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Conceito e diferenças entre Vegetarianismo e Plant- Based Diet Conceito de vegetarianismo e Plant-Based Diet: Vegetarianismo: Tem sua origem do latim, vegetus, que significa: 1. Forte, robusto, vigoroso integral 2. Completo, fresco e vivo. Princípio: não consumo de produtos a partir da morte de um animal. O vegetarianismo refere-se à prática de abster-se do consumo de um ou mais tipos de alimentos de origem animal, especialmente carne de animais. O termo "vegetariano" foi usado pela primeira vez em público por volta de 1840, possivelmente como descritor das características de uma pessoa que comia só vegetais. O termo foi popularizado nos anos seguintes na Europa Ocidental, pela fundação de sociedades vegetarianas nacionais, bem como pela União Vegetariana Internacional. No entanto, a tradição vegetariana é muito mais antiga, especialmente na Índia, onde os registros mais antigos datam de vários séculos aC. Na Europa antiga, o vegetarianismo era provavelmente incomum e, na idade média, várias ordens de monges evitavam carne, mas não peixe, por razões ascéticas, inclusive, no âmbito da religião, comer peixe em vez de carne as sextas-feiras continua sendo uma tradição católica romana muito comum em muitas partes do mundo. Vegetarian and plant-based diets in health and disease prevention – Frnçois Mariotti, 2017 LIVE, AND LET LIVE Londres 1847 Inauguração da primeira Sociedade Vegetariana SÉCULO XX - Primeira Guerra Mundial Desnutrição Inserção de mais carnes e lácteos Factory farming - Criação industrial A criação intensiva de animais ou a produção industrial de animais, também conhecida como criação industrial, é uma abordagem de produção para animais de criação, a fim de maximizar a produção e minimizar os custos de produção. A agricultura intensiva refere-se à criação de animais, à manutenção de animais, como gado, aves e peixes em densidades de estocagem mais altas do que geralmente ocorre com outras formas de agricultura animal, sendo considerada uma prática típica da “A expectativa de que, com uma maior compreensão da nutrição, o conhecimento de como fazer isso acabaria por vir à tona, permitindo que as pessoas seguissem suas consciências com mais consistência” Gandhi (Mahatma Gandhi) Vegetarianismo estrito A partir de 1955 agricultura industrial pelas empresas do agronegócio. Os principais produtos dessa indústria são carne, leite e ovos para consumo humano. Questões que passaram a ser consideradas menos importantes diante da criação industrial: Excessos nutricionais e seus efeitos Impacto ambiental Cuidados com os animais Origem: O vegetarianismo tem a origem de suas raizes nas civilizações antigas da Índia, normalmente associado a “proteção da vaca”, considerada “sagrada” da cultura Hindu, e a associação a não violência contra seres vivos (Ahimsa) praticada por grupos religiosos e filósofos, devido a isso existia um consumo elevado de vegetais, frutas, cerais integrais, leguminosas, sementes, leguminosas, lácteos, especiarias e condimentos. 35% das pessoas na índia são vegetarianas. Vegetarian and plant-based diets in health and disease prevention – François Mariotti, 2017 Razões que motivam o vegetarianismo ao longo da historia • Ética e ecológica (sustentabilidade); • Cultura e religião; • Problemas de saúde, doença, alergia ou intolerância alimentar; • Palatabilidade; • Falta de disponibilidade ou de possibilidade financeira; • Períodos de fome ou pobreza; • Consciência de Saúde. Sustentabilidade: Segundo Green Peace Brasil, em nome do aumento da produção de soja e gado (grande parte destinados à exportação) grandes empresas desmatam, escravizam, contaminam o solo e a água, consumindo boa parte dos recursos hídricos. A produção de carne é responsável pela emissão de gases poluentes e acelera os efeitos do aquecimento global. A produção de carne emite o mesmo volume de Gases do Efeito Estufa (GEEs) de que todos os carros, caminhões, aviões e navios do planeta juntos. No Brasil, além das emissões, a produção pecuária está constantemente associada à retirada de direitos de trabalhadores, povos indígenas e comunidades pressionadas pela expansão da fronteira de produção agropecuária. 38% da área de terra global é usada para produção de alimentos. Seres humanos já utilizam 86% da água disponível no mundo, sendo que a maior parte é para a agricultura. Porém, dentro da agricultura é principalmente para a produção de alimentos de origem animal. A expectativa é de que aumente o consumo de carnes, e assim cada vez piora mais a pressão sobre a questão da água. Vegetarian and plant-based diets in health and disease prevention – François Mariotti, 2017 A alteração climática é a principal ameaça ambiental para a nossa espécie e para o nosso planeta, e a alimentação é o maior contribuinte pela emissão de GEE contribuindo com 1/3 ou mais do global GEE. É necessário estabilizar, reverter ou evitar um aumento maior de 2 graus Celsius na temperatura global! Existe uma boa correlação entre alimentos que são bons para a saúde com os que são bons para o clima e o ambiente no geral, a Plant-Based Diet tem o GEE muito menor do que a dieta onívora, além de benefícios de saúde e para o meio ambiente de maneira geral, ou seja, é uma ação para evitar o aquecimento global. Vegetarian and plant-based diets in health and disease prevention – François Mariotti, 2017 Impacto ambiental Consciência do consumidor Padrões de consumo de alimentação sustentável Estimativa de redução do efeito estufa até 2025: Springmann M. PNAS. 2016; 113(15):4146-4151 Meatmondless Monday, Internacional Weekly Journal Of Science • Apenas seguindo as diretrizes (consumir mais frutas e vegetais, consumir menos carne, açúcar e calorias totais) 29% • Se todos seguissem a Plant-Based Diet70% 30x menos terra necessária para alimentar alguém na Plant-Based Diet 250x menos emissões de gases de efeito estufa pela Plant-Based Diet 10x mais proteína por hectare produzindo vegetais, comparado a carne 60x menos é o consumo de agua de quem adota a Plant-Based Diet 80% do desmatamento da Amazônia foi causada pela pecuária Fome: Se todos no mundo passassem a seguir uma Plant-Based Diet o suprimento de comida aumentaria em 50% Scientific American. Nov, 2011:60-65 Vegetarianismo: Escolha consciente e voluntária de excluir um ou mais tipos de alimentos de origem animal da dieta. Suficiente para erradicar a fome no mundo! Às vezes o motivo ético não leva em consideração os aspectos de saúde! Nomenclatura: Vegetarian and plant-based diets in health and disease prevention – François Mariotti, 2017 *Dependendo da literatura, a composição de dietas pode variar. Vegetariano (Inclui todas as categorias) Sem consumo de carnes (vermelha e branca), peixes e frutos do mar. Ovolactovegetariano Consome leite e derivados, ovos e mel. Lactovegetariano Consome leite e derivados e mel. Não consome ovo. Peixetariano Consome peixe, leite e derivados, ovos, e mel, mas não consome. Vegetariano estrito (vegano) Não consome alimentos de origem animal. Semi-vegetariano Consume de 1-3 refeições/semana com alimentos de origem animal. Também chamados de flexetarianos. Plant-Based diet Dieta baseada em frutas, legumes, tubérculos, grãos integrais e leguminosas na sua forma mais integra. E exclui ou minimiza o consumo de carne (incluindo frango e peixe), produtos lácteos e ovos, e alimentos altamente refinados como farinha branca, açúcar refinadoe óleo. Benefícios da dieta Plant-Based Diet na saúde: Grupos de alimentos incluídos: Na atualidade já existem inúmeros trabalhos que trazem base científica comprovando os benefícios para a saúde relacionados a da Plant-Based Diet. • Folhas • Legumes • Tubérculos • Cereais Integrais • Leguminosas • Frutas • Sementes e oleaginosas • Ervas e condimentos Cenário atual: As práticas alimentares dos diferentes grupos sociais são determinadas por diversos fatores que vão desde o acesso aos alimentos até as escolhas baseadas em crenças religiosas e valores culturais. Se, ao longo do tempo, as grandes mudanças econômicas e sociais marcaram profundamente o modo de vida da humanidade, com certeza influenciaram de forma muito importante estas práticas alimentares, principalmente após a revolução industrial. Diante do cenário atual, pode-se perceber que a alimentação é praticamente a mesma em quase todos os países ocidentais, mesmo considerando algumas características regionais que influenciam nas escolhas e no modo de se alimentar. As pessoas, de modo geral, consomem mais alimentos industrializados, semi-processados ou prontos para consumo em seus domicílios e, quando se alimentam fora de casa, as escolhas baseiam-se na praticidade e no paladar. Este tipo de alimentação, também denominada “alimentação ocidentalizada”, é baseada em alimentos ricos em carboidratos simples, proteínas de origem animal, lipídios, sal e poucos alimentos in natura, como hortaliças e frutas. TEIXEIRA, Rita de Cássia Moreira de Almeida et al. Estado nutricional e estilo de vida em vegetarianos e onívoros – Grande Vitória – ES. Rev Bras Epidemiol, Vitória, p.131-143, 2006. Em decorrência disso: As doenças crônicas constituem problema de saúde de grande magnitude, correspondendo a 72% das causas de mortes. Hoje, são responsáveis por 60% de todo o ônus decorrente de doenças no mundo. No ano 2020, serão responsáveis por 80% da carga de doença dos países em desenvolvimento. Atualmente, nesses países, a aderência aos tratamentos chega a ser apenas de 20%. Dados recentes do Ministério da Saúde apontam que 44,7% das mulheres E 52,6% dos homens com mais de 18 anos estão acima do peso ideal. A Organização Mundial da Saúde estimou que o excesso de peso é responsável por 58% da carga de doença relativa ao diabetes tipo II, 39% da doença hipertensiva, 21% do infarto do miocárdio, 12% do câncer de cólon e reto e 8% do câncer de mama e responde diretamente por parcela significativa do custo do sistema de saúde nos países. Diabetes melittus (DM) e hipertensão arterial (HA) atingem, respectivamente, 6,3% e 23,3% dos adultos brasileiros. No Brasil, essas doenças representam a primeira causa de mortalidade e de hospitalizações, sendo apontadas como responsáveis por mais da metade dos diagnósticos primários em pessoas com insuficiência renal crônica submetidas à dialise no Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro. WHO, 2003; BRASIL, 2011d Não é um cenário seguro para saúde! Obesidade: Segundo a Organização Mundial de Saúde a obesidade é considerada um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. A projeção é que, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso; e mais de 700 milhões, obesos até o ano de 2025. Caso nada seja feito, o número de crianças com sobrepeso e obesidade no mundo poderia chegar a 75 milhões. No Brasil, diante de alguns levantamentos pode se observar que, mais de 50% da população está acima do peso, ou seja, na faixa de sobrepeso e obesidade, o que comprova que a obesidade vem crescendo cada vez mais. Câncer: A Organização Mundial da Saúde estima que, no ano 2030, haverá 27 milhões de casos novos de câncer, 17 milhões de mortes pela doença e 75 milhões de pessoas vivendo com câncer. A epidemia global de câncer é grande tem a tendência de aumentar, o número de casos de câncer e mortes pela doença em todo o mundo deve dobrar ao longo dos próximos 20 a 40 anos. O maior efeito desse aumento incidirá em países em desenvolvimento, como por exemplo, no Brasil, que o câncer já é a segunda causa de morte por doenças, atrás apenas das do aparelho circulatório. INCA. Incidência de Câncer no Brasil. Estimativa 2016. Diante dos dados: Dietas vegetarianas ou veganas quando planejadas, são saudáveis, nutricionalmente adequadas, e podem fornecer benefícios à saúde auxiliando na prevenção e no tratamento de doenças como a aterosclerose, diabetes tipo 2, hipertensão e obesidade. São dietas apropriadas durante todas as fases da vida, incluindo a gravidez, lactação, infância, adolescência, e para os atletas. Antioxidante Anti-inflamatória Favorece microbiota intestinal Vitaminas Minerais Compostos Bioativos Fibras Alimentação: Rica em: Redução mortalidade por todas as causas; Redução de mortalidade por doenças cardiovasculares; Menor risco para a maioria das doenças crônicas; Menor incidência e severidade de obesidade, hipertensão, hiperlipidemia, hiperglicemia e possivelmente reversão de Diabetes Mellitus; Protege contra alguns tipos de câncer, osteoporose, degeneração macular e catarata; Melhora imunidade; Melhor manutenção de peso; Redução de uso de medicação. MELINA, Vesanto; CRAIG, Winston; LEVIN, Susan. Position of the Academy of Nutrition and Dietetics: Vegetarian Diets. Journal Of The Academy Of Nutrition And Dietetics, [s.l.], v. 116, n. 12, p.1970-1980, dez. 2016. Elsevier BV. Paras nutris que ainda se sentem inseguros na prescrição de uma dieta sem alimentos derivados de animais: Lembre-se que: o corpo é dinâmico! Os riscos são os mesmos de uma dieta onívora, por isso, diante de uma prática clínica adequada, a avaliação de exames bioquímicos e da composição corporal, acompanhada da avaliação de sinais e sintomas e do estado de saúde em geral a prescrição nutricional o monitoramento se torna facilitado. Acompanhe seu paciente na prática e dê o seu melhor que terá bons resultados! Bases científicas: 2019 Whole-Food Plant-Based diet Grupo 1 Dieta dentro das recomendações (MyPlate - EUA) Grupo 2 Grupos de alimentos incluídos Conclusão do artigo: Os participantes do estudo que se identificam como WFPB ou Veganos têm alimentação quase idêntica e metas de ingestão de nutrientes, identificadas a partir de fontes populares de informação nutricional e culinária. Com base em análises a ingestão teórica de uma dieta WFPB diverge substancialmente das recomendações do MyPlate. No geral, as dietas WFPB fornecem uma dieta mais densa em nutrientes do que a ingestão típica do MyPlate, com menos refinados e açúcares adicionados do que as dietas típicas dos americanos. Embora suplementos das vitaminas B12 e D poderiam ser aconselháveis, pesquisas futuras devem examinar a ingestão real desses grupos para avaliar a composição de nutrientes e a aderência às recomendações da dieta. WFPB: maior densidade nutricional! Dieta convencional para diabetes: 45% Carboidratos 25% Proteínas 30% Gorduras 200 mg/dia de Colesterol Dieta vegetariana: 60% Carboidratos 40%. Dividido entre Gordura e Proteína 50mg/dia de Colesterol Conclusão do artigo: Um ano após o término da intervenção, a dieta vegetariana demonstrou efeitos positivos nos fatores de risco cardiovascular em comparação com uma dieta convencional foram parcialmente mantidos. Fibras Ferro não heme Proteína vegetal Fitoquímicos Antioxidantes Menos gordura saturada Indicação delivros com associações entre Plant-Based Diet e saúde: Comer para não morrer: Dietas vegetarianas e à base de plantas na prevenção de doenças e saúde: Doenças cardíacas Doenças pulmonares Doenças no cérebro Câncer no sistema Digestório Infecções Hipertensão arterial Doenças no fígado e rins Câncer no sangue, mama e próstata Depressão suicida Mal de Parkinson Saúde óssea Manutenção de peso e perda de peso Risco para câncer Risco e Tratamento para Diabetes tipo 2 Doenças Cardiovasculares Microbioma, trânsito intestinal e fezes Risco para refluxo gastroesofágico Asma Humor Plant-Based Diet fornecem benefícios físicos e ambientais à saúde bem estabelecidos, e esses benefícios decorrem em parte do grau de restrição de alimentos de origem animal. Historicamente, a carne e outras proteínas de origem animal têm sido vistas como um componente integral da dieta dos atletas, levando alguns a questionar a adequação das dietas vegetarianas ou veganas para apoiar o desempenho atlético. Com base na literatura atualmente disponível, é improvável que as dietas à base de plantas ofereçam vantagens, mas não sofram desvantagens, em comparação com as dietas onívoras para desempenho de força, anaeróbia ou aeróbica. No entanto, as dietas à base de plantas normalmente reduzem o risco de desenvolver inúmeras doenças crônicas ao longo da vida útil e exigem menos recursos naturais para a produção em comparação com as dietas que contêm carne. Como tal, dietas à base de plantas parecem ser opções viáveis para apoiar adequadamente o desempenho atlético, contribuindo simultaneamente para a saúde física e ambiental geral. ... A crescente população global, combinada a fatores como a mudança sociodemográfica, pressionará cada vez mais os recursos do mundo para fornecer não apenas mais, mas também diferentes tipos de alimentos. Espera-se que um aumento da demanda por proteínas de origem animal tenha um impacto ambiental negativo, gerando emissões de gases de efeito estufa, exigindo mais água e mais terra. Enfrentar esta “tempestade perfeita” exigirá uma produção mais sustentável das fontes de proteína existentes, bem como fontes alternativas para o consumo humano direto. As fontes de proteína existentes são dificultadas principalmente por seus impactos ambientais negativos, com algumas preocupações em relação à saúde. No entanto, eles oferecem benefícios sociais e econômicos e têm um alto nível de aceitação do consumidor. ... The blue zones: São regiões com grupos populacionais, espalhados pelo mundo, que estão fortemente relacionados a longevidade. São elas: Okinawa, um arquipélago no sul do Japão, uma região montanhosa e isolada da Sardenha, uma comunidade na Califórnia, chamada Loma Linda, a península costarriquenha de Nicoya e a ilha grega Ikaria. Ao estudar, se observa características em comum entre elas: Plant-Based diet (leguminosas como base) Atividade física moderada e frequente Família Engajamento social Não fumam Brenda Davis, 2018 Anamnese nutricional Além da anamnese nutricional para pacientes onívoros, existem pontos importantes para levar em consideração na anamnese de pacientes vegetarianos: Sistema alimentar e os motivos que o levaram a ele (vegano, vegetariano, em transição etc.); Tempo dentro do sistema alimentar; Como é a rotina de compras e de preparo dos alimentos; Se existe um apoio no trabalho (copa, geladeira...); Opções de receitas, feiras, restaurantes; Opinião em relação a suplementação. Facilitadores Oxalatos, fitatos e inibidores de proteases Oxalato Ácido oxálico Inibidor da absorção de cálcio Cálcio livre ou em excesso gera morte celular após reagir com algumas substâncias, devido a isso o cálcio não pode estar livre, tanto em humanos como em plantas, por isso para sua defesa, as plantas deixam o cálcio ligado ao oxalato, o que quando ingerido por humanos impede a absorção de cálcio pelo organismo. Cuidado com alimentos que tem teor de oxalato maior que 600mg em 100g Espinafre cozido 750 Ruibarbo enlatado 600 Beterraba cozida 675 Acelga suíça 654 Cacau em pó 623 Canela em pó 362,74 Amendoim torrado 187 Berinjela 18 Tofú firme 5,08 Brócolis cozido 0 Alimentação sem Carne - Dr Eric Slywitch, 2015 Evitar usar esses alimentos quando um dos objetivos da refeição for a absorção de cálcio. Fitato Hexofosfato de mioinositol (6 fósforos) O fitato está presente nos cerais integrais e nas leguminosas, e nas plantas tem sua função de estoque de energia para o grão (pelo armazenamento de fósforo), antes da germinação. Com isso, tem função antinutricional porque dificulta a absorção de um ou mais nutrientes, principalmente ferro, cálcio e zinco. Porém, também pode ter benefícios, como na redução do colesterol total e triglicerídeos e na prevenção de câncer de cólon, como também pode reduzir a toxicidade de metais pesados, como cádmio, chumbo, ingeridos, por inibir a absorção. Ativar a fitase para reduzir a quantidade de ácido fítico ou reduzir a quantidade de fitatos. Remolho, germinação ou fermentação. Que estratégia posso usar para reduzir o efeito antinutricional? Remolho Fitato é hidrossolúvel, ou seja, é removido por difusão quando deixado na água; Redução de 70-97% dependendo da leguminosa; Deixar o grão em água ativa e acelera o processo de germinação. Técnica: deixar em água por 8-12 horas. Desprezar a água. Pode cozinhar ou pode continuar o processo de germinação. Germinação Ocorre ativação da fitase que degrada o ácido fítico; O fósforo vai sendo utilizado e a biodisponibilidade dos minerais é melhorada. Técnica: deixar em água; trocar a água algumas vezes; 12-24 horas em média. Fermentação Geram ácidos oxálicos que reduzem o pH e facilitam a absorção dos minerais, especialmente o zinco; Ativa a fitase do grão que degrada o fitato; Redução pode ser de 13-100% dependendo do tipo de produção. A fermentação com bicarbonato de sódio tem as taxas menores. Técnica: Farinha de trigo ou de centeio para fazer pão em casa. Inibidores de proteases As proteases, melhor denominadas de peptidases, catalisam reações de hidrólise de diferentes ligações peptídicas em proteínas e em peptídeos de todos os organismos vivos. Tais reações estão envolvidas em processos fisiológicos de extrema importância para a sobrevivência destes organismos, tais funções incluem: digestão e assimilação das moléculas alimentares, cascatas de coagulação, degradação de proteínas nos lisosomas e nos proteassomas, complemento e as de sinalização intracelular, fibrinólise, degradação de moléculas da matriz extracelular, dentre outros processos. Os inibidores de proteases são proteínas de ampla distribuição no reino vegetal, capazes de inibir as atividades da tripsina, quimotripsina, amilase e carboxipeptidase. Geralmente, são denominados como inibidores da primeira enzima contra a qual foram testados e na maioria das pesquisas foi investigada a tripsina. São encontrados, geralmente, nas sementes de leguminosas, mais especificamente na soja, os quais foram supostamente responsabilizados pelo baixo valor nutritivo de leguminosas cruas. SILVA, Mara Reis; SILVA, Maria Aparecida Azevedo Pereira da. Fatores antinutricionais: inibidores de proteases e lectinas. Rev. Nutr., Campinas, v. 13,n. 1, p. 3-9, Apr. 2000. Dificultam absorção de proteínas! Cozinhar para diminuir a ação dos inibidores de proteases Macronutrientes Para os vegetarianos, em todas as fases da vida, é necessário o monitoramento dos níveis séricos de nutrientes, assim como para os onívoros. Com uma instituição de uma dieta elaborada por um nutricionista, variada em legumes, frutas e vegetais que podem fornecer todos esses nutrientes essenciais. Os vegetarianos conseguem atender e até exceder as recomendações de proteína quando as necessidades de calorias são adequadas. A diversidade de vegetais na alimentação fornece o aporte adequado de aminoácidos essenciais e concentrações de nitrogênio. DAVIS, B.; MELINA, V. Becoming Vegan: Comprehensive Edition. Summertown, TN: Book Publishing Co; 2014. Digestão: O vegetarianismo gera mais flatulência? Na verdade, diante da transição, existem vários fatores que podem estar associados, como por exemplo: Alteração na digestão de carboidratos, proteínas e gorduras; Mastigação; Ingestão de ar; Verminoses; Ambiente refeições (emoções); Bebidas com gás; Intolerância à lactose; Tipo de fibras; Medicamentos para reduzir a absorção de carboidratos e gorduras. Leguminosas: tem, rafinose, estaquinose e verbascose – podem gerar flatulência Enzimas presentes nas leguminosas relacionadas a produção de gases: Rafinose, estaquiose e verbascose Precisam ser quebradas pela enzima alfa-galactosidase A alfa-galactosidase não está presente no organismo humano, e por isso, se não houver digestão, elas chegam intactas no intestino grosso e geram fermentação bacteriana, levando aos gases. Essa enzima está presente nos grãos, porém na forma inativa, por isso se faz necessário deixar de molho, assim ela é degradada. Os taninos (polifenóis), também podem estar relacionados com a flatulência, elas são defesa da planta no meio ambiente contra insetos, e tem efeitos protetores no organismo, mas podem dificultar a digestão de carboidratos e proteínas e atrapalhar a absorção de minerais. Para remover os taninos é preciso cozinhar os grãos. Fibras Inicialmente o intestino precisa se adaptar Manutenção vida = Respiração (O2) + Produção de energia Carboidrato (fonte rápida de energia) Proteína Gordura (fonte lenta de energia) Degradação do substrato a partir de estímulo/sinalização ACETIL COA ATP Exemplo de prato Plant-based ideal: DAVIS, B.; MELINA, V. Becoming Vegan: Comprehensive Edition. Summertown, TN: Book Publishing Co; 2014. Estudo para exemplificar: Foram incluídos 40 estudos com 12.619 veganos e 179.630 onívoros. Conclusão: Na maioria dos países, uma dieta vegana tem menos energia e gordura saturada em comparação com as dietas de onívoras e está associada a um perfil de risco cardiometabólico favorável, incluindo menor peso corporal, colesterol LDL, glicemia em jejum, pressão arterial e triglicerídeos. Essas observações corroboram com outras evidências de que dietas à base de plantas provavelmente reduzirão o risco de doenças cardiovasculares e diabetes. Carboidratos: Funções: Produção de energia e reserva de energia (cérebro); Poupar proteínas; Fornecer Ribose-5-p para biossíntese de DNA e RNA (via das pentoses fosfatos); Componentes das membranas fisiológicas (glicoproteínas e glicolipídeos); Doadores de esqueletos carbônicos: aa, nucleotídeos e ag; Estrutural (glicosaminoglicanos, glicoproteínas, ácido hialurônico); Função fibras. Fontes: Frutas e suco de frutas Cereais e derivados (arroz, centeio, cevada, trigo, aveia, quinoa, amaranto, milho, painço...) Tubérculos e vegetais amiláceos Mel, melado, rapadura Açúcar (branco, demerara, mascavo, de coco) Leguminosas Produtos alimentícios Gel de carboidrato Suplementos (malto, ribose entre outros) 1g = 4kcal Recomendação de carboidratos segundo as DRI’s: 45-65% DRI: DIETARY REFERENCE INTAKES: The essential guide to nutrient requirements, 2006 Insulina: A insulina é um hormônio anabólico essencial na manutenção da homeostase de glicose e do crescimento e diferenciação celular. Esse hormônio é secretado pelas células β das ilhotas pancreáticas após as refeições em resposta a elevação da concentração dos níveis circulantes de glicose e aminoácidos. Esse hormônio tem como principal efeito, a atuação na homeostase de glicose, atuando em vários níveis, sendo uma das vias, a redução da produção hepática de glicose e aumentando a captação de glicose pelas células, principalmente nos tecidos muscular e adiposo. Após sua síntese nas células β, a insulina fica armazenada em grânulos sob controle de secreção mediado pelos níveis sanguíneos de glicose, respondendo também positivamente aos aminoácidos, ácidos graxos e corpos cetônicos. A ação da insulina na célula inicia-se pela sua ligação ao receptor de membrana plasmática, ligação que ocorre com alta especificidade e afinidade, provocando mudanças conformacionais que desencadeiam reações modificadoras do metabolismo da célula- alvo, constituindo assim uma resposta celular. A ativação do receptor gera um sinal que, eventualmente, resulta na ação da insulina sobre a glicose, lipídeos, o metabolismo de proteínas, garantindo diferentes efeitos metabólicos. BERTUZZI, A.; CONTE, F.; MINGRONE, G.; PAPA, F.; SALINARI, S.; SINISGALLI, C. Insulin Signaling in Insulin Resistance States and Cancer: A Modeling Analysis. PLoS ONE, v.11(5), p. e0154415, 2016. Relação entre resistência à insulina e gordura saturada: Achados experimentais e clínicos indicam que o excesso da ingestão de ácidos graxos saturados (AGS) e ácidos graxos trans (AGT) podem promover lipotoxicidade em vários órgãos-alvo por efeitos diretos, representados por vias inflamatórias e efeitos indiretos, incluindo importantes alterações na microbiota intestinal com implicações para o endotoxemia do processo. As interações entre estas vias perpetuam um processo de feedback no qual um estado inflamatório eleva os fatores de risco para diversas doenças. Uma maior disponibilidade de lipídios reduz a insulina estimulando o consumo de glicose no músculo esquelético, e esse efeito é geralmente explicado como uma inibição mediada por ácidos graxos da sinalização de insulina. Além disso, estudos recentes mostraram que uma dieta hiperlipídica, rica em AGS, causa obesidade e afeta o metabolismo cerebral da glicose em ratos, e em um estudo clínico, mostra que a elevação a curto prazo de ácidos graxos livres (AGLs) induzem resistência à insulina, que ocorre principalmente em o nível celular no músculo esquelético. Um aumento crônico dos níveis plasmáticos de AGL é prejudicial, pois é demonstrado pelos efeitos importantes desses componentes da dieta na lipotoxicidade das células beta pancreáticas. Os ácidos graxos em excesso não apenas induzem resistência insulina hepática, mas também prejudicam a depuração da insulina in vitro e in vivo em animais e humanos. Isso leva ao típico hiperinsulinemia observada em estados resistentes à insulina e em doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). Frutose: Estudos recentes em ratos levantaram a hipótese que a frutose estaria associada com esteatose hepática não- alcóolica, DM, DCV, HAS, câncer e síndrome metabólica. Será então que devemos reduzir o consumo de frutas? Foi observado que, esteatose hepática e alterações de enzimas hepáticas, na verdade só acontecem quando existe excesso de ingestão alimentar como um todo.Alterações nas enzimas hepáticas só foram identificadas no grupo hipercalórico ou com excesso de fast-food, não era uma característica da frutose, necessariamente existia um excesso de ingestão alimentar associado. Não existe risco direto do consumo de frutas relacionado a esteatose hepática Proteínas: As proteínas constituem um dos componentes essenciais da dieta, sendo o seu consumo necessário ao longo de toda a vida. Elas são os principais componentes funcionais e estruturais de todas as células do corpo, são codificadas pelo genoma e responsáveis pelo funcionamento do organismo. Elas funcionam como enzimas, como transportadores de membranas, como moléculas transportadoras do sangue, como hormônios, entre outras funções. Seus componentes, os aminoácidos, servem como precursores de ácidos nucleicos, hormônios, vitaminas e outras moléculas essenciais para a vida. Assim, o suprimento adequado de proteína é essencial para a manutenção da função e da integridade celular, da saúde e da reprodução. A recomendação da quantidade de proteína, segundo DRI’s 2005, é de 0,8 g/kg peso corporal/dia para adultos, o que é bem menos do que a grande maioria da população consome. Para homens e mulheres, a proteína deve fornecer aproximadamente 15% das calorias totais. FOOD AND NUTRITION BOARD, Institute of Medicine. Dietary References Intakes for energy, carbohydrate, fiber, fat, fatty acids, cholesterol, protein, and amino acids (Macronutrients). Washington DC: The National Academies Press, 2005. Disponível em: http://www.nap.edu/openbook.php?isbn=0309 085373. Acesso em 16 jul. 2010. Derivada do grego “protos” = primária ou primeira Por mais que seja uma das primeiras preocupações quando surge o assunto “vegetarianismo”, esse tema nem seria tão relevante, porque as proteínas são igualmente importantes aos outros macronutrientes, entretanto se criou um esteriótipo de que a única forma de se obter proteínas suficientemente na dieta é ingerindo as proteínas de origem animal (de alto valor biológico), porém é necessário lembrar da fisiologia, ou seja, de que nos absorvemos aminoácidos e não proteínas, então a partir do momento em que os aminoácidos estão na corrente sanguínea, não existe distinção quanto a origem deles (alimento vegetal ou animal), eles exercem a mesma função. Estereótipo das proteínas em vegetarianos Dieta vegetariana tem todos os aminoácidos necessários em quantidade e qualidade suficientes para as necessidades de um ser humano Na prática é simples de se conseguir atingir essas quantidades necessárias de proteínas Não se observam na literatura deficiência de proteínas nessa população Na falta de carboidrato (glicose) o corpo degrada tecido muscular e utiliza essa proteína para produzir glicose, ou seja, boas concentrações de carboidratos poupam proteínas Fatores importantes a serem levados em consideração: Aminoácidos: Os aminoácidos constituem as unidades básicas de proteínas e polipeptídios. Os aminoácidos são moléculas que possuem um carbono com quatro ligantes diferentes, sendo eles: uma carboxila (-COOH), uma amina (-NH2), um hidrogênio e uma cadeia lateral que é específica para cada aminoácido. O aspecto mais importante de uma proteína do ponto de vista nutricional é a sua composição de aminoácidos. Nutricionalmente, os aminoácidos são classificados quanto à capacidade do organismo humano em sintetizá-los, diante disso, podem ser: aminoácidos essenciais, não essenciais e condicionalmente essenciais. Os aminoácidos essenciais são aqueles que precisam ser fornecidos pela dieta, pois seus esqueletos de carbono não podem ser sintetizados em quantidades suficientes pelo organismo. Já os aminoácidos classificados como não essenciais são aqueles produzidos em quantidades suficientes pelo organismo, sendo assim, é sintetizado a partir de outros aminoácidos ou outros metabólitos nitrogenados complexos. Ainda existem os condicionalmente essenciais, já que, dependem de determinadas condições fisiopatológicas especiais para se tronarem essenciais, como por exemplo, na prematuridade, em recém-nascidos, estresse catabólico severo em adultos, disfunção metabólica intestinal. SILVA, Ana Carolina Conti e; FROTA, Karoline de Macêdo Gonçalves; ARêAS, José Alfredo Gomes. Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes: Proteína. Ilsi Brasil, São Paulo, v. 20, 09 ago. 2012. Cadeias de carbono + átomos de hidrogênio + oxigênio + nitrogênio Essenciais Não essenciais Condicionalmente essenciais Histidina Alanina Arginina Isoleucina Ácido aspártico Cisteína Leucina Asparagina Glutamina Lisina Ácido glutâmico Glicina Metionina Serina Prolina Fenilalanina Tirosina Treonina Triptofano Valina Laidlaw e Kopple (1987) apud FOOD AND NUTRITION BOARD (2005, p. 593). Para definir a qualidade de uma proteína: Tipo de alimento Tipo de preparo O escore de aminoácidos corrigido pela digestibilidade de proteínas é um método que foi utilizado durante muito tempo, preconizado pela OMS e pela FAO (1991) para avaliar a qualidade de uma proteína com base nos requisitos de aminoácidos dos seres humanos e em sua capacidade de digeri-la, ou seja, é um escore baseado na concentração de um AA e corrigido pela digestibilidade do nitrogênio fecal. O escore leva em conta que, o conceito de digestibilidade é o quanto se aproveita da proteína (descontando as perdas nas fezes). Porém, todos os valores de PDCAAS foram truncados em 1,0 ou 100% sob a suposição de que o excesso de proteína seria apenas excretado. Entretanto, esta ideia pressupõe que a fonte de proteína definida é a única fonte na dieta, e não leva em consideração como os AA de diferentes fontes de proteína podem complementar um ao outro. Diante disso, se fez necessário uma atualização do método, e o que se utiliza hoje em dia é o escore de aminoácidos indispensável e digerível (DIAAS). O escore de aminoácidos indispensável e digerível avalia as variações de digestibilidade dos aminoácidos essenciais individualmente diante da digestibilidade ileal (íleo) ao invés de fecal. TIPO DE ALIMENTAÇÃO PDCAA Dieta global 89 Dieta vegetariana 81 PDCAAS DIAAS Exemplo do tofu – DIAAS Necessidade Qtd de proteína Correção de disponibilidade Outro fator que influência em relação a digestibilidade dos alimentos é a: técnica dietética. Recomendação de proteínas segundo as DRI’s: 10-35% Melhora: cozimento em água Piora: altas temperaturas, calor seco, tostar 1g = 4kcal Necessidade de aminoácidos: Homens e mulheres acima de 19 anos Crianças acima de 1 ano e todas as outras idades Aminoácido Mg/kg/dia (RDA) Mg/g de proteína Mg/g de nitrogênio Fenilalanina + Tirosina 33 41 256 Histidina 14 17 104 Isoleucina 19 23 142 Leucina 42 52 322 Lisina 38 47 294 Metionina + Cisteína 19 23 142 Treonina 20 24 152 Triptofano 5 6 38 Valina 24 29 180 Alimentação sem carne; Eric Slywitch 2015 AMINOÁCIDO mg/ kg/ dia (RDA) – homens e mulheres maiores de 19 anos Fenilalanina + tirosina 33 Histidina 14 Isoleucina 19 Leucina 42 Lisina 38 Metionina + cisteína 19 Treonina 20 Triptofano 5 Valina 24 EXEMPLO: Necessidade de Leucina para um homem de 70kg (70x42) = 2940mg ao dia Todos são encontrados em uma dieta vegetariana Em 1 dia (24h) e não em uma refeição! Para visualizar: 1 scoop de proteína tem aproximadamente 3g de leucina Adaptado de: Alimentação sem carne, Dr Eric Slywitch, 2017 Exemplo de adequação deaminoácidos no cardápio considerando homem com 70kg: Exemplo alimentação 1 dia - 2000 calorias QNT PROTEÍNA (g) QNT LEUCINA (9mg) 8 porções de cereais integrais 40.9 3104 2 conchas de leguminosas 30,6 2424 4 frutas frescas 3,7 184 4 colheres de servir de abóbora 1,9 92 2 pratos almoço de salada de rúcula 5,1 314 1 colher de sopa de azeite 0 0 Valor calórico 2098 calorias Necessidade de ingestão 56g (0,8mg/ kg/ dia) 2940 Cálculo total de cardápio 82,3 (1,2mg/ kg/ dia) 6117 Adaptado de: Alimentação sem carne, Dr Eric Slywitch, 2017 Quantidade de proteína por dia: 0,8 mg/kg/dia 0,6 mg/kg/dia Seguro! Mínimo! SAIBA MAIS Quanto mais proteínas mais músculos? No mundo atual existe a procura pelo corpo “esteticamente perfeito”, o que leva muitas pessoas testarem dietas e regimes dietéticos de qualquer espécie, na esperança de atingir um novo nível de bem-estar ou desempenho físico. Praticantes de musculação, muitas vezes, colocam em risco sua própria saúde para adquirir esse tal corpo perfeito, exagerando nos exercícios físicos dos quais podem levar a danos irreparáveis, já que para o desenvolvimento muscular há um limite genético. Comumente a alimentação de um atleta é diferenciada dos demais indivíduos, porém existe uma crença popular antiga entre os atletas de que proteína adicional aumenta a força e melhora o desempenho, mas pesquisas NÃO apoiam esta teoria e observa-se que a pequena quantidade de proteína necessária para o desenvolvimento muscular durante o treinamento é facilmente atingida por uma alimentação balanceada regular. No meio do fisiculturismo ou pessoas interessadas em aumentar a massa corporal, a mitologia das necessidades aumentadas de proteínas na dieta chega a níveis assustadores, levantadores de peso, por exemplo, consomem quantidades ente 1 e 3,5g de proteína por quilograma de peso corporal por dia e a maioria desta proteína provém de suplementos. Diante de estudos, o consumo de proteína dentro de todas as faixas de recomendação mostra-se efetivo no ganho de massa muscular, e que não existem evidencias que uma dieta hiperprotéica terá melhores resultados nos praticantes de musculação. Quando analisados o consumo de calorias e demais macronutrientes, observa-se para calorias e carboidrato, uma ingestão abaixo dos valores recomendados, porém para lipídeo encontra-se valores acima do recomendado na ingestão diária. A Plant Based Diet fornece todos os aminoácidos essenciais! Muito se fala da combinação de leguminosa + cereal, porque dessa forma teríamos uma proteína “completa”, ou seja, que fornece todos os aminoácidos essências, porém, mesmo que a combinação dos grupos seja algo fundamental para a dieta em geral, é mais importante que eles estejam dispostos na alimentação ao longo do dia, durante 24 horas, e não necessariamente na mesma refeição. A explicação de que se precisa combinar os grupos na mesma refeição se dá porque o grupo das leguminosas tem uma quantidade menor do aminoácido metionina e o grupo dos cereais integrais tem quantidade menor de lisina, então combinando teríamos a quantidade ideal de aminoácidos essenciais na mesma refeição, o que pode ser interessante do ponto de vista da praticidade em adequar nutrientes, porém, já se sabe que, o mais importante é a ingestão ao longo do dia e não necessariamente na mesma refeição. Tabela para auxiliar na visualização de composição de aminoácidos dos alimentos: USDA https://ndb.nal.usda.gov/ndb/search/list As proteínas precisam estar em: Deficiência X Suficiência X Excesso Não existe vantagem no excesso de proteínas, pois a proteína tem nitrogênio, que é altamente tóxico e com isso irá exigir maior remoção de nitrogênio, esse excesso também, é transformado em carboidrato e gordura, o que irá forçar um maior trabalho do fígado para que seja transformado em ureia, e mais tarde é eliminado pelos rins, o que em longo prazo, exigirá mais desses órgãos o que pode ocasionar danos aos mesmos. Hepático; Renal; Doenças cardiovasculares. Disponível em: <https://nature.be/nl/home/>. Acesso em: 17 set. 2019. Proteínas extras não são usadas eficientemente pelo organismo e podem impor uma carga metabólica aos ossos, rins e fígado. Além disso, dietas ricas em proteínas/alto teor de carne também podem estar associadas a um risco aumentado de doença cardíaca coronariana devido à ingestão de gordura saturada e colesterol e até mesmo câncer. Seria prudente não aumentar a ingestão de proteínas acima daquelas consumidas habitualmente por populações bem nutridas nos países tecnicamente avançados (2g/kg/dia). Ultrapassar 2 g / kg / dia pode ser prejudicial Lipídeos: Os lipídios são moléculas orgânicas formadas a partir de ácidos graxos e álcool que desempenham funções importantes no organismo dos seres vivos. Não são solúveis em água, mas se dissolvem em solventes orgânicos, como a benzina e o éter. Apresentam coloração esbranquiçada ou levemente amarelada. As duas substâncias que mais conhecemos dessa categoria orgânica são as gorduras e os óleos. Se por um lado, esses dois tipos de lipídios em alguns momentos preocupam por estarem associadas a altos índices de colesterol no sangue, por outro, eles sabem- se também que eles exercem importantes funções no metabolismo e são fundamentais para a sobrevivência de seres vivos. Um dos papéis dos lipídios é o de funcionar como eficiente reserva energética, e ao serem oxidados nas células, geram praticamente o dobro da quantidade de calorias liberadas na oxidação de igual quantidade de carboidratos. Outro papel dos lipídios é o de atuar como eficiente isolante térmico, e também se sabe que, a gordura é fundamental para o desenvolvimento cerebral, porque é necessária para a mielinização e crescimento dos neurônios e também para o desenvolvimento da retina. BRASIL, Food Ingredients. 2016. Disponível em: <http://www.revista-fi.com/materias/541.pdf>. Acesso em: 17 set. 2019. Recomendação de lipídeos segundo as DRI’s: 25-35% 1g = 9kcal Fontes: Abacate; Oleaginosas; Azeite; Óleos vegetais (soja, milho, girassol...); Tofú; Manteiga; Leite e derivados; Carne, ovo, frango, peixe. Colesterol Esteroide mais importante Funções: Precursor de hormônios esteroides (glicocorticoides, mineralocorticoides, androgênios e estrogênios); Precursor dos ácidos biliares (que são sintetizados no fígado a partir do colesterol e fazem parte da bile); Precursor de vitamina D; Estrutura das membranas, responsável por fluidez. O colesterol não é sempre algo ruim. Ruim é o excesso! Biossíntese de colesterol: Produzido a partir de carboidrato, proteínas e gorduras. A via da biossíntese do colesterol tem seu processo em quatro fases. Na primeira, acontece a conversão do acetilcoenzima A (acetil-coA) em mevalonato, que é um composto com seis carbonos (C-6), e acontece em três passos, sendo eles: duas moléculas de acetil-coA condensam, por ação da enzima tiolase (primeiro passo), formando acetoacetil-coA, o qual condensa com uma terceira molécula de acetil-CoA (segundo passo) para formar o β-hidroxi-β-metilglutaril-CoA (HMG-CoA), reação catalisada pela HMG-CoA sintetase. O HMG-CoA é depois reduzido a mevalonato pela HMG-CoA redutase (terceiro passo). Na segunda fase, ocorre a conversão do mevalonato em unidades isoprenoides ativadas através da adição de três grupos fosfato ao mevalonato, provenientes de trêsmoléculas de ATP, em três passos sucessivos. Na terceira fase, forma-se o esqualeno (C-30), através da condensação de seis unidades isoprenoides (C-5). Na quarta e última fase, ocorre a ciclização do esqualeno para formar os quatro anéis do núcleo esteroide do colesterol, ao nível do retículo endoplasmático. Ou seja, não é uma conversão simples. ACETIL-COA Molécula base para formação de colesterol, porque a partir da acetil-CoA, acontece a síntese de colesterol, que ocorre no citosol e no retículo endoplasmático de todas as células nucleadas do organismo. Proveniente de excesso alimentar. A insulina estimula a enzima que sintetiza colesterol, quanto mais insulina, maior o estímulo nessa enzima, para formação de colesterol. E isso é bem importante, principalmente na obesidade. Ácidos graxos essenciais: Ômega 6: Ácido linoleico (18:2 w-6) Ácido araquidônico (20:4 w-6) Fontes: óleos vegetais (milho, girassol...) Funções: Precursores dos eicosanoides reprodutiva, inflamação, febre e sensação de dor, coagulação, regulação da pressão sanguínea; Cascata pró-inflamatória (aumenta IL-1 e IL-6; aumenta produção dos eicosanoides...); Reduz fluidez de membrana; Deficiência: alterações na pele (dermatite). Ômega 3: Ácido Linolênico (18:3 w-3) EPA (20:5 w-3) DHA (22:6 w-3) Fontes: peixes, linhaça, chia, hemp seed, oleaginosas. Funções: Aumenta fluidez das membranas; Precursores dos eicosanoides reprodutiva, inflamação, febre e sensação de dor, coagulação, regulação da pressão sanguínea; Cascata menos inflamatória; Ação cerebral e na visão; Deficiência: alterações neuronais (humor, comportamento, cognição), motoras, visuais e no sono. Mesmas enzimas Gordura Trans: É um tipo de gordura com alto teor de lipídeos saturados, que pode ocorrer naturalmente em alimentos de origem animal ou ser produzida industrialmente por meio de processos tecnológicos. A forma como a gordura trans é mais frequentemente encontrada nos produtos alimentícios e decorrente desse segundo processo. Para a sua produção industrial, o óleo líquido é transformado em gordura sólida, o que lhe permite, um baixo custo, maior crocância, sabor e prazo de validade aos produtos. A gordura trans tem efeitos deletérios no organismo, como doenças cardiovasculares, aumento de LDL e colesterol total e redução de HDL, alteração na flexibilidade das membranas, dificuldade na transmissão de impulsos nervosos. Estudos populacionais (ocidental): sugerem que ingestão de gordura trans está em: 8,1-12,8g/dia ANVISA obriga declaração no rótulo sobre a gordura trans A OMS recomenda a ingestão de no máximo 1% gordura trans por dia (2g/dia) A partir de 2g/dia pode já alterar a função vascular. 2006 Solução da indústria: gordura de palma (atentar porque não é trans, porém é saturada) Como fazemos gordura dentro do nosso organismo? Os lipídeos consumidos na dieta, quando em excesso, podem ser estocados dentro do adipócito, ou seja, se consumirmos mais, armazenamos mais. Outra forma de formação de gorduras, armazenadas nos adipócitos, são a partir do excesso de carboidratos (energia), uma vez que, quando consumirmos mais energia do que precisamos, incialmente, essa energia será usada para repor os estoques de glicogênio, mas a partir do momento em que os estoques já estiverem cheios, começara a formação dos triglicerídeos (armazenamento de gordura), que serão transportados pelo VLDL Colesterol e armazenado no adipócito. Excesso de lipídeos Excesso de carboidratos Armazenamento de gordura no adipócito É o que acontece na Plant Based Diet Recomendações de gorduras: Nutriente MASC ONIVORO FEM ONIVORO MASC VEGGIE FEM VEGGIE GORDURAS 25-35% 25-35% 25-35% 25-35% W-6 17g 12g 17g 12g W-3 1,6g 1,1g 3,2g 2,2g SATURADA Menos possível Menos possível Menos possível Menos possível COLESTEROL Menos possível Menos possível Menos possível Menos possível Eric Slywitch: Alimentação sem carne, 2015 Recomendação é maior para vegetarianos porque a conversão depende da cascata. Porém, estudos mostram que vegetarianos ingerem uma quantidade igual ou maior de w-3 que os onívoros e mais w-6 que os onívoros. Portanto os níveis sanguíneos de w-3 são similares e de w-6 mais altos. Atenção especial para: gestantes, lactantes, infância e senescência Eric Slywitch: Alimentação sem carne, 2015 Exemplos de como adequar W-3: 1 colher de chá (5g) óleo de linhaça: 2,7g W-3 1 colher de sopa (8g) óleo de linhaça: 4,3g W-3 1 colher de sopa (18g) semente de linhaça triturada: 2g W-3 Estratégias para o paciente: Combine os óleos (azeite + linhaça – 3:1); Evitar aquecer os óleos, utilizar sobre o alimento pronto; Consuma mais azeite (reduz w-6; aumenta w-9); Consuma mais oleaginosas (linhaça, chia, hemp seed e nozes); Evite gordura trans e álcool: reduzem a conversão em EPA E DHA; Evite alimentos processados: gordura trans e mais fontes de w-6. RELAÇÃO W- 6/W-3 2 a 4:1 Artigos Científicos: Conclusão: As dietas vegetarianas representam um meio eficaz para a prevenção e tratamento de doenças cardiometabólicas. Dietas vegetarianas adequadamente planejadas são saudáveis e eficazes para controle de peso e glicêmico, e proporcionar benefícios metabólicos e cardiovasculares, incluindo a reversão da aterosclerose e a diminuição lipídios no sangue e pressão arterial. Os benefícios cardiometabólico parecem ser maiores com veganos do que dietas lacto-ovo- vegetarianas. O uso de dietas à base de plantas como meio de prevenção e tratamento de doença cardiometabólica merece ser promovida através de orientações e recomendações alimentares. Dietas à base de plantas, definidas em termos de baixa frequência de consumo de alimentos para animais, têm sido cada vez mais recomendadas por seus benefícios à saúde. Numerosos estudos descobriram que dietas à base de plantas, especialmente quando ricas em alimentos vegetais de alta qualidade, como grãos integrais, frutas, vegetais e nozes, estão associadas a menor risco de resultados cardiovasculares e fatores de risco intermediários. Esta revisão resume a base de evidências atual que examina as associações de dietas à base de plantas com parâmetros cardiovasculares e discute os potenciais mecanismos biológicos subjacentes a seus efeitos na saúde, recomendações práticas e aplicações desta pesquisa e orientações para futuras pesquisas. Dietas saudáveis à base de plantas devem ser recomendadas como uma opção alimentar ambientalmente sustentável para melhorar a saúde cardiovascular. Os ácidos graxos ômega-3, ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docohexaenóico (DHA), fornecem benefícios significativos à saúde como para a função e desenvolvimento do cérebro e condições cardiovasculares. No entanto, a maior parte do EPA e DHA para consumo humano é proveniente de pequenos peixes gordurosos capturados nas águas costeiras e, com o esgotamento dos estoques globais de peixes, pesquisas recentes foram direcionadas a fontes mais sustentáveis. Isso inclui a aquicultura com alimentos à base de plantas, krill, microalgas marinhas, protistas do tipo microalgas e plantas geneticamente modificadas. Em particular, o cultivo em larga escala de microalgas e plantas provavelmente se tornará realidade, com reduções esperadas nos custos de produção, aumento da produção e o tratamento adequado de questões de aceitação de alimentosgeneticamente modificados. As evidências da natureza cardioprotetora dos ácidos graxos ômega-3 são abundantes, e os dados atualmente disponíveis indicam que pacientes com doença cardíaca coronária devem consumir pelo menos 1g por dia de ácidos graxos ômega-3 de cadeia longa de peixes oleosos ou de peixes, indivíduos sem doença devem consumir pelo menos 250 a 500mg por dia. No entanto, esta área de pesquisa coloca duas questões: em primeiro lugar, qual é a melhor fonte de ácidos graxos ômega-3? Suplementos de peixe ou óleo de peixe? Em segundo lugar, as recomendações para a suplementação de ômega-3 são justificadas em vista do rápido esgotamento dos estoques mundiais de peixes? O argumento de que comer peixe é melhor do que tomar suplementos de óleo de peixe decorre do fato de que faltam vários nutrientes importantes, como vitamina D, selênio e antioxidantes. No entanto, três grandes ensaios de prevenção indicaram claramente que as cápsulas de ácidos graxos ômega-3 conferem benefícios cardiovasculares e, portanto, que ambas são cardioprotetoras. Fontes sustentáveis de ácidos graxos ômega-3 precisarão ser identificadas para que a redução do risco cardiovascular a longo prazo seja alcançada no nível da população. Micronutrientes Ferro Zinco Selênio Cálcio Vitamina D Vitamina B12 Ácido Fólico Vitamina B6 Resumo das recomendações de micronutrientes: Eric Slywitch: Alimentação sem carne, 2015 Mineiras Recomendações gerais: 1. Consumir alimentos integrais; 2. Consuma valor calórico adequado; 3. Utilize alguns alimentos com minerais fortificados (especialmente esses quatro citados acima). Cálcio Zinco Ferro Iodo Precisam de mais atenção Zinco: Participa de mais de 300 reações; Atua no metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídeos; Importante para o sistema imunológico; Essencial na divisão celular e na geração de uma nova vida; Importante para reprodução e para o crescimento; Relacionado ao processo respiratório; Manutenção do equilíbrio acidobásico; Cicatrização; Relacionado a capacidade de sentir sabor; Papel catalítico: participa como cofator enzimático de mais de 60 tipos de enzimas, das seis classes de enzima. A quantidade de zinco encontrado no organismo é de aproximadamente 2-3g, e esse é o armazenamento total, ou seja, se o corpo precisar de mais não tem como estocar, nesse caso, o corpo desvia do músculo e do esqueleto. O zinco é encontrado em altas concentrações na íris, retina (olhos), na próstata, sêmen e esperma. Em algumas fases da vida, as necessidades deste mineral estão aumentadas, como na gestação, infância, puberdade e senilidade. Apesar da quantidade, a sua deficiência está relacionada a quadros patológicos graves que surgem em sua grande maioria em função da deficiência alimentar, presença de compostos quelantes nos alimentos, distúrbios no processo de absorção gastrointestinal ou aumento na excreção urinária. Armazenamento de zinco 2g Musculo esquelético 60% - 1,2g Ossos 30% - 0,6g Líquido prostático 300-500mg Sangue 0,1% - 0,002g Quantidade de zinco no organismo Deficiência: Apesar da importância fisiológica do zinco na manutenção de vários processos no organismo humano, pouco se tem feito para combater a deficiência desse mineral no mundo. As políticas de fortificação são voltadas geralmente, para a deficiência de ferro que, quando fornecido como suplemento ou na forma de alimento fortificado, compete com o pouco zinco dietético disponível. A deficiência deste mineral pode acarretar prejuízos no metabolismo de todos os processos em que ele está envolvido e afeta cerca de 2 bilhões de pessoas, predominantemente, crianças e gestantes nos países em desenvolvimento. Causas mais comuns da deficiência: baixo consumo, ou baixa disponibilidade (devido ao ácido fítico). HAMBIDGE, Michael K.; MILLER Leland V.; WESTCOTT, Jamie E. et al. Dietary Reference Intakes for Zinc May Require Adjustment for Phytate IntakeBased upon Model Predictions. J. Nutr. v.138, p.2363– 2366, 2008. Deficiência leve e moderada: Fadiga Baixa de imunidade Queda de cabelo e unhas fracas Em crianças: perda de apetite, crescimento mais lento que o comum Deficiência grave (rara): Retardo no crescimento Prejuízo na maturação óssea e sexual Lesões de pele Diarreia Queda de cabelo Perda de apetite e do paladar Vulnerabilidade a infecções (baixa imunológica) Ingestão de zinco é muito associado ao consumo de carnes, entretanto existem muitas fontes no reino vegetal! Biodisponibilidade na dieta vegetariana é considerada moderada (30-35%) em relação a onívora (50-55%). Porém não necessariamente se faz necessário aumentar a ingestão, mais necessário estar atento a outros fatores: Reduzir o ácido fítico; Caseína (presente no leite) reduz absorção de zinco; Cálcio: não interfere na absorção do zinco, porém podem potencializar o efeito do ácido fítico sobre o zinco; Fibras: não atrapalham na absorção; Cobre e ferro: não interferem significativamente na absorção; Níveis séricos de zinco não são tão exatos e por isso tem uma difícil avaliação laboratorial Zinco sérico: é mais difícil de mostrar alterações, porque o organismo mantém a homeostase, devido a isso pode levar meses para alterar o exame. Baixa ingestão de zinco: 2,6-3,6mg/dia não altera os níveis circulante; Zinco eritrocitário: sofre influência de outros fatores. Diagnóstico ideal: sinais, sintomas e resposta à suplementação. Fatores a serem levados em consideração: Existem grandes perdas de zinco através do suor, por isso estar atento a atletas; Respeitar a relação zinco-cobre (15:1) para que não aconteça depleção de cobre. Como melhorar a biodisponibilidade? Fontes: Cereais integrais Leguminosas Sementes e oleaginosas Alimentos fortificados RDA: *Considerando a biodisponibilidade. *Excesso costuma ocorrer via suplementação. Necessário em média 2,5mg/dia por dia absorvidos Exemplo de adequação de zinco, cálcio e ferro: Homem: 11mg Mulher: 8 mg UL: 40mg ALIMENTOS/ DIA QUANTIDADE Feijão branco 2 conchas médias Feijão carioca 1 concha média Arroz integral cozido 3 colheres de sopa Rúcula crua 1 porção – 40g Semente de gergelim 15g – 1 colher de sopa Couve refogada 3 colheres de sopa Brócolis cozido 1 xícara chá cheia Fatias de pão 100% integral 3 xícaras Homus 1 colher de sopa Tofú firme 1 fatia – 100g Aveia em flocos 1 colher de sopa Semente de linhaça 1 colher de sopa TOTAL DE ZINCO TOTAL DE CÁLCIO TOTAL DE FERRO 11mg 1038,5mg 21,7mg Check list de zinco: Importante planejamento, mesma quantidade de onívoros Consumir alimentos ricos em zinco Usar estratégias para reduzir os fitatos Adequação da ingestão calórica total Avaliar ingestão Avaliar sinais e sintomas Avaliação bioquímica Avaliar ferro Monitorar Suplementar se necessário (Zinco Quelado) Selênio: O selênio (Se) é considerado essencial para o corpo humano devido à sua participação em importantes funções metabólicas, bem como no sistema imunológico, no metabolismo hormonal da tireoide, na infertilidade masculina, em neoplasias e em doenças cardiovasculares. Também possui propriedades antioxidantes. FREITAS, Renata Germano et al. Deficiência de selênio e os efeitos da suplementação em prematuros. Rev Paul Pediatr, Campinas, p.126-135, jan. 2014. Protetor das células contrao estresse oxidativo; Necessário para o metabolismo de iodo. Exame: selênio sérico – Simples e tem resultado confiável Suplementação: Selênio Quelado Fontes: Cereais integrais; Sementes e oleaginosas (principalmente a Castanha do Brasil). RDA: 55mcg/dia UL: 400 mcg/dia Iodo: O corpo humano contém cerca de 10 a 20mg de iodo, dos quais 70 a 80% são encontrados na tireoide, e o restante, distribuído por todo o corpo, principalmente nas glândulas mamárias, salivares e gástricas, e nos rins, porém é um mineral que participa da maior parte dos sistemas no organismo. O iodo é essencial para a formação de tirosina e de triiodotironina, comumente denominados T4 e T3, os dois hormônios tireoidianos essenciais para a manutenção do metabolismo normal em todas as células. LIVIA FERNANDES DE LIMA, ANDERSON MARLIERE NAVARRO IODO: Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes. International Life Sciences Institute do Brasil, São Paulo, v. 22, p.1-33, 2018. Deficiência: Bócio; Cretinismo (deficiência mental) em crianças; Reduz a capacidade de concentração e de aprendizado; Reduz a fertilidade; Causa de abortos; Má-formação congênita; Parto prematuro; Aumenta a mortalidade infantil. Atenção maior as gravidas RDA: 150 mcg UL: 1,100mcg Fontes: Sal iodado Algas 1 colher de chá (5g) de sal = 75-220mcg de iodo Cálcio: O cálcio é o mineral mais abundante no corpo humano, essencial para a mineralização de ossos e dentes e para a regulação de eventos intracelulares em diversos tecidos. O esqueleto é o seu principal reservatório no organismo, uma vez que abriga, juntamente com os dentes, 99% do total de cálcio, sendo um dos responsáveis pela manutenção da concentração do cálcio sérico, os outros 1% de cálcio tem como função a coagulação do sangue, relaxamento e contração muscular, transmissão nervosa, regulação do metabolismo celular. O cálcio é necessário durante a infância para um processo de Mineral mais abundante no corpo Quinto elemento mais comum na terra crescimento adequado, já em adultos e idosos o principal papel da ingestão de cálcio é compensar as perdas diárias desse mineral, uma vez que, quando a excreção excede a absorção (como em casos de ingestão insuficiente), pode ocorrer desmineralização do esqueleto, visto que o cálcio sérico é fundamental para funções fisiológicas vitais ao organismo. Natasha Aparecida Grande de França, Lígia Araújo Martini, CALCIO: Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes. International Life Sciences Institute do Brasil, São Paulo, v. 22, p.1-24, 2014. Massa óssea: Leva de 20 a 30 anos para alcançar a massa óssea máxima; 45% da massa óssea é construída até 8 anos de idade; 45% dos 8-16 anos; 10% até 26-30 anos; Após os 30 anos, começa a ocorrer um declínio gradual e fisiológico na massa óssea. Ideal: fazer uma boa deposição óssea entre infância e adolescência Seguir recomendação de cálcio igual de onívoros: RDA: 1000 mg UL: 2500mg 19-50 anos *Atenção as outras fases da vida Excesso pode causar: Insuficiência renal; Calcificação em diversos órgãos; Irritabilidade; Dores de cabeça. Prevalência de intolerância a lactose no mundo: Mediante a presença de intolerância à lactose, existem sim alternativas possíveis a fim de que a necessidade de cálcio seja atingida tranquilamente. Onívoros e Veganos: Recomenda-se maior ingestão de fontes não lácteas, como os vegetais verdes- escuros, ou mesmo alimentos fortificados, e, somente para aqueles que não conseguem atingir as quantidades recomendadas via dieta, o uso de suplementos pode ser considerado. Se tratando de necessidade de cálcio, não se pode apenas pensar no consumo, mas sim no balanço entre: Absorção de cálcio depende de: Absorção de cálcio X Dieta Consumo Absorção Excreção Densidade mineral óssea Balanço Oxalato: Evitar alimentos com alto teor de oxalato Ácido fítico: Reduzir conteúdo ácido fítico (remolho, germinação ou fermentação) Cafeína Aumenta a excreção de cálcio logo após a sua ingestão. Tomar até 2-3 xícaras pequenas, acima disso pode atrapalhar Refrigerantes: Depende da quantidade: ácido fosfórico + cafeína Sal: Excesso de sódio aumenta a eliminação de cálcio Para cada 1g de sódio excretado na urina, 23-26mg de cálcio são perdidas CÁLCIO Dieta Balanço hormonal Genética Lifestyle Menopausa (estrógeno Atividade física: favorece massa óssea Álcool: relação com mais fraturas Fumar: interfere na absorção de cálcio Atenção: industrializados, sal de adição, missô e shoyo Proteínas: Consumir proteínas adequadamente: geral: (0,8g-1,0g/kg/peso) - Mínimo de 0,6mg/kg/dia Atletas podem precisar de mais consumo, porém não necessita passar da recomendação Quantidade adequada de proteína é necessária, inclusive para construir massa óssea Vitamina D: Necessária para a absorção intestinal do cálcio Sol Suplementação Dieta alcalina: Favorece metabolismo ósseo (plant based diet é mais alcalina) Microbiota intestinal: Ionização dos minerais Intestino saudável: boa absorção de vitamina K (vegetais folhosos) Alimentos integrais e fibras são importantes Bactérias prebióticas e probióticas (absorção de minerais requer um meio ácido para absorção, por isso os prebióticos são benéficos) Exercícios físicos Praticar atividade física favorece a massa óssea Eric Slywitch: Alimentação sem carne, 2015 Exames: Albumina Cálcio total PTH intacto 25-Hidroxivitamina D Cálcio urinário de 24 horas Interpretação: Fontes: Vegetais verde escuros Tofú Oleaginosas (destaque para o gergelim e o tahine) Temperos Alimentos fortificados Leites vegetais fortificados Dieta sem cálcio: 5 a 40mg/ 24 horas Dieta pobre: 50 a 150mg/ 24 horas Dieta normal: 150 a 300mg/ 24 horas Dieta rica: Maior 300mg/ 24 horas Valores maiores que 4mg/kg Aumento prevalência de litíase urinária Biodisponibilidade varia de acordo com o alimento: ALIMENTO ABSORÇÃO FRACIONÁRIA Brócolis 61% Leite 32% Tofú c/ cálcio 31% Exemplos cálculos para adequação de cálcio: 1083mg: Alimento Medida caseira Teor de cálcio (mg) Couve crua 2 folhas (40g) 52 Agrião cru 1 c/ servir (100g) 133 Leite arroz/ aveia/ soja 1 copo (200ml) 240 Chia semente* 2 c/ sopa (20g) 126 Tahine 2 c/ sopa (20g) 130 Castanha do Brasil 2 unidade (10g) 15 Amêndoa torrada 9 unidade (10g) 23 Tofu 4 pedaços (100g) 201 Brócolis 3 c/ servir (100g) 51 Quiabo 6 unidade (100g) 112 TOTAL 1083 Nutricionista Ana Ceregatti 700mg: Nutricionista Ana Ceregatti Alimento Medida caseira Teor de cálcio (mg) Leite arroz/ aveia/ soja 2 copos (200ml) 480 Chia semente* 2 c/ sopa (20g) 126 Tahine 2 c/ sopa (20g) 130 Total 736 Alimento Medida caseira Teor de cálcio (mg) Leite de soja 1 copo (200ml) 396 Couve (suco verde) 2 folhas 40 Chia semente* 2 c/ sopa (20g) 126 Feijão branco 1 concha (160g) 150 Total 712 600mg: Alimento Medica caseira Teor de cálcio (mg) Leite arroz/ aveia/ soja 1 copo (200ml) 240 Tofu 4 pedaços (100g) 201 Brócolis 3 c/ servir (100g) 51 Gersal 2 c/ sopa (20g) 130 Total 622 Alimento Medica caseira Teor de cálcio (mg) Leite amêndoas caseiro c/ 2 c/ sopa de gergelim 1 copo (200ml)230 Chia semente* 2 c/ sopa (20g) 126 Tahine 2 c/ sopa (20g) 130 Agrião cru 1 c/ servir (100g) 133 Total 619 Nutricionista Ana Ceregatti 800mg: Alimento Medida Caseira Teor de cálcio (mg) Leite arroz/ aveia/ soja 2 copos (200ml) 480 Tahine 2 c/ sopa (20g) 130 Tofu 4 pedaços (100g) 201 Brócolis 3 c/ servir (100g) 51 Total 862 Nutricionista Ana Ceregatti Suplementação: Como já visto anteriormente o cálcio é um mineral que tem sua adequação de fácil aporte via alimentação, utilizando técnicas dietéticas e a própria dietoterapia. Por isso, a suplementação deve estar pautada nos exames laboratoriais, porque ao contrário disso, corre o risco de litíase renal (pedra nos rins). Quando a suplementação realmente for necessária estar atento as seguintes questões: Cálcio quelado ou citrato são as melhores formas de suplementação Número de cápsulas pode ser muito grande, pode ser melhor suplementar em comprimidos, ou sachês (avaliar com o paciente) Nem sempre é vegano Maior atenção: gestantes, lactantes, infância e adolescência Ferro: O ferro é um mineral vital para a homeostase celular, tem habilidade em aceitar e doar elétrons o que o torna imprescindível para diversas reações biológicas. É um componente essencial para a formação da molécula heme e participa da formação de diversas proteínas, ele é fundamental para o transporte de oxigênio, geração de energia celular e detoxificação. O ferro heme é sintetizado em todas as células nucleadas, sendo que a maior quantidade é produzida pelo tecido eritroide. Sua síntese é controlada por mecanismos enzimáticos e de degradação, e esse controle tem que ser rigoroso, uma vez que o excesso de ferro irá reagir com o oxigênio gerando radicais hidroxil e ânions superóxidos (reação de Fenton), e a ação desses radicais sobre proteínas, lipídeos e DNA causa graves lesões celulares e teciduais. GROTTO, Helena Z. W. Fisiologia e metabolismo do ferro. Rev. Bras. Hematol. Hemoter., São Paulo, v. 32, supl. 2, p. 08-17, June 2010. Tem como suas principais funções: Papel central no transporte de oxigênio pelo sangue Participa da produção de energia celular Sistema imune Parte mental: aprendizado e comportamento Crescimento e construção de novas células aumentam as requisições de ferro (gestação e infância) DISTRIBUIÇÃO LOCAL 60-70% Hemácias 30-40% Fígado, ossos, músculo, macrófagos 3-5g dentro do organismo Estoque de ferro é a ferritina Carência de Ferro: A definição de anemia se dá por valores de hemoglobina (Hb) no sangue abaixo do normal para idade e gênero. É um dos principais problemas de saúde pública mundial, chegando a afetar mais de um quarto da população do planeta, ou seja, mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo. A metade dos casos é determinada por deficiência de ferro (DF), a deficiência nutricional mais prevalente e negligenciada no mundo, particularmente entre as mulheres e as crianças dos países em desenvolvimento. É também significativamente prevalente nos países industrializados e afeta pessoas de todas as idades em todos os países. Sinais e sintomas da insuficiência de ferro: Palidez Alteração sistema imunológico Queda de cabelo e alterações nas unhas Fissura nos lábios Desordem nutricional mais comum no mundo: 1/4 da população mundial Brasil: 30% gestantes e 50% das crianças Cansaço, fraqueza, tontura, indisposição Falta de apetite Dificuldade em acordar Dificuldade em fazer exercícios físicos Pernas inquietas Vontade de comer barro, tijolo e etc... Gestação: pode gerar anormalidades no feto e pode intensificar depressão pós-parto Causas da deficiência de ferro: Baixa ingestão Perdas de sangue Biodisponibilidade Aumento de demandas Cirurgias retiram parte estômago/antiácidos Verminoses Obesidade Grupos de risco: Atenção especial para menstruação: Mulheres em idade fértil, gestantes e lactantes Crianças de 6 meses a 4 anos (independente do sistema alimentar) Atletas (maior utilização de oxigênio) Principalmente em mulheres (menstruação) 70 ml de sangue por mês 870 ml no ano (no mínimo) Temos de 4-5 litros de sangue no corpo Eric Slywitch: Alimentação sem carne, 2015 Excesso de Ferro: Oxidante (aumento formação de RL) Predispõe ao processo inflamatório e DVC Câncer de intestino Hemocromatose (doença genética) Na inflamação, ocorre aumento de ferritina e redução na capacidade de absorção de ferro Álcool potencializa a absorção de ferro 2 TIPOS DE FERRO: Ferro heme (orgânico ou de origem animal): Biodisponibilidade 10-40% Encontrado na hemoglobina e mioglobina Contém anel de porfirina Origem animal (carnes, principalmente vermelhas) Sem interferência dietética para absorção Menor porção ingerida pelas pessoas HEME NÃO HEME Dentro do corpo é sempre da mesma forma 10mg de ferro heme = 1,8mg de ferro absorvido Carne Crua Eric Slywitch: Alimentação sem carne, 2015 Ferro não heme (inorgânico): Biodisponibilidade: 2-20% Origem vegetal Utilizado na fortificação dos alimentos (ANVISA, 2002) Fatores que melhoram biodisponibilidade de ferro: Reduzir composição de fitatos Aumentar consumo de vitamina C Ferro heme: 40-50% Ferro não heme: 50-60% Aquecimento e estocagem transformam ferro heme em não heme e reduzem a absorção 18% Atenção: fazer o possível para melhorar a biodisponibilidade Ácido cítrico, lático e málico (frutas e verduras) Alguns aminoácidos sulfurados FOS: cebola, alcachofra, aspargo, alho, centeio, cevada Meio ácido no intestino: favorece a absorção de ferro Soja: devido a sua fermentação melhora a biodisponibilidade Panela de ferro (principalmente se cozinhar algo ácido, como o tomate) se tem o aumento de 50-2000mg em 20 minutos Fibra alimentar não interfere na biodisponibilidade Fatores que inibem a biodisponibilidade de ferro: Taninos: chá verde ou preto, reduzem até 60% Café e cacau (porém interferem menos que os chás) Espinafre e folhas de beterraba (oxalatos) Suplementação de zinco Uso de antiácidos Lácteos na mesma refeição de ferro Eric Slywitch: Alimentação sem carne, 2015 Recomendação de ferro: Eric Slywitch: Alimentação sem carne, 2015 Para repor perdas e manter os níveis precisamos de 1-2mg/ferro por dia (absorvido) Vitamina C potencializa a absorção do ferro porque combate o efeito do ácido fítico 75mg de vitamina C aumenta 4x a absorção. Por exemplo: Recomendação diária Sexo Onívoro Vegetariano Masculino (maior de 19 anos) 8mg 16mg Feminino (19-50 anos) 18mg 36mg Real necessidade Biodisponibilidade 14-18% 5-12% Adultos 5,5 – 11,1 mg 8,3 – 16,6mg Como potencializar a absorção do ferro? 140ml de suco de laranja 1/3 Xícara de pimentão vermelho 1 Kiwi 1 Xícara de papaia 1 Xícaras de folhas verdes *Ideal é usar a vitamina C de forma crua Suco de frutas cítricas Couve de Bruxelas Couve flor Couve Pimentão Melão Cantalupe Brócolis Goiaba Morango 30 mg de vitamina C – ½ xícara de: Espremer limão em cima de saladas Perdas de vitamina C: 70% assar 50% ferver 30% vapor 15% micro-ondas Comparativo: Dieta onívora X Dieta Vegana Refeição Ferro (mg) 1 xic de café com leite
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