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7
FAPEN
FACULDADE PARAENSE DE ENSINO
LUCIO ROGERIO PUREZA TAVARES
PRÉ PROJETO DE PESQUISA
Belém
2019
LUCIO ROGERIO PUREZA TAVARES
REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL: Consequências para o Complexo Penitenciário de Americano em Santa Isabel - PA
Pré Projeto apresentado como método consultivo e diretivo para elaboração do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) a ser apresentado à Faculdade Paraense de Ensino FAPEN como requisito parcial para obtenção do grau em Bacharel em Direito, sob a orientação da Prof.ª Me. Sylvia Soriano.
Belém
2019
SUMÁRIO
	1. INTRODUÇÃO…..…..…..…..…..…..…..…..…..…..…..…..…..…..…..…..…..…..…..
	4
	2. APRESENTAÇÃO TEMÁTICA.…..…..…..…..…..…..…..…..…..…..…..…..…..…....
	5
	3. HIPÓTESE................................................................................................................
	6
	4. OBJETIVOS..............................................................................................................
	6
	4.1 GERAL ..............................................................................................................
	6
	4.2 ESPECÍFICOS ..................................................................................................
	7
	5. JUSTIFICATIVA ........................................................................................................
	7
	6. MARCO TEÓRICO ...................................................................................................
	9
	4. METODOLOGIA DA PESQUISA .............................................................................
	9
	5. CRONOGRAMA .......................................................................................................
	10
	REFERÊNCIAS .............................................................................................................
	11
INTRODUÇÃO
A confecção do pré-projeto tem por objetivo a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso – TCC a ser apresentado no 10º semestre da graduação da Faculdade Paraense de Ensino – FAPEN como quesito parcial para obtenção do grau em Bacharel em Direito. O projeto tem como gênese a proposta defendida na campanha eleitoral pelo então candidato pelo Partido Social Liberal, Jair Messias Bolsonaro, nas eleições presidenciais de outubro de 2018, ao prometer que se eleito fosse, um dos seus primeiros atos seria o envio ao Congresso Nacional de uma “proposta de alteração da redução da maioridade penal dos atuais 18 para 17 anos”. Por esse contexto, o estudo será delineado por meio de uma pesquisa com o tema “redução da maioridade penal e suas consequências para o complexo penitenciário de Americano em Santa Isabel - PA”. Para tanto, torna-se necessário a interpretação do art. 228 da Carta Política de 1988, ao dispor que não se atribuirá culpa e consequentemente qualquer sansão penal aos menores de 18 anos, restando a estes somente os ditames disposto lei especial. Por tal comando, depreende-se que terá a inimputabilidade o condão de mitigar da punição estatal o indivíduo que, por um critério estritamente biológico, possuía ao tempo da ação ou omissão, entre 12 a 18 anos incompletos. Em contrapartida e também tão importante quanto será o estudo dedicado a demonstrar o atual cenário do sistema carcerário no estado do Pará, em especial, no complexo de Americano em Santa Isabel, demonstrando sua atual realidade e, sobretudo, sua incapacidade de atingir o objetivo de ressocialização dos apenados lá custodiados. Podemos afirmar assim, por uma dedução lógica, que uma vez modificada tal proteção constitucional dispensada aos menores terá o legislador por acentuar de forma ainda mais gravosa o problema carcerário brasileiro, em especial o paraense, ao gerar o aumento exponencial dessa população e, consequentemente, facilitando o contato desses novos egressos com os indivíduos já condenados. Nesse sentido, terá o acadêmico o objetivo de trazer à discussão as consequências prováveis caso, de fato, a proposta presidencial seja concretizada, refletindo, inicialmente, sobre a possibilidade de reforma constitucional de um direito fundamental defendido por muitos como cláusula pétrea e, obviamente, os efeitos da inserção dessa nova classe de imputáveis no já problemático sistema prisional. 
2. APRESENTAÇÃO TEMÁTICA
A preocupação com a questão da delinquência infanto juvenil sempre foi objeto de debate. Determinar as causas que levam crianças e adolescentes a cometer, nos termos da legislação vigente, um ato infracional, é algo extremamente complexo. Aspectos sociais, econômicos e culturais podem ou não explicar os motivos que levam os considerados inimputáveis a transgredir a lei, e que, consequentemente, trazem à baila as mazelas ocasionadas pelas ações ou omissões do Estado em promover políticas públicas capazes de atenuar tal fenômeno. De outro modo, percebe-se que quando ocorre um fato criminoso e, sobretudo, que tal fato tenha como autor menor de idade, a questão da devida responsabilização prevista na legislação em vigor é considerada demasiadamente branda, suscitando através de muitas vozes a questão da reforma do atual sistema de reprimenda desses naturais, pela latente sensação de impunidade que se perpetua. Acreditamos que por esse motivo, em outubro de 2018, durante a campanha presidencial, tal temática ganhou um número expressivo de adeptos quando um dos candidatos a presidência defendeu a promessa de mudança do critério de aferição da imputabilidade penal, ou seja, sua redução como medida de política criminal frente à contumaz questão da delinquência infanto juvenil. Dessa forma, pretendemos verificar, ao longo do estudo, se de fato a mudança no atual sistema jurídico seria capaz de reduzir tais problemas, e como, sob o ponto de vista formal e material, ela ocorreria. Não menos importante será o debate sobre a recepção desses menores pelo presente sistema carcerário no estado do Pará, sobretudo, pela penitenciária de Americano em Santa Isabel que, indiscutivelmente, deverá receber a maior demanda de novos detentos e que nos faz indagar a seguinte questão: A redução da maioridade penal terá o condão de prevenir ou reduzir a incidência de delitos praticados por menores ou tornar mais grave o atual quadro do sistema carcerário paraense? 
3. HIPÓTESE
Sob a guarda do manto constitucional de 1988 estão previstos diversos direitos e garantias que visam resguardar os interesses das crianças e adolescentes. São exemplos art. 6º, caput, 7º, XXXIII, 14, §1°, II, “c”, 203, II, 208, IV, e 228, caput, além de outros que possam vir a ser eleitos a cumprir tal missão. De igual modo determina o §2º, art. 5°, que direitos e garantias expressamente previstos ou nela implícitos não excluíram outros que a própria constituição eventualmente venha a exaltar, assim como prevê a possibilidade de agregação de outros previstos em Tratados Internacionais ao qual o Brasil seja signatário. Destarte, torna-se relevante a análise que envolva qualquer alteração legislativa dessas premissas no sentido de auferir se o efeito pretendido será, ainda que morosamente, alcançado. Portanto, parte-se da hipótese que a redução da maioridade penal dos atuais 18 para 17 anos será capaz de reduzir e prevenir a incidência de delitos praticados por esses jovens, pois as causas que propiciam a ocorrências de tais condutas não se encontram intimamente ligadas a aspectos políticos, econômicos e sociais do que efetivamente da ineficácia da aplicação da atual legislação e que, consequentemente, em nada influenciará a realidade atual quadro do sistema carcerário brasileiro, quiçá o complexo penitenciário de Americano em Santa Isabel.
4. OBJETIVOS
4.1 GERAL
Analisar sob o prisma acadêmico e bibliográfico a questão da maioridade penal, com ênfase nas posições doutrinárias, jurisprudenciais e normativas sobre a possibilidade de alteração constitucional por EC – Emenda Constitucional do atual critério de aferimento da imputabilidade penal como medida de política criminal ao combate a delinquência infanto juvenil. 
4.2 ESPECÍFICOS• Discorrer sobre seus precedentes históricos;
• Analisar os critérios de aferição Inimputabilidade penal;
• Análise da Inimputabilidade penal no Direito Comparado;
• Analisar a possibilidade de redução da maioridade penal por meio de EC – Emenda Constitucional;
• Menores em conflito com a lei: quem e quantos são afinal?
• A realidade do sistema penitenciário brasileiro, em especial, o sistema carcerário paraense e as possíveis consequências da absorção dessa nova classe de apenados
• Há quem de fato se destina a redução da maioridade?
5. JUSTIFICATIVA
No Brasil, segundo o Levantamento Anual divulgado em 2018 pelo Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, órgão vinculado ao agora Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, até 30 novembro de 2016, 25.929 adolescentes e jovens com idade entre 12 a 21 anos estavam em atendimento em unidades socioeducativas destinadas à restrição e privação de liberdade (internação, internação provisória e semiliberdade). Além desses, 521 encontrava-se em outras modalidades de atendimento (atendimento inicial ou internação sanção), totalizando 26.450 atendimentos. Desse montante, somente no estado do Pará, foram realizados entre 201 a 500 atendimentos, algo em torno de 1,9% se considerarmos o número máximo de atendimento divulgado pelo levantamento. Por esse contexto, a discussão a cerca da questão da delinquência juvenil e suas consequentes sansões a muito são alvos de questionamentos, seja pelos que defendem uma política criminal mais dura e, por conseguinte, a redução da maioridade como medida ao combate a prática de delitos praticados por esses jovens, ou de modo diverso, dos que afirmam que tal medida em nada influenciará para a prevenção ou redução dessas condutas, sobretudo, por que tais eventos representam um percentual irrelevante se comparado aos números de crimes praticados por adultos no Brasil, além de que outros aspectos que devem ser levados em consideração para que se possa apontar as causas que levam ao desvio de comportamento de menores.
Nesse sentido, torna-se oportuno discutir as possíveis consequências da proposta de reforma na atual constituição, em especial, de uma garantia defendida como cláusula pétrea por boa parte da doutrina como uma das muitas fundamentais previstas no rol não taxativo do art.60, §4°, da Carta Maior, e que por tal status, nem sequer poderia ser objeto de discussão. Somado a esse debate e considerando que de fato tal mudança ocorra, questiona-se como se daria a questão da absorção desses adolescentes e jovens pelo já superlotado sistema carcerário paraense, em especial, pelo complexo penitenciário de Americano em Santa Isabel – PA, que de acordo com a Superintendência do Sistema Prisional do Estado Pará – SUSIPE, o estado, até novembro de 2018, comportava o dobro de sua capacidade, totalizando 16.335 apenados para somente 8.630 vagas, e que, somente nesse complexo, custodiava 5.456 presos. Não tão menos importante será também o debate sobre o efeito que a reforma poderá ocasionar quando, sob uma justificativa de se erradicar uma mazela, não estaria criando-se outra, concentrando em um mesmo local esses novos egressos e os já apenados, fomentando assim, um ambiente propício para que esses jovens sejam recrutados pelas diversas facções, que sabe hoje, dominam as casas penais. Destarte, por ser a produção acadêmica objeto transformador da realidade através do estudo, discussão e, sobretudo, da interpretação do alcance e dos efeitos pretendidos diante das constantes mudanças legislativas, torna-se primordial a confecção detalhada de uma pesquisa que vise apontar aos operadores do direito uma construção que seja capaz de apontar prováveis cenários frente ao desafio de se efetivar a justiça e paz social. 
6. MARCO TEÓRICO
Para se auferir a confirmação da hipótese afirmada será utilizado como marco teórico a promessa defendida na campanha eleitoral pelo então candidato pelo Partido Social Liberal, Jair Messias Bolsonaro, nas eleições presidenciais de outubro de 2018, que prometeu em seu governo reduzir de 18 para 17 anos o critério da imputabilidade para que, menores a partir dessa idade, já pudessem receber do estado uma punição mais severa, sob a justificativa de reduzir e prevenir a prática de delitos por esses naturais. Em que pese ser apenas uma promessa de campanha e não sendo possível afirmar se ela foi utilizada como estratégia para captar mais eleitores, o fato é que a proposta tem 84% de aprovação dos brasileiros, segundo pesquisa realizada entre os dias 18 e 19 de dezembro de 2018 pelo instituto Datafolha, divulgada em 14 de janeiro de 2019 pelo jornal Folha de São Paulo. Na pesquisa foi perguntado sobre a possível modificação do critério que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos. Foram ouvidas 2.077 pessoas em 130 municípios que afirmaram que a redução deve ocorrer para qualquer modalidade de crime, mantendo o mesmo percentual de concordância de 2017. Logo, por essa e outras circunstâncias que permeiam o tema, terá a pesquisa a possibilidade de afirmar ou contradizer a hipótese arguida como verdadeira. 
4. METODOLOGIA DE PESQUISA
Para a consecução do presente estudo, utilizar-se-á a pesquisa teórica empírica e estatística, inicialmente analisando a influência de fatores políticos, econômicos e sociais que de alguma possam estar relacionadas com o fenômeno da delinquência. Posteriormente, a análise e demonstração de dados coletados em documentos, artigos, doutrinas, jurisprudências e bibliografias relativo ou sobre o tema, capazes de contribuir para o objeto em análise. Não obstante, evidenciar-se-á o caráter transdisciplinar da pesquisa, percorrendo as searas do Direito Constitucional, Direito Penal, Processual Penal, Lei 8.069/1990 e o Direito Comparado.
5. CRONOGRAMA ano: 2019
	Atividades
	JAN
	FEV
	MAR
	ABR
	MAI
	JUN
	JUL
	AGO
	SET
	OUT
	NOV
	Pesquisa bibliográfica e documental 
	
	
	
X
	
X
	
X
	
	
	
	
	
	
	Discussão teórica em função dos objetivos 
	
	
	
	
	
X
	
	
	
	
	
	
	Determinação de categorias para tratamento dos dados documentais
	
	
	
	
	
	
 X
	
	
	
	
	
	Análise e tabulação dos dados obtidos
	
	
	
	
	
	
	
X
	
	
	
	
	Redação do TCC
	
	
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	Revisão bibliográfica do TCC
	
	
	
	
	
	
	
	
X
	
	
	
	Impressão e Depósito
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	Defesa Pública
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
REFERÊNCIAS
MATOS, Xistos. Uma Breve Crítica ao Sistema Carcerário Brasileiro. 1° ed. Santa Catarina: Tirant Brasil, 2018.
CAVAGNINI, José Alberto. Somos Inimputáveis: O Problema da Redução da Maioridade no Brasil. São Paulo: Baraúna, 2013.
SALEH, Nicole Martignago. Redução da Maioridade Penal e Políticas Públicas. 1° ed. Rio de Janeiro: Ed. Lumes Juris, 2016.
FILHO, Dalson, SILVA, Lucas, LINS, Rodrigo. A redução da maioridade penal diminui a violência? Evidências de um estudo comparado. Opinião Pública. Campinas, vol. 22, n° 1, 2016. 
MASSON, Cléber. Direito Penal esquematizado: Parte Geral. v.1. 11°.ed. rev. atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 
PIRES, Carlos Eduardo Machado. A inconstitucionalidade da redução da maioridade penal. Brasília. Ed. AgBook. 2017. 49 p.
MANSO, Bruno Paes; DIAS, Camila Nunes. A Guerra: A ascensão do PCC e o Mundo do Crime no Brasil. São Paulo: Todavia, 2018. 
NOVO, Benigno Núnêz. A Realidade do Sistema Carcerário Brasileiro. 1° ed. São Paulo: Ed. Benigno Núnêz Novo, 2017.

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