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ANEXOS EMBRIONÁRIOS

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ANEXOS EMBRIONÁRIOS 
 
PLACENTA: A placenta tem a parte de origem fetal (alantocórion) e a de origem materna (decídua). 
 
 
 
As vilosidades coriônicas ramificadas da placenta proporcionam uma grande área de superfície 
onde materiais podem ser trocados através de uma membrana placentária muito delgada, interposta 
entre as circulações materna e fetal. É através das ramificações das vilosidades, que se originam das 
vilosidades-tronco, que ocorre o principal meio de troca de material entre a mãe e o feto. As 
circulações fetal e materna estão separadas pela membrana placentária, que consiste em tecidos 
extrafetais. 
 
◌ Circulação placentária fetal: O sangue pobremente oxigenado passa através das artérias 
umbilicais para a placenta. No sítio de ligação do cordão umbilical à placenta, as artérias se 
dividem em várias artérias coriônicas dispostas radialmente que se ramificam livremente na 
placa coriônica antes de entrarem nas vilosidades coriônicas. Os vasos sanguíneos formam um 
extenso sistema arteriocapilar-venoso dentro das vilosidades coriônicas, que traz o sangue 
fetal para extremamente perto do sangue materno. Esse sistema proporciona uma grande área 
de superfície para a troca de produtos metabólicos e gasosos entre as correntes sanguíneas 
materna e fetal. Normalmente, não existe mistura do sangue fetal com o materno; contudo, 
quantidades muito pequenas de sangue fetal podem entrar na circulação materna quando 
defeitos mínimos se desenvolvem na membrana placentária. O sangue fetal bem oxigenado 
nos capilares fetais passa para veias de paredes delgadas que seguem as artérias coriônicas ao 
sítio de ligação do cordão umbilical. Elas convergem aqui para formarem a veia umbilical. Esse 
grande vaso transporta sangue rico em oxigênio para o feto. 
◌ Circulação placentária materna: O sangue materno no espaço interviloso está 
temporariamente fora do sistema circulatório materno. Ele entra no espaço interviloso através 
de 80 a 100 artérias espiraladas endometriais na decídua basal. Essas artérias descarregam 
para o espaço interviloso através de fendas na capa citotrofoblástica. O fluxo sanguíneo das 
artérias espiraladas é pulsátil. O sangue que entra apresenta uma pressão consideravelmente 
mais alta que a do espaço interviloso e, consequentemente, o sangue é lançado em direção à 
placa coriônica, que forma o “teto” do espaço interviloso. Assim que a pressão se dissipa, o 
sangue flui lentamente pelas ramificações das vilosidades, permitindo uma troca de produtos 
metabólicos e gasosos com o sangue fetal. O sangue retorna pelas veias endometriais para a 
circulação fetal. O bem-estar do embrião/feto depende mais da irrigação adequada das 
ramificações das vilosidades com sangue materno que de qualquer outro fator. Reduções da 
circulação uteroplacentária resultam em hipóxia fetal e em restrição do crescimento 
intrauterino (RCIU). Reduções severas da circulação podem resultar em morte do 
embrião/feto. O espaço interviloso da placenta madura contém aproximadamente 150mL de 
sangue, que é reposto de três a quatro vezes por minuto. 
 
CORDÃO UMBILICAL: A adesão do cordão umbilical à placenta é geralmente próxima ao centro da 
superfície fetal, mas ele pode aderir em qualquer ponto (a inserção do cordão umbilical próxima à 
margem da placenta produz uma placenta em formato de raquete). A adesão do cordão às membranas 
fetais é chamada de inserção vilamentosa do cordão. O cordão umbilical geralmente tem duas artérias 
e uma grande veia, que são circundadas por tecido conjuntivo mucoso (geleia de Wharton). Devido 
aos vasos umbilicais serem maiores que o cordão, a torção e a flexão dos vasos são comuns. Eles 
frequentemente formam laços, produzindo nós falsos que não são significantes; contudo, em 
aproximadamente 1% das gestações, nós verdadeiros são formados no cordão, os quais podem 
apertar e levar à morte fetal resultante de anóxia. 
 
ÂMNIO: O fino, mas resistente âmnio forma um saco amniótico membranoso preenchido por líquido 
que circunda o embrião/feto e fornece cobertura para o cordão umbilical. O saco contém líquido 
amniótico. Enquanto o âmnio aumenta em tamanho, ele gradualmente oblitera a cavidade coriônica 
e forma a cobertura epitelial do cordão umbilical. 
 
◌ Líquido amniótico: Inicialmente, é secretado pelas células amniogênicas. Mas, a maior parte 
do líquido vem do tecido materno e do líquido intersticial por difusão através da membrana 
amniocoriônica da decídua parietal. Depois, há a difusão do líquido através da placa coriônica 
do sangue no espaço interviloso da placenta. Antes da queratinização (formação da queratina) 
da pele ocorrer, o principal caminho para a passagem de água e de solutos do líquido tissular 
do feto para a cavidade amniótica é através da pele; assim, o líquido amniótico é semelhante 
ao líquido tecidual fetal. O líquido também é secretado pelos tratos respiratório e 
gastrintestinal fetais e entra na cavidade amniótica. A taxa diária de contribuição de líquido 
para a cavidade amniótica do trato respiratório é de 300 a 400mL. Começando na décima 
primeira semana, o feto contribui com o líquido amniótico pela excreção de urina para a 
cavidade amniótica. Na gestação tardia, aproximadamente 500mL de urina é adicionada 
diariamente. O volume de líquido amniótico normalmente aumenta lentamente, alcançando 
aproximadamente 30mL em 10 semanas, 350mL em 20 semanas e 700 a 1.000mL em 37 
semanas. 
 
◌ Circulação do líquido amniótico: O conteúdo de água do líquido amniótico é trocado a cada 3 
horas. Grandes quantidades de água passam através da membrana amniocoriônica para o 
líquido tecidual materno e entra nos capilares uterinos. Uma troca de líquido com o sangue 
fetal também ocorre através do cordão umbilical e onde o âmnio adere à placa coriônica sobre 
a superfície fetal da placenta; assim, o líquido amniótico está em equilíbrio com a circulação 
fetal. O líquido amniótico é deglutido pelo feto e absorvido pelos tratos respiratório e 
digestório fetais. Estima-se que durante os estágios finais da gestação, o feto deglute em torno 
de 400mL de líquido amniótico por dia. O líquido passa para a corrente sanguínea fetal, e os 
produtos residuais nele atravessam a membrana placentária e entram no sangue materno no 
espaço interviloso. O excesso de água no sangue fetal é excretado pelos rins fetais e retorna 
ao saco amniótico através do trato urinário fetal 
 
◌ Composição do líquido amniótico: Solução aquosa com material não dissolvido, como células 
epiteliais fetais descamadas em suspensão. Tem quantidade iguais de compostos orgânicos e 
sais inorgânicos. Tem proteínas, carboidratos, gorduras, enzimas, hormônios e pigmentos. 
 
◌ Importância do líquido amniótico: 
 
▬ Permite o crescimento externo simétrico do embrião/feto; 
▬ Atua como uma barreira à infecção; 
▬ Permite o desenvolvimento normal do pulmão fetal; 
▬ Impede a aderência do âmnio ao embrião/feto; 
▬ Amortece os impactos recebidos pela mãe; 
▬ Ajuda a regular a temperatura corporal do embrião/feto; 
▬ Permite os livres movimentos do feto, ajudando no desenvolvimento muscular; 
▬ Auxilia na manutenção da homeostase de líquidos e eletrólitos; 
 
◌ Distúrbios na quantidade do líquido amniótico: 
 
▬ Oligoidrâmnio: é o baixo volume de líquido amniótico, que pode ser causado por 
ruptura pré-termo da membrana amniocoriônica, agenesia renal (falha na formação do 
rim que impede a contribuição da urina fetal ao líquido amniótico. Isso pode levar a 
defeitos congênitos fetais, como a hipoplasia pulmonar e defeitos faciais e de 
membros, que são causados pela compressão fetal pela parede uterina. Além disso tem 
também a compressão do cordão umbilical. 
 
▬ Polidrâmnio: é o grande volume de líquido amniótico para uma determinada idade 
gestacional. Isso ainda tem causas desconhecidas, mas pode gerar defeitos severos do 
SNC, como meroencefalia. Quando existem outros defeitos, tais como atresia esofágica 
(bloqueio), o líquido amniótico se acumula porqueé impossível passar ao estômago 
fetal e aos intestinos para absorção. 
 
VESÍCULA UMBILICAL: É importante para transferência de nutrientes para o embrião durante a 2ª e a 
3ª semanas quando a circulação uteroplacentária ainda está sendo estabelecida, assim como serve 
para o desenvolvimento das células sanguíneas, o qual começa primeiro no mesoderma 
extraembrionário bem vascularizado que cobre a parede da vesícula umbilical lá na 3ª semana e 
continuando até a atividade hematopoiética começar no fígado na 3ª semana. Durante a quarta 
semana, o endoderma da vesícula umbilical está incorporado ao embrião como o intestino primitivo. 
Seu endoderma, derivado do epiblasto, origina o epitélio da traqueia, dos brônquios, dos pulmões e 
do canal alimentar. Além disso, as células germinativas primordiais aparecem no endoderma de 
revestimento da parede da vesícula umbilical na terceira semana e subsequentemente migram para 
as gônadas em desenvolvimento. As células se diferenciam em espermatogônias nos machos e 
ovogônias nas fêmeas. 
 
ALANTOIDE: Apesar de não ser funcional em embriões humanos, ele é importante porque forma as 
células sanguíneas em suas paredes entre a 3ª e a 5ª semanas, seus vasos vão originar a veia e as 
artérias umbilicais, e a sua parte embrionária passa do umbigo para a bexiga urinária, com a qual é 
contínua. Com o crescimento em tamanho da bexiga, o alantoide involui para formar um tubo espesso, 
o úraco que, depois do nascimento, vai se tornar um cordão fibroso, o ligamento umbilical mediano.

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