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6 09 COC Documentação em Biossegurança

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31 
 
 
6. DOCUMENTAÇÃO EM BIOSSEGURANÇA 
 
A organização das atividades em serviços da saúde é um aspecto fundamental para a 
segurança do trabalhador e para a garantia de resultados precisos e de qualidade. A falta 
de organização no ambiente de trabalho pode gerar situações de risco para o 
trabalhador e para outros indivíduos presentes no local, além de promover danos às 
instalações prediais. As situações de risco predispõem à ocorrência de acidentes que 
podem ser irreversíveis, levando ao afastamento temporário ou definitivo do 
trabalhador. Portanto, é fundamental que qualquer atividade seja previamente 
planejada e executada em ambiente seguro. 
 
Para isso é preciso considerar as condições de trabalho e todos os fatores de risco, bem 
como as instalações, os locais de armazenamento, o manuseio de produtos e 
equipamentos, as condições operacionais dos equipamentos, as bancadas, os 
equipamentos de proteção, entre outros. Nesse sentido, para orientar e assegurar um 
trabalho seguro e de qualidade, se faz necessário a implantação de procedimentos, 
instruções de trabalho e manuais operacionais. 
 
6.1 Mapa de Riscos 
A avaliação dos riscos ambientais é utilizada para reduzir o risco de manuseio de 
materiais e fornecer proteção aos colaboradores e ao meio ambiente. Essa análise deve 
se basear na informação válida sobre a periculosidade ou a patogenicidade do agente 
específico que o trabalhador está exposto no seu ambiente e atividades. 
 
O mapeamento de riscos permite fazer um diagnóstico da situação de segurança e saúde 
ocupacional nos laboratórios, com a finalidade de estabelecer medidas preventivas. 
 
O Mapeamento de Riscos Ambientais e a confecção do Mapa de Riscos são atribuições 
da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e fornecem dados importantes 
 
 
 
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que devem ser considerados no planejamento e na execução do PPRA (Programa de 
Prevenção dos Riscos Ambientais). 
 
Para a construção do mapa de riscos, deve-se observar inicialmente o elemento humano 
(o pessoal), o processo (as atividades desenvolvidas), o material (os instrumentos e 
materiais utilizados) e o ambiente (o laboratório). Posteriormente é preciso identificar 
os riscos existentes, utilizando um roteiro de abordagem e a classificação dos riscos, em: 
 
Grupo 1 - Riscos físicos: Ruído, Calor, Luz UV – Coloração Verde 
Grupo 2 - Riscos químicos: Sólidos, Líquidos, Vapores – Coloração Vermelha 
Grupo 3 - Riscos Biológicos: Amostras biológicas – Coloração Marrom 
Grupo 4 - Riscos ergonômicos: Posturas de trabalho – Coloração Amarela 
Grupo 5 - Riscos de acidentes: Chama, Iluminação, Espaços inadequados, Eletricidade – 
Coloração Azul. 
 
A intensidade da exposição ao risco é demonstrada através do tamanho do círculo no 
mapa obedecendo 3 grandezas (grande, média e baixa). Para essa determinação é 
necessário avaliar as medidas preventivas de proteção coletiva, organização das 
atividades de laboratório, proteção individual e higiene e conforto. 
 
Faz parte do mapeamento dos riscos identificar os indicadores de saúde, representados 
por queixas mais frequentes, acidentes de trabalho, doenças ocupacionais 
diagnosticadas e faltas/ausências ao trabalho. 
 
6.2 Manual de Biossegurança 
A introdução de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) nas diferentes atividades 
leva à execução de práticas seguras no ambiente profissional. O conjunto de 
procedimentos que visam reduzir a exposição aos riscos no ambiente de trabalho 
organizados de modo metodológico e referenciado constrói o Manual de Biossegurança. 
 
 
 
 
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Essas práticas compreendem a ordem e a limpeza dos materiais, a separação e a limpeza 
das áreas de trabalho, o manuseio adequado de equipamentos elétricos, substâncias 
químicas, materiais biológicos e radioativos, o uso adequado de equipamentos de 
proteção e segurança, entre outras. 
 
Para a construção desses procedimentos, recomenda-se a avaliação preliminar do risco 
seguida da indicação dos meios de redução ou eliminação desses riscos, e isso passa por 
mudança do método de trabalho, tornando o procedimento mais flexível e ajustado à 
capacidade do trabalhador e uma reestruturação organizacional, adequando o ritmo de 
trabalho e a participação do pessoal na sua organização, favorecendo a integração e 
melhorando o ambiente de trabalho. 
 
6.3 Procedimento Operacional Padrão 
Um programa de prevenção de acidentes deve incluir uma série de medidas, entre as 
quais a elaboração dos chamados procedimentos operacionais padrão (POP) para as 
operações realizadas no ambiente de trabalho, abrangendo a aquisição, o 
armazenamento adequado, os critérios para identificação, as formas de manipulação 
segura, e o transporte dos produtos devem ser executadas com segurança. 
 
Os manuais de POP para realização das diferentes tarefas devem descrever em detalhes 
e de forma clara os procedimentos e rotinas operacionais, incluindo a forma de descarte 
dos resíduos. Por exemplo, o protocolo de uma análise precisa incluir todos os 
procedimentos para preparo e manuseio dos reagentes, onde acondicioná-los e 
manuseá-los e sob que forma. Após análise, deve constar onde deverão ser colocados 
os resíduos e como eles deverão ser acondicionados e identificados. Todo o pessoal 
envolvido nas rotinas profissionais, inclusive o pessoal de apoio, terá de ser treinado e 
adotar os POPs. 
 
Através dos POPs será possível verificar se as rotinas e prerrogativas adotadas podem 
ser executadas e por que devem ser executadas. 
 
 
 
34 
 
Cada uma das etapas de elaboração do POP deverá ter a participação da equipe 
envolvida, que poderá avaliar e validar seus procedimentos, e, se necessário, contratar 
pessoal especializado para esta função. Nesses casos, é importante que a equipe 
detenha o conhecimento do setor e interaja com o grupo do centro, conhecendo cada 
um dos seus processos e discutindo cada novo POP elaborado. 
 
Os itens a serem descritos devem ser os seguintes: 
 
a) Objetivo: descrever neste item os objetivos do documento, por exemplo: “Estabelecer 
procedimentos a serem adotados para manter a segurança da água que entra em 
contato direto ou indireto com os alimentos ou que é usada na fabricação de gelo.” 
 
b) Documentos de referência: citar normas técnicas e legais que servem como base para 
o documento. 
 
c) Campo de aplicação: descrever para que setores/ áreas da empresa o procedimento 
se aplica. 
 
d) Definições: definir termos usados. Citar conceitos. 
 
e) Responsabilidades: citar quem serão os responsáveis pela execução do 
procedimento, pela sua monitorização, verificação e pelas ações corretivas. 
 
f) Descrição: nesta etapa devem ser descritos os procedimentos, passo a passo. 
 
g) Monitorização: citar como será feita a monitorização do procedimento. Se o uso de 
tabelas e planilhas se fizer necessário, devem ser anexados os modelos. 
 
h) Ação corretiva: descrever quais serão as ações corretivas para cada situação de não 
conformidade possível. 
 
 
 
 
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i) Verificação: descrever de forma clara e objetiva o que, como, quando e quem 
executará os procedimentos. 
 
j) Anexos 
 
SAIBA MAIS 
Para melhor entendimento dos princípios de Biossegurança, recomendamos a leitura do 
artigo “A importância dos procedimentos operacionais padrão (POPs) para os centros 
de pesquisa clínica”. 
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ramb/v57n2/v57n2a07. Acesso em: 12 jul. 
2018. 
 
Verifique um exemplo prático da implantação descrito no artigo “Procedimento 
operacional padrão: utilização na assistência de enfermagem em serviços hospitalares”. 
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v16n6/pt_05.pdf. Acesso em: 12 jul. 
2018. 
 
 
 
Conclusão 
Neste bloco foi possível compreender a importância da padronização na execução das 
atividades profissionais. Essa padronização deve ocorrerpor meio da implantação de 
procedimentos operacionais padrão para as diversas atividades, incluindo as 
adequações necessárias para redução do nível do risco de exposição ocupacional 
mapeado no Mapa de Riscos. Tais procedimentos também devem atender os requisitos 
legais e técnicos de modo a compor o Manual de Biossegurança da empresa. 
 
 
 
 
http://www.scielo.br/pdf/ramb/v57n2/v57n2a07
http://www.scielo.br/pdf/rlae/v16n6/pt_05.pdf
 
 
 
36 
 
 
Referências 
BARSANO, Paulo Roberto, BARBOSA, Rildo Pereira, GONÇALVES, Emanoela, SOARES, 
Suerlane Pereira Sil. Biossegurança: Ações Fundamentais para Promoção da Saúde. 
Érica, 2014. 
Brasil. Ministério da Saúde. Biossegurança em saúde: prioridades e estratégias de ação. 
Brasília, 2010. 
HIRATA, Mario Hiroyuki, HIRATA, Rosario Crespo, MANCINI FILHO, Jorge (eds.). Manual 
de Biossegurança, 2. edição. Manole, 2012. 
SILVA, José da, BARBOSA, Silene Miranda, DUARTE, Suélen Ribeiro Miranda Pontes. 
Biossegurança no Contexto da Saúde. IÁTRIA, 2014.

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