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Projeto de intervenção Saude HIGIENIZACAO

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2
UNIVERSIDADE SALVADOR- UNIFACS
AMANDA MATOS DOS SANTOS
CAMILA SILVA DE OLIVEIRA
GABRIEL COSTA F. DA SILVA
HELENA SOUZA GRIZI
JOICY THAINÃ O. DA SILVA
MATHEUS JOSÉ M. DUARTE
SUELI SANTOS DA R. MATIAS
VINICIO BITENCOURT
PROJETO DE INTERVENÇÃO EM SAÚDE PARA IMPLANTAÇÃO DE CONTROLE HIGIÊNICO-SANITÁRIO PADRONIZADO EM UNIDADE HOSPITALAR.
Salvador,
2020
AMANDA MATOS DOS SANTOS
CAMILA SILVA DE OLIVEIRA
GABRIEL COSTA F. DA SILVA
HELENA SOUZA GRIZI
JOICY THAINÃ O. DA SILVA
MATHEUS JOSÉ M. DUARTE
SUELI SANTOS DA R. MATIAS
VINICIO BITENCOURT
PROJETO DE INTERVENÇÃO EM SAÚDE PARA IMPLANTAÇÃO DE CONTROLE HIGIÊNICO-SANITÁRIO PADRONIZADO EM UNIDADE HOSPITALAR.
Projeto de intervenção apresentado ao curso de Bacharelado em Nutrição da Universidade Salvador- Unifacs, para obtenção de nota geral da unidade 2 da disciplina Integração Saúde Comunidade.
Orientador(es): Vinicius Carneiro e Sâmia 	Oliveira
Salvador,
2020
RESUMO
Este projeto visou intervir, através de exposição situacional de uma unidade hospitalar em campo virtual, no que diz respeito a rotina de funcionários e busca pelas atividades e procedimentos adotados na unidade. Através de perguntas e relatos específicos, foi possível identificar falhas técnicas e normativas nos procedimentos de higienização e coleta dos resíduos hospitalares, bem como a falta de utilização de EPI’s pelos colaboradores diretos, falta de treinamentos frequentes e falha nas atualizações e acesso de procedimentos operacionais padronizados-POPs das rotinas higiênico-sanitárias da unidade. Diante do exposto, foram traçadas estratégias práticas para conscientização e organização e técnicas para treinamento e fiscalização dos colaboradores, segundo resoluções normativas específicas para ambiente hospitalar, a fim da promoção de biossegurança, prevenção de contaminações e padronização de procedimentos. 
Palavras-chave: Higienização hospitalar. POPs. Biossegurança. Contaminação hospitalar. 
ABSTRACT
This project aimed to intervene, through situational exposure of a hospital unit in a virtual field, with regard to the routine of employees and search for activities and procedures adopted in the unit. Through specific questions and reports, it was possible to identify technical and normative flaws in hygiene procedures and collection of hospital waste, as well as the lack of use of PPE's by direct employees, lack of frequent training and failure to update and access standardized operational procedures. -POP's of the unit's hygienic-sanitary routines. In view of the above, practical strategies for raising awareness and organization and techniques for training and supervising employees were drawn up, in accordance with specific regulatory resolutions for the hospital environment, in order to promote biosafety, prevent contamination and standardize procedures.
Descriptors: Hospital hygiene. POPs. Biosafety. Hospital Contamination.
 
LISTA DE SIGLAS
ANVISA AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
CIPA COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES
EPC	 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA
EPI EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
MPB MANUAL DE BOAS PRÁTICAS
PGRSS PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
POP PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
RSS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
SES SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE
SESMT SERVIÇO ESPECIALIZADO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................07
1.1. Problemática.................................................................................................08
1.2. Palavras-chave.............................................................................................08
2. JUSTIFICATIVA...................................................................................................10
3. OBJETIVOS.........................................................................................................12
3.1. Gerais............................................................................................................12
3.2. Específicos....................................................................................................12
4. METODOLOGIA...................................................................................................13
5. REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................13
6. ESTRATÉGIAS.....................................................................................................15
7. CRONOGRAMA...................................................................................................18
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................19
REFERÊNCIAS..........................................................................................................20
1. INTRODUÇÃO
	Hospitais, clínicas, ambulatórios ou qualquer área ou empresa que prestem algum tipo de serviço relacionado a saúde, seja ela pública ou privada, de pequeno, médio ou grande porte, são sinônimos de saúde perante a sociedade, ou pelo menos à recuperação ou manutenção desta. 
Sem se desprender do conceito complexo de saúde, seja ela física mental ou social. Ou até mesmo da visão mais simplista que determina saúde como a ausência de doenças, a higiene é um pilar muito importante para essa questão. Sendo assim alguns procedimentos precisam ser adotados para que as devidas medidas sejam um padrão de comportamento nesses ambientes, mantendo os ambientes sempre limpos e livres de possíveis contaminantes.
O processo de higienização hospitalar, consiste em todos os aspectos de limpeza, desinfecção e esterilização, em todo ambiente hospitalar. O objetivo relacionado a higienização é prevenir os aspectos de infecções relacionados à saúde, que são adquiridos por meios de procedimentos ou durante o internamento.
Com a pandemia do COVID-19, foram feitos vários estudos para controle de infecção entre profissionais de saúde destacando a importância de medidas preventivas para a redução do risco de infecção entre os trabalhadores que atuam tanto ao nível hospitalar quanto na atenção primária, destacando-se a importância da lavagem de mãos, uso de EPIs (gorro, máscaras N95, luvas internas, óculos de proteção, roupas de proteção, capas para sapatos impermeáveis descartáveis, aventais de isolamento descartáveis, luvas externas e escudo facial), por esses profissionais. Além disso, enfatizam-se os cuidados com o descarte, acondicionamento e direcionamento dos resíduos químicos, físicos e biológicos das unidades hospitalares. 
 	
1.1. PROBLEMÁTICA 
Através de mapeamento em campo virtual de uma unidade hospitalar, foi possível observar diversos pontos de melhorias a respeito de aspectos sanitários, prevenção de acidentes, cuidados pessoais e falhas na gestão, exemplificados por inadequação do uso de EPIs por colaboradores, quantidades insuficientes de dispensers higienizadores, aumentando assim, a baixa utilização do produto para higiene das mãos, falta de sinalização educativa, ausência de identificação nos sacos de lixo, falta de padronização de atividades rotineiras ligadas à higienização.
Durante conversa com colaboradores foi sinalizado que são realizados protocolos e capacitações acerca de algumas etapas de higienização, como diluição de sanitizantes, mas não foram identificadas etapas simples de planejamento para descarte de resíduos, como padronização de horário de coleta durante de pessoas na unidade, que deveriam estar presentes em documentos oficiais como POPs e no Manual de Boas Práticas da unidade. 
Todos os aspectos citados evidenciam uma ineficácia na rotina de higienização e coleta sanitária, assim como falha no gerenciamento e planejamento higiênico-sanitário da unidade, contribuindo para um risco de contaminação hospitalar, acidentes de trabalho e propagação de doenças infectocontagiosas,sendo divergente à aspectos legais de biossegurança. 
1.2. PALAVRAS-CHAVE
Biossegurança: pode ser caracterizada por o conjunto de procedimentos e medidas voltadas para prevenção, minimização, ou eliminação de riscos inerentes às atividades que podem comprometer a saúde do homem, dos animais e do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.
Contaminação hospitalar: inclui todo e qualquer processo infeccioso, não identificado na admissão do paciente que se manifeste durante sua permanência provocadas por microrganismos, encontrados tanto na flora bacteriana normal do hospedeiro, quanto no ambiente hospitalar.
Procedimentos operacionais padronizados (POP): procedimento escrito de forma objetiva, que estabelece instruções sequenciais para a realização de operações rotineiras e específicas na higienização, produção, armazenamento e transporte de alimentos.
É um documento organizacional que traduz o planejamento do trabalho a ser executado e descreve, em detalhes, todas as medidas necessárias para realização das tarefas.
Manual de Boas Práticas (MPB): documento que descreve as operações realizadas pelo estabelecimento incluindo, no mínimo, os requisitos sanitários dos edifícios, a manutenção e a higienização das instalações, dos equipamentos e dos utensílios, o controle da higiene e saúde dos manipuladores e o controle e garantia de qualidade do produto.
Todas as unidades hospitalares necessitam de um manual de boas práticas que devem conter as instruções adequadas acerca da higienização a fim de evitar a contaminação hospitalar e assegurar a biossegurança.
2. JUSTIFICATIVA
A forma em que é descartado os resíduos de lixo é um dos grandes problemas causadores de contaminações dentro do ambiente hospitalar. Por ser um ambiente que já é ocupado por enfermidades, esses resíduos podem causar ainda mais problemas de saúde para todos. E é por esse motivo que deve ser feito da forma correta o manuseio e descarte do lixo, quanto dos materiais hospitalares usados, pois há grandes risco também de contaminação por conta de seringas, gases, lençóis e entre outros. Dessa forma, esses resíduos precisam ainda mais de cuidados ao serem coletados e descartados, pois existe maior probabilidade de contágio.
A segurança alimentar é necessária em qualquer ambiente, porém em hospitais possui uma necessidade obrigatória, pois ali os consumidores são pessoas em sua maioria debilitadas, com maior fragilidade, e com menor imunidade, razão pela qual torna o tema em questão em uma obrigatoriedade fundamental, uma vez que as contaminações dos alimentos muitas das vezes acontecem por meios imperceptíveis, motivo que leva a redobrar todo e qualquer cuidado (BRASIL, 2006).
Todos os níveis de gerenciamento devem, constantemente, reforçar as regras e regulamentos de segurança, estar alerta e identificar as práticas e condições inseguras, tomando, imediatamente, atitudes apropriadas para corrigir irregularidades (ANVISA,2016). 
A infecção hospitalar (IH) é um processo infeccioso adquirido no ambiente hospitalar e, na maioria das vezes, sua ocorrência se dá por fatores evitáveis, por exemplo, pela lavagem inadequada das mãos, manuseio de materiais e realização de técnicas desrespeitando os princípios de assepsia e falta de controle rigoroso no processamento dos materiais esterilizados, desde a lavagem até armazenamento e distribuição dos mesmos. A literatura aponta que uma das questões relativa ao tema pauta-se, especialmente, na responsabilidade dos profissionais e das instituições de saúde, com repercussões penais, civis e éticas. Isto porque, por vezes, a IH é decorrente de atos falhos cometidos pelos profissionais (GIAROLA, 2012).
É preciso que haja uma abordagem generalizada a todos que compõem estes ambientes, pessoas que estão diretamente ligadas ao dia-dia de trabalho, seja com manuseio, transporte, manutenção e responsáveis por administração e treinamento dos colaboradores. 
Para que isso se torne uma realidade, órgãos fiscalizatórios como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária-ANVISA, dispõem de resoluções normativas que padronizam e direcionam as ações que devem ser adotadas dentro das unidades hospitalares, como a obrigatoriedade do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde-PGRSS, no que diz a Resolução da Diretoria Colegiada -RDC n°222/2018, em seus artigos 4° e 5°: 
” Art. 4º O gerenciamento dos RSS deve abranger todas as etapas de planejamento dos recursos físicos, dos recursos materiais e da capacitação dos recursos humanos envolvidos.
Art. 5º: Todo serviço gerador deve dispor de um Plano de Gerenciamento de RSS (PGRSS), observando as regulamentações federais, estaduais, municipais ou do Distrito Federal.”
O gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar, aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde, dos recursos naturais e do meio ambiente(ANVISA,2018).
3. Objetivos
3.1. Geral
Promover a padronização de adequadas ações de segurança sanitária aos colaboradores e pacientes no ambiente hospitalar, para contribuir na prevenção de proliferação de doenças infectocontagiosas e de contaminação cruzada, visando a melhoria na organização, adequação e higienização das áreas críticas e semicríticas da unidade. 
3.2. Específicos
· Conscientizar os colaboradores sobre a importância da adequada higienização pessoal e do uso de Epi's;
· Gerar treinamentos e informações acessíveis sobre o correto descarte do lixo hospitalar;
· Identificar critérios para aquisição e utilização dos produtos, equipamentos e materiais a serem utilizados nos serviços de higiene hospitalar;
· Atualizar os protocolos de segurança junto ao SESMT acerca do Manual de Boas Práticas de Higienização da unidade e PGRSS;
· Elaborar estratégias para criação dos POP’s de todas as etapas de higienização e descarte dos resíduos, identificando os responsáveis pelas atividades, em conformidade com as resoluções normativas inerentes;
· Desenvolver programa de treinamentos periódicos baseado nas atualizações dos POP’s e/ou sempre que haja mudanças nas etapas inerentes; 
Portanto, contribuindo para o entendimento da importância da higiene hospitalar como atributo da hospitalidade, levando em conta as especificidades, especialmente relacionadas a qualidade dos serviços e a humanização em saúde.
4. METODOLOGIA
O processo inicial para elaboração do projeto de intervenção foi a observação de campo por meio virtual da unidade de saúde, demarcando os principais pontos de melhorias identificados no momento.
Através de entrevista aos colaboradores foi possível conhecer os processos da rotina da unidade, informações sobre treinamentos e aprofundar nas falhas técnicas e pessoais dos profissionais de saúde.
Com o uso de metodologias ativas como brainstorming e Ishikawa foram traçados direcionamentos dos pontos críticos, maior relevância entre os problemas listados e objetivos prioritários. 
Para elaboração das estratégias foram realizadas consultas bibliográficas à documentos padronizados ligados a higienização e cuidados sanitários, resoluções normativas e artigos voltados para o tratamento e gestão adequada em processos higiênico-sanitários. 
5. REFERENCIAL TEÓRICO
Para realizar as atividades propostas com o intuito de aumentar o nível de conhecimento e conscientização dos funcionários das unidades, foram pensadas algumas formas de alinhar estratégias básicas, porém precisas, que elucidem qualquer tipo de dúvida e ao mesmo tempo traga conhecimento prático e objetivo, levando em consideração o fato de serem equipes distintas e possivelmente numerosas e com diferentes níveis de instrução.
É imprescindível que os profissionais e toda a equipe de limpeza alocada nos serviços, recebam treinamento e participem regularmente dos Programas de Educação Continuada edos treinamentos Técnicas do Núcleo de Controle de Infecções Hospitalares oferecidos pela Instituição de Saúde, conforme a necessidade do trabalho e a evolução natural dos padrões requeridos (SES/DF,2018).
O uso dos equipamentos de proteção é obrigação Legal do profissional, devendo, as empresas prestadoras do serviço, exigir (em) e manter (em) constante vigilância quanto ao seu uso. A maioria dos acidentes envolvendo profissionais no âmbito hospitalar é decorrente do desconhecimento e da negligência as normas de segurança. Por estarem eminentemente expostos a agentes químicos e biológicos, tornam – se vulneráveis a contração de patologias. Todavia se ao executar suas tarefas o fizerem de forma segura, respeitando as Normas de segurança e usando os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), a possibilidade de se acidentarem reduzirá consideravelmente.
A Norma Regulamentadora 32/2005, item 08, da ANVISA, estabelece que trabalhador do serviço de higiene e limpeza de serviços de saúde é trabalhador de saúde. Portanto, esta Norma determina vínculo com os estabelecimentos de assistência à saúde e consequentemente estabelecem direitos e deveres do empregado e empregador, independente do tipo de vínculo, quanto ao desenvolvimento seguro desta atividade laboral.
Para uma eficiente avaliação do local de trabalho e do trabalhador deve ser considerada a finalidade e descrição do local de trabalho; a organização e procedimentos de trabalho, a possibilidade de exposição; a descrição das atividades e funções de cada local de trabalho; as medidas preventivas aplicáveis e seu acompanhamento.
Os equipamentos de proteção Coletiva visam à proteção de acidentes de usuários, funcionários e visitantes durante a realização de determinadas tarefas. Consistem de placas ilustrativas (que permita aos transeuntes identificar a situação da área delimitada), cones de sinalização e fitas demarcatórias (sinalização e delimitação de área), fita antiderrapante (para evitar quedas e escorregamento, especialmente em rampas e escadas, e ao redor do leito do paciente), sinais de perigo, sinalização com instruções de segurança e/ou que indicam direção.
A principal via de transmissão de infecção dos microrganismos são as mãos dos profissionais de saúde. A higienização das mãos é a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções relacionadas à assistência à saúde. É a fricção mecânica das mãos, associada ao uso de água e detergente neutro ou produto antisséptico, com o objetivo de remover a microbiota transitória das mãos. É o meio mais eficaz de prevenir a infecção relacionada à assistência à saúde. Engloba a higienização simples, a higienização antisséptica, a fricção antisséptica.
Os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) podem constituir sério risco às saúdes do trabalhador, pública e ambiental. A Resolução da ANVISA. RDC n° 306 de 07 de Dezembro de 2004 e a Resolução CONAMA 358 de 29 de Abril de 2005 determinam que toda instituição, que é geradora de resíduos de saúde deve elaborar e implantar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) que contemple todas as suas fases de manejo (segregação, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final).
6. ESTRATÉGIAS
· Criação de minicurso online 
Funcionamento: A criação de um mini curso online de 3 dias, com 25 minutos de duração cada vídeo/aula. O conteúdo explicativo e de fácil entendimento, com metodologias de verificação do cumprimento dos hábitos higiênicos, levando em consideração que nem todos os funcionários têm o mesmo grau de instrução e alfabetização. Pensando também na variedade de possibilidades de acesso à internet entre os funcionários, disponibilizaremos uma sala com 6 computadores, para os que não tiverem acesso em casa, para isso será necessário que cheguem 30 min antes do expediente.
Conteúdo: Informações sobre as responsabilidades envolvidas, as formas de monitoramento da execução do procedimento e dos resultados obtidos, as ações corretivas e preventivas adotadas em casos de desvio, a periodicidade de realização das atividades, controle do uso e substituições periódicas dos EPI, a importância do termo de responsabilidade sobre o uso adequado dos EPI assinado pelo funcionário, diretrizes para manejo do lixo incluindo a rotina de coleta.
Materiais: Computadores com acesso à internet, sala disponível.
· Cartazes explicativos 
Funcionamento: Cartazes espalhados pelo ambiente de trabalho, nos locais onde os funcionários passam. Cores quentes, imagens dando exemplo do que precisa ser feito, pouca coisa escrita. É comprovado que a repetição visual acaba dando auxílio a fixação mental. 
Conteúdo: Características dos recipientes para depósito de lixo, diretrizes para manejo dos subprodutos do funcionamento da empresa, diretrizes para manejo dos resíduos líquidos e gasosos de forma a prevenir contaminação, informação sobre o uso adequado dos EPI e a troca, higienização das lixeiras em local adequado, as datas e atividades de manejo executadas, a identificação dos subprodutos.
Materiais: Papel fotográfico para impressão e maior durabilidade dos cartazes, impressora a jato.
· Manual explicativo
Funcionamento: Um manual impresso para distribuição aos funcionários, para eles levarem para casa e estudarem sempre que tenham dúvida.
Conteúdo: Todas as informações propostas no Manual de boas práticas sobre o sistema de manejo de lixo/resíduos. Irá conter um esquema de organização da documentação do sistema de controle de saúde dos manipuladores/funcionários. Informação sobre os protocolos de segurança junto ao SESMT acerca do Manual de boas práticas de Higienização da unidade e PGRSS.
Materiais: Papel a4, impressora, encadernação. 
· Criação e atualização dos Procedimentos Operacionais Padronizados de higienização
Como parte da obrigatoriedade normativa dos órgãos de saúde, faz necessário a criação de novos POP’s e atualizações de existentes acerca de procedimentos de coleta seletiva dos resíduos, separação categorizada, higienização de mãos, alocação de materiais sanitizantes e processos de diluição, cronograma de higienização e responsáveis pelas atividades.
 Funcionamento: início a partir POP de higienização das nossas mãos, que são a maior via de transmissão de microrganismos, pois é com elas que realizamos praticamente todas as nossas atividades diárias. Se pensarmos na verdadeira que os hospitais são onde encontramos pessoas em que na maioria estão fragilizadas, vemos o quanto é ainda mais importante esse cuidado com a higienização para o bem estar de todos no local.
Um POP sobre a higienização correta do ambiente, pois a higiene minimiza em porcentagens altas o risco de contaminação, número de bactérias e infecções. Assim teremos uma maior segurança para os pacientes, familiares, e funcionários em geral da empresa. Irá conter as etapas de limpeza, desinfecção e esterilização; e os tipos de higienização hospitalar, a higienização concorrente, a higienização imediata, e a higienização terminal. Lembrando que esse POP tem que conter todos os cuidados que cada ambiente precisa, afinal, cada um deles necessita de uma rotina de limpeza diferentes de acordo com cada superfície e materiais utilizados naquele ambiente. 
Um POP sobre manejo de resíduos, para que possamos estabelecer corretamente e de forma padronizada tudo que abranja essa questão, como a área de qualidade, técnica, gerencia da unidade e da equipe que faz o trabalho de coleta. Nesse POP irá ser destacado os recipientes para armazenamento e do que ele deve ser constituído, o uso dos EPIs adequados para segurança dos profissionais, e o número de vezes que a coleta do lixo deverá ser feita para evitar transtornos. Deverá ser levado em consideração o tipo de resíduo que estar sendo manuseado, se são: resíduos químicos, resíduos com rejeitos radioativos, resíduos comuns ou resíduos perfurocortantes; para cada um desses tipos de resíduos haverá um símbolo de identificação de fácil visualização,para evitar acidentes de trabalho e contaminação. 
Conteúdo: O conteúdo estará de acordo com o que pede os POPs; nome do procedimento, local de aplicação, responsáveis pela tarefa, responsável pela elaboração do POP, materiais envolvidos na tarefa, referências, siglas descritas, passo a passo do procedimento, gráficos e fluxogramas (caso necessário), perspectiva de revisão. Tudo necessário para padronizar e minimizar a ocorrência de erros na execução de tarefas fundamentais. 
Materiais: papel, impressora, pessoa para estabelecer os procedimentos. 
Dentro de cada POP haverá a lista de materiais necessários para cumpri-lo. 
· Treinamentos periódicos e monitoramento
Funcionamento: Treinamentos trimestrais com a mesma base criada para o mini curso online. O monitoramento será realizado diariamente por meio de supervisão das atividades realizadas. Será realizada também uma auditoria externa no mínimo uma vez ao ano. 
Conteúdo: Os treinamentos serão para reforçar todos os itens descritos nas estratégias acima, para os funcionários antigos; e para os novos funcionários aprenderem e ficarem com o comportamento padrão a tudo que é exigido para que haja o mínimo de falhas em todos os processos.
Materiais: Software para gestão de documentos, revisão dos materiais utilizados nas estratégias acima. 
· Atualização nos procedimentos de gestão integradas entre CIPA e SESMT
Funcionamento: A partir da formação de uma equipe com membros da comissão interna de prevenção a acidentes (CIPA), SESMT e responsáveis pelos setores de higienização, desenvolver procedimentos de controle de eficácia dos procedimentos de higienização e coleta, como parte do PGRSS da unidade hospitalar.
7. CRONOGRAMA
	Estratégias
	Viabilidade
	Priorização
	Execução
	Etapas de aplicações práticas de treinamento e disponibilização de materiais.
	Custo Médio
Rápida abordagem
Método Prático
	Alta
	Março a maio/2020
	Etapas de Gestão e planejamento de estratégias, atualizações de procedimentos.
	Alto custo
Necessidade legal
	Alta
	Abril a junho/2020
	Etapas de aplicação de novas atualizações e monitoramento.
 
	Baixo Custo
	Média 
(Codependente)
	Junho a julho/2020
(Periódico)
Fonte: Autoria própria, 2020. 
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este projeto tem por objetivo minimizar problemas relacionados a aspectos sanitários encontradas em não-conformidade na unidade hospitalar, através de estratégias técnicas e práticas para atuação na rotina diária das atividades inerentes aos serviços de limpeza. Contribuindo assim para fornecer maior aspectos de segurança sanitária, interferindo diretamente na qualidade do atendimento prestado a pacientes, e no ambiente de trabalho para os colaboradores. 
As propostas trazidas nesse projeto obedecem às narrativas legais previstas nos órgãos nacionais de fiscalização sanitária e de saúde, permeando as atividades de saúde em seus mais diversos âmbitos.
A aplicação do projeto tem limitantes orçamentários, administrativos e jurídicos, sendo assim uma proposta de multi-intervenção passível de análises prévias. 
REFERÊNCIAS
1. BRASIL. Resolução nº. 257. CONAMA de 30 de junho de 1999.
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Vigilância Sanitária. Decreto nº 79094, de 05 de janeiro de 1977. Regulamenta a Lei no 6.360, de 23 de setembro de 1976, que submete a sistema de vigilância sanitária os medicamentos, insumos farmacêuticos, drogas, correlatos, cosméticos, produtos de higiene, saneantes e outros. 
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 46 de 20 de fevereiro de 2002.
4. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. NOTA TÉCNICA N°01/2018 – Orientações gerais para higienização de mãos em serviços de saúde. Brasília.2018. Disponível em: https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/nota-tecnica-n-01-2018-gvims-ggtes-anvisa-orientacoes-gerais-para-higiene-das-maos-em-servicos-de-saude-2>. Acesso em:16/10/2020.
5. LACEN/ES.SES/ES. Manual de Biossegurança. Vitória. 2017. Disponível em: < https://saude.es.gov.br/Media/sesa/LACEN/Manuais/MANUAL%20DE%20BIOSSEGURAN%C3%87A%20LACEN-ES%20REV%2002.pdf>. Acesso em:16/10/2020.
6. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de segurança no ambiente hospitalar. Brasília. 2018. Disponível em: < https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/seguranca_hosp.pdf>. Acesso em:18/10/2020.
7. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 222/2018 COMENTADA. Brasília.2018. Disponível em: < file:///C:/Users/camil/Desktop/pisco/RDC_222_COMENTADA_ATUALIZADA.pdf>. Acesso em:18/10/2020.
8. Leal, Gabriele Andrade. Et al. A higienização hospitalar: uma solução paliativa. Aracaju. 10fls. 2017.
9. Moura, Lorena Carine D. Et al. Higiene e desinfecção hospitalar aliadas na segurança do paciente. 8 fls. João Pessoa. 2017.
10. Dutra, Cleonice Pereira. Et al. Limpeza hospitalar: um estudo de caso em Pimenta Bueno. 5fls. Rôndonia. 2015.

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