Buscar

Eletrocardiograma: Características e Função Cardíaca

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

R e s u m o l i v r o s d e E C G 
P á g i n a | 1 
 
Eletrocardiograma 
1. CARACTERÍSTICAS DO ELETROCARDIÓGRAFO 
O papel é formado por quadrados com 1 mm da 
lateral. A cada 5 quadrados, há uma linha mais forte 
tanto na vertical quando na horizontal. 
 
A velocidade-padrão com que o papel milimetrado se 
desloca na máquina é de 25mm/s. Nessa velocidade, 
cada quadrado menor tem 0,04 s e cada quadrado 
maior tem 0,2s, determinados pelo eixo horizontal. O 
eixo vertical mede a amplitude do traçado, 
representando 0,1mV. 
Assim, a cada 1mm horizontal, tem-se 0,04s. 
Em 1 minuto, o aparelho registra 1500mm. 
 
2. FUNÇÃO CARDÍACA 
Existem 2 tipos de células cardíacas: 
- fibras musculares contrateis: função de bomba 
-células do sistema elétrico: automatismo, produção de estimulo elétrico e condução de 
corrente elétrica originada pelo coração. 
Todas as células elétricas podem gerar impulso cardíaco, mas o automatismo gerado 
no nó sinusal predomina porque as células se despolarizam com maior frequência, 
podendo elevar a frequência de acordo com a demanda do organismo. 
Quando as fibras recebem estímulos produzidos no nó sinusal, elas se despolarizam e 
essa depolarização faz a contração cardíaca. 
A passagem do impulso elétrico é mais rápido nas fibras elétricas que nas musculares 
cardíacas. No nó atrioventricular as células retardam a velocidade de condução do 
impulso elétrico, que é importante para o esvaziamento completo atrial. 
Isabela Terra Raupp 
R e s u m o l i v r o s d e E C G 
P á g i n a | 2 
 
 
 Potencial de repouso 
É a carga elétrica inicial da célula cardíaca, formada pela 
concentração de íons. No interior das células há predominância 
de íons de potássio, enquanto no exterior predominam sódio e 
cálcio. A membrana é permeável aos íons potássio e 
semipermeável aos íons cálcio e sódio, permitindo a saída dos 
íons potássio, que tem a tendência pelo gradiente químico, 
deixando a célula negativa em seu interior. Essa diferença de 
potencial é medida em -90mV, que corresponde ao potencial de 
repouso da célula. A célula fica polarizada. 
 
 Despolarização 
Quando a célula recebe o estímulo elétrico, ela diminui a 
resistência elétrica e aumenta a permeabilidade ao sódio. Para 
isso, abrem-se os canais rápidos de sódio seguidos por canais 
lentos de cálcio, levando a inversão de cargas elétricas na 
membrana celular. Gera onda positiva. 
 
 Repolarização 
Recuperação elétrica e a célula retorna ao estado polarizado. Gera 
onda negativa, porque o vetor de seguimento aponta para cargas 
negativas. 
 
Dependendo do local onde está o eletrodo, a onda de despolarização é vista de 
maneiras diferentes 
 Potencial de ação 
Quando a célula é estimulada, a polaridade da membrana inverte e o potencial varia. 
Potencial de ação é a variação do potencial elétrico da membrana celular durante o ciclo 
cardíaco. 
R e s u m o l i v r o s d e E C G 
P á g i n a | 3 
 
 
 
 A fase 0 corresponde a despolarização rápida – entrada rápida de sódio 
 Nas fases 1,2 e 3 ocorre a repolarização, com entrada de cálcio e saída de potássio. 
 A fase 4 é o repouso, quando a célula está polarizada novamente. 
 
 Automotismo 
As células marca-passo (elétricas) podem gerar estímulo elétrico espontaneamente. 
Essas células tem potencial de repouso próximo do limiar de ação, que é em torno de -
60mV, e na fase de repouso permitem a entrada de cálcio e sódio, fazendo 
despolarização diastólica espontânea (fase 4 do potencial de ação). Quando atinge o 
limiar, o estimulo cardíaco é desencadeado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
R e s u m o l i v r o s d e E C G 
P á g i n a | 4 
 
Células do sistema elétrico: marca-passo, células transicionais e células de Purkinje. 
As células marca-passo estão no nó sinusal e nó atrioventricular e são responsáveis 
pelo automotismo. Tem predominância de canais lentos de cálcio e o potencial de ação 
apresenta a fase 0 mais lenta (despolarização) e fase 4 mais íngreme (despolarização 
diastólica espontânea), sendo maior no nó sinusal, por causa da sua predominância. As 
células transicionais são localizadas na periferia do nó sinusal e são responsáveis por 
pela conexão com o tecido atrial circundante. As células de Purkinje são encontradas 
nos feixes de His e ramificações e em menor quantidade nos feixes intermodais, tendo 
maior quantidade de canais rápidos de sódio (maior condução) e tem em menor grau a 
depolarização diastólica espontânea, podendo causar automotismo. 
 
Fibras musculares contráteis: bomba. No átrio, tem potencial de ação rápido com 
duração muito curta que determina menor período refratário. No ventrículo, apresentam 
diferenças de potencial de ação de acordo com a localização. 
 
 Despolarização atrial 
Inicia no átrio direito e, em seguida, átrio esquerdo. O 
vetor resultante é orientado para esquerda e para baixo, 
e a soma das variações dos potenciais faz a onda P do 
eletrocardiograma, que até sua metade representa a 
despolarização do AD e a partir do meio dela, 
representa a despolarização do AE. 
 
 Despolarização ventricular 
Há uma retardo de condução de 20-40ms (Intervalo PR) até que a corrente elétrica que 
ultrapassa o nó atrioventricular, passa rápido pelos feixes de His, estimulando os dois 
ventrículos. 
1) Despolarização do septo: Primeiro o septo é ativado, sendo que o feixe direito 
despolariza o septo do lado direito em direção ao esquerdo e o ramo esquerdo 
depolariza da esquerda para a direita. Como a massa ventricular 
esquerda é 2 a 3 vezes maior, o vetor resultante aponta para o 
lado direito. Visto por um eletrodo colocado à esquerda do 
coração, a onda apresentada é negativa (Onda Q) e leva cerca de 
20ms. 
R e s u m o l i v r o s d e E C G 
P á g i n a | 5 
 
 
2) Despolarização das paredes não septais dos ventrículos: 
apresentam maior massa do lado esquerdo que do lado direito. 
Assim, a soma vetorial resulta em um vetor para a esquerda, sendo 
representado por uma onda de maior amplitude e positiva, se olhada 
pelo eletrodo do lado esquerdo (Onda R) e leva cerca de 20ms. 
 
 
 
 
3) Despolarização das porções basais dos ventrículos: próximas ao 
sulco atrioventricular, faz uma onda final negativa, porque o vetor 
resultante aponta para o lado esquerdo superior (Onda S), nos 
últimos 20ms. 
 
 
 
 
 
Vetores resultantes: (1) despolarização septal; (2) 
despolarização das paredes livres; (3) despolarização 
das porções basais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O vetor teórico SAQRS resultante da somatória de 
todas as forças elétricas dos ventrículos orienta-se 
para a esquerda e para trás, apontando para o 
ventrículo esquerdo. 
 
 Repolarização ventricular 
Do epicárdio para o endocárdio. Quando a repolarização tem o mesmo sentido que a 
despolarização, a onda T e o QRS são opostos. Mas os 
processos geralmente tem sentido inverso, ou seja, a 
repolarização tem vetor oposto ao da despolarização, a onda 
T fica paralela ao QRS na maioria das derivações. 
R e s u m o l i v r o s d e E C G 
P á g i n a | 6 
 
 
 
2. AS DERIVAÇÕES 
R e s u m o l i v r o s d e E C G 
P á g i n a | 7 
 
 
 Bipolares: 
DI, DII e DIII, cujos eletrodos seriam colocados no braço esquerdo (L), no braço 
direito (R) e na perna esquerda (F), constituindo teoricamente um triângulo 
equilátero – o triângulo de Einthoven. 
 
 Derivações unipolares aumentadas 
São a conexão dos 3 membros em no centro do tórax – aVR, AVL, aVF são 
obtidas pela diferença entre o eletrodo explanador e a central terminal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Derivações unipolares precordiais 
Plano horizontal, são 6 derivações. 
Eixos elétricos dos vetores das derivações frontais/ 
sistema hexa-axial - É a sobreposição dos vetores 
de derivações unipolares e bipolares - Esse sistema 
de eixos oferece uma ferramenta com distância 
precisaentre cada vetor (30°) e a presença maior 
de vetores positivos abaixo do vetor transversal DI. 
Dessa forma, a graduação de cada vetor nessa 
região adota números positivos e, acima dela, o 
mesmo vetor transversal, pela maior quantidade de 
vetores negativos. 
R e s u m o l i v r o s d e E C G 
P á g i n a | 8 
 
 
 
 
R e s u m o l i v r o s d e E C G 
P á g i n a | 9 
 
3. DETERMINAÇÃO DA ORIENTAÇÃO ESPACIAL 
1. Observar as derivações D1 e aVF para determinar o 
quadrante. 
 Se DI é positivo e em aVF o eixo situa-se entre 0º e +90º. 
 Se positiva em DI e negativa em aVF está entre 0º e -90º 
 Se negativa em DI e positiva em aVF o eixo localiza-se entre +90º 
e 180º 
 
2. Procurar em qual derivação há onda isoelétrica 
 Eixo é perpendicular a essa derivação 
 Se não houver onda isoelétrica, são analisadas as 
derivações vizinhas ao quadrante inicialmente determinado – 
tentar determinar ângulo. 
 
No plano horizontal, assume-se que a derivação V1 é 
perpendicular ao plano frontal, assim: 
 Se onda positiva em V1, seu vetor espacial está dirigido para frente. 
 Se onda negativa em V1, a orientação é para trás 
 
4. DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA 
FC = 1500/RR 
Ou 
Consiste em procurar complexos QRS sequenciais que estejam posicionados sobre o 
traçado maior que divide os blocos de cinco quadrados menores e contato. Na 
sequência, os valores de 300, 150, 100, 75 e 60 a cada linha maior de quadrados. 
Lembrar que cada quadrado menor equivale a 0,04s e em 1min se tem 1500mm. 
5. AS ONDAS DO ECG 
 ONDA P 
R e s u m o l i v r o s d e E C G 
P á g i n a | 10 
 
Representa a despolarização atrial – dura em torno de 0,1s (até 0,11s) e sua orientação 
varia de 0º a +90º no plano frontal. No plano horizontal é mais ou menos paralela ao 
frontal. 
o Geralmente difásica na derivação V1. 
 COMPLEXO QRS 
Representa a despolarização ventricular. Tem maior voltagem porque os ventrículos 
têm maior massa que os átrios, mas duram 0,1s (até0,11s) por conta da condução 
rápida do sistema Purkinje. A orientação predominante é para a esquerda (entre -30º e 
+90º) e para trás, porque é representado predominantemente pelo VE. Normalmente, 
há um aumento progressivo das ondas R de V1 até V5 ou V6. 
A primeira onda do complexo só é denominada Q se for negativa. Se positiva chamamos 
de R. Onda S é qualquer onda negativa após uma positiva. Se houver apenas uma onda 
negativa de grande amplitude denominamos complexo QS. Ondas de maior amplitude 
usamos letras maiúsculas e de pequena amplitude, letras minúsculas. 
o DI, DII, V5 e V6 tem complexos qRs 
o V1 complexo rS 
o V1 e V2 o complexo é negativo 
 ONDA T 
Repolarização ventricular, maior duração e menor voltagem. Normalmente acompanha 
o complexo QRS sendo positiva. 
o Em V1 e V3 o QRS é negativo e a onda T pode ser negativa ou 
positiva. 
 ONDA U 
Arredondada e menor, que representa potenciais tardios 
6. OS INTERVALOS E SEGMENTOS DO ECG 
 INTERVALO PR 
Entre a onda P e o início do QRS, que é o tempo em que o estímulo sai do nó sinusal 
até alcançar os ventrículos. A maior parte corresponde ao atraso fisiológico no nó AV. 
Normalmente, varia de 0,12 a 0,20s. Varia de acordo com o sistema autônomo (simp. E 
paras.) - ↑FC↓PR e com a idade ↑idade ↓PR. 
 INTERVALO QT 
Do início do QRS ao término da onda T, que corresponde a sístole ventricular 
(despolarização e repolarização dos ventrículos). Varia de acordo com a FC. Quando 
o T ultrapassa metade do intervalo RR, o QTc deve estar aumentado, independente da 
FC. Normalmente, equivale a 0,45s 
 SEGMENTO PR E SEGMENTO ST 
PR vai do fim da onda P até início do QRS, ST vai do fim do ARS até início da onda T. 
Fazem infra ou supradesnivelamentos do IAM. 
7. INTERPRETAÇÃO DO ECG 
 
R e s u m o l i v r o s d e E C G 
P á g i n a | 11 
 
 
Ritmo sinusal: é aquele originado no nó sinusal, conduzido aos ventrículos com intervalo 
entre 120 ms e 200 ms. O ECG registra presença de ondas P positivas nas derivações 
DI, DII e aVF e a mesma onda P negativa em aVR, ou seja, ondas P com orientação 
normal para esquerda e para baixo, nos quadrantes 0º e +90º. 
 
FC: bradicardia sinusal FC<50bpm, porque a maioria dos indivíduos apresenta FC 
entre 50-60bpm em repouso. 
SAQRS: Permite visualizar se há rotação sobre o eixo, desvio para esquerda ou para 
a direita.

Continue navegando