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Anatomia dos sistemas: Sistema nervoso: O sistema nervoso é um dos principais agentes responsáveis pelas extraordinárias capacidades humanas, além dos processos de perceber, agir, aprender e lembrar. O corpo humano possui mais de 100 bilhões de neurônios, as unidades funcionais deste sistema. Essas células são capazes de receber e transmitir informações por meio de sinapses químicas e elétricas. Divisão do sistema nervoso: Este sistema é dividido, anatomicamente, em sistema nervoso central, formado pelo encéfalo e medula espinhal, e sistema nervoso periférico, constituído por nervos e gânglios. Sistema nervoso central: O sistema nervoso central é composto pelo encéfalo, que é protegido pela caixa craniana e pela medula espinhal pela coluna vertebral. O encéfalo é dividido em telencéfalo, diencéfalo, cerebelo e tronco encefálico. No sistema nervoso central há uma separação entre os corpos celulares dos neurônios e seus prolongamentos, sendo formadas pela substância branca e a substância cinzenta. O sistema nervoso central é protegido por 3 membranas meníngeas. Meninges: 1. Dura- máter- mais externa; 2. Aracnóide- mais interna; 3. Pia- máter- mais interna. Encéfalo: O encéfalo é formado por três partes principais: cérebro, cerebelo e tronco encefálico. O cérebro é a maior e mais superior parte do encéfalo. Ele é organizado em dois hemisférios que estão conectados por um grande feixe de substância branca chamado de corpo caloso. Cada hemisfério do cérebro possui várias cristas de tecido chamadas de giros, que são separadas por sulcos. Os giros e sulcos aumentam a área de superfície do cérebro, dando a ele sua aparência típica. O cerebelo localiza-se inferiormente ao lobo occipital do cérebro, Ele também possui dois hemisférios que são conectados pelo vérmis. O tronco encefálico é a parte mais caudal do encéfalo. Ele é formado pelo mesencéfalo, pela ponte e pelo bulbo, cada um dos quais tendo sua própria organização estrutural e funcional. Cerebelo: Tronco encefálico: O tronco encefálico é uma projeção em forma de haste que se estende casualmente a partir da base do cérebro, conectando-o à medula espinhal. É a porção mais antiga do encéfalo, e é composto por três partes: o mesencéfalo, a ponte e o bulbo. Mesencéfalo: É o segmento mais curto do tronco encefálico. Ele se estende casualmente da base do tálamo ( no diencéfalo) até a ponte. Suas funções estão associadas à coordenação motora ( particularmente aos movimentos oculares), ao processamento visual e auditivo, ao despertar/ nível de consciência, assim como a respostas comportamentais frente ao medo ou o perigo. Ponte: Está localizada entre o mesencéfalo e o bulbo, e é o maior componente do tronco encefálico. Ela contém os núcleos dos nervos cranianos V- V|||,assim como os núcleos pontinhos, que possibilitam a comunicação cortiço pontocerebelar. A ponte também participa na regulação do sono e da respiração. Bulbo: É a porção mais estreita e mais inferior do tronco encefálico. Tem uma aparência afilada e se estende da ponte até a medula espinal. O bulbo contém os núcleos dos nervos cranianos x|- X|| e está envolvido no controle da função respiratória, do sistema cardiovascular, assim como em atividades gastrointestinais e digestivas. Medula espinal ou espinhal: A medula espinal se estende do tronco encefálico, ao nível do forame magno, até as vértebras L1/L2. Assim como a coluna vertebral, a medula espinal é dividida em 5 segmentos, cada um dando origem a um grupo de nervos espinais: cervical, torácico, lombar, sacral e coccígeo. O nervo coccígeo se origina do cone medular, a porção terminal da medula espinal, e é o último e menor nervo espinal. Estendendo- se a partir do ápice do cone medular está o filo terminal, uma fina estrutura de tecido conjuntivo formada como uma extensão da pia-máter. O filo terminal se fixa ao sacro e serve para ancorar e estabilizar a porção distal da medula espinal. Ao longo do seu comprimento, a medula espinal possui duas dilatações bem definidas para acomodar os corpos celulares dos nervos dos membros superiores e inferiores: uma dilatação cervical conhecida como intumescência cervical, e uma ao nível lombossacral, a intumescência lombossacral. Como a medula espinal é mais curta que a coluna vertebral, os nervos espinais da porção lombossacral percorrem distâncias variadas ao redor e além da medula, resultando na formação de um feixe nervoso distal conhecido como causa esquina. Sistema nervoso periférico: O sistema nervoso periférico é formado pelas estruturas localizadas fora deste esqueleto. Essas estruturas são os nervos, os gânglios e as terminações motoras e sensitivas. Nervos consistem em cordões esbranquiçados que atuam unindo o sistema nervoso central aos órgãos periféricos. A depender da porção do sistema nervoso central que estamos estudando, esse nervo pode ser dividido em nervos: nervos cranianos, caso estejam ligados ao encéfalo, e nervos espinhais, se estiverem ligados à medula espinhal. Existem doze pares de nervos que inervam principalmente a cabeça e tem origem no tronco encefálico. Estes são chamados de nervos cranianos e fazem resposta tanto ao sistema nervoso periférico quanto ao sistema nervoso central. No entanto, em relação a sua funcionalidade, os nervos são divididos motores, sensitivos ou mistos. Já os gânglios, correspondem ao aglomerado de corpos neuronais localizados fora do sistema nervoso central. Da mesma forma que os nervos, os gânglios também são caracterizados como sensitivos ou motores e participam do sistema nervoso autônomo. Por fim, as terminações nervosas, localizadas na extremidade das fibras constituintes dos nervos, também seguem a mesma divisão: uma motora, formada pela placa motora; uma sensitiva,composta pelos exteroceptores ( recebem estímulos do meio externo), visceroceptores ( recebem estímulos dos órgãos internos) e proprioceptores ( informam o sistema nervoso central sobre a posição do corpo ou sobre a força necessária para a coordenação). Sistema nervoso autônomo: O sistema nervoso, a partir de um viés fisiológico, pode ser dividido em sistema nervoso somático e sistema nervoso visceral. Enquanto o primeiro está relacionado com a forma que o organismo interage com o meio ambiente externo a ele, o segundo está relacionado com o controle das vísceras para homeostasia corpórea. O componente visceral motor é denominado de sistema nervoso autônomo, que pode ser dividido quanto ao estímulo em simpático e parassimpático. O simpático responde a situações de estresse estimulando ações como taquicardia e taquipneia, hipertensão, sudorese, hiperglicemia, diminuição da motilidade e digestão. O parassimpático, permite ao corpo responder a situações de calma, realizando as ações opostas ao simpático: bradicardia e bradipnéia, anidrase, hipoglicemia, aumento da motilidade e digestão. Sistema digestório: O sistema digestório é o sistema do corpo humano responsável por garantir o processamento do alimento que ingerimos, promovendo a absorção dos nutrientes nele contidos e a eliminação do material que não será utilizado pelo corpo. Esse processamento é garantido graças à ação dos vários órgãos que compõem o canal alimentar, bem como pela presença de glândulas acessórias, que sintetizam substâncias que são essenciais no processo de digestão. Órgãos do sistema digestório: Os órgãos do sistema digestório são responsáveis por garantir a ingestão do alimento, sua digestão, absorção dos nutrientes e a eliminação do que não é necessário para o corpo. A seguir conheceremos melhor cada componente do sistema digestório, bem como seu papel no processo de digestão. Boca: A boca é o local onde a digestão começa. Nossos dentes promovem a digestão mecânica, garantindo que o alimento seja rasgado, amassado e triturado. Além da atuação dos dentes, o alimento na boca sofre a ação da saliva, a qual é secretada pelasglândulas salivares. A saliva contém a enzima amilase, também conhecida por ptialina, que promove o início da digestão dos carboidratos. A língua também é importante nessa etapa, garantindo que o alimento se misture à saliva e forme o chamado bolo alimentar. É a língua também que ajuda na deglutição do bolo alimentar, empurrando-o em direção à faringe. Faringe: Esse órgão é comum ao sistema digestório e respiratório, abrindo-se em direção à traquéia e ao esôfago. O bolo alimentar segue da faringe para o esôfago. Esofago: É o órgão tubular e musculoso que conecta a faringe com o estômago. O bolo alimentar atinge o estômago graças às contrações do músculo liso que forma o esôfago. Essas contrações são chamadas de contrações peristálticas. Estômago: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/glandulas.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/saliva.htm O estômago é o órgão dilatado do sistema digestório e está localizado logo abaixo do diafragma. Nesse órgão, o bolo alimentar sofre a ação do suco digestivo, chamado suco gástrico, que é a ele misturado graças à atividade muscular do órgão. Nesse momento, o bolo alimentar passa a ser chamado de quimo. O suco gástrico apresenta entre seus componentes a pepsina, que atua na digestão de proteínas, e o ácido clorídrico, que torna o pH do estômago baixo e promove a ativação da pepsina. Geralmente, o ácido clorídrico e a pepsina não causam irritação na parede do estômago, pois esta apresenta um muco que a reveste. Além disso, há a renovação constante das células que revestem o interior do estômago. Intestino delgado: Trata-se da porção mais longa do sistema digestório, apresentando cerca de 6 m de comprimento. Possui três segmentos: o duodeno, o jejuno e o íleo. Nessa porção do sistema digestório, a digestão é finalizada e há absorção de nutrientes. O órgão é responsável pela maior parte do processo de digestão. Na primeira porção, chamada de duodeno, o quimo, vindo do estômago, sofre a ação das secreções pancreáticas (suco pancreático), da bile e de secreções produzidas pelo próprio intestino delgado (suco entérico ou intestinal). A secreção pancreática, rica em bicarbonato, ajuda a neutralizar a acidez do quimo. Além disso, apresenta enzimas diversas, como a tripsina e a quimiotripsina, que atuam nas proteínas. A bile, produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, atua como emulsificante, facilitando a digestão dos lipídios. Já a secreção produzida pelo intestino delgado é rica em enzimas, como a aminopeptidase (atua nos aminoácidos), nucleosidases e fosfatases (agem nos nucleotídeos). O jejuno e íleo, as porções seguintes do intestino delgado, atuam, principalmente, na absorção de nutrientes, graças à presença de vilosidades e microvilosidades. As vilosidades são dobras no revestimento do intestino, enquanto as microvilosidades são projeções nas células epiteliais da vilosidade. Intestino grosso: Com cerca de 1,5 m de comprimento, esse órgão é responsável pela absorção de água e formação da massa fecal. Além disso, divide-se em ceco, cólon e reto. No ceco, observa-se uma projeção chamada de apêndice, bastante conhecida por sua inflamação (apendicite). O reto termina em um estreito canal – chamado de canal anal –, o qual se abre para o exterior no ânus, por onde as fezes são eliminadas. Glândulas acessórias do sistema digestório: ● Glândulas salivares: responsáveis pela produção da saliva, uma substância rica em água, mas que também apresenta outros componentes, como enzimas e glicoproteínas. A saliva ajuda a lubrificar o bolo alimentar e também possui ação antibacteriana. ● Pâncreas: glândula mista, ou seja, possui funções endócrinas e exócrinas. Sua porção exócrina é responsável pela produção do suco https://brasilescola.uol.com.br/biologia/quimo-quilo.htm pancreático, que apresenta uma série de enzimas que atuam na digestão, além de bicarbonato, que neutraliza a acidez do quimo. A porção endócrina do pâncreas é responsável pela produção dos hormônios insulina e glucagon. ● Fígado: segundo maior órgão do corpo humano, perdendo apenas para a pele. Atua em diversas funções no organismo, porém, na digestão, seu papel é garantir a produção da bile, uma substância que é armazenada na vesícula biliar e, posteriormente, é lançada no duodeno. A bile atua na emulsificação de gorduras, funcionando como uma espécie de detergente, facilitando a ação das enzimas responsáveis pela quebra de gordura. Sistema urinário: O Sistema renal é constituído por dois órgãos denominados rins, os quais realizam a maior parte das funções de excreção, filtrando o sangue e recolhendo deste os resíduos metabólicos de todas as células do corpo (DI DIO, 1999; GARDNER, 1998; MOORE, 2007). Este sistema apresenta estruturas condutoras chamadas de vias urinárias que são, pelve renal, ureteres, bexiga urinária e uretra, estes são responsáveis por retirar e conduzir a urina, produzida pelos rins, juntamente com sais minerais, metabólitos, íons e todo tipo de substância que esteja em excesso para fora do organismo. A urina produzida pelos rins é o veículo no qual há eliminação de água, sais minerais, íons, resíduos metabólicos, enfim, substâncias que em excesso causam um desequilíbrio fisiológico em nosso organismo (DI DIO, 1999; GARDNER, 1998; DOUGLAS, 2001/2002 A, B, C; DÂNGELO; FATTINI, 2006; MOORE,2007). Anatomia renal: Os rins são dois órgãos do nosso corpo que se encontram na porção mais posterior do abdome, sendo, então, órgãos retroperitoneais. Com seu formato comparado com um grão de feijão, tem um tamanho de aproximadamente 12 cm de cima a baixo, 6 cm de direita à esquerda e 3 cm de frente para trás. Encontram-se um em cada lado do corpo, um direito e um esquerdo, sendo que o rim direito está a nível das vértebras L1 a L3, um pouco mais baixo que o esquerdo, que se encontra a nível das vértebras T11 a L2, por conta do fígado que ocupa um pequeno espaço que o rim direito deveria ocupar, empurrando-o ligeiramente abaixo. Ambos possuem cor vermelho escuro no córtex renal e na medula renal a coloração está mais rosada e seu peso varia de 120 a 140g. Os rins fazem relação, ou seja, uma espécie de fronteira com algumas estruturas, sendo estas: ● Rim direito: em sua porção anterior, tem relação com a glândula suprarrenal direita, o fígado, a segunda porção do duodeno e com o ângulo cólico direito; e posteriormente, suas relações estão com o diafragma, músculo quadrado lombar, músculo https://brasilescola.uol.com.br/biologia/insulina-glucagon.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/insulina-glucagon.htm psoas maior e com ramas colaterais do plexo lombar. ● Rim esquerdo: em sua porção anterior, tem relação com a glândula suprarrenal esquerda, baço, estômago, pâncreas, ângulo duodeno jejunal e ângulo cólico esquerdo; posteriormente está relacionado com o diafragma, músculo quadrado lombar, músculo psoas maior e ramos terminais do plexo lombar. Os rins são cobertos por uma capa fibrosa chamada de cápsula renal que busca ser um suporte de proteção e auxilia no meio de fixação do mesmo, sendo que essa capa dá ao rim o aspecto de brilho que ele possui. Cada um dos rins apresenta duas porções, uma que é o córtex e a outra a medula renal. O Córtex é a parte mais externa dos rins e tende a ser mais espesso, servindo como meio de proteção para o órgão e mantê-lo isolado. O córtex contém principalmente néfrons, que são as unidades funcionais básicas dos rins e também apresentam vasos sanguíneos. A medula renal é a parte interna e contém cerca de 8 a 16 pirâmides renais que possuem ápices que formam as papilas, que se projetam emcálices menores. Os cálices menores unem-se e formam cálices maiores,os quais desembocam na pelve renal que segue para formar os ureteres. Cada rim recebe uma artéria e uma veia renal. A artéria renal deriva-se da aorta abdominal e a veia, da veia cava. Essas chegamaos rins e desembocam nos néfrons, que são as unidades funcionais do órgão. Este apresenta forma toda contorcida e é dividido em algumas subunidades, sendo elas a cápsula de Bowman ou glomerular, que envolve o glomérulo – que são amontoados de capilares onde se inicia a filtração do sangue – em seguida, encontra-se o túbulo contorcido proximal, alça de Henle, túbulo contorcido distal e por fim o ducto coletor. Enquanto o sangue passa por essas regiões do néfron, vai sendo produzida a urina, e são eliminadas as impurezas junto com ela. Entretanto, estas não só eliminam água e/ou substâncias, mas existe também uma absorção das mesmas, para que sejam levadas pelo sangue já “limpo”, como é o caso por exemplo dos medicamentos. Após este processo de limpeza, o sangue segue seu curso para todo o corpo, e a urina sai até chegar à bexiga, onde vai sendo armazenada, com capacidade média de armazenar de 300 a 500 ml de urina, até que precise ser eliminada. Fisiologia dos rins: Os rins são responsáveis por diversas funções em nosso organismo, não estão relacionados apenas com a filtragem do sangue ou com a formação da urina. Essas são apenas duas de suas principais funções, porém eles desempenham funções muito além do que a maioria das pessoas imagina, tais como: ● Formação da urina; ● Excreção dos produtos residuais; ● Regulação dos eletrólitos; ● Regulação do equilíbrio ácido-básico; ● Controle do balanço hídrico; ● Controle da pressão arterial; ● Regulação da produção de eritrócitos; ● Síntese da vitamina D; ● Secreção de prostaglandinas; ● Regula o equilíbrio de cálcio e fósforo; ● Ativa o hormônio do crescimento. Doenças que afetam os rins: Como os rins trabalham diretamente com o sangue, quaisquer doenças ou problemas relacionados a ele podem causar danos e afetar os órgãos retroperitoneais. Como é o caso principalmente da diabetes e da hipertensão arterial, uma vez que o açúcar em excesso corroem as paredes desses vasos sanguíneos deixando-os mais suscetíveis a outros problemas como a aterosclerose. E como os rins participam ativamente na regulação da pressão arterial através do sistema renina-angiotensina, este acaba sofrendo consequências da falta de cuidado com a saúde corporal, que pode acabar se desenvolvendo para uma insuficiência renal crônica, sendo exigidos o auxílio de hemodiálise e, em casos mais severos, o transplante renal. Outro problema muito comum são os cálculos renais, que são o acúmulo de cristais ocasionados geralmente pelo baixo consumo de água, o que se torna insuficiente para carregar todas as impurezas, deixando uma quantidade de cristais armazenados, o que a longo prazo, acumulam-se tornando-se em “pedras nos rins”, que podem impedir a passagem de urina ou mesmo descer juntamente com a “água impura” e causar dor por lesionar as paredes dos ureteres e uretra. Doenças glomerulares são as principais causas de insuficiência renal crônica. Como o próprio nome diz, acomete o glomérulo impedindo a filtração normal do sangue, o que inclui diversas causas, mesmo a diabetes e a hipertensão arterial, além de doenças autoimunes como lúpus, viroses como HIV ou infecções bacterianas. Sistema reprodutor feminino: O sistema reprodutor e genital engloba os órgãos que produzem, transportam e armazenam as células germinativas, que são as responsáveis por dar origem aos gametas. E são os gametas que, ao se unirem, formam um novo indivíduo, que será abrigado em um órgão durante seu desenvolvimento. Esse órgão, chamado útero, faz com que o sistema reprodutor feminino seja considerado mais complexo que o masculino em razão da função de abrigar e propiciar o desenvolvimento de um novo indivíduo. Ovários, tubas uterinas, útero, vagina, hímen, grandes lábios, pequenos lábios e clitóris são as estruturas encontradas no sistema de reprodução feminino. Além disso, as mamas também são de grande importância na manutenção da vida. Os órgãos externos desse sistema permitem a entrada do esperma no organismo, além de protegerem os órgãos genitais internos contra micro-organismos infecciosos. Grandes lábios e menores lábios: São dobras de pele e mucosa que protegem a abertura vaginal. Os pequenos lábios, durante o processo de excitação, ficam intumescidos e aumentam sensivelmente seu tamanho durante a penetração nas relações sexuais. Os grandes lábios ficam entre o monte púbico (ou monte de Vênus) e se estendem até o períneo, espaço entre ânus e vulva, e são cobertos por pelos pubianos após a puberdade. Vagina: É um canal com cerca de 7,5 a 10 centímetros que se estende do útero, órgão interno, à vulva, estrutura genital externa. Suas paredes normalmente se tocam e no exame clínico o médico utiliza um aparelho para afastá-las. Esse canal é responsável por receber o pênis durante a relação sexual e serve de canal de saída tanto para o fluxo menstrual quanto para o bebê no momento de parto normal. É um órgão musculoso cujo orifício é denominado introito. Próximos ao introito existem pequenas glândulas chamadas glândulas de Bartholin, que secretam muco para lubrificar a vagina sob a ação de estímulos sexuais. Hímen: É uma membrana de tecido conjuntivo forrada por mucosa tanto interna como externamente. Ele pode variar de tamanho e forma. No primeiro ato sexual sofre ruptura, permanecendo apenas pequenos fragmentos no local, chamados carúnculas himenais. Clitóris: É uma pequena saliência, bastante sensível ao tato, situada na junção anterior aos pequenos lábios. Tem função muito importante na excitação sexual feminina e pode ser considerado similar ao pênis no homem. Útero: É o órgão responsável por alojar o embrião e mantê-lo durante todo o seu desenvolvimento até o nascimento. Tem a forma de uma pera invertida, mas pode variar de forma, tamanho, posição e estrutura. É formado por tecido muscular que se estende amplamente durante a gravidez e apresenta camadas, sendo o endométrio aquele que sofre modificações com o ciclo menstrual, preparando-se mensalmente para receber o ovo já fecundado e, caso isso não ocorra, apresenta descamação e é eliminado pela menstruação. Ovários: São duas glândulas situadas uma em cada lado do útero, abaixo das trompas. São responsáveis por produzir gametas ou óvulos e também por produzir hormônios sexuais femininos, estrógeno e progesterona. Esses hormônios vão controlar o ciclo menstrual, provocar o crescimento do endométrio e estimular o desenvolvimento dos vasos sanguíneos e glândulas do endométrio, tornando-o espesso, vascularizado e cheio de secreções nutritivas. Tubas uterinas: São aquelas que transportam os óvulos que romperam a superfície do ovário para a cavidade do útero. São dois canais finos que saem de cada lado do fundo do útero e terminam com as extremidades próximas aos ovários. Nas tubas, os espermatozoides unem-se aos óvulos quando há fecundação para então se fixar no útero. Pode ocorrer também do óvulo já fecundado fixar-se na tuba uterina e iniciar o desenvolvimento do embrião, o que se denomina gravidez tubária. Sistema reprodutor masculino: É formado por órgãos internos e externos.Os órgãos que compõem o sistema reprodutor masculino são: uretra,penis,vesícula seminal, próstata, canais deferentes, epidídimo e testículos. Testículos: Os testículos são duas glândulas de forma oval, que estão situadas na bolsa escrotal. Na estrutura de cada testículo encontram-se tubos finos e enovelados chamados "tubos seminíferos". Nos testículos são produzidos os espermatozóides, as células reprodutoras (gametas) masculinas, durante o processo chamado espermatogênese, além de diversos hormônios. O processo de formação dos espermatozóides é denominado de espermatogênese. O principal hormônio é a testosterona, responsável pelo aparecimento das características sexuais secundárias masculinas, como os pelos, modificações da voz, etc. Epidídimo: Os epidídimos são canais alongados quese enrolam e recobrem posteriormente a superfície de cada testículo. Corresponde ao local onde os espermatozóides são armazenados. Canal deferente: O canal deferente é um tubo fino e longo que sai de cada epidídimo. Ele passa pelas pregas ínguas (virilha) através dos canais inguinais, segue sua trajetória pela cavidade abdominal, https://www.todamateria.com.br/espermatozoide/ https://www.todamateria.com.br/espermatogenese/ https://www.todamateria.com.br/testosterona/ circunda a base da bexiga e alarga-se formando uma ampola. Recebe o líquido seminal (proveniente da vesícula seminal), atravessa a próstata, que nele descarrega o líquido prostático, e vai desaguar na uretra. O conjunto dos espermatozóides, do líquido seminal e do líquido prostático, constitui o “esperma” ou “sêmen”. Vesícula seminal: A vesícula seminal é formada por duas pequenas bolsas localizadas atrás da bexiga. Sua função é produzir o "líquido seminal", uma secreção espessa e leitosa, que neutraliza a ação da urina e protege os espermatozoides, além de ajudar seu movimento até a uretra. O líquido seminal também ajuda a neutralizar a acidez da vagina durante a relação sexual, evitando que os espermatozoides morram no caminho até os óvulos. Próstata: A próstata é uma glândula localizada sob a bexiga que produz o "líquido prostático", uma secreção clara e fluida que integra a composição do esperma. Uretra: A uretra é um canal que, nos homens, serve ao sistema urinário e ao sistema reprodutor. Começa na bexiga, atravessa a próstata e o pênis (sua maior porção) até a ponta da https://www.todamateria.com.br/prostata/ glande, onde há uma abertura pela qual são eliminados o sêmen e a urina. Importante ressaltar que urina e esperma nunca são eliminados ao mesmo tempo graças à musculatura da bexiga, na entrada da uretra, que impede que isso ocorra. Penis: O pênis é um órgão cilíndrico externo, que possui dois tipos de tecido: cavernoso e esponjoso. Através do pênis são eliminados a urina (função excretora) e o sêmen (função reprodutora). O tecido esponjoso envolve a uretra e a protege, enquanto o tecido cavernoso se enche de sangue, fazendo com que o pênis fique maior e duro (ereção), pronto para o ato sexual, geralmente levando à ejaculação (processo de expulsão do sêmen). A ereção, no entanto, não ocorre apenas como preparação para uma atividade sexual. Ela pode acontecer por diversos estímulos fisiológicos, por exemplo, quando a bexiga está cheia ou quando o homem tem um sonho à noite. Doenças: O câncer de próstata é um dos tipos mais diagnosticados em homens a partir dos 40 anos. Os sintomas mais comuns são: ardência ao urinar, levantar-se várias vezes à noite para urinar, diminuição do jato urinário, sensação de não ter esvaziado completamente a bexiga após urinar, presença de sangue na urina, entre outros. Por outro lado, o câncer de testículo representa 1% dos cânceres masculinos, sendo que o aparecimento de nódulos (caroços) é indolor. Dessa maneira, se notar alguma anormalidade, deve-se procurar um urologista (médico especialista nos sistemas urinário e renal e nos problemas sexuais masculinos). https://www.todamateria.com.br/penis/
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