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Cisco CCNA Modulo01

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2 
CAPITULO 01 -Introdução à Redes 
 
Visão Geral 
 
Para entender o papel que os computadores exercem em um sistema de redes, considere a 
Internet. A Internet é um recurso de grande importância; estar conectado a ela é essencial no 
comércio, na indústria e na educação. A elaboração de uma rede que será conectada à 
Internet exige um planejamento cuidadoso. Para que um computador pessoal (PC) individual 
se conecte a Internet, é necessário algum planejamento e tomar algumas decisões. Os 
recursos do computador precisam ser considerados para a conexão a Internet. Isto inclui o tipo 
de equipamento que conecta o PC a Intenet, tal como placa de rede (NIC) ou modem. 
Protocolos, ou regras, devem ser configurados antes que um computador possa se conectar a 
Internet. A seleção de um navegador web apropriado também é importante. 
Os alunos, ao concluírem esta lição, deverão poder: 
• Entender a conexão física que precisa ser realizada para o computador conectar-se à 
Internet. 
• Reconhecer os componentes do computador. 
• Instalar e resolver problemas com placas de interface de rede e modems. 
• Configurar o conjunto de protocolos necessários a conexão Internet. 
• Usar procedimentos básicos para testar a conexão à Internet. 
• Demonstrar um conhecimento básico da utilização de navegadores web e seus plug-
ins. 
Requisitos para uma conexão à Internet 
 
1.1 – Fazendo uma conexão com a internet 
1.1.1 – Requisitos para um conexão com a internet 
 
A Internet é a maior rede de dados do mundo. A Internet consiste em um grande número de 
redes interconectadas, incluindo redes de pequeno, médio e grande porte. Computadores 
individuais são as origens e destinos da informação que atravessa a Internet. A conexão à 
Internet pode ser dividida em conexão física, conexão lógica e aplicações. 
A conexão física é realizada pela conexão de uma placa de expansão, como um modem ou 
uma placa de rede, entre um PC e a rede. A conexão física é utilizada para transferir sinais 
entre PCs dentro de uma Rede local (LAN) e para dispositivos remotos na Internet. 
A conexão lógica utiliza padrões denominados protocolos. Um protocolo é uma descrição 
formal de um conjunto de regras e convenções que governam a maneira de comunicação entre 
os dispositivos em uma rede. As conexões na Internet podem utilizar vários protocolos. A suíte 
TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol) é o principal conjunto de protocolos 
utilizados na Internet. O conjunto TCP/IP coopera entre si para transmitir e receber dados, ou 
informações. 
A última parte da conexão são os aplicativos, ou programas, que interpretam e exibem os 
dados de forma inteligível. Os aplicativos trabalham em conjunto com os protocolos para enviar 
e receber dados através da Internet. Um navegador Web exibe HTML como página Web. 
Exemplos de navegadores Web incluem o Internet Explorer e o Netscape. O File Transfer 
Protocol (FTP) é utilizado para fazer a transferência de arquivos e programas através da 
Internet. Os navegadores web também utilizam aplicativos plug-in proprietários para exibir tipos 
de dados especiais tais como filmes ou animações em flash. 
 3 
Esta é uma visão inicial da Internet, e poderá parecer um processo demasiadamente simples. 
Ao explorarmos este tópico mais profundamente, tornar-se-á aparente que o envio de dados 
através da Internet é uma tarefa complicada. 
1.1.2 Conceitos básicos de um PC 
 
Já que os computadores são elementos importantes de uma rede, é necessário poder 
reconhecer e identificar os principais componentes de um PC. Muitos dispositivos de uma rede 
são em si computadores com objetivos específicos, contendo muitos dos componentes 
também utilizados em um PC normal. 
Para poder utilizar um computador como meio confiável na obtençãode informações, tal como 
o acesso a de confiança na obtenção de informação, tal como o acesso de um curso baseado 
na Web, ele precisa estar em bom estado de funcionamento. Para manter um PC em bom 
estado de funcionamento, será necessário ocasionalmente analisar e resolver problemas 
simples com o hardware e software do computador. É portanto necessário poder reconhecer os 
nomes e o propósito dos seguintes componentes de um PC: 
Componentes Pequenos, Discretos 
• Transistor – Um dispositivo que amplifica um sinal ou que abre e fecha um circuito. 
• Circuito integrado – Um dispositivo feito de material semicondutor que contém vários 
transistores e realiza uma tarefa específica. 
• Resistor – Um componente elétrico que limita ou regula o fluxo de corrente elétrica em 
um circuito eletrônico. 
• Capacitor – Um componente eletrônico que armazena energia na forma de campo 
eletrostático que consiste em duas placas de metal condutor separadas por um 
material isolante. 
• Conector – A parte de um cabo que se liga a uma porta ou interface. 
• Diodo emissor de luz (LED-Light emitting diode) – Um dispositivo semicondutor que 
emite luz ao passar por ele uma corrente elétrica. 
Subsistemas de um Computador Pessoal 
• Placa de circuito impresso (PCB) – Uma placa de circuito que possui trilhas 
condutoras superpostas, ou impressas, em um ou nos dois lados. Também pode conter 
camadas internas de sinalização ou planos de terra e voltagem. Microprocessadores, 
chips e circuitos integrados e outros componentes eletrônicos são montados em uma 
PCB. 
• Unidade CD-ROM (Compact disk read-only memory drive) – um dispositivo que pode 
ler informações de um CD-ROM. 
• Unidade central de processamento (CPU) – A parte do computador que controla a 
operação de todas as outras partes. Ela obtém instruções da memória e as decodifica. 
Executa operações matmáticas e lógicas, e traduz e executa instruções. 
• Unidade de disco flexível – Uma unidade de disco que pode ler e gravar dados em 
discos plásticos cobertos de metal de 3,5 polegadas. Um disco flexível padrão pode 
armazenar aproximadamente 1 MB de informação. 
• Unidade de disco rígido – Um dispositivo de armazenagem que usa um conjunto de 
discos revestidos magneticamente, chamados de pratos, para armazenar dados ou 
programas. As unidades de discoo rígido estão disponíveis em diferentes capacidades 
de armazenagem. 
• Microprocessador – Um microprocessador é um processador que consiste de um chip 
de silício projetado com um propósito e fisicamente muito pequeno. O 
microprocessador utiliza tecnologia de circuito VLSI (Very Large-Scale Integration) para 
integrar memória, lógica e controle do computador em um único chip. Um 
microprocessador contém uma CPU. 
 4 
• Placa-mãe – A placa impressa principal em um microcomputador. A placa-mãe contém 
o barramento, o microprocessador, e os circuitos integrados usados para controlar 
quaisquer periféricos integrados, tal como teclado, display texto e gráficos, portas serial 
e paralela, interfaces de joystick e de mouse. 
• Barramento – Um conjunto de fios na placa-mãe através dos quais são transmitidos os 
dados e sinais de temporização de uma parte do computador a outra. 
• Memória de acesso aleatório (RAM) – Também conhecida como memória de Leitura-
Gravação. Nela podem ser gravados novos dados e dela podem ser lidos dados 
armazenados. A RAM exige alimentação elétrica para manter os dados armazenados. 
Se o computador for desligado ou se falta energia, todos os dados armazenados na 
RAM serão perdidos. 
• Memória apenas de leitura (ROM) – Memória de um computador na qual foram pré-
gravados dados. Uma vez que foram gravados dados no chip ROM, não podem ser 
removidos e só podem ser lidos. 
• Unidade do sistema (system unit) – A parte principal de um PC, que inclui o chassis, 
o microprocessador, a memória principal, o barramento e as portas. A unidade do 
sistema não inclui o teclado, o monitor, ou qualquer dispositivo externo ligado ao 
computador. 
• Slot de expansão – Um Conectorna placa-mãe onde pode ser inserido uma placa de 
circuitos para acrescentar novas capacidades ao computador. A Figura mostra slots de 
expansão PCI (Peripheral Component Interconnect) e AGP (Accelerated Graphics 
Port). PCI provê conexão rápida para placas, como NICs, modems internos, e placas 
de vídeo. A porta AGP provê conexão com grande largura de banda entre dispositivos 
gráficos e a memória do sistema. AGP provê conexão rápida para gráficos 3-D em 
sistemas de computador. 
• Fonte de alimentação – O componente que fornece energia ao computador. 
Componentes de backplane 
• Backplane – O backplane é uma placa de circuito eletrônico que contém circuitaria e 
soquetes nos quais dispositivios eletrônicos em outras placas ou cartões podem ser 
conectados adicionalmente; em um computador, geralmente é sinônimo da ou de parte 
da placa-mãe. 
• Placa de rede(NIC) – Uma placa de expansão inserida num computador para que este 
possa ser conectado a uma rede. 
• Placa de vídeo – Uma placa que é inserida em um PC para proporcionar-lhe 
capacidades de exibição visual. 
• Placa de áudio – Uma placa de expansão que permite que o computador manipule e 
produza sons. 
• Porta paralela – Uma interface com capacidade para transferir simultaneamente mais 
de um bit e que é utilizada para conectar dispositivos externos tais como impressoras. 
• Porta serial – Uma interface que pode ser utilizada para comunicações seriais, nas 
quais é transmitido apenas 1 bit de cada vez. 
• Porta USB – Um conector Universal Serial Bus. Uma porta USB conecta dispositivos 
como mouse ou impressora ao computador rapidamente e facilmente. 
• Firewire – Um padrão de interface de barramento serial que oferece comunicação de 
alta velocidade, e serviços de dados em tempo-real isócrono. 
• Porta do mouse – Uma porta destinada à conexão de um mouse ao PC. 
• Cabo de alimentação – Um cabo utilizado para ligar um dispositivo elétrico a uma 
tomada elétrica que fornece energia ao dispositivo. 
Pense nos componentes internos de um PC como uma rede de dispositivos, todos ligados ao 
barramento do sistema. De certa maneira, um PC é uma pequena rede de computador. 
 
 
 
 
 5 
1.1.3 Placa de Rede 
 
Uma placa de rede (NIC), ou adaptador de rede, oferece capacidades de comunicações nos 
dois sentidos entre a rede e um computador pessoal. Em um sistema de computação desktop, 
é uma placa de circuito impresso que reside em um slot na placa-mãe e provê uma interface de 
conexão ao meio de rede . Em um sistema de computação laptop, é normalmente integrada ao 
laptop ou disponível em um cartão PCMCIA, que é pequeno do tamanho de um cartão de 
crédito . A placa de rede utilizada precisa ser compatível com o meio físico e com os protocolos 
utilizados na rede local. 
A placa de rede utiliza um pedido de interrupção (IRQ-Interrupt Request), um endereço de I/O e 
um espaço na memória superior para interagir com o sistema operacional. Um valor de IRQ 
(requisição de interrupção) é um local designado onde o computador sabe que um dispositivo 
em particular pode interrompê-lo, quando o dispositivo enviar ao computador sinais sobre sua 
operação. Por exemplo, quando a impressora termina de imprimir, ela envia um sinal de 
interrupção ao computador. O sinal interrompe momentaneamente o computador, de modo que 
ele possa decidir o que processar a seguir. Como múltiplos sinais na mesma linha de 
interrupção podem não ser entendidos pelo computador, um valor único deve ser especificado 
para cada dispositivo, assim como o seu caminho para o computador.Antes de existirem 
dispositivos Plug-and-Play (PnP), usuários freqüentemente tinham que configurar valores de 
IRQ manualmente, ou estar a par deles, ao adicionar novos dispositivos a um computador. 
Ao selecionar uma placa de rede, considere os seguintes fatores: 
• Protocolos – Ethernet, Token Ring, ou FDDI 
• Tipos de meios – Par trançado, coaxial, wireless, ou fibra óptica 
• Tipo de barramento do sistema – PCI ou ISA 
1.1.4 Instalação da placa de rede e modem 
 
A conectividade à Internet exige uma placa adaptadora, que pode ser um modem ou uma placa 
de rede. 
Um modem, ou modulador-demodulador, é um dispositivo que proporciona ao computador a 
conectividade através de uma linha de telefone. O modem converte (modula) os dados de um 
sinal digital em sinal analógico compatível com uma linha de telefone padrão. O modem na 
extremidade receptora demodula o sinal, o qual é convertido novamente em sinal digital. Os 
modems podem ser instalados internamente ou ligados ao computador externamente usando 
uma linha telefônica. 
A instalação de uma placa de rede, que proporciona a interface de um computador com a rede 
rede, é exigida para cada dispositivo que se conecta à rede. Existem placas de rede de vários 
tipos conforme a configuração do dispositivo. Notebooks podem ter interfaces embutidas ou 
podem utilizar um cartão PCMCIA. A Figura mostra placas de rede PCMCIA com e sem fio, e 
um adaptador Ethernet USB. Desktops podem utilizar uma placa de rede interna , chamada 
NIC, ou uma placa de rede externa que conecta a rede através de uma porta USB. 
Situações que requerem a instalação de uma placa de rede incluem as seguintes: 
• A instalação de uma placa de rede em um PC que não tem uma já instalada 
• A substituição de uma placa de rede defeituosa ou danificada 
• Atualização de uma placa de rede de 10-Mbps para uma placa de rede de 
10/100/1000-Mbps 
• A mudança para uma placa de rede diferente, como uma sem fio 
 6 
• A instalação de uma placa de rede secundária, ou backup, por razões de segurança de 
redes 
Para realizar a instalação de uma placa de rede ou modem, poderão ser necessários os 
seguintes recursos: 
• Conhecimento da configuração do adaptador, incluindo os jumpers e o software plug 
and play 
• A disponibilidade de ferramentas de diagnóstico 
• A capacidade de resolver conflitos nos recursos de hardware 
1.1.5 Visão geral da conectividade em alta velocidade e por discagem 
 
No início da década de 60, foram introduzidos modems para proporcionar a conectividade de 
terminais burros com um computador central. Muitas empresas alugavam tempo nos 
computadores devido à grande despesa de possuir um sistema nas próprias instalações, o que 
era economicamente inviável. A taxa de transmissão de dados era muito lenta, 300 bits por 
segundo (bps), que se traduzia em aproximadamente 30 caracteres por segundo. 
À medida que os PCs se tornaram mais acessíveis nos anos 70, começaram a aparecer 
sistemas de quadro de avisos (BBS-Bulletin Board Systems). Estes BBSs permitiam que os 
usuários se conectassem para colocar ou ler mensagens em um quadro de avisos. A 
transmissão a 300 bps era aceitável, já que esta velocidade excedia a capacidade da maioria 
das pessoas de ler e digitar. No início da década de 80, a utilização dos quadros de avisos 
aumentou exponencialmente e a velocidade de 300 bps se tornou muito lenta para a 
transferência de grandes arquivos e gráficos. Até os anos 90, os modems já rodavam a 9600 
bps e até 1998, atingiram o padrão atual de 56 kbps (56.000 bps). 
Inevitavelmente, os serviços de alta velocidade utilizados no ambiente corporativo, tais como 
Digital Subscriber Line (DSL) e acesso por cable modem, entraram no mercado consumidor. 
Estes serviços já não exigem equipamentos caros ou uma linha de telefone adicional. Estes 
serviços estão "sempre conectados" permitindo um acesso instantâneo e não exigem o 
estabelecimento de uma conexão para cada sessão. Isto resulta em maior confiabilidade e 
flexibilidade, e acabou facilitando o compartilhamento de conexões de Internet em redes de 
escritórios pequenos e domésticos. 
1.1.6 Descrição e configuração TCP/IP 
O Transmission Control Protocol/Internet Protocol (TCP/IP) é um conjunto de protocolos ou 
regrasdesenvolvidas para a cooperação entre computadores para que compartilhem recursos 
através de uma rede. Para ativar o TCP/IP em uma estação de trabalho, esta precisa ser 
configurada através das ferramentas do sistema operacional. O processo é bastante 
semelhante independentemente da utilização de um sistema operacional Windows ou Mac. 
1.1.7 Testando a conectividade com o ping 
 
O ping é um programa básico que verifica se um endereço IP particular existe e pode aceitar 
requisições. O acrônimo de computação ping significa Packet Internet or Inter-Network Groper. 
O nome foi concebido para ser comparável ao termo usado em submarinos para o som de um 
pulso de sonar retornando de um objeto submerso. 
O comando ping funciona enviando vários pacotes IP, chamados datagramas ICMP de 
Requisição de Eco, a um destino específico. Cada pacote enviado é uma solicitação de 
resposta. A resposta de saída de um ping contém a relação de sucesso e o tempo de ida e 
volta ao destino. A partir destas informações, é possível determinar se existe ou não 
 7 
conectividade com um destino. O comando ping é utilizado para testar a função de 
transmissão/recepção da placa de rede, a configuração do TCP/IP e a conectividade na rede. 
Os seguintes tipos de testes ping podem ser emitidos: 
• ping 127.0.0.1 – Como nenhum pacote é transmitido, efetuar o ping da interface 
loopback testa a configuração TCP/IP basica. 
• ping endereço IP do computador – Um ping para um PC host verifica a 
configuração do endereço TCP/IP do computador local assim como a conectividade 
com o computador. 
• ping endereço IP do gateway padrão – Um ping para o gateway padrão 
verifica se o roteador que conecta a rede local a outras redes pode ser alcançado. 
• ping endereço IP do destino remoto – Um ping para o destino remoto 
verifica a conectividade ao computador remoto 
1.1.8 Navegador Web e plug-ins 
 
Um navegador Web realiza as seguintes funções: 
• Faz contato com um servidor da Web 
• Solicita informações 
• Recebe informações 
• Exibe os resultados na tela 
Um navegador Web é um software que interpreta a linguagem de marcação de hipertexto 
(HTML-Hypertext Markup Language), uma das linguagens utilizadas para codificar o conteúdo 
de páginas da Web. Outras linguagens de marcação com recursos mais avançados fazem 
parte de tecnologias emergentes. A HTML, a linguagem de marcação mais comum, pode exibir 
gráficos, tocar sons, filmes e outros arquivos de multimídia. Hiperlinks são embutidos nas 
páginas da Web e proporcionam um link rápido para outro local na mesma página ou em outra 
página da Web totalmente diferente. 
Dois dos navegadores Web mais utilizados são o Internet Explorer (IE) e o Netscape 
Communicator. Embora sejam idênticos nas tarefas que realizam, existem diferenças entre 
estes dois navegadores. Certos websites talvez não suportem a utilização de um ou outro, e 
poderá ser vantajoso contar com os dois programas instalados no computador. 
Netscape Navigator: 
• O primeiro navegador popular 
• Ocupa menos espaço no disco 
• Exibe arquivos HTML, realiza a transferência de e-mail e de arquivos, assim como 
outras funções 
Internet Explorer (IE): 
• Fortemente integrado com outros produtos da Microsoft 
• Ocupa mais espaço no disco 
• Exibe arquivos HTML, realiza a transferência de e-mail e de arquivos, assim como 
outras funções 
Também existem tipos de arquivos especiais, ou proprietários, que os navegadores Web 
normais não podem exibir. Para visualizar tais arquivos, o navegador precisa ser configurado 
para utilizar aplicativos plug-in. Estes aplicativos trabalham em conjunto com o navegador para 
iniciar o programa requerido para visualizar os seguintes tipos de arquivos: 
• Flash – toca arquivos de multimídia e foi criado pelo Macromedia Flash 
 8 
• Quicktime – toca arquivos de vídeo e foi criado pela Apple 
• Real Player – toca arquivos de áudio 
Para instalar o plug-in do Flash, faça o seguinte: 
• Vá até o website da Macromedia. 
• Faça o download do programa de instalação mais recente do "Macromedia flash 
player". 
• Rode-o e instale-o no Netscape ou no IE. 
• Verifique a instalação e correta operação, acessando o website da Cisco Academy. 
Além de configurar o computador para visualizar o currículo da Cisco Academy, os 
computadores realizam várias outras tarefas úteis. No comércio, os funcionários 
freqüentemente utilizam um conjunto de aplicativos que se apresentam como conjunto para 
escritório, por exemplo, o Microsoft Office. Os conjuntos para escritório tipicamente incluem os 
seguintes: 
• Software de planilha, contendo tabelas constituídas de colunas e linhas onde 
freqüentemente se utilizam fórmulas para processar e analisar dados. 
• Um processador de texto é um aplicativo usado para criar e editar documentos de 
texto. Os processadores de texto modernos permitem que o usuário crie documentos 
sofisticados, que incluem gráficos e texto com rica formatação. 
• O software de gerenciamento de banco de dados é utilizado para armazenar, manter, 
organizar, classificar e filtrar registros. Um registro é uma compilação de informações 
identificadas por algum conceito em comum, tal como nome de cliente. 
• O software de apresentação é utilizado para projetar e desenvolver apresentações a 
serem exibidas em reuniões, aulas ou apresentações de vendas. 
• Um gerenciador de informações pessoais inclui um utilitário de e-mail, uma lista de 
contatos, um calendário e uma lista de tarefas a realizar. 
Os aplicativos de escritório hoje fazem parte do trabalho diário, como era o caso da máquina 
de escrever antes do advento do computador pessoal. 
1.1.9 Resolução de problemas com conexões na Internet 
 
Neste exercício de identificação e resolução de problemas, existem problemas na configuração 
do hardware, do software e da rede. O objetivo, dentro de um período de tempo 
predeterminado, é identificar e resolver os problemas, permitindo finalmente o acesso ao 
currículo. Este exercício demonstrará a complexidade da configuração até dos processos mais 
simples de acesso à Web. Isto inclui os processos e procedimentos envolvidos na resolução de 
problemas no hardware do computador, no software e nos sistemas da rede. 
• Definir o problema 
• Juntar os fatos 
• Considerar as possibilidades 
• Criar um plano de ação 
• Implementar o plano 
• Observar os resultados 
• Documentar os resultados 
• Introduzir problemas e resolver 
 
 
 
1.2 A Matemática das Redes 
 9 
1.2.1 Apresentação binária de dados 
 
Os computadores funcionam e armazenam dados mediante a utilização de chaves eletrônicas 
que são LIGADAS ou DESLIGADAS. Os computadores só entendem e utilizam dados 
existentes neste formato de dois estados, ou seja binário. Os uns e zeros são utilizados para 
representar os dois possíveis estados de um componente eletrônico em um computador. 1 
representa um estado LIGADO, e 0 representa um estado DESLIGADO. São denominados 
dígitos binários ou bits. 
O American Standard Code for Information Interchange (ASCII) é o código mais 
freqüentemente utilizado para representar dados alfanuméricos em um computador. O código 
ASCII utiliza dígitos binários para representar os símbolos digitados no teclado. Quando os 
computadores enviam estados LIGADOS/DESLIGADOS através de uma rede, as ondas de 
rádio ou de luz são utilizadas para representar os 1s e 0s. Note que cada caractere possui um 
conjunto singular de oito dígitos binários designado para representar o caractere. 
Os computadores são desenhados para trabalharem com chaves LIGADAS/DESLIGADAS, e 
portanto os dígitos binários e números binários são naturais para eles. Os seres humanos 
utilizam o sistema numérico decimal, que é relativamente simples quando comparado com as 
longas séries de 1s e 0s utilizados pelos computadores.Portanto, os números binários do 
computador precisam ser convertidos em números decimais. 
Às vezes os números binários precisam ser convertidos em números hexadecimais (hex), o 
que reduz uma longa seqüência de dígitos binários em poucos caracteres hexadecimais. Estes 
processos tornam os números mais fáceis de lembrar e manipular. 
1.2.2 Bits e bytes 
 
Um 0 binário pode ser representado por 0 volts de eletricidade (0 = 0 volts). 
Um 1 binário pode ser representado por +5 volts de eletricidade (1 = +5 volts). 
Os computadores foram concebidos para utilizarem grupos de oito bits. Este grupo de oito bits 
é denominado byte. Em um computador, um byte representa um único local de 
armazenamento endereçável. Estes locais de armazenamento representam um valor ou um 
único caractere de dados, por exemplo, um código ASCII. O número total de combinações de 
oito chaves ligadas ou desligadas é de 256. A faixa de valores de um byte é de 0 a 255. 
Portanto, é importante entender o conceito do byte ao trabalhar com computadores e redes 
1.2.3 Sistema numérico Base 10 
Os sistemas numéricos consistem em símbolos e regras para a utilização destes símbolos. O 
sistema numérico mais freqüentemente utilizado é o sistema numérico Base 10 ou decimal. 
Base 10 utiliza os dez símbolos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9. Estes símbolos podem ser 
combinados para representar todos os valores numéricos possíveis. 
O sistema numérico decimal é baseado em potências de 10. Cada posição colunar de um 
valor, da direita para a esquerda, é multiplicada pelo número 10, que é o número base, elevado 
a uma potência, que é o exponente. A potência à qual é elevado o valor 10 depende da sua 
posição à esquerda do ponto decimal. Quando um número decimal é lido da direita para a 
esquerda, a primeira posição, ou a mais à direita representa 100 (1), a segunda posição 
representa 101 (10 x 1 = 10). A terceira posição representa 102 (10 x 10 = 100). A sétima 
posição à esquerda representa 106 (10 x 10 x 10 x 10 x 10 x 10 = 1,000,000). Esta é a verdade 
independentemente de quantas colunas sejam ocupadas pelo número. 
 10 
Exemplo: 
2134 = (2 x 103) + (1 x 102) + (3 x 101) + (4 x 100) 
Existe o número 4 na posição das unidades, 3 na posição das dezenas, 1 na posição das 
centenas e 2 na posição dos milhares. Este exemplo parece óbvio ao usar-se o sistema 
numérico decimal. É importante entender exatamente como funciona o sistema decimal porque 
este conhecimento é necessário para entender dois outros sistemas numéricos, Base 2 e Base 
16, hexadecimal. Estes sistemas utilizam o mesmo método do sistema decimal 
1.2.4 Sistema numérico Base 2 
Os computadores reconhecem e processam dados, utilizando-se o sistema numérico binário ou 
Base 2. O sistema binário utiliza dois símbolos, 0 e 1, em vez dos dez símbolos utilizados no 
sistema numérico decimal. A posição, ou casa, de cada algarismo da direita para a esquerda 
em um número binário representa 2, o número base, elevado a uma potência ou expoente, 
começando com 0. Estes valores das casas são, da direita para a esquerda, 20, 21, 22, 23, 24, 
25, 26, e 27, ou 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64 e 128, respectivamente. 
Exemplo: 
101102 = (1 x 2
4 = 16) + (0 x 23 = 0) + (1 x 22 = 4) + (1 x 21 = 2) + (0 x 20 = 0) = 22 (16 + 0 + 4 + 
2 + 0) 
Se o número binário (101102) for lido da esquerda para a direita, estão os números 1 na 
posição dos 16, 0 na posição dos 8, 1 na posição dos 4, 1 na posição dos 2 e 0 na posição das 
unidades, que, quando somados, equivalem ao número decimal 22 
1.2.5 Convertendo números decimais em números binários de 8 bits 
Existem várias maneiras de converter números decimais em números binários. O fluxograma 
na Figura descreve um dos métodos. O processo tenta descobrir quais valores da potência 2 
podem ser somados para obter o número decimal que está sendo convertido em número 
binário. Este método é um dos vários que podem ser utilizados. É melhor selecionar um 
método e ir praticando com ele até que sempre produza a resposta correta. 
Exercício de conversão 
Use o exemplo a seguir para converter o número decimal 168 em número binário: 
• 128 cabe dentro de 168. Portanto, o bit mais à esquerda do número binário é 1. 168 – 
128 = 40. 
• 64 não cabe dentro de 40. Portanto, o segundo bit da esquerda é 0. 
• 32 cabe dentro de 40. Portanto, o terceiro bit da esquerda é 1. Subtraindo 40 – 32 = 8. 
• 16 não cabe dentro de 8. Portanto, o segundo bit da esquerda é 0. 
• 8 cabe dentro de 8. Portanto, o quinto bit da esquerda é 1. 8 – 8 = 0. Portanto todos os 
bits à direita são 0. 
Resultado: 168 decimal = 10101000 
Para ter mais prática, tente converter 255 decimal em binário. A resposta deve ser 11111111 
1.2.6 Conversão de números binários de 8 bits em números decimais 
Existem duas maneiras básicas de converter números binários em números decimais. O 
fluxograma na Figura mostra um exemplo. 
 11 
Os números binários também podem ser convertidos em números decimais, multiplicando os 
dígitos binários pelo número base do sistema, o qual é Base 2, e elevando-os ao expoente da 
sua posição. 
Exemplo: 
Converta o número binário 01110000 em um número decimal. 
OBSERVAÇÃO: 
Calcule da direita para a esquerda. Lembre-se de que qualquer número elevado à potência de 
0 equivale a 1. Portanto, 20 = 1 
 0 x 20 = 0 
 0 x 2
1 = 0 
 0 x 2
2 = 0 
 0 x 2
3 = 0 
 1 x 2
4 = 16 
 1 x 25 = 32 
 1 x 26 = 64 
+ 0 x 27 = 0 
 ___________ 
 = 112 
OBSERVAÇÃO: 
A soma das potências de 2 que possuem o número 1 na sua posição. 
1.2.7 Representação decimal pontuada em quatro octetos 
Atualmente, os endereços designados a computadores na Internet consistem em números 
binários de 32 bits. Para facilitar a utilização destes endereços, o número binário de 32 bits é 
convertido em uma série de números decimais. Para este fim, divida o número binário em 
quatro grupos de oito dígitos binários. Em seguida, converta cada grupo de oito bits, também 
denominado octeto, em seu equivalente decimal. Faça esta conversão exatamente conforme 
indicado no tópico de conversão de binário em decimal na página anterior. 
Quando escrito, o número binário completo é representado por quatro grupos de dígitos 
decimais separados por pontos. Esta representação é denominada notação decimal pontuada 
e provê uma maneira compacta e fácil de lembrar de referir-se aos endereços de 32 bits. Esta 
representação é usada freqüentemente mais adiante neste curso, de modo que é necessário 
entendê-la. Ao converter em binário de decimal pontuado, lembre-se de que cada grupo, que 
consiste em entre um e três dígitos decimais, representa um grupo de oito dígitos binários. Se 
o número decimal a ser convertido for inferior a 128, será necessário adicionar zeros à 
esquerda do número binário equivalente até que existam um total de oito bits. 
Exemplo: 
Converta 200.114.6.51 em seu equivalente binário de 32 bits. 
Converta 10000000 01011101 00001111 10101010 em seu equivalente decimal pontuado. 
1.2.8 Hexadecimal 
 12 
Hexadecimal (hex) é freqüentemente utilizado ao trabalhar com computadores pois pode ser 
usado para representar números binários em uma forma mais legível. O computador realiza 
computações em binário, mas existem várias situações em que a saída binária de um 
computador é expressa em hexadecimal para torná-la mais fácil de ler. 
A conversão de números hexadecimais em binários e números binários em hexadecimais é 
uma tarefa comum ao manejar os registros de configuração em roteadores da Cisco. Os 
roteadores da Cisco possuem um registro de configuração de 16 bits. Este número binário de 
16 bits pode ser representado como número hexadecimal de quatro dígitos. Por exemplo, 
0010000100000010 em binário equivale a 2102 em hex. A palavra hexadecimal é 
frequentementeabreviada como 0x quando utilizada com um valor, conforme aparece com o 
número acima: 0x2102. 
Igualmente aos sistemas binário e decimal, o sistema hexadecimal baseia-se na utilização de 
símbolos, potências e posições. Os símbolos usados pelo sistema hex são 0 a 9, e A, B, C, D, 
E, e F. 
 
Todas as combinações possíveis de quatro dígitos binários podem ser representadas por um 
só símbolo hexadecimal. Estes valores requerem entretanto, um ou dois simbolos decimais. 
Dois digitos hexadecimais podem representar eficientemente qualquer combinação de oito 
digitos binários. A representação decimal de um número binário de 8 bits irão requerer dois ou 
três digitos decimais. Uma vez que um digito hexadecimal sempre representa 4 digitos binários, 
simbolos hexadecimais são mais fáceis de utilizar que simbolos decimais ao operar com 
números binários muito grandes. O uso da representação hexadecimal também reduz a 
confusão na leitura de números binários muito grandes e a quantidade de espaço normalmente 
utilizado para gravar números binários. Lembre que a representação 0x pode ser utilizada para 
indicar um número hexadecimal. O número hexadecimal 5D pode ser escrito como 0x5D. 
Para converter de hex em binário, simplesmente expanda cada dígito hex ao seu equivalente 
binário de quatro bits 
1.2.9 A lógica booleana ou binária 
A lógica booleana baseia-se em circuitos digitais que aceitam uma ou duas voltagens de 
entrada. Com base na voltagem de entrada, é gerada uma voltagem de saída. Para os fins dos 
computadores, a diferença de voltagem é associada como dois estados, ligado ou desligado. 
Por sua vez, estes dois estados são associados como 1 ou 0, equivalentes aos dois dígitos do 
sistema numérico binário. 
A lógica booleana é uma lógica binária que permite a comparação de dois números e a 
geração de uma escolha baseada nos dois números. Estas escolhas são as operações lógicas 
AND, OR e NOT. Com a exceção do NOT, as operações booleanas têm a mesma função. 
Aceitam dois números, a saber, 1 ou 0, e geram um resultado baseado na regra lógica. 
 13 
A operação NOT examina qualquer valor apresentado, 0 ou 1, e o inverte. O um se torna zero 
e o zero se torna um. Lembre-se que as portas lógicas são dispositivos eletrônicos criados 
especificamente para este fim. A regra lógica que seguem é que qualquer que seja a entrada, a 
saída será o contrário. 
A operação AND aceita dois valores de entrada. Se ambos os valores forem 1, a porta lógica 
gera uma saída de 1. Caso contrário, gera uma saída de 0. Existem quatro combinações de 
valores de entrada. Três destas combinações geram 0, e uma combinação gera 1. 
A operação OR também aceita dois valores de entrada. Se pelo menos um dos valores de 
entrada for 1, o valor de saída será 1. Mais uma vez, existem quatro combinações de valores 
de entrada. Desta vez, três das combinações geram uma saída de 1 e a quarta gera uma saída 
de 0. 
As duas operações de redes que utilizam a lógica booleana são máscaras de sub-rede e as 
máscaras coringa. As operações de máscara oferecem uma maneira de filtrar endereços. Os 
endereços identificam os dispositivos na rede, permitindo que os endereços sejam agrupados 
ou controlados por outras operações da rede. Estas funções serão explicadas em maiores 
detalhes mais adiante no currículo. 
1.2.10 Endereços IP e máscaras da rede 
Os endereços binários de 32 bits utilizados na Internet são denominados endereços IP (Internet 
Protocol). A relação entre os endereços IP e as máscaras da rede será considerada nesta 
seção. 
 
Quando os endereços IP são designados a computadores, alguns dos bits à esquerda do 
número IP de 32 bits representam uma rede. O número de bits designados depende da classe 
do endereço. Os bits restantes do endereço IP de 32 bits identificam um computador em 
particular na rede. Um computador é identificado como "host". O endereço IP de um 
computador consiste em uma parte para uma rede e outra parte para um host que juntos 
representam um computador em particular em uma rede em particular. 
Para informar um computador sobre como o endereço IP de 32 bits foi dividido, é utilizado um 
segundo número de 32 bits, denominado máscara de sub-rede. Esta máscara é um gabarito 
que indica como o endereço IP deve ser interpretado, identificando quantos dos bits são 
 14 
utilizados para identificar a rede do computador. A máscara de sub-rede preenche 
seqüencialmente os 1s do lado esquerdo da máscara. Uma máscara de sub-rede será 
totalmente constituída de 1s até que seja identificado o endereço da rede e em seguida será 
constituída totalmente de 0s daquele ponto até o bit mais à direita da máscara. Os bits na 
máscara de sub-rede com valor de 0 identificam o computador ou host naquela rede. Alguns 
exemplos de máscaras de sub-rede são: 
11111111000000000000000000000000 escrito em decimal pontuado como 255.0.0.0 
ou 
11111111111111110000000000000000 escrito em decimal pontuado como 255.255.0.0 
No primeiro exemplo, os primeiros oito bits da esquerda representam a porção do endereço da 
rede, e os últimos 24 bits representam a porção do endereço do host. No segundo exemplo, os 
primeiros 16 bits representam a porção do endereço da rede, e os últimos 16 bits representam 
a porção do endereço do host. 
A conversão do endereço IP 10.34.23.134 em binário resultaria em: 
00001010.00100010.00010111.10000110 
A operação booleana AND sobre o endereço IP 10.34.23.134 junto com a máscara de sub-rede 
255.0.0.0 produz o endereço de rede deste host: 
00001010.00100010.00010111.10000110 
11111111.00000000.00000000.00000000 
00001010.00000000.00000000.00000000 
00001010.00100010.00010111.10000110 
11111111.11111111.00000000.00000000 
00001010.00100010.00000000.00000000 
Ao converter o resultado em decimal pontuado, 10.0.0.0 será a parte do endereço IP 
correspondente à rede, ao utilizar a máscara 255.0.0.0. 
A operação booleana AND sobre o endereço IP 10.34.23.134 junto com a máscara de sub-rede 
255.255.0.0 produz o endereço de rede deste host: 
Ao converter o resultado em decimal pontuado, 10.34.0.0 será a parte do endereço IP 
correspondente à rede, ao utilizar a máscara 255.255.0.0. 
Esta é uma breve ilustração do efeito que tem uma máscara de rede sobre um endereço IP. A 
importância das máscaras se tornará muito mais óbvia ao trabalharmos mais com os 
endereços IP. Para o momento, é só importante que o conceito de máscaras seja entendido. 
 
 
 
 
 
 15 
 
 
Resumo 
Deve ter sido obtido um entendimento dos seguintes conceitos importantes: 
• A conexão física que precisa ser realizada para que um computador seja conectado à 
Internet 
• Os principais componentes de um computador 
• A instalação e resolução de problemas de placas de rede e/ou de modems 
• Os procedimentos básicos para testar a conexão à Internet 
• A seleção e configuração de um navegador Web 
• O sistema numérico Base 2 
• A conversão de números binários em decimais 
• O sistema numérico hexadecimal 
• A representação binária de endereços IP e máscaras de redes 
• A representação decimal de endereços IP e máscaras de redes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
CAPITULO 02 – Conceitos Básicos de Rede 
 
Visão Geral 
A largura de banda é um componente crucial de redes. A largura de banda é uma das decisões 
mais importantes a serem tomadas quando da criação de uma rede. Este módulo estuda a 
importância da largura de banda, explica como é calculada e como é medida. 
As funções de rede são descritas utilizando-se modelos em camadas. Este módulo cobre os 
dois modelos mais importantes, que são o modelo Open System Interconnection (OSI) e o 
modelo Transmission Control Protocol/Internet Protocol (TCP/IP). O módulo apresenta também 
asdiferenças e similaridades entre os dois modelos. 
Além disso, este módulo apresenta uma breve história sobre redes. Ele descreve também os 
dispositivos de rede, assim como cabeamento, e as disposições físicas e lógicas. Este módulo 
também define e compara LANs, MANs, WANs, SANs, e VPNs. 
Os alunos, ao concluírem este módulo, deverão poder: 
• Explicar a importância da largura de banda em redes. 
• Usar uma analogia a partir de sua experiência para explicar a largura de banda. 
• Identificar bps, Kbps, Mbps, e Gbps como sendo unidades de largura de banda. 
• Explicar a diferença entre largura de banda e throughput. 
• Calcular as taxas de transferência de dados. 
• Explicar por que são usados os modelos em camadas para descrever a comunicação 
de dados. 
• Explicar o desenvolvimento do modelo Open System Interconnection (OSI). 
• Listar as vantagens de uma abordagem de camadas. 
• Identificar cada uma das sete camadas do modelo OSI. 
• Identificar as quatro camadas do modelo TCP/IP. 
• Descrever as similaridades e diferenças entre os dois modelos. 
• Explicar rapidamente a história das redes. 
• Identificar os dispositivos usados nas redes. 
• Entender a função dos protocolos nas redes. 
• Definir LAN, WAN, MAN, e SAN. 
• Explicar VPNs e suas vantagens. 
• Descrever as diferenças entre intranets e extranets. 
2.1 Terminologia de Redes 
2.1.1 Redes de dados 
As redes de dados foram desenvolvidas como um resultado dos aplicativos empresariais que 
foram escritos para microcomputadores. Naquela época os microcomputadores não eram 
conectados da mesma maneira que os terminais de computadores mainframe, portanto não 
havia uma maneira eficiente de compartilhar dados entre vários microcomputadores. Tornou-se 
óbvio que o compartilhamento de dados através da utilização de disquetes não era uma 
maneira eficiente e econômica de se administrar empresas. Os "Sneakernets", como este 
compartilhamento era chamado, criavam várias cópias dos dados. Cada vez que um arquivo 
era modificado ele teria que ser compartilhado novamente com todas as outras pessoas que 
precisavam daquele arquivo. Se duas pessoas modificavam o arquivo e depois tentavam 
compartilhá-lo, um dos conjuntos de modificações era perdido. As empresas precisavam de 
uma solução que respondesse satisfatoriamente às três questões abaixo: 
• Como evitar a duplicação de equipamentos e recursos 
• Como se comunicar eficazmente 
• Como configurar e gerenciar uma rede 
 17 
As empresas perceberam que a tecnologia de rede aumentaria a produtividade enquanto lhes 
economizaria dinheiro. Novas redes foram sendo criadas ou expandidas tão rapidamente 
quanto surgiam novos produtos e tecnologias de rede. As redes no início dos anos 80, houve 
uma grande expansão no uso de redes, apesar da desorganização na primeira fase de 
desenvolvimento. 
No início dos anos 80, as tecnologias de rede que surgiram tinham sido criadas usando 
diferentes implementações de hardware e software. Cada empresa que criava hardware e 
software para redes usava seus próprios padrões. Estes padrões individuais eram 
desenvolvidos devido à competição com outras companhias. Conseqüentemente, muitas das 
novas tecnologias de rede eram incompatíveis umas com as outras. Tornou-se cada vez mais 
difícil para as redes que usavam especificações diferentes se comunicarem entre si. 
Freqüentemente era necessário que o equipamento antigo de rede fosse removido para que 
fosse implementado o novo equipamento. 
Uma das primeiras soluções foi a criação de padrões de redes locais (LAN). Já que os padrões 
de redes locais ofereciam um conjunto aberto de diretrizes para a criação de hardware e 
software de rede, equipamentos de diferentes companhias poderiam então tornar-se 
compatíveis. Isto permitiu estabilidade na implementação de redes locais. 
Em um sistema de rede local, cada departamento da empresa é uma espécie de ilha 
eletrônica. À medida que o uso do computador nas empresas cresceu, logo se percebeu que 
até mesmo as redes locais não eram o suficiente. 
Era necessário um modo de mover informações de maneira rápida e eficiente, não só dentro 
da empresa, mas também de uma empresa para outra. A solução, então, foi a criação de redes 
de áreas metropolitanas (MANs) e de redes de longa distância (WANs). Como as WANs 
podiam conectar as redes usuárias dentro de grandes áreas geográficas, elas tornaram 
possível a comunicação entre empresas ao longo de grandes distâncias. Figura resume os 
tamanhos relativos de redes locais e WANs. 
2.1.2 História das Redes 
A história das redes de computador é complexa. Ela envolveu pessoas do mundo inteiro nos 
últimos 35 anos. Apresentamos aqui uma visão simplificada de como evoluiu a Internet. Os 
processos de invenção e comercialização são muito mais complicados, mas pode ser útil 
examinar o desenvolvimento fundamental. 
Nos anos 40, os computadores eram enormes dispositivos eletromecânicos propensos a 
falhas. Em 1947, a invenção de um transistor semicondutor criou várias possibilidades para a 
fabricação de computadores menores e mais confiáveis. Nos anos 50, os mainframes, que 
eram acionados por programas em cartões perfurados, começaram a ser usados por grandes 
instituições. No final dos anos 50, foi inventado o circuito integrado, que combinava vários, 
depois muitos e agora combina milhões de transistores em uma pequena peça de 
semicondutor. Durante os anos 60, o uso de mainframes com terminais era bastante comuns 
assim como os circuitos integrados eram largamente utilizados. 
No final dos anos 60 e 70, surgiram computadores menores, chamados de minicomputadores. 
No entanto, estes minicomputadores eram ainda muito grandes para os padrões modernos. Em 
1977, a Apple Computer Company apresentou o microcomputador, também conhecido como 
computador pessoal. Em 1981 a IBM apresentou o seu primeiro computador pessoal. O Mac 
amigável, o IBM PC de arquitetura aberta e a maior micro-miniaturização dos circuitos 
integrados conduziram à difusão do uso de computadores pessoais nas casas e nos 
escritórios. 
Em meados dos anos 80, os usuários com computadores stand alone começaram a 
compartilhar dados usando modems para fazer conexão a outros computadores. Era conhecido 
como comunicação ponto-a-ponto ou dial-up. Este conceito se expandiu com a utilização de 
 18 
computadores que operavam como o ponto central de comunicação em uma conexão dial-up. 
Estes computadores eram chamados de bulletin boards (BBS). Os usuários faziam a conexão 
aos BBSs, onde deixavam ou pegavam mensagens, assim como faziam upload e download de 
arquivos. A desvantagem deste tipo de sistema era que havia pouquíssima comunicação direta 
entre usuários e apenas com aqueles que conheciam o BBS. Uma outra limitação era que o 
computador de BBS precisava de um modem para cada conexão. Se cinco pessoas quisessem 
se conectar simultaneamente, seria necessário ter cinco modems conectados a cinco linhas 
telefônicas separadas. Conforme foi crescendo o número de pessoas desejando usar o 
sistema, este não foi capaz de atender às exigências. Por exemplo, imagine se 500 pessoas 
quisessem fazer a conexão ao mesmo tempo. Tendo início nos anos 60 e continuando pelos 
anos 70, 80 e 90, o Departamento de Defesa americano (DoD) desenvolveu grandes e 
confiáveis redes de longa distância (WANs) por razões militares e científicas. Esta tecnologia 
era diferente da comunicação ponto-a-ponto usada nos quadros de aviso. Ela permitia que 
vários computadores se interconectassem usando vários caminhos diferentes. A própria rede 
determinaria como mover os dados de um computador para outro. Em vez de poder comunicar 
com apenas um outro computador de cada vez, muitos computadores podiam ser conectados 
usando a mesma conexão. A WAN do DoD com o tempo veio a se tornar a Internet 
2.1.3 Dispositivos de rede 
Os equipamentosque se conectam diretamente a um segmento de rede são chamados de 
dispositivos. Estes dispositivos são divididos em duas classificações. A primeira classificação é 
de dispositivos de usuário final. Os dispositivos de usuário final incluem computadores, 
impressoras, scanners e outros dispositivos que fornecem serviços diretamente ao usuário. A 
segunda classificação é de dispositivos de rede. Dispositivos de rede incluem todos os 
dispositivos que fazem a interconexão de todos os dispositivos do usuário final permitindo que 
se comuniquem. 
Os dispositivos de usuário final que fornecem aos usuários uma conexão à rede são também 
conhecidos como hosts. Estes dispositivos permitem que os usuários compartilhem, criem e 
obtenham informações. Os hosts podem existir sem uma rede, porém, sem a rede, suas 
capacidades são muito limitadas. Os hosts são fisicamente conectados aos meios de rede 
usando uma placa de rede (NIC). Eles usam esta conexão para realizar as tarefas de enviar de 
e-mails, imprimir relatórios, digitalizar imagens ou acessar bancos de dados. Uma placa de 
rede é uma placa de circuito impresso que cabe no slot de expansão de um barramento em 
uma placa-mãe do computador, ou pode ser um dispositivo periférico. É também chamada 
adaptador de rede. As placas de rede dos computadores laptop ou notebook geralmente são 
do tamanho de uma placa PCMCIA. Cada placa de rede individual transporta um indentificador 
exclusivo, denominado endereço de Controle de Acesso ao Meio (MAC - Media Access 
Control). Este endereço é usado para controlar as comunicações de dados do host na rede. 
Maiores detalhes sobre endereços MAC serão fornecidos mais adiante. Como o nome sugere, 
a placa de rede controla o acesso do host ao meio. 
Não existem símbolos padronizados para representar na indústria de rede os dispositivos de 
usuário final. Eles apresentam uma aparência semelhante aos dispositivos verdadeiros para 
permitir um reconhecimento rápido. 
Os dispositivos de rede proporcionam transporte para os dados que precisam ser transferidos 
entre os dispositivos de usuário final. Os dispositivos de rede proporcionam extensão de 
conexões de cabos, concentração de conexões, conversão de formatos de dados, e 
gerenciamento de transferência de dados. Exemplos de dispositivos que realizam estas 
funções são: repetidores, hubs, bridges, switches e roteadores. Todos os dispositivos de rede 
mencionados aqui serão explicados em maiores detalhes mais adiante neste curso. Para o 
momento, será fornecida uma breve visão geral dos dispositivos de rede. 
Um repetidor é um dispositivo de rede usado para regenerar um sinal. Os repetidores 
regeneram os sinais analógicos e digitais que foram distorcidos por perdas na transmissão 
devido à atenuação. Um repetidor não realiza decisões inteligentes sobre o encaminhamento 
de pacotes como um roteador ou bridge. 
 19 
Os hubs concentram conexões. Em outras palavras, juntam um grupo de hosts e permitem que 
a rede os veja como uma única unidade. Isto é feito passivamente, sem qualquer outro efeito 
na transmissão dos dados. Os hubs ativos não só concentram hosts, como também regeneram 
sinais. 
As bridges, ou pontes, convertem os formatos de dados transmitidos na rede assim como 
realizam gerenciamento básico de transmissão de dados. As bridges, como o próprio nome 
indica, proporcionam conexões entre redes locais. As bridges não só fazem conexões entre 
redes locais, como também verificam os dados para determinar se devem ou não cruzar a 
bridge. Isto faz com que cada parte da rede seja mais eficiente. 
Os switches de grupos de trabalho (Workgroup switches) adicionam mais inteligência ao 
gerenciamento da transferência de dados. Eles não só podem determinar se os dados devem 
ou não permanecer em uma rede local, mas como também podem transferir os dados somente 
para a conexão que necessita daqueles dados. Outra diferença entre uma bridge e um switch é 
que um switch não converte os formatos dos dados transmitidos. 
Os roteadores possuem todas as capacidades listadas acima. Os roteadores podem regenerar 
sinais, concentrar conexões múltiplas, converter formatos dos dados transmitidos, e gerenciar 
as transferências de dados. Eles também podem ser conectados a uma WAN, que lhes permite 
conectar redes locais que estão separadas por longas distâncias. Nenhum outro dispositivo 
pode prover este tipo de conexão 
2.1.4 Topologias de rede 
Topologias de rede definem a estrutura da rede. Uma parte da definição de topologia é a 
topologia física, que é o layout efetivo dos fios ou meios físicos. 
A outra parte é a topologia lógica, que define como os meios físicos são acessados pelos hosts 
para o envio de dados. As topologias físicas que são comumente usadas são as seguintes: 
• Uma topologia em barramento (bus) usa um único cabo backbone que é terminado em 
ambas as extremidades. Todos os hosts são diretamente conectados a este backbone. 
• Uma topologia em anel (ring) conecta um host ao próximo e o último host ao primeiro. 
Isto cria um anel físico utilizando o cabo. 
 20 
• Uma topologia em estrela (star) conecta todos os cabos a um ponto central de 
concentração. 
• Uma topologia em estrela estendida (extended star) une estrelas individuais ao 
conectar os hubs ou switches. Esta topologia pode estender o escopo e a cobertura da 
rede. 
• Uma topologia hierárquica é semelhante a uma estrela estendida. Porém, ao invés de 
unir os hubs ou switches, o sistema é vinculado a um computador que controla o 
tráfego na topologia. 
• Uma topologia em malha (mesh) é implementada para prover a maior proteção 
possível contra interrupções de serviço. A utilização de uma topologia em malha nos 
sistemas de controle de uma usina nuclear de energia interligados em rede seria um 
excelente exemplo. Como é possível ver na figura, cada host tem suas próprias 
conexões com todos os outros hosts. Apesar da Internet ter vários caminhos para 
qualquer local, ela não adota a topologia em malha completa. 
A topologia lógica de uma rede é a forma como os hosts se comunicam através dos meios. Os 
dois tipos mais comuns de topologias lógicas são broadcast e passagem de token. 
A topologia de broadcast simplesmente significa que cada host envia seus dados a todos os 
outros hosts conectados ao meio físico da rede. Não existe uma ordem que deve ser seguida 
pelas estações para usar a rede. A ordem é: primeiro a chegar, primeiro a usar. A Ethernet 
funciona desta maneira conforme será explicado mais tarde neste curso. 
A segunda topologia lógica é a passagem de token. A passagem de token controla o acesso à 
rede, passando um token eletrônico seqüencialmente para cada host. Quando um host recebe 
o token, significa que esse host pode enviar dados na rede. Se o host não tiver dados a serem 
enviados, ele vai passar o token para o próximo host e o processo será repetido. Dois 
exemplos de redes que usam passagem de token são: Token Ring e Fiber Distributed Data 
Interface (FDDI). Uma variação do Token Ring e FDDI é Arcnet. Arcnet é passagem de token 
em uma topologia de barramento. 
 
 21 
O diagrama na Figura mostra muitas topologias diferentes conectadas pelos dispositivos de 
rede. Ele mostra uma rede local de complexidade moderada que é típica de uma escola ou de 
uma pequena empresa. Ele tem muitos símbolos e representa muitos conceitos de rede que 
vão levar tempo para serem aprendidos. 
2.1.5 Protocolos de rede 
Conjuntos de protocolos (protocol suites) são coleções de protocolos que permitem a 
comunicação de um host para outro através da rede. Um protocolo é uma descrição formal de 
um conjunto de regras e convenções que governam a maneira de comunicação entre os 
dispositivos em uma rede. Os protocolos determinam o formato, temporização, seqüência, e 
controle de erros na comunicação de dados. Sem os protocolos, o computadornão pode criar 
ou reconstruir o fluxo de bits recebido de outro computador no seu formato original. 
Os protocolos controlam todos os aspectos de comunicação de dados, que incluem o seguinte: 
• Como é construída a rede física 
• Como os computadores são conectados à rede 
• Como são formatados os dados para serem transmitidos 
• Como são enviados os dados 
• Como lidar com erros 
Estas regras para redes são criadas e mantidas por diferentes organizações e comitês. 
Incluídos nestes grupos estão: Institute of Electrical and Electronic Engineers (IEEE), American 
National Standards Institute (ANSI), Telecommunications Industry Association (TIA), Electronic 
Industries Alliance (EIA) e International Telecommunications Union (ITU), anteriormente 
conhecida como Comité Consultatif International Téléphonique et Télégraphique (CCITT). 
2.1.6 Redes locais (LANs) 
As redes locais consistem nos seguintes componentes: 
• Computadores 
• Placa de Interface de Rede 
• Dispositivos periféricos 
• Meios de rede 
• Dispositivos de rede 
Redes locais possibilitam que as empresas utilizem a tecnologia para o compartilhamento 
eficiente de arquivos e impressoras locais, além de possibilitar a comunicação interna. Um bom 
exemplo desta tecnologia é o e-mail. Elas unem dados, comunicações locais e equipamento de 
computação. 
Algumas tecnologias comuns à rede local são: 
• Ethernet 
• Token Ring 
• FDDI 
2.1.7 Redes de longa distância (WANs) 
As WANs interconectam as redes locais, fornecendo então acesso a computadores ou 
servidores de arquivos em outros locais. Como as WANs conectam redes de usuários dentro 
de uma vasta área geográfica, elas permitem que as empresas se comuniquem ao longo de 
grandes distâncias. Com a utilização de WANs torna-se possível que os computadores, 
impressoras e outros dispositivos em uma rede local compartilhem e sejam compartilhados 
com locais distantes. As WANs proporcionam comunicações instantâneas através de grandes 
 22 
áreas geográficas. A capacidade de enviar uma mensagem instantânea (IM) para alguém em 
qualquer lugar do mundo proporciona as mesmas capacidades de comunicação que 
antigamente eram possíveis somente se as pessoas estivessem no mesmo escritório físico. O 
software de colaboração proporciona acesso a informações em tempo real e recursos que 
permitem a realização de reuniões remotamente, ao invés de pessoalmente. Redes de longa 
distância criaram também uma nova classe de trabalhadores conhecidos como 
telecomutadores, que são pessoas que nunca precisam sair de casa para ir trabalhar. 
As WANs são projetadas para executar as seguintes ações: 
• Operar em grandes áreas separadas geograficamente. 
• Permitir que os usuários tenham capacidades de comunicação em tempo real com 
outros usuários 
• Proporcionar que recursos remotos estejam permanentemente conectados aos 
serviços locais 
• Proporcionar serviços de e-mail, World Wide Web, transferência de arquivos e e-
commerce 
Algumas tecnologias comuns à WAN são: 
• Modems 
• Integrated Services Digital Network (ISDN) 
• Digital Subscriber Line (DSL ) 
• Frame Relay 
• Hierarquias digitais T (EUA) e E (Europa): T1, E1, T3, E3 
• Synchronous Optical Network (SONET) 
2.1.8 Redes de áreas metropolitanas (MANs) 
Uma MAN é uma rede que abrange toda a área metropolitana como uma cidade ou área 
suburbana. Uma MAN geralmente consiste em duas ou mais redes locais em uma mesma área 
geográfica. Por exemplo, um banco com várias sucursais pode utilizar uma MAN. Tipicamente. 
um provedor de serviços está acostumado a conectar dois ou mais sites de redes locais 
usando linhas privadas de comunicação ou serviços óticos. É também possível criar uma MAN 
usando uma tecnologia de bridge sem fio (wireless) emitindo sinais através de áreas públicas. 
2.1.9 Storage-area networks (SANs) 
Uma SAN é uma rede dedicada de alto desempenho, usada para transportar dados entre 
servidores e recursos de armazenamento (storage). Por ser uma rede separada e dedicada, 
ela evita qualquer conflito de tráfego entre clientes e servidores. 
A tecnologia SAN permite a conectividade em alta velocidade de servidor-a-área de 
armazenamento, de área de armazenamento-a-área de armazenamento ou de servidor-a-
servidor. Este método usa uma infra-estrutura de rede separada que alivia qualquer problema 
associado à conectividade da rede existente. 
SANs oferecem os seguintes recursos: 
• Desempenho: SANs permitem um acesso simultâneo de disk arrays ou tape arrays 
por dois ou mais servidores em alta velocidade, oferecendo um melhor desempenho do 
sistema. 
• Disponibilidade: SANs já incorporam uma tolerância contra desastres, já que 
permitem o espelhamento de dados usando uma SAN a distâncias de até 10 
quilômetros (6,2 milhas). 
 23 
• Escalabilidade: Como uma LAN/WAN, ela pode usar uma variedade de tecnologias. 
Assim permitindo uma transferência fácil de dados de backup, operações, migração de 
arquivos, e replicação de dados entre sistemas. 
2.1.10 Virtual Private Network (VPN) 
Uma VPN é uma rede particular que é construída dentro de uma infra-estrutura de rede pública 
como a Internet global. Ao usar uma VPN, um telecomutador pode acessar a rede da matriz da 
empresa através da Internet criando um túnel seguro entre o PC do telecomutador a um 
roteador da VPN na matriz. 
2.1.11 Vantagens das VPNs 
Os produtos Cisco suportam a tecnologia VPN mais moderna. Uma VPN é um serviço que 
oferece conectividade segura e confiável através de uma infra-estrutura de rede pública 
compartilhada como a Internet. As VPNs mantêm as mesmas diretivas de segurança e 
gerenciamento como uma rede particular. Elas apresentam o método mais econômico no 
estabelecimento de uma conexão ponto-a-ponto entre usuários remotos e uma rede de clientes 
empresariais. 
Seguem abaixo os três tipos principais de VPNs: 
• Access VPNs: Access VPNs proporcionam o acesso remoto para funcionários móveis 
e para pequenos escritórios/escritórios domiciliares (SOHO) à Intranet ou Extranet da 
matriz através de uma infra-estrutura compartilhada. Access VPNs utilizam tecnologias 
analógicas, de discagem (dial-up), ISDN, DSL (digital subscriber line), IP móvel e de 
cabo para fazerem a conexão segura dos usuários móveis, telecomutadores e filiais. 
• Intranet VPNs: Intranet VPNs ligam os escritórios regionais e remotos à rede interna 
da matriz através de uma infra-estrutura compartilhada com a utilização de conexões 
dedicadas. Intranet VPNs diferem das Extranet VPNs dado que só permitem o acesso 
aos funcionários da empresa. 
• Extranet VPNs: Extranet VPNs ligam os associados empresariais à rede da matriz 
através de uma infra-estrutura compartilhada com a utilização de conexões dedicadas. 
Extranet VPNs diferem das Intranet VPNs dado que só permitem o acesso aos 
usuários externos à empresa. 
2.1.12 Intranets e extranets 
Intranet é uma configuração comum de uma rede local. Os servidores Intranet da Web diferem 
dos servidores públicos da Web dado que os públicos devem ter permissões e senhas corretas 
para acessarem a Intranet de uma organização. Intranets são projetadas para permitir o acesso 
somente de usuários que tenham privilégios de acesso à rede local interna da organização. 
Dentro de uma Intranet, servidores Web são instalados na rede. A tecnologia do navegador 
Web é usada como uma interface comum para acessar informações tais como dados ou 
gráficos financeiros armazenadas em formato texto nesses servidores. 
Extranets se referem aos aplicativos e serviços desenvolvidos para a Intranet, e através de 
acesso seguro têm seu uso estendido a usuários ou empresas externas. Geralmente este 
acesso é realizado através de senhas, IDs dos usuários e outros meios de segurança ao nível 
do aplicativo. Portanto, uma Extranet é uma extensão de duasou mais estratégias da Intranet 
com uma interação segura entre empresas participantes e suas respectivas intranets 
2.2 Largura de Banda 
 
 
 24 
2.2.1 Importância da largura de banda 
Largura de banda é definida como a quantidade de informações que flui através da conexão de 
rede durante de um certo período de tempo. É extremamente importante entender o conceito 
de largura de banda durante o estudo de redes devido às seguintes razões: 
1. A largura de banda é finita. 
Em outras palavras, independentemente dos meios usados para criar a rede, existem 
limites na capacidade daquela rede de transportar informações. A largura de banda é 
limitada por leis da física e pelas tecnologias usadas para colocar as informações nos 
meios físicos. Por exemplo, a largura de banda de um modem convencional está 
limitada a aproximadamente 56 Kbps pelas propriedades físicas dos fios de par 
trançado da rede de telefonia e pela tecnologia do modem. Entretanto, as tecnologias 
usadas pelo DSL também usam os mesmos fios de telefone de par trançado, e ainda 
assim o DSL proporciona uma largura de banda muito maior do que a disponível com 
modems convencionais. Assim, mesmo os limites impostos pelas leis da física são às 
vezes difíceis de serem definidos. A fibra óptica possui o potencial físico de fornecer 
largura de banda virtualmente sem limites. Mesmo assim, a largura de banda da fibra 
óptica não pode ser completamente entendida até que as tecnologias sejam 
desenvolvidas para aproveitar de todo o seu potencial. 
2. Largura de banda não é grátis. 
É possível comprar equipamentos para uma rede local que lhe oferecerá uma largura 
de banda quase ilimitada durante um longo período de tempo. Para as conexões WAN 
(wide-area network), é quase sempre necessário comprar largura de banda de um 
provedor de serviços. Em qualquer caso, um entendimento de largura de banda e 
mudanças na demanda de largura de banda durante certo período de tempo, poderá 
oferecer a um indivíduo ou a uma empresa, uma grande economia de dinheiro. Um 
gerente de redes precisa fazer as decisões corretas na compra dos tipos de 
equipamentos e serviços. 
3. A largura de banda é um fator importante na análise do desempenho da rede, na 
criação de novas redes, e no entendimento da Internet. 
Um profissional de rede precisa entender o grande impacto da largura de banda e do 
throughput no desempenho e desenho de redes. As informações fluem como uma 
seqüência de bits de computador a computador por todo o mundo. Esses bits 
representam enormes quantidades de informações que fluem de um lado a outro 
através do globo em segundos ou menos. De certa maneira, pode ser apropriado dizer 
que a Internet é largura de banda. 
4. A demanda por largura de banda está sempre crescendo. 
Tão logo são criadas novas tecnologias de rede e infra-estruturas para fornecer maior 
largura de banda, também são criados novos aplicativos para aproveitar da maior 
capacidade. A transmissão, através da rede, de conteúdo rico em mídia, inclusive 
vídeo e áudio streaming, exige quantidades enormes de largura de banda. Os sistemas 
de telefonia IP agora são comumente instalados em lugar dos sistemas de voz 
tradicionais, o que aumenta mais ainda a necessidade da largura de banda. O 
profissional de rede eficiente deverá antecipar a necessidade de aumentar a largura de 
banda e agir de acordo 
2.2.2 O desktop 
Largura de banda é definida como a quantidade de informações que flui através da conexão de 
rede durante de um certo período de tempo. A idéia de que as informações fluem sugere duas 
analogias que podem facilitar a visualização de largura de banda na rede. Já que se diz que 
tanto a água como o tráfego fluem, considere as seguintes analogias: 
1. A largura de banda é como o diâmetro de um cano. 
Uma rede de canos traz água potável para residências e empresas e leva embora a 
água do esgoto. Esta rede de água consiste em canos de vários diâmetros. Os canos 
principais de água de uma cidade podem ter até dois metros de diâmetro, enquanto 
que o cano para a torneira da cozinha pode ter apenas dois centímetros de diâmetro. O 
 25 
diâmetro do cano determina a capacidade do cano levar água. Portanto, a água é 
como os dados, e o diâmetro do cano é como a largura de banda. Muitos especialistas 
em rede falam que precisam colocar canos maiores quando precisam aumentar a 
capacidade de transmitir informações. 
2. A largura de banda é como o número de pistas de uma rodovia. 
Uma rede de estradas que atendem todas as cidades e municípios. As grandes 
rodovias com muitas pistas são alimentadas por estradas menores com menos pistas. 
Estas estradas podem conduzir a estradas menores e mais estreitas, que mais cedo ou 
mais tarde chegam até a entrada da garagem das casas e das empresas. Quando 
pouquíssimos carros utilizam o sistema de rodovias, cada veículo estará mais livre para 
se locomover. Quando houver mais tráfego, os veículos se locomoverão mais 
lentamente. Este é o caso, especialmente em estradas com menor número de pistas 
para os carros se locomoverem. Mais cedo ou mais tarde, conforme o tráfego vai 
aumentando no sistema rodoviário, até mesmo as rodovias com várias pistas se 
tornam lentas e congestionadas. Uma rede de dados é bem semelhante ao sistema 
rodoviário. Os pacotes de dados são comparáveis a automóveis, e a largura de banda 
é comparável ao número de pistas na rodovia. Quando é visualizada a rede de dados 
como um sistema rodoviário, torna-se mais fácil ver como as conexões de largura de 
banda baixa podem causar um congestionamento através de toda a rede. 
2.2.3 Medição 
Nos sistemas digitais, a unidade básica de largura de banda é bits por segundo (bps). A largura 
de banda é a medida da quantidade de informação que pode ser transferida de um lugar para o 
outro em um determinado período de tempo, ou segundos. Apesar de que a largura de banda 
pode ser descrita em bits por segundo, geralmente pode-se usar algum múltiplo de bits por 
segundo. Em outras palavras, a largura de banda é tipicamente descrita como milhares de bits 
por segundo (Kbps), milhões de bits por segundo (Mbps), bilhões de bits por segundo (Gbps) e 
trilhões de bits per segundo (Tbps). Embora os termos largura de banda e velocidade sejam 
freqüentemente confundidos, não são exatamente sinônimos. Pode-se dizer, por exemplo, que 
uma conexão T3 a 45Mbps opera a uma velocidade mais alta que uma conexão T1 a 
1,544Mbps. No entanto, se apenas uma pequena quantidade da sua capacidade de transmitir 
dados estiver sendo usada, cada um desses tipos de conexão transportará os dados com 
aproximadamente a mesma velocidade. Por exemplo, uma pequena quantidade de água fluirá 
à mesma taxa através de um cano fino ou através de um grosso. Portanto, é mais adequado 
dizer que uma conexão T3 tem uma largura de banda maior que uma conexão T1. A razão é 
que a conexão T3 é capaz de transmitir mais informações durante o mesmo período de tempo 
e não porque tem uma velocidade mais alta. 
2.2.4 Limitações 
A largura de banda varia dependendo do tipo dos meios físicos assim como das tecnologias de 
rede local e WAN utilizadas. A física dos meios explica algumas das diferenças. Os sinais são 
transmitidos através de fio de cobre de par trançado, de cabo coaxial, de fibra óptica e do ar. 
As diferenças físicas na maneira com que os sinais são transmitidos resultam em limitações 
fundamentais na capacidade de transporte de informações de um determinado meio. Porém, a 
largura de banda real de uma rede é determinada pela combinação de meios físicos e das 
tecnologias escolhidas para a sinalização e a detecção de sinais de rede. 
Por exemplo, o entendimento atual da física do cabo de cobre de par trançado não blindado 
(UTP) coloca o limite teórico da largura de banda acima de um gigabit por segundo (Gbps). No 
entanto, na realidade, a largura debanda é determinada pela utilização de Ethernet 10BASE-T, 
100BASE-TX, ou 1000BASE-TX. Em outras palavras, a largura de banda real é determinada 
pelos métodos de sinalização, placas de rede (NICs), e outros itens de equipamento de rede 
escolhidos. Conseqüentemente, a largura de banda não é somente determinada pelas 
limitações dos meios físicos. 
 
 26 
2.2.5 Throughput 
Largura de banda é a medição da quantidade de informações que podem ser transferidas 
através da rede em certo período de tempo. Portanto, a quantidade de largura de banda 
disponível é uma parte crítica da especificação da rede. Uma rede local típica poderá ser 
confeccionada para fornecer 100 Mbps para cada estação de trabalho de mesa, mas isso não 
quer dizer que cada usuário será capaz de transmitir centenas de megabits de dados através 
da rede para cada segundo de uso. Isto só seria possível sob circunstâncias ideais. O conceito 
de throughput poderá ajudar na explicação de como isto é possível. 
O throughput se refere à largura de banda real medida, em uma hora do dia específica, usando 
específicas rotas de Internet, e durante a transmissão de um conjunto específico de dados na 
rede. Infelizmente, por muitas razões, o throughput é muito menor que a largura de banda 
digital máxima possível do meio que está sendo usado. Abaixo seguem alguns dos fatores que 
determinam o throughput: 
• Dispositivos de interconexão 
• Tipos de dados sendo transferidos 
• Topologias de rede 
• Número de usuários na rede 
• Computador do usuário 
• Computador servidor 
• Condições de energia 
A largura de banda teórica de uma rede é uma consideração importante na criação da rede, 
pois a largura de banda de rede nunca será maior que os limites impostos pelos meios e pelas 
tecnologias de rede escolhidas. No entanto, é também importante que o projetista e o 
administrador de redes considerem os fatores que podem afetar o throughput real. Com a 
medição constante do throughput, um administrador de redes ficará ciente das mudanças no 
desempenho da rede e na mudança das necessidades dos usuários da rede. A rede poderá 
então ser ajustada apropriadamente 
 
2.2.6 Cálculo da transferência de dados 
Geralmente os administradores e projetistas de redes são convidados a tomar decisões 
relativas à largura de banda. Uma das decisões seria a de aumentar ou não o tamanho das 
conexões de WAN para acomodar um novo banco de dados. Outra decisão seria se o 
backbone atual da rede local tem ou não largura suficiente para um programa de treinamento 
que utilize vídeo streaming. Nem sempre é fácil encontrar as respostas aos problemas como 
esses, mas o melhor lugar por onde começar é com um simples cálculo de transferência de 
dados. 
 27 
 
Usando a fórmula tempo de transferência = tamanho do arquivo / largura de banda (T = S/BW) 
permite que um administrador da rede faça uma estimativa de vários dos componentes 
importantes do desempenho da rede. Se for conhecido o tamanho típico do arquivo para um 
determinado aplicativo, a divisão do tamanho do arquivo pela largura de banda da rede resulta 
em uma estimativa do tempo mais rápido no qual o arquivo pode ser transferido. 
Devem ser considerados dois pontos importantes ao fazer estes cálculos. 
• O resultado é apenas uma estimativa, pois o tamanho do arquivo não inclui qualquer 
encargo adicionado pela encapsulação. 
• É provável que o resultado seja um tempo de transferência na melhor das hipóteses, 
pois a largura de banda disponível nem sempre está a um máximo teórico para o tipo 
de rede utilizada. Uma estimativa mais precisa poderá ser obtida se o throughput for 
substituído pela largura de banda na equação. 
Apesar dos cálculos da transferência de dados serem bem simples, deve-se ter cuidado para 
usar as mesmas unidades por toda a equação. Em outras palavras, se a largura de banda for 
medida em megabits por segundo (Mbps), o tamanho do arquivo deverá ser em megabits (Mb), 
e não megabytes (MB). Já que os tamanhos de arquivos são tipicamente dados em 
megabytes, talvez seja necessário multiplicar por oito o número de megabytes para convertê-
los em megabits. 
Tente responder a seguinte pergunta, usando a fórmula T=S/BW. Não se esqueça de converter 
as unidades de medição conforme o necessário. 
O que levaria menos tempo, enviar o conteúdo de um disquete (1,44 MB) cheio de dados por 
uma linha ISDN ou enviar o conteúdo de um disco rígido de 10 GB cheio de dados por uma 
linha OC-48? 
2.2.7 Digital versus analógico 
Até recentemente, as transmissões de rádio, televisão e telefone têm sido enviadas através do 
ar e através de fios usando ondas eletromagnéticas. Essas ondas são denominadas analógicas 
pois têm as mesmas formas das ondas de luz e de som que são produzidas pelos 
transmissores. Conforme as ondas de luz e de som mudam de tamanho e forma, o sinal 
elétrico que transporta a transmissão muda proporcionalmente. Em outras palavras, as ondas 
eletromagnéticas são análogas às ondas de luz e de som. 
A largura de banda analógica é medida de acordo com o quanto do espectro eletromagnético é 
ocupado por cada sinal. A unidade básica da largura de banda analógica é hertz (Hz), ou ciclos 
por segundo. Tipicamente, os múltiplos desta unidade básica da largura de banda são usados, 
da mesma maneira que a largura de banda digital. As unidades de medição mais comumente 
usadas são kilohertz (KHz), megahertz (MHz), e gigahertz (GHz). Estas são as unidades que 
se usa para descrever as freqüências de telefones sem fio, que geralmente operam a 900 MHz 
 28 
ou 2,4 GHz. Estas são também as unidades que se usa para descrever as freqüências de 
redes sem fio (wireless) de 802.11a e 802.11b, que operam a 5 GHz e 2,4 GHz. 
Já que os sinais analógicos são capazes de transportar uma variedade de informações, eles 
possuem algumas desvantagens significativas ao serem comparados às transmissões digitais. 
O sinal de vídeo analógico que requer uma ampla gama de freqüências para a transmissão não 
pode ser comprimido para caber dentro de uma banda mais estreita. Portanto, se por acaso 
não estiver disponível a largura de banda analógica, o sinal não poderá ser enviado. 
Na sinalização digital, todas as informações são transmitidas como bits, independentemente do 
tipo de informações. Voz, vídeo e dados todos se tornam fluxo de bits quando são preparados 
para a transmissão através de meios digitais. Este tipo de transmissão proporciona uma 
vantagem muito importante da largura de banda digital sobre a largura de banda analógica. 
Podem ser enviadas quantidades ilimitadas de informações através do canal digital que tenha a 
menor ou mais baixa largura de banda. Independentemente do tempo que a informação digital 
leva para chegar ao seu destino e ser reagrupada, ela pode ser vista, ouvida, lida ou 
processada na sua forma original. 
É muito importante entender as diferenças e semelhanças entre a largura de banda analógica e 
digital. Os dois tipos de largura de banda são fáceis de serem encontrados no campo da 
tecnologia da informática. Porém, em função deste curso se preocupar primariamente com 
redes digitais, o termo ‘largura de banda’ se refere a largura de banda digital. 
2.3 Modelos de Redes 
2.3.1 Usando camadas para analisar problemas em um fluxo de materiais 
O conceito de camadas é usado para descrever como ocorre a comunicação de um 
computador para outro. A Figura mostra um conjunto de questões que são relacionadas ao 
fluxo, que é definido como um movimento de objetos físicos ou lógicos através de um sistema. 
Estas questões mostram como o conceito de camadas ajuda na descrição dos detalhes do 
processo de fluxo. Este processo pode ser associado a qualquer tipo de fluxo, de um fluxo de 
tráfego em um sistema rodoviário até o fluxo de dados através de uma rede. A Figura mostra 
vários exemplos de fluxo e maneiras

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