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UTILIZAÇÃO DE RECURSOS SUSTENTÁVEIS NA INDÚSTRIA COSMÉTICA

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
TECNOLOGIA DE ESTÉTICA E COSMÉTICA 
 
 
BÁRBARA VILA NOVA BEZERRA DOS REIS 
CARLA SOUZA SILVA 
GRAZIELE ALVES DA SILVA 
JANAINA SOARES SILVA DE OLIVEIRA 
LETÍCIA DE OLIVEIRA SOUZA 
TALITA SUELEN GOMES MOTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
UTILIZAÇÃO DE RECURSOS SUSTENTÁVEIS NA INDÚSTRIA COSMÉTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
Tatuapé/ Noturno 
Maio/ 2015
UNIVERSIDADE PAULISTA 
TECNOLOGIA DE ESTÉTICA E COSMÉTICA 
 
 
 
BÁRBARA VILA NOVA BEZERRA DOS REIS 
CARLA SOUZA SILVA 
GRAZIELE ALVES DA SILVA 
JANAINA SOARES SILVA DE OLIVEIRA 
LETÍCIA DE OLIVEIRA SOUZA 
TALITA SUELEN GOMES MOTA 
 
 
 
 
 
 
UTILIZAÇÃO DE RECURSOS SUSTENTÁVEIS NA INDÚSTRIA COSMÉTICA 
 
 
 
 
 
 
 Orientador: Prof. Sinária R. N. de Sousa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
Tatuapé/ Noturno 
Maio/ 2015
Trabalho apresentado no curso 
superior de Tecnologia em Estética 
e Cosmética da UNIP, para o Projeto 
Integrado Multidisciplinar III. 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
TECNOLOGIA DE ESTÉTICA E COSMÉTICA 
 
 
BÁRBARA VILA NOVA BEZERRA DOS REIS 
CARLA SOUZA SILVA 
GRAZIELE ALVES DA SILVA 
JANAINA SOARES SILVA DE OLIVEIRA 
LETÍCIA DE OLIVEIRA SOUZA 
TALITA SUELEN GOMES MOTA 
 
 
UTILIZAÇÃO DE RECURSOS SUSTENTÁVEIS NA INDÚSTRIA COSMÉTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aprovado em: 
 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
_______________________ 
Prof. Sinária Rejany Nogaia de Sousa 
Universidade Paulista – UNIP 
_______________________ 
 Prof. Paula Andreotti Rodrigues 
Universidade Paulista – UNIP 
_______________________ 
Prof. Luciana Vasquez 
Universidade Paulista – UNIP 
 
Trabalho apresentado no curso 
superior de Tecnologia em Estética 
e Cosmética da UNIP, para o Projeto 
Integrado Multidisciplinar III. 
RESUMO 
 
A sustentabilidade significa fazer hoje sem prejudicar o amanhã, sendo um conceito 
relacionado com a continuidade e preservação dos aspectos econômicos, sociais e 
ambientais da sociedade. A sustentabilidade e responsabilidade social estão ligadas 
e são estratégicos para o crescimento econômico da empresa. No entanto a 
indústria de cosméticos mantêm esforços no sentido de equilibrar desenvolvimento 
sustentável então, é de responsabilidade de toda empresa manter meio ambiente e 
a vida das pessoas. 
 
Palavras chave: Cosméticos. Sustentabilidade. Indústrias. Meio Ambiente. 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 5 
2 REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................... 7 
2.1 Sustentabilidade na atualidade da sociedade cosmética ............................ 7 
2.2 Recursos Sustentáveis para a Redução da Produção de Resíduos e 
Emissão de CO² ................................................................................................. 10 
2.3 Recursos Sustentáveis para a Redução da Emissão de Gases do Efeito 
Estufa ................................................................................................................. 13 
2.4 Segurança e Meio Ambiente ..................................................................... 17 
2.5 Consumo e Energia .................................................................................. 21 
3 OBJETIVO GERAL...................................................................................... 27 
4 MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................... 28 
5 A EMPRESA ................................................................................................ 29 
5.1 Idealização dos Recursos sustentáveis utilizados na empresa Beraca .... 29 
6 DISCUSSÃO ................................................................................................ 32 
7 CONCLUSÃO .............................................................................................. 37 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 38 
ANEXOS ............................................................................................................ 40 
ANEXO 1– Resumo para os anais do Encontro Acadêmico ........................ 41 
ANEXO 2: Banner ............................................................................................. 42 
 
 
5 
1 INTRODUÇÃO 
 
Nas últimas décadas, verificou-se uma preocupação mundial crescente em 
relação às questões ambientais, decorrente principalmente da degradação do meio 
ambiente e das práticas não sustentáveis de uso dos recursos naturais, que têm 
acarretado perda da diversidade ambiental nos ecossistemas. 
A utilização de matérias-primas vegetais provenientes de sistemas 
sustentáveis de produção tem inúmeras vantagens sociais, econômicas e 
ecológicas. Os cosméticos orgânicos ainda pouco conhecidos entre os 
consumidores brasileiros ganha cada vez mais mercado no mundo. Com o impacto 
da crise ambiental, as pessoas estão se conscientizando e preferindo produtos que 
não causem danos ao meio ambiente e a sua saúde. Na antiguidade os cosméticos 
eram usados com intuito de adornar, camuflagem, ataque ou proteção. Porem esses 
cosméticos possuía caráter tóxico. Por isso houve a necessidade de se criar os 
biocosméticos que são produtos livres de conservante sintéticos, adubos químicos, 
minerais e artificiais. Os cosméticos sustentáveis como produtos naturais e 
orgânicos desenvolvidos em uma produção feita de maneira sustentável envolvendo 
comunidades e que se destaca também por não fazer testes em animais. 
Os biocosméticos precisam passar por um rigor de produção, desde o plantio 
até ao consumidor final, todo o processo de produção deve ser ecológico e 
sustentável e que promova a biodiversidade e proteja as gerações futuras. Com isso 
as certificadoras ganharam espaço para fazer a inspeção de todos os processos, 
fazendo com que os produtos sejam confiáveis aos consumidores e ecologicamente 
corretos. Sabe-se que a sustentabilidade está intimamente ligada à continuidade dos 
aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Assim, 
a melhor forma de aliar lucratividade à preservação do planeta é vender a ideia de 
produtos que não poluam o meio ambiente, que beneficiem comunidades menos 
favorecidas e que promovam a sustentabilidade e a responsabilidade social. 
A sustentabilidade significa fazer o hoje sem prejudicar o amanhã, sendo um 
conceito sistêmico relacionado com a continuidade e preservação dos aspectos 
econômicos, sociais e ambientais da sociedade. Portanto, na visão de Spangenberg 
(2001), a sustentabilidade é essencialmente outro modo de ver o mundo, baseado 
nas relações de justiça e partilha de responsabilidade de intergerações. Em tempos 
recentes, a sustentabilidade parece ter adquirido o status de “ideia-força”. Não se 
 
 
6 
trata de um conceito novo, mas ultimamente tem sido apropriado por diferentes 
grupos de interesse na sociedade, que inclui desde ambientalistas radicais, 
passando por instituições não governamentais (ONGs), governos e organismos 
internacionais, até chegar ao mundo dos gestores nas empresas. 
Quando as empresas compram matérias-primas de origem certificada, usam 
embalagens recicláveis e controlam a emissão de poluentes, já estão engajadas na 
luta por um planeta melhor. Algumas empresas investem em refis como forma de 
diminuir o impacto causado pelo descarte de embalagens no meio ambiente. Além 
da vantagem ecológica evidente, você faz economia, já que o refil custa menos. 
Cosméticos orgânicos não são sinônimos de sustentáveis. No entanto, vários dos 
seus princípios são benéficos à natureza. O modelo de uma sociedade sustentável 
pressupõe a capacidade de satisfazer suas necessidades, sem comprometer as 
chances de sobrevivência das gerações futuraspara que também elas atendam a 
suas próprias necessidades. Com base nesta premissa, surgiu o conceito de 
cosméticos orgânicos, que tem como base a agricultura orgânica. Esta se diferencia 
da agricultura convencional por priorizar o ambiente, a justiça social e o crescimento 
econômico racional e sustentável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
2 REVISÃO DA LITERATURA 
2.1 Sustentabilidade na atualidade da sociedade cosmética 
 
A partir do inicio dos anos 70, o problema mundial com o meio ambiente 
passou a ser questionado, reformulado e repensado dentro de uma nova realidade, 
a partir daí Estados, Organizações Internacionais governamentais ou não, passaram 
a ter consciência dos problemas ambientais que o mundo todo estava a enfrentar 
(SCHIMAICHEL e RESENDE, 2006). 
A indústria cosmética passa por uma importante transformação: o 
desenvolvimento de uma produção ecologicamente correta e o comercio de insumos 
provenientes da biodiversidade. Cada vez mais as indústrias estão incorporando 
práticas sustentáveis ao seu desenvolvimento. A indústria de cosméticos é um 
exemplo claro de como associar tecnologia ao desenvolvimento sustentável. E este 
desenvolvimento é aplicado não somente na eficiência da produção, mas também 
na valorização da manutenção dos recursos humanos e naturais. Hoje, as empresas 
utilizam matérias-primas extraídas principalmente da Amazônia de maneira 
renovável, gerando assim trabalho e remuneração às comunidades locais (CHÁVEZ, 
2004). 
Quando as empresas compram matérias-primas de origem certificada, usam 
embalagens recicláveis e controlam a emissão de poluentes, já estão engajadas na 
luta por um planeta melhor. Algumas empresas investem em refis como forma de 
diminuir o impacto causado pelo descarte de embalagens no meio ambiente. Além 
da vantagem ecológica evidente, você faz economia, já que o refil custa menos. 
Cosméticos orgânicos não são sinônimos de sustentáveis, entanto, vários dos seus 
princípios são benéficos à natureza (BARBIERI 2010). 
 Os cosméticos considerados “ecologicamente corretos” são os orgânicos, 
fabricados com ingredientes que seguem normas de qualidade e sustentabilidade 
estabelecidas por agências certificadoras capazes de garantir, ao consumidor final, a 
qualidade orgânica dos produtos adquiridos. No Brasil, as agências que certificam os 
cosméticos orgânicos são o Instituto Biodinâmico (IBD Certificações) e Ecocert Brasil 
(COSMETICS & TOILETRIES, 2010). 
Empresas como a Cativa Natureza e a Feito Brasil já utilizam o recurso do 
rastreamento de insumos orgânicos, assumindo um compromisso real com o meio 
ambiente. Promovendo uma linha diferenciada de produtos sem comprometer 
 
 
8 
espécies em extinção e livre de testes em animais, as marcas de cosméticos atuam 
no mercado trazendo o conceito de sustentabilidade até mesmo após a compra por 
devolverem suas embalagens após o uso. Além do processo de logística reversa 
(devolução das embalagens), Rose Oliveira dona da empresa Cativa Natura afirma 
que todo o material de divulgação da marca é reciclado, como no caso dos banners 
de lona, que são reutilizados na forma de sacolas retornáveis confeccionadas por 
presidiárias. No caso da Feito Brasil, a própria loja foi erguida a partir de tijolos 
reutilizados de um terreirão de café e os móveis do show room são todos feitos de 
madeira reciclada. Quanto aos produtos, a marca optou por manter todo o processo 
de fabricação dos cosméticos artesanal (COSMETICS & TOILETRIES, 2010). 
A boa aceitação dos produtos orgânicos deve-se, de um modo geral, à 
preocupação com a degradação ambiental, à conscientização e ao aumento da 
exigência dos consumidores por produtos “limpos” (SCHIMAICHEL e RESENDE, 
2006). 
O crescimento da cosmética orgânica dentro da cosmetologia vem 
demonstrando valores significativos em relação aos cosméticos tradicionais. Existe 
um grupo considerável de consumidores que priorizam a exclusão do uso de 
produtos petroquímicos e optam por produtos naturais e orgânicos e relacionam a 
estes cosméticos uma maior proteção em seu uso, e credibilizando a certificação e 
se dispõem a pagaram mais por este tipo de produtos (RIBEIRO, 2009). 
Essa realidade, formada a partir da conscientização dos problemas 
ambientais e dos riscos que eles causam a manutenção da vida humana, fez com 
que as pessoas passassem a se preocupar não só com a saúde ambiental, mas 
com sua própria saúde. Por isso os orgânicos aos poucos estão ganhando 
mercado, não só nos alimentos, mas agora também em cosméticos, assim como 
roupas feitas com algodão certificado, entre outros produtos ou serviços. Contudo as 
pessoas conscientes dessa crise ambiental passaram a comprar produtos que 
venham em embalagens recicláveis e não compram se forem feitos com 
ingredientes nocivos ao meio ambiente e a sua saúde, sentem-se motivados a 
realizar compras de produtos que informem terem sido fabricados de uma forma 
correta (CHAVES, 2004). 
O melhor modo para seguir no caminho da sustentabilidade seria aquele em 
que cada individuo ou consumidor em potencial, agindo com base em seus próprios 
valores e critérios de qualidade, em sua própria expectativa de vida, fazendo 
 
 
9 
escolhas que sejam as mais compatíveis com as necessidades. Sabe-se que a 
sustentabilidade está intimamente ligada à continuidade dos aspectos econômicos, 
sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Assim, a melhor forma de aliar 
lucratividade à preservação do planeta é vender a ideia de produtos que não poluam 
o meio ambiente, que beneficiem comunidades menos favorecidas e que promovam 
a sustentabilidade e a responsabilidade social. Atualmente, o estudo e a prática da 
sustentabilidade se tornaram um assunto bastante desenvolvido e difundido pelas 
empresas (GUERRA e NODARI, 2004). 
O modelo de uma sociedade sustentável pressupõe a capacidade de 
satisfazer suas necessidades, sem comprometer as chances de sobrevivência das 
gerações futuras para que também elas atendam a suas próprias necessidades. 
Com base nesta premissa, surgiu o conceito de cosméticos orgânicos, que tem 
como base a agricultura orgânica. Esta se diferencia da agricultura convencional por 
priorizar o ambiente, a justiça social e o crescimento econômico racional e 
sustentável (RIBEIRO, 2009). 
O Brasil deve mostrar ao mundo que temos critérios reguladores 
estabelecidos para o uso dos recursos da nossa preciosa floresta e que controlamos 
a produção que explora o apelo mercadológico relacionado à Amazônia. Atualmente 
existe um mercado significativo, que exige informações oficiais sobre a forma de 
produção, as matériasprimas, a mão de obra, o tipo de trabalho envolvido, a 
sustentabilidade e o respeito ao meio ambiente, referentes aos produtos que são 
ofertados no mercado mundial (GRAZZITION, 2007). 
Amazônia tem uma biodiversidade que é única, e uma das mais ricas do 
mundo, visto que existe cerca de um milhão de espécies animais e vegetais, o que 
representa a metade das espécies registradas em todo o planeta. A crescente 
necessidade por produtos de origem natural concebidos em alicerces sustentáveis 
tem alavancado por novas oportunidades na Amazônia brasileira (BITETTI, 2003). 
As bioindústrias de cosméticos abrangem vários segmentos de atuação tendo 
diferentes portes de empresa aonde são representadas por empresas locais, que na 
grande parte são micro e pequenas indústrias, sendo empresas líderes nacionais e 
transnacionais, que detêm todas ou algumas etapas das cadeias produtivas, indo 
desde o processamento de extratos até o desenvolvimento do produto acabado 
(MIGUEL, 2009). 
 
 
10 
Os produtos provenientes da biodiversidade amazônica deparam-se 
ultimamente em processo de expansão, acompanhando uma tendência mundial de 
substituição de produtos sintéticos por produtos naturais e de atribuir à biotecnologia 
um papel cada vez mais relevante no aumentoda competitividade tecnológica e 
industrial (GLENIA, 2004). 
A expansão do parque industrial brasileiro nesses últimos anos deu ao país a 
liderança nesse setor na América Latina, situando-o entre os primeiros mercados do 
mundo. Por isso, dispõe hoje de uma infraestrutura de fornecedores de insumos que 
permitem o país competir no mercado internacional. Diante desse quadro geral, 
cabe destacar também a excepcional força da marca “Biodiversidade Amazônica” na 
opinião pública internacional, especialmente quando ela é relacionada à utilização 
dos recursos naturais da região segundo os critérios da sustentabilidade ambiental e 
social, repercutindo diretamente na valorização dos bioprodutos (MIGUEL, 2009). 
 
2.2 Recursos Sustentáveis para a Redução da Produção de Resíduos e 
Emissão de CO² 
 
Alguns municípios da Alemanha obrigam os habitantes a fazerem uma 
separação dos seus sacos de lixo doméstico onde numa vasilha eram postas as 
cinzas e o produto das varreduras, em outra os restos de alimentos, no caso de ser 
cacos de vidro os mesmos são colocados em sacos, as latas, os papéis, os pedaços 
de ferro, madeira, etc. Com isso, no momento da destruição final desse lixo seria 
vantajoso podendo ter uma melhor utilização. As areias, junto à lama e a poeira das 
ruas, se despejam em lugar adequado, os materiais da segunda categoria são 
queimados ou triturados, os últimos objetos tratando-se de combustíveis são 
incinerados ou aproveitados e vendidos conforme o caso (BRITO, 1999). 
 
 
 
11 
Imagem 1.1 Fonte: http://www.intercement.com/sites/ra2011/img/grafico-atitude-
sustentavel02.jpg 
 
Sustentabilidade e reciclagem são alguns dos temas mais abordados 
atualmente em diversas áreas de estudo e com isso, a produção atual faz com que 
os resíduos sejam gerados para bens de consumo duráveis como imóveis, rodovias 
e pontes ou não duráveis como as embalagens descartáveis. Com isso, a produção 
na maioria das vezes utiliza matérias-primas não renováveis de origem natural. Esse 
método não apresentou problemas por motivos de grandes recursos naturais e a 
pequena quantidade de pessoas incorporadas a sociedade de consumo (JOHN, 
1999). 
A intensa industrialização, tecnologia e o aumento da população, fez com que 
o alto consumo agravasse os problemas urbanos principalmente após 1980. Esses 
problemas se davam por escassez de área de deposição de resíduos devido a 
ocupação das áreas urbanas, problemas de saneamento e contaminação ambiental. 
(BRITO, 1999). 
Durante a ECO-92 e a definição da Agenda 21, destacou-se a necessidade 
de implementar um sistema de gestão ambiental para os resíduos sólidos e a 
solução encontrada para os problemas gerados foi a de reciclagem de resíduos. 
Este conceito não implica em apenas disciplinar a sociedade, envolve também 
mudanças culturais, educação ambiental e visão sistêmica. Apesar da redução na 
geração de resíduo seja uma ação necessária, ela é limitada levando em 
consideração que existem impurezas na matéria-prima, gera custos e patamares de 
desenvolvimento tecnológico (JOHN, 2000). 
A geração de resíduos sólidos é um dos maiores problemas da sociedade 
atual, reforçado pelo crescimento desordenado da população, pelo processo de 
ocupação do território urbano e pelo crescimento acentuado dos bens de consumo 
popularizados pelo aumento da produção industrial. A política de gestão de resíduos 
deve agir não apenas para garantir a coleta, o tratamento ou a disposição, mas deve 
estimular a produção de uma menor quantidade de resíduos (DEMAJOROVIC, 
1995). 
 
 
http://www.intercement.com/sites/ra2011/img/grafico-atitude-sustentavel02.jpg
http://www.intercement.com/sites/ra2011/img/grafico-atitude-sustentavel02.jpg
 
 
12 
 
Imagem1. 2 
Fonte:http://www.cacador.sc.gov.br/portalhome/images/stories/fotosnot/porcentagem
total_2012.jpg 
Conforme Demajorovic (1995) para que possamos reduzir a produção de 
resíduos devemos primeiramente entender quais são as suas categorias para por 
fim separa-los corretamente. Abaixo listamos os tipos de categorias: 
LIXO DOMICILIAR: São restos de alimentos, papéis, plásticos, vidros, metais, 
dentre outros gerado nas residências, nos escritórios, nos refeitórios e sanitários das 
indústrias. 
LIXO DE VIAS PÚBLICAS: Composto por entulhos, folhas, terra, cigarros 
entre outros detritos e possuem pouco potencial de reciclagem. É obtido através da 
varrição das ruas, limpeza nos terrenos baldios, canais de esgoto, bueiros e bocas 
de lobo. 
ENTULHO DE CONSTRUÇÃO CIVIL: Possui sobras de materiais de 
construção e é um tipo de resíduo mais específico e menos variado, com 
potencialidade de reciclagem, É obtido na reforma ou construção de obras sejam 
elas publicas ou particulares, comerciais ou industriais. 
 
 
13 
LIXO COMERCIAL: Vindo de estabelecimentos comerciais, contem 
praticamente os mesmos resíduos que o “Lixo domiciliar”, sua diferença está com a 
alta potencialidade de reciclagem. 
LIXO INDUSTRIAL: São 'restos' dos processos industriais, são eles lodos, 
produtos e materiais do processo de fabricação, entre outros. É um tipo de resíduo 
mais específico e menos variado. 
LIXO HOSPITALAR: Feito por hospitais, ambulatórios médicos, farmácias e 
clinicas estéticas ou veterinárias. Possui resíduo mais específico e menos variado, 
com baixa potencialidade de reciclagem. 
OUTROS: Vindo de penitenciarias, aeroportos, portos, produtos resultantes 
de acidentes, animais mortos, veículos abandonados, entre outros. 
O cuidado e a preocupação do poder público e da sociedade com os resíduos 
sólidos existe há muito tempo, em 1914 na cidade de Vitória, o até então prefeito da 
cidade apresentou um relatório em que dizia: “Nenhum serviço é de mais relevância 
para uma cidade que o da sua limpeza. O viajante que anda pelas ruas de uma 
Capital e as encontra sujas, poeirentas, sem a necessária higiene será certamente 
um mau propagandista dos seus foros de centro civilizado” (MINGO, 2002). 
Por fim, para que possamos ter bons recursos de sustentabilidade e diminuir 
a produção dos resíduos, a política ambiental deve ter como prioridade gerenciar o 
ciclo biológico, ter um sistema circular em que a quantidade de resíduos 
reaproveitados seja sempre e cada vez maior enquanto a de resíduos gerados seja 
cada vez menor. Para isso é preciso auxiliar e motivar a população para que 
distribuam seus lixos adequadamente, seja em residência, empresas, hospitais ou 
até mesmo nas vias publicas. 
 
2.3 Recursos Sustentáveis para a Redução da Emissão de Gases do Efeito 
Estufa 
 
Segundo Almeida (2002) o Desenvolvimento Sustentável no Brasil existe 
desde 1913, quando foi criado o primeiro parque nacional brasileiro para a 
preservação do meio ambiente – Parque Nacional de Itatiaia. Dois anos depois 
outros dois parques foram criados, Cataratas do Iguaçu e Serra dos Órgãos. O 
 
 
14 
Brasil, por ser um país de riqueza ambiental indiscutível, sempre chamou a atenção 
de cientistas e estudiosos de todo o mundo, esses que iniciaram fóruns de 
discussões acerca da contínua e desenfreada destruição do meio ambiente. Desses 
debates resultou a Fundação Brasileira para a Conservação da natureza (1958), 
considerada a primeira organização ambiental a conseguir criar e manter uma 
presença nacional. 
Esta Fundação segundo Almeida (2002) surgiu para tentar controlar o 
crescimento desenfreado da era Juscelino Kubitscheck. Porém, a intensa atividade 
industrial do país, com o consequente aumento da urbanização, associada à 
influência de eventos ocorridos no exterior, provocou a ampliação do foco de 
discussão, abrindo espaço para denúncias sobre a degradação do meio ambiente. 
Segundo Barbosa (2008) a questão ambiental, no Brasil, se intensificou nos 
discursos e estudos no curso da década de 1960, após uma fase de intenso 
crescimento urbano. 
 
Imagem: 1.3 
Fonte: http://www.proceedings.scielo.br/img/eventos/agrener/n3/14731g1.gifCom a crise do petróleo no final dos anos sessenta e início da década de 
setenta, a reflexão acerca do futuro, que se apresenta incerto, começa a ser exposta 
no pensamento político, social e filosófico levando ao questionamento da 
participação do homem no planeta. O Brasil mesmo demonstrando intenções 
positivas muito cedo, com a criação desses órgãos, passou por situações 
comprometedoras na década de 70. Durante a Conferência de Estocolmo em 1972, 
não apenas o Brasil, mas, alguns outros países em desenvolvimento se mostraram 
http://www.proceedings.scielo.br/img/eventos/agrener/n3/14731g1.gif
 
 
15 
resistentes ao reconhecimento referente aos problemas ambientais, afirmando ser a 
miséria o verdadeiro grande agente poluente das nações. 
O Brasil, fundamentado nessa ideia, conduziu políticas de atração de 
indústrias poluentes e migração de populações desfavorecidas de alta fecundidade 
para a Amazônia, com o intuito de evitar a reforma agrária nas regiões de origem 
destas populações (VIOLA e LEIS, 1995). 
A resistência do Brasil, em reconhecer os problemas ambientais, talvez possa 
ser justificada através do relatório Brundland, onde o mesmo considera que a 
pobreza generalizada não é mais inevitável e que o desenvolvimento de uma cidade 
deve privilegiar o atendimento das necessidades básicas de todos e oferecer 
oportunidades de melhora de qualidade de vida para a população (BARBOSA, 
2008). 
Porém, essa resistência ao reconhecimento da problemática ambiental, 
começou a cessar logo no ano seguinte (1973), quando foi fundada a Secretaria 
Especial do Meio Ambiente, que tinha por finalidade justamente atenuar a imagem 
negativa que o Brasil havia adquirido após a Conferência de Estocolmo. 
Por volta de 1989, no auge da crise ambiental ocasionada pelas queimadas 
na região amazônica o governo cria o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e 
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em que pela primeira vez a proteção 
ambiental é associada ao uso conservacionista de alguns recursos naturais 
(BARBOSA, 1995). 
A Eco 92, também conhecida como Rio-92, ocorrida no ano que dá nome ao 
evento, foi um importante acontecimento para o Brasil, principalmente porque ajudou 
a popularizar as questões ambientais no país. Um dos intuitos do encontro de países 
foi conscientizar as nações ricas a ajudarem os países em desenvolvimento na 
implementação de uma economia sustentável. 
Durante tal convenção muitos acordos e documentos foram realizados, dentre 
os quais o Brasil criou a Agenda 21 Nacional com o objetivo de selecionar as áreas 
ambientais mais urgentes no trato ambiental, essas que eram: Infraestrutura e 
Integração Regional; Cidades Sustentáveis; Agricultura Sustentável; Gestão de 
 
 
16 
Recursos Naturais; Redução das Desigualdades Sociais; C&T e DS. (REBOLÇAS, 
2013). 
 
Imagem: 1.4 
FONTE:http://edgblogs.s3.amazonaws.com/planeta/files/2012/06/impacto_desastres
_naturais_eco92.jpg 
Outro fato importante para o Brasil, no âmbito do Desenvolvimento 
Sustentável, aconteceu cinco anos após a Rio-92, criava-se o Conselho Empresarial 
Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) em 1997. Este conselho 
contou com a participação de vários empresários brasileiros e tinha como objetivo, 
dentre várias atividades, fomentar programas e projetos destinados à disseminação 
do conhecimento e das práticas sustentáveis já adotadas pelas empresas brasileiras 
(ALMEIDA, 2002). 
Tendo o termo desenvolvimento sustentável surgido a partir de estudos sobre 
as mudanças climáticas, e sendo este um importante fator de preocupação, o Brasil 
adquire uma nova atitude em relação ao assunto, passando a perceber que as 
mudanças no clima são resultados diretos da ação errônea do homem. 
O sucesso brasileiro em reduzir as queimadas na Amazônia e o triunfo de sua 
matriz energética são realizações importantes para o país, mas nem de longe 
caracterizam uma dinâmica própria ao desenvolvimento sustentável. É verdade que 
o Brasil passou, nos últimos anos, por um processo expressivo de redução 
simultânea e inédita da pobreza e da desigualdade de renda. Porém, os avanços 
http://edgblogs.s3.amazonaws.com/planeta/files/2012/06/impacto_desastres_naturais_eco92.jpg
http://edgblogs.s3.amazonaws.com/planeta/files/2012/06/impacto_desastres_naturais_eco92.jpg
 
 
17 
nesta direção não se apoiam hoje em formas de crescimento econômico voltadas 
explicitamente ao menor uso de energia e de materiais (ABRAMOVAY, 2010). 
Ainda no tocante aos acontecimentos que ajudaram o Brasil a reconhecer e 
dar a devida importância às questões ambientais, assim como na Eco 92, o país foi 
palco da Rio+20, evento que objetivou renovar e reafirmar a participação dos líderes 
de vários países nas ações relacionadas ao desenvolvimento sustentável no planeta 
Terra. Este evento foi, na realidade, uma segunda etapa da Cúpula da Terra (ECO-
92) no Rio de Janeiro. A Rio+20 não surtiu os efeitos esperados, ficando com mais 
propostas e menos ações. 
De qualquer forma, o simples fato do Brasil ser sede de eventos com 
abrangência e repercussão mundial, já significa que a problemática socio ambiental 
não está tão esquecida. Porém, sabe-se que expor o problema está muito longe de 
significar uma solução dos mesmos. A questão é que, embora com alguns 
acontecimentos importantes, o Brasil ainda é iniciante no contexto de 
Desenvolvimento Sustentável. 
Para Abramovay (2010) por maiores que sejam as conquistas representadas 
principalmente pelo aumento das áreas de reservas e pela recente conscientização 
de atores para reduzir a devastação, não se formou ainda uma coalizão social capaz 
de transformar a biodiversidade, os produtos e os serviços ecos sistêmicos da 
exploração florestal sustentável na grande fonte de ganhos econômicos para os 
agentes privados e para a região como um todo. 
2.4 Segurança e Meio Ambiente 
 
Segundo Marcondes (1970) meio ambiente é um conjunto de unidades 
ecológicas que funciona como um sistema natural e incluem toda a vegetação 
animais solos, rochas atmosfera e fenômenos planeta do sistema solar onde existe 
vida. Isso ocorre porque ela apresenta alguns fatores físicos e químicos sem os 
quais a vida não seria possível. Entre esses fatores podemos citar a luminosidade, a 
temperatura a disponibilidade de água do ar atmosférico e das substâncias químicas 
utilizadas pelo organismo. A sobrevivência se depende da presença desses fatores, 
mas não somente deles. De fato se nos detivermos a observar a vida de um 
organismo verificaremos que ele nunca está isolado, pois além dos componentes 
 
 
18 
físicos e químicos é circulado por outros seres vivos com os quais mantém a 
relações Chama se meio ambiente o conjunto de fatores físicos químicos e 
biológicos necessários a sobrevivência de cada espécie. 
As manifestações a favor do meio ambiente vêm assumindo as mais diversas 
modalidades. Elas invadem a pesquisa de campo e a análise laboratorial ,fazem –se 
presentes em associações de bairro e propiciam até mesmo a formação de partidos 
políticos específicos .É que o chamado movimento ecológico se impõe ,e cada vez 
mais como um problema que estende a ponto de atingir as próprias raízes do 
homem e de sua sobrevivência .E tudo é medido pela gravidade crescente das 
consequências daquilo que o homem faz com a natureza e consigo mesmo :amiúde 
,o resultado chega a tocar a calamidade. O plano de fundo da questão deve ser 
vista na análise do conceito de natureza através de sua evolução histórica. Quando 
Marx, por exemplo, insiste em afirmar que já não existe natureza em si ,que tudo já 
foi trabalhado ,transformado ,mapeado pelo homem ,ele mete o dedo no carne do 
problema .Realmente ,no correr de uma lenta e longa evolução ,a natureza se faz 
cada vez menos o polo antitético do mundo humano e da a cultura e tudo se passa 
como se ela pudesse ser integralmente assimilada por essa cultura ,no sentidode 
que tudo é transposto ao nível da racionalidade prática e teor ética (MARCONDES, 
1970). 
Segundo Carlos (1993) entre as atividades humanas existem algumas que 
mais alteram o equilíbrio ambiental e cuja ação modificadora em qualidade e em 
intensidade está intimidade relacionada com os níveis das técnicas utilizadas. As 
principais modificações do meio ambiente introduzidas pela tecnologia agrícola são: 
diminuição de biodiversidade uma vez que o número de espécies cultivadas 
economicamente é muito menor que aquele dos ecossistemas naturais 
especialmente nas regiões tropicais , aumento de erosão ,quando não são utilizadas 
técnicas agrícolas de conservação do solo , introdução de substâncias toxicas que 
podem contaminar o solo ,os recursos hídricos e os próprios alimentos caso não 
sejam tomadas as medidas precauções necessárias. Com o aumento da densidade 
populacional diversas tecnologias foram desenvolvidas para permitir a sobrevivência 
humana. Assim foram desenvolvidas técnicas de agricultura construção 
urbanização, vestimentas, transportes etc. Com certeza vários impactos sobre o 
 
 
19 
meio ambiente existem e, no entanto eram suportados pelas produções embora não 
se exclua a possibilidade de que problemas sanitários com reflexo na saúde e 
eventualidade na produção agrícola já existissem na civilização antiga. Certamente 
cidades mais modernas como Roma há 2 mil anos, já apresentavam problemas 
ambientais decorrentes da coleta de esgoto. As densidades populacionais das 
civilizações antigas, embora altas para as áreas específicas fossem desprezíveis em 
relação ao globo terrestre como um todo. O crescimento da densidade populacional 
surgiu um desenvolvimento praticamente linear até o século XVII. Daí para frente, no 
entanto passou a apresentar uma tendência exponencial. 
Os políticos governamentais também têm promovido o alto consumo em 
detrimento do meio ambiente e dos interesses coletivos. O planejamento urbano 
favorece o automóvel em detrimento do transporte coletivo e dos modelos menos 
poluidores. No Brasil compra-se um carro para taxi peça metade do preço do 
mercado. Os incentivos à exportação s de carne bolina, minério de ferro e grão de 
cultura extensiva alcançam preços poucos superiores aos custos de produção no 
mercado internacional, deixando de contabilizar os prejuízos ao meio ambiente, 
repassando esta conta do consumo dos países ricos ás nossas gerações futuras. A 
atividade comercial de massa penetra progressivamente em áreas antes dominadas 
pela organização familiar e empreendimentos locais. As marcas de produtos fazem 
parte do vocabulário infantil e as comidas prontas penetram nos domínios das mais 
habilitadas donas de casa. A composição do lixo é aproximadamente a mesma em 
todo o mundo. O principal componente ainda é o papel e o papelão. Deve-se apenas 
mencionar o grande crescimento do plástico em substituição ao vidro metais, e fibras 
vegetais principalmente nos países avançados. O programa das nações unidas para 
o meio ambiente adota uma hierarquia de soluções na administração do lixo 
(CARLOS, 1993). 
A presença de determinadas substâncias químicas ou agentes físicos que 
prejudicam a vida de uma ou mais espécies do organismo em um ambiente. As 
atividades humanas, praticamente nas sociedades industrializadas modernas geram 
diversos tipos de poluentes: esgotos, resíduos industriais, gases tóxicos, 
substancias radioativas. A poluição afeta diretamente a saúde humana, além de pôr 
em risco o equilíbrio dos ecossistemas naturais. Ao poluir o ambiente a espécie 
 
 
20 
humana põe em risco sua própria saúde e sobrevivência no futuro. O controle da 
poluição e a preservação do ambiente dependem fundamentalmente, do 
esclarecimento e da educação da população. Somente uma sociedade civil 
amplamente organizada será capaz de exercer uma fiscalização ambiental 
sistemática, exigindo a criação e o cumprimento de leis ecológicas eficientes. Um 
doa dos poluentes mais perigosos para os habitantes das grandes metrópoles é o 
monóxido de carbono (CO), um gás incolor inodoro pouco mais leve que o ar e 
altamente tóxico. O CO resulta da queima incompleta de moléculas orgânicas e suas 
maiores fontes emissoras são os motores a combustão dos automóveis. O Monóxido 
de carbono tem a capacidade de se combinar irreversivelmente com a hemoglobina 
do sangue, inutilizando-a para o transporte de gás oxigênio (AMABIS, 1947). 
A poluição é o nome dado a qualquer tipo de degradação do meio ambiente. 
Ela pode ocorrer pela ação direita ou indireta do homem, por meio da descarga de 
material ou energia sobre ás águas solo e ar, causando um desequilíbrio nocivo ao 
meio ambiente que ocorre de forma natural, como por exemplo, a liberação de 
enxofre pelos vulcões. O presente trabalho tem como proposta avaliar, com base em 
critérios técnicos, a abordagem do tema poluição em livro didáticos de biologia do 
ensino médio, com o objetivo de identificar a forma como são apresentados os 
conceitos, as principais causas, suas consequências e as soluções propostas pelos 
autores, bem como, se atendem as necessidades do professor e principalmente do 
aluno . A pesquisa foi realizada por meio de uma análise em oito livros didáticos de 
biologia, dos quais sete são aprovados e sugeridos pelo PNLEM. Os resultados 
alcançados pela pesquisa demonstram que a avaliação foi regular, tendo como 
ponto positivo a exposição das causas e consequências da poluição e, como ponto 
negativo, os resultados poucos satisfatório dos critérios sobre a “relação entre o 
cotidiano do aluno” e os “conceitos e definições.” Assim, conclui-se que os autores 
livros didáticos de biologia para o ensino médio devem contextualizar com mais 
intensidade e conhecimentos biológicos com os conhecimentos relacionados ás 
questões socioambientais, de modo que permita o aluno a melhorar atendimento 
sobre a poluição e diversos tipos de problemas que pode causar ao meio ambiente e 
à população (MARCONDES, 1996). 
 
 
21 
Nos últimos tempos o mundo tem presenciado inúmeras de tragédias 
provocadas pela poluição ambiental. Em Londres, no inverno de 1952, as condições 
climáticas impediram a dispersão dos poluentes liberados por automóveis, fabricas e 
sistema de aquecimento da residência. Mais de 4 mil pessoas morreram em poucos 
dias, em consequência direta de problemas respiratórios causados pelos poluentes 
do ar . Nos dois meses seguintes, mais de 8 mil pessoas morreram de enfermidades 
causadas pela poluição atmosférica .Entre as catástrofes ambientais de grandes 
proporções está a da usina nuclear de Chernobyl, na ex-união soviética ocorrida em 
26 de abril de 1986. Uma falha na refrigeração fez com que o reator nuclear 
explodisse, lançando poluentes radioativos que provocam a morte imediata de várias 
pessoas e causam doenças em um numero ainda não estimado de outras. 
Tragédias como essas vêm fazendo com que os governos de vários países 
pressionados pela sociedade civil, criem órgão especial para controlar a poluição e 
preservar o meio ambiente. Os países ricos e desenvolvidos têm, em geral, taxas de 
crescimento populacional menor que as dos países pobres e menos desenvolvidos. 
Isso ocorre, entre outros motivos, porque nos países mais desenvolvidos, a 
formação e aos métodos de planejamento familiar e controle da natalidade 
(MARCONDES, 1996). 
2.5 Consumo e Energia 
 
Segundo Kleinbach (2010) vivemos em uma era de preocupação ambiental. 
Políticos terão dificuldades para ser eleitos se não tiverem, pelo menos, uma clara 
preocupação com as questões ambientais. O vigésimo aniversário do Dia da Terra, 
em 22 de abril de 1990, tornou-se o centro das atenções de milhares de pessoas 
que queriam iniciar uma década de ativismo ambiental. Muitas mudanças no 
ambiente ocorreram nos 35 anos decorridos desde o primeiro Dia da Terra. 
O vigésimo quinto aniversario do Dia da Terra. Em 1995, focouo progresso 
conseguindo melhoria na qualidade do are das águas. Em relação a poluição 
atmosférica, o smog diminuiu em todos os Estados Unidos para algo em torno de 
dois terços do que era em 1970. Em 1999, Los Angeles não registrou nenhuma 
leitura de ozônio suficiente para disparar um alerta de smog; 20 anos antes de 
ocorrerem 120 alertas em um ano. Os carros novos, em 1995, emitiram algo em 
 
 
22 
torno de 1% da população por milha dos modelos de 1970. As emissões de dióxido 
de enxofre, causa primaria da chuva acida, diminuíram um terço desde 1970. Nesse 
ano, aproximadamente um quarto dos rios norte-americanos atendia aos padrões 
federais para a pesca e natação; em 1995, essa qualidade aumentou para 60% do 
total. Tais realizações não foram obtidas sem enormes esforços. Os gastos federais 
e estaduais para a redução e o controle da poluição aumentaram sensivelmente 
desde 1970 (para 100 bilhões de dólares por ano). Todavia, as preocupações com 
os gastos federais, com a dÍvida nacional e com o papel do governo federal 
americano continuam a incitar as forças legislativas a realizarem reformas na 
legislação ambiental e modificações nas regulações, o que vem afetando a 
qualidade do ar e das águas, a questão dos resíduos tóxicos e dos pesticidas, a 
proteção das espécies ameaçadas, entre outras. 
O uso dos nossos recursos energéticos é um dos principais fatores a afetar 
o ambiente. O crescimento da utilização de combustíveis fósseis observado desde o 
inicio da era industrial causou o aumento da concentração de dióxido de carbono 
atmosférico em torno de 30% e provavelmente, a elevação da temperatura global. 
Temperaturas globais podem levar ao derretimento das calotas polares e ao 
aumento dos níveis dos oceanos, o que vai provocar a migração das populações 
das regiões litorâneas do planeta para áreas mais altas. Isso também pode significar 
uma segurança e na efetividade dos meteoros de enterrar os resíduos radioativos 
gerados pelas usinas nucleares? O que podemos usar em substituição á gasolina 
em nossos carros? É o etanol, produzido com cereais, um substituto 
energeticamente eficiente? Atualmente, 10% da gasolina vendida nos Estados 
Unidos contem etanol, naturalmente feito de milho. Devemos utilizar alimento como 
combustível, quando existem muitas pessoas subnutridas? Deve-se subsidiar a 
energia solar para que ela possa competir economicamente com os combustíveis 
fosseis, uma vez que eles são finitos e sua utilização danifica o ambiente? Como 
devemos considerar economicamente no longo prazo os impactos ambientais e os 
danos à saúde? (REIS, 2010). 
Até a década de 1980, o consumo de energia no mundo – especialmente 
nos Estados Unidos – vinha aumentando anualmente. No fim da década de 1940 e 
na década de 1950, uma media de 2,9% a mais de energia em relação ao ano 
anterior, foi usada nos Estados Unidos. Nos anos 1960 e no inicio dos 1970, a taxa 
 
 
23 
de crescimento foi ainda maior: 4,5% por ano. Tal taxa iria fazer a quantidade de 
energia consumida dobrar em apenas 15 anos. No fim da década de 1970, a taxa de 
crescimento do consumo de energia nos Estados Unidos caiu para 3% e, no inicio 
de 1980, realmente decaiu: em 1983 foram usados 115 menos de energia do que 
em 1979, mesmo com um aumento na população. Durante o final da década de 
1980, o consumo de energia norte-americano subiu de forma modesta, em uma taxa 
menor que o PIB do pais, indicando tendência rumo a uma maior eficiência 
energética. Nos anos 1990, o consumo de energia continuou a crescer, mas em um 
ritmo um pouco maior do que nos anos 1980, já que a nação se recuperara 
economicamente. Entre 1983 e 2003, o consumo de energia foi aumentado em 34%, 
mas o PIB subiu 114%. 
As principais fontes de energia usadas nos Estados Unidos e no mundo são 
os combustíveis, a participação de cada combustível certamente mudou ao longo 
dos anos. Originalmente, para produzir trabalho, os seres humanos adicionaram, 
aos seus músculos, os animais, a agua e o vento. A sociedade pré-industrial 
assentava-se no uso de fontes renováveis de energia, como a agua, o vento, o sol, a 
biomassa. A mudança para o uso de recursos não renováveis começou no século 
18, quando uma sociedade cada vez mais industrializada passou a queimar 
combustíveis fosseis para fazer funcionar as maquinas a vapor (inventadas em 
1763) e para fundir o ferro. Em torno de 85%da energia usada nos Estados Unidos 
vem de fosseis. No caso do mundo, se combustíveis não comerciais tradicionais 
como madeira e esterco forem contabilizados, as fontes renováveis respondem por 
aproximadamente 20% do total consumido. 
O primeiro poço de petróleo moderno foi escavado na Pensilvânia, em 1859, 
e o petróleo teve seu consumo aumentado após a invenção do motor de combustão 
interna na década de 1870. Como tanto o numero de motores quanto a 
disponibilidade de petróleo cresceram, a contribuição deste ultimo aumentou após 
1920. Suas características de queima relativamente limpas eram desejáveis por 
razoes ambientais. Eventualmente, o carvão foi substituído pelo petróleo nas 
indústrias e nas usinas de energia. Hoje, o petróleo responde por aproximadamente 
40% do consumo de combustíveis nos Estados Unidos e no mundo. O uso de gás 
natural, nos Estados Unidos se deu em pequena escala e localizado, ate a 
descoberta de grandes jazidas no Texas e na Louisiana e a construção de uma rede 
 
 
24 
de gasoduto de longa distancia em direção ao norte do país. Atualmente, ele 
responde por 23% do consumo de energia nesse país, principalmente para 
aquecimento domestico/residencial e operações industriais. Em virtude do aumento 
das descobertas e da desregularização do setor elétrico, a contribuição percentual 
do gás natural para o consumo total de energia nos Estados Unidos e no mundo tem 
aumento rapidamente (KLEINBACH, 2010). 
O Balanço Energético Nacional – BEN – (BRASIL, 2005) é um documento 
divulgado pelo Ministério das Minas e Energia que contabiliza o consumo de energia 
nos principais setores de atividade econômica assim como sua produção de energia 
por fontes primárias e secundárias. Têm como base dados desde 1970 e os fluxos 
físicos anuais de quarenta e nove formas e grupos de energia, nas atividades de 
produção, estoques, comércio externo, transformação, distribuição e consumo nos 
setores econômicos. 
A contabilização da energia se dá em toneladas equivalentes de petróleo - 
tep –, cujo valor de referência é o de 10.000 kcal/kg. Calculam-se os fatores de 
conversão pelas relações entre o poder calorífico de cada fonte e o poder calorífico 
do petróleo adotado como referência. Estas são usadas pela IEA – International 
Energy Agency – que publica os balanços energéticos dos países da OECD - 
Organisation for Economic Co- operation and Development - grupo de trinta países 
incluindo os desenvolvidos, além de informações sobre consumo energético de 
vários outros países do mundo (IEA, 2005). 
A demanda total de energia no país é chamada no BEN de Oferta Interna de 
Energia – OIE -,que representa a energia que se disponibiliza para ser transformada 
(refinarias, carvoarias, etc), distribuída e consumida nos processos produtivos do 
País. Essa energia que movimenta a indústria, o transporte, o comércio e demais 
setores econômicos do País, recebe a denominação de Consumo Final. Para chegar 
a esse local de consumo é transportada por gasodutos, linhas de transmissão, 
rodovias, ferrovias, etc, processos que também demandam perdas de energia. 
Assim, a OIE é igual a soma do Consumo Final nos setores econômicos e 
das perdas na distribuição, armazenagem e nos processos de transformação. O 
Brasil tem uma OIE per capita de 1,09 tep, abaixo da média mundial (1,69 tep/hab), 
 
 
25 
e muito abaixo dos USA, 7,84 tep/hab. A OIE, em 2002, foi de 198 milhões de 
toneladas equivalentes de petróleo – tep, montante 196% superior ao de 1970 e 
equivalentea 2% da demanda mundial. A indústria de energia no Brasil responde 
pelo abastecimento de 86% do consumo nacional. Os 14% restantes são 
importados, principalmente petróleo e derivados, carvão mineral, gás natural, e, em 
quantidade menor, energia elétrica. No Brasil, cerca de 41% da OIE tem origem em 
fontes renováveis, enquanto que no mundo, essa taxa é 14% e nos países 
desenvolvidos é de apenas 6%. Dos 41% de energia renovável, 14 pontos 
percentuais correspondem à geração hidráulica e 27 à biomassa. Os 59% restantes 
da OIE vieram de fontes fósseis e outras não renováveis. 
O Consumo Final de Energia em 2002 foi de 177,4 milhões de tep, montante 
correspondente a 89,6% da Oferta Interna de Energia. A indústria com 37%, o 
transporte com 27% e o residencial com 12%, são os principais setores analisados 
no balanço. O consumo é realizado a partir de fontes primárias e secundárias. As 
fontes de energia primária são os produtos energéticos providos pela natureza na 
sua forma direta, dos quais são relatadas no BEN: petróleo, gás natural, carvão 
vapor, carvão metalúrgico, urânio (U3O8), energia hidráulica, lenha, produtos da 
cana (melaço, caldo de cana e bagaço) e resíduos vegetais e industriais para 
geração de vapor, calor e outros. As fontes de energia secundária são os produtos 
energéticos resultantes dos diferentes centros de transformação que têm como 
destino os setores de consumo e eventualmente outro centro de transformação. No 
BEN são consideradas as seguintes fontes: óleo diesel, óleo combustível, gasolina 
(automotiva e de aviação), gás liquefeito - GLP, nafta, querosene (iluminante e de 
aviação), gás (de cidade e de coqueria), coque de carvão mineral, urânio contido no 
UO2 dos elementos combustíveis, eletricidade, carvão vegetal, álcool etílico (anidro 
e hidratado), alcatrão 25 (alcatrão obtido na transformação do carvão metalúrgico 
em coque) e outras secundárias de petróleo (gás de refinaria, coque e 
outros). Considera-se ainda as fontes secundárias produtos não-energéticos do 
petróleo. Estes são os derivados de petróleo que, mesmo tendo significativo 
conteúdo energético, acabam utilizados para outros fins (graxas, lubrificantes, 
parafinas, asfaltos, solventes e outros) (IEA, 2005). 
O gás natural vem aumentando a sua participação na OIE, passando de 
6,5% em 2001 para 7,5% em 2002, resultado da sua crescente utilização na 
 
 
26 
indústria, no transporte e na geração elétrica. O Brasil caminha na direção da matriz 
energética mundial, onde há uma maior participação de gás natural e uma menor 
participação de hidráulica. Entretanto, ainda apresenta situação privilegiada em 
termos de utilização de fontes renováveis de energia. Os países com grande 
geração térmica apresentam perdas de transformação e distribuição, entre 25 e 30% 
da OIE. No Brasil estas perdas são de apenas 10%, dada a alta participação da 
geração hidráulica. Esta vantagem, complementada pela grande utilização de 
biomassa, faz com que o Brasil apresente baixa taxa de emissão de CO2 – 1,57 t 
CO2/tep – pela utilização de combustíveis, quando comparada com a média 
mundial, de 2,36 t CO2/tep 
Quanto à natureza da geração de CO2, as maiores emissões no Brasil 
provêm das mudanças de uso da terra e florestas através de queimadas, onde são 
produzidos 75% de todo o CO2. O restante é advindo da queima de combustíveis 
para geração de energia e reações químicas resultantes de processos industriais 
específicos. Deste uma parcela significativa do consumo de energia e geração de 
CO2 está associada à Construção Civil (BRASIL, 2005). Os tópicos seguintes 
detalham estas relações (IEA, 2005). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
3 OBJETIVO GERAL 
 
Através deste trabalho busca-se abordar ações de Responsabilidade Social e 
Sustentabilidade no setor de cosméticos. Sendo este setor um dos mais 
beneficiados pelo aumento de emprego e renda, caracterizado como sustentável 
sócio responsável por economizar energia, desenvolver produtos naturais e 
ecológicos e atender as necessidades do presente sem comprometer a capacidade 
das gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades. A 
Sustentabilidade e Responsabilidade Social estão ligadas e são estratégicos para o 
crescimento econômico da empresa. Demonstrando seu papel na construção de 
uma sociedade humanitária e compreendendo a responsabilidade de manter o 
desenvolvimento sustentável, buscando aliar a qualidade de vida com produtividade 
sem que afete o meio ambiente e a vida das pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
4 MATERIAIS E MÉTODOS 
Trabalho realizado através de levantamento bibliográfico realizado no acervo 
da biblioteca Universidade Paulista unidade Tatuapé a partir do mês de março do 
ano de 2015, e bases eletrônicas como o posteriormente a busca estendeu-se a 
diversos artigos científicos escolhidos aleatoriamente nas bases eletrônicas de 
SCIELO (Scientific Electronic Library Online) e Google acadêmico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
5 A EMPRESA 
5.1 Idealização dos Recursos sustentáveis utilizados na empresa Beraca 
 
Perfil 
 
A Beraca é uma empresa familiar brasileira fundada em 1956, em São Paulo 
(SP) que atua nos mercados de tratamento de água e efluentes; cosméticos; 
alimentos; veterinário, desenvolvendo tecnologias, soluções e ingredientes de alto 
desempenho. Inicialmente sob outro nome (Sabará Indústria e Comércio Ltda.), suas 
atividades concentravam-se somente na distribuição de cloro. Em 2007, a área de 
“produtos e soluções para o tratamento de água” foi responsável pela maior fatia do 
faturamento da empresa (72% de R$ 83, 419 milhões) e ocupava 85 (40%) dos 213 
funcionários da empresa. Ao longo dos anos, a empresa expandiu-se pelo território 
nacional e diversificou seus negócios, passando a exportar seus produtos para mais 
de 40 países. 
Atualmente, dedica-se ao desenvolvimento de tecnologias, soluções e 
produtos de alto desempenho para: “Tratamento de Água”; “Saúde e Cuidados 
Pessoais”; “Saúde e Nutrição Animal” e “Alimentos”. Suas unidades estão 
localizadas em São Paulo (SP); Santa Bárbara d’Oeste (SP); Anápolis (GO); 
Itapissuma (PE); Pacatuba (CE); Ananindeua (PA) (BERACA, 2007). 
 
Desenvolvimento Sustentável 
Em 2001, a Beraca estrategicamente assumiu uma nova proposta de gestão 
vinculada à sustentabilidade, ou seja, todas suas decisões passaram a considerar 
aspectos econômicos, sociais e ambientais. Desde então, a missão da empresa, 
conforme escrito em seu site é: “Ser uma empresa diferenciada que promove o 
desenvolvimento de seus colaboradores criando valor para seus clientes, parceiros e 
acionistas por meio do desenvolvimento sustentável”. Seus valores e visão também 
estão alinhados ao tripé da sustentabilidade (BERACA, 2015). 
Deste modo, a empresa passou a priorizar questões como a inovação em 
produtos e serviços sustentáveis; governança corporativa; gestão e desenvolvimento 
de pessoas; valorização dos recursos naturais; gestão de riscos socioambientais; 
desenvolvimento local e regional. 
Além disso, obteve a certificação do FSC (Conselho de Manejo Sustentável), 
em 2004, e a Ecocert, em 2006, garantindo que os produtos que ganham seu selo 
 
 
30 
não receberam contaminação química, nem são provenientes de organismos 
transgênicos. No mesmo ano, associou-se ao Instituto Éticos de Responsabilidade. 
Social e, no ano seguinte, tornou-se signatária do Pacto Global da ONU, apoiando a 
declaração “Caring for climate”, assinada no âmbito desse acordo por líderes 
empresariais, comprometendo-se com a adoção de medidas de redução de emissão 
de gases de efeito estufa (FCE, 2008). 
Em 2001, a Beraca comprou a Brasmazon Indústria de Oleagenosas e 
Produtos da Amazônia Ltda., uma empresa ligada ao Programa de Incubação de 
Empresas de Base Tecnológica da UniversidadeFederal do Pará (UFPA), com o 
objetivo de deixar de ser apenas distribuidora de produtos para as indústrias de 
cosméticos, farmacêutica e de fragrâncias. Deste modo, passou a desenvolver 
tecnologias para a produção de linhas de produtos orgânicos e naturais para esse 
mercado, tornando-se uma das principais fornecedoras de ingredientes provenientes 
da Amazônia. 
Por meio da divisão “Health & Personal Care”, a empresa foca na inovação na 
busca por alternativas vegetais naturais com alto potencial de aplicação em 
cosméticos, fragrâncias e produtos farmacêuticos, que substituam ingredientes 
sintéticos. Na unidade de Ananindeua, região metropolitana de Belém, no Pará, 
localiza-se a área de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e a produção dos 
ingredientes a partir de matérias-primas da região amazônica. Essa área respondeu 
por 18% do faturamento da empresa em 2007 (R$15 milhões) e ocupa 46 
funcionários da empresa (22%), sendo que 12 dedicam-se exclusivamente à P&D. 
Uma das linhas dessa divisão é a Rain Forest Specialties. Os fornecedores da 
Beraca são comunidades extrativistas (cerca de duas mil famílias) que coletam 
sementes, argilas, resinas, nozes, cascas, polpas e frutos no local de origem. A 
empresa realiza o beneficiamento dos produtos originários do açaí, andiroba, 
urucum, castanha do Pará, buriti, copaíba, cupuaçu, murumuru etc., tendo como 
resultado final óleos fixos óleos essenciais, extratos, resinas, manteigas, argilas e 
outras especialidades da Floresta Amazônica. Os clientes da indústria cosmética, 
farmacêutica e de fragrâncias compram os ingredientes para a fabricação de 
perfumes, sabonetes, cremes, xampus, condicionadores, loções, batons e outros 
artigos de maquiagem. 
Todos os produtos dessa linha são certificados pelo FSC (Conselho de 
Manejo Sustentável) e pelo selo Ecocert, atestando que todas as atividades de 
 
 
31 
extrativismo são baseadas em critérios de sustentabilidade, conservação e manejo 
florestal e que o processo de produção não envolve a adição de produtos químicos, 
nem matérias-primas provenientes de organismos geneticamente modificados. Um 
exemplo de aplicação de produtos da marca Rain Forest Specialties é o óleo vegetal 
de buriti orgânico (FCE, 2008). 
A empresa francesa L’Occitane en Provence compra esse ingrediente para 
fabricar cremes de proteção solar, porque o buriti é rico em vitamina A, tem 
propriedades antiidade e aumenta a elasticidade da pele. Em parceria com a 
Beraca, a empresa europeia desenvolveu a primeira linha de produtos fabricada fora 
da França com ingredientes originários da floresta amazônica. Outro exemplo é o 
óleo vegetal de castanha do Pará, conhecido por suas propriedades emolientes, rico 
em vitaminas, ácido oléico (restaura a oleosidade da pele) e selênio (antioxidante), 
que reduz a perda de água pela pele e prolonga a hidratação. Dentro da mesma 
linha, a L’Occitane en Provence comercializa um creme autobronzeador de castanha 
do Pará (L’OCCITANE, 2009). 
A empresa também tem promove ações sócias como o Programa de 
Valorização da Biodiversidade foi estruturado em 2000, com o objetivo de assegurar 
a sustentabilidade no fornecimento de matérias-primas provenientes da 
biodiversidade brasileira. As atividades e negócios da Beraca têm como foco central 
a responsabilidade no contexto social e ambiental, com projetos desenvolvidos nas 
comunidades locais que contribuem para o desenvolvimento regional e a 
preservação da maior reserva natural do planeta (BERACA, 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
6 DISCUSSÃO 
 
Cada vez mais as indústrias estão incorporando práticas sustentáveis ao seu 
desenvolvimento. A indústria de cosméticos é um exemplo claro de como associar 
tecnologia ao desenvolvimento sustentável. E este desenvolvimento é aplicado não 
somente na eficiência da produção, mas também na valorização da manutenção dos 
recursos humanos e naturais. Hoje, as empresas utilizam matérias-primas extraídas 
principalmente da Amazônia de maneira renovável, gerando assim trabalho e 
remuneração às comunidades locais (CHÁVEZ, 2004). 
Os cosméticos considerados “ecologicamente corretos” são os orgânicos, 
fabricados com ingredientes que seguem normas de qualidade e sustentabilidade 
estabelecidas por agências certificadoras capazes de garantir, ao consumidor final, a 
qualidade orgânica dos produtos adquiridos (COSMETICS & TOILETRIES, 2010). 
O crescimento da cosmética orgânica dentro da cosmetologia vem 
demonstrando valores significativos em relação aos cosméticos tradicionais. O 
modelo de uma sociedade sustentável pressupõe a capacidade de satisfazer suas 
necessidades, sem comprometer as chances de sobrevivência das gerações futuras 
para que também elas atendam a suas próprias necessidades (RIBEIRO, 2009). 
 O melhor modo para seguir no caminho da sustentabilidade seria aquele em 
que cada individuo ou consumidor em potencial, agindo com base em seus próprios 
valores e critérios de qualidade, em sua própria expectativa de vida, fazendo 
escolhas que sejam as mais compatíveis com as necessidades. Sabe-se que a 
sustentabilidade está intimamente ligada à continuidade dos aspectos econômicos, 
sociais, culturais e ambientais da sociedade humana (GUERRA e NODARI, 2004). 
A partir do inicio dos anos 70, o problema mundial com o meio ambiente 
passou a ser questionado, reformulado e repensado dentro de uma nova realidade, 
à preocupação com a degradação ambiental, à conscientização e ao aumento da 
exigência dos consumidores por produtos “limpos” (SCHIMAICHEL e RESENDE, 
2006). 
Amazônia tem uma biodiversidade que é única, e uma das mais ricas do 
mundo, visto que existe cerca de um milhão de espécies animais e vegetais, o que 
representa a metade das espécies registradas em todo o planeta (BITETTI, 2003). 
As bioindústrias de cosméticos abrangem vários segmentos de atuação tendo 
diferentes portes de empresa aonde são representadas por empresas locais, que na 
 
 
33 
grande parte são micro e pequenas indústrias, sendo empresas líderes nacionais e 
transnacionais, que detêm todas ou algumas etapas das cadeias produtivas, indo 
desde o processamento de extratos até o desenvolvimento do produto acabado 
(MIGUEL, 2009). 
Segundo John (2000) ainda que seja um assunto muito abordado pela média 
e a população, o tema resíduo e sustentabilidade é algo que ainda precisa ser 
conversado, pois, a reciclagem não é feita totalmente como deveria, com isso, a 
produção de reciclagem utiliza na maioria das vezes materiais vindo de matérias-
primas que não são recicláveis. Ainda que esse método não tenha apresentado 
problemas, é preciso divulgar, incentivar a sociedade ao ato de divisão de 
categorias. 
Porém a visão de Brito (1999) quanto à redução na produção de resíduos se 
dá a grande industrialização, a tecnologia e o aumento da população e com isso fez-
se que consumo aumentasse, piorando assim os problemas da sociedade, tais 
problemas vindo de uma alta construção e ocupação em vias urbanas, aumentando 
a contaminação ambiental, piorando o saneamento e diminuindo locais para a 
destruição dos resíduos. 
Segundo Viola (1995) ainda que o Brasil tenha mostrado empenho muito cedo 
com projetos como Eco-92, passou por situações que o comprometeu, mas isso não 
ocorreu só com o Brasil, outros países em desenvolvimento tiveram resistência em 
assumir os problemas ambientais. 
Porem Barbosa (2008) acredita que essa resistência do Brasil, em reconhecer 
os problemas ambientais, se justifica através do relatório Brundland, pois ele 
considera que a pobreza generalizada não é algo inevitável e que para uma cidade 
se desenvolva é preciso focar o atendimento nas necessidades básicas da 
população, oferecer oportunidades e melhoria na qualidade de vida para a 
sociedade. 
A geração de resíduos sólidos é um dos maiores problemas da sociedade 
atual, reforçado pelo crescimento desordenado da população,pelo processo de 
ocupação do território urbano e pelo crescimento acentuado dos bens de consumo 
popularizados pelo aumento da produção industrial. A política de gestão de resíduos 
deve agir não apenas para garantir a coleta, o tratamento ou a disposição, mas deve 
 
 
34 
estimular a produção de uma menor quantidade de resíduos (DEMAJOROVIC, 
1995). 
Segundo Marcondes (1970) o meio ambiente é um conjunto de unidades 
ecológicas que funciona como um sistema natural e incluem toda a vegetação, 
animais solos rochas atmosfera e fenômenos do planeta do sistema solar onde 
existe vida. Isso só ocorre porque ela apresenta alguns fatores físicos e químicos 
sem os quais a vida não seria possível. Entre esses fatores podemos citar a 
luminosidade a temperatura a disponibilidade de água do ar atmosférico e das 
substancias químicas utilizada pelo organismo. 
 A poluição ambiental é a presença de determinadas substâncias químicas ou 
agentes físicos que prejudicam a vida de uma ou mais espécies do organismo em 
um ambiente. As atividades humanas praticamente nas sociedades industrializadas 
modernas geram diversos tipos de poluentes como os esgotos resíduos industriais, 
gases tóxicos e substâncias radioativas (CARLOS,1993). 
A poluição é o nome dado a qualquer tipo de degradação do meio ambiente. 
Ela pode ocorrer pela ação direta ou indireta do homem, por meio de descarga de 
material ou energia sobre as águas, solos, e ar, causando um desequilibro nocivo ao 
meio ambiente que ocorre de forma natural como por exemplo a liberação de 
enxofre pelos vulcões (AMABIS, 1947). 
Segundo Marcondes (1970) a preservação e condições ambiental nos últimos 
tempos o mundo tem presenciado inúmeros de tragédias provocada pela poluição 
ambiental. Em Londres no inverno de 1952 as condições climáticas impediram a 
dispersão dos poluentes liberados por automóveis, fabricado em sistema de 
aquecimento das residências. Mais de 4 mil pessoas morrem em poucos dias, em 
consequência direta de problemas respiratórios causados pelos poluentes do ar. 
Nos dois meses seguintes, mais de 8 mil pessoas morreram de enfermidade 
causada pela poluição. 
O vigésimo quinto aniversario do Dia da Terra. Em 1995, focou o progresso 
conseguindo melhoria na qualidade do are das águas. Em relação a poluição 
atmosférica, o smog diminuiu em todos os Estados Unidos para algo em torno de 
 
 
35 
dois terços do que era em 1970. Em 1999, Los Angeles não registrou nenhuma 
leitura de ozônio suficiente para disparar um alerta de smog; 20 anos antes de 
ocorrerem 120 alertas em um ano. Os carros novos, em 1995, emitiram algo em 
torno de 1% da população por milha dos modelos de 1970. As emissões de dióxido 
de enxofre, causa primaria da chuva acida, diminuíram um terço desde 1970. Nesse 
ano, aproximadamente um quarto dos rios norte-americanos atendia aos padrões 
federais para a pesca e natação; em 1995, essa qualidade aumentou para 60% do 
total. Tais realizações não foram obtidas sem enormes esforços. Os gastos federais 
e estaduais para a redução e o controle da poluição aumentaram sensivelmente 
desde 1970 (para 100 bilhões de dólares por ano). Todavia, as preocupações com 
os gastos federais, com a dÍvida nacional e com o papel do governo federal 
americano continuam a incitar as forças legislativas a realizarem reformas na 
legislação ambiental e modificações nas regulações, o que vem afetando a 
qualidade do ar e das águas, a questão dos resíduos tóxicos e dos pesticidas, a 
proteção das espécies ameaçadas, entre outras. 
O uso dos nossos recursos energéticos é um dos principais fatores a afetar 
o ambiente. O crescimento da utilização de combustíveis fósseis observado desde o 
inicio da era industrial causou o aumento da concentração de dióxido de carbono 
atmosférico em torno de 30% e provavelmente, a elevação da temperatura global. 
Temperaturas globais podem levar ao derretimento das calotas polares e ao 
aumento dos níveis dos oceanos, o que vai provocar a migração das populações 
das regiões litorâneas do planeta para áreas mais altas. Isso também pode significar 
uma segurança e na efetividade dos meteoros de enterrar os resíduos radioativos 
gerados pelas usinas nucleares? O que podemos usar em substituição á gasolina 
em nossos carros? É o etanol, produzido com cereais, um substituto 
energeticamente eficiente? Atualmente, 10% da gasolina vendida nos Estados 
Unidos contem etanol, naturalmente feito de milho. Devemos utilizar alimento como 
combustível, quando existem muitas pessoas subnutridas? Deve-se subsidiar a 
energia solar para que ela possa competir economicamente com os combustíveis 
fosseis, uma vez que eles são finitos e sua utilização danifica o ambiente? Como 
devemos considerar economicamente no longo prazo os impactos ambientais e os 
danos à saúde? (REIS, 2010). 
 
 
36 
Quanto à natureza da geração de CO2, as maiores emissões no Brasil 
provêm das mudanças de uso da terra e florestas através de queimadas, onde são 
produzidos 75% de todo o CO2. O restante é advindo da queima de combustíveis 
para geração de energia e reações químicas resultantes de processos industriais 
específicos. Deste uma parcela significativa do consumo de energia e geração de 
CO2 está associada à Construção Civil (BRASIL, 2005). Os tópicos seguintes 
detalham estas relações (IEA, 2005). 
Em 2001, a Beraca estrategicamente assumiu uma nova proposta de gestão 
vinculada à sustentabilidade, ou seja, todas suas decisões passaram a considerar 
aspectos econômicos, sociais e ambientais. Desde então, a missão da empresa, 
conforme escrito em seu site é: “Ser uma empresa diferenciada que promove o 
desenvolvimento de seus colaboradores criando valor para seus clientes, parceiros e 
acionistas por meio do desenvolvimento sustentável”. Seus valores e visão também 
estão alinhados ao tripé da sustentabilidade (BERACA, 2015). 
Deste modo, a empresa passou a priorizar questões como a inovação em 
produtos e serviços sustentáveis; governança corporativa; gestão e desenvolvimento 
de pessoas; valorização dos recursos naturais; gestão de riscos socioambientais; 
desenvolvimento local e regional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
7 CONCLUSÃO 
 
 
Devido à realização deste trabalho, vimos que ás mudanças climáticas e o 
aquecimento do planeta oferecem riscos e oportunidades para todos, sendo um 
imperativo ético e de responsabilidade corporativa fazer o necessário para a 
alteração dos padrões e tecnologias de produção, ao longo de toda a cadeia de 
fornecedores e de vendas de bens e serviços. Assim como em todo setor industrial, 
observou-se que na indústria de cosméticos as empresas mantêm esforços no 
sentido de equilibrar os três vetores do desenvolvimento sustentável, observando e 
gerenciando seus negócios através de tal posicionamento e acreditando que o 
equilíbrio econômico, social e ecológico de um país beneficia a quem nele vive. 
A Beraca é uma empresa que contribui para a construção de um novo modelo 
econômico na região baseado na “floresta em pé” ao valorizar a exploração de 
recursos não madeireiros, investindo no desenvolvimento de tecnologias nacionais, 
respeitando normas de certificações internacionais, além de envolver a população e 
organizações regionais. 
Desta maneira, a Beraca construiu uma marca de alto valor agregado com 
fabricação de produtos com qualidade internacional baseada nas melhores 
tecnologias associada à preservação da floresta amazônica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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BRITO, J.A. Seminário de desenvolvimento sustentável e a reciclagem na 
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para o desenvolvimento sustentável. 2° ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 
1995. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.ibd.com.br/downloads/COS_NAT_ORG-%20NORMASIBD-CLAUDIORIB.pdf
http://www.ibd.com.br/downloads/COS_NAT_ORG-%20NORMASIBD-CLAUDIORIB.pdf
 
 
40 
ANEXOS 
 
Anexo 1: Resumo para os anais do Encontro Acadêmico 
Anexo 2: Banner 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
ANEXO 1– Resumo para os anais do Encontro Acadêmico 
CAMPUS TATUAPÉ 
TÍTULO DO TRABALHO: “UTILIZAÇÃO DE RECURSOS SUSTENTÁVEIS NA 
INDÚSTRIA COSMÉTICA” 
AUTOR (ES): 
REIS, Bárbara. V.N.B.1; SILVA, Carla. S. 1; SILVA, Graziele. A. D. 1; OLIVEIRA, 
Janaina. S. S. 1; SOUZA, Letícia. O.1; MOTA, Talita. S.G. 1; VASQUEZ, Luciana. 2; 
RODRIGUES, Paula. A. 2; SOUSA, Sinária. R. N.D.3 
Palavras- chave: Cosméticos. Sustentabilidade. Indústrias. Meio Ambiente. 
Referências Bibliográficas 
CHÁVEZ, M.G.G. O mais profundo da pele: sociedade cosmética na era da 
biodiversidade. Florianópolis: Abril, 2004. 
Introdução: A indústria cosmética passa por uma importante transformação: o 
desenvolvimento de uma produção ecologicamente correta e o comercio de insumos 
provenientes da biodiversidade. Cada vez mais as indústrias estão incorporando 
práticas sustentáveis ao seu desenvolvimento. A indústria de cosméticos é um 
exemplo claro de como associar tecnologia ao desenvolvimento sustentável. 
Objetivos: Busca-se abordar ações de Responsabilidade Social e Sustentabilidade 
no setor de cosméticos. Sendo este setor um dos mais beneficiados pelo aumento de 
emprego e renda, caracterizado como sustentável sócio responsável por economizar 
energia, desenvolver produtos naturais e ecológicos e atender as necessidades do 
presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas 
próprias necessidades. 
Materiais e Métodos: O trabalho apresentado foi baseado em pesquisas 
bibliográficas na biblioteca da Universidade Paulista do Tatuapé e pesquisas em sites 
eletrônicos como Google Acadêmico e Sielo. 
Resultados e discussão: A sustentabilidade significa fazer o hoje sem prejudicar o 
amanhã, sendo um conceito sistêmico relacionado com a continuidade e preservação 
dos aspectos econômicos, sociais e ambientais da sociedade. 
Conclusões: Sendo um imperativo ético e de responsabilidade corporativa fazer o 
necessário para a alteração dos padrões e tecnologias de produção, acreditando que 
o equilíbrio econômico, social e ecológico de um país beneficia a quem nele vive. 
 
 
42 
ANEXO 2: Banner

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