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Dosagem de Eletrólitos

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Dosagem de eletrólitos
1) Eletrólito: SÓDIO
2) Principais características: o sódio é responsável pela manutenção do equilíbrio osmótico; importante na manutenção do potencial de membrana; essencial em funções celulares como contrações musculares e transmissão de impulsos nervosos e na regulação do equilíbrio ácido básico, onde atua associado ao cloreto e ao bicarbonato.
A dosagem da concentração sérica do sódio é importante em exames de rotina e emergências.
3) Interferentes: concentrações de cloreto de potássio (KCL) até 10 mM, bilirrubina conjugada até 40 mg/dL, bilirrubina não conjugada até 40 mg/dL, ácido ascórbico até 10 mM, hemoglobina até 500 mg/dL e triglicérides até 1000 mg/dL não produzem interferências significativas.
4) Metodologia de dosagem: enzimática. Determinação quantitativa do íon sódio em amostras de soro, por reação enzimática, em modo cinético.
5) Valores de referência: recomenda-se que cada laboratório estabeleça, na população atendida, sua própria faixa de valores de referência, os valores aqui descritos devem ser utilizados apenas como orientação: Soro – 136 a 145 mmol/L.
6) Causas da diminuição: pode estar relacionada à Hiponatremia (definida como a presença de nível sérico de sódio < 135 mmol/ℓ após exclusão de pseudohiponatremia). Classificada em três tipos, dependendo do estado do líquido extracelular (LEC): Hiponatremia hipovolêmica, Hiponatremia hipervolêmica e Hiponatremia euvolêmica.
7) Causas do aumento: Condições associadas a uma perda de água maior que a perda de sal pela pele, pulmões, trato GI e rins. Desidratação, Causas GI (vômitos ou diarreia), Causas cutâneas (queimaduras ou sudorese excessiva) Fármacos, Hiperaldosteronismo, Síndrome de Cushing, Diabetes insípido (DI), Insuficiência renal e outras causas renais.
1) Eletrólito: POTÁSSIO
2) Principais características: o potássio possui importantes funções na síntese de proteínas e glicogênio, na transmissão de impulsos nervosos para contração muscular e na correção do desequilíbrio acidobásico. Além disso, esse eletrólito é essencial na manutenção do volume celular, além de ser requerido para correto funcionamento de enzimas como a piruvato quinase.
O controle rigoroso da concentração de K+ nos LEC (líquido extracelular) é essencial porque taxas elevadas de K+ (acima de 7,5 mmol/L) podem inibir seriamente a irritabilidade muscular, incluindo o coração, a ponto de provocar uma parada cardíaca.
3) Interferentes: concentrações de íons sódio (Na+) até 150 mM, bilirrubina conjugada até 20 mg/dL, bilirrubina não conjugada até 15 mg/dL, ácido ascórbico até 10 mM, hemoglobina até 500 mg/dL e triglicérides até 1000 mg/dL não produzem interferências significativas.
4) Metodologia de dosagem: Metodologia turbidimétrica, permite obter resultados exatos e precisos se for executada corretamente e seguindo orientações do fabricante.
5) Valores de referência: É recomendado que cada laboratório estabeleça seus próprios valores de referência. Estes valores podem ser usados como uma orientação: Soro - 3,6 a 5,5 mmol/L; Plasma - 4,0 a 4,8 mmol/L
6) Causas da diminuição: Uma concentração diminuída de potássio no soro (hipocalemia) ocorre como resultado de: Baixa ingestão por um período longo de tempo; Perdas aumentadas de potássio através de vômitos, diarreia, fístulas gastrointestinais ou terapia com diuréticos por longo período; Secreção aumentada de esteroides adrenais; Certos carcinomas que secretam ACTH causam uma diminuição do K+ no soro através do estímulo nas adrenais para produzir quantidades excessivas de esteroides.
Alguns diuréticos promovem a excreção de K+.
7) Causas do aumento: a hipercalemia pode ser causada por: Condições em que o potássio é liberado de dentro das células em velocidade maior do que os rins podem excretá-lo; Diminuição da excreção renal de potássio; Deficiência de mineralocorticóides (Doença de Addison); Diabetes mellitus não controlada; Acidose.
1) Eletrólito: CLORETO
2) Principais características: é essencial no equilíbrio hídrico, na regulação da pressão osmótica e no equilíbrio acidobásico onde desempenha um papel especial no sangue pela ação do desvio de cloretos. Além disso, no suco gástrico o cloreto também tem importância especial na produção do ácido clorídrico.
Tanto a ingestão quanto a excreção do cloreto é inseparável das do sódio. O hormônio ADH intensifica a excreção de cloro e reduz a sua absorção pelos túbulos renais. O cloreto está envolvido na regulação da pressão osmótica extracelular e alcança mais de 60% dos ânions nos líquidos desse compartimento.
3) Interferentes: A bilirrubina até 38 mg/dL, lipemia (triglicérides até 1800 mg/dL), hemólise (hemoglobina até 180 mg/dL) não produzem interferências significativas. Amostras com valores de triglicérides acima de 1000 mg/dL produzem resultados falsamente elevados.
4) Metodologia de dosagem: determinação quantitativa dos íons cloreto no soro através de metodologia colorimétrica. A metodologia obedece a lei de Lambert-Beer, por isso é necessário calcular a concentração do teste através do Fator de Calibração (FC).
5) Valores de referência: Soro ou Plasma - 98 a 110 mEq/L (todas as idades); Urina - 110 a 250 mEq/24 horas; Líquor - 113 a 127 mEq/L.
6) Causas da diminuição: Valores baixos de cloretos no sangue (Hipocloremia) podem ser observados em: Déficit digestivos; Doenças renais com perda de sal; Doença de Addison; Acidose metabólica; Alcalose metabólica.
Uso excessivo de diuréticos promovem a excreção de sódio associado ao cloreto.
7) Causas do aumento: De uma maneira geral, a hipercloremia (aumento de cloretos no sangue) está associada com a hipernatremia (aumento de sódio no sangue), podendo ser observada: Desidratação; Alcalose respiratória; Acidose tubular renal; Insuficiência renal aguda.
1) Eletrólito: CÁLCIO
2) Principais características: aproximadamente 99% do cálcio do organismo é armazenado nos ossos, mas também pode ser encontrado nas células, sobretudo as musculares, e no sangue. Ele é essencial para formação de ossos e dentes, contração muscular, funcionamento normal de várias enzimas e também na coagulação sanguínea. 
A dosagem de cálcio no soro é empregada para avaliar a função da paratireoide e o metabolismo do cálcio. Cerca de metade do cálcio total encontra-se no sangue em sua forma livre (ionizado) e a outra metade combinada com proteínas, principalmente com a albumina. A dosagem do cálcio avalia as duas formas, livre e combinado. 
3) Interferentes: Os anticoagulantes quelantes de cálcio (EDTA, oxalato, fluoreto,citrato) interferem, fornecendo resultados falsamente diminuídos. 
Amostras com triglicérides acima de 900 mg/dL produzem resultados falsamente elevados por interferência fotométrica.
4) Metodologia de dosagem: O cálcio ionizado pode ser determinado atr7avés de técnicas de eletrodo íon-seletivo ou pode ser calculado através de fórmula específica. A metodologia utilizada é a colorimétrica.
5) Valores de referência: Soro ou Plasma - Adultos: 8,8 a 11,0 mg/dL; Crianças: depende da idade, na idade de 2 a 12 anos os valores são de 8,8 a 10,8 mg/dL.
Urina - Com dieta isenta de cálcio: 5 a 40 mg/24 horas; Com dieta restrita de cálcio: até 200 mg/24 horas.
6) Causas da diminuição: As causas mais comuns de hipocalcemia ocorrem no hipoparatireoidismo idiopático ou cirúrgico; pseudo hipoparatireoidismo; insuficiência renal; deficiência de vitamina D; doença gastro-intestinal que interfere com a absorção de vitamina D ou cálcio (esprue, esteatorréia); nefrose ou outras condições com baixos níveis de proteínas séricas; pancreatite aguda; deficiência de magnésio
7) Causas do aumento: A hipercalcemia (quando os valores estão aumentados) ocorre no hiperparatireoidismo, neoplasmas com metástase óssea, alguns casos de câncer de pulmão, rins, bexiga sem envolvimento ósseo, hipervitaminose D, sarcoidose, mieloma múltiplo quando as proteínas estão elevadas, acromegalia, doença de Paget.
A hipercalcemia também está associada ao uso de drogas como os tiazídicos, vitaminas A e D, antiácidosalcalinos e carbonato de lítio.
1) Eletrólito: MAGNÉSIO
2) Principais características: Os íons magnésio são importantes para a manutenção da integridade do DNA e também são cofatores essenciais para inúmeras enzimas envolvidas nos processos de reparo ao DNA.
A determinação do magnésio tem grande importância clínica principalmente na área da neonatologia, onde os distúrbios metabólicos deste íon (hipomagnesemia) são os responsáveis por sinais e sintomas clínicos, frequentemente atribuídos ao cálcio.
3) Interferentes: Os anticoagulantes EDTA, oxalato, fluoreto e citrato interferem fornecendo resultados falsamente diminuídos. A bilirrubina até 8 mg/dL e lipemia (triglicérides até 250 mg/dL) não produzem interferências significativas. Amostras com triglicérides entre 250 e 3500 mg/dL e bilirrubina entre 8 e 32 mg/dL produzem resultados falsamente elevados.
4) Metodologia de dosagem: Metodologia colorimétrica de ponto final, simples e rápida para a dosagem do magnésio facilmente adaptável em analisadores automáticos e semiautomáticos.
5) Valores de referência: Soro ou plasma - 1,6 a 2,6 mg/dL; Urina - 48 a 152 mg/24 horas, variável dependendo da alimentação; Líquor - 2,5 a 3,5 mg/dL.
6) Causas da diminuição: Quase sempre quando houver distúrbio gastrointestinal ou renal, a deficiência crônica de Mg provoca hipocalcemia secundária à diminuição da produção e eficiência do PTH; Diuréticos; Antibióticos; Agentes antineoplásicos; Ciclosporina; Hipercalcemia; Diurese causada por glicose, ureia ou manitol; Depleção de fosfato; Expansão do volume de líquido extracelular;Perda renal primária de Mg. Também pode ter causas nutricionais.
7) Causas do aumento: Iatrogênicos é a causa habitual, mais frequentemente com comprometimento da função renal (diuréticos, antiácidos ou enemas contendo mg, uso abusivo de laxativos e catárticos, nutrição parenteral mg para eclâmpsia ou trabalho de parto prematuro, intoxicação por carbonato de lítio); Insuficiência renal; Desidratação com coma diabético antes do tratamento; Hipotireoidismo; Doença de Addison e após suprarrenalectomia; DM controlado em pacientes idosos; Ingestão acidental de grande quantidade de água do mar.
1) Eletrólito: FOSFATO
2) Principais características: No organismo, além de seu papel na mineralização óssea, o fósforo na forma de fosfato, participa de uma variedade de funções estruturais e metabólicas. Por exemplo, os fosfolípides nas membranas celulares, o fosfato de alta energia na captura e transferência de energia, como segundo mensageiro no sistema endócrino (AMPc) e como eixo principal para RNA e DNA. Portanto, as anormalidades no metabolismo do fósforo podem originar inúmeros problemas.
3) Interferentes: A bilirrubina até 5 mg/dL e lipemia (triglicérides até 170 mg/dL) não produzem interferências significativas. Amostras com valores de bilirrubina acima de 5 mg/dL produzem resultados falsamente elevados. Amostras com valores de triglicérides acima de 170 mg/dL produzem resultados falsamente elevados por interferência fotométrica.
4) Metodologia de dosagem: metodologia colorimétrica de ponto final, simples, rápida e direta para a dosagem do fósforo.
5) Valores de referência: Soro ou plasma - Adultos: 2,5 a 4,8 mg/dL, Crianças e Adolescentes, variável com a idade de 2 a 12 anos os valores são de 4,5 a 5,5 mg/dL, acima de 12 anos os valores são de 2,5 a 4,8 mg/dL; Urina: 300 a 1000 mg/24 horas; Fosfolípides em lecitina: 125 a 300 mg/dL.
6) Causas da diminuição: A concentração de fósforo está diminuída na fase de absorção dos carboidratos (glicose e demais açúcares são fosforilados ao penetrar nas células).
A hipofosfatemia típica ocorre no: hiperparatiroidismo, raquitismo (deficiência de Vitamina D), este atorreia e em algumas doenças com reabsorção tubular de fosfato deficiente (Síndrome de Fanconi). A ingestão prolongada de antiácidos contendo hidróxido de alumínio e hidróxido de magnésio ocasiona uma diminuição do fósforo sérico pela precipitação de fosfatos insolúveis no trato gastrointestinal.
7) Causas do aumento: A concentração de fósforo no soro está aumentada na insuficiência renal (aguda e crônica), no hipoparatiroidismo, hipervitaminose D, acromegalia, rabdomiólise e nas situações de lise tumoral aguda (por exemplo, quimioterapia do linfoma). A hiperfosfatemia pode ocorrer após a administração de laxativos e enemas de retenção contendo fosfato.
Referências
BARBOSA, Arnaldo Prata; SZTAJNBOK, Jaques. Distúrbios hidroeletrolíticos. Jornal de pediatria, v. 75, n. Supl 2, p. S223, 1999.
DOS SANTOS BOTELHO, Ana Carla Campos. Intervalos de referência para sódio, cloreto e potássio em amostras urinárias isoladas. Dissertação (mestrado): Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Medicina. Belo Horizonte, 2015.
VIEIRA, José Gilberto Henriques. Diagnóstico laboratorial e monitoramento das doenças osteometabólicas. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 43, n. 2, p. 75-82, 2007.
WALLACH, Jacques B.; WILLIAMSON, Mary A; SNYDER, L. Michael. Wallach Interpretação de exames laboratoriais. 9. ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2013. xiv, 985 p. 
Kits de Diagnóstico
CÁLCIO – PP. Belo Horizonte: Gold Analisa Diagnóstico, 2012. Kit de diagnóstico.
CLORETOS. Belo Horizonte: Gold Analisa Diagnóstico, 2019. Kit de diagnóstico.
FÓSFORO. Belo Horizonte: Gold Analisa Diagnóstico, 2010. Kit de diagnóstico.
MAGNÉSIO – PP. Belo Horizonte: Gold Analisa Diagnóstico, 2012. Kit de diagnóstico.
POTÁSSIO. Belo Horizonte: Gold Analisa Diagnóstico, 2009. Kit de diagnóstico.
SÓDIO ENZIMÁTICO SD. Lagoa Santa: Labtest Diagnóstico, 2011. Kit de diagnóstico.

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