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Psicologia psicodiagnostico

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PSICOFARMACOLOGIA
Profº Ms. Marcelo Elias
1
1
Monoaminas
Monoaminas são substancias bioquímicas derivadas de aminoácidos através do processo de descarboxilação. As principais monoaminas são:
Catecolaminas a saber:
Dopamina (as mais abundantes no SNC),
Os receptores de dopamina são subdivididos em D1, D2, D3, D4 e D5 de acordo com localização no cérebro e função.
A dopamina também está envolvida no controle de movimentos, aprendizado, humor, emoções, cognição e memória.
O receptor D2 de dopamina (DRD2) mutações nesses receptores têm sido associadas com a esquizofrenia.
Noradrenalina (É a que mais influencia o humor, ansiedade, sono e alimentação junto com a Serotonina, Dopamina e Adrenalina.) 
2
Monoaminas
Serotonia (5-hidroxitriptamina ou 5-HT).
Acredita-se que a serotonina representa um papel importante no sistema nervoso central como neurotransmissor na inibição da ira, agressão, temperatura corporal, humor, sono, vômito e apetite.
Estas inibições estão diretamente relacionadas com os sintomas da Depressão.
Histamina
Regula a secreção do suco gástrico, gatilho do vômito, centro do despertar e da fome.
As monoaminas atuam no corpo humano como neurotransmissores.
Geralmente, tais substâncias estão ligadas a distúrbios emocionais.
3
PSICOFÁRMACOS
A decisão de utilizar ou não um psicofármaco depende antes de tudo do diagnóstico que o paciente apresenta, incluindo eventuais comorbidades. Para muitos transtornos os medicamentos são o tratamento preferencial, como na esquizofrenia, no transtorno bipolar, em depressões graves ou no controle de ataques de pânico.
Uma vez escolhida a droga, definidos os sintomas alvo, o clínico fará um plano de tratamento que envolve a fase aguda, a manutenção e as medidas para prevenção de recaídas. Deverá ainda ter em mente as doses que irá utilizar em cada uma destas fases, o tempo necessário e os critérios nos quais se baseará para concluir sobre a efetividade ou não da droga, bem como a opção de associar ou não outras estratégias terapêuticas. Com estas decisões e alternativas em mente irá expor seu plano ao paciente e muitas vezes também aos familiares, com o objetivo preliminar de obter sua adesão.
4
Depressão
A depressão é uma doença que afeta: 
 o bem estar físico provocando cansaço, alterações no sono e mudanças de apetite.
 o bem estar mental provocando alterações de ânimo, no pensamento e no comportamento.
5
Sintomas Psicológicos da Depressão
 Baixo Astral
 Perda de interesse nas coisas que costuma apreciar
 Ansiedade
 Embotamento emocional
 Problemas de concentração e de memória
 Delírios
 Alucinações
 Impulsos suicidas
6
Sintomas Físicos da Depressão
 Problemas com sono
 Lentidão mental e física
 Aumento ou falta de apetite
 Aumento ou perda da peso
 Perda de interesse no sexo
 Cansaço
 Constipação
 Irregularidades na menstruação
7
Depressão
• Hipóteses Biológicas
– Hipótese monoaminérgica
• Depressões noradrenégicas
– ⇓ NA
» Utilização de fármacos inibidores da recaptação da NA (nortriptilina, desipramina)
• Depressões serotonérgicas
– ⇓ 5-HT
» Utilização de fármacos bloqueadores da recaptação da 5-HT (fluoxetina, sertralina)
8
Neurotransmissão Normal
9
Alterações Neuroquímicas da Depressão
10
HIPÓTESE DAS MONOAMINAS
PONTOS FALHOS
Nem todos os pacientes apresentam deficiências de metabólitos das monoaminas (medidos no sangue, líquor,tecido cerebral post mortem de pacientes deprimidos)
certas drogas que aumentam os níveis de monoaminas não são antidepressivas (cocaína, anfetamina)
existem drogas que não aumentam os níveis de monoaminas e são antidepressivas (mianserina, iprindol)
11
Depressão
• Hipóteses Biológicas
– Hipótese sobre alterações nos receptores
• Depressão: hipersensibilidade de receptores
monoaminérgicos
– Feedback diminuindo a síntese e liberação de neurotransmissores
12
EIXO HIPOTÁLAMO HIPÓFISE ADRENAL
13
ANTIDEPRESSIVOS: considerações sobre o uso
São eficazes
Demoram no mínimo 15-30 dias para o efeito
Não causam dependência
Não perdem a eficácia quando usados por tempo prolongado
Devem ser usado em doses e pelo tempo adequados
A suspensão do tratamento deve ser feita com a retirada gradual
14
Fármacos Antidepressivos
Existem mais de duas dezenas de antidepressivos cuja eficácia clínica está bem estabelecida. Até o presente momento não foi comprovada a superioridade de uma droga sobre as demais. A grande diferença entre os diferentes medicamentos é o seu perfil de efeitos colaterais. 
Os primeiros antidepressivos lançados no mercado no final da década de 50 e ao longo da década de 60 pertencem ao grupo dos tricíclicos, e se caracterizam por terem inúmeras ações neuroquímicas e por provocarem muitas reações adversas. 
Os antidepressivos mais recentes atuam de forma mais específica, apresentam menos efeitos colaterais e, conseqüentemente, melhor tolerância.
15
Fármacos Antidepressivos
• Classificação
– Antidepressivos tricíclicos
– Inibidores da monoamina oxidase (IMAO)
– Novas drogas antidepressivas
– Lítio e outras drogas reguladoras do humor
16
A escolha do antidepressivo
Como, em princípio, todos os antidepressivos são igualmente efetivos a escolha leva em conta a resposta e a tolerância em uso prévio, o perfil de efeitos colaterais, comorbidades psiquiátricas e problemas médicos, a presença de sintomas psicóticos e a idade.
Se uma determinada droga foi eficaz em episódio depressivo anterior do paciente, ou de seus familiares, e as reações adversas e efeitos colaterais foram bem tolerados, em princípio será a preferida. 
Na atualidade tem sido preferidos os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) ou alguns dos novos agentes como a nefazodona, a venlafaxina ou a bupropriona em virtude de seu perfil de efeitos colaterais ser mais favorável.
 
Entretanto em depressões graves muitos ainda preferem os antidepressivos do grupo dos tricíclicos, que poderiam ter uma eficácia maior nestes quadros o que, entretanto, é controverso.
17
A escolha do antidepressivo
O perfil dos efeitos colaterais dos Antidepressivos Tricíclicos – ADT pode contrabalançar alguns dos sintomas associados aos quadros depressivos:
Amitriptilina, Mirtazapina podem ser preferidos quando há insônia, embora ela tenda a melhorar com a melhora do quadro depressivo; 
Paroxetina, Mirtazapina, Sertralina ou Venlafaxina quando há ansiedade;
Amineptina e Bupropriona, Reboxetina, quando há anergia acentuada; 
Os tricíclicos e a Mirtazapina devem ser evitados em pacientes com sobrepeso ou obesidade; 
Tricíclicos e IMAO devem ser evitados em pacientes com risco de suicídio, pois são perigosos em overdose. 
Na depressão crônica ou distimia preferir a Fluoxetina, Fluvoxamina, Moclobemida, Nefazodona, Sertralina ou Paroxetina.
18
A escolha do antidepressivo
Na presença de sintomas psicóticos é necessário o acréscimo de antipsicóticos, que devem ser suspensos assim que os sintomas desaparecerem.
Cardiopatias, hipertrofia prostática e glaucoma contra-indicam o uso dos tricíclicos;
Epilepsia contra-indica o uso de maprotilina, clomipramina ou bupropriona;
Disfunções sexuais podem ser agravadas pelos ISRSs, e favorecidas pelo uso da trazodona, nefazodona ou da bupropriona; 
Em insuficiência hepática deve-se evitar drogas de intensa metabolização hepática como a fluoxetina e em princípio as doses a serem utilizadas devem ser menores, assim como em idosos.
19
A escolha do antidepressivo
Quando existem comorbidades associadas ao quadro depressivo elas devem ser consideradas na escolha do medicamento: 
No transtorno do pânico, deve-se preferir as drogas de eficácia comprovada neste transtorno (clomipramina, imipramina, fluoxetina, paroxetina, sertralina); 
No transtorno obsessivo-compulsivo, preferir drogas bloqueadoras da recaptação da serotonina, como a clomipramina e os ISRS; 
Em quadros com presença de dor, a amitriptilina, e no estresse pós-traumático a sertralina. 
Em episódios depressivos do transtorno bipolar, dar preferência ao lítio isolado (se não estava sendo utilizado) ou associado a um antidepressivo(bupropriona, paroxetina) por curto período de tempo, 
Em pacientes idosos deve-se evitar os tricíclicos e os IMAO: agravam sintomas como hipotensão, confusão mental, constipação intestinal, retenção urinária, hipertrofia prostática. As doses utilizadas devem ser menores, assim como em indivíduos jovens. 
Na gravidez, a fluoxetina tem sido a droga mais utilizada e em princípio tem se revelado segura.
 A sertralina bem como a imipramina são pouco excretadas no leite e têm sido sugeridas durante a amamentação .
20
Tratamento da fase aguda da depressão
O início do tratamento geralmente dura de 6 a 8 semanas na depressão maior, período necessário para se concluir se houve ou não uma resposta à droga.
Quando os sintomas são graves, não se aguarda tanto tempo. Caso depois de 3 a 4 semanas o paciente não apresentou nenhuma mudança na intensidade em pelo menos algum sintoma (p. ex., anergia, anedonia), e os efeitos colaterais estão sendo bem tolerados, pode-se tentar um aumento da dose ou a troca do medicamento. 
Em pacientes com distimia, deve-se aguardar até 12 semanas. Os primeiros resultados usualmente se observam somente 7 a 15 dias após o início do tratamento, e não de imediato.
Anergia: Perda das forças.
Anedonia: Perda da capacidade de sentir prazer.
Distimia: é um tipo de depressão que se caracteriza principalmente pela falta de prazer ou divertimento na vida e pelo constante sentimento de negatividade.
21
Manejo do paciente refratário
Se após o período de 6 a 8 semanas do ensaio clínico não houve resposta ou esta foi parcial, pode-se adotar uma destas estratégias: 
1) aumentar a dose
2) trocar por um antidepressivo de outra classe 
3) associar lítio ou hormônio da tireóide 
4) usar antidepressivos de ação dupla
5) usar inibidores da monoamino-oxidase (IMAO)
6) combinar dois antidepressivos com ações distintas: um inibidor da recaptação da serotonina (5HT) com um inibidor da recaptação da noradrenalina (NA); bupropriona e ISRS ou venlafaxina; reboxetina e ISRS, etc.
A superioridade de uma ou outra destas estratégias não está estabelecida. E se mesmo depois de várias tentativas não houve resposta, eventualmente é indicada a eletroconvulsoterapia.
22
Antidepressivos tricíclicos
• Mecanismo de ação
– Inibição da recaptação das aminas (NA e 5-HT)
– ⇓ do n. de receptores β pós-sinápticos e α-2 pré-sinápticos (dessensibilização)
23
Antidepressivos tricíclicos
• Classificação
– Aminas terciárias
• Potentes inibidores da recaptação de 5-HT
 Amitriptilina, clomipramina, doxepina e imipramina
– Aminas secundárias
• Potentes inibidores da recaptação de NA
 Desipramina, nortriptilina e protriptilina
24
Antidepressivos tricíclicos
Os antidepressivos tricíclicos (ATC) vem cedendo espaço para os ISRS em razão do seu perfil mais favorável de efeitos colaterais. 
Os ATCs são considerados por alguns como as drogas de escolha em depressões graves e em pacientes hospitalizados. 
Além disso, são efetivos no: 
Transtorno do pânico (Imipramina e Clomipramina), 
Transtorno de ansiedade generalizada (Imipramina),
Dor crônica: (Amitriptilina), 
Déficit de atenção com hiperatividade (Imipramina), 
Transtorno obsessivo-compulsivo (Clomipramina)
25
Uso clínico e doses diárias
O efeito antidepressivo é dose dependente, razão pela qual deve-se tentar utilizar pelo menos as doses mínimas diárias recomendadas.
É usual começar-se com doses baixas incrementando-se a cada 2 a 3 dias, até se atingir as doses recomendadas para permitir a adaptação do paciente aos efeitos colaterais.
Cuidados especiais devem ser tomados com pacientes idosos, debilitados ou cardiopatas.
26
27
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
EFEITOS ADVERSOS-BLOQUEIO H1
28
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
EFEITOS ADVERSOS-BLOQUEIO M1
29
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS
EFEITOS ADVERSOS-BLOQUEIO 1
30
Contraindicações
Em pacientes com problemas cardíacos (bloqueio de ramo, insuficiência cardíaca),
Após o infarto recente do miocárdio (3 a 4 semanas), 
Em pacientes com hipertrofia de próstata, constipação intestinal grave e glaucoma de ângulo estreito, 
Devem ser evitados ainda em pacientes idosos pelo risco de hipotenção postural e conseqüentemente de quedas, 
Em pacientes com risco de suicídio, pois são letais em overdose. 
São também contra-indicados em obesos, pois provocam ganho de peso. 
Em pacientes com mais de 40 anos é recomendável que antes do seu uso seja feito um eletrocardiograma. Deve-se iniciar com doses baixas (10-25mg/dia), para o paciente adaptar-se aos efeitos colaterais. 
31
IMAO
• Mecanismo de ação
– Inibição da MAO
• Atividade MAO: Desaminação da NA, DA e 5-HT
– A redução da MAO leva ao acúmulo das aminas
– Dessensibilização
32
IMAO
• Classificação
– Irreversíveis
• Não-seletivos: Iproniazida, Isocarboxazida, fenelzina, trancipromina
• MAO-A: Clorgilina
• MAO-B: Pargilina, L-Deprenil
– Reversíveis
• MAO-A: Moclobemida, brofaromina, toloxatone, cimoxatone, harmalina, amiflamina
• MAO-B: Almoxatone
33
IMAO: Interações
• Aminas e precursores (tiramina, triptamina, dopamina, L-dopa)
– Potencialização dos efeitos pressores
• Drogas simpatomiméticas (anfetaminas, efedrina, fenilefrina, ADT) 
– Potencialização dos efeitos pressores e hiperpiréticos (não ocorre com IMAO-A)
• Cafeína, teofilina
– Hipercinesia, agitação, hipertermia
34
IMAO: Interações
• Insulina
– Potencialização da hipoglicemia
• Analgésicos narcóticos
– Interação tóxica com agitação, tremor, hiperreflexia, hiperpirexia
35
IMAO: Toxicidade e efeitos adversos
• SNC
 Insônia
 Irritabilidade
 Agitação
 Conversão de depressão inibida em ansiosa agitada com risco de suicídio
 Conversão de depressão em hipomania ou mania
• SNA
 Boca seca
 Retenção urinária
 Constipação
 Impotência, ejaculação precoce
36
IMAO: Toxicidade e efeitos adversos
• ACV
 Hipertensão
• Outros
 Sindrome tipo lupus (hidralazina)
 Hepatotoxidade
 Discrasias sanguíneas
 Rashes (lesões na pele)
37
ISRS
• Mecanismo de ação
– Inibição seletiva da recaptação da 5-HT
– Pouca afinidade pelos receptores histaminérgicos, alfa-adrenérgicos e muscarínicos (menor incidência de efeitos colaterais)
38
CITALOPRAM – Cipramil Parmil
 FLUOXETINA – Eufor, Deprax, Fluxene, Nortec, Prozac, Verotina
 NEFAZODONA – Serzone
 PAROXETINA – Aropax, Pondera, Cebrilin
 SERTRALINA – Zolof, Novativ, Tolrest
FLUVOXAMINA – Luvox, Dumyrox
39
ISRS: VANTAGENS EM RELAÇÃO AOS ADT E IMAO
Ausência de efeitos anticolinérgicos  maior aceitação pelo paciente
Ausência de cardiotoxicidade  escolha em pacientes cardiopatas
Não aumentam o peso
Baixa toxicidade aguda
Ausência de interações com alimentos
Os antidepressivos ISRS são mais bem tolerados que os antigos ADT e pode-se iniciar com a dose mínima recomendada. 
O efeito terapêutico não é dose dependente. 
A reação adversa mais comum é a náusea: recomenda-se a ingestão destas drogas durante ou logo após as refeições.
40
Indicações e contraindicações
Além de serem utilizados na depressão unipolar, os ISRS se revelaram eficazes no tratamento de: 
Transtorno obsessivo-compulsivo, 
Transtorno do pânico, 
Distimia, em episódios depressivos do transtorno bipolar, 
Bulimia nervosa (fluoxetina em doses elevadas), 
Fobia social (fluoxetina, paroxetina, sertralina), 
Ansiedade generalizada (paroxetina), 
Stress póstraumático (sertralina).
Estão contraindicados em pacientes com: 
Hipersensibilidade a estas drogas,
Com problemas gastrintestinais como gastrite, ou refluxo gastro-esofágico.
Pacientes que utilizam múltiplas drogas devem evitar a fluoxetina pois ela apresenta interações medicamentosas bastante complexas. 
Devem ser evitados ainda em pacientes que apresentam disfunções sexuais não decorrentes de depressão, pois podem agravar estes quadros.
41
42
ISRS: EFEITOS COLATERAIS
Mais comuns: náuseas, vômitos, insônia (tomar pela manhã)
Agitação e acatisia (fluoxetina)
Disfunções sexuais (todos)
Ansiedade, cefaléia 
Diminuição do apetite e tremores
43
44
• Mecanismo de ação
– Inibição fraca da recaptação da 5-HT e NA
– Dessensibilização significativa
– Nãopossui afinidade pelos receptores histaminérgicos, muscarínicos, alfa-adrenérgicos e dopaminérgicos.
A venlafaxina vem sendo largamente utilizada no tratamento da ansiedade generalizada
45
IRSN – Venlafaxina (Efexor®) / Desvenlafaxina (Pristiq®)
Venlafaxina – Effexor – Effexor XR e Desvenlafaxina (Pristiq®)
Toxicidade e efeitos colaterais
– Vômitos e náuseas (25%), ansiedade e disfunção sexual (semelhante ISRS)
46
DULOXETINA
Inibires seletivos da recaptação da Serotonina e Noradrenalina (SSNRIs).
Cymbalta, Xeristar, Cymbi
Teoricamente não possui ação no sistema colinérgico, histamínico e no bloqueio dos receptores alfa – 1 - adrenérgicos, contudo apresenta efeitos adversos característicos de ação anticolinérgica, como constipação e boca seca. 
Também é utilizada para tratamento de sintomas dolorosos em pacientes portadores de neuropatia diabética.
47
VORTIOXETINA - Brintellix ®
É indicado para o tratamento do transtorno depressivo maior em adultos.
Mecanismo de Ação:
Modulação direta da atividade de receptores serotoninérgicos e a inibição do transportador de serotonina (5-HT). Vortioxetina é uma antagonista dos receptores 5-HT3, 5-HT7, e 5-HT1D, agonista parcial do receptor 5-HT1B, agonista do receptor 5-HT1A e inibidora do transportador de 5-HT, levando à modulação da neurotransmissão em diversos sistemas, o que inclui os sistemas de serotonina, noradrenalina, dopamina, histamina e acetilcolina, GABA e glutamato. Acredita-se que essa atividade multimodal seja responsável pelos efeitos ansiolítico e antidepressivo, e pela melhora da função cognitiva, aprendizado e memória.
Efeitos Colaterais:
Náuseas, diminuição do apetite, tontura, sonhos anormais, constipação ou diarreia.
Não causa alterações sexuais e pode o tratamento pode ser interrompido abruptamente.
48
Antidepressivos Atípicos
MAPROTILINA e REBOXETINA (Prolift ®)
– inibidor seletivo da recaptação de NA
efeitos indesejáveis semelhantes ao da atropina
 sedação
 convulsões
 erupções alérgicas
 toxicidade aguda semelhante aos ADT
49
Antidepressivos Atípicos
 TRAZODONA (Donaren®)
bloqueador fraco da recaptação de 5 HT
 bloqueia os receptores 5 HT2 e 2
Efeitos Colaterias
 Sedação, confusão, hipotensão, arritmias
 Xerostomia (boca seca), náusea.
Priapismo (ereção prolongada)
50
Antidepressivos Atípicos
 MIANSERINA (Tolvon®)
bloqueio dos receptores 2, 5 HT2 e H1
 nenhum efeito sobre a captação de monoamina
 sedação, convulsões, reações de hipersensibilidade
 ausência de efeitos da atropina e cardiovasculares
51
Antidepressivos Atípicos
BUPROPIONA (Wellbutrin®, Bup®)
Inibidor seletivo da recaptação de noradrenalina e dopamina, com efeito mínimo na receptação de serotonina e que não inibe a MAO. 
Vertigem, ansiedade e convulsões
Em princípio não causam disfunções sexuais.
Segura em superdosagens
É utilizada em dependência química como auxílio na interrupção do tabagismo.
52
Antidepressivos Atípicos
MIRTAZAPINA (Remeron®)
Facilitação da transmissão 5HT e NA
NEFAZODONA (Serzone®)
Inibição da recaptação 5HT e NA, e bloqueio 5HT2
A nefazodona e a mirtazapina têm um efeito sedativo bem marcado, e eventualmente são preferidas em quadros depressivos acompanhados de ansiedade.
Não causam disfunções sexuais.
53
Antidepressivos Atípicos
 AGOMELATINA (Valdoxan®)
Agonista seletivo dos receptores de melatonina (MT1 e MT2).
Também agi simultaneamente como antagonista dos receptores de serotonina (5-HT).
Possui efeitos sobre o sistema circadiano tratando a doença por meio da regulação dos ritmos biológicos. 
Vantagem de não apresentar os mesmos efeitos colaterais dos outros antidepressivos, uma vez que, a agomelatina não possui nenhuma afinidade sobre os receptores adrenérgicos, muscarínicos, dopaminérgicos, colinérgicos ou histaminérgicos. 
Além disso, pacientes tratados com o novo fármaco relataram melhora na qualidade do sono e sensação de bem-estar desde os primeiros dias.
54
SIBUTRAMINA
Inúmeros estudos controlados com placebo com o cloridrato de sibutramina, têm demonstrado tratar-se de uma medicação eficaz e segura no tratamento da obesidade em adultos. 
Mecanismo de Ação:
Inibe a recaptação da serotonina e noradrenalina sem atividade de liberação e, dessa forma, modula a neurotransmissão e aumenta a saciação e a saciedade (sacietógeno). 
Estudos em animais tratados cronicamente sugerem que a sibutramina tem propriedades termogênicas, afetando o balanço energético por aumentar a taxa metabólica via receptor adrenérgico β3.
Recentemente foi demonstrado que a sibutramina também parece ser segura e eficaz no tratamento de adolescentes obesos.
55
SIBUTRAMINA
Nomes Comerciais:
Reductil ®, Plenty ® 
A sibutramina induz a perda de 5 a 8% de peso corporal inicial em um período de 6 meses.
Estudos têm mostrado segurança do uso de sibutramina por períodos de até 18 meses consecutivos. 
Efeitos Colaterais:
Taquicardia, elevação da pressão arterial, boca seca, cefaléia, insônia e constipação intestinal, porém mais brandos e de duração menor que os associados aos medicamentos noradrenérgicos
56
NOVIDADE NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO
SPRAVATOTM Esketamina (Janssen, a unidade farmacêutica de Johnson & Johnson’s)
Significativa efetividade e a velocidade de ação da Esketamina em poucos dias, quando leva de seis a oito semanas para um antidepressivo convencional.
O spray nasal tem relação de risco-benefício positiva para os adultos que sofrem uma depressão resistente aos tratamentos atuais e permite combater os pensamentos suicidas.
57
O tratamento deve ser administrado em um centro de saúde para monitorar o paciente.
E só será feito acompanhando outros medicamentos antidepressivos tradicionais.
Qual é mecanismo de ação da Esketamina?
Regula o metabolismo do sistema límbico, córtex cingulado, hipocampo, córtex frontal, regiões responsáveis pela modulação do humor, cognição, autocontrole.
Atua como um antagonista do receptor do N-metil-D-aspartato (NMDA), diminuindo a ação excitatória do Glutamato.
Também altera o funcionamento dos receptores dopaminérgicos, serotoninérgicos, colinérgicos e opióides e dos canais de sódio. A Esketamina interfere na ação dos aminoácidos excitatórios incluindo o glutamato e o aspartato.
58
EFEITOS COLATERAIS DA ESKETAMINA
Pequenas doses: entorpecimento, pensamento aéreo, tendência a tropeçar, movimentos desajeitados ou “robóticos”, sensações atrasadas ou reduzidas, vertigem e sociabilidade.
Doses mais elevadas: dificuldade extrema de movimentos, náuseas, dissociação completa, experiência de quase morte, visões, apagões, etc.
TRATAMENTO COM A ESKETAMINA
Duas sessões semanais no 1ª mês de treinamento e, depois, uma aplicação semanal ou quinzenal, a depender dos resultados obtidos.
O tratamento é caro: cada sessão custa entre US$ 590 (R$ 2,2 mil) e US$ 885 (R$ 3,3 mil), dependendo da dosagem utilizada.
59
Transtorno Bipolar 
Longos períodos de depressão 
Presença de mania ou hipomania
 
Humor eufórico, otimismo exagerado, expansividade, bem estar 
Aumento da energia acentuado 
Aceleração do pensamento 
Grandiosidade 
Distraibilidade 
Insônia 
Aumento acentuado das atividades 
Aumento do discurso 
Ações impulsivas 
60
Transtorno Bipolar 
61
ESTABILIZADORES DO HUMOR
O transtorno do humor bipolar (THB) é um transtorno mental grave que acomete indivíduos jovens, cujo curso em geral é crônico e muitas vezes incapacitante.
Lítio, Ácido Valpróico, Carbamazepina são as drogas consideradas de primeira linha.
Recentemente outros anticonvulsivantes como o Topiramato, a Lamotrigina, a Gabapentina vem sendo testados, bem como a Olanzapina.
A eficácia destes novos compostos, no THB está estabelecida de forma consistente.
62
63
Estabilizadores do Humor
 Íon orgânico administrado por via oral na forma de Carbonato de Lítio
 Provável mecanismo de ação:
interferência na formação de IP3
 interferência na formação de cAMP
 Controla a fase de mania, bem como a depressão
 Profilaxia do transtorno bipolar
 Meia vida plasmática longa
 Janela terapêutica pequena
64
Estabilizadores doHumor
 Efeitos indesejáveis: 
– náuseas, sede, poliúria, hipotereoidismo, tremor, fraqueza, confusão mental e teratogênese,
– acne, aumento do apetite, edema, fezes amolecidas, 
– ganho de peso, gosto metálico, leucocitose, tremores finos. 
É importante destacar que o lítio tem uma faixa de níveis séricos terapêuticos bastante estreita, podendo facilmente atingir níveis tóxicos (vômitos, dor abdominal, ataxia, tonturas, tremores grosseiros, disartria, nistagmo, letargia, fraqueza muscular, que podem evoluir para o estupor, coma, queda acentuada de pressão, parada do funcionamento renal e morte). 
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CARBAMAZEPINA - TEGRETOL
É um anticonvulsivante utilizado em diferentes tipos de epilepsia, especialmente epilepsia do lobo temporal, e que desde a década de 80 vem sendo utilizada no tratamento de quadros maníacos. Sua eficácia é comparável à do lítio, no tratamento agudo da mania.
Mecanismos de ação
As ações anticonvulsivantes da carbamazepina parecem ser exercidas em nível da amígdala por meio de receptores benzodiazepínicos centrais. Estimularia a formação da pregnenolona, um esteroide neuroativo, que atuaria em tais receptores. Atuaria ainda sobre a noradrenalina e o GABA (diminui o turnover do GABA), e sobre receptores glutamatérgicos do tipo NMDA.
Efeitos colaterais e reações adversas
Ataxia, diplopia, dor epigástrica, toxicidade hepática, náuseas, prurido, rash cutâneo, sedação, sonolência, tonturas.
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VALPROATO DE SÓDIO, ÁCIDO VALPRÓICO - DEPAKENE® OU DIVALPROATO – DEPAKOTE ®
Mecanismo de ação
Acredita-se que ele atue tanto na mania quanto na epilepsia através do aumento da atividade GABA: inibiria o catabolismo do GABA, aumentando sua liberação e aumentando a densidade de receptores GABA B.
Pode ser de liberação gástrica (ácido valpróico) ou entérica (divalproato), que é melhor tolerada. 
Efeitos colaterais e reações adversas
Os efeitos colaterais mais comuns são: ataxia, aumento do apetite, ganho de peso, desatenção, fadiga, náuseas sonolência, sedação, diminuição dos reflexos, tremores, tonturas .
Contra-indicações
O uso do ácido valpróico deve ser evitado em pacientes que apresentam insuficiência hepática, hepatite, hiperensibilidade à droga e durante a gravidez.
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Outros estabilizadores do humor
Outros anticonvulsivantes estão sendo propostos para o uso como estabilizadores do humor: a Lamotrigina, o Topiramato, Olanzapina e a Gabapentina. 
O Topiramato apresenta uma vantagem sobre os demais: a perda de peso. 
A Olanzapina foi recentemente aprovada pelo FDA para o uso no transtorno bipolar, em monoterapia.
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Mecanismo de Ação
TOPIRAMATO: potencialização da atividade do GABA, a diminuição da atividade dos canais de sódio voltagem-dependentes (diminuindo assim sinapses desnecessárias) e o antagonismo da atividade do glutamato nos receptores AMPA (relacionados com a memória).
LAMOTRIGINA: é mediado pela inibição dos canais de sódio e possivelmente de cálcio voltagem dependente. Deste modo a lamotrigina previne a liberação de aminoácidos excitatórios particularmente o glutamato.
GABAPENTINA: possui estrutura semelhante ao GABA, causando aumento na síntese e a libertação de GABA na fenda sináptica.
Diretrizes para o tratamento farmacológico do Transtorno Bipolar
 Mania aguda e hipomania
Inicia-se, em geral com um dos estabilizadores do humor de primeira linha (lítio, ácido valpróico), associado ou não a benzodiazepínicos ou antipsicóticos.
A resposta pode demorar de duas a 4 semanas.
Se associado ao quadro de mania existe inquietude ou insônia intensas, pode-se associar benzodiazepínicos potentes como o clonazepam. 
Se ocorrerem sintomas psicóticos, agitação psicomotora ou agressividade, são utilizados antipsicóticos: haloperidol, risperidona ou a olanzapina. 
Os novos antipsicóticos eventualmente estão sendo propostos como terapia isolada nos episódios maníacos agudos (risperidona, olanzapina, ziprazidona, quetiapina, asenapina e paliperidona).
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Ciclagem rápida
A ciclagem rápida é definida como a ocorrência de 4 ou mais episódios durante um ano, e é comum com o uso prolongado do lítio. Neste quadro é melhor utilizar ácido valpróico e a carbamazepina.
Episódio misto
A resposta ao lítio de episódios mistos é pobre. Por este motivo o ácido valpróico tem sido a droga preferida.
Se houver inquietude ou insônia intensas, pode-se associar o clonazepam, e se o paciente apresenta também sintomas psicóticos, associa-se antipsicóticos, como no episódio maníaco.
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 Episódio depressivo
O lítio tem sido usado na depressão bipolar, mas nem sempre é eficaz.
Episódios Depressivos agudos incluem o Lítio, Lamotrigina e Quetiapina como monoterapia.
Ou a combinação de inibidores seletivos da receptação de serotonina (SSRI) ou Bupropina com Olanzapina, Lítio ou Divalproato.
A monoterapia com divalproato ou lurasidona foi caracterizada como
tratamento de segunda linha.
TRATAMENTO do TRANSTORNO de DÉFICIT de ATENÇÃO / HIPERATIVIDADE
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Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
Transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e pode acompanhar o indivíduo por toda a sua vida
Resultado de complexas interações entre fatores genéticos e ambientais, sendo reconhecido pela OMS
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Primeiros Registros dos TDAH
Still (1902): comportamento agressivo, desafiante, indisciplinado e com dificuldade de atenção.
Bradley (1937): estimulantes (anfetaminas).
Hoje conhecido como Ritalina® (metilfenidato)
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TDAH
Evidências de desatenção, impulsividade e hiperatividade. 
Prevalência:
3 a 7% das crianças em idade escolar
5,29% dos menores de 18 anos (M e F)
(Polanczyc et al., 2014)
3 vezes maior no sexo masculino
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SUBTIPOS DE TDAH
Com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade
TDAH combinado
Elevada taxa de prejuízo acadêmico
Com predomínio de sintomas de desatenção
mais freqüente no sexo feminino
elevada taxa de prejuízo acadêmico
são mais agressivos e impulsivos em relação ao outro subtipo
	
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TDAH e as Bases Biológicas
Hipofunção do córtex pré-frontal
Déficit na concentração 
Déficit na memória Hiperatividade Impulsividade
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TDAH e as Bases Biológicas
Teoria de Barkley: função de um déficit do processo inibitório 
O processo de Inibição envolve: 
Inibição de impulsos para responder a reforços imediatos ou se esquivar de eventos não prazerosos.
Interrupção do padrão comportamental de tomada de decisão.
Inibição dos impulsos para interromper atividades alto dirigidas
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TDAH e as Bases Biológicas
Com disfunção da neurotransmissão dopaminérgica em algumas áreas cerebrais, como o córtex pré-frontal e região límbica (Amígdala), que resultam nos sintomas de esquecimento, distratibilidade, impulsivida-de e desorganização. 
Se trata de uma doença de causas genéticas já que os genes implicados no TDAH codificam transportadores da dopamina e noradrenalina e receptores dopaminérgicos (D4 e D5). 
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O TDAH ainda não possui sua etiologia totalmente elucidada.
Estudos indicam um transtorno de origem neurobiológico.
	MEDICAÇÕES UTILIZADAS NO TRATAMENTO DO TDAH
 			
	NOME QUÍMICO	NOME COMERCIAL	DOSAGEM	DURAÇÃO DO EFEITO
	 
PRIMEIRA ESCOLHA (ESTIMULANTES)
 			
	Lis - Dexanfetamina	VENVANSE	30, 50 ou 70mg pela manhã	12 horas
	Metilfenidato (ação curta)	RITALINA	5 a 20mg de 2 a 3 vezes ao dia	3 a 5 horas
	Metilfenidato (ação prolongada)	CONCERTA	18, 36 ou 54mg pela manhã	12 horas
	Metilfenidato (ação prolongada)	RITALINA LA	20, 30 ou 40mg pela manhã	8 horas
	SEGUNDA ESCOLHA: Caso o primeiro estimulante não tenha obtido o resultado esperado, deve-se tenta o segundo estimulante			
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	TERCEIRA ESCOLHA
			
	Atomoxetina	STRATTERA	10, 18, 25, 40 ou 60mg 
uma vez ao dia	24 horas
	 
QUARTA ESCOLHA: antidepressivos
 			
	Imipramina	TOFRANIL	2,5 a 5mg por Kg de peso divididos em 2 doses
 	
	Nortriptilina	PAMELOR	1 a 2,5mg por Kg de peso divididos em 2 doses
 	
	Bupropiona	WELLBUTRIN SR	150mg 2 vezes ao dia	
	QUINTA ESCOLHA: Caso o primeiro antidepressivo não tenha obtido o resultado esperado, deve-se tenta o segundo antidepressivo82
	 SEXTA ESCOLHA: alfa-agonista
 			
	Clonidina 
anti-hipertensivo	ATENSINA	0,05mg ao deitar ou 
2 vezes ao dia	12 a 24 horas
	 
OUTROS MEDICAMENTOS
 			
	Modafilina (medicamento para distúrbio do sono)	STAVIGILE	100 a 200mg por dia, no café	
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Outros medicamentos que ainda não existem no Brasil:
Focalin – um “derivado” do metilfenidato (na verdade, uma parte da própria molécula).
Daytrana – um adesivo (para colocar na pele) de metilfenidato.
Dexedrine – uma anfetamina (Dextroanfetamina); existe a formulação de ação curta e de ação prolongada.
Adderall – uma mistura de anfetaminas; existe a formulação de ação curta e de ação prolongada.
MECANISMO DE AÇÃO DO METILFENIDATO
 A Ritalina é um composto racêmico que consiste de uma mistura 1:1 de 
d-metilfenidato e l-metilfenidato.
O Concerta também como princípio ativo o metilfenidato.
 
O metilfenidato é um fraco estimulante do sistema nervoso central, com efeitos mais evidentes sobre as atividades mentais do que nas ações motoras. 
Acredita – se que o Metilfenidato inibe transportadores de dopamina e noradrenalina, aumentando a disponibilidade desses neurotransmissores na fenda sináptica e produzindo efeito excitatório no SNC.
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METILFENIDATO
Ritalina® comprimidos de liberação imediata. 
Ritalina LA® cápsulas de liberação modificada. 
Concerta® comprimidos de liberação prolongada.
Não é recomendado em crianças menores de 6 anos, pois não são estabelecidos os critérios de segurança e efetividade para essa faixa etária.
Contraindicações: angina do peito, arritmias cardíacas, glaucoma, insuficiência cardíaca, hipertensão severa, hipertireoidismo, pacientes com tiques motores e história familiar ou diagnóstico de síndrome de Tourette.
Efeitos adversos: diminuição do apetite, insônia, boca seca e dor de cabeça. 
Possíveis eventos graves: agressivo, função anormal do fígado, acidente cerebrovascular, diminuição do crescimento.
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O aprimoramento cognitivo, para melhorar o desempenho cognitivo profissional e acadêmico é possibilitado pelo fato de o medicamento proporcionar o aumento na capacidade de concentração, atenção e estado de alerta também em pessoas saudáveis.
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Lis – Dexanfetamina / VENVANSE ®
A lisdexanfetamina é um pró-fármaco da dextroanfetamina.
Mecanismo de ação: acredita-se que bloqueie a recaptação de noradrenalina e dopamina no neurônio pré-sináptico e aumentem a liberação destas monoaminas para o espaço extraneuronal.
Contraindicações: angina do peito, arritmias cardíacas, glaucoma, insuficiência cardíaca, hipertensão severa, hipertireoidismo.
Efeitos adversos: diminuição do apetite, insônia, boca seca e dor de cabeça. 
Possíveis eventos graves: agressivo, função anormal do fígado, acidente cerebrovascular, diminuição do crescimento.
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Atomoxetina / STRATTERA ®
Não é estimulante do SNC.
Segunda linha de tratamento no TDAH.
Mecanismo de ação: inibição da recaptação da noradrenalina em neurônios pré-sinápticos, com efeitos secundários sobre o sistema dopaminérgico.
Efeitos adversos: fadiga e a hiperidrose.
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Clonidina / Atensina ®
A Clonidina é um agonista adrenérgico de ação direta do receptor adrenérgico α2 nos neurônios pré-sinápticos, fazendo um feedback negativo que diminui a liberação de noradrenalina.
Utilizada em conjugação com estimulantes para tratar TDAH.
Administrada na parte da tarde ou à noite para ajudar a dormir e também porque modera a condução impulsiva e opositiva associada ao TDAH. 
Pode reduzir os tiques.
Também pode ser usada na Síndrome de Tourette.
Efeitos adversos: tontura, enjoo, boca seca, desmaios, constipação, hipotensão e pode causar a inibição do orgasmo na mulher.
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Modafilina / STAVIGILE ®
A modafinila é um estimulante não anfetamínico que promove o estado de vigília.
Mecanismo de ação: seu efeito parece estar ligado à potencialização da atividade dopaminérgica e possivelmente alfa1- adrenérgica especificamente no cérebro.
Seu perfil farmacocinético não é idêntico ao das aminas simpatomiméticas (anfetamina e metilfenidato).
Contraindicações: hipersensibilidade, hipertensão moderada a grave não controlada, arritmias cardíacas e menores de 18 anos de idade. 
Efeitos adversos: diminuição do apetite, visão turva, boca seca e dor de cabeça. 
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CANABINÓIDES
Derivados da Cannabis sativa
delta 9-tetraidrocanabinol (Δ9 - THC) 
e Canabidiol (CBD)
Sistema Endocanabinóide
Receptores: CB1 (SNC e outros órgãos)
CB2 (sist. imunológico e outros órgãos)
Neurotransmissores Endocanabinóides: 
Anandamida e 2 – araquidonilglicerol (2-AG) e Virodamina
USOS: Espectro Autista, TDAH, Esquizofrenia, Epilepsia, Ansiedade, Parkinsonismo, Alzheimer, Glaucoma, Retinopatia diabética, Anorexia (AIDS e Câncer), Esclerose múltipla, Dor neuropática. 
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ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS
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Ansiedade
A ansiedade está presente na maioria dos transtornos psiquiátricos, em muitos dos quais é um sintoma secundário. 
Entretanto, nos chamados Transtornos de Ansiedade, ela é a manifestação principal. O tratamento desses quadros, em particular, modificou-se de forma radical nestes últimos 20 anos.
Os Benzodiazepínicos (BDZ), que no passado eram os medicamentos preferenciais para o seu tratamento vêm cedendo progressivamente o lugar para os antidepressivos. 
Dentre as drogas utilizadas consideradas ansiolíticas destacam-se os BDZs e a Buspirona. Recentemente foram lançadas algumas drogas novas para o uso na insônia como o Zolpidem, a Zopiclona e o Zaleplon. Vejamos estes grupos de medicamentos.
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Os BZD promovem
Tranquilização: alÍvio da ansiedade – paciente relaxado e indiferente aos estímulos ao seu redor.
Sedação: diminuição da atividade cerebral, modera os estados de hiperexcitação.
Hipnótico: produz sonolência, facilita o início e a manutenção do sono. Embora todos produzam efeitos hipnóticos, este efeito é mais marcante com o Nitrazepan, o Flurazepan, o Flunitrazepan e o Midazolan.
São ainda relaxantes musculares, anticonvulsivantes, produzem dependência e reações de abstinência. Têm poucos efeitos sobre o aparelho cardio-circulatório e respiratório o que explica sua larga margem de segurança. 
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MECANISMO DE AÇÃO
Aumentam a afinidade do GABA pelo receptor GABAA, potencializando a transmissão GABAérgica no SNC, provocando a hiperpolarização exacerbada dos neurônios pelo aumento da frequência e duração da abertura dos canais de cloreto e a perda de atividade cerebral (droga depressiva do SNC). 
 Cérebro depois da ingestão de benzodiazepínico
 (entrada de muito cloro – hiperpolarização)
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CONTRA - INDICAÇÕES:
Os BDZs não devem ser utilizados:
Pacientes com hipersensibilidade a essas drogas, 
Ou que apresentem problemas físicos como:
- glaucoma de ângulo fechado, 
- insuficiência respiratória ou doença pulmonar obstrutiva crônica, 
- miastenia gravis, 
- doença hepática ou renal graves (usar doses mínimas),
Bem como em alcoolistas e drogaditos,
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Efeitos adversos
sedação, fadiga, perdas de memória, sonolência, incoordenação motora, diminuição da atenção, da concentração e dos reflexos,
Em pessoas idosas estão associados a quedas e fraturas do colo do fêmur.
Superdosagem: sono prolongado sem depressão grave da respiração e função cardiovascular.
Segurança maior do que dos barbitúricos
– Raramente fatal com overdose
– Exceto quando combinado com álcool
Tolerância: doses progressivas para produzir os efeitos procurados.
Dependência: suspensão do tratamento apos semanas ou meses ↑ os sintomas de ansiedade e insônia.
98
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BARBITÚRICOS
• Até 1960 eram os sedativos-hipnóticos mais utilizados,
• profundos depressores do SNC inclusive do Centro Respiratório.
• Pentobarbital meia vida de aprox. 6hs. raramente utilizado como hipnótico.
• Tiopental meia vida de aprox. 3hs utilizado como anestésico.
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Potencializam a ação do GABA
101
Efeitos Farmacológicos
SNC: sedação, hipnose, anticovulsivante e anestesia geral. 
Aparelhorespiratório: depressão do centro da respiração (causa de morte por parada respiratória).
ACV: hipotensão, bradicardia, arritmia cardíaca e as vezes parada cardíaca.
Ap. Urinário: oligúria ou anúria (aumento da liberação do ADH). 
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PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS
Sedação, lassidão, ataxia, redução das funções físicas e mentais, diminuição da velocidade de raciocínio, disartria.
Cefaléia, visão turva, náuseas, vômitos, desconforto epigástrico e diarréia.
Dependência psíquica e física, tolerância.
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Buspirona (Buspar e Ansitec)
Antagonista da Serotonina (Ansiolítico de 2ª geração)
Foi lançada com a expectativa de não apresentar os inconvenientes dos BDZ: sedação e dependência. 
E efetivamente não induz sedação, prejuízo cognitivo ou psicomotor, hipnose, relaxamento muscular, não tem ação anticonvulsivante, dependência física ou tolerância e não interage com o álcool.
Efeitos colaterais e reações adversas
Mais comuns são tonturas, cefaléia, náusea, fadiga, inquietude, sudorese, geralmente leves.
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Zolpidem, Zopiclona e Zaleplon
São hipnóticos que atuam através de receptores BDZ alternativos, do tipo Omega-1, e w-1, com meia vida curta (2 a 6 horas), e pouco efeito mio-relaxante.
A meia vida curta gera pouca ou nenhuma sedação no período diurno, podendo inclusive ser ingeridas no meio da noite. Não causam dependência.
Efeitos colaterais e reações adversas
Zolpidem e zaleplon: amnésia, diarréia, fadiga, sonolência, tonturas.
Zopiclona: boca seca, gosto amargo, sonolência.
Uso clínico e doses diárias
Utilizadas predominantemente no tratamento da insônia em doses que variam de ½ a 2 cp de 10 mg (zolpidem e zaleplon) e de 7,5 mg (Zopiclona). Em idosos as doses devem ser menores.
No tratamento da insônia deve-se sempre tentar identificar a causa, que pode ser depressão, ansiedade generalizada, etc. Nestes casos eventualmente o uso de antidepressivos pode ser suficiente. Entretanto se for necessário o uso de hipnóticos deve-se tentar restringi-lo a 7 a 10 dias. Se for necessário o uso por mais de 3 semanas reavaliar o paciente. Evitar prescrever quantidades superiores a um mês de tratamento.
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Psicofarmacologia
Antipsicóticos
Profº Ms. Marcelo Elias Pereira
Neurolépticos / Antipsicóticos
Conceitos: São drogas usadas no tratamento sintomático de algumas psicoses como; esquizofrenia e transtorno bipolar.
Sinonímia:
Tranquilizantes maiores
Drogas antiesquizofrênicas
Drogas antipsicóticas 
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Indicações
Os antipsicóticos são indicados: 
Esquizofrenia (episódios agudos, tratamento de manutenção, prevenção de recaídas), 
Transtornos delirantes,
Em episódios agudos de mania com sintomas psicóticos ou agitação,
Transtorno bipolar do humor, 
Depressão psicótica em associação com antidepressivos, 
Em episódios psicóticos breves, 
Em psicoses induzidas por drogas, 
Psicoses cerebrais orgânicas, 
Controle da agitação e da agressividade em pacientes com retardo mental ou demência, 
Transtorno de Tourette (haloperidol, pimozida, risperidona).
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Bases Neuroquímicas da Esquizofrenia
Hipótese Dopaminérgica: 
Hiperfunção da dopamina nas vias nigroestriatal, 
mesolímbica e mesocortica (sintomas positivos).
Hipótese glutamatérgica/gabaérgica:
Hipofunção do Glutamato e desregulação do GABA 
(sintomas negativos).
Hipótese Serotoninérgica
Hiperfunção da Serotonina (desrealização, despersonalização e alucinações visuais).
Mecanismo de Ação:
Bloqueio dos receptores dos sistemas dopaminérgicos mesolímbico e mesofrontal, podendo haver forte bloqueio de todos os subtipos de receptores (D1, D2, D3, D4 e D5).
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CLASSIFICAÇÃO
Derivados da Fenotiazina
Clorpromazina (Amplictil) - Flutinazina (Permitil)
Tioridazina (Melleril) -Prometazina (Fenergan)
 - Biperideno (Akineton)
Derivados da Butirofenona
- Haloperidol (Haldol) - Droperidol (Droperidol)
Neurilépticos Atípicos
- Sulpiride (Equilid) - Clozapina (Leponex)
- Pimozida (Orap)
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Antipsicóticos de segunda geração ou atípicos
 Têm menor afinidade para os receptores D2.
 Apresentando maior afinidade para os receptores serotoninérgicos (5-HT1A, 5-HT2A, 5-HT2C, 5-HT3, 5-HT6 e 5-HT7).
Portanto, apresentam uma menor indução de efeitos extrapiramidais.
 Podem ser administrados por via oral e parenteral (IM) para resolver problemas de falta de adesão ao tratamento.
 Exemplos: Risperidona 2x ao mês (primeiras 3 semanas, complementar com outro antipsicótico oral) Paliperidona 1x ao mês (ação inicia entre 8 e 22 dias após a injeção).
Contraindicações
Deve-se evitar o uso de antipsicóticos quando há:
Hipersensibilidade à droga,
Discrasias sangüíneas (especialmente a clozapina), 
Em estados comatosos ou depressão acentuada do SNC, 
Nos transtornos convulsivos (tradicionais de baixa potência e a clozapina), 
Paciente apresenta doença cardiovascular grave (tradicionais e a clozapina).
Em pacientes idosos: evitar os tradicionais por causarem problemas cardiocirculatórios e cognitivos.
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EFEITOS ADVERSOS
Parksonismo
Distonia ou Discinesia Aguda (contração muscular)
Acatisia (inquietação motora)
Discinesia Tardia (movimentos involuntários)
Devido ao bloqueio de receptores D2 na região nigro – estriatal
Obs: Na região Nigro – estriatal, a Dopamina impede o aumento da liberação de impulsos nas vias extrapiramidais e a diminuição da Dopamina aumenta os estímulos na musculatura.
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OUTROS EFEITOS ADVERSOS
Endócrinos por aumento dos níveis de prolactina: aumento e dor nos seios, galactorréia, amenorréia e da lubrificação vaginal, desencadeamento de diabete; aumento do colesterol, hipotireoidismo (Quetiapina).
Cardiociculatórios por bloqueio de receptores α-1 adrenérgicos: hipotensão ortostática, e taquicardia mais comuns nos tradicionais mais sedativos (clorpromazina, tioridazina, levomepromazina);
Centrais: sedação, sonolência, tonturas e ganho de peso especialmente com a clozapina e a olanzapina .
Diversos: hipersalivação (clozapina), boca seca, visão borrada, constipação intestinal; disfunções sexuais diversas: ejaculação retrógrada, diminuição do volume ejaculatório, ejaculação dolorosa, diminuição da libido, disfunção erétil, anorgasmia e orgasmo retardado.
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Uso clínico doses diárias
A potência está relacionada com a dose necessária para o bloqueio dos receptores D2 e para obter um determinado efeito clínico e não com sua eficácia clínica. A Clozapina tem eficácia maior e todos os demais têm uma eficácia semelhante quando utilizados em doses equivalentes.
Escolha do antipsicótico
Os antipsicóticos tradicionais (provocam reações extrapiramidais e mais efeitos colaterais) podem constituir-se na primeira escolha para o tratamento dos quadros psicóticos da fase aguda da esquizofrenia, como coadjuvantes nos episódios maníacos do transtorno bipolar do humor (TBH). 
Os antipsicóticos atípicos em geral não causam efeitos extrapiramidais nas doses usuais, são mais bem tolerados e na atualidade vem sendo cada vez mais preferidos como primeira escolha: 
Risperidona quando há sintomas positivos proeminentes, hostilidade, agitação, obesidade, tabagismo, hiperglicemia ou diabetes; 
Olanzapina quando há tendência a ocorrerem sintomas extrapiramidais ou acatisia, ou a clozapina quando ocorreu discinesia tardia.
 
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LURASIONA – LATUDA®
Novo antipsicótico  utilizado para o tratamento dos sintomas de esquizofrenia e depressão causada pelo transtorno bipolar.
Mecanismo de ação 
É um bloqueador seletivo dos efeitos da Dopamina e da Serotonina. A Lurasidona liga-se fortemente ao receptor dopaminérgico D2 e aos receptores serotoninérgicos.
Possui melhorias em relação a antipsicóticos mais antigos, como menores alterações do metabolismo, tendo menor efeito sobre ganho de peso e alterações no perfil de gorduras e glicose do organismo.
ASENAPINA – SAPHRIS® sublingual
Eficaz no controle dos sintomas positivos e negativos da esquizofrenia, bem como da mania e dos episódios mistos(depressão com mania) no transtorno bipolar.
Mecanismo de ação 
Combinação da atividade antagonista sobre os receptores serotonérgicos (5-HT2A, 5-HT2C, 5-HT6, 5-HT7), noradrenérgicos (α2A, α2B, α2C) e dopaminérgicos (D2, D3 e D4).
Tem potencial limitado para indução de sintomas extrapiramidais e ganho de peso. Além disso, este fármaco parece não afetar os metabolismos lipídico e de açúcares.
Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Os psicofármacos, atualmente utilizados no tratamento do TEA, não agem sobre a patologia propriamente dita, mas sim sobre sintomas-alvos que prejudicam a convivência da criança como:
Raiva 
Agressividade
Distúrbio do sono
Das classes mais prescritas estão os antidepressivos e antipsicóticos, porém além de não atuarem na evolução da comunicação e interação social, deve-se levar em consideração que estes medicamentos podem estar atrelados a diversas reações adversas.
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Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Os psicofármacos, atualmente utilizados no tratamento do TEA, não agem sobre a patologia propriamente dita. 
Antidepressivos e Antipsicóticos atuam sobre sintomas-alvos que prejudicam a convivência da criança como:
 ◊ Raiva ◊ Agressividade ◊ Distúrbio do sono
Não atuam na evolução da comunicação e interação social e possuem reações adversas.
Pesquisas apontam terapias com derivados da Cannabis sativa voltadas ao tratamento de sintomas como:
◊ Ansiedade ◊ Agressividade ◊ Pânico ◊ Acessos de raiva ◊ Auto agressão/Autoflagelação
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Transtorno do Espectro Autista (TEA)
ANTIPSICÓTICOS
RISPERIDONA (Risperdal®) possui apresentação em gotas 1mg/mL
Mecanismo de ação: Antagonista de receptores da Dopamina e Serotonina. 
Sintomas do autismo melhorados: dificuldade de interação social, prejuízo na comunicação, comportamentos repetitivos, hiperatividade, dificuldade de atenção, agressividade e ataques de raiva.
Geralmente é bem tolerada, não apresentando efeitos colaterais extrapiramidais ou convulsões.
Efeitos colaterais: sonolência e aumento de apetite, obesidade, fadiga, tontura e alterações metabólicas.
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Transtorno do Espectro Autista (TEA)
ANTIPSICÓTICOS
Aripiprazol (Aristab®, Abilify®) possui apresentação em gotas 1mg/mL
Mecanismo de ação: agonista parcial da dopamina. Seu mecanismo de ação de baseia na capacidade dele se ligar com receptores dopaminérgicos pré-sinápticos e serotoninérgicos, atuando como bloqueador da liberação de serotonina. 
Apresenta efeitos semelhantes à Risperidona, porém, apresenta efeitos colaterais mais leves. 
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Transtorno do Espectro Autista (TEA)
ANTIPSICÓTICOS
Clozapina: terapia alternativa em alguns casos, mas seu uso é limitado devido à possibilidade de efeitos colaterais hematológicos (agranulocitose).
Olanzapina: significativo ganho de peso e diabetes induzida pelo fármaco.
Quetiapina: foi pouco tolerada e ineficaz em um estudo com poucos pacientes.
Ziprazidona: resultados promissores, mas precisa de mais estudos.
Haldol: utilizado por conto do baixo custo, mas apresente muitos efeitos colaterais.
125
Transtorno do Espectro Autista (TEA)
ANTIDEPRESSIVOS
Inibidores seletivos de receptação de serotonina (ISRSs): 
Fluoxetina: apresenta-se eficaz em pacientes com TEA, levando à diminuição de comportamentos repetitivos, porém, seu uso gera efeitos colaterais como hipomania, agitação e hiperatividade. 
Escitalopram, Fluvoxamina, Paroxetina e Sertralina: apresentaram os mesmos benefícios potenciais, bem como os efeitos colaterais. 
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Transtorno do Espectro Autista (TEA)
PSICOESTIMULANTES 
Metilfenidato: melhora os sintomas do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade em crianças com TEA. 
Porém, são menos eficazes quando comparados com o efeito terapêutico causado em crianças que apresentam TDAH típica e, os efeitos adversos causados favorecem a descontinuidade do tratamento.
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Transtorno do Espectro Autista (TEA)
BALAVOPTAN
Mecanismo de ação: Inibidor do receptor 1ª da Vasopressina (V1AR).
A Vasopressina modula circuitos cerebrais que regulam comportamentos sociais, como agressividade, comportamento sexual e esquizofrenia. 
É produzida no hipotálamo e age no sistema olfativo, no córtex pré-frontal, no córtex entorrinal e na amígdala. 
Possui três V1a (todo cérebro), V1b (hipocampo) e V2 (rins e vasos).
Em estudos recentes a inibição do receptor V1a melhorou os comportamentos sociais e a comunicação dos pacientes. Estudos clínicos de fase 3, com conclusão em 2022, sendo o 1º medicamento específico do TEA. 
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MUITO OBRIGADO!!!
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