSIÇÃO VEXATÓRIA. DANO MORAL NÃO 
CONFIGURADO. SENTENÇA MANTIDA. Recurso conhecido e 
desprovido Ante o exposto, esta Turma Recursal resolve, por 
unanimidade de votos, CONHECER e NEGAR PROVIMENTO ao 
recurso interposto, nos exatos termos deste vot (TJPR - 1ª Turma 
Recursal - 0027353-35.2012.8.16.0014/1 - Londrina - Rel.: 
FERNANDA DE QUADROS JORGENSEN GERONASSO - - J. 
06.07.2015)(TJ-PR - RI: 002735335201281600141 PR 
0027353-35.2012.8.16.0014/1 (Acórdão), Relator: FERNANDA DE 
QUADROS JORGENSEN GERONASSO, Data de Julgamento: 
06/07/2015, 1ª Turma Recursal, Data de Publicação: 
09/07/2015) 
 
 
RECURSO INOMINADO. AÇÃO INDENIZATÓRIA. DISPARO DE 
ALARME ANTIFURTO EM ESTABELECIMENTO COMERCIAL 
SEGUIDO DE ABORDAGEM COM REVISTA DOS PERTENCES DA 
AUTORA. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE 
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CONSTRANGIMENTO PÚBLICO. EXERCÍCIO REGULAR DE 
DIREITO. DANOS MORAIS NÃO CONFIGURADOS. O fato de ter 
sido a autora abordada por funcionário da loja ré para revista de seus 
pertences, em virtude de suspeita de furto que não foi confirmada após 
a revista, não configura, por si só, o dever de indenizar, a menos que 
tenha ocorrido excesso na abordagem ou tenha a autora sido exposta à 
situação vexatória e humilhante, o que não restou comprovado nos 
autos. Aplicação do princípio da imediatidade, prestigiando-se a 
convicção formada pelo julgador a quo, que colheu pessoalmente a 
prova oral. Sentença de improcedência confirmada por seus próprios 
fundamentos. RECURSO DESPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 
(Recurso Cível Nº 71003895349, Terceira Turma Recursal Cível, 
Turmas Recursais, Relator: Adriana da Silva Ribeiro, Julgado em 
13/12/2012)(TJ-RS - Recurso Cível: 71003895349 RS, Relator: 
Adriana da Silva Ribeiro, Data de Julgamento: 13/12/2012, 
Terceira Turma Recursal Cível, Data de Publicação: Diário da 
Justiça do dia 17/12/2012) 
 
 
É visível a ausência de provas acerca de que a suposta 
abordagem por parte do segurança, tenha ocorrido de forma vexatória ou excessiva, 
uma vez que a “vistoria” se é assim que se pode dizer, é procedimento normal 
de segurança que não é hábil a presumir a prática de furto pelo cliente, não 
ultrapassando assim o mero aborrecimento corriqueiro do cotidiano. 
Aliás, como se não bastasse, o próprio Boletim de Ocorrência 
anexado às fls.15 pelo Autor, é claro ao dizer que “o segurança que trabalha no 
local perguntou à vítima: “O QUE VOCÊ FOI FAZER LÁ DENTRO?”, tendo a vítima 
respondido “FUI PEGAR O LEITE COMO JÁ TINHA AVISADO”, logo em seguida, o 
segurança disse para a vítima: “ENTÃO LEVANTA A CAMISA E TIRA O BOLSO DA 
CALÇA PARA FORA”. Nada mais.” 
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Observe Excelência, que pelo próprio depoimento do autor, é 
possível verificar que não há afirmação de agressão, acusação ou de que alguém 
tenha lhe tocado. Pois, o funcionário agiu de acordo com as normas internas do 
estabelecimento em casos de ocorrências semelhantes, estando assim qualquer um 
suscetível a averiguação relatada pelo autor. 
Não houve abuso do exercício regular de um direito, muito 
existem provas que possam embasar uma condenação, eis que o fato não foi 
presenciado por várias pessoas como alega o Autor. 
Entende o contestante que os fatos, como narrados na inicial, 
não ensejam a indenização por danos morais. 
Ora, a solicitação de vistoria, sem maiores consequências, não 
configura dor, vexame ou humilhação que gere abalo à dignidade do Requerente, 
senão exercício regular de direito do estabelecimento, diante do fundada suspeita. 
Em caso análogo, a Corte do Tribunal de Justiça de Blumenau/SC, em recente 
julgado da lavra do eminente Des. Sérgio Izidoro Heil, assim consignou: 
Ademais, não se vislumbra conduta ilícita capaz de amparar a 
pretensão do apelante, eis que a atitude que alega ter sido 
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tomada pelo recorrido, no intuito de proteger sua propriedade, 
trata-se de exercício regular de direito, forte no art. 160, I, 
do Código Civil de 1916 (art. 188, I, do atual Diploma). 
Ora, a solicitação feita pelo segurança do estabelecimento 
comercial, sem extrapolar determinados limites, é fato corriqueiro no comércio, não 
podendo, por si só, amparar pedido de ressarcimento por danos morais. 
Sobre o assunto, leciona Sergio Cavalieri Filho: 
Gabinete Desa. Maria do Rocio Luz Santa Ritta: [...] não 
gravitam na órbita do dano moral aquelas situações que, não 
obstante desagradáveis, são necessárias ao regular exercício de 
certasatividades, como por exemplo, a revista de passageiros 
nos aeroportos, o exame das malas e bagagens na alfândega, o 
protesto do título por falta de pagamento, e outras semelhantes 
(Programa de Responsabilidade Civil. 5ª ed. São Paulo: 
Malheiros Editores, 2004, p. 99). 
 
Tanto é assim que em momento algum foi comprovado nos autos 
que o apelado tenha agido de maneira exacerbada ao abordar o 
recorrente para o fim de esclarecer o ocorrido. (ACv. 
2004.036911-9, de Lages, j. em 26/02/2009). 
 
Aliás, não há na inicial qualquer menção que tenha o autor 
sido abordado de forma truculenta ou grosseira pelos funcionários do 
estabelecimento. Pelo contrário, em seu depoimento pessoal, o requerente deixa 
claro que "o segurança da requerida não foi agressivo com ele e que solicitou a 
este somente que levantasse a camisa para poder verificar o que estava 
ocorrendo", o que afasta a ocorrência de qualquer constrangimento. 
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É certo que a situação de averiguação pode ter causado certo 
desconforto ao autor, mas nada que possa lhe infligir uma dor insuportável, ou que 
seja capaz de macular a sua imagem, fatos que são passíveis de reparação. 
Destarte, a narração dos fatos, de per si, traduzindo o procedimento dos 
funcionários, evidencia ter o réu agido no exercício regular de seu direito e, 
portanto, não há fato ou dano capaz de ensejar a indenização pretendida. 
Sobre o assunto, colaciona-se os julgados deste Tribunal: 
APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS 
MORAIS – ABORDAGEM POR SEGURANÇA DE 
ESTABELECIMENTO COMERCIAL – IMPUTAÇÃO DE FURTO 
À CLIENTE – ÔNUS PROBATÓRIO – ELEMENTOS FRÁGEIS 
A SUSTENTAR O FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO DO 
AUTOR – DEVER DE INDENIZAR AFASTADO – SENTENÇA 
MANTIDA – RECURSO DESPROVIDO. Inexistindo prova 
satisfatória a comprovar o fato constitutivo do direito, o 
julgamento deve partir para o caminho do desfavorecimento 
daquele a quem recaia o ônus de provar. (AC n.º 
2009.007575-0, de Tubarão. Rel. Des. Fernando Carioni, j. 
em 12/05/2009). 
 
E mais: 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS 
MORAIS. RELAÇÃO DE CONSUMO. INVERSÃO DO ÔNUS 
DA PROVA. BENEFÍCIO QUE NÃO EXIME O CONSUMIDOR 
DE PROVAR MINIMAMENTE SEU DIREITO. ALEGADA 
IMPUTAÇÃO DE FURTO POR FUNCIONÁRIOS DA RÉ. 
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO TANTO DA IMPUTAÇÃO 
QUANTO DA EXISTÊNCIA DE SITUAÇÃO VEXATÓRIA. 
SISTEMA DE ALARME ANTI-FURTO ACIONADO. SUSPEITA 
FUNDADA. AUTORA ABORDADA DE FORMA RESPEITOSA E 
INDAGADA ACERCA DA PERMANÊNCIA DO BIP NA 
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MERCADORIA ADQUIRIDA. REVISTA EM PÚBLICO NÃO 
COMPROVADA. AUSÊNCIA DE DANOS MORAIS 
INDENIZÁVEIS. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO 
DESPROVIDO. I – A inversão do ônus probatório, nos casos de 
relação de consumo, quando presentes ou a verossimilhança dos 
fatos alegados ou a hipossuficiência do consumidor, não exime o 
postulante de provar minimamente a ocorrência dos fatos, ou 
garante a procedência dos pedidos. II – A interpelação da 
autora por funcionários da ré, após o acionamento do alarme 
de sistema anti-furtos instalado na saída do estabelecimento, 
não implica em responsabilização civil da demandada, o que 
ocorreria, tão-somente, se a atuação posterior dos prepostos 
da loja fosse desabonadora ou desrespeitosa. Do contrário, não 
havendo situação vexatória, age o estabelecimento comercial em 
seu exercício regular de direito ante a fundada suspeita de furto. 
Ausentes ou incomprovados tanto a imputação do ilícito quanto o 
constrangimento em público, não há que se falar em obrigação de 
indenizar por danos morais. (AC n.º 2007.061851-6, de 
Camboriú. Rel. Des. Subst. Henry Petry Junior, j. em 
18/03/2008). 
 
E ainda: 
RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR 
DANOS MORAIS. ALEGAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO E 
HUMILHAÇÃO DE CLIENTE EM RAZÃO DO ACIONAMENTO 
DO ALARME DE SEGURANÇA (ANTI-FURTO). AUSÊNCIA 
DE COMPROVAÇÃO DO ALEGADO DANO E DE ABUSO NO 
PROCEDIMENTO ADOTADO PELO ESTABELECIMENTO 
(LIVRARIA). NÃO-VERIFICAÇÃO NA HIPÓTESE DE 
QUALQUER CONDUTA DANOSA. ONUS PROBANDI QUE 
INCUMBIA À AUTORA. INTELIGÊNCIA DO ART. 333, I, DO 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. DANO MORAL NÃO 
CARACTERIZADO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO 
DESPROVIDO. (AC n.º 2007.048812-6, da Capital. Rel. 
Des. Marcus Tulio Sartorato, j. em 06/11/2007). 
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Assim, ausentes os elementos que configuram a obrigação de 
indenizar, tendo em vista que nem sequer houve dano a ser reparado, a 
improcedência da demanda é medida que se impõe. 
2) DO MOTIVOS DA IMPROCEDÊNCIA DO DANO MORAL 
O autor requer seja o contestante condenado a reparação 
moral de valor mensurado em R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), entretanto, 
esse pedido não merece procedência, primordialmente porque, não há nos autos 
argumentações aptas a embasa-lo, o que, inclusive prejudica o contraditório, doutro 
norte, os fatos não se deram como alegados pelo autor. 
Assim não há que se falar em humilhação, muito menos em 
acusação injusta do autor, uma vez que, o aborrecimento e a tristeza que teve 
não atende os requesitos necessários à ensejar indenização por dano moral, tendo 
ocorrido apenas um mero aborrecimento não indenizável, ao qual estamos todos 
sujeitos, visto que, inclusive, são necessários a convivência em sociedade. 
Nesse sentido, colaciona jurisprudência: 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - DANOS MORAIS - MERO 
ABORRECIMENTO. Para a procedência do pedido de dano moral, 
deverá o autor comprovar que ele ultrapassouo patamar dos 
meros aborrecimentos e desgastes normais advindos de qualquer 
relação comercial, abalando-lhe o crédito, ou colocando-o em 
situação difícil com os seus credores, a ponto de atingir-lhe a 
moral e a honra. (TJ-MG - AC: 10549120015819001 MG, 
Relator: Alberto Diniz Junior, Data de Julgamento: 
29/07/2015, Câmaras Cíveis / 11ª CÂMARA CÍVEL, Data de 
Publicação: 05/08/2015) 
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AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. DISPARO DE 
ALARME ANTI-FURTO EM SUPERMERCADO. ABORDAGEM 
FEITA POR SEGURANÇAS DO ESTABELECIMENTO. 
SOLICITAÇÃO DE REVISTA DOS PERTENCES DO AUTOR. 
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO. PROCEDIMENTO QUE, 
FEITO DE FORMA RESPEITOSA, NÃO CONFIGURA PRÁTICA 
VEXATÓRIA. CONDUTA ILÍCITA E ABALO MORAL NÃO 
CONFIGURADOS. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO 
DESPROVIDO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de 
Apelação Cível n. 2009.040249-0, da comarca de Blumenau 
(3ª Vara Cível), em que é apelante D. A. L., e apelado 
Sonae Distribuição Brasil S/A: ACORDAM, em Terceira Câmara 
de Direito Civil, por unanimidade, negar provimento ao recurso. 
Custas legais. (Apelação Cível n. 2009.040249-0, de 
Blumenau; Relatora: Desa. Maria do Rocio Luz Santa Ritta) 
 
APELAÇÕES CÍVEIS – AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER 
C/C DANOS MORAIS – SERVIÇOS DE TELEFONIA – 
AUSÊNCIA DE EFICIÊNCIA – RELAÇÃO DE CONSUMO – 
ÔNUS DA PROVA – FORNECEDOR – DANOS MORAIS – 
MERO ABORRECIMENTO – RECURSOS CONHECIDOS E 
DESPROVIDOS. Tratando-se de relação de consumo, compete 
ao fornecedor provar que os serviços de telefonia foram 
prestados de forma eficiente, adequada e contínua, sem 
nenhuma interrupção. Demonstrado que os alegados transtornos 
pelo qual passou o autor tratam-se de meros dissabores, não há 
falar em indenização por danos morais, dada a ausência das 
hipóteses causadoras do abalo moral ou psicológico. (TJ-MS - 
APL: 08012530720158120017 MS 0801253-
07.2015.8.12.0017, Relator: Des. Vladimir Abreu da Silva, Data 
de Julgamento: 16/02/2016, 5ª Câmara Cível, Data de 
Publicação: 18/02/2016)[destacamos] 
 
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A indenização por dano moral encontra amparo no artigo 186 
do Código Civil, que preleciona: 
“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito.” 
Vê-se que o legislador impõe o acontecimento “violar direito e 
causar dano”, ou seja, o provocador do dano deve necessáriamente violar um 
direito causando dano, nesse sentido entende-se que não houve por parte do 
contestante, nenhum ato que desse azo a violação do direito do autor, e nem 
ainda configuração de que esse ato lhe causase dano. 
Uma vez, não tendo o contestante, práticado ato capaz de 
violar direito e havendo condenação em seu desfavor, imputanto obrigação de pagar 
indenização, estar-se-ía diante de enriquecimento ílicito do autor, o que não se 
espera. 
Ademais, a teor do artigo 373, I do Novo Código de 
Processo Civil, ainda que pudesse cogitar a ocorrência de qualquer ilicitude, cabia 
ao autor demonstrar em sua petição o sofrimento, o dano relacionado ao pedido 
de indenização, contudo não o fez; 
Art. 373. O ônus da prova incumbe: 
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito 
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 Diante do que se expõe, requer a total improcedência 
do pedido de reparação indenizatório referente a dano moral. 
3) DO PEDIDO ALTERNATIVO 
Por amor ao debate, o contestante pede, que caso este juízo 
entenda pela existência de dano moral indenizável, o que, evidentemente não se 
espera, passa-se a argumentar a respeito do quanto indenizatório. 
O montante de 50.000,00 (cinquenta mil reais), pleiteados 
pelo autor, é excessivo e desproporcional à situação narrada nos autos. 
Ainda, o dano moral, quando devido, deve ser fixado 
obedecendo os princípios da razoabilidade, da proporcionalidade, e da vedação ao 
enriquecimento sem causa. 
Dessa forma, a quantificação do dano moral deve considerar 
não só as condições econômicas das partes, mas o grau da ofensa e suas 
consequências, para que a reparação do dano não constitua enriquecimento sem 
causa, daquele supostamente lesado. 
Portanto, havendo condenação em indenizar dano moral, o 
valor arbitrado há de observar os princípios do proporcionalidade, da razoabilidade e 
da vedação ao não enriquecimento ilicito e delimitar a extensão do dano e das 
condições financeiras da parte adversa. 
 
 
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V – DOS PEDIDOS 
Pelo exposto, requer a Vossa Excelência, seja, indeferido o 
pedido referente a indenizaçãoreparatória de danos morais, visto que, não houve 
configuração de dano moral indenizável. 
Alternativamente, requer caso seja deferido o pedido de 
reparação de dano moral, este obedeça aos parâmetros de proporcionalidade e 
razoabilidade, e primordialmente do não enriquecimento ilícito. 
Requer ainda, em caso de recurso, seja condenado o 
requerente a pagar honorários advocatícios. 
Protesta pela produção de todos os meios de prova em direito 
admitidas, e ainda pelo depoimento pessoal do requerente. 
 Em momento oportuno, requer que todas as publicações sejam 
realizadas em nome do advogado Dr. Niutom Ribeiro Chaves Júnior (OAB/MS 8.575). 
Termos em que pede deferimento. 
Campo Grande – MS, 13 de setembro de 2016. 
Niutom Ribeiro Chaves Junior Josiene da Costa Martins 
 OAB/MS 8.575 OAB/MS 10.296 
Susane Louise Fernandes Prado 
OAB/MS 14.840 
 
 
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