Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Alfabetização Pelo Método Fônico O método fônico é um método de alfabetização que primeiro ensina os sons de cada letra e então constrói a mistura destes sons em conjunto para alcançar a pronúncia completa da palavra. Permitindo dessa forma que se consiga ler toda e qualquer palavra. Aprenda mais sobre este método com este curso. Métodos de Alfabetização • Método Sintético O método sintético estabelece uma correspondência entre o som e a grafia, entre o oral e o escrito, através do aprendizado por letra por letra, ou sílaba por sílaba e palavra por palavra. • Os métodos sintéticos podem ser divididos em três tipos: o alfabético, o fônico e o silábico. No alfabético, o estudante aprende inicialmente as letras, depois forma as sílabas juntando as consoantes com as vogais, para, depois, formar as palavras que constroem o texto. • No fônico, também conhecido como fonético, o aluno parte do som das letras, unindo o som da consoante com o som da vogal, pronunciando a sílaba formada. Já no silábico, ou silabação, o estudante aprende primeiro as sílabas para formar as palavras. • Por este método, a aprendizagem é feita primeiro através de uma leitura mecânica do texto, através da decifração das palavras, vindo posteriormente a sua leitura com compreensão. • Neste método, as cartilhas são utilizadas para orientar os alunos e professores no aprendizado, apresentando um fonema e seu grafema correspondente por vez, evitando confusões auditivas e visuais. • Como este aprendizado é feito de forma mecânica, através da repetição, o método sintético é tido pelos críticos como mais cansativo e enfadonho para as crianças, pois é baseado apenas na repetição e é fora da realidade da criança, que não cria nada, apenas age sem autonomia. • Método Analítico O método analítico, também conhecido como “método olhar-e-dizer”, defende que a leitura é um ato global e audiovisual. Partindo deste princípio, os seguidores do método começam a trabalhar a partir de unidades completas de linguagem para depois dividi-las em partes menores. • Por exemplo, a criança parte da frase para extrair as palavras e, depois, dividi-las em unidades mais simples, as sílabas. • Este método pode ser divido em palavração, setenciação ou global. Na palavração, como o próprio nome diz, parte-se da palavra. • Primeiro, existe o contato com os vocábulos em uma sequência que engloba todos os sons da língua e, depois da aquisição de um certo número de palavras, inicia-se a formação das frases. • Na setenciação, a unidade inicial do aprendizado é a frase, que é depois dividida em palavras, de onde são extraídos os elementos mais simples: as sílabas. • Já no global, também conhecido como conto e estória, o método é composto por várias unidades de leitura que têm começo, meio e fim, sendo ligadas por frases com sentido para formar um enredo de interesse da criança. Os críticos deste método dizem que a criança não aprende a ler, apenas decora. • Método Alfabético Um dos mais antigos sistemas de alfabetização, o método alfabético, também conhecido como soletração, tem como princípio de que a leitura parte da decoração oral das letras do alfabeto, depois, todas as suas combinações silábicas e, em seguida, as palavras. • A partir daí, a criança começa a ler sentenças curtas e vai evoluindo até conhecer histórias. • Por este processo, a criança vai soletrando as sílabas até decodificar a palavra. Por exemplo, a palavra casa soletra-se assim c, a, ca, s, a, sa, casa. O método Alfabético permite a utilização de cartilhas. • As principais críticas a este método estão relacionadas à repetição dos exercícios, o que o tornaria tedioso para as crianças, além de não respeitar os conhecimentos adquiridos pelos alunos antes de eles ingressarem na escola. • O método alfabético, apesar de não ser o indicado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, ainda é muito utilizado em diversas cidades do interior do Nordeste e Norte do país, já que é mais simples de ser aplicado por professores leigos, através da repetição das Cartas de ABC, e na alfabetização doméstica. Método fônico • O método fônico consiste no aprendizado através da associação entre fonemas e grafemas, ou seja, sons e letras. • Esse método de ensino permite primeiro descobrir o princípio alfabético e, progressivamente, dominar o conhecimento ortográfico próprio de sua língua, através de textos produzidos especificamente para este fim. • O método é baseado no ensino do código alfabético de forma dinâmica, ou seja, as relações entre sons e letras devem ser feitas através do planejamento de atividades lúdicas para levar as crianças a aprender a codificar a fala em escrita e a decodificar a escrita no fluxo da fala e do pensamento. • O método fônico nasceu como uma crítica ao método da soletração ou alfabético. Primeiro são ensinadas as formas e os sons das vogais. • Depois são ensinadas as consoantes, sendo, aos poucos, estabelecidas relações mais complexas. • Cada letra é aprendida como um fonema que, juntamente com outro, forma sílabas e palavras. São ensinadas primeiro as sílabas mais simples e depois as mais complexas. • Visando aproximar os alunos de algum significado é que foram criadas variações do método fônico. • O que difere uma modalidade da outra é a maneira de apresentar os sons: seja a partir de uma palavra significativa, de uma palavra vinculada à imagem e som, de um personagem associado a um fonema, de uma onomatopéia ou de uma história para dar sentido à apresentação dos fonemas. • Um exemplo deste método é o professor que escreve uma letra no quadro e apresenta imagens de objetos que comecem com esta letra. • Em seguida, escreve várias palavras no quadro e pede para os alunos apontarem a letra inicialmente apresentada. • A partir do conhecimento já adquirido, o aluno pode apresentar outras palavras com esta letra. • Os especialistas dizem que este método alfabetiza crianças, em média, no período de quatro a seis meses. Este é o método mais recomendado nas diretrizes curriculares dos países desenvolvidos que utilizam a linguagem alfabética. • A maior crítica a este método é que não serve para trabalhar com as muitas exceções da língua portuguesa. Por exemplo, como explicar que cassa e caça têm a mesma pronúncia e se escrevem de maneira diferente? O método nasceu como uma crítica ao método da soletração ou método alfabético, usado no Brasil até a década de 1980. O método fônico diferentemente do método Paulo Freire é indicado para crianças mais jovens e recomendado ser introduzido logo no início da alfabetização. Como funciona o método fônico • Antes de ser dado a criança um livro para ler, elas aprendem os sons das letras, fonemas. Depois que algumas desses já foram aprendidos, ai então se ensina a combiná-las de modo a formar palavras (FEITELSON, 1988). • Sons das letras. A introdução inicial dos fonemas, sons das letras, geralmente dá- se por meio de historinhas criadas para que elas identifiquem a relação grafema/fonema, letra/som, estuda. • Podemos citar a "História da Abelhinha" e a História da Casa Feliz"; ou seguindo sugestão de (CAPOVILA, 2007) o/a professor(a) mostra a letra e pronuncia o som da mesma, depois dá exemplos de coisas, conhecidas das crianças, que iniciam com o som “a” e pede que repitam as palavras pronunciadas; escreve-as no quadro destacando a letra trabalhada. • Combinando sons. O aluno pode começar o intento de combinar os sons antes de dominar todo o alfabeto. • Após já terem aprendidos alguns fonemas, como: /u/ /a/ /o/ /t/ e /p/, usa-se um alfabeto móvel e solicita que as crianças formem palavras com essasletras; elas formarão algumas palavras: pata, pato, tato, tatu, tapa, topo, etc; • Depois disso elas são incentivadas a pronunciar o som de cada letra uma por uma e em seguida combina-os para gerar a pronúncia da palavra. • Use no início palavras simples, com até 4 letras, até os alunos se sentirem confortáveis com o processo, depois palavras maiores, palavras com dígrafos /ch/ /tr/ e por ultimo as exceções fonéticas, casa /kaza/ hospital /ospital/. • A cada nova relação som/letra ensinado revise as já aprendidas usando as mesmas para formar novas palavras. Desta forma estará gradativamente ampliando a capacidade leitora de seus alunos. • Montando frases. Quando os alunos já poderem a pronunciar várias palavras confortavelmente, monte frases com essas palavras e incentive-os a lê-las e depois a criarem suas próprias frases. • Assim a criança constrói a pronuncia por si própria. • Muitas das correspondências som-letra, incluindo consoantes e vogais e dígrafos, podem ser ensinados num espaço de poucos meses, desse modo as crianças são alfabetizadas num período de quatro a seis meses, quando passam a ler textos cada vez mais complexos e variados. • Isso significa que as crianças poderão ler muitas das palavras desconhecidas que elas mesmas encontram nos textos, sem o auxilio do professor para tal. VANTAGENS DA ALFABETIZAÇÃO ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DO MÉTODO FÔNICO • O método fônico é inteligente, lúdico e nada mecânico. As crianças são alfabetizadas muito bem, num período de quatro a seis meses, quando passam a ler textos cada vez mais complexos e variados. • O método fônico é mais eficaz na compreensão e na produção de textos, porque, de modo sistemático e lúdico, favorece a autonomia de leitura e fortalece o raciocínio e a inteligência verbal. • O método fônico mais atual e conhecido no Brasil é o Método Iracema Meireles. Este método baseia o aprendizado na associação das letras com figuras do universo das crianças, facilitando assim o domínio das relações grafema-fonema. • Usa de início textos produzidos especialmente para a alfabetização e permite aos alunos, em menos de um ano letivo, chegar à leitura corrente de qualquer tipo de texto. Método Iracema Meireles • Iracema Furtado Soares de Meireles, nasceu a 17 de março de 1907, em Recife e morreu a 9 de março de 1982, no Rio de Janeiro. Filha de Tito Lívio da Silva e Maria Joana Guerra da Silva. Foi casada com Silo Furtado Soares de Meireles, teve 2 filhos e 6 netos. • Passou a infância em Recife com seu irmão Luiz. Tinha saúde frágil, razão pela qual aprendeu a ler em casa e só frequentou escola a partir dos oito anos. • Estudou na Academia de Santa Gertrudes, em Olinda, e no Colégio das Damas, em Recife. Com a mudança de sua família para Salvador, Iracema ali continuou seus estudos formando-se professora pelo Instituto Normal, em 1926. • De volta a Recife, fez o Curso Pedagógico - equivalente hoje ao de Pedagogia – no Colégio Pritaneu. • Ainda jovem, conheceu a Europa, morando na França, na Alemanha e em Portugal. Lecionava na rede pública de Pernambuco e também particularmente. • Embora de família católica e educada em colégio de freiras, entusiasmou-se com as idéias socialistas e aproximou-se do Partido Comunista, onde estavam muitos dos seus amigos. • Engajou-se na luta por justiça social, mas sem ser radical, lutou por uma democracia que contemplasse os prismas políticos, econômicos e sociais. • Assim conheceu Silo Meireles - que era um dos chefes da revolução de 1935 em Recife – com quem viria mais tarde a se casar. Com a eclosão e o fracasso do movimento, Silo foi preso e Iracema demitida do serviço público do seu estado. • Cursando então a Faculdade de Medicina, Iracema interrompeu seus estudos e se envolveu nas lutas pela garantia de vida dos presos políticos. • A repressão se intensificava, inclusive com ameaça de fuzilamento dos líderes da revolução. Silo permaneceu preso e incomunicável por dois anos. • Neste período, Iracema acompanhou-o de longe, como pôde, levando a ele e a seus companheiros, pequenas encomendas e muitas mensagens disfarçadas. • Depois de dois anos em cela úmida e escura, Silo encontrava-se com a saúde abalada. Transferido para uma prisão no Rio de Janeiro, e com o estado de saúde agravado, foi, depois de algum tempo, removido para uma prisão hospitalar, onde Iracema então passou a acompanhá-lo na condição de esposa. • Mais tarde, já em liberdade, Silo aceita o convite de João Alberto Lins de Barros para trabalhar na Fundação Brasil Central em Caiapônia em Goiás e Iracema, já com dois filhos, o acompanha. • Nesta ocasião, volta a trabalhar em Educação, num grupo escolar da cidade, atuando voluntariamente. Silo é transferido para Uberlândia em Minas Gerais. Nesta cidade, moram numa chácara afastada do centro. • Iracema passa a lecionar em casa e alfabetiza a filha mais velha. A família volta a residir no Rio de Janeiro, em 1948. Nessa época dava aulas de matemática para filhos de amigos e de familiares. • Certo dia chegou André, com 12 anos, analfabeto. Desanimado, parecia indiferente a tudo e tristemente conformado com a condição de incapaz. • Iracema começou a conversar com ele e da conversa, saiu o projeto de construir um parque. Idas ao Jardim Zoológico da cidade, as compras de material, a serrinha tico-tico não parava de subir e descer. Os bichos iam surgindo das mãos de Iracema e André. • As conversas intermináveis iam dando em frases, que iam dando em palavras. As palavras eram partidas em sílabas. As sílabas iam sendo selecionadas para formarem novas palavras. • A maquete do zoológico estava quase pronta, Iracema inventava situações de leitura e escrita e o menino aprendeu a ler, a escrever e a gostar de estudar. Para André, o problema estava resolvido. • Com aulas particulares, ele venceu a defasagem idade/série. Tratava-se de uma dislexia, depois identificada. Para Iracema, entretanto, o “problema” apenas começava. • Ela, que adorava desafios, ficou extremamente motivada diante daquele “desafio pedagógico”: alfabetização de pessoas que não aprendiam na escola como todo mundo. • O caso de André em particular e o analfabetismo existente no país, problema que sempre a preocupara, colocaram, deste momento em diante, a alfabetização no centro dos seus interesses pedagógicos. • Lia tudo a respeito, acompanhava as atividades da Escola Guatemala, a escola pública do Rio de Janeiro, onde se realizavam as experiências e os estudos pedagógicos mais avançados da época (anos 50). • Em 1952 colaborou na fundação do Instituto Santa Inez, no Rio de Janeiro. Nesta escola, começa a desenvolver algumas ideias próprias, que põe em prática em pequenos grupos de crianças e a partir de suas observações em sala de aula começa a esboçar o que será seu futuro método. • Com base nas observações do MEC, a professora Carmen Teixeira, diretora do Centro Educacional Carneiro Ribeiro em Salvador, decidiu utilizar o novo método nas Escolas-classe. • Como consequência desta experiência , em outubro de 1963, a pedido do professor Anísio Teixeira, foi feita a primeira edição da cartilha, com o nome de História da Casinha Feliz. • Seu trabalho se expande. Leva para diferentes lugares a Casinha Feliz e seus moradores- bonecos e letras, e vai contando suas histórias e ensinando a ler e escrever. • Assim Iracema chega às favelas, alfabetiza crianças repetentes com distúrbios de conduta, estende seu trabalho aos adultos e doentes de tuberculose, começa a ser convidada para outros estados e viaja por quase todo o país, alfabetizando e ensinando a alfabetizar. •Foi condecorada em 1971 com a Medalha do Pacificador, conferida pelo Ministério do Exército, em virtude dos relevantes serviços prestados à alfabetização de adultos. • Ao caminhar pelo Brasil, marcou uma trajetória de iniciativas e ações dedicadas à educação e à questão social. Lutou tenazmente pela dignidade do ser humano que precisava tornar-se um leitor consciente e participativo nas mudanças do seu país. • Criou um método de alfabetização completamente original, profético em vários sentidos. • O Método Iracema Meireles foi aplicado no Brasil e no exterior por mais de meio século e em 1997 foi substituído pelos métodos de alfabetização construtivista, contudo sua experiência marcou a infância de muitas pessoas que se alfabetizaram de maneira prazerosa e lúdica. Alfabetização fônica – Plano de aulas Sequência de atividades para apresentação dos sons. • 1- Professora mostra a letra e pronuncia o som da mesma: --“Vamos conhecer o som da letra. Repitam comigo: A. Agora você.......Agora você... • 2- Dar exemplos de coisas, conhecidas das crianças, que iniciam com o som “a”. Pedir que repitam as palavras pronunciadas, desenhar no quadro ou mostrar figuras das mesmas. • 3- Escrever ao lado de cada desenho o nome e destacar a letra a. 4- Escrever as diferentes formas que esta letra pode ser representada. Maiúscula, minúscula, de máquina e manuscrita. • 5- Escrever o nome dos alunos e analisar se existe o som trabalhado nele. Destacar. 6- Vamos ler um texto sobre esta letra. A professora lê o texto podendo escrevê-lo no quadro ou dar uma folha com o texto digitado. (obs: explicar o que significa cada palavra nova apresentada) • A Ela está no astronauta a nas asa do avião. Na andorinha, na arara, na amizade e no azulão. Pintar as figuras da folha apresentada destacando a letra A. • Aula 2 1- Recordar o som A trabalhado na aula anterior;(auditivo, visual e falado) Mostrar a forma manuscrita e gráfica. • 2- Oferecer uma folha com a letra A e várias figuras (sem os nomes) onde os alunos irão apontar, circular e pintar as que iniciam com o som trabalhado. Sugestão de figuras: Amendoim, alfinete, agulha, alho, abajur, arara, avião, gravata, sapato, fósforo. • 3- Após esta atividade feita a professora escreve o nome destas figuras e o aluno aponta e destaca a letra no início da palavra com uma cor e no meio e no final com outra cor. • 4- Apresentar uma folha com figuras e seus respectivos nomes onde falta a letra a. • Pedir aos alunos que completem as palavras com a letra A (caixa alta). • Aula 3 1- Representar a letra no quadro em manuscrito; 2- Representar a letra em tamanho aumentado para que cada aluno possa experimentar o movimento correto da letra; • 3- Solicitar que os alunos, individualmente, vão até a lousa e escrevam a letra com giz; (trabalho 100% acompanhado pela professora e observado pelos colegas) • 4- Distribuir uma folha com a letra a em manuscrito .Fazer o movimento da letra na folha dada; (com cola, tinta, colagem, etc) • 5- Em folha branca treinar o movimento da letra livremente; 6- Cantar a música da D. Aranha. Distribuir uma folha com letra em manuscrito e pedir que circulem as letras a encontradas. Colorir as figuras. • 7- Estar sempre com os seus nomes à vista para que estejam em contato com as letras de seus nomes; • Aula 4 1- Distribuir folha com vários nomes escritos e pedir que pintem somente os que iniciam com o som a. • 2- Sugestão de música e brincadeiras para desenvolver a percepção auditiva: - O sapo não lava o pé; ( cantar trocando as vogais) - Repetir palavras trocando as vogais, - Completar frases com palavras que terminem com som parecido; • 3- Apresentar a vogal escrita em tarja; 4- Desenhar a tarja no quadro e solicitar que cada um venha escrever a letra com o movimento correto; • 5- Após a criança escrever no quadro dar a ela o seu caderno de tarja com a lição já preparada para que ela escreva; (elaborar atividades de escrita e de percepção visual e auditiva). • Dicas: · Executar o mesmo processo para as demais vogais; · É importante criar uma rotina e um ritmo para o desenvolvimento das atividades; • · Não esquecer de associação grafema/fonema; · Solicitar aos alunos o apontamento do está sendo trabalhado em momentos fora das aulas de alfabetização para que o aluno fora do contexto de sala aprimore sua aprendizagem. Resumo do Método Fônico • No método fônico, a alfabetização se dá através da associação entre símbolo e som. Para que a criança se torne capaz de decifrar milhares de palavras, ela aprende a reconhecer o som de cada letra. • De outra forma, ela teria que memorizar visualmente todo o léxico, algo ineficiente do ponto de vista dos defensores do método fônico. O método parte da regra para a exceção. • Quando se usa o método fônico se melhora a compreensão do texto. No método ideovisual, onde o professor dá logo o texto, o que acontece é que a criança tende a memorizar as palavras. Porém, o código alfabético não se presta à memorização fácil porque as letras são muito parecidas. • Com isso, o que acontece é que a criança troca as palavras quando lê (paralexia) e troca palavras na escrita (paragrafia). Esses erros ocorrem porque o alfabeto não se presta à memorização visual. Ele tem que ser decodificado. • Ele foi inventado pelos Fenícios para mapear sons da fala, por isso é eficiente. Se você sabe decodificar não precisa memorizar. • Quem opta por ser alfabetizador o faz por amor, por idealismo. Uma pessoa idealista é a primeira a se apaixonar pelo seu trabalho quando ele funciona. • O método fônico produz resultados extraordinários. Em três meses uma criança está lendo o que não lia em dois anos sob o método ideovisual. As professoras que empregam o método fônico ficam maravilhadas com sua eficácia. • Para aprender é necessário decodificar. Decodificar nada mais é do que converter os grafemas em fonemas. Aprender a pronunciar a palavra em presença da escrita. • Quando pensamos em palavras usamos nossa voz interna. Quando lemos em voz baixa escutamos nossa voz. Isto é o processo fônico: a invocação da fala interna em presença do texto. • O método ideovisual desestimula esta fala interna. Ele tenta estimular a leitura visual direta, portanto, a memorização. Só que não é possível memorizar ideograficamente todas essas palavras. A forma correta é aprender a decodificar. • Quando fazemos isso, naturalmente se consegue produzir a fala e entender o que se está lendo. • Para alfabetizar, a criança deve ser levada a participar da linguagem escrita. Para isso, é necessário um diagnóstico prévio que aponte qual é a relação do sujeito com o texto. • Assim, podem-se definir estratégias e exercícios que façam o aluno ler e escrever. Programas no Método Fônico • Existe no Brasil: • A "História da Abelhinha" de Almira Sampaio Brasil da Silva, também conhecido como "Método da Abelhinha" • A "História da Casinha Feliz" de Iracema Meireles, popularmente chamada de "Método Iracema Meireles" • O Livro "Alfabetização: método fônico" de Alessandra G. S. Capovilla, Professora da USP • O Livro "Alfabetização com as Boquinhas" de Renata Jardini. Leituras Recomendadas • CAPOVILLA, Alessandra G. S.; CAPOVILLA, Fernando C. Alfabetização : método fônico. 4. ed – São Paulo: Memnon, 2007
Compartilhar