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Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA)

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Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA)
Nome: Bruna Larissa de Lima Ramos RA: C284DI-7 Estágio: Hospital
Professora: Marion Vecina Semestre: 8º
Curso: Fisioterapia 
Definição da Patologia 
A síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) é uma doença aguda e complexa, de natureza devastadora, com alta morbimortalidade tanto na população adulta quanto na pediátrica, carecendo de terapia farmacológica eficaz e tratamento específico. É caracterizada pelo desenvolvimento de edema pulmonar não cardiogênico e hipoxemia refratária com diminuição da complacência pulmonar após lesão pulmonar. 
http://scielo.iics.una.py//scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1683-98032016000300225&lang=pt
Fatores Predisponentes 
Direta
Aspiração 
Infecção pulmonar difusa (bacteriana, viral, pneumocystis e outros) 
Quase afogamento 
Inalação tóxica 
Contusão pulmonar 
Embolia gordurosa 
Toxicidade pelo oxigênio
Pneumonias 
Indireta
Síndrome séptica 
Politraumatizado 
Politransfusão 
Choque 
Grandes queimados 
 Pancreatite 
“By-pass” cardiopulmonar 
Intoxicação exógena 
Coagulação intravascular disseminada 
Excesso de fluidos
http://www.limic.xpg.com.br/sindrome_angustia_respiratoria_aguda%20artigo2.pdf
Sinais e Sintomas
Hipoxemia aguda ( Dessaturação de oxigênio) pode causar:
Dispneia 
Inquietação 
Ansiedade
Os sinais incluem:
Confusão ou alteração de consciência
Cianose
Taquipneia
Taquicardia 
Diaforese
Arritmia cardíaca 
Coma
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/medicina-de-cuidados-cr%C3%ADticos/insufici%C3%AAncia-respirat%C3%B3ria-e-ventila%C3%A7%C3%A3o-mec%C3%A2nica/insufici%C3%AAncia-respirat%C3%B3ria-hipox%C3%AAmica-aguda-irha,-sara
Sinais e Sintomas
A abertura inspiratória das vias respiratórias fechadas causa crepitações, detectadas durante auscultação do tórax, tipicamente difusas mas, às vezes, piores nas bases dos pulmões, especialmente no lobo inferior esquerdo. 
Distensão venosa jugular ocorre com altos níveis de pressão positiva expiratória final (PEEP) ou insuficiência ventricular direita grave.
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/medicina-de-cuidados-cr%C3%ADticos/insufici%C3%AAncia-respirat%C3%B3ria-e-ventila%C3%A7%C3%A3o-mec%C3%A2nica/insufici%C3%AAncia-respirat%C3%B3ria-hipox%C3%AAmica-aguda-irha,-sara
Classificação da SDRA
A SDRA é classificada em:
Leve (PaO2/FiO2 200 - 300mmHg) 
Moderada (PaO2/FiO2 100 - 200mmHg) 
Grave (PaO2/FiO2 < 100mmHg)
A classificação é determinada comparando-se o nível de oxigênio no sangue com a quantidade de oxigênio que precisa ser administrada nesse nível.
http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/7329/sindrome_do_desconforto_respiratorio_agudo_sdra.htm
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-pulmonares-e-das-vias-respirat%C3%B3rias/fal%C3%AAncia-respirat%C3%B3ria-e-s%C3%ADndrome-do-desconforto-respirat%C3%B3rio-agudo/s%C3%ADndrome-do-desconforto-respirat%C3%B3rio-agudo-sdra
Fases
Fases da Evolução SDRA:
 Fase Exsudativa: 1 a 3 dias - Início na insuficiência respiratória. Encontram-se hemorragia, congestão capilar e edema. Com a evolução, espera-se algum grau de necrose epitelial. Ocorre a formação das membranas hialinas pelos fluidos protéicos extravasados.
 Fase Proliferativa: 3 a 7 dias - O exsudato se transforma em tecido de granulação, enquanto os pneumócitos I lesados são substituídos por pneumócitos II (mais espessos, dificultam trocas gasosas), hiperplásicos e sem especializações (cílios, glândulas). A lesão epitelial alveolar, somada à alteração do surfactante resultam em colapso alveolar.
 Fase Fibrótica: após uma semana - Os alvéolos colapsados serão fixados por fibrina. Todo o pulmão é remodelado por colágeno, músculo liso, elastina e glicoproteínas; o sistema alvéolo-capilar deixa de funcionar, resultando em hipertensão pulmonar e hipoxemia grave refratária.
 
Na fibrose difusa, encontram-se bronquíolos dilatados e parênquima com aspecto de favo de mel, ausência de cartilagens, glândulas e musculatura lisa.
Na fibrose difusa, encontram-se bronquíolos dilatados e parênquima com aspecto de favo de mel, ausência de cartilagens, glândulas e musculatura lisa.
https://lapufpel.wordpress.com/2011/11/26/sara-sindrome-da-angustia-respiratoria-aguda/
 Diagnóstico da SDRA
Quatro critérios clínicos devem estar presentes para que se estabeleça o diagnóstico de SDRA: 
 Doença de acometimento agudo.
Infiltrados pulmonares bilaterais na radiografia de tórax.
Pressão capilar da artéria pulmonar < 18mmHg ou ausência de evidência clínica de hipertensão atrial esquerda.
Razão entre a pressão parcial arterial de oxigênio (PaO2) e a fração inspirada de oxigênio (FiO2) < 200mmHg.
https://www.scielo.br/pdf/jped/v79s2/v79s2a04.pdf
Ventilação Mecânica
A aplicação de estratégia ventilatória invasiva protetora visa tratar os pulmões de forma gentil desde logo, impedindo a piora do processo inflamatório e consequentemente melhorando o prognóstico do paciente. 
Promove adequada troca gasosa, ao mesmo tempo em que se evita a lesão pulmonar associada à ventilação mecânica e o comprometimento hemodinâmico decorrente do aumento das pressões intratorácicas. 
UNIFESP http://www.saudedireta.com.br/docsupload/1334748987protocolo_sdra.pdf
Ventilação Mecânica
Parâmetros do Ventilador Mecânico:
Modalidade Pressão Controlada (PCV) 
 Manter volume corrente (VC) = 6 mL/Kg 
Limitar pressões de vias aéreas < 35 cmH2O 
PEEP = iniciar com 10 cmH2O
Tempo Insp. = 1.4 seg
FR = 12 rpm
Sens: - 2
FIO2 = 100% (após 20 minutos realizar a gasometria para o ajuste do ventilador)
Manter PEEP suficiente para saturação > 90% 
ALBERT EINSTEIN
http://www.szpilman.com/CTI/protocolos/VENTILACAO_MECANICA_SDRA.pdf
Manobra de Recrutamento Alveolar (MRA)
As manobras de recrutamento alveolar (MRA) são procedimentos que têm por finalidade o aumento da pressão transpulmonar, a fim de promover a abertura do maior número possível de alvéolos colapsados e melhorar a distribuição do gás alveolar. Podem ser utilizadas no tratamento da SDRA, utilizam o aumento sustentado de pressão na via aérea, aumentando a área pulmonar disponível para a troca gasosa e a oxigenação arterial. Visando estabilizar a permeabilidade alveolar que deve ser mantida com níveis adequados de pressão expiratória final positiva (PEEP), ou seja, com pressões menores do que aquelas necessárias para o recrutamento. 
Os estudos recomendam que a MRA seja realizada nas fases iniciais da SDRA (nas primeiras 72 horas) e na eminência de atelectasias por perda de volume pulmonar. 
https://www.inspirar.com.br/wp-content/uploads/2016/01/manobras-de-recruta-artigo6_ed36_out-nov-dez-2015.pdf
Hipercapnia Permissiva
Recomendação: Com o objetivo de evitar a lesão pulmonar, a hipercapnia pode ser tolerada em pacientes com SDRA e sob ventilação mecânica. 
Hipercapnia permissiva é a presença de hipercapnia em paciente sob ventilação mecânica em que, com o objetivo de reduzir a lesão pulmonar induzida pela ventilação mecânica, a pressão de platô e o volume corrente são limitados. O aumento do nível de PaCO2 seria uma consequência dessa estratégia ventilatória.
 A PaCO2 deve aumentar gradualmente para prevenir acidose respiratória e garantir estabilidade hemodinâmica. Apesar da administração endovenosa de bicarbonato ser recomendada em alguns casos para manter pH aceitável, esse procedimento raramente é utilizado na prática. Os limites de PaCO2 e de pH ainda não estão bem estabelecidos, mas segundo o III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica para pacientes adultos, o pH deve ser maior do que 7,20. Em pacientes com aumento da pressão intracraniana a hipercapnia é contra-indicada e o uso é limitado em pacientes com acidose prévia. 
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2015/02/I-CONSENSO-BRASILEIRO-DE-VENTILACAO-MECANICA-EM-PEDIATRIA-E-NEONATOLOGIA.pdf
Posição Prona
A posição prona melhora a oxigenação em alguns pacientes, por permitir o recrutamento de regiões pulmonares que não ventilam, sendo assim, podendo melhorar a sobrevivência. 
O objetivo da posição pronatem o propósito de melhorar a relação ventilação-perfusão. Efeito dessa melhora pode ter impacto em pelo menos três grandes aspectos terapêuticos: 
reduzir a toxicidade do oxigênio 
recrutar o espaço alveolar para reduzir o risco de barotrauma 
melhorar a drenagem postural da secreção brônquica, reduzindo o risco de infecção
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/medicina-de-cuidados-cr%C3%ADticos/insufici%C3%AAncia-respirat%C3%B3ria-e-ventila%C3%A7%C3%A3o-mec%C3%A2nica/insufici%C3%AAncia-respirat%C3%B3ria-hipox%C3%AAmica-aguda-irha,-sara
https://www.mastereditora.com.br/periodico/20140301_214022.pdf
Posição Prona
Descrição da manobra prona: 
A colocação de coxins faciais é imprescindível. 
Uma pessoa deve se ocupar exclusivamente do tubo orotraqueal durante a manobra. 
Coxins torácicos e abdominais devem ser indicados caso a caso. 
O paciente considerado respondedor deve permanecer em posição prona, idealmente, por 20 horas. 
O paciente será considerado respondedor quando após duas horas pronado apresentar aumento de PaO2 ≥ 10 mmHg ou PaO2/FiO2 ≥ 20. 
O paciente que não for respondedor deve ser reavaliado diariamente. (Lembrar que o paciente foi não respondedor NAQUELA manobra em especial). 
Ao retornar a supina, após pelo menos 12-20 horas, repetir uma gasometria 1 hora após. 
A PEEP pronado deve ser reavaliada sendo a mínima necessária para manter SpO2 > 92%, com a menor FiO2 possível.
UNIFESP
http://www.saudedireta.com.br/docsupload/1334748987protocolo_sdra.pdf
Posição Prona
Contraindicações da posição prona:
Queimaduras
Ferimentos na face ou região ventral do corpo
Instabilidade da coluna vertebral
Hipertensão intracraniana
Arritmias graves
Hipotensão severa
https://multisaude.com.br/artigos/ventilacao-em-posicao-prona/
Tratamento Fisioterapêutico
Essas manobras consistem em técnicas manuais, posturais e cinéticas que podem ser aplicadas no paciente, associando-os aos recursos do ventilador mecânico, tais técnicas têm sua efetividade caracterizada pela intensidade com a qual são executadas, sempre dependendo das condições clínicas do paciente. São elas:
Drenagem postural
Percussão torácica ou tapotagem
Aspiração endotraqueal
Vibrocompressão torácica
Pressão negativa manual expiratória
Hiperinflação manual (HM) ou Bag Squeezing: melhora a complacência pulmonar e a oxigenação, prevenindo o colabamento alveolar e reexpandido os alvéolos já inferiores, bem como, estimula a tosse em pacientes sob ventilação mecânica.
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/fisioterapia/a-atuacao-da-fisioterapia-intensiva-na-sindrome-da-angustia-respiratoria-aguda/16611
Tratamento Fisioterapêutico
Fisioterapia Motora na UTI
A Fisioterapia Motora tem sido uma grande aliada na recuperação clínica de pacientes internados em UTI, restaurando a perda funcional, reduzindo incapacidades e aprimorando a funcionalidade do paciente. Como alternativa de prevenção e tratamento de comorbidades associadas ao imobilismo, a fisioterapia tem sido defendida através de programas de mobilização precoce no paciente crítico.
https://interfisio.com.br/atuacao-da-fisioterapia-motora-na-prevencao-e-recuperacao-do-declinio-funcional-em-pacientes-criticos/
Conclusão: Embora a mortalidade da SDRA tenha se reduzido nos últimos anos, aqueles que sobrevivem evoluem com alterações na função pulmonar, redução da qualidade de vida e do status funcional além do surgimento de distúrbios neuropsiquiátricos até 5 anos após a sua doença crítica. A causa, a manifestação fisiopatológica e o curso clínico em pacientes com SDRA podem ser diferentes daquelas de outras doenças críticas. A hipótese de um padrão diferente e característico de sequelas em longo prazo pode ser derivada de aspectos específicos da SDRA: a ventilação mecânica pode ser mais prejudicial na SDRA do que nas outras doenças críticas; a hipoxemia é uma complicação específica SDRA, e os sobreviventes podem ser especificamente expostos a seus efeitos negativos; e pacientes com SDRA recebem terapias próprias (oxigenação por membrana extracorpórea, posição prona, bloqueio muscular e sedoanalgesia), que podem influenciar no desfecho em longo prazo.
Artigo: Dezembro 2019
https://www.scielo.br/pdf/rbti/v31n4/0103-507X-rbti-31-04-0555.pdf
Conclusão: Em pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), demonstrou-se que a limitações do volume corrente, da pressão de platô e da pressão de distensão reduzem a mortalidade. Na SDRA grave, o uso de pressão expiratória final positiva (PEEP) mais alta e a posição prona também reduzem a mortalidade. 
Em pacientes com SDRA, deve-se estar atento para o ajuste da ventilação mecânica, pois parâmetros protetores podem aumentar a sobrevida.
Artigo: Novembro 2019
https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/28988/19839
Conclusão: A ventilação prona demonstrou ser uma medida segura em indivíduos com síndrome do desconforto respiratório agudo grave, com melhora nos níveis de PaO2 / FiO2 , sem melhora na mortalidade em 28 dias. A resposta à ventilação propensa e a permanência da oxigenação em decúbito dorsal diminuem os dias de permanência em terapia intensiva e os tempos de necessidade de ventilação mecânica invasiva.
Artigo: Outubro 2016
http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0187-84332016000400235&lang=pt
FIM 
Obrigada!

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