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16. OCAMPO, M.L.S & ARZENO, M.E.G. Devolução de informação no processo 
psicodiagnóstico In: OCAMPO, M.L.S.; ARZENO, M.E.G; PICCOLO, E.G e Col. O 
processo diagnóstico e as técnicas projetivas. São Paulo, Martins Fontes, 2003 (10ed). 
O texto começa falando sobre a elaboração dos fundamentos teóricos da devolução de 
informação ao paciente nas observações realizadas e casos atendidos. Os critérios 
deveriam formar uma técnica apropriada para realização da devolução na prática 
cotidiana. Sendo necessário que seja uma devolução de informação diagnóstica e 
prognóstica de forma discriminada e dosificada de acordo com as capacidades de seus 
destinatários. 
As questões que foram levantadas foram: Por que fazemos a devolução? E para que 
fazemos? Como fazer a devolução? Quando? Para quem?. Entendemos por devolução de 
informação a comunicação verbal discriminada e dosificada que o psicólogo faz aos 
pacientes, dos resultados obtidos no psicodiagnóstico. O objetivo dessa informação se 
concretiza em uma entrevista final, posterior à aplicação do último teste. 
O segundo objetivo consiste em observar a resposta verbal e pré-verbal dos pacientes 
antes de receber a mensagem. Isto constitui uma outra forma de sintetizar o caso e emitir 
o diagnóstico e o prognóstico com maior margem de certeza, ao mesmo tempo permite o 
planejamento adequado da orientação terapêutica. Deve ser feita dentro do contexto 
global do processo, em uma entrevista ou em várias, e será de responsabilidade de quem 
realizou o psicodiagnostico. 
 
1) Devolução a crianças: 
O psicólogo que devolve a informação a crianças deve ser treinando na comunicação com 
elas. Conhecer a técnica de jogo e os elementos básicos da hora do jogo permite captar e 
compreender melhor o que a criança diz e faz durante a aplicação do psicodiagnóstico e, 
especialmente, o que acontece na entrevista de devolução. Tudo o que ela dramatiza, 
gesticula ou faz nesta ocasião tem uma importância tão grande quanto o verbalizar. A 
mensagem não verbal da criança deve ser detectada, compreendida e utilizada, incluindo-
a na entrevista de devolução junto com a mensagem verbal. 
Durante muito tempo manteve-se o preconceito de que as crianças não entendem ou 
entendem muito pouco o que lhes dizemos, e por isso omitia-se a devolução de 
informação a mesma. A psicoterapia psicanalítica desde seu ínicio, propõe uma idéia 
oposta, isto é, de que as crianças compreendem muito mais e muito antes do que o adulto 
acha. Se isto vale para a psicoterapia, vale também para o psicodiagnostico, apesar de 
serem modelos diferentes de comunicação, tem algo em comum, que é a busca da 
linguagem mais apropriada para compreender a criança. Nem sempre as reações serão 
pré-verbais. Algumas crianças responderão verbalmente. Isto é mais frequente em 
crianças maiores. Tanto as verbalizações quanto as dramatizações podem mostrar 
resistência, o sentimento de alívio por sentir-se compreendido. A devolução de 
informação a um paciente trazido pelos pais é realizada depois da devolução a estes e 
sabendo claramente o que eles pensam quanto as recomendações terapêuticas. Do 
contrário, não convém adiantar nada a respeito ao paciente. 
 
2) Devolução aos adultos 
Muito do que foi dito a propósito da devolução a crianças é igualmente útil para adultos. 
Podemos acrescentar que na entrevista com o adulto a comunicação verbal deve 
prevalecer sobre a pré-verbal. Se prevalece o material pré-verbal, podemos ratificar o 
diagnóstico de mecanismos muito repressivos. É importante incluir com clareza todos os 
aspectos infantis, já que, além da importância atual, sabemos que irão aparecer no 
tratamento que lhe será recomendado.