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Antipsicóticos Denominações: neurolépticos, drogas antiesquizofrenia, tranquilizantes maiores Usos: principalmente no tratamento das psicoses Psicoses Características: alterações de pensamento, comportamento, presença de alucinações, delírios •estados confusionais induzidos por drogas •doenças do SNC (tumores, traumas, epilepsia, reações alérgicas, demências, etc) •afetivas – depressão e mania •esquizofrênicas •outras Uso Clínico dos Antipsicóticos •esquizofrenia •episódios de mania, estados mistos maníaco- depressivos, depressões psicóticas •comportamento de violência impulsiva •distúrbios de comportamento em doenças de Alzheimer, Parkinson Sintomas positivos: delírios, alucinações, distúrbios do pensamento. Sintomas negativos: isolamento social, achatamento das respostas emocionais Esquizofrenia Incidência cerca 1% população Hipótese – hiperatividade da dopamina no sistema mesolímbico (sinais positivos) e falta de dopamina na via mesocortical (sinais negativos). Há algumas evidências de participação de 5 HT. Esquizofrenia Excesso de dopamina subcortical Hipótese Dopaminérgica Hiperestimulação D2 Sintomas positivos Hipoestimulação D1 e D2 Déficit de dopamina pré-frontal Sintomas cognitivos e negativos Antipsicóticos São medicamentos inibidores das funções psicomotoras Excitação e agitação. Atenuam distúrbios psicóticos delírios alucinações Os antipsicóticos são grupos de fármacos com propriedades farmacológicas e terapêuticas comuns, usados primariamente na terapia da esquizofrenia, na fase maníaca do transtorno afetivo bipolar (maníaco-depressiva) e outras psicoses idiopáticas agudas marcadas por grave agitação. O termo neuroléptico foi introduzido em 1957 por Delay & Deniker com o objetivo de agrupar farmacologicamente dois fármacos com estruturas químicas diferentes, a clorpromazina e a reserpina, e também para distinguí-las dos depressores gerais do Sistema Nervoso Central (SNC), os sedativos. Este termo tem sido utilizado para enfatizar os efeitos neurológicos destes agentes, o que tem levado diversos autores a optar pelo termo antipsicótico, visto que se considera atualmente desnecessário que para a obtenção dos efeitos terapêuticos devam ocorrer os efeitos neurológicos. Os antipsicóticos são também chamados de atípicos por não possuirem algumas propriedades farmacológicas comuns às dos neurolépticos tradicionais, principalmente efeitos extrapiramidais. Como exemplos representativos incluem se clozapina, olanzipina, quetiapina e risperidona USO CONTÍNUO • Surto único em adolescente: aguardar • Mais de um episódio: cronicidade • Quanto mais crises maiores as perdas • Interrupção da medicação: em um ano, recaída de 90% dos casos • A manutenção ajuda para que a “demência” não seja inevitável • Argumentar respeitando o delírio do paciente ANTIPSICÓTICOS • Tradicionais: – Baixa potência – Sedativos, cardiotóxicos, podem causar hipotensão e ganho de peso, mas menos efeitos extrapiramidais: clorpromazina (Amplictil®) , tioridazina (Melleril®), levomepromazina (Levozine®) – Alta potência – menos sedativos, menos efeitos anticolinérgicos, porém maior risco de efeitos extrapiramidais - Incisivos haloperidol (Haldol®), droperidol (Droperdal®), trifluoperazina, flufenazina) Sintomas ou efeitos extrapiramidais Reação distônica aguda – 48 horas após uso de antipsicóticos – caracteriza-se por movimentos espasmódicos da musculatura do pescoço, boca, língua. – trata-se com anticolinérgicos como prometazina (Fenergam®) ou biperideno (Akineton®) Parkinsonismo – após a primeira semana de uso do antipsicótico – tremor de extremidades, rigidez muscular, hipercinesia e face inexpressiva – pode-se tratar com os mesmos anticolinérgicos. Tais efeitos podem desaparecer com o tempo de uso da medicação Sintomas ou efeitos extrapiramidais Acatisia – na primeira semana de uso da medicação – caracteriza-se por inquietação psicomotora, desejo incontrolável de movimentar-se, sensação interna de tensão, não para de mexer as pernas. Tais sintomas não respondem bem aos anticolinérgicos nem ansiolíticos. Pode-se substituir por um atípico Discinesia tardia – aparece após um ano de tratamento, caracteriza-se por movimentos involuntários, principalmente da musculatura oro-língua-facial, ocorrendo protusão da língua, acompanhada de movimentos sincrônicos da mandíbula. Não responde bem aos anticolinérgicos, requer uso de atípicos Sintomas ou efeitos extrapiramidais Síndrome neuroléptica maligna – intensa hipertermia com distúrbios autonômicos generalizados – alta mortalidade. Síndrome raríssima. • Atípicos: promovem bloqueio de receptores 5-HT2 da serotonina e D2 da dopamina, especialmente no sistema mesolímbico e mesofrontal da dopamina do que para o sistema dopaminérgico nigroestriatal • amisulprida (Socian®), risperidona (Respindol®), olanzapina (Zyprexa®), quetiapina (Seroquel®), ziprazidona, aripiprazol (Abilify®), clozapina (Leponex®) • Comprimidos, IM, gotas, solução, depot •A quetiapina apresenta o menor risco de efeitos extrapiramidais, aumentando a adesão ao tratamento. Também utilizado no alívio de sintomas psicóticos em pacientes com Parkinson sob tratamento •Os efeitos antipsicóticos podem demorar de 3 a 8 semanas para aparecer e não há relato de desenvolvimento de tolerância •Já a ação tranquilizante surge em horas a dias e pode haver desenvolvimento de tolerância • Os incisivos tem maior efeito em sintomas positivos das psicoses (alucinações, delírios). Acessíveis e de baixo custo (haloperidol) • Os atípicos tem também efeito sobre sintomas negativos (perda cognitiva, isolamento social), menos efeitos colaterais. Caros, acesso difícil. Uso também como estabilizadores do humor • Programa de medicação de Alto Custo EFEITOS COLATERAIS • Sintomas extra-piramidais (“impregnação”): acatisia, tremores, crise oculógira, rigidez muscular (roda dentada), engasgo, protrusão de língua, contração muscular, tremores • Amimia (perda de expressão facial) • Síndrome neuroléptica maligna • Perda cognitiva • Ganho de peso • Redução da libido • Aumento de prolactina – impotência, infertilidade, irregularidades menstruais ou amenorreia • Risco cardio-vascular e metabólico • Discinesia tardia • Clozapina: agranulocitose (necessidade de hemograma regular) Antipsicóticos Antipsicóticos típicos – 1ª. Geração -sedativos principal efeito sedação. Indicação: agitação psicomotora -incisivos principal efeito remoção de delírios e alucinações. capacidade de sedação. - Antagonizam receptores D1, D2, 5-HT2, alfa- adrenérgico, H1, muscarínico. Classificação Antipsicóticos típicos Efeitos adversos -CLORPROMAZINA - ginecomastia, hipotermia, efeitos anticolinérgicos, reações de hipersensibilidade, icterícia -HALOPERIDOL - similar ao anterior, sem icterícia -PENFLURIDOL - -FLUFENZINA, -FENOTIAZINA. Antipsicóticos Antipsicóticos atípicos – 2ª. geração -AMISULPIRIDA, -CLOZAPINA, -OLANZAPINA, -QUETIAPINA, -RISPERIDONA, -ZUCLOPENTIXOL. Antipsicóticos Mecanismo de Ação das Drogas Antipsicóticas Todas as drogas antipsicóticas são antagonistas ao nível dos receptores D2 A maioria também bloqueia outros receptores monoaminérgicos, 5 HT2. A clozapina também bloqueia receptores D4. Potência antipsicótica associada aos receptores D2. Aparecimento tardio do efeito – sugerindomudanças em nível de receptor. Efeitos Indesejáveis das Drogas Antipsicóticas Distúrbios motores extrapiramidais Distúrbios endócrinos ( prolactina) Icterícia obstrutiva com fenotiazinas. Sedação, hipotensão e do peso corporal. Boca seca, visão turva, hipotensão bloqueio dos receptores adrenérgicos e muscarínicos de Ach. Síndrome maligna antipsicótica (rara) Distúrbios Motores Induzidos por Antipsicóticos Distonias agudas e reversíveis e sintomas seme- lhantes ao parkinsonismo. Discinesia tardia de desenvolvimento lento, geral- mente irreversível. Discinesia tardia mov. Involuntários da face, membros de aparecimento tardio Causa provável receptores DA (pré sinápticos) Tratamento com pouco sucesso. Sintomas agudos – mov. Involuntários, tremor, rigidez conseqüência direta de bloqueio de DA nigroestriatais. Distúrbios Motores Indzidos por Antipsicóticos A incidência das distonias agudas e discinesia tardia é menor com antipsicóticos atípicos CLOZAPINA. HIPÓTESE bloqueio pronunciado de receptores muscarínicos, ou certo grau de seletividade pela via mesolímbica em contraposição à via nigroestriatal da dopamina. Eficácia Clínica das Drogas Antipsicóticas Eficazes no controle dos sintomas da esquizofrenia aguda Tratamento prolongado é eficaz contra recidivas Preparações de depósitos para terapia de manutenção. Em geral, as drogas antipsicóticas não são eficazes para melhorar os sintomas negativos. 40% dos pacientes são inadequadamente contro- lados com agentes antipsicóticos; a clozapina pode ser eficaz em casos de “resistência a antipsicóticos”.
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