Buscar

GerenciamentoDeEstoque_capitulo-02

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Dimensionamento e Controle de Estoques
Núcleo de Educação a Distância 
www.unigranrio.com.br
Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 
25 de Agosto – Duque de Caxias - RJ
Reitor
Arody Cordeiro Herdy
Pró-Reitoria de Programas de Pós-Graduação
Nara Pires
Pró-Reitoria de Programas de Graduação
Lívia Maria Figueiredo Lacerda
Produção: Gerência de Desenho Educacional - NEAD Desenvolvimento do material: Vilson Vieira de Paula
1ª Edição
Copyright © 2019, Unigranrio
Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por 
fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, da Unigranrio.
Pró-Reitoria Administrativa e Comunitária
Carlos de Oliveira Varella
Núcleo de Educação a Distância (NEAD)
Márcia Loch
Sumário
Dimensionamento e Controle de Estoques
Para início de conversa… .................................................................... 04
Objetivos ............................................................................................ 05
1. Métodos de Planejamento para os Estoques .............................. 06
2. Sistemas de Controles de Estoques ......................................... 13
3. Controle e Acuracidade de Estoques .......................................... 19
Referências ......................................................................................... 24
4 Gestão de Suprimentos
Para início de conversa…
O dimensionamento de estoques é uma parte importante das políticas 
de manutenção e investimentos em materiais, ganhando importância 
estratégica na gestão de ativos.
Neste capítulo, veremos que os métodos de planejamento de estoque 
são uma parte importante para a garantia da satisfação de clientes externos e 
internos. Os métodos de previsão de consumo Último Período, Média Móvel 
e Média Ponderada são os mais antigos e possuem falhas em sua condução. 
Diante disso, sistemas de redundância são empregados, como os sistemas de 
duas gavetas e de inserção do estoque de segurança, como forma de não parar 
as atividades operacionais da empresa.
Veremos, também, que a definição de níveis de segurança para 
estoques requer, periodicamente, ajustes, pois, como o mercado é dinâmico, 
ainda mais na sociedade da informação, com tecnologias móveis à disposição 
do consumidor final, a demanda passa por oscilações.
Por fim, estudaremos os mecanismos de controle, como o inventário, 
sendo este voltado a assegurar confiabilidade por meio do investimento em 
materiais, de forma transparente. Empresas reservam em sua agenda anual 
momentos para a contagem de inventário, atividade cansativa, mecânica 
e repetitiva, porém, necessária para atestar o controle empregado nas 
movimentações de mercadorias ao longo das operações diárias. 
5Gestão de Suprimentos
Objetivos
 ▪ Compreender os métodos de planejamento de estoques.
 ▪ Entender os sistemas de controle de estoques.
 ▪ Identificar controles para a acurácia dos estoques.
6 Gestão de Suprimentos
1. Métodos de Planejamento para os Estoques
A previsão para estoques necessariamente passa por prognóstico ou 
planejamento das aquisições para atendimento da demanda. Prever, com 
exatidão, o consumo de uma empresa em um determinado mês representa 
uma tarefa bastante difícil, mas é necessário chegar a um número que atenda 
às necessidades de consumo, sem exceder os níveis e sem permitir a ruptura 
de estoques.
A estimativa de consumo de produtos consumidos, comercializados ou 
adquiridos pelos consumidores e no aguardo de entrega seguem os seguintes 
passos básicos:
 ▪ planejamento da empresa;
 ▪ diferente das metas do comercial;
 ▪ coerente com os custos de aquisição de materiais.
O planejamento em relação ao investimento em inventário segue as 
políticas de investimentos e pagamentos da organização, em que o funcionário 
da área de compras segue essa cartilha em suas decisões.
A análise que determina que aquisições devem ser diferentes das metas 
de vendas obedece a premissa de que cada item respeita tempos diferenciados 
de pedido e entregas. Sem desrespeitar a coerência, os custos relacionados 
à aquisição de materiais devem seguir valores razoáveis para a política de 
manutenção de estoques da empresa.
As informações que direcionam as decisões voltadas à dimensão e 
demandas de consumo seguem dois tipos de dados: qualitativos e quantitativos.
 
Dados Precisos
Quantitativos
- Relacionados a pedidos de vendas anteriores, como mês, ano ou 
semestre anterior.
- Família de produtos relacionados e promoções associadas, como venda 
de carne e itens para churrasco.
- Épocas de maior ou menor sazonalidade por um item.
- Lançamento de produto e sua relação com divulgação e propaganda.
7Gestão de Suprimentos
Qualitativos
Dados Comportamentais
 ▪ A experiência da gerência.
 ▪ A experiência dos funcionários do comercial.
 ▪ A experiência dos empregados da área de compras.
 ▪ Dados de pesquisas junto a consumidores. 
 Quadro 1: Informações para Planejamento de Estoques. Fonte: Elaborado pelo autor. 
A previsão de consumo, segue a técnicas específicas, dividindo-se 
em três grandes áreas a fim de facilitar o entendimento da previsão de 
consumo. A saber:
Figura 1: Técnicas de previsão de consumo. Fonte: Elaborado pelo autor.
 
As técnicas relacionadas à Projeção representam a expectativa de 
que as vendas do passado possam se repetir no presente ou que terão algum 
acréscimo ao longo do tempo. Esses são aspectos puramente quantitativos.
Já as técnicas voltadas para a Explicação seguem o volume de vendas 
do passado, com base em variáveis seguras, sendo utilizados métodos de 
correlação e de regressão.
Por fim, a técnica de Predileção faz uso do conhecimento de 
funcionários já experientes na área e que conhecem as variações de mercado e 
podem contribuir com informações relevantes acerca das quantitativas ideias 
para atender ao período determinado de consumo.
Previsão de
consumo
Projeção Explicação Predileção
8 Gestão de Suprimentos
Os estudos de demanda podem seguir modelos que lidam com 
incertezas, como Demanda Dependente e Demanda Independente. Veja, a 
seguir, suas características:
Demanda Dependente Demanda Independente
 ▪ Todos conhecem.
 ▪ Segue programação.
 ▪ É controlada.
 ▪ A organização não tem controle.
 ▪ É o mercado que determina volumes, 
preço e procura.
 ▪ A empresa desconhece sua previsão.
Uma outra forma de estudo segue a lógica da evolução da demanda ou 
do consumo de produtos:
 
 ▪ Evolução de Consumo em Constância.
 ▪ Evolução de Consumo por Propensão ou Tendência.
 ▪ Evolução de Consumo por Sazonalidade.
 
A evolução de Consumo por Constância, também chamada de 
Horizontal, é identificada pelo seu consumo médio. Verifique, no Gráfico 1, 
a linha horizontal que corta o comportamento de consumo.
 
 
Gráfico 1: Evolução Horizontal. Fonte: Adaptado de Dias (2008).
Consumo
(Unidades) Consumo
efetivo
Consumo
médio
Tempo
(Período)
50
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
9Gestão de Suprimentos
 A evolução de Consumo por Propensão ou Tendência estabelece uma 
relação de aumento de consumo ao longo do período. Observe, no Gráfico 2, 
a linha inclinada do comportamento da demanda.
 
Gráfico 2: Evolução por Tendência. Fonte: Adaptado de Dias (2008).
 
A evolução de Consumo por Sazonalidade traz como característica o 
comportamento oscilante da demanda, sendo, em alguns momentos, crescente 
e, em outros, horizontal. Observe o Gráfico 3. 
Gráfico 3: Evolução por Sazonalidade. Fonte: Adaptado de Dias (2008).
As diversas possibilidades que explicam a evolução do consumo 
devem considerar aspectos que recebem diversas influências, dentre as quais 
podemos destacar:
Consumo
(Unidades) Consumo
efetivo
Consumo
médio
Tempo
(Período)
50
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Consumo
efetivo
Consumo
médio
Tempo
(Período)
50
01 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Consumo
(Unidades)
25%
10 Gestão de Suprimentos
 ▪ política;
 ▪ econômica;
 ▪ fatores de sazonalidade;
 ▪ mudanças no mercado;
 ▪ momento conjuntural.
 
Assim, podemos concluir que, conhecendo o perfil da demanda, 
torna-se possível o emprego de técnicas para prever o consumo de itens, facilitando 
a realização de pedidos de mercadorias ou de itens. Observe a Figura 2. 
Figura 2: Métodos de Previsão de Consumo. Fonte: Elaborado pelo autor.
 Método do Último Período (MUP)
Neste método, repete-se a realidade do período anterior (mês). Vale 
ressaltar que há empresas que trabalham com a realidade do ano anterior.
 
Período: Agosto Setembro Outubro Novembro
Demanda: 29 32 30 30
Tabela 1: Método do Último Período. Fonte: Elaborado pelo autor.
Prevê, no período seguinte, 
o comportamento anterior.
Semelhante ao método 
anterior, porém, considera 
a média.
Semelhante à média 
móvel, mas faz uso da 
distribuição de pesos.
Método do Último
Período
Média Móvel
Média Móvel
Ponderada
11Gestão de Suprimentos
Esse método traz fragilidades grosseiras, pois desconsidera 
sazonalidades, variáveis externas e a análise de conjuntura, portanto, pode ser 
que haja ou não assertividade.
Nesse método, seguindo o exemplo apresentado na Tabela 1, o pedido 
que será feito no mês de novembro será de 30 unidades, pois levará em 
consideração a realidade do mês de outubro.
 
Método da Média Móvel (MMM)
Neste método, considera-se a média dos períodos anteriores para 
projetar a demanda futura. As inconsistências ocorrem quando se trata de 
períodos em que existe demanda crescente ou decrescente, não sendo atingida 
a média estabelecida, o que pode acarretar em excesso de mercadoria ou na 
ruptura do estoque.
Veja como funciona:
CMM = C1 + C2 + C3 ...... + Cn
 n
Sendo:
CMM = Consumo da Média Móvel
C1 = Consumo anterior do primeiro período
n = Representa o número de períodos anteriores
Agora, aplicando esse modelo na Tabela 1, teremos:
CMM = 29 + 32 + 30 = 30, 33 ou, para efeito de pedidos, 31 unidades.
 3
Média Móvel Ponderada (MMP)
Este método considera a ponderação entre as variáveis anteriores, com 
interesse em estabelecer um valor médio futuro. 
Para a correta e eficiente aplicação desse método, é importante a 
adoção das seguintes regras:
12 Gestão de Suprimentos
 ▪ Nos períodos mais próximos, são atribuídos maiores percentuais.
 ▪ Na última ocorrência de período, atribui-se menor ponderação.
 ▪ O somatório dos percentuais deve ser de 100%.
Veja a fórmula:
MMP = C1 X P1 + C2 X P2 + C3 X P3 + .......... Cn X P n
Sendo:
CMM = Média Móvel Ponderada
C1 = Consumo anterior do primeiro período
P1 = Percentual aplicado
n = Representa o número de períodos anteriores
Considere a aplicação do método MMP na Tabela 2:
Período Consumo Percentual % Quantidade
1 200 10 20
2 80 20 16
3 200 30 60
4 150 40 60
x - 100 = 156
Tabela 2: Consumo da Média Móvel Ponderada. Fonte: Elaborada pelo autor.
13Gestão de Suprimentos
2. Sistemas de Controles de Estoques 
Representa grande desafio para a Gestão de Suprimentos encontrar o 
dimensionamento ideal do seu volume de estoque, assim como o controle do 
fluxo durante todo o processo. Métodos são utilizados com o intuito de tornar 
possível esse desafio em um contexto de demanda real oscilante. A seguir, 
serão apresentados diversos sistemas e elementos auxiliares na manutenção 
de estoques.
Sistema de Duas Gavetas 
Este método traz grande facilidade em seu manuseio, sendo ideal para 
produtos que não possuem grande valor agregado nem grandes problemas 
com ressuprimento.
O sistema de duas gavetas parte da ideia de trabalhar com duas “caixas” 
ou gavetas, A e B, em que se supõe que, na caixa B, tenha a quantidade 
necessária para trabalhar por um período e, na caixa A, tenha armazenada a 
quantidade suficiente de itens necessários para atender à demanda do ponto 
de solicitação de itens até o ressuprimento, que também é chamado de tempo 
de reposição de mercadorias (a caixa A é acionada após acabar o estoque da 
caixa B).
Veja, na Figura 3, o funcionamento do sistema. No início da operação, 
o estoque está em alta e com o seu nível máximo de estocagem. 
Figura 3: Sistema de Duas Gavetas. Fonte: Adaptado de Dias (2008).
Caixa A Caixa B
14 Gestão de Suprimentos
 Durante as operações de produção, venda e consumo, o estoque da 
caixa B chega a sua condição final de atendimento e, imediatamente, a caixa A 
entra em atividade para atender à demanda. Nessa fase, o pedido de reposição 
é processado para B e também para completar o nível de A.
Figura 4: Sistema de Duas Gavetas em atividade. Fonte: Adaptado de Dias (2008).
Durante a operação, ocorre o consumo em estoque de mercadorias 
para atender a determinado período X – o que ocorre, semelhantemente, com 
a caixa B. Sendo feito o pedido de ressuprimento, o estoque de segurança de 
A garante o atendimento da demanda caso ocorra aumento de consumo. 
A descrição do Gráfico 4 permite uma melhor compreensão desse 
fluxo. Observe:
 
 
Gráfico 4: Manutenção de Estoques. Fonte: Adaptado de Dias (2008).
Caixa A Caixa B
Tempo
Quantidade
em estoque
Consumo
do estoque
Re
po
siç
ão
 do
 es
toq
ue
Consumo
do estoque
15Gestão de Suprimentos
Um elemento importante para que exista o atendimento do 
ressuprimento de cargas é encontrar o ponto de pedido ideal, o qual deve 
levar em consideração o tempo que a carga demora a chegar em estoque: é o 
chamado Ponto de Pedido, conforme demonstra o Gráfico 5.
Gráfico 5: Intervalo de Ressuprimento. Fonte: Adaptado de Dias (2008).
Nesse método, deve-se estar atento aos fatores fundamentais na 
manutenção de estoques, como:
 ▪ consumo e o período;
 ▪ tempo para estabelecer o pedido;
 ▪ fazer cálculos para chegar ao quantitativo;
 ▪ estabelecer os estoques máximos e mínimos (estoque de segurança);
 ▪ encontrar o Lote de Compras necessário.
 
Sistemas de Máximo-Mínimo
A reposição de estoque parte de uma realidade congelada, em que, 
no mundo real, diversos fatores ocorrem em simultaneidade e alteram 
os quantitativos para mais ou para menos, conforme o comportamento 
do mercado.
IR
Est. Máx
PP PP
Est. Mín
16 Gestão de Suprimentos
Estabelecer máximo e mínimo de estocagem traz segurança para 
gerir as oscilações da manutenção de estoques. Observe que Dias (2008) 
tenta representar graficamente o momento em que o pedido de reposição de 
estoques é feito, destacando o tempo entre os pedidos.
Gráfico 6: Ponto de Pedido. Fonte: Adaptado de Dias (2008).
Sistemas de Revisões Periódicas
Este sistema elabora ressuprimento constante, em períodos constantes, 
sendo necessária a definição de quantidades, período de pedido, intervalos de 
ressuprimento, sem contar considerações como estoque máximo e estoque de 
segurança.
Gráfico 7: Revisão Periódica. Fonte: Adaptado de Dias (2008).
Sistemas MRP I e II
A Gestão de Suprimentos tem a missão de encontrar o melhor 
dimensionamento do estoque para servir à organização por um período, bem 
como conhecer fluxos, demandas, necessidades de materiais e ferramentas de 
controle e acompanhamento aplicados à Gestão de Materiais.
PP PP
IR
Est. Mín
Est. Máx
T
Q
E. Mn
Q
Revisão Revisão Revisão
Q Q
T
17Gestão de Suprimentos
Dentre diversos Sistemas de Controle e Planejamento de Materiais, 
o MRP (Materials Requirements Planning) trabalha com a requisição de 
suprimentos. Seus desafios são:
 ▪ efetivamente manter a disponibilidade do item em estoque para uso;
 ▪ garantir baixos custos de inventário;
 ▪ efetuar o planejamento de produção, matéria-prima e entregas.
 
O Sistema MRP atua extraindo de banco de dados informações 
relacionadas à produção, demanda e recursos. Seu relatório final traz toda a 
programação de produção para atender a um período.
O MRP II traz a incorporaçãode elementos das áreas relacionadas à 
produção, como: Recursos Humanos, Finanças, Compras e Marketing, o que 
agrega praticidade e aplicabilidade à ferramenta.
 
Sistemas ERP
São sistemas com bancos de dados interligados, voltados à atividade de 
produção e atendimento à demanda de uma empresa. Esses sistemas interagem 
com o financeiro, gestão de estoques, recursos humanos, área comercial e 
logística, ou seja, com todas as áreas que são vitais dentro de uma empresa.
A sigla ERP significa Enterprise Resource Planning ou, em português, 
Planejamento de Recursos Empresariais. Um sistema de ERP está distribuído 
em três camadas:
 ▪ cadastro;
 ▪ extração de dados relacionados à produção;
 ▪ customizações para gerar relatórios.
 
Os sistemas ERP relacionam dados diversos, como dados de clientes, 
fornecedores, produtos e Fisco, dentre outros.
Seus benefícios estão principalmente voltados à melhoria de 
performance dos seguintes aspectos:
18 Gestão de Suprimentos
 ▪ custos com estocagem;
 ▪ melhor uso de mão de obra;
 ▪ ganhos de produção;
 ▪ otimização de processos, logística, ciclo de pedido;
 ▪ redução do prazo de entrega.
Contribuições: WMS, Just in Time, Kanban
A Gestão de Suprimentos conta com mais ferramentas, como 
o Software WMS, que tem por finalidade o melhor gerenciamento de 
mercadorias dentro de um CD (Centro de Distribuição) ou Armazém. A sigla 
WMS significa Warehouse Management System ou Sistema de Gerenciamento 
de Armazém.
Após o cadastro da mercadoria, o software encarrega-se de prover o 
melhor endereçamento dentro do Armazém, desde que todos os parâmetros 
tenham sido registrados. O sistema também faz a retirada da mercadoria, 
baixa em estoque, controle de validade, controle do fornecedor e outras 
funcionalidades muito importantes à Gestão de Suprimentos. Veja, a seguir, 
mais aplicabilidades do WMS:
Aplicabilidades do WMS:
Programa recebimento e faz o recebimento de cargas.
Direcionamento ou endereçamento da carga nas instalações do CD.
Armazenagem da carga e separação da carga em ordem de pedido.
A expedição da carga e abastecimento.
Vantagens do WMS:
Reduz consideravelmente reclamações de clientes com entregas.
19Gestão de Suprimentos
Faz melhor uso dos recursos da organização.
Traz diferencial para o negócio.
Melhor controle de produtividade, fluxos, armazenagem e desempenho.
Quadro 2: Aplicações e vantagens do WMS. Fonte: Elaborado pelo autor.
Os sistemas JIT, ou Just in Time, surgem como contribuição da 
indústria automotiva japonesa e têm por premissa a otimização da produção 
em função da demanda real.
A sigla JIT aplica-se à administração de produção e indica a hora certa 
para produzir e entregar, de forma que não ocorra excesso e nem a falta do 
produto. É o perfeito sincronismo da produção com vendas, em que, antes de 
faltar o produto, a reposição já está acontecendo.
Já o sistema Kanban faz uso de cartões identificados no processo de 
produção e, à medida que a produção acontece, os cartões são deslocados 
pelos setores; a partir daí, é informada a necessidade de reposição, à medida 
que a produção do item avança na linha de montagem. Nesse modelo, o 
estoque está sempre em movimento.
 
3. Controle e Acuracidade de Estoques
 
A Gestão de Suprimentos conta com um mecanismo de controle 
chamado de inventário de estoque, que consiste no conjunto de atividades 
e procedimentos de registro de itens e localização que devem ter acurácia 
máxima, ou seja, o que está registrado nos sistemas quando de sua entrada 
deve ser fiel à contagem física de produtos – a isso chamamos de acurácia nos 
estoques.
 
Conceito e Aplicação de Inventário Físico: Tipologia e Aplicação
De tempo em tempo, a contagem de estoque precisa ocorrer para 
confrontar os mecanismos de controle e apuração mediante sua contagem 
física. Essa rotina visa verificar:
20 Gestão de Suprimentos
 ▪ possíveis diferenças de precificação;
 ▪ alguma diferença de registros de forma física x sistema;
 ▪ levantamento do investimento em estocagem.
Empresas que necessitam manter estoques para sua operação lidam com 
o grande desafio de apresentar a informação real do que se tem armazenado. 
Tal desafio fica ainda mais emocionante quando a empresa persegue a ideia de 
trabalhar com nível de estoque mais reduzido ou enxuto, como alguns autores 
gostam de dizer, sem perder o nível de oferta de um bom serviço prestado 
ao cliente. 
O Inventário é uma listagem completa de todos os produtos 
armazenados no estoque de uma empresa. Ele identifica, classifica e determina 
o valor de cada produto. 
Um inventário pode ser Geral ou Rotativo. O inventário geral é feito 
no fim do exercício, sendo um processo longo, cansativo, porém, necessário 
para apurar possíveis descontinuidades. Já o inventário rotativo são contagens 
menores, distribuídas ao longo de todo o ano, podendo envolver grupos 
diversos de produtos, como:
 ▪ Grupo A: Para produtos de maior valor agregado e que trazem maior 
necessidade de controle. Esses produtos devem ser controlados, em 
média, a cada 3 ou 4 meses.
 ▪ Grupo B: Esses produtos não representam o carro-chefe da 
empresa nem possuem alto valor, mas devem ser controlados, 
pelo menos, a cada 6 meses.
 ▪ Grupo C: São materiais que não possuem grande saída e podem 
ser contabilizados, anualmente, no Inventário Geral.
 Segundo Nogueira (2016), há, ainda, outros tipos de inventário, 
sendo necessário a empresa escolher o modelo que melhor se adequa a seu 
negócio. São eles:
Inventário Permanente - Neste modelo, existe um processo de 
inventário periódico, em que todas as SKUs são contabilizadas pelo menos 
21Gestão de Suprimentos
uma vez por ano. É comum, dependendo da Classe do Produto, contagem do 
item A = quatro vezes ao ano, B = duas vezes ao ano e C = uma vez por ano.
Inventário Gratuito - Este modelo é aplicável em empresas que 
fazem uso do Inventário Rotativo nos processos de separação de mercadorias. 
Nesse caso, há necessidade de inventário se for encontrada informação de 
algum lote zerado ou a findar-se. Em momentos de ociosidade da mão de 
obra, funcionários são direcionados à contagem de itens conforme a classe. 
Os sistemas WMS e RFID já exploram essa prática.
Inventário por Grupo ou Itens - Neste caso, um grupo específico de 
produtos é focado por questões específicas, seja por custo alto do produto ou 
por ser uma carga muito visada no mercado.
Inventário por Amostra - Muito aplicado em procedimento de 
auditoria. Nesse modelo, parte-se da ideia de que uma amostra representa o 
todo, de forma estatística. 
Inventário por Proposição Física - Com ajuda da tecnologia da 
informação, a organização da carga é viabilizada por meio de endereçagem e 
localização. O objetivo desse modelo é otimizar o tempo de contagem.
Inventário por Lote - Apoia-se ao modelo por proposição física, 
porém, o Inventário por Lote permite rastrear a informação e obter dados 
como: acompanhar o consumo de itens, lotes de fabricação e giro em estoque 
da carga, tornando o inventário mais abastecido de informações.
Para melhor êxito no seu desenvolvimento, o planejamento e preparo 
do procedimento de inventário deve seguir alguns ritos:
 ▪ convocação dos envolvidos;
 ▪ distribuição dos mecanismos de registro;
 ▪ análise física;
 ▪ definição da forma de execução do inventário;
 ▪ análises de registros e apurados;
 ▪ controles de Cut-Off.
22 Gestão de Suprimentos
 Após as etapas de planejamento, resta, então, sua execução. Observe 
a Figura 3.
Figura 3: Etapas do Inventário Físico. Fonte: Elaborado pelo autor.
 
O Resultado Final do Inventário
Um termo muito aplicado quando o assunto é Inventário é a 
Acuracidade ou Acurácia no Inventário, que representa a confiança que o 
relatório traz, por meio de qualidade na informação, fidedignidade dos dados 
e precisão nos resultados, de forma que o físico reflita o relatório ou que as 
informações contidas no sistema sejam a realidade encontrada no estoque no 
momento.
Sustentar a fidelidade das informações duranteas operações diárias 
representa um grande desafio e exige planejamento e ação com mecanismos 
auxiliares aos processos de trabalho, sem que se tornem barreiras operacionais.
A Acurácia tem sua importância, pois irá descortinar falhas nos processos, 
inconsistências, possíveis fraudes ou, ainda, procedimentos de trabalho, o que 
pode ser nocivo aos resultados esperados de produtividade e qualidade.
 
De acordo com Nogueira (2016), ao final dos processos, quando 
analisados dados da ficha de inventário com os quantitativos físicos encontrados 
Convocação dos 
participante
 do Inventário.
Registros
de Inventário.
Cut-Off: 
Cruzamento 
de itens com 
relatórios e 
notas fiscais.
Arrumação 
dos itens 
inventariados: 
áreas, setores, 
produtos, espaço 
circulante.
Contagem ou 
apuração do 
estoque.
Explicações, 
reconciliação, 
ajustes… Cada 
empresa nomeia 
da forma que 
achar mais 
adequada e que 
mais representar 
essa fase, em 
que se procuram 
justificativas 
para 
inconsistências 
encontradas em 
estoque.
1 2 3 4 5 6
23Gestão de Suprimentos
em estoque, gera-se um resultado que representa o índice de acurácia do 
relatório emitido, sendo esse um saldo indicador gerencial. Veja a equação:
Equação da Acuracidade 
Acuracidade = Quantidade de informações com Saldo Correto x 100
 Quantidade de itens verificados
Ao longo deste capítulo, foi possível conhecer os diversos métodos 
de planejamento considerados pelas empresas e seus critérios de formulação.
Para atender às diversas demandas de consumo, o mercado lança mão 
dos métodos Último Período, Média Móvel e Ponderada Móvel. Já no interior 
das empresas, predominam os métodos de controle de estoque, como: duas 
gavetas, máximos e mínimos, além dos controles, softwares e sistemas que 
também são empregados nessa tarefa.
24 Gestão de Suprimentos
Referências
DIAS, M. A. P. Administração de materiais. São Paulo: Atlas, 2008.
NOGUEIRA, A. S. Logística empresarial: um guia prático de operações 
logísticas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2016. 
	Título da Unidade
	Objetivos
	Introdução
	Conceituação e Importância da Gestão 
de Suprimentos para as Organizações
	Para início de conversa…
	Objetivo
	1.	A Importância da Gestão de Estoques e dos Suprimentos para as Organizações
	2.	As Áreas da Administração de Materiais (Planejamento, Compras e Armazenagem)
	3.	Atividades de Classificação, Descrição e Codificação de Materiais
	3.1	A Classificação de Materiais
	3.2 	Tecnologias Aplicadas à Classificação de Materiais
	3.3 	Leitura por Radiofrequência
	Referências
	Dimensionamento e Controle de Estoques
	Para início de conversa…
	Objetivos
	1.	Métodos de Planejamento para os Estoques
	2.	Sistemas de Controles de Estoques 
	3.	Controle e Acuracidade de Estoques
	Referências
	Níveis de Estoques
	Para início de conversa…
	Objetivo
	1. 	Conceito e Aplicação da Curva Dente de Serra e os Elementos de Ressuprimento
	2. 	Cálculo do Estoque de Segurança, Tempo de Reposição e Ponto de Pedido
	3. 	Cálculo do Nível Operacional, Quantidade de Ressuprimento, Nível de Ressuprimento
	Referência
	Classificação ABC de Materiais
	Para início de conversa…
	Objetivo
	1. 	Conceito e Aplicação da Classificação ABC de Materiais
	1.1 	Aplicação da Classificação ABC de Materiais
	2. 	Cálculo da Classificação ABC de Materiais
	2.1 	A Formação do Cálculo
	3. 	Construção do Gráfico da Curva ABC
	Referências

Mais conteúdos dessa disciplina