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Adaptação do recém-nascido Prof. Viviane Melo 1 Anexos embrionários Estágios do desenvolvimento fetal • Estágio pré-embrionário: desde a fertilização até a segunda semana • Estágio embrionário: desde o final da segunda semana a oitava semana • Estágio fetal: desde o final da oitava semana até o nascimento Anexos embrionários • São apêndices encontrados junto ao embrião em formação, que tem como função suprir necessidades e realizar tarefas de manutenção do organismo durante seu desenvolvimento. • Alguns anexos embrionários são exclusivamente encontrados em apenas alguns grupos. Por exemplo, placenta e cordão umbilical são anexos exclusivos de mamíferos. Âmnio • A bolsa amniótica ou âmnio é um dos anexos embrionários que alguns vertebrados (répteis, aves e mamíferos) possuem durante o seu desenvolvimento embrionário. • O âmnio é uma bolsa em forma de saco que está repleta de líquido amniótico e tem uma função protetora, permitindo que o embrião se desenvolva num ambiente úmido. • O âmnio tem como função manutenção da temperatura, além da já citada proteção contra choques mecânicos e contra a desidratação, provendo um meio fluido no qual o embrião se desenvolve. • O âmnio está envolto pelo córion, e este por sua vez pela placenta. Saco vitelino • O saco vitelino é essencial para o desenvolvimento embrionário, pois em fases iniciais ele é responsável pelo armazenamento e transferência do vitelo. • O vitelo é um líquido armazenado pelo saco vitelino para suprir as necessidades nutricionais do embrião até que o cordão umbilical ou a placenta verdadeira estejam estabelecidos. • Além disso, o saco vitelino desempenha também outras importantes funções, como a hematopoese (formação e desenvolvimento de células sanguíneas). Córion • Nos mamíferos, o córion evolui em placenta. • Esse anexo possui vilosidades contendo vasos sanguíneos que se ligam ao feto e que são responsáveis por captar do organismo materno, por difusão, substâncias solúveis que serão aproveitadas pelo embrião. • O Cório tem como função a absorção de choques e impactos direcionados ao embrião, como órgão de troca de gases e nutrientes, meio de transporte de cálcio e secreção hormonal. Córion • O córion é responsável pela liberação de 2 principais hormônios: gonadotrofina coriônica, que induz produção de progesterona pelas células da placenta, somatotrofina coriônica, que promove o desenvolvimento do seio materno durante a gestação. Cordão umbilical e Placenta • A Placenta foi uma novidade evolutiva encontrada no grupo dos mamíferos. • Desempenha função de defesa contra choques físicos, proteção, e nutrição do embrião. • Também secreta progesterona, por ação da gonadotrofina coriônica. Esse hormônio tem como função manter a parede uterina espessada e vascularizada. • O cordão umbilical, com duas artérias e uma veia, permite a comunicação do embrião com a placenta. • A placenta no ser humano é uma formação orgânica que ocorre excepcionalmente no processo de gravidez. • Ela começa a se formar pouco depois da fecundação e é expulsa do organismo logo depois do nascimento da criança. • A placenta existe para conectar o organismo materno com o organismo do feto. • Através da placenta o concepto "respira“, "alimenta-se” e excreta produtos de seu metabolismo. • A troca de substância entre mãe e filho acontece pelo sangue. • A placenta é muito seletiva nessa troca: só deixa passar substâncias importantes do sangue materno para o feto. • Por isso existe a “barreira placentária”, que é uma forma de proteger o bebê. • A placenta humana impede moléculas de alto peso molecular de entrarem em contato com o feto. • O sangue da mãe nunca se mistura com o do feto, uma vez que os vasos sanguíneos de ambos não são contínuos. • A placenta atinge o seu auge por volta da 34ª semana da gravidez. • A partir desse momento, torna-se cada vez menos eficaz na transferência de nutrientes e oxigênio ao bebê. • Torna-se cada vez mais fibrosa (em vez de esponjosa) e aparecem coágulos de sangue e calcificações – sinal de que os vasos sanguíneos estão envelhecendo. • Depois da 40ª semana a placenta começa a deteriorar-se e existe o risco de não produzir um suprimento adequado de nutrientes e de oxigênio ao bebê. Adaptações do sistema cardiovascular 14 • Coração fetal: • veia umbilical – transporta sangue oxigenado da placenta para o feto. • artéria umbilical – transporta sangue venoso do feto para a placenta. • ducto venoso – desvia sangue da veia umbilical para o fígado. • ducto arterioso – liga a artéria pulmonar à aorta. • forame oval – permite a troca de sangue entre os lados direito e esquerdo do coração. 15 Circulação fetal Placenta sangue oxigenado feto sangue venoso 16 Veia umbilical Artéria umbilical Veia umbilical→ sangue rico em O2 → fígado ↓ Ducto Venoso → Veia cava inferior → Átrio direito → Forame Oval → Átrio Esquerdo → Ventrículo Esquerdo → Aorta inferior → Artérias umbilicais→Placenta Do total de sangue que chega a Aorta, 40 a 50% é levada pelas artérias ilíacas até as artérias umbilicais e daí, vai para a placenta para que possa ser feita novamente as trocas gasosas. 17 Átrio direito → Ventrículo direito →Artéria Pulmonar → 90% ducto arterial → Aorta → Artérias Umbilicais. Artéria Pulmonar → 10% passa pelos pulmões → entra no Átrio Esquerdo → Ventrículo Esquerdo → Aorta → Artérias Umbilicais (mistura de sangue rico e O2 e rico em CO2). 18 Circulação fetal 19 Veia umbilical veia cava coração Ducto venoso fígado Circulação fetal 20 Coração (átrio D) ventrículo D Forame oval Pulmão Aorta Ducto arterioso Artéria umbilical Placenta átrio E 21 F is io lo g ia f e ta l 22 Adaptações do sistema respiratório • Uma das alterações mais importantes que o RN sofre ao nascimento consiste no ajuste de um meio intra-uterino cheio de líquido para um meio extra-uterino gasoso. 23 •Os primeiros minutos de vida, o líquido que está no pulmão fetal é absorvido ou expelido e os pulmões inflam-se de ar, aumentando o fluxo sanguíneo nos pulmões de 8 a 10 vezes. •A resistência pulmonar diminui, e dilata-se os alvéolos pulmonares. •Alterações bioquímicas como a elevação de prostaglandinas estimulam o fechamento de ducto arterioso → aumento de fluxo sanguíneo nos pulmões. 24 • A respiração inicial provavelmente decorre de um REFLEXO desencadeado por alterações de pressão, ruído, luz, resfriamento, compressão do tórax fetal durante o processo de parto e concentrações de O2 e CO2 no sangue do RN. • Quando existe apnéia ou esforço respiratório fraco, o fluido pulmonar não é eliminado eficientemente, comprometendo a oxigenação. 25 O RN de alto risco • É fundamental conhecer as condições maternas durante a gravidez, pois acometem diretamente o feto. • Medidas profiláticas para evitar complicações e antecipando tratamentos que diminuirão os riscos envolvidos antes, durante e após o parto. 26 Fatores contribuintes • Deficiência nutricional • Sangramento • Diabetes gestacional • DHEG • Infecções • Parto prematuro • Parto pós-termo • Oligodramnia / polidramnia • Uso abusivo de substâncias e drogas ilícitas • Distúrbios da glândula tireóide • Incompatibilidade sanguínea • Restrição do crescimento intrauterino 27 Unidades de tratamento especial • O bebê que nasce com problemas apresenta dificuldade não só de intervenção, mas de postura tanto da equipe como dos familiares. • Cuidados específicos não permitem que o RN permaneça no Alojamento Conjunto. • Pode precisar ficar, então, em um dos 3 ambientes: a) Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais b) Unidade Intermediária de Cuidados Neonatais c) Unidade Mãe-Canguru 28 Unidade de Cuidados/Tratamento Intensivos Neonatais (UCIN/UTIN) • Unidade onde o neonato fica dias ou meses internado. • Setor com tecnologia de ponta. 29 Unidade Intermediária de Cuidados Neonatais(UIN) • Unidade com menor suporte tecnológico do que a UTIN. • Necessário para o RN que saiu da UTIN. 30 Unidade mãe-canguru (Pré-alta) • O método canguru – contato pele a pele precoce entre mãe e RN de baixo-peso. 31 Critérios para admissão na UTI Neonatal • RNs com < 34 semanas de gestação • RNs com peso < 1800g • Sangramento materno no 3º trimestre de gravidez • Anomalias congênitas que requeiram correção cirúrgica • Infecções • Incompatibilidade de Rh • Retardo no crescimento intrauterino • Hipoglicemia • Convulsões • Uso materno de drogas ilícitas • Problemas respiratórios que requeiram oxigenoterapia. • Arritmias cardíacas • Apgar 5 no 5º minuto 32
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