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CONTROLE CONCENTRADO ADI, ADO, ADC E ADPF

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CONTROLE CONCENTRADO
ADI
ADC
ADO 
ADPF
CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – CARACTERÍSTICAS GERAIS
O controle concentrado de constitucionalidade via ação direta, ou principal, tem suas origens a denominada representação interventiva criada na Constituição de 1934 que tinha por escopo a decretação de intervenção federal em Estados-membros por violação a algum dos considerados princípios “sensíveis”.
Posteriormente com a EC n. 16/1965, foi introduzido novo mecanismo de controle concentrado, agora verdadeiramente abstrato, pela Representação contra Inconstitucionalidade de lei ou ato de natureza normativa federal ou estadual de competência originária do STF, tendo como legitimado ativo apenas o Procurador Geral da República. (entre 1967-1969 p PGR era de livre nomeação e destituição pelo PR).
Com a EC n. 7/1977 foi introduzida a possibilidade também de interpretação além da declaração de inconstitucionalidade.
DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
Posição que foi iniciada pelo Ministro Marco Aurélio de MElo
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – CARACTERÍSTICAS GERAIS
São as seguintes as ações Diretas de Controle Concentrado no Direito Pátrio:
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) de competência do STF, Art. 102, I, “a” da CRFB/88 e Lei 9.868/1999;
Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) de competência do STF, Art. 102, I, “a” da CRFB/88 e Lei 9.868/1999;
Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADIO) de competência do STF, 103, §2º da CRFB/88 e Lei 9.868/1999;
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) de competência do STF, Art. 102, §1º da CRFB/88 e Lei 9.882/1999;
Representação por Inconstitucionalidade ou ADI Estadual de competência dos Tribunais de Justiça dos Estados (Art. 125, §2º da CRFB);
DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
Posição que foi iniciada pelo Ministro Marco Aurélio de MElo
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – CARACTERÍSTICAS GERAIS
São as seguintes as ações Diretas de Controle Concentrado no Direito Pátrio:
Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva (ADIInt) de competência do STF, Art. 36, III da CRFB/88 e Lei 12.562/2011 (Controle Concreto e não Abstrato!);
Representação de Inconstitucionalidade Interventiva (RIint) de competência dos Tribunais de Justiça, Art. 35, IV da CRFB/88. (Controle Concreto e não Abstrato)
DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
Posição que foi iniciada pelo Ministro Marco Aurélio de MElo
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – CARACTERÍSTICAS GERAIS
Diz-se controle concentrado pois a análise é feita por um único órgão (STF ou TJ’s) e não por qualquer outro órgão do Judiciário;
Principal, pois o objeto das ações especiais é a discussão de matérias constitucionais como seu objeto ou pedido principal e não como causa incidental ou causa de pedir de determinada pretensão.
Trata de controle em abstrato, assim, não há lide a ser solucionada, não há contenda ou tutela de direitos subjetivos, tão pouco pode se falar em partes no referido processo, vez que o objetivo da ação é manter a higidez do texto constitucional em confronto com leis e atos normativos que sejam incompatíveis com ele, assim não se pode falar em jurisdição propriamente dita.
Do mesmo modo não se pode falar em pretensão resistida, apenas, como já dito, a defesa objetiva da supremacia da constituição.
DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
Posição que foi iniciada pelo Ministro Marco Aurélio de MElo
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – CARACTERÍSTICAS GERAIS
Uma vez proposta a ação direta não cabe pedido de desistência, por seu conteúdo versar sobre matéria de interesse público (Art. 5º da Lei 9.868/1999).
Art. 5o Proposta a ação direta, não se admitirá desistência.
No mesmo sentido, como não há partes, também não haverá intervenção de terceiros, sendo, admitido pelo STF a assistência entre os próprios legitimados ativos, com exceção do legitimado que, eventualmente, esteja figurando, no processo concreto, como parte ré.
DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
Posição que foi iniciada pelo Ministro Marco Aurélio de MElo
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – CARACTERÍSTICAS GERAIS
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - LEGITIMIDADE ATIVA - IMPOSSIBILIDADE DE O GOVERNADOR DO ESTADO, QUE JA FIGURA COMO ÓRGÃO REQUERIDO, PASSAR A CONDIÇÃO DE LITISCONSORTE ATIVO - MEDIDA CAUTELAR NÃO REQUERIDA PELO AUTOR - PEDIDO ULTERIORMENTE FORMULADO PELO SUJEITO PASSIVO DA RELAÇÃO PROCESSUAL - IMPOSSIBILIDADE - NÃO-CONHECIMENTO. - O órgão estatal que ja figure no polo passivo da relação processual não pode ostentar, simultaneamente, a condição de litisconsorte ativo no processo de controle abstrato instaurado por iniciativa de terceiro. A circunstancia de o Governador do Estado poder questionar, autonomamente, a validade jurídica de uma espécie normativa local em sede de ação direta, fazendo instaurar, por iniciativa propria, o concernente controle concentrado de constitucionalidade, não lhe confere a prerrogativa de, uma vez iniciada a fiscalização abstrata por qualquer dos outros ativamente legitimados - e constando ele como órgão requerido na ação direta -, buscar a sua inclusão no polo ativo. - O órgão do Poder Público que formalmente atue como sujeito passivo no processo de controle normativo abstrato não dispõe de legitimidade para requerer a suspensão cautelar do ato impugnado, ainda que tenha expressamente reconhecido a procedencia do pedido.
(ADI 807 QO, Relator(a):  Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado em 27/05/1993, DJ 11-06-1993 PP-11529 EMENT VOL-01707-01 PP-00032 RTJ VOL-00150-01 PP-00054)
DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
Posição que foi iniciada pelo Ministro Marco Aurélio de MElo
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – CARACTERÍSTICAS GERAIS
Descabe também a arguição de suspeição dos ministros seja qual for o motivo.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - RESOLUÇÃO EMANADA DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL - MERA DECLARAÇÃO DE "ACCERTAMENTO", QUE NÃO IMPORTOU EM AUMENTO DE REMUNERAÇÃO NEM IMPLICOU CONCESSÃO DE VANTAGEM PECUNIÁRIA NOVA - INOCORRÊNCIA DE LESÃO AO POSTULADO DA RESERVA DE LEI FORMAL - RECONHECIMENTO DO DIREITO DOS SERVIDORES (ATIVOS E INATIVOS) DA SECRETARIA DESSA ALTA CORTE ELEITORAL À DIFERENÇA DE 11,98% (CONVERSÃO, EM URV, DOS VALORES EXPRESSOS EM CRUZEIROS REAIS) - INCORPORAÇÃO DESSA PARCELA AO PATRIMÔNIO JURÍDICO DOS AGENTES ESTATAIS - IMPOSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO DE TAL PARCELA (PERCENTUAL DE 11,98%), SOB PENA DE INDEVIDA DIMINUIÇÃO DO ESTIPÊNDIO FUNCIONAL - GARANTIA CONSTITUCIONAL DA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS - MEDIDA CAUTELAR INDEFERIDA. FISCALIZAÇÃO NORMATIVA ABSTRATA - PROCESSO DE CARÁTER OBJETIVO - INAPLICABILIDADE DOS INSTITUTOS DO IMPEDIMENTO E DA SUSPEIÇÃO - CONSEQÜENTE POSSIBILIDADE DE PARTICIPAÇÃO DE MINISTRO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (QUE ATUOU NO TSE) NO JULGAMENTO DE AÇÃO DIRETA AJUIZADA EM FACE DE ATO EMANADO DAQUELA ALTA CORTE ELEITORAL. (ADI 2321 MC, Relator(a):  Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado em 25/10/2000, DJ 10-06-2005 PP-00004 EMENT VOL-02195-1 PP-00046 RTJ VOL-00195-03 PP-00812)
DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
Posição que foi iniciada pelo Ministro Marco Aurélio de MElo
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – CARACTERÍSTICAS GERAIS
A decisão em controle concentrado por via de ação direta é irrecorrível e não cabe rescisória da decisão em controle concentrado (Art. 26 Lei 9.868/1999).
Art. 26 - A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória.
O órgão que irá processar o julgamento não está adstrito à causa de pedir apontada pelos legitimados, apenas ao pedido, tendo em vista que a causa de pedir nas ações diretas é aberta.
DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
Posição que foi iniciada pelo Ministro Marco Aurélio de MElo
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO– CARACTERÍSTICAS GERAIS
(...) AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E DEVER PROCESSUAL DE FUNDAMENTAR A IMPUGNAÇÃO. - O Supremo Tribunal Federal não está condicionado, no desempenho de sua atividade jurisdicional, pelas razões de ordem jurídica invocadas como suporte da pretensão de inconstitucionalidade deduzida pelo autor da ação direta. Tal circunstância, no entanto, não suprime à parte o dever processual de motivar o pedido e de identificar, na Constituição, em obséquio ao princípio da especificação das normas, os dispositivos alegadamente violados pelo ato normativo que pretende impugnar. Impõe-se ao autor, no processo de controle concentrado de constitucionalidade, sob pena de não-conhecimento da ação direta, indicar as normas de referência - que são aquelas inerentes ao ordenamento constitucional e que se revestem, por isso mesmo, de parametricidade - em ordem a viabilizar a aferição da conformidade vertical dos atos normativos infraconstitucionais. (ADI 561 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado em 23/08/1995, DJ 23-03-2001 PP-00084 EMENT VOL-02024-01 PP-00056)
DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
Posição que foi iniciada pelo Ministro Marco Aurélio de MElo
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – CARACTERÍSTICAS GERAIS
Por fim, as ações diretas possuem natureza dúplice, ou seja, em caso de ADI por ação procedente, declara-se a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo, caso improcedente, declara-se, por consequência lógica, a constitucionalidade do dispositivo atacado e vice-versa no caso de ADC.
Dada a natureza de controle abstrato, seus efeitos são erga omnes.
Caso a norma impugnada seja revogada a ação será extinta por perda superveniente do objeto.
Vige, ainda, para as ações diretas em controle concentrado, o princípio da fungibilidade, desde que haja compatibilidade entre os ritos, ou seja, presentes todos os pressupostos de admissibilidade para a ação a ser convertida seja de ADI para ADIO, seja para ADPF e vice-versa.
DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
Posição que foi iniciada pelo Ministro Marco Aurélio de MElo
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – CARACTERÍSTICAS GERAIS
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF). PERDA PARCIAL DE OBJETO. RECEBIMENTO, NA PARTE REMANESCENTE, COMO AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. UNIÃO HOMOAFETIVA E SEU RECONHECIMENTO COMO INSTITUTO JURÍDICO. CONVERGÊNCIA DE OBJETOS ENTRE AÇÕES DE NATUREZA ABSTRATA. JULGAMENTO CONJUNTO. Encampação dos fundamentos da ADPF nº 132-RJ pela ADI nº 4.277-DF, com a finalidade de conferir “interpretação conforme à Constituição” ao art. 1.723 do Código Civil. Atendimento das condições da ação. (ADI 4277, Relator(a):  Min. AYRES BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em 05/05/2011, DJe-198 DIVULG 13-10-2011 PUBLIC 14-10-2011 EMENT VOL-02607-03 PP-00341 RTJ VOL-00219-01 PP-00212)
DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
Posição que foi iniciada pelo Ministro Marco Aurélio de MElo
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – CARACTERÍSTICAS GERAIS
Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI n.°875/DF, ADI n.°1.987/DF, ADI n.°2.727/DF e ADI n. 3.243/DF). Fungibilidade entre as ações diretas de inconstitucionalidade por ação e por omissão. Fundo de Participação dos Estados - FPE (art. 161, inciso II, da Constituição). Lei Complementar n° 62/1989. Omissão inconstitucional de caráter parcial. Descumprimento do mandamento constitucional constante do art. 161, II, da Constituição, segundo o qual lei complementar deve estabelecer os critérios de rateio do Fundo de Participação dos Estados, com a finalidade de promover o equilíbrio socioeconômico entre os entes federativos. Ações julgadas procedentes para declarar a inconstitucionalidade, sem a pronúncia da nulidade, do art. 2º, incisos I e II, §§ 1º, 2º e 3º, e do Anexo Único, da Lei Complementar n.º 62/1989, assegurada a sua aplicação até 31 de dezembro de 2012.
(ADI 875, Relator(a):  Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 24/02/2010, DJe-076 DIVULG 29-04-2010 PUBLIC 30-04-2010 EMENT VOL-02399-02 PP-00219 RTJ VOL-00217-01 PP-00020 RSJADV jul., 2010, p. 28-47)
DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
Posição que foi iniciada pelo Ministro Marco Aurélio de MElo
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO–AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Com previsão segundo ao Art. 102, I, “a” da CRFB/88 e regulamentada pela lei 9.868/1999, cuida do controle concentrado mais utilizado no Brasil, dada a sua amplitude para controle em abstrato.
Objeto: Controle de lei ou ato normativo estadual ou federal em confronto com a CRFB/88.
Agentes Legitimados Ativos universais e especiais Art. 103 da CRFB/88.
DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
Posição que foi iniciada pelo Ministro Marco Aurélio de MElo
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO–AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:
 I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
Posição que foi iniciada pelo Ministro Marco Aurélio de MElo
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO–AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
São agentes legitimados ativos Universais pois independem de demonstração da pertinência temática para proporem a ação, ou seja, não precisam possuir um liame entre o assunto versado na norma impugnada e as suas funções institucionais:
O Presidente da República;
A Mesa do Senado Federal;
A Mesa da Câmara dos Deputados; 
O Procurador-Geral da República;
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e
Partido Político com representação no Congresso Nacional.
DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
Posição que foi iniciada pelo Ministro Marco Aurélio de MElo
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO–AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
São reconhecidos como legitimados especiais:
Governadores dos Estados e do Distrito Federal;
Mesa das Assembleias Legislativas e da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
Entidades de classe de âmbito nacional e as confederações sindicais.
Com relação às confederações, devem estas serem constituídas na forma do Art. 535 da CLT:
Art. 535 - As Confederações organizar-se-ão com o mínimo de 3 (três) federações e terão sede na Capital da República.
§ 1º - As confederações formadas por federações de sindicatos de empregadores denominar-se-ão: Confederação Nacional da Indústria, Confederação Nacional do Comércio, Confederação Nacional de Transportes Marítimos, Fluviais e Aéreos, Confederação Nacional de Transportes Terrestres, Confederação Nacional de Comunicações e Publicidade, Confederação Nacional das Empresas de Crédito e Confederação Nacional de Educação e Cultura.
DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
Posição que foi iniciada pelo Ministro Marco Aurélio de MElo
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CONCEITOS
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE ATIVA DE CENTRAL SINDICAL (CUT) - IMPUGNAÇÃO A MEDIDA PROVISÓRIA QUE FIXA O NOVO VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO - ALEGAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE EM FACE DA INSUFICIÊNCIA DESSE VALOR SALARIAL - REALIZAÇÃO INCOMPLETA DA DETERMINAÇÃO CONSTANTE DO ART. 7º, IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - HIPÓTESE DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO PARCIAL - IMPOSSIBILIDADE DE CONVERSÃO DA ADIN EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO - AÇÃO DIRETA DE QUE NÃO SE CONHECE, NO PONTO - MEDIDA PROVISÓRIA QUE SE CONVERTEU EM LEI - LEI DE CONVERSÃO POSTERIORMENTE REVOGADA POR OUTRO DIPLOMA LEGISLATIVO - PREJUDICIALIDADE DA AÇÃO DIRETA. FALTA DE LEGITIMIDADE ATIVA DAS CENTRAIS SINDICAIS PARA O AJUIZAMENTODE AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. - No plano da organização sindical brasileira, somente as confederações sindicais dispõem de legitimidade ativa "ad causam" para o ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade (CF, art. 103, IX), falecendo às centrais sindicais, em conseqüência, o poder para fazer instaurar, perante o Supremo Tribunal Federal, o concernente processo de fiscalização normativa abstrata.
(ADI 1442, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado em 03/11/2004, DJ 29-04-2005 PP-00007 EMENT VOL-02189-1 PP-00113 RTJ VOL-00195-03 PP-00752)
DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
Posição que foi iniciada pelo Ministro Marco Aurélio de MElo
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO–AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Com relação aos partidos políticos, somente os diretórios nacionais e seus presidentes são legitimados e desde que possuam representação parlamentar no Congresso Nacional, não é possível por diretório regional.
A perda superveniente não acarreta em perda da legitimidade, vez que essa é aferida no momento da propositura da ação.
Agravo Regimental em Ação Direta de Inconstitucionalidade. 2. Partido político. 3. Legitimidade ativa. Aferição no momento da sua propositura. 4. Perda superveniente de representação parlamentar. Não desqualificação para permanecer no pólo ativo da relação processual. 5. Objetividade e indisponibilidade da ação. 6. Agravo provido
(ADI 2618 AgR-AgR, Relator(a):  Min. CARLOS VELLOSO, Relator(a) p/ Acórdão:  Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 12/08/2004, DJ 31-03-2006 PP-00007 EMENT VOL-02227-01 PP-00139)
DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
Posição que foi iniciada pelo Ministro Marco Aurélio de MElo
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO–AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Com relação às entidades de classe de âmbito Nacional há necessidade de que a mesma possua associados ou membros em ao menos 9 estados, ligados pela mesma atividade econômica ou profissional.
Não podem órgãos de fiscalização de classe, como os conselhos federais por se tratarem de autarquias especiais.
Sendo, hoje permitida associações que congreguem outras associações menores, reunindo tanto pessoas naturais quanto jurídicas. 
DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
Posição que foi iniciada pelo Ministro Marco Aurélio de MElo
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO–AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Ação direta de inconstitucionalidade: legitimação ativa: "entidade de classe de âmbito nacional" : compreensão da "associação de associações" de classe: revisão da jurisprudência do Supremo Tribunal. 1. O conceito de entidade de classe é dado pelo objetivo institucional classista, pouco importando que a eles diretamente se filiem os membros da respectiva categoria social ou agremiações que os congreguem, com a mesma finalidade, em âmbito territorial mais restrito. 2. É entidade de classe de âmbito nacional - como tal legitimada à propositura da ação direta de inconstitucionalidade (CF, art 103, IX) - aquela na qual se congregam associações regionais correspondentes a cada unidade da Federação, a fim de perseguirem, em todo o País, o mesmo objetivo institucional de defesa dos interesses de uma determinada classe. 3. Nesse sentido, altera o Supremo Tribunal sua jurisprudência, de modo a admitir a legitimação das "associações de associações de classe", de âmbito nacional, para a ação direta de inconstitucionalidade. (ADI 3153 AgR, Relator(a):  Min. CELSO DE MELLO, Relator(a) p/ Acórdão:  Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Tribunal Pleno, julgado em 12/08/2004, DJ 09-09-2005 PP-00034 EMENT VOL-02204-01 PP-00089 RDDP n. 32, 2005, p. 180-181 LEXSTF v. 27, n. 322, 2005, p. 45-69 RTJ VOL-00194-03 PP-00859)
DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
Posição que foi iniciada pelo Ministro Marco Aurélio de MElo
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO–AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Possibilidade de admissão de Amicus Curiae;
Papel do Advogado Geral da União é de curador da presunção de constitucionalidade, ou seja, deve defender a constitucionalidade do ato normativo impugnado. 
Papel do Procurador Geral da República, quando não atua como legitimado ativo é de custus legis.
O STF, entendendo ser relevante o fundamento para a modulação de efeitos para a garantia da segurança jurídica e excepcional interesse social, pode modular os efeitos da decisão, que via de regra será ex tunc.
Não necessita de que o senado expeça resolução para dar efeito erga omnes, mutação constitucional do art. 52, X da CRFB/88 expandindo, inclusive para controle difuso!!!
DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
Posição que foi iniciada pelo Ministro Marco Aurélio de MElo
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO–AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Por derradeiro o STF determinou que possuem capacidade postulatória derivada diretamente da norma constitucional os legitimados descritos nos incisos de I a VII do art. 103 da CRFB/88, sendo desnecessária a postulação por advogado, todavia, em se tratando de partido político com representação no Congresso Nacional e de confederação sindical ou entidade de classe no âmbito nacional haverá necessidade de postulação por advogado constituído nos autos.
Neste sentir se posiciona Marinoni:
Porém, tratando-se de ação direta, entende-se que os legitimados delineados entre os incs. I e VII do art. 103 da CR/88 – com exceção, assim, de partido político com representação no Congresso Nacional e de confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional – igualmente incorporam capacidade postulatória, podendo postular e atuar no processo objetivo sem a dependência de advogado para tanto.
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CONCEITOS
EMENTA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI Nº 3.579/2001 DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. SUBSTITUIÇÃO PROGRESSIVA DA PRODUÇÃO E DA COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS CONTENDO ASBESTO/AMIANTO. LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. PERTINÊNCIA TEMÁTICA. ART. 103, IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. ALEGAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL POR USURPAÇÃO DA COMPETÊNCIA DA UNIÃO. INOCORRÊNCIA. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE. ART. 24, V, VI E XII, E §§ 1º A 4º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. CONVENÇÕES NºS 139 E 162 DA OIT. CONVENÇÃO DE BASILEIA SOBRE O CONTROLE DE MOVIMENTOS TRANSFRONTEIRIÇOS DE RESÍDUOS PERIGOSOS E SEU DEPÓSITO. REGIMES PROTETIVOS DE DIREITOS FUNDAMENTAIS. INOBSERVÂNCIA. ART. 2º DA LEI Nº 9.055/1995. PROTEÇÃO INSUFICIENTE. ARTS. 6º, 7º, XXII, 196 E 225 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL DA LEI FLUMINENSE Nº 3.579/2001. IMPROCEDÊNCIA. DECLARAÇÃO INCIDENTAL DE INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 2º DA LEI Nº 9.055/1995. EFEITO VINCULANTE E ERGA OMNES. (ADI 3470, Relator(a):  Min. ROSA WEBER, Tribunal Pleno, julgado em 29/11/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-019 DIVULG 31-01-2019 PUBLIC 01-02-2019)
DO CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO–AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Transcendência dos Motivos Determinantes da Decisão
O STF já teve entendimento no sentido de que os motivos, a ratio decidendi, que fundamentam as decisões que reconhecem a inconstitucionalidade em abstrato deveriam ser estendidas para casos similares sendo cabível a reclamação constitucional para ver cumprida a decisão da Suprema Côrte, neste sentido tal questão foi posta à prova através da Rcl. 1.987 de relatoria do ministro Maurício Corrêa tendo sido reconhecida a tese da transcendência dos motivos determinantes, contudo a decisão foi por maioria mas com substanciosos votos no sentido de não conhecimento da reclamação. 
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CONCEITOS
RECLAMAÇÃO. CABIMENTO. AFRONTA À DECISÃO PROFERIDA NA ADI 1662-SP. SEQÜESTRO DE VERBAS PÚBLICAS. PRECATÓRIO. VENCIMENTO DO PRAZO PARA PAGAMENTO. EMENDA CONSTITUCIONAL30/00. PARÁGRAFO 2º DO ARTIGO 100 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. Preliminar. Cabimento. Admissibilidade da reclamação contra qualquer ato, administrativo ou judicial, que desafie a exegese constitucional consagrada pelo Supremo Tribunal Federal em sede de controle concentrado de constitucionalidade, ainda que a ofensa se dê de forma oblíqua. (...) 4. Ausente a existência de preterição, que autorize o seqüestro, revela-se evidente a violação ao conteúdo essencial do acórdão proferido na mencionada ação direta, que possui eficácia erga omnes e efeito vinculante. A decisão do Tribunal, em substância, teve sua autoridade desrespeitada de forma a legitimar o uso do instituto da reclamação. Hipótese a justificar a transcendência sobre a parte dispositiva dos motivos que embasaram a decisão e dos princípios por ela consagrados, uma vez que os fundamentos resultantes da interpretação da Constituição devem ser observados por todos os tribunais e autoridades, contexto que contribui para a preservação e desenvolvimento da ordem constitucional. 5. Mérito. Vencimento do prazo para pagamento de precatório. Circunstância insuficiente para legitimar a determinação de seqüestro. Contrariedade à autoridade da decisão proferida na ADI 1662. Reclamação admitida e julgada procedente. (Rcl 1987, Relator(a):  Min. MAURÍCIO CORRÊA, Tribunal Pleno, julgado em 01/10/2003, DJ 21-05-2004 PP-00033 EMENT VOL-02152-01 PP-00052)
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO–AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Transcendência dos Motivos Determinantes da Decisão
Posteriormente o STF mudou seu entendimento e passou a não mais admitir tal teoria, consoante se observa das decisões mais recentes, sendo de vital análise o inteiro teor da reclamação 3.014 de relatoria do Min. Ayres de Brito, onde por maioria apertada o tribunal mudou o seu entendimento sobre a transcendência dos motivos determinantes a ser utilizada em reclamações.
Em julgados mais recentes passou-se a exigir “aderência estrita do objeto do ato reclamado ao conteúdo da decisão do STF dotada de efeito vinculante e eficácia erga omnes para que seja admitida a reclamatória constitucional”, pelo que hoje não se aplica essa teoria que se encontra renovada pelo conteúdo do Art. 926 do CPC e merecerá ser revisitada pela Suprema Corte em breve.
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CONCEITOS
RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL. ALEGADO DESRESPEITO AO ACÓRDÃO DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 2.868. INEXISTÊNCIA. LEI 4.233/02, DO MUNICÍPIO DE INDAIATUBA/SP, QUE FIXOU, COMO DE PEQUENO VALOR, AS CONDENAÇÕES À FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL ATÉ R$ 3.000,00 (TRÊS MIL REAIS). FALTA DE IDENTIDADE ENTRE A DECISÃO RECLAMADA E O ACÓRDÃO PARADIGMÁTICO. 1. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADI 2.868, examinou a validade constitucional da Lei piauiense 5.250/02. Diploma legislativo que fixa, no âmbito da Fazenda estadual, o quantum da obrigação de pequeno valor. Por se tratar, no caso, de lei do Município de Indaiatuba/SP, o acolhimento do pedido da reclamação demandaria a atribuição de efeitos irradiantes aos motivos determinantes da decisão tomada no controle abstrato de normas. Tese rejeitada pela maioria do Tribunal. 2. Inexistência de identidade entre a decisão reclamada e o acórdão paradigmático. Enquanto aquela reconheceu a inconstitucionalidade da Lei municipal 4.233/02 "por ausência de vinculação da quantia considerada como de pequeno valor a um determinado número de salários mínimos, como fizera a norma constitucional provisória (art. 87 do ADCT)", este se limitou "a proclamar a possibilidade de que o valor estabelecido na norma estadual fosse inferior ao parâmetro constitucional". 3. Reclamação julgada improcedente. (Rcl 3014, Relator(a):  Min. AYRES BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em 10/03/2010, DJe-091 DIVULG 20-05-2010 PUBLIC 21-05-2010 EMENT VOL-02402-02 PP-00372)
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO–AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Agravo regimental na reclamação. Ausência de identidade de temas entre o ato reclamado e as ações paradigmas. Não aplicação da teoria da transcendência dos motivos determinantes à reclamação. Agravo regimental não provido. 1. Há necessidade de aderência estrita do objeto do ato reclamado ao conteúdo da decisão do STF dotada de efeito vinculante e eficácia erga omnes para que seja admitida a reclamatória constitucional. 2. Inadmissível o uso da reclamação constitucional como sucedâneo de recurso ou de ações judiciais em geral. 3. Agravo regimental não provido. (Rcl 25880 AgR, Relator(a):  Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, julgado em 04/04/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-082 DIVULG 26-04-2018 PUBLIC 27-04-2018)
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
Trata-se de ação de controle concentrado de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal introduzida pela EC/03 de 1993, não encontrando similares próximos no direito comparado, tendo sido amplamente questionada a sua constitucionalidade pela doutrina, inclusive, segundo Barroso, “no tocante a sua não-conformação às limitações materiais ao poder de emenda à constituição. Arguiu-se violação `_a separação de Poderes, ao acesso ao Judiciário, ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa, sendo todas essas questões enfrentadas e rejeitadas na ADC 1, embora já tivesse sido rejeitada ADI MC 913 por falta de legitimidade da AMB.
Tem por objeto afastar a incerteza jurídica e estabelecer uma orientação homogênea na matéria questionada.
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AÇÃO DECLARATORIA DE CONSTITUCIONALIDADE. INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE DA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 03/93, NO TOCANTE A INSTITUIÇÃO DESSA AÇÃO. QUESTÃO DE ORDEM. TRAMITAÇÃO DA AÇÃO DECLARATORIA DE CONSTITUCIONALIDADE. INCIDENTE QUE SE JULGA NO SENTIDO DA CONSTITUCIONALIDADE DA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 3, DE 1993, NO TOCANTE A AÇÃO DECLARATORIA DE CONSTITUCIONALIDADE.
(ADC 1 QO, Relator(a):  Min. MOREIRA ALVES, Tribunal Pleno, julgado em 27/10/1993, DJ 16-06-1995 PP-18212 EMENT VOL-01791-01 PP-00001)
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
Descabe controle, diretamente junto ao STF, de lei ou ato normativo estadual, distrital e/ou municipal, todavia a doutrina entende ser cabível a propositura, caso haja previsão na constituição estadual, junto aos respectivos tribunais de justiça, porém, dado o pacto federativo brasileiro, acaba não produzindo maiores efeitos.
São os mesmos legitimados ativos para a ADI.
Inexiste legitimado passivo, todavia os legitimados são intimados a prestarem informações. O PGR se manifesta na qualidade de custus legis.
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AGRAVO REGIMENTAL NA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE. AÇÃO PROPOSTA PELO CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS – COFECI. ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM DO PROPONENTE, POR NÃO SE CARACTERIZAR COMO ENTIDADE DE CLASSE, MAS COMO CONSELHO PROFISSIONAL. AÇÃO QUE NÃO MERECE SER CONHECIDA. PRECEDENTES. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência deste Tribunal se consolidou no sentido de que o rol de legitimados ativos à propositura das ações de controle concentrado de constitucionalidade é taxativo (art. 103 da C/88), não alcançando os conselhos profissionais. 2. In casu, a ação foi proposta pelo Conselho Federal de Corretores de Imóveis – COFECI, que, como os outros conselhos profissionais, não se caracteriza como entidade declasse de âmbito nacional (art. 103, IX, da CF/88), pelo que resta caracterizada sua ilegitimidade ad causam, o que implica o não conhecimento da presente ação declaratória de constitucionalidade. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.
(ADC 34 AgR, Relator(a):  Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 05/03/2015, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-056 DIVULG 20-03-2015 PUBLIC 23-03-2015)
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
O pressuposto é a existência de controvérsia judicial relevante sobre a constitucionalidade de determinada norma infraconstitucional.
Não se trata de mera função consultiva ou homologadora de encargo do Supremo!!!
Deve haver fundada ameaça à segurança jurídica e à isonomia, decorrente de decisões contraditórias, para que reste configurado o interesse processual.
O pressuposto, embora possa parecer, não está na divergência entre tribunais tão somente, mas na divergência entre o Judiciário e o Legislativo, uma vez que em diversos tribunais há dissenso sobre a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de determinado dispositivo, ou seja, sobre a previsibilidade na interpretação de tal dispositivo evidenciando a incoerência da ordem jurídica na dimensão das decisões judiciais.
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AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE - PROCESSO OBJETIVO DE CONTROLE NORMATIVO ABSTRATO - A NECESSÁRIA EXISTÊNCIA DE CONTROVÉRSIA JUDICIAL COMO PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE - AÇÃO CONHECIDA. - O ajuizamento da ação declaratória de constitucionalidade, que faz instaurar processo objetivo de controle normativo abstrato, supõe a existência de efetiva controvérsia judicial em torno da legitimidade constitucional de determinada lei ou ato normativo federal. Sem a observância desse pressuposto de admissibilidade, torna-se inviável a instauração do processo de fiscalização normativa "in abstracto", pois a inexistência de pronunciamentos judiciais antagônicos culminaria por converter, a ação declaratória de constitucionalidade, em um inadmissível instrumento de consulta sobre a validade constitucional de determinada lei ou ato normativo federal, descaracterizando, por completo, a própria natureza jurisdicional que qualifica a atividade desenvolvida pelo Supremo Tribunal Federal. - O Supremo Tribunal Federal firmou orientação que exige a comprovação liminar, pelo autor da ação declaratória de constitucionalidade, da ocorrência, "em proporções relevantes", de dissídio judicial, cuja existência - precisamente em função do antagonismo interpretativo que dele resulta - faça instaurar, ante a elevada incidência de decisões que consagram teses conflitantes, verdadeiro estado de insegurança jurídica, capaz de gerar um cenário de perplexidade social e de provocar grave incerteza quanto à validade constitucional de determinada lei ou ato normativo federal. (...) (ADC 8 MC, Relator(a):  Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado em 13/10/1999, DJ 04-04-2003 PP-00038 EMENT VOL-02105-01 PP-00001)
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Agravo regimental em ação declaratória de constitucionalidade. Artigo 2º da Lei Federal nº 13.064, de 30 de dezembro de 2014. Ausência de controvérsia judicial relevante. Agravo a que se nega provimento. 1. O seguimento da ação declaratória pressupõe a existência de dissídio judicial em proporções relevantes acerca da constitucionalidade da norma que gere um estado de incerteza apto a abalar a presunção de constitucionalidade imanente aos atos legislativos. Precedentes: ADC 41, Rel. Min. Roberto Barroso, Tribunal Pleno, DJe de 17/8/17; ADC 23-AgR, Rel. Min.Edson Fachin, Tribunal Pleno, DJe de 1/2/16; ADC 19, Rel. Min. Marco Aurélio, Tribunal Pleno, DJe de 29/4/14; ADC 8 MC, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJe de 4/4/03. 2. A existência de uma única ação judicial (Ação Civil pública nº 2015.1.1.089140-8), ainda que tenha como escopo a declaração de inconstitucionalidade da norma questionada, não tem aptidão para constituir controvérsia judicial em proporção relevante. Tampouco detém tal potencialidade a mera concessão, pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, de efeito suspensivo à apelação interposta pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios com o fito de reverter a sentença em que se julgou improcedente a ação civil pública. Embora a referida decisão tenha como efeito prático a suspensão da Lei Federal nº 13.064/2014, não foi ela proferida no contexto de um dissídio judicial de proporções relevantes acerca da constitucionalidade da norma, necessário para a caracterização do requisito previsto no art. 14, inciso III, da Lei nº 9.868/1999. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.
(ADC 40 AgR, Relator(a):  Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 06/06/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-123 DIVULG 20-06-2018 PUBLIC 21-06-2018)
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
Assim como na ADI, é cabível a concessão de Medida Cautelar, que no caso da ADC suspenderá todos os demais julgamentos que estiverem tratando da norma questionada até o julgamento definitivo da ação, mesmo que a CRFB/88 não preveja textualmente como foi feito com as ADI’s.
Antes mesmo de ter sido regulada pela Lei 9.868/99 o STF já entendia pela sua aplicabilidade baseada no poder geral de cautela inerente à jurisdição.
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AÇÃO DIRETA DE CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 1º DA LEI N 9.494, DE 10.09.1997, QUE DISCIPLINA A APLICAÇÃO DA TUTELA ANTECIPADA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. MEDIDA CAUTELAR: CABIMENTO E ESPÉCIE, NA A.D.C. REQUISITOS PARA SUA CONCESSÃO. 1. Dispõe o art. 1º da Lei nº 9.494, da 10.09.1997: "Art. 1º . Aplica-se à tutela antecipada prevista nos arts. 273 e 461 do Código de Processo Civil, o disposto nos arts 5º e seu parágrafo único e art. 7º da Lei nº 4.348, de 26 de junho de 1964, no art. 1º e seu § 4º da Lei nº 5.021, de 09 de junho de 1966, e nos arts. 1º , 3º e 4º da Lei nº 8.437, de 30 de junho de 1992." 2. Algumas instâncias ordinárias da Justiça Federal têm deferido tutela antecipada contra a Fazenda Pública, argumentando com a inconstitucionalidade de tal norma. Outras instâncias igualmente ordinárias e até uma Superior - o S.T.J. - a têm indeferido, reputando constitucional o dispositivo em questão. 3. Diante desse quadro, é admissível Ação Direta de Constitucionalidade, de que trata a 2ª parte do inciso I do art. 102 da C.F., para que o Supremo Tribunal Federal dirima a controvérsia sobre a questão prejudicial constitucional. Precedente: A.D.C. n 1. Art. 265, IV, do Código de Processo Civil. 4. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas Ações Declaratórias de Constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, produzem eficácia contra todos e até efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e ao Poder Executivo, nos termos do art. 102, § 2º , da C.F. (...)
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5. Em Ação dessa natureza, pode a Corte conceder medida cautelar que assegure, temporariamente, tal força e eficácia à futura decisão de mérito. E assim é, mesmo sem expressa previsão constitucional de medida cautelar na A.D.C., pois o poder de acautelar é imanente ao de julgar. Precedente do S.T.F.: RTJ-76/342. 6. Há plausibilidade jurídica na argüição de constitucionalidade, constante da inicial ("fumus boni iuris"). Precedente: ADIMC - 1.576-1. 7. Está igualmente atendido o requisito do "periculum in mora", em face da alta conveniência da Administração Pública, pressionada por liminares que, apesar do disposto na norma impugnada, determinam a incorporação imediatade acréscimos de vencimentos, na folha de pagamento de grande número de servidores e até o pagamento imediato de diferenças atrasadas. E tudo sem o precatório exigido pelo art. 100 da Constituição Federal, e, ainda, sob as ameaças noticiadas na inicial e demonstradas com os documentos que a instruíram. 8. Medida cautelar deferida, em parte, por maioria de votos, para se suspender, "ex nunc", e com efeito vinculante, até o julgamento final da ação, a concessão de tutela antecipada contra a Fazenda Pública, que tenha por pressuposto a constitucionalidade ou inconstitucionalidade do art. 1º da Lei nº 9.494, de 10.09.97, sustando-se, igualmente "ex nunc", os efeitos futuros das decisões já proferidas, nesse sentido.
(ADC 4 MC, Relator(a):  Min. SYDNEY SANCHES, Tribunal Pleno, julgado em 11/02/1998, DJ 21-05-1999 PP-00002 EMENT VOL-01951-01 PP-00001)
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
Caso a maioria absoluta do plenário do STF se manifeste pela constitucionalidade, julgando procedente, restará reiterada a presunção de constitucionalidade inerente a todos os atos normativos e leis federais, do contrário restará declarada a sua inconstitucionalidade e produzirá efeitos erga omnes em ambos os casos e vinculantes em relação ao judiciário e à administração pública, direta e indireta da união, estados e municípios, cabendo reclamação ao STF para ver resguardada a força das decisões proferidas pela suprema corte.
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO (ADO)
Como já estudado, vige na atualidade a consciência de que o texto constitucional é dotado de força normativa, consoante Hesse e Canotilho, e não meramente programática como assinalava Lassale.
Assim - principalmente em constituições dirigentes ou que possuam baixa densidade normativa em seus dispositivos carecendo de complementação regulamentar legislativa - por vezes os agentes responsáveis por tal atribuição não cumprem o comando dirigente contido no corpo constitucional para densificarem tais direitos e suas restrições, fazendo com que diversos direitos e garantias fundamentais assumam ares de verdadeiras letras mortas.
 
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO (ADO)
Com a finalidade de suprir tal carência, que a justifica por si só, surge a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO), que ao contrário da declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, visa declarar inconstitucional a ausência de lei ou ato normativo advinda da mora do agente legitimado a implementá-la.
 
Consoante previsão contida no art. 103, § 2º da CRFB/88: 
Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.
Ou seja, a ADO objetiva, segundo Marinoni, que se declare a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional.
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Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão. 2. Federalismo fiscal e partilha de recursos. 3. Desoneração das exportações e a Emenda Constitucional 42/2003. Medidas compensatórias. 4. Omissão inconstitucional. Violação do art. 91 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). Edição de lei complementar. 5. Ação julgada procedente para declarar a mora do Congresso Nacional quanto à edição da Lei Complementar prevista no art. 91 do ADCT, fixando o prazo de 12 meses para que seja sanada a omissão. Após esse prazo, caberá ao Tribunal de Contas da União, enquanto não for editada a lei complementar: a) fixar o valor do montante total a ser transferido anualmente aos Estados-membros e ao Distrito Federal, considerando os critérios dispostos no art. 91 do ADCT; b) calcular o valor das quotas a que cada um deles fará jus, considerando os entendimentos entre os Estados-membros e o Distrito Federal realizados no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ.
(ADO 25, Relator(a):  Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 30/11/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-182 DIVULG 17-08-2017 PUBLIC 18-08-2017)
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO (ADO)
Possuem os mesmos Legitimados para a propositura da ADI, nos termos do art. 12-A da Lei 9.868/99:
Art. 12-A.  Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade por omissão os legitimados à propositura da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade. 
 
Mantidas as mesmas exigências com relação aos legitimados universais e especiais no tocante à pertinência temática, assim como à capacidade postulatória.
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AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. SUPOSTA OMISSÃO LEGISLATIVA NA IMPLEMENTAÇÃO DE IMPOSTO DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO. GOVERNADOR DO ESTADO DO MARANHÃO. ILEGITIMIDADE ATIVA. AUSÊNCIA DE PERTINÊNCIA TEMÁTICA. PRECEDENTES. DESPROVIMENTO DO AGRAVO REGIMENTAL. 1. Alegação de omissão legislativa na implementação de imposto de competência da União – Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF). Ausência de previsão constitucional de repartição de receitas desse tributo com os demais entes federados. 2. A jurisprudência desta CORTE é pacífica no sentido de que a legitimidade para a propositura das ações de controle concentrado de constitucionalidade, em face de ato normativo oriundo de ente federativo diverso, por governadores de Estado, exige a demonstração de pertinência temática, ou seja, a repercussão do ato, considerados os interesses do Estado. Precedentes. Ausência de pertinência temática. 3. Ilegitimidade ativa do Governador do Estado do Maranhão para propor Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão com o objetivo de instituir imposto de competência da União. 4. Agravo Regimental a que se nega provimento.
 
(ADO 31 AgR, Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES, Tribunal Pleno, julgado em 09/04/2018, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-072 DIVULG 13-04-2018 PUBLIC 16-04-2018)
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO (ADO)
O legitimado passivo será aquele agente ou órgão responsável pela edição do ato faltante e, em se tratando de “iniciativa reservada, o legitimado passivo será o responsável pelo ato faltante pelo desencadeamento do processo legislativo”, na esteira da balizada doutrina de Marinoni.
Assim, na inicial deve se indicar os requisitos constantes do art. 12-B e incisos da Lei 9.868/99:
I - a omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao cumprimento de dever constitucional de legislar ou quanto à adoção de providência de índole administrativa;  
II - o pedido, com suas especificações;
	
	Em se tratando de omissão total de lei ou ato normativo o AGU não atuará como curador, mas apenas opinará no processo.
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO (ADO)
Assim, pode ser objeto a omissão por parte do administrado a omissão de natureza normativa ou fático-normativa.
A ausência de atos normativos secundários, como regulamentos, que impeçam o trâmite para que determinado direito se aperfeiçoe pode serdeclarado como inconstitucional, todavia o controle deve se dar sempre de modo objetivo e não para sanar omissão para o exercício de direito subjetivo em caso concreto, pois nesse caso o instrumento a ser manejado deve ser o Mandado de Injunção.
No mesmo sentido, caso haja proteção insuficiente ou proteção apenas parcial de determinado direito tutelado é cabível a propositura da ADO na posição doutrinária majoritária.
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AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSAO (ART. 103, PARAGRAFO 2. DA C.F.). A AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSAO, DE QUE TRATA O PARAGRAFO 2. DO ART. 103 DA NOVA C.F., NÃO E DE SER PROPOSTA PARA QUE SEJA PRATICADO DETERMINADO ATO ADMINISTRATIVO EM CASO CONCRETO, MAS SIM VISA A QUE SEJA EXPEDIDO ATO NORMATIVO QUE SE TORNE NECESSARIO PARA O CUMPRIMENTO DE PRECEITO CONSTITUCIONAL QUE, SEM ELE, NÃO PODERIA SER APLICADO.
(ADI 19, Relator(a):  Min. ALDIR PASSARINHO, Tribunal Pleno, julgado em 23/02/1989, DJ 14-04-1989 PP-05456 EMENT VOL-01537-01 PP-00001)
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO (ADO)
Interessante notar que o STF já se posicionou no sentido de que não haverá inconstitucionalidade por omissão quando o agente ou órgão competente houver encaminhado o projeto de lei ao congresso, exemplo, lei delegada ou de iniciativa do presidente da república sendo posteriormente superada para que fosse declarada a inconstitucionalidade por omissão advinda da não apreciação em tempo razoável pelo poder legislativo.
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EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO. INATIVIDADE DO LEGISLADOR QUANTO AO DEVER DE ELABORAR A LEI COMPLEMENTAR A QUE SE REFERE O § 4O DO ART. 18 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NA REDAÇÃO DADA PELA EMENDA CONSTITUCIONAL NO 15/1996. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. 1. A Emenda Constitucional n° 15, que alterou a redação do § 4º do art. 18 da Constituição, foi publicada no dia 13 de setembro de 1996. Passados mais de 10 (dez) anos, não foi editada a lei complementar federal definidora do período dentro do qual poderão tramitar os procedimentos tendentes à criação, incorporação, desmembramento e fusão de municípios. Existência de notório lapso temporal a demonstrar a inatividade do legislador em relação ao cumprimento de inequívoco dever constitucional de legislar, decorrente do comando do art. 18, § 4o, da Constituição. 2. Apesar de existirem no Congresso Nacional diversos projetos de lei apresentados visando à regulamentação do art. 18, § 4º, da Constituição, é possível constatar a omissão inconstitucional quanto à efetiva deliberação e aprovação da lei complementar em referência. As peculiaridades da atividade parlamentar que afetam, inexoravelmente, o processo legislativo, não justificam uma conduta manifestamente negligente ou desidiosa das Casas Legislativas, conduta esta que pode pôr em risco a própria ordem constitucional. A inertia deliberandi das Casas Legislativas pode ser objeto da ação direta de inconstitucionalidade por omissão. 3. A omissão legislativa em relação à regulamentação do art. 18, § 4º, da Constituição, acabou dando ensejo à conformação e à consolidação de estados de inconstitucionalidade que não podem ser ignorados pelo legislador na elaboração da lei complementar federal. (...)
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4. Ação julgada procedente para declarar o estado de mora em que se encontra o Congresso Nacional, a fim de que, em prazo razoável de 18 (dezoito) meses, adote ele todas as providências legislativas necessárias ao cumprimento do dever constitucional imposto pelo art. 18, § 4º, da Constituição, devendo ser contempladas as situações imperfeitas decorrentes do estado de inconstitucionalidade gerado pela omissão. Não se trata de impor um prazo para a atuação legislativa do Congresso Nacional, mas apenas da fixação de um parâmetro temporal razoável, tendo em vista o prazo de 24 meses determinado pelo Tribunal nas ADI n°s 2.240, 3.316, 3.489 e 3.689 para que as leis estaduais que criam municípios ou alteram seus limites territoriais continuem vigendo, até que a lei complementar federal seja promulgada contemplando as realidades desses municípios.
(ADI 3682, Relator(a):  Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 09/05/2007, DJe-096 DIVULG 05-09-2007 PUBLIC 06-09-2007 DJ 06-09-2007 PP-00037 EMENT VOL-02288-02 PP-00277 RTJ VOL-00202-02 PP-00583)
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO (ADO)
Nos termos do art. 22 da Lei 9.868/99 somente coma presença de no mínimo 8 ministros e com voto da maioria absoluta, qual seja, ao menos 6 ministros, é que se pode falar em declaração da inconstitucionalidade.
Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros.
Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos seis Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade.
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO (ADO)
Muito se questiona sobre a eficácia quanto a declaração de omissão do poder legislativo, vez que em respeito à independência entre os poderes não há qualquer penalidade advinda da não implementação da legislação necessária.
Todavia, quando se tratar de ato normativo do poder executivo haverá verdadeiro mandamus para a sua implementação em 30 dias.
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF)
Com sua previsão contida no art. 102,§1º da CRFB/88 foi regulamentada em 1999 através da lei 9.882/99. O STF tinha entendimento firmado no sentido de sua inaplicabilidade como controle concentrado até edição da lei específica:
(...)5. Natureza da argüição de descumprimento de preceito fundamental da Constituição, prevista em seu art. 102, § 1º. 6. Enquanto não se editar lei estabelecendo a forma pela qual será apreciada a "argüição de descumprimento de preceito fundamental decorrente da Constituição", o Supremo Tribunal Federal não poderá processá-la e julgá-la. Regra não auto-aplicável. Precedentes do Plenário do STF (Agravo Regimental na Petição nº 1140; Agravo Regimental no Mandado de Segurança nº 22.427-4). 7. Inviabilidade de processar a argüição de descumprimento de preceito fundamental (Constituição, art. 102, § 1º) como Ação Cível Originária, com base nos dispositivos do Regimento Interno do STF. (...) (Pet 1365 QO, Relator(a):  Min. NÉRI DA SILVEIRA, Tribunal Pleno, julgado em 03/12/1997, DJ 23-03-2001 PP-00086 EMENT VOL-02024-01 PP-00180)
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF)
Agentes Legitimados são os mesmos da ADI, ADC e ADO, Art. 103, I-IX da CRFB/88, mantidas as mesmas classificações em universais (Incisos I, II, III, VI, VII e VIII) e especiais (Incisos IV, V e IX) independente de representação por advogado nos casos dos incisos de I a VII (jus postulandi).
Há controvérsia no que se refere às modalidades de ADPF, vez que a doutrina identifica duas modalidades:
Direta e Autônoma
Indireta ou Incidental/Prejudicial
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF)
Direta e Autônoma: Para essa modalidade é pacífico que somente os agentes legitimados dos incisos do 103 da CRFB/88 podem propor a ação.
Indireta ou Incidental/Prejudicial: Para essa modalidade a doutrina discute se haverá a necessidade de que a ação principal tenha sido proposta por um dos legitimados e, portanto, a exceção também o seria, nesse sentido é o posicionamento majoritário da Doutrina e da Jurisprudência do STF.
Em sentido oposto André Ramos Tavares sustenta a possibilidade de que qualquer pessoa poderia propor o incidente, vez que a estrutura normativa foi assim pensada, sendo vetado o Inciso II do Parágrafo Único do Art. 1º da Lei 9.882/99.
Resta, ainda, a possibilidade de qualquer pessoa interessada solicitar a propositura de ADPF ao Procurador-Geral da República, na forma do §1º do art. 2º.
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(...). 1. A Constituição Federal de 5.10.1988, no parágrafo único do art. 102, estabeleceu: a argüição de descumprimento de preceito fundamental decorrente desta Constituição será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. Esse texto foi reproduzido como § 1o do mesmo artigo, por força da Emenda Constitucional nº 3, de 17.03.1993. 2. A Lei nº 9.882, de 03.12.1999, cumprindo a norma constitucional, dispôs sobre o processo e julgamento da argüição de descumprimento de preceito fundamental. No art. 1o estatuiu: "Art. 1o - A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público." Trata-se, nesse caso, de Argüição autônoma, com caráter de verdadeira Ação, na qual se pode impugnar ato de qualquer dos Poderes Públicos, no âmbito federal, estadual ou municipal, desde que para evitar ou reparar lesão a preceito fundamental da Constituição. 3. Outra hipótese é regulada no parágrafo único do mesmo art. 1o da Lei nº 9.882/99, "in verbis": "Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental: I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição." 4. Cuida-se aí, não de uma Ação autônoma, qual a prevista no "caput" do art. 1o da Lei, mas de uma Ação incidental, que pressupõe a existência de controvérsia constitucional relevante sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição. (...) (ADPF 3 QO, Relator(a):  Min. SYDNEY SANCHES, Tribunal Pleno, julgado em 18/05/2000, DJ 27-02-2004 PP-00020 EMENT VOL-02141-01 PP-00001)
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF)
Preventiva – Primeira parte do art. 1º (Evitar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público);
Repressiva – Segunda parte do art. 1º (reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público);
Por Equiparação – Inciso I do Parágrafo Único do art. 1º (Quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição) – haverá necessidade de demonstrar a divergência jurisprudencial relevante como ocorre na ADC, critério quantitativo e qualitativo, vedadas as discussões sobre casos concretos já postos em juízo, ou seja, somente análise em abstrato!!! (ADI 2231, Cautelar, Min. Néri da Silveira)
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF)
Objeto da ADPF – Evitar reparar lesão a preceito fundamental resultante de ato do poder público e/ou solucionar relevante controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição.
Atos do Poder Público e Atos Privados? Apesar dos crescentes estudos sobre eficácia dos direitos fundamentais nas relações privadas a posição majoritária é a de que descabe ADPF de atos privados.
Afinal o que é preceito fundamental?
O STF não definiu o que seria o conceito de preceito fundamental, havendo dissonância doutrinária nesse sentido, sendo pacífico hoje o entendimento de que a expressão não deve ser equiparada a princípio, pois estende-se também para regras típicas que se enquadram nessa categoria.
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CONCEITOS
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Barcellos entende que seria preceito fundamental, embora não haja uma delimitação definitiva do alcance do termo, ser possível apontar as normas contidas no título I da CRFB/88 (Art.’s 1º-4º), Direitos fundamentais individuais, coletivos, sociais e políticos, as cláusulas pétreas (Art. 60, §4º) e os princípios constitucionais sensíveis previstos no art. 34, VII da CRFB/88, seguindo posicionamento idêntico ao de Barroso.
Uadi Lamêgo Bulos define preceito fundamental “os grandes preceitos que informam o sistema constitucional, que estabelecem comandos basilares e imprescindíveis à defesa dos pilares da manifestação constituinte originária, e cita, dentre outros, os art.’s 1º; 2º; 5º, II, IV, VI, IX, XIII, XIV, XV, XVI, XVII, etc; 37; 93, IX; 145, III; 170, IV; 207; etc.
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CONCEITOS
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No julgamento da medida cautelar na ADPF 33, o min. Gilmar Mendes apontou o que seriam os preceitos fundamentais, consoante posição doutrinária que defende até a presente data:
(...). 5. Preceito Fundamental: parâmetro de controle a indicar os preceitos fundamentais passíveis de lesão que justifiquem o processo e o julgamento da argüição de descumprimento. Direitos e garantias individuais, cláusulas pétreas, princípios sensíveis: sua interpretação, vinculação com outros princípios e garantia de eternidade. Densidade normativa ou significado específico dos princípios fundamentais. 6. Direito pré-constitucional. Cláusulas de recepção da Constituição. Derrogação do direito pré-constitucional em virtude de colisão entre este e a Constituição superveniente. Direito comparado: desenvolvimento da jurisdição constitucional e tratamento diferenciado em cada sistema jurídico. A Lei nº 9.882, de 1999, e a extensão do controle direto de normas ao direito pré-constitucional. (...)(ADPF 33 MC, Relator(a):  Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 29/10/2003, DJ 06-08-2004 PP-00020 EMENT VOL-02158-01 PP-00001)
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF)
DA SUBSIDIARIEDADE – Já pacificado na doutrina e jurisprudência é a posição de que a ADPF possui natureza de ação subsidiária, limitando o seu cabimento em situações onde não seja possível a utilização de outro meio processual capaz de solver a controvérsia posta, nos exatos termos contidos no art. 4º, §1º da Lei 9.882/99:
Art. 4º (...)
§ 1o Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.
Assim, somente será cabível a ADPF se não for possível a utilização de outras ações de controle concentrado (ADI, ADC e ADO).
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62CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF)
Há quem entenda que tal máxima seria inconstitucional, vez que haveria limitação de acesso à justiça, todavia não prevaleceu este entendimento.
Do mesmo modo, não prevaleceu o entendimento de que a ADPF somente poderia ser manejada caso não houvesse qualquer outro meio de acesso ao judiciário, inclusive ações subjetivas e recursos, neste sentir se posicionava Alexandre de Moraes.
Sobre o tema vale a transcrição de outro trecho do voto do Min. Gilmar Mendes na Cautelar da ADPF 33:
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CONCEITOS
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(...). 6. Direito pré-constitucional. Cláusulas de recepção da Constituição. Derrogação do direito pré-constitucional em virtude de colisão entre este e a Constituição superveniente. Direito comparado: desenvolvimento da jurisdição constitucional e tratamento diferenciado em cada sistema jurídico. A Lei nº 9.882, de 1999, e a extensão do controle direto de normas ao direito pré-constitucional. 7. Cláusula da subsidiariedade ou do exaurimento das instâncias. Inexistência de outro meio eficaz para sanar lesão a preceito fundamental de forma ampla, geral e imediata. Caráter objetivo do instituto a revelar como meio eficaz aquele apto a solver a controvérsia constitucional relevante. Compreensão do princípio no contexto da ordem constitucional global. Atenuação do significado literal do princípio da subsidiariedade quando o prosseguimento de ações nas vias ordinárias não se mostra apto para afastar a lesão a preceito fundamental. 8. Plausibilidade da medida cautelar solicitada. 9. Cautelar confirmada. (ADPF 33 MC, Relator(a):  Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 29/10/2003, DJ 06-08-2004 PP-00020 EMENT VOL-02158-01 PP-00001)
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CONCEITOS
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DO PROCEDIMENTO: Mantém o mesmo procedimento da ADI, com ressalva da participação do AGU que não atuará como curador da constitucionalidade dos dispositivos questionados ou atos questionados.
Art. 3º A petição inicial deverá conter:
I - a indicação do preceito fundamental que se considera violado;
II - a indicação do ato questionado;
III - a prova da violação do preceito fundamental;
IV - o pedido, com suas especificações;
V - se for o caso, a comprovação da existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação do preceito fundamental que se considera violado.
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CONCEITOS
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Segundo Barroso a questão constitucional discutida deve enfrentar as seguintes premissas prévias, sob pena de banalização do instituto:
a) Deve interferir com a necessidade de fixação do conteúdo e do alcance do preceito fundamental (o pedido formulado deverá envolver a fixação do conteúdo e do alcance do preceito fundamental, não bastando a mera invocação de uma violação reflexa);
b) Não pode depender de definição prévia de fatos controvertidos (a solução de controvérsias de fato deve ser alcançada no âmbito de um processo subjetivo e não objetivo) e
c) Deve ser insuscetível de resolução a partir da interpretação do sistema infraconstitucional (necessidade de violação direta a preceito fundamental).
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CONCEITOS
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Art. 5o O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida liminar na argüição de descumprimento de preceito fundamental.
§ 1o Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso, poderá o relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno.
§ 2o O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem como o Advogado-Geral da União ou o Procurador-Geral da República, no prazo comum de cinco dias.
§ 3o A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da argüição de descumprimento de preceito fundamental, salvo se decorrentes da coisa julgada. (Vide ADIN 2.231-8, de 2000)
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CONCEITOS
CONTROLE CONCENTRADO – ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF)
ESTADO – LAICIDADE. O Brasil é uma república laica, surgindo absolutamente neutro quanto às religiões. Considerações. FETO ANENCÉFALO – INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ – MULHER – LIBERDADE SEXUAL E REPRODUTIVA – SAÚDE – DIGNIDADE – AUTODETERMINAÇÃO – DIREITOS FUNDAMENTAIS – CRIME – INEXISTÊNCIA. Mostra-se inconstitucional interpretação de a interrupção da gravidez de feto anencéfalo ser conduta tipificada nos artigos 124, 126 e 128, incisos I e II, do Código Penal. (ADPF 54, Relator(a):  Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 12/04/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-080 DIVULG 29-04-2013 PUBLIC 30-04-2013 RTJ VOL-00226-01 PP-00011)
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