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RAYSSA DA SILVA GOMES MATRÍCULA: 201601112769 Aula 1 Respostas: a) A Constituição Federal veda expressamente a edição de Medida Provisória para Leis Orçamentárias (LOA). O chefe do Poder Executivo é responsável pela proposta, que deve ser votada e aprovada até o fim do ano, conforme o art.165 da Constituição. b) Sim, os governadores dos estados podem editar medida provisória, desde que haja essa previsão na Constituição Estadual, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal. Tais medidas devem ser convertidas em leis pela respectiva assembleia legislativa posteriormente. c) A regra do Direito Financeiro é a não existência de medida provisória, admissível somente em caso de crédito adicional extraordinário. Aula 3 Resposta: De acordo com o Art. 71 da CRFB que implementa a aplicação de multas. O tribunal de contas é o órgão representante do estado no que tange fazer o controle externo e, uma das funções dele é a de aplicar sanções (punição sobre uma lei que foi violada) pelo descumprimento de regras que estão dispostas na constituição federal de 1988 bem como a legislação no que tange a responsabilidade de todos aqueles que exercem sobre o gerenciamento dos cofres e das contas públicas. Aula 4 Resposta: A cobrança estabelecida como fonte de custeio da seguridade social está submetida ao conceito de tributo previsto no ART 3° do CTN e no ART 149 da constituição, o STF ao identificar a contribuição social como uma espécie tributária entendeu que ela está submetida ao regime jurídico do direito tributário, razão pela qual suas normas gerais devem ser objeto de lei complementar na forma do ART 146, III da CF. Aula 5 Resposta: É expresso no art. 151, III, CRFB, o impedimento da união em isentar tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Pois tal interferência na competência tributária dos entes violaria o princípio da vedação de isenções heterônomas. Entretanto, é de salientar que, a isenção heterônoma existe ressalvas, assim como a ISS, ICMS, quando a União exerce atividade em prol de toda a federação. Jurisprudência: RECURSO ESPECIAL Nº 1.871.486 - SP (2020/0093373-3) RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES RECORRENTE : MUNICIPIO DE VOTUPORANGA PROCURADORES : GILMAR DA SILVA FRANCELINO - SP320289 HEBERTE CARLOS MENEZES DA COSTA - SP239083 RECORRIDO : CARLOS CESAR NEGRINI ADVOGADO : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS - SE000000M DECISÃO Trata-se de recurso especial interposto em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo cuja ementa é a seguinte: AGRAVO DE INSTRUMENTO Execução fiscal Despesas de citação postal Alegada isenção da Fazenda Pública, nos termos do art. 39 da LEF Distinção entre custas, emolumentos e despesas processuais Isenção legal que abarca apenas as custas e emolumentos Lei Estadual nº 11.608/03 que expressamente exclui as despesas postais com citações e intimações do conceito de taxa judiciária Impossibilidade, ademais, da União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, nos termos do art. 151, III, da Constituição Federal Inaplicabilidade, ao caso, do diferimento do pagamento das despesas processuais ao final do processo, nos termos do art. 91 do CPC Entendimento firmado pelo STJ no julgamento do RESP repetitivo nº 366.055/RS RECURSO DESPROVIDO. No recurso especial, interposto com base na alínea a do permissivo constitucional, a recorrente aponta ofensa aos arts. 91 do CPC/2015; 39 da LEF. Sustenta, em síntese, que: A exigência para adiantamento do pagamento das despesas postais é descabida. Isso porque o art. 91 do nCPC é claro ao afirmar que as despesas dos atos processuais praticados a requerimento da Fazenda Pública, do Ministério Público ou da Defensoria Pública, serão pagas ao final pelo vencido". No mesmo sentido dispõe o art. 39 da LEF, que a Fazenda Pública não está sujeita ao pagamento de custa e emolumentos, de modo que os atos judiciais de seu interesse independerão de preparo ou de prévio depósito. O parágrafo único do mesmo dispositivo explica que se a Fazenda Pública for vencida, ressarcirá o valor das despesas feitas pela parte contrária. Não há como prevalecer a tese do Tribunal local, notadamente porque a citação postal constitui um ato PROPRIAMENTE processual cujo valor está consequentemente abrangido nas custas processuais, aplicando-se para as despesas de citação inexoravelmente a norma do art. 91 do nCPC e no art. 39 da LEF. Em suas contrarrazões, o recorrido pugna pelo não conhecimento do recurso ou, alternativamente, pelo seu não provimento. O recurso foi admitido pela decisão de fls. 23/24. É o relatório. Passo a decidir. Inicialmente, cumpre esclarecer que o presente recurso submete-se à regra prevista no Enunciado Administrativo nº 3/STJ, in verbis:"Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma do novo CPC". O Tribunal de origem entendeu que: Desta feita, decidiu-se que as despesas processuais, dentre as quais as despesas de citação postal, não estão abarcadas pela isenção do art. 39 da LEF ("A Fazenda Pública não está sujeita ao pagamento de custas e emolumentos. A prática dos atos judiciais de seu interesse independerá de preparo ou de prévio depósito."), que tratou apenas de custas e emolumentos. [...] Dessa forma, a Lei Estadual nº 11.608/03 estabeleceu, em seu art. 6º, que"A União, o Estado, o Município e respectivas autarquias e fundações, assim como o Ministério Público estão isentos da taxa judiciária.", porém, consta, em seu art. 2º, parágrafo único, III, que"Na taxa judiciária não se incluem: [...] III - as despesas postais com citações e intimações;". Ademais, cumpre esclarecer que a isenção prevista no art. 39 da LEF beneficia exclusivamente a Fazenda Nacional, pois, nos termos do art. 151, III, da Constituição Federal:"É vedado à União: [...] III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.". Por fim, inaplicável, ao caso, o art. 91 do CPC, que diz que"As despesas dos atos processuais praticados a requerimento da Fazenda Pública, do Ministério Público ou da Defensoria Pública serão pagas ao final pelo vencido.". Embora as despesas de citação postal possuam natureza de despesa processual, como definido no julgamento do supracitado REsp repetitivo nº 366.055/RS, neste mesmo julgado, o STJ definiu que" Os peritos, os transportadores dos oficiais de justiça e as empresas de correios devem ser remunerados de imediato pelo autor ou interessado no desenvolvimento do processo. "(grifei). Constata-se que o acórdão do Tribunal a quo está em desacordo com o entendimento firmado por esta Corte Superior, tendo em vista que a jurisprudência do STJ é no sentido de que cabe ao Poder Judiciário a elaboração e a expedição de cartas citatórias, incluindo-se, na dispensa de recolhimento antecipado de custas, as despesas postais com o correspondente envio da citação. Confiram-se os seguintes precedentes ilustrativos: PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. CARTA PRECATÓRIA. EXPEDIÇÃO. ATRIBUIÇÃO DO ESCRIVÃO DA SERVENTIA JUDICIAL. CUSTAS PARA DESPESAS POSTAIS. RECOLHIMENTO ANTECIPADO PELA FAZENDA. DISPENSA. PROVIMENTO. 1. O Tribunal gaúcho assim decidiu (fl. 40, e-STJ, grifou-se): '(...) não se insere no rol de atribuições do escrivão, promover a instrução e a distribuição das cartas precatórias perante o Juízo deprecado. Em verdade, essa incumbência recai sobre a parte interessada, cabendo a esta, inclusive efetuar o pagamento das despesas concernentes a efetivação do ato, exceto quando litigar sob o pálio da benesse da gratuidade da justiça, hipótese que não se configura na espécie'. 2. O entendimento exarado não encontra qualquer sustentáculo, na medida em que afirmou que o Município, ao ajuizar ExecuçãoFiscal, deve pagar despesas relativas à expedição de carta precatória, além de afirmar que descabe ao escrivão distribuir a referida missiva. 3. A Primeira Seção do STJ, ao apreciar os REsps 1.107.543/SP e 1.144.687/RS, ambos submetidos à sistemática prevista no art. 543-C do CPC/1973, pacificou o entendimento de que a Fazenda Pública, em Execução Fiscal, está dispensada do recolhimento antecipado das custas para a realização do ato citatório, as quais serão recolhidas, ao final, pelo vencido, nos termos dos arts. 27 e 39 da Lei 6.830/1980. 4. Ademais, o art. 152, I, do CPC/2015, que está evidentemente acima de regimentos e leis estaduais na hierarquia normativa, é inequívoco em salientar que incumbe ao escrivão redigir, na forma legal, as cartas precatórias e os demais atos que pertençam ao seu ofício. 5. Outrossim, a parte, por não integrar o Judiciário, não possui - e nem poderia ter - competência legal, nem ingerência administrativa na serventia judicial para expedir, por ela própria, cartas precatórias, sobretudo diante da crescente hegemonia nacional dos processos eletrônicos, os quais são impulsionados por sistemas digitais manejados exclusivamente pelos servidores públicos de cada Tribunal. 6. Recurso Especial provido, determinando-se a distribuição da precatória na origem (STJ, REsp 1.817.963/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe de 05/09/2019). TRIBUTÁRIO. PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL. FAZENDA PÚBLICA. PAGAMENTO DAS DESPESAS DE POSTAGEM DE CARTA CITATÓRIA. INEXIGÊNCIA. ART. 39 DA LEI Nº 6.830/80. I - A Fazenda Pública é isenta do recolhimento prévio das custas judiciais, a exemplo das despesas de postagem de carta citatória, dispêndio que será recolhido, ao final, pelo vencido. Precedentes: AgRg no REsp 1483350/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe 26/11/2014; REsp 1332428/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, DJe 03/09/2012 e REsp 1107543/SP, Rel. Ministro LUIZ FUX, DJe 26/04/2010. II - Recurso especial provido (STJ, REsp 1.778.801/SP, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO, SEGUNDA TURMA, DJe de 13/12/2018). PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO FISCAL. FAZENDA PÚBLICA. PAGAMENTO DE DESPESAS COM A CITAÇÃO POSTAL. MATÉRIA PACIFICADA APÓS JULGAMENTO DE RECURSO SOBRE O RITO DOS RECURSOS REPETITIVOS. 1. Preliminarmente, o efeito suspensivo ativo ao Recurso Especial deve ser concedido, porquanto presentes o fumus boni iuiris em decorrência de a questão debatida estar pacificada no STJ após o julgamento do REsp 1.107.543/SP, Relator Ministro Luiz Fuz, Primeira Seção, sob a égide do rito dos Recursos Repetitivos. 2. Trata-se, na origem, de Agravo de Instrumento, com pedido de efeito suspensivo, interposto pela municipalidade,"nos autos da Execução Fiscal que move contra Juraci Gomes da Silva, em face do despacho de fls. 12 do processo digital originário, que determinou o prévio recolhimento das despesas de citação postal, sob pena de extinção do feito". 3. O acórdão recorrido está em confronto com a orientação do STJ, Tese firmada no REsp 1107543/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Seção, DJe 26/04/2010, julgado segundo o procedimento do art. 543-C do CPC, consoante a qual a Fazenda Pública está dispensada do pagamento da citação postal, uma vez que tal ato processual encontra-se abrangido no conceito de custas processuais. 4. Recurso Especial provido. (REsp 1813967/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 25/06/2019, DJe 01/07/2019) Diante do exposto, com base no art. 932, V, do CPC/2015, c/c o art. 255, § 4º, III, do RISTJ, dou provimento ao recurso especial, nos termos da fundamentação. Publique-se. Intimem-se. EMENTA PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. SUBMISSÃO À REGRA PREVISTA NO ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 03/STJ. EXECUÇÃO FISCAL. FAZENDA PÚBLICA. PAGAMENTO DAS DESPESAS DE POSTAGEM DE CARTA CITATÓRIA. INEXIGÊNCIA. ART. 39 DA LEI Nº 6.830/80. RECURSO PROVIDO. Brasília (DF), 04 de maio de 2020. MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES Relator (STJ - REsp: 1871486 SP 2020/0093373-3, Relator: Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, Data de Publicação: DJ 06/05/2020) Aula 6 Resposta: Não procede a alegação do Estado, visto que no art. 157, I, e 159,§1º CF c/c art 45, parágrafo único do CTN, deixa expresso que ainda que a instituição do IR é da União , a responsabilidade pertencem aos entes que arrecada e retêm na fonte o IR. Súmula 447, STJ princípio da simetria// interpretação extensiva. Súmula 447: "Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto de renda retido na fonte proposta por seus servidores". Aula 7 Resposta: As normas de emenda constitucional decorrem do poder constituinte derivado, razão pela qual podem ser objeto de controle, mediante ação direta de inconstitucionalidade quando confrontadas com normas elaboradas pela assembleia nacional constituinte. Esse é o posicionamento do STF. (ADIN 926.)
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