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Professor: PEDRO CANEZIN Turma: CARREIRAS POLICIAIS Data: 27/05/2020 DIREITO CONSTITUCIONAL MUDE SUA VIDA! 1 AULA 03 DIREITOS FUNDAMENTAIS REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS HABEAS CORPUS Art. 5º, LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; Le gi tim id ad e Impetrante Qualquer pessoa (física ou jurídica), em favor de si próprio ou de 3º, podendo inclusive ser concedido de ofício pelo Juiz Paciente Somente a Pessoa Física, visto que PJ não tem direito de locomoção Autoridade Coatora Autoridade Pública ou Privada ATENÇÃO! Informativo 891, STF: Diante da inexistência de regramento legal, o STF entendeu que se deve aplicar, por analogia, o art. 12 da Lei nº 13.300/2016, que trata sobre os legitimados para propor MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO. MANDADO DE SEGURANÇA Art. 5º, LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; Le gi tim id ad e Impetrante Qualquer pessoa (física ou jurídica) Paciente É a própria pessoa física ou jurídica impetrante Autoridade Coatora Autoridade Pública ou Privada no exercício do Poder Público Em relação ao MS coletivo, essa ação tutela direitos individuais homogêneos (que pertence a um grupo de associados) ou coletivos (conjunto de pessoas detentoras do direito). É legítimo para impetrar MS coletivo: Partido político com representação no Congresso Nacional; Organização Sindical; Entidade de Classe; Associação constituída há pelo menos 01 ano. ATENÇÃO! A perda da legitimidade superveniente de Partido Político NÃO DECAI a ação de MS. É o caso da perda do cargo do único representante do partido político no CN. MANDADO DE INJUNÇÃO Art. 5º, LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; Le gi tim id ad e Impetrante Qualquer pessoa (física ou jurídica) Paciente É a própria pessoa física ou jurídica impetrante Autoridade Coatora Pessoa Estatal, em tese, o Poder Legislativo, mas pode ser outra autoridade O MI é autoaplicável, como compreendido pelo STF. Isso quer dizer que a própria ação de MI pode dar resolução ao caso concreto. Para isso, nasceram duas teorias adotadas pelo Brasil e pelos nossos tribunais: TEORIA CONCRETISTA GERAL (ou com efeito Erga Omnes): os efeitos da decisão do tribunal atingem todos os processos que versem sobre o mesmo caso. Foi o que aconteceu com o direito de greves dos servidores públicos. TEORIA CONCRETISTA INDIVIDUAL (ou com efeito Inter Partes): neste caso o Poder Judiciário resolve a lide apenas dentro do processo, não atingindo ações em outras órbitas. HABEAS DATA Art. 5º, LXXII - conceder-se-á "habeas-data": a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; Professor: PEDRO CANEZIN Turma: CARREIRAS POLICIAIS Data: 27/05/2020 DIREITO CONSTITUCIONAL MUDE SUA VIDA! 2 Le gi tim id ad e Impetrante Qualquer pessoa (física ou jurídica), para obter dados a seu respeito Paciente É a própria pessoa física ou jurídica impetrante Autoridade Coatora Entidade governamental ou pessoa privada que contenha banco de dados de caráter público Ao lado do HC, o HD é gratuito, mas não dispensa a figura do advogado. Somente será cabível essa ação se houver recusa ou demora (nos termos da lei) da prestação de atendimento à informação, como preconiza a súmula 2 do STJ. AÇÃO POPULAR LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; Le gi tim id ad e Impetrante Qualquer Cidadão (nato ou naturalizado) Paciente Coletividade detentora do Patrimônio Público, Moralidade Administrativa, Patrimônio Histórico-Cultural e Meio Ambiente Autoridade Coatora Agente que praticou o ato + Beneficiários Assim como o HC e o MS, pode a AP ser repressiva ou preventiva. O MP, por ser o fiscal da lei e protetor do interesse público, poderá assumir a AP em caso de desistência da parte. O autor que ganha ou perde a ação é isento de custos judiciais e ônus de sucumbência, é dizer, não precisa pagar a parte contrária do processo caso perca, salvo em havendo má-fé. O prazo para intentar a ação é de 5 ANOS, a contar do conhecimento à ofensa à coisa pública. DIREITOS SOCIAIS Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Perceba que, pela redação do art. 6º, o estado é obrigado a assegurar aos seus cidadãos todos os direitos previstos. Ora, hoje se sabe que é muito difícil que o Estado consiga, de maneira equânime, garantir tais direitos. Para se negar à prestação de alguns desses direitos, muitas vezes o estado alegava que “não tinha condições”, invocando a TEORIA DA RESERVA DO POSSÍVEL. Historicamente percebeu-se que, ao invocar essa teoria, o estado se livrava de várias obrigações, o que acabou se tornando rotina no Brasil em diversas formas de abuso. Para se defender, chegou aos tribunais superiores alguns casos em que o STJ e STF obrigaram o estado a prestar assistência aos seus cidadãos, a partir da TEORIA DO MÍNIMO EXISTENCIAL. Segundo tal teoria, ainda que o estado não consiga prestar amplamente a assistência, ele deve garantir um mínimo a todos, principalmente aos mais necessitados. Assim foi criado o salário mínimo. Agora se pergunta: será que hoje o salário mínimo consegue dar conta de todos os direitos previstos no art. 6º da CF/88? DIREITOS SOCIAIS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: ATENÇÃO! O princípio da vedação do retrocesso, ou “Effet Cliquet” visa impedir que o legislador venha a desconstruir pura e simplesmente o grau de concretização que ele próprio havia implementado no âmbito social. I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de LEI COMPLEMENTAR, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; Enquanto a lei complementar citada no inciso I do Art. 7º não for editada, a indenização fica restrita ao FGTS (40%). II - seguro-desemprego, em caso de desemprego INVOLUNTÁRIO; O seguro-desemprego é um benefício, pago pelo MTE, visando a prover a assistência financeira do trabalhador, bem como auxiliá-lo na busca de um novo emprego, por meio de ações integradas de recolocação, orientação e qualificação profissional. Embora pago pelo Ministério do Trabalho e Emprego, sua previsão constitucional é de benefício previdenciário, ou seja, custeado com parte da arrecadação do PIS/PASEP. São beneficiados o trabalhador urbano e rural, inclusive doméstico, que foi demitido SEM JUSTA CAUSA, inclusive rescisão indireta, e o trabalhador resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à escravidão. III - fundo de garantia do tempo de serviço; O FGTS implica um sistema de depósitos mensais efetuados na conta vinculada do trabalhador, que Professor:PEDRO CANEZIN Turma: CARREIRAS POLICIAIS Data: 27/05/2020 DIREITO CONSTITUCIONAL MUDE SUA VIDA! 3 podem ser levantados nas hipóteses previstas em lei, como, por exemplo, demissão sem justa causa. IV - salário mínimo, fixado em lei, NACIONALMENTE UNIFICADO, capaz de atender as suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; No que pese a expressa dicção constitucional, o valor salário mínimo PODE SER FIXADO POR MEDIDA PROVISÓRIA OU DECRETO, sendo muito frequentes no Brasil reajustes por meio dessa espécie normativa. A despeito da vedação acerca da sua vinculação, o salário mínimo PODE ser utilizado como índice de correção monetária de pensão alimentícia, como, inclusive, já decidiu o STF. Súmula Vinculante 4 do STF - “salvo os casos previstos na Constituição Federal, o salário mínimo não pode ser utilizado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial”. Súmula Vinculante 6 do STF - “não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial”. V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; Nos termos do art. 22, parágrafo único, a Constituição admite que LEI COMPLEMENTAR FEDERAL delegue aos Estados da federação alguns pontos específicos contidos na competência legislativa privativa da União. Piso salarial é uma matéria que foi objeto de delegação, razão pela qual pode variar em cada Estado-membro. Trata-se da menor remuneração a ser paga para determinada categoria, sendo acima do salário mínimo. VI - irredutibilidade do salário, SALVO o disposto em convenção ou acordo coletivo; VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; IX – remuneração do trabalho noturno SUPERIOR à do diurno; X - proteção do salário na forma da lei, constituindo CRIME sua retenção dolosa; XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, EXCEPCIONALMENTE, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; O salário-família tem natureza de benefício previdenciário, ou seja, trata-se de uma prestação pecuniária paga pelo INSS. Os beneficiários são os empregados considerados como de baixa-renda e que possuam FILHOS MENORES DE 14 ANOS OU INVÁLIDOS DE QUALQUER IDADE, EXCETO OS DOMÉSTICOS. O enteado e o menor sob tutela e que não tenham bens suficientes para o próprio sustento e educação podem ser equiparados aos filhos. XIII - duração do trabalho normal não superior a OITO HORAS DIÁRIAS e QUARENTA E QUATRO SEMANAIS, FACULTADA a compensação de horários e a redução da jornada, mediante ACORDO OU CONVENÇÃO coletiva de trabalho; XIV - jornada de SEIS HORAS para o trabalho realizado em TURNOS ININTERRUPTOS de revezamento, SALVO negociação coletiva; ATENÇÃO! Os intervalos fixados para descanso e alimentação durante a jornada de 6h ininterruptas não descaracterizam o sistema de revezamento. XV - repouso semanal remunerado, PREFERENCIALMENTE aos domingos; O descanso semanal remunerado é devido a todos os trabalhadores que, por atingirem frequência integral durante a semana, não prestarão serviços ao trabalhador. Assim, a cada seis dias de trabalho segue-se o direito ao descanso de 24 horas, que poderá não recair necessariamente nos domingos. XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em CINQUENTA POR CENTO à do normal; XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, UM TERÇO a mais do que o salário normal; XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de CENTO E VINTE DIAS; XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no MÍNIMO DE TRINTA DIAS, nos termos da lei; Entende-se por aviso prévio a comunicação antecipada de que o contrato de trabalho será rescindido sem justa causa, que é devida nos contratos com prazo indeterminado. Trata-se de um DEVER do empregador ou do empregado, de modo a evitar surpresas em quaisquer das partes, não podendo sofrer oposição por parte daquele que é avisado. XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; Professor: PEDRO CANEZIN Turma: CARREIRAS POLICIAIS Data: 27/05/2020 DIREITO CONSTITUCIONAL MUDE SUA VIDA! 4 XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XXIV - aposentadoria; XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento ATÉ 5 (CINCO) ANOS DE IDADE em creches e pré-escolas; XXVI - RECONHECIMENTO das convenções e acordos coletivos de trabalho; As convenções e acordos coletivos são espécies do gênero negociação coletiva. Diferenciam-se pela amplitude, na medida em que as primeiras atingem todos os empregadores e empregados de uma categoria e a segunda irradia seus efeitos apenas entre um empregador e seus empregados. A negociação coletiva evita o ajuizamento de dissídios coletivos, pacificando o conflito entre patrão e trabalhador. Cuida-se de um pacto que normatizará uma situação concreta, como, por exemplo, o valor do salário. Tais normas, em alguns casos, poderão dispor sobre direitos trabalhistas de maneira mais benéfica que as leis e a Constituição, razão pela qual serão aplicadas para favorecer o trabalhador. XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; Automação são os avanços tecnológicos que roubam o emprego do ser humano. Este deve ser protegido por lei, que, por exemplo, pode prever um número mínimo de pessoas físicas atendendo em agências bancárias, mesmo havendo caixas eletrônicos. XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com PRAZO PRESCRICIONAL DE CINCO ANOS para os trabalhadores urbanos e rurais, ATÉ O LIMITE DE DOIS ANOS após a extinção do contrato de trabalho; O dispositivo acima trata da prescrição trabalhista, é dizer, após cessado o vínculo empregatício, o ex- empregado tem dois anos para entrar com a ação trabalhista, que levará em conta os últimos 5 anos, a contar da data no início da ação. XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; XXXIV - IGUALDADE de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Parágrafo único. São assegurados à categoria dos TRABALHADORES DOMÉSTICOS os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência social. A Emenda Constitucional 72/13 acrescentou ao rol de direitos que foram originalmente assegurados pelo CF/88 ao trabalhador doméstico. No entanto, nem todos os direitos firmados no artigo 7º foramestendidos aos trabalhadores domésticos, a saber: Piso salarial; Participação nos lucros ou resultados; Jornada de 6h em turnos ininterruptos; Proteção ao mercado de trabalho da mulher; Adicional de remuneração para atividades insalubres, perigosas e penosas; Proteção em face da automação; Ação, com prescrição trabalhista; Proibição de distinção entre trabalho técnico, manual e intelectual; Igualdade entre trabalhador avulso e com vínculo trabalhista. DIREITOS SOCIAIS COLETIVOS DOS TRABALHADORES Art. 8º É LIVRE a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: I - a lei NÃO PODERÁ EXIGIR AUTORIZAÇÃO do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, VEDADAS ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical; II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, NA MESMA BASE TERRITORIAL, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município; Em cada base territorial (federal, estadual e municipal) só pode existir um sindicato representante da mesma categoria, lembrando sempre que a menor base territorial é o Município. Esse é o princípio da Unicidade Sindical, aplicável tanto à categoria profissional (trabalhadores) quanto à categoria econômica (empregadores). III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em QUESTÕES JUDICIAIS OU ADMINISTRATIVAS; Professor: PEDRO CANEZIN Turma: CARREIRAS POLICIAIS Data: 27/05/2020 DIREITO CONSTITUCIONAL MUDE SUA VIDA! 5 IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei; O primeiro ponto a se notar desse inciso é a existência de duas contribuições: a confederativa e a sindical. A contribuição confederativa é a prevista no inciso IV do art. 8º, fixado pela assembleia geral, descontada em folha para custear o sistema confederativo. NÃO possui natureza tributária, por isso obriga apenas aos filiados a pagar. Diferente da confederativa, a contribuição sindical é aquela prestada pelo sindicato de acordo com a CLT, paga por todos os trabalhadores e profissionais liberais. Sua natureza é tributária, não possuindo caráter facultativo. ATENÇÃO! Súmula n.º 666: “A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo”. CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL 1) Fixada em assembleia geral; 2) Não tributária; 3) Devida aos trabalhadores filiados. 1) Fixada em lei; 2) Natureza tributária; 3) devida a todos os trabalhadores. V - NINGUÉM será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; VI - é OBRIGATÓRIA a participação dos sindicatos nas NEGOCIAÇÕES COLETIVAS de trabalho; VII - o APOSENTADO filiado tem direito a VOTAR e SER VOTADO nas organizações sindicais; ESTABILIDADE SINDICAL VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado A PARTIR DO REGISTRO DA CANDIDATURA a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, AINDA QUE SUPLENTE, até UM ANO APÓS O FINAL DO MANDATO, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. Parágrafo único. As disposições deste artigo APLICAM-SE à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. DIREITO DE GREVE Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. § 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. § 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. ATENÇÃO! O STF entendeu que, para serviços públicos essenciais para a sociedade (como o fornecimento de água) deverão ser prestados na sua totalidade. Recentemente o STF também entendeu que energia elétrica NÃO É necessariamente serviço essencial, portanto passível de desligamento. DIREITO DE PARTICIPAÇÃO E DE REPRESENTAÇÃO CLASSISTA Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. Art. 11. Nas empresas de MAIS DE DUZENTOS EMPREGADOS, é assegurada a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.
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