Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Máquinas de Elevação e Transportes Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Me. Marcelo Leonildo Teruel Revisão Textual: Prof.ª Me. Natalia Conti Dimensionamento de Cabos de Aço, Polias, Tambores e Talhas (DIN 15020) • Diâmetro Mínimo Admissível de um Cabo de Aço – Segundo a DIN 15020; • Tabelas e Aplicações de alguns Cabos de Aço; • Polias para Cabos de Aço – Segundo DIN 15062; • Talhas. • Dimensionamento e a seleção de alguns componentes de uma máquina de elevação e transporte de cargas, mais especifi camente de cabos de aço, polias, tambores e talhas, segundo a norma DIN 15020. OBJETIVO DE APRENDIZADO Dimensionamento de Cabos de Aço, Polias, Tambores e Talhas (DIN 15020) Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Dimensionamento de Cabos de Aço, Polias, Tambores e Talhas (DIN 15020) Diâmetro Mínimo Admissível de um Cabo de Aço – Segundo a DIN 15020 Na unidade anterior, para obter o diâmetro de um cabo de aço para uma deter- minada aplicação, utiliza-se a equação: CRM=CR.Fs; e, com o valor do CRM, faz- -se uma consulta às tabelas dos fabricantes (por exemplo, a CIMAF) e seleciona-se o cabo, e indiretamente, o seu diâmetro. De acordo com a norma DIN 15020 (Aparelhos de elevação; Cálculo e Cons- trução), porém, podemos calcular o diâmetro do cabo de aço de forma direta, por meio da equação abaixo: = ×dmín k F Onde: • dmin = diâmetro mínimo admissível do cabo (mm) (dcabo) • k = coeficiente dado pela tabela 1 (mm/Kg1/2) • F = Solicitação do cabo (Kg) Tabela 1 – Valores de k Grupo de Transmissão por cabo Número de ciclos por hora Valores mínimos de k em mm/√kg 0 até 6 0,28 1 de 6 a 18 0,30 2 de 18 a 30 0,32 3 de 30 a 60 0,35 4 acima de 60 0,38 Fonte: FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-12 Relação D/d para o Tambor ou para a Polia Para que possamos determinar o diâmetro do tambor (Dt) ou o diâmetro da po- lia (Dp) de uma determinada aplicação, utiliza-se a relação D/d da tabela 2 abaixo. Onde D = Diâmetro da Polia ou do Tambor e d = diâmetro do cabo de aço. Tabela 2 – Relação D/d Grupo Valores mínimos D/d Tambor Polia Polia Compensadora 0 15 16 14 1 18 20 14 2 20 22 15 8 9 Grupo Valores mínimos D/d Tambor Polia Polia Compensadora 3 22 24 16 4 24 26 16 Nota: Os valores de k foram calculados para cabos de aço de τr = 160 Kg/mm 2, e coeficiente de segurança C.S = 4,5 até 8,3 Fonte: FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-12 Tabelas e Aplicações de alguns Cabos de Aço Figura 1 – Cabo de aço polido – Categoria 6 x 37 Especial para Pontes Rolantes e Guindastes Fonte: FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-13 Tabela 3 – Resistência à Tração dos arames: 100 a 200 Kg/mm2 Diâmetro Peso Aprox. (kg/m) Carga de Ruptura mínima efetiva (kg) 1/4 “ 0,15 2350 5/16” 0,24 3650 3/8” 0,33 5230 1/2” 0,58 9250 5/8” 0,91 14300 3/4” 1,29 20500 7/8” 1,77 27700 1” 2,31 36100 1 1/8” 2,92 45400 1 1/4” 3,60 55800 1 3/8” 4,36 67200 1 1/2” 5,19 79700 1 5/8” 6,09 93400 1 3/4” 7,07 108000 Com alma de aço: as cargas de ruptura aumentam em 7,5 %. Com acabamento galvanizado: as cargas de ruptura diminuem em 10%. Fonte: FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-13 9 UNIDADE Dimensionamento de Cabos de Aço, Polias, Tambores e Talhas (DIN 15020) Figura 2 – Cabo de aço classe 6 x 36 – Alma de fibra – CIMAF Fonte: Catálogo CIMAF – Pág. 62 Tabela 4 – Cabo de aço classe 6 x 36 – Alma de fibra – CIMAF Diâmetro Massa Aprox. (kg/m) Carga de Ruptura Mínima (tf) mm pol. IPS EIPS 6,4 1/4” 0,150 2,50 2,72 8,0 5/16” 0,228 3,90 4,26 9,5 3/8” 0,353 5,55 6,10 11,5 7/16” 0,479 7,88 8,27 13,0 1/2” 0,580 10,10 10,80 14,5 9/16” 0,786 12,50 13,60 16,0 5/8” 0,919 15,20 16,80 19,0 3/4” 1,359 22,00 24,00 22,0 7/8” 1,842 29,50 32,60 26,0 1” 2,376 38,50 42,60 29,0 1.1/8” 3,064 50,10 53,90 32,0 1.1/4” 3,770 60,10 66,50 35,0 1.3/8” 4,687 73,00 80,50 38,0 1.1/2” 5,530 86,50 95,80 45,0 1.3/4” 7,628 117,70 130,40 52,0 2” 9,978 153,80 170,30 Fonte: Catálogo CIMAF – Pág. 62 Figura 3 – Cabo de aço polido categoria 8 x 19 – Especial para Elevadores – CIMAF Fonte: FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-14 10 11 Tabela 5 – 8 x 19 Seale AF - Construção 1-9-9 - Qualidade: arame de aço especial para elevadores Diâmetro Peso Aprox. (kg/m) Carga de Ruptura mínima efetiva (kg) 1/4 “ 0,13 1630 5/16” 0,21 2540 * 3/8” 0,3 3720 * 1/2” 0,53 6580 * 5/8” 0,85 10400 3/4” 1,22 14500 7/8” 1,65 19000 1” 2,16 24500 Normalmente mais usados para Elevadores Fonte: FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-14 Grupos dos Aparelhos de Elevação – Segundo DIN 15020 Tabela 6 – Classifi cação dos aparelhos de elevação segundo os vários grupos defi nidos pela norma DIN 15020 Tipo de Aparelho Tipo de Movim. GRUPO Observação 1 Sarilhos e pontes manuais Elevação 0 - 2 Pontes de casas de máquinas Elevação 0 - 3 Pontes de locomotivas Elevação 1 a 2 2: quando trabalho normal à plena carga 4 Pontes de oficinas e lugares de pequena capacidade Elevação 1 a 2 2: quando trabalho normal à plena carga 5 Pontes de oficinas e lugares de grande capacidade Elevação 1 a 2 - 6 Pontes de montagem Elevação 1 - 7 Pontes de fundição Elevação 1 a 2 3 a 4: para pontes com cargas em fusão 8 Guincho de rebitagem Elevação 1 a 2 - 9 Guindastes de estaleiros Elevação 1 a 2 2: quando trabalho normal à plena carga 10 Guindastes pesados e flutuantes Mov. Lança Elev. 0 a 1 2 a 3: em casos de riscos elevados 11 Guindastes giratórios em pórtico e flutuantes Mov. Lança 0 - a) para fixação de carga no gancho Elevação 1 a 2 2: quando trabalho normal à plena carga b) para caçambas e eletroímãs Elevação 2 a 3 2: quando trabalho normal à plena carga 12 Pontes para pedreiras Elevação 2 - 11 UNIDADE Dimensionamento de Cabos de Aço, Polias, Tambores e Talhas (DIN 15020) Tipo de Aparelho Tipo de Movim. GRUPO Observação 13 Pórticos de carregamento, monovias. Mov. Lança 0 - a) para carga no gancho Elevação 1 a 2 - b) para carga em caçamba Elevação 3 - 14 Basculador de vagões Elevação 3 - 15 Guindaste de torre para construções Elevação 1 - Aparelhos para Siderurgia 16 Pontes leves para montagem de cilindros de laminadores Elevação 1 a 2 - 17 Máquinas de alimentação, carregadores Elevação 4 - 18 Pontes para transporte de laminadosElevação 3 a 4 - 19 Pontes para moldar e carregamento de cadinhos Elevação 4 - 20 Pontes para transporte de lingoteiras e lingotes Elevação 4 - 21 Pontes para transporte de blocos quentes Elevação 4 - 22 Pontes para desmoldar lingotes Elevação 4 - 23 Bate estacas Elevação 2 a 4 - Fonte: Adaptado de FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-14 Polias para Cabos de Aço – Segundo DIN 15062 Figura 4 Fonte: Adaptado de FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-16 12 13 Tabela 7 Coroa da Polia CUBO – valores teóricos b polia Grupo O (normal) Polia Grupo 0 a 4 (compons.) polia de cabo G1-4 D1 Furo máximo d2 H7 p⁄ casquilhos DIN 1850 em cubos de aço ou aço fundido r b D1 Diam. cabo norm máx. D1 p/ diâmetro do cabo D1 série diamet. do cabo fofo aço I II fofo aço 2,5 10 18 18 63 3,5 5 - - 100 125 5 25 12 0,2 12,5 22 22 80 5 6,5 - - 125 160 6,5 a 5 32 14 18 até 12 4 15 28 28 100 6,5 8 100 0 a 5 160 200 8 a 6 40 20 25 12 a 20 5 17,5 32 32 125 8 10 125 9,5 a 8 200 250 10 a 9 50 29 32 20 a 25 6,3 20 38 36 160 10 13 160 12 a 9 250 315 13 a 9 60 36 42 25 a 35 7 22 41 39 - - - - - 280 355 14 a 10 - - - - 8 25 45 43 200 13 16 200 15 a 11 315 400 16 a 11 70 45 50 35 a 42 9 30 55 50 - - - - - 355 450 18 a 13 80 55 60 42 a 50 10 32,5 60 55 250 16 20 250 19 a 14 400 500 21 a 15 90 60 65 50 a 55 11 35 65 60 - - - - - 450 560 23 a 17 100 65 75 55 a 60 12,5 37,5 70 65 315 20 26 315 24 a 17 500 630 25 a 19 120 75 98 60 a 72 14 40 75 70 - - - 355 27 a 22 560 710 29 a 21 140 90 105 72 a 85 16 45 80 75 400 27 33 400 30 a 24 630 800 33 a 23 160 110 120 85 a 105 18 50 80 85 - - - 450 34 a 27 710 900 37 a 26 180 130 140 105 a 125 20 55 100 95 - - - 500 38 a 31 800 1000 42 a 29 200 150 180 123 a 140 22,5 60 110 105 - - - 560 43 a 34 900 1120 47 a 33 220 165 180 140 a 180 25 67,5 120 115 - - - 630 18 a 38 1000 1250 51 a 37 250 195 205 180 a 190 - - - - - - - 710 54 a 43 1120 - 58 a 42 280 220 230 - 28 75 135 125 - - - 800 50 a 48 1250 - 58 a 45 310 250 280 - - - - - - - - 900 50 a 54 1400 1800 58 a 51 340 275 290 - - - - - - - - - - 1600 2000 58 - - - - Observação: Evitar os tamanhos entre parênteses; (aço ou aço fundido; (**) para uma vida maior do cabo) Fonte: Adaptado de FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-16 Dimensões padronizadas do tambor Tabela 8 – Dimensões do Tambor para Enrolamento de Cabos de Aço Tração do cabo F (kg) Diâmetro do cabo d (mm) Passo P (mm) Raio r (mm) a (mm) Espessura h (mm) para os diâmetros Dt (mm) 250 300 400 500 600 700 800 500 8 10 4,5 1 4 (6) 4 (6) 1000 10 12 5,5 1 6 (9) 8 (9) 1500 13 15 7 1,5 8 (12) 7 (11) 2000 16 18 9 2 9 (14) 8 (13) 2500 16 18 9 2 10 (15) 10 (12) 3000 19 22 10,5 2,5 11 (16) 11 (16) 4000 22 25 12 3 12 (18) 5000 24 27 13,5 3 14 (20) 14 (20) 6000 27 31 15 3,5 15 (22) 14 (22) 7000 29 33 16 3,5 16 (24) 16 (24) 8000 31 35 17 4 17 (26) 13 UNIDADE Dimensionamento de Cabos de Aço, Polias, Tambores e Talhas (DIN 15020) Tração do cabo F (kg) Diâmetro do cabo d (mm) Passo P (mm) Raio r (mm) a (mm) Espessura h (mm) para os diâmetros Dt (mm) 250 300 400 500 600 700 800 9000 31 35 17 4 19 (27) 18 (26) 10000 33 37 18 4 20 (28) 19 (27) Os valores entre parênteses são para tambores em ferro fundido (Tensão de ruptura aprox. 18 Kg / mm2). Os valores fora dos parênteses são para tambores soldados de chapa de aço carbono (Tensão de ruptura aprox. 37 Kg / mm2). Fonte: Adaptado de FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-17 Figura 5 – Dimensões das ranhuras do tambor Fonte: FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-17 Figura 6 – Comprimento do tambor (L) Fonte: Adaptado de FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 101-3 Onde: • b = 4 . dcabo (adotado, aproximado); • e = Dp (diâmetro da polia compensadora, aproximadamente) (Tabela 2). l = p (ne + 2) • p = passo (tabela 8); • ne = número de voltas do cabo em cada lado do tambor. ne = 2 . h / π . Dt • h = altura de içamento; • Dt = diâmetro do tambor. 14 15 Talhas Figura 7 Fonte: Adaptado de FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-18 Figura 8 Fonte: Adaptado de FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-18 Figura 9 15 UNIDADE Dimensionamento de Cabos de Aço, Polias, Tambores e Talhas (DIN 15020) Fonte: Adaptado de FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-19 Figura 10 Fonte: Adaptado de FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-19 Tabela 9 – Rendimento de talhas simples em função do número de cabos de sustentação Nº de cabos de Sustentação 2 3 4 5 6 7 8 Cabo saindo da polia móvel 11 1 n p pn �� � � �� Mancais de escorregamento ηp=0,96 0,98 0,96 0,94 0,92 0,91 0,89 0,87 Mancais de rolamento ηp=0,98 0,99 0,98 0,97 0,96 0,95 0,94 0,93 Cabo saindo da polia fixa 1 1 1 1 n p p n pn +η −η η = −η Mancais de escorregamento ηp=0,96 0,94 0,92 0,90 0,89 0,87 0,85 0,84 Mancais de rolamentos ηp=0,98 0,97 0,96 0,95 0,94 0,93 0,92 0,91 Fonte: Adaptado de FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-20 16 17 Tabela 10 – Coefi ciente de retenção de talhas simples, para descida da carga, em função do número de cabos de sustentação Nº de cabos de sustentação 2 3 4 5 6 7 8 Cabo saindo da polia móvel Mancais de escorregamento ηp=0,96 0,49 0,32 0,24 0,18 0,15 0,13 0,11 Mancais de rolamento ηp=0,98 0,50 0,33 0,24 0,19 0,16 0,13 0,12 Cabo saindo da polia fixa Mancais de escorregamento ηp=0,96 0,47 0,31 0,23 0,18 0,15 0,12 0,10 Mancais de rolamento ηp=0,98 0,49 0,32 0,24 0,19 0,16 0,13 0,12 Fonte: Adaptado de FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-21 Parte Inferior de Talhas (moitão) Figura 11– Parte inferior de talhas curtas de 4 cabos Fonte: FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-26 17 UNIDADE Dimensionamento de Cabos de Aço, Polias, Tambores e Talhas (DIN 15020) Tabela 11 – Parte inferior de talhas curtas de 4 cabos Carga Útil (t) Diâmetro do Cabo (mm) Dimensões Polia Peso Total (kg)a b c e f D t 1 a 2,5 6,5 a 9 250 155 80 248 250 200 40 27 2,5 a 5 9 a 11 295 195 90 312 280 250 50 50 5 a 7,5 9 a 11 350 220 100 360 310 300 60 86 7,5 a 10 13 a 18 400 260 110 424 340 350 70 120 10 a 15 13 a 18 450 285 125 480 380 400 80 170 15 a 20 20 a 25 530 345 140 592 420 500 90 270 20 a 25 20 a 25 600 370 160 642 470 550 100 360 25 a 30 24 a 31 660 410 180 712 530 600 110 480 > 30 24 a 31 735 465 200 810 590 700 125 640 Fonte: FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-26 Figura 12 – Parte inferior de talhas curtas de 8 cabos Fonte: FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-27 Tabela 12 – Parte inferior de talhas curtas de 8 cabos Carga Útil (t) Diâmetro do Cabo (mm) Dimensões Polia Peso Total (kg)a b c c1 e f D t 30 a 40 20 a 25 735 335 160 80 592 620 500 140 630 40 a 50 20 a 25 760 380 180 90 642 690 550 150 775 50 a 60 24 a 31 800 415 200 100 712 760 600 160 1010 60 a 80 24 a 31 865 475 220 120 810 860 700 180 1385 80 a 100 31 a 34 940 545 250 140 930 990 800 200 2045 > 100 34 a 39 1050 595 280 160 1030 1110 900 220 2650 Fonte: FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-27 18 19 Figura 13 – Parte Inferior das talhas longas de 2, 4 e 6 cabos Fonte: FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-28 Figura 14 Fonte: FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-28 Tabela 13 – Parte Inferior das talhas longas de 2, 4 e 6 cabos Capacidade para cabo de aço de Polia diâmetros (mm) Dimensões Gerais (mm) Barras laterais (mm) Chapas laterais (mm) Gancho (mm) 1 (mm) Peso (kg) (tonelada) (mm) int D1 ext D2 e i Bt d2 1c A1 B2 A2 B2 11 12 a x x1 Talha de 2 cabos – Uma Polia e gancho simples (a) 0,5 4 a 6 150 175 15 50 20 90 200 4 30 50 36 70 44 370 8 1 7 a 8 220 255 200 55 25 95 280 4 35 50 45 90 53 480 14 1,5 8 a 9 280 320 240 65 30 105 350 4 45 60 52 100 61 555 25 2 9 a 12 300 345 260 70 35 110 375 4 50 60 60 110 70 630 30 19 UNIDADE Dimensionamento de Cabos de Aço, Polias, Tambores e Talhas (DIN 15020) Capacidade para cabo de aço de Polia diâmetros (mm) Dimensões Gerais (mm) Barras laterais (mm) Chapas laterais (mm) Gancho (mm) 1 (mm) Peso (kg) (tonelada) (mm) int D1 ext D2 e i Bt d2 1c A1 B2 A2 B2 11 12 a x x1 Talhade 4 cabos – Duas Polias e gancho simples 2,5 8 a 10 250 290 35 215 110 40 110 320 4 60 80 65 130 78 615 40 5 10 a 12 320 370 50 290 110 45 160 100 10 400 3 60 80 90 175 107 815 55 7,5 12 a 15 350 400 55 350 110 55 180 100 10 430 4 70 90 100 200 124 915 110 10 14 a 18 380 435 62 390 125 65 220 120 12 465 4 90 100 110 220 142 1000 130 Talha de 4 cabos – Duas Polias e gancho duplo (b) 15,0 18 a 22 400 740 67 430 135 80 235 150 14 500 5 110 120 100 250 125 1060 160 20 20 a 25 450 530 80 450 155 90 275 180 16 560 5 130 140 110 300 145 1160 230 25 22 a 29 500 580 85 540 170 100 290 180 16 620 6 150 160 120 320 150 1345 300 30 24 a 31 550 640 87 570 175 120 305 200 20 680 6 160 180 120 350 165 1450 380 Talha de 6 cabos – Três polias e gancho duplo (c) 30 20 a 25 450 530 80 515 175 90 306 180 16 570 6 160 180 120 350 165 1345 400 40 23 a 28 500 580 85 565 200 100 340 200 20 620 6 180 200 140 400 185 1495 530 50 25 a 32 550 640 90 625 240 120 380 220 24 680 6 180 220 160 450 220 1670 680 60 23 a 35 600 700 100 680 260 130 410 250 25 740 6 200 230 170 480 230 1805 830 Fonte: Adaptado de FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-29 Exemplo de Aplicação (roteiro) Uma ponte rolante que opera em temperatura ambiente apresenta as seguintes características: • Capacidade: Q = 30 t; • Altura de elevação da carga: h = 8 m; • Velocidade de subida da carga: Vq = 6 m/min; • Rotação do motor de elevação da carga: nm= 1200 rpm (1140 rpm em carga); • Número de operações por hora: 10 operações por hora. Observações: Empregar mancais de rolamento. Admitir os materiais e coeficien- tes necessários. Determinar, para uma talha de 4 cabos (conforme figura abaixo): 1. Diâmetro do cabo de aço (dcabo); 2. Características do cabo de aço; 3. Diâmetro do tambor (Dt); 4. Comprimento do tambor (L); 5. Potência fornecida pelo motor (Nm) para regime de velocidade constante. 20 21 Figura 15 Fonte: FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-18 Roteiro para resolução Cálculo do diâmetro do cabo a) Calcular o peso próprio da parte inferior da talha (Qo), de acordo com a tabela 14, para uma carga Q necessária (nesse caso, Q=30 toneladas). Tabela 14 – Parte inferior de talhas curtas de 4 cabos Carga Útil (t) Diâmetro do Cabo (mm) Dimensões Polia Peso Total (kga b c e f D t 1 a 2,5 6,5 a 9 250 155 80 248 250 200 40 27 2,5 a 5 9 a 11 295 195 90 312 280 250 50 50 5 a 7,5 9 a 11 350 220 100 360 310 300 60 86 7,5 a 10 13 a 18 400 260 110 424 340 350 70 120 10 a 15 13 a 18 450 285 125 480 380 400 80 170 15 a 20 20 a 25 530 345 140 592 420 500 90 270 20 a 25 20 a 25 600 370 160 642 470 550 100 360 25 a 30 24 a 31 660 410 180 712 530 600 110 480 > 30 24 a 31 735 465 200 810 590 700 125 640 Fonte: FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-26 b) Calcular a força teórica (Fth) no cabo: Fth = (Q + Qo) / 4 , onde o nu- meral 4 refere-se ao número total de cabos; c) Calcular ou obter o rendimento da talha (ηtalha). Para o caso de subida da carga (parte fi nal do cabo saindo da polia móvel) é dado pela equação: 1 1 1 1 0,98 0,99 1 2 1 0,98 n nnptalha talha talha n np − − η = ⋅ η = ⋅ η = − − 21 UNIDADE Dimensionamento de Cabos de Aço, Polias, Tambores e Talhas (DIN 15020) Onde: • n = 2 (para o caso de talha gêmea de 4 cabos); • ηp = 0,98 (rendimento da polia para o caso de mancais de rolamento). Ou obtém-se este valor diretamente da tabela 8. d) Calcular a força de tração no cabo (junto ao tambor): F = Fth / ηtalha O diâmetro do cabo é determinado pela norma DIN 15020. Pela tabela 1, temos: dmín k F= ⋅ Onde k é obtido na tabela Tabela 15. Tabela 15 Grupo de Transmissão por cabo Número de ciclos por hora Valores mínimos de k em mm/√kg 0 até 6 0,28 1 de 6 a 18 0,30 2 de 18 a 30 0,32 3 de 30 a 60 0,35 4 acima de 60 0,38 Fonte: FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-12 Características do cabo de aço Consultar o fabricante (catálogo CIMF, por exemplo) e obter a recomendação do cabo de aço para a aplicação desejada: Figura 15 Fonte: catálogo CIMAF – Página 79 a) Cabo de elevação: • 6x41 Warrington-Seale, alma de fibra (AF), torção regular, polido, pré-formado, IPS; 22 23 • PowerPac, torção regular, polido, 1960 N/mm2; • ProPac, torção regular, polido, 1960 N/mm2. b) Cabo para levantar cargas quentes: • x41 Warrington-Seale, alma de fibra (AF), torção regular, polido, pré- -formado, IPS; • PowerPac, torção regular, polido, 1960 N/mm2. Figura 16 Fonte: Catálogo CIMAF – Página 62 Tabela 16 Diâmetro Massa Aprox. (kg/m) Carga de Ruptura Mínima (tf) mm pol. IPS EIPS 6,4 1/4" 0,150 2,50 2,72 8,0 5/16" 0,228 3,90 4,26 9,5 3/8" 0,353 5,55 6,10 11,5 7/16" 0,479 7,88 8,27 13,0 1/2" 0,580 10,10 10,80 14,5 9/16" 0,786 12,50 13,60 16,0 5/8" 0,919 15,20 16,80 19,0 3/4" 1,359 22,00 24,00 22,0 7/8" 1,842 29,50 32,60 26,0 1" 2,376 38,50 42,60 29,0 1.1/8" 3,064 50,10 53,90 32,0 1.1/4" 3,770 60,10 66,50 35,0 1.3/8" 4,687 73,00 80,50 38,0 1.1/2" 5,530 86,50 95,80 45,0 1.3/4" 7,628 117,70 130,40 52,0 2" 9,978 153,80 170,30 Fonte: Catálogo CIMAF – Página 62 Diâmetro do tambor De acordo com a norma DIN 15020 (Tabela 17), o diâmetro mínimo (teórico) de enrolamento do tambor (Dt) é: 23 UNIDADE Dimensionamento de Cabos de Aço, Polias, Tambores e Talhas (DIN 15020) Tabela 17 Grupo Valores mínimos D/d Tambor Polia Polia Compensadora 0 15 16 14 1 18 20 14 2 20 22 15 3 22 24 16 4 24 26 16 Fonte: FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-12 • Dt / d = c (c =na tabela); • Dt = c . d (valor teórico). Com o valor teórico de Dt, consulta-se a tabela 18 e seleciona-se o diâmetro normalizado do tambor. Tabela 18 – Dimensões do Tambor para Enrolamento de Cabos de Aços Tração do cabo F (kg) Diâmetro do cabo d (mm) Passo P (mm) Raio r (mm) a (mm) Espessura h (mm) para os diâmetros Dt (mm) 250 300 400 500 600 700 800 500 8 a 10 10 4,5 1 4 (6) 4 (6) 1000 10 a 13 12 5,5 1 6 (9) 8 (9) 1500 13 a 16 15 7 1,5 8 (12) 7 (11) 2000 16 a 19 18 9 2 9 (14) 8 (13) 2500 16 a 19 18 9 2 10 (15) 10 (12) 3000 19 a 22 22 10,5 2,5 11 (16) 11 (16) 4000 22 a 24 25 12 3 12 (18) 5000 24 a 27 27 13,5 3 14 (20) 14 (20) 6000 27 a 29 31 15 3,5 15 (22) 14 (22) 7000 29 a 31 33 16 3,5 16 (24) 16 (24) 8000 31 a 33 35 17 4 17 (26) 9000 31 a 33 35 17 4 19 (27) 18 (26) 10000 Acima de 33 37 18 4 20 (28) 19 (27) Os valores entre parênteses são para tambores em ferro fundido (Tensão de ruptura aprox. 18 Kg / mm2). Os valores fora do parênteses são para tambores soldados de chapa de aço carbono (Tensão de ruptura aprox. 37 Kg / mm2). Fonte: Adaptado de FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 100-17 Comprimento do tambor O comprimento L do tambor é: Figura 17 Fonte: Adaptado de FERRARESI; RUFFINO, 1972, Pag. 101-3 24 25 A dimensão b é normalmente 4 vezes o tamanho do diâmetro do cabo: b = 4 . dcabo A distância e é igual ao diâmetro da polia compensadora (Dpo). Logo, de acordo com a norma DIN 15020, na tabela 2, temos: e = Dpo = c . dcabo. O comprimento l do cabo é: • l = p (ne + 2 ) Onde: p = passo (tabela 7); • ne = número de voltas do cabo em cada lado do tambor. ne = 2 . h / π . Dt onde: h = altura de elevação da carga e Dt = Diâmetro do tambor. O numeral 2 refere- -se à quantidade de cabos de um lado da talha gêmea. Potência do motor a) Cálculo da relação de transmissão (i): • i = nmotor / ntambor Onde a rotação do tambor: • ntambor = Vcabo /(π . Dt) Obs.: Para talha gêmea de 04 cabos (por exemplo), a velocidade do cabo (Vcabo) é o dobro da velocidade de subida da carga (Vq). Para talha gêmea de 08 cabos (por exemplo), a velocidade do cabo (Vcabo) é 04 vezes maior do que a velocidade de subida da carga (Vq). b) Cálculo do rendimento do sistema: O redutor de elevação de carga poderá conter vários jogos de engrenagens internamente, cujas relações intermediárias seriam, aproximadamente, utili- zando números normais para uma redução i = 180: i = 5 . 6 . 6 = 180 (primeira solução) ou i = 3 . 3 . 4 . 5 = 180 (segunda solução). Adotando-sea primeira solução (3 jogos de engrenagens), teremos como ren- dimento do redutor e tambor de elevação da carga: η= ηt . ηe3 . ηm3 Onde: • ηt = rendimento do tambor e mancais = 0,98; • ηe = rendimento das engrenagens (o jogo) = 0,97; • ηm = rendimento dos mancais do redutor (o jogo) = 0,985. 25 UNIDADE Dimensionamento de Cabos de Aço, Polias, Tambores e Talhas (DIN 15020) A potência em regime (v = constante) fornecida pelo motor para a elevação da carga é dada pela equação: 2 75 60 caboF VNm ⋅ ⋅= η⋅ ⋅ Obs.: o “2” da equação acima é porque temos uma talha gêmea (2 lados). • Nm = Potência do motor em regime constante (cv); • F = força no cabo (N); • Vcabo = velocidade do cabo (m/min). 26 27 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Elementos de Máquinas de Shigley: Projeto de Engenharia Mecânica BUDYNAS, Richard G.; NISBETT, J. Keith. Elementos de máquinas de Shigley: projeto de engenharia mecânica. 8. ed. Porto Alegre: McGraw-Hill, 2011. (e-book) Manual de Desenho Técnico para Engenharia – Desenho, Modelagem e Visualização LEAKE, James M.; Borgerson, Jacob L. Manual de Desenho Técnico para Engenharia – Desenho, Modelagem e Visualização, 2ª edição. (e-book) Elementos de Máquinas MELCONIAN, Sarkis. Elementos de Máquinas. São Paulo. Editora Saraiva. 2012. (e-book) Cinemática dos Mecanismos NORTON, Robert L. Cinemática dos mecanismos. Porto Alegre: Grupo A, 2010. (e-book) Elementos de Máquina em Projetos Mecânicos MOTT, Robert L. Elementos de máquina em projetos mecânicos. 5ª edição. Pearson. 2015. (e-book) 27 UNIDADE Dimensionamento de Cabos de Aço, Polias, Tambores e Talhas (DIN 15020) Referências ERNEST, H. Aparatos de Elevación y Transporte. Editorial Blume, Barcelona, 1970. FERRARESI, D.; RUFFINO, R. T. Exercícios sobre Aparelhos de Elevação e Transporte. 2ª ed., Universidade de São Paulo, Escola de Engenharia de São Car- los, 1972. NORTON, R. L. Projeto de Máquinas: Uma Abordagem Integrada. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. PROVENZA, F. Projetista de Máquinas. v. 1. São Paulo: ProTec, 1960. RUDENKO, N. Máquinas de Elevação e Transporte. Ed. LTC, Rio de Janeiro, 1976. UICKER JUNIOR, J. J. Theory Of Machines And Mechanisms. 2. ed. New York: Mcgraw-Hill do Brasil, 1995. 28
Compartilhar