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ADC_Unidade 01

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PANORAMA GERAL DA ANÁLISE
Professora
Me. Edna Mitiko Ota
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
As imagens utilizadas neste livro foram 
obtidas a partir do site shutterstock.com
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; OTA, Edna Mitiko.
 
 Análise das Demonstrações Contábeis. Edna Mitiko Ota.
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018. 
 34 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Análises. 2. Contábeis. 3. EaD. I. Título.
ISBN: 978-85-459-0007-8
CDD - 22 ed. 657
CIP - NBR 12899 - AACR/2
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff / James Prestes / Tiago Stachon
Diretoria de Graduação e Pós-graduação Kátia Coelho
Diretoria de Permanência Leonardo Spaine
Diretoria de Design Educacional Débora Leite
Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho
Head de Curadoria e Inovação Tania Cristiane Yoshie Fukushima
Gerência de Produção de Conteúdo Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey
Gerência de Processos Acadêmicos Taessa Penha Shiraishi Vieira
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila Toledo
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Designer Educacional Rossana Costa Giani 
Editoração Ellen Jeane da Silva 
Qualidade Textual Maria Fernanda Vasconcelos
06
16
22
sumário
AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E SUA ANÁLISE
PROCEDIMENTOS PARA ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS
TÉCNICAS DE ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 • Expor as demonstrações contábeis geradas pela contabilidade.
 • Expor as informações que podem ser extraídas das demonstrações contábeis.
 • Associar informação com a necessidade de cada usuário.
 • Apontar os procedimentos a serem seguidos antes da análise, como a pa-
dronização, a atualização monetária. 
 • Apresentar os métodos utilizados para efetuar a análise das demonstrações 
contábeis, como a análise horizontal e vertical, bem como a utilização de 
indicadores.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • Demonstrações Contábeis e sua análise
 • Procedimentos para Análise das Demonstrações Contábeis
 • Técnicas de Análise das Demonstrações Contábeis
PANORAMA GERAL DA ANÁLISE
INTRODUÇÃO
introdução
Olá, caro(a) aluno(a)!
O mercado mais competitivo faz com que as empresas, no seu objetivo de 
gerar resultados positivos, tenham necessidade de informações para o seu ge-
renciamento. Diante disso, a informação a ser gerada deve contemplar dados e 
informações de qualidade, de forma que possam auxiliar no processo de tomada 
de decisões; assim, conhecer a situação econômica e financeira das empresas 
se torna um importante aliado. 
As informações geradas devem contemplar, além dos fatores internos, os 
fatores externos que afetam no desempenho da empresa. Os fatores internos 
são a saúde financeira, desempenho de sua produção, desempenho de suas 
políticas econômicas e financeiras; e como fatores externos tem-se a demanda 
do mercado, a concorrência, a política tributária.
No contexto das informações, é necessária a apresentação de informações, 
como: capacidade de pagar suas dívidas, condições de realizar novos investimen-
tos, retorno dos investimentos para seus investidores, a influência da inflação no 
preço do produto, demanda do aumento na produção. Esses são alguns exem-
plos de informações necessárias para o bom gerenciamento dos negócios.
Outro ponto a ser observado dentro da análise são os dados que serão utili-
zados para a base do trabalho, pois caso esse seja elaborado de forma incorreta 
ou não transmita confiabilidade, consequentemente resultará em uma análise 
também desfocada.
A unidade discorre sobre a contabilidade e análise, bem como os usuários 
que se utilizam dessas informações. Também, sabendo da importância dos de-
monstrativos contábeis, realizou-se uma contextualização das demonstrações 
contábeis obrigadas de apresentação pela legislação.
Por fim, foram expostos os procedimentos como a padronização e a atuali-
zação monetária, e técnicas de análise contemplando análise horizontal, análise 
vertical e análise através de indicadores.
A contabilidade é uma ciência originada a partir do momento em que o homem 
passou a controlar sua riqueza. Tendo como objeto de estudo o patrimônio das enti-
dades, passou a ser desenvolvida gradativamente, à medida que houve a necessidade 
de métodos mais eficientes de controle patrimonial.
As demonstrações contábeis elaboradas pelo profissional de contabilidade são 
dados dos quais pode ser extraída a situação econômica, financeira e patrimonial da 
empresa, cujo conteúdo é considerado complexo para muitos usuários. O grande 
objetivo da contabilidade é fornecer informações para que estes usuários possam 
tomar decisões, a fim de alcançarem seus objetivos.
De acordo com Matarazzo (2010, p. 3), as demonstrações financeiras têm o ob-
jetivo de fornecer dados para que a análise possa transformá-los em informações.
AS DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS E SUA 
ANÁLISE
Pós-Universo 7
Sobre a Contabilidade e a Análise, Silva (2012, p. 4) expõe que:
 “
[...] A análise financeira é uma ferramenta que nos auxilia na avaliação da 
empresa. A contabilidade é a linguagem dos negócios e as demonstrações 
contábeis são os canais de comunicação que nos fornecem dados e informa-
ções para diagnosticarmos o desempenho e a saúde financeira da empresa.
Nesse contexto, a análise das demonstrações contábeis é considerada como um 
instrumento facilitador, capaz de proporcionar informações claras, objetivas e simpli-
ficadas acerca da situação econômica e financeira da entidade, ou seja, informações 
condizentes com as reais necessidades dos usuários. 
Conforme Assaf Neto (2012, p. 33):
 “
A análise de balanços visa relatar, com base nas informações contábeis for-
necidas pelas empresas, a posição econômico-financeira atual, as causas que 
determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras. Em outras 
palavras, pela análise de balanços extraem-se informações sobre a posição 
passada, presente e futura (projetada) de uma empresa.
Dessa forma, a análise de balanços pode ser entendida como um exame minucioso 
e detalhado dos diversos dados que integram as demonstrações contábeis. Através 
desse exame, o analista emite seu parecer ou conclusões sobre a real situação da 
empresa, abrangendo diversas informações, como sua solvência, endividamento, se 
a mesma está proporcionando o retorno esperado, se a utilização dos recursos está 
sendo realizada de forma eficiente, suas tendências e perspectivas, se há evidência 
de erros da administração, quais providências que deveriam ser tomadas, análise dos 
riscos e oportunidades, entre tantas outras. 
Demonstrações Contábeis
As demonstrações contábeis obrigatórias de apresentação, conforme a Lei n° 6.404/76, 
são: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração 
de Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Pós-Universo 8
Líquido, Demonstração dos Fluxos de Caixa (somente para empresas com patrimô-
nio líquido superior a R$ 2.000.000,00), Demonstração do Valor Adicionado (somente 
para empresas que transacionam ações na bolsa de valores), bem como todos os 
outros relatórios auxiliares, como Notas Explicativas, Parecer da Auditoria, Relatório 
da Administração e Parecer do Conselho Fiscal.
Todas as empresas, desde pequeno a grande porte, são obrigadas a apre-
sentar as demonstrações financeiras, isso de acordo com o artigo 176 da 
lei federal 6.404/76. Você pode acessar a lei no site: <www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/l6404consol.htm>.Acesso: 11/07/18.
saiba mais 
Balanço Patrimonial
Tem a finalidade de apresentar a situação financeira e patrimonial da empresa em 
determinado momento, seria como uma fotografia dos bens, direitos e obrigações 
de uma empresa em uma data (FAVERO et al., 2011; MARION, 2009).
É composto de três elementos: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, sendo 
o primeiro apresentado do lado esquerdo e o Passivo e Patrimônio Líquido do lado 
direito.
Figura 1 - Balanço Patrimonial
Fonte: a autora
ATIVO (Saldo Devedor)
Bens e Direitos
PASSIVO (Saldo Credor)
Obrigações
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(Saldo Credor)
Situação Líquida
Pós-Universo 9
O Ativo (bens e direitos) é dividido em circulante e não circulante, a diferença entre 
eles está na conversão dos valores apresentados como bens e direitos em numerários 
(valores disponíveis), ou seja, caso as contas sejam transformadas em numerários no 
curto prazo, então essas são registradas como circulante. Entendem-se como curto 
prazo os valores disponíveis ou conversíveis em numerários no prazo de 360 dias da 
data do balanço. Então, entendem-se como circulante todas aquelas contas que re-
presentam bens e direitos e se transformam em numerários dentro de 1 ano, como 
caixa, banco conta movimento, duplicatas a receber, impostos a recuperar, entre 
outras. Enquanto as contas que são conversíveis em numerários após o prazo de 1 
ano da data do balanço são registradas como ativo não circulante, toma-se como 
exemplos: valores a receber após 1 ano, veículos, móveis e utensílios etc.
O Passivo (obrigações com terceiros) também é dividido em circulante e não 
circulante, lembrando que no passivo são registrados os valores exigíveis de ter-
ceiros. A diferença está no prazo de quitação dos exigíveis (dívidas) pela empresa, 
quando será quitado dentro do prazo de 1 ano da data do balanço, é registrado como 
Passivo Circulante. São exemplos: fornecedores, empréstimos, impostos a recolher, 
valores a pagar, entre outros. E no Passivo Não Circulante, quando os valores são 
exigíveis após o prazo de 1 ano da data do balanço, tem-se como exemplos: valores a 
pagar a longo prazo, impostos a recolher a longo prazo, empréstimos a longo prazo. 
O elemento Patrimônio Líquido representa todos os valores pertencentes aos 
sócios da empresa, quer sejam valores investidos por eles na empresa por meio de 
bens e direitos ou somando-se também os lucros gerados pela atividade da entida-
de, classificando estes em contas de reservas.
De acordo com a Lei nº 6.404/76 e suas alterações, o Patrimônio Líquido é divi-
dido em: capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas 
de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
No balanço patrimonial, são abrangidas todas as origens e aplicações de recur-
sos da empresa, características de suma importância no âmbito de análise, que dentre 
outras finalidades, avalia a adequação entre diversas fontes e os investimentos efe-
tuados pela entidade (MATARAZZO, 2010). Sendo assim, o balanço patrimonial em 
seu ativo nos mostra as aplicações realizadas na empresa, e por lado, as origens dos 
recursos das aplicações, representados pelo Passivo (capital de terceiros) e Patrimônio 
Líquido (capital próprio).
Pós-Universo 10
Demonstração do Resultado do Exercício: Demonstra de forma ordenada as 
receitas e despesas de um determinado período, confrontando-as entre si, obtendo 
como resultado desta equação o lucro ou prejuízo do exercício. 
CUSTOS, DESPESAS,
DEDUÇÕES
(Saldo Devedor)
Gastos (diminuem o lucro)
RECEITAS
(Saldo Credor)
Ganhos (aumentam o lucro)
Figura 2 - Contas de Resultado
Fonte: a autora
De acordo com Iudícibus (2009), as contas da demonstração do resultado do exercí-
cio são ordenadas de forma dedutiva, ou seja, das receitas subtraem-se as despesas 
e os custos para em seguida identificar o resultado. Para Matarazzo (2010, p. 30):
 “
A Demonstração do Resultado do exercício é uma demonstração dos aumen-
tos e reduções causados no Patrimônio Líquido pelas operações da empresa. 
As receitas representam normalmente aumento do Ativo, através de ingres-
sos de novos elementos, como duplicatas a receber ou dinheiro proveniente 
das transações. Aumentando o ativo, aumenta o Patrimônio Líquido. As des-
pesas representam redução do Patrimônio Líquido, através de um entre dois 
caminhos possíveis: redução do Ativo ou aumento do Passível Exigível.
Dessa forma, o resultado final da demonstração do resultado do exercício indica se 
a empresa obteve lucro ou prejuízo no período, impactando diretamente o balanço 
patrimonial, pois o resultado apurado irá compor o patrimônio líquido da entidade.
Pós-Universo 11
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstração 
das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL): Apresenta as movimentações 
ocorridas em todo o grupo de contas do patrimônio líquido durante determinado 
período, enquanto a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) visa 
demonstrar especificamente a movimentação e destinação dos lucros ou prejuízos 
acumulados no Patrimônio Líquido.
A lei 6.404/76 estabelece a obrigatoriedade na divulgação da demonstração dos 
lucros ou prejuízos acumulados, e não prevê tal obrigatoriedade para a DMPL. Porém 
como já verificado, o art. 186 § 2° dispõe que se a DLPA for incluída na DMPL, esta 
poderá ser publicada em substituição à primeira. Assim, a obrigatoriedade é a apre-
sentação da DLPA, no entanto, se for apresentada a DMPL, extingue-se a obrigação.
Demonstração dos Fluxos de Caixa: Fornece informações sobre o comporta-
mento financeiro da empresa no exercício, permitindo verificar todo fluxo financeiro 
da empresa, tanto operacional como de investimento e financiamento.
De acordo com Iudícibus et al. (2010), os fluxos operacionais descrevem basica-
mente os fatos registrados na DRE, devendo englobar as atividades ligadas à produção 
e à entrega de bens e serviços, além das transações não caracterizadas como ativi-
dades de investimentos e financiamentos. Os fluxos financeiros de investimentos 
normalmente estão relacionados com o aumento ou diminuição dos ativos não cir-
culantes que a empresa utiliza para produzir bens e serviços, ou seja, destinados à 
atividade operacional de produção e venda da empresa. Já os fluxos financeiros de 
financiamentos são as atividades ligadas a empréstimos e financiamentos obtidos e 
os recursos captados perante investidores da companhia.
São exemplos de fluxos operacionais as atividades como: recebimento de vendas 
realizadas à vista, recebimento de receitas financeiras, pagamento de fornecedores 
por compras à vista, pagamento de impostos etc. Por fluxos de investimentos, podem 
ser citados os recebimentos pela venda de títulos de aplicações de longo prazo, re-
cebimento pela venda de imobilizado, compra à vista de bens imobilizados etc. Por 
fim, são exemplos de fluxos de financiamentos o recebimento, a alienação de ações 
emitidas, o recebimento de empréstimos e financiamentos obtidos, pagamento de 
dividendos, pagamento de empréstimos e financiamentos (não inclui os juros) etc.
Pós-Universo 12
De acordo com a lei nº. 11.638/07, a elaboração da Demonstração dos Fluxos 
de Caixa passou a ser obrigatória para as companhias abertas e também para demais 
companhias com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00. 
Demonstração do Valor Adicionado: Demonstra o valor agregado que a 
empresa gerou em determinado período e se assemelha muito com a Demonstração 
de Resultado do Exercício (DRE), com a diferença de que a segunda tem o poder 
de expor o resultado do período, em que as informações são basicamente voltadas 
para os sócios e acionistas, enquanto a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 
complementa essas informações de forma positiva, ou seja, demonstrando a geração 
de riqueza e sua respectiva distribuição entre os esforços para a obtenção dessas ri-
quezas, como gastos com empregados, gerentes, insumos produtivos, governoetc. 
(IUDÍCIBUS et al., 2010). 
A partir da promulgação da lei nº. 11.638/07, a demonstração do valor adiciona-
do passou a fazer parte do conjunto de demonstrações contábeis obrigatórias para 
as companhias de capital aberto, devendo ser divulgada no final de cada exercício 
social.
Notas Explicativas: Evidenciam-se dados e informações que devem ser des-
tacados no sentido de auxiliar o usuário das demonstrações financeiras a melhor 
entendê-las, objetivando detalhar os eventos que mereçam tratamento especial ou 
critérios diferenciados particulares de cada entidade.
Conforme Iudícibus et al. (2010, p. 592), as notas explicativas:
 “
Podem estar expressas tanto na forma descritiva como na forma de quadros 
analíticos, ou mesmo englobar outras demonstrações contábeis que forem 
necessárias ao melhor e mais completo esclarecimento dos resultados e da 
situação financeira da empresa [...]. As notas podem ser usadas para descre-
ver práticas contábeis utilizadas pela companhia, para explicações adicionais 
sobre determinadas contas ou operações específicas e ainda para composi-
ção e detalhes de certas contas.
A lei 6.404/76 apenas apresenta um direcionamento dos itens que devem ser eviden-
ciados, ficando a cargo do profissional contábil a responsabilidade das informações.
Pós-Universo 13
Parecer da Auditoria: Compreende um relatório formulado por contadores le-
galmente habilitados e registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), 
que não possuem qualquer vínculo com a empresa, a fim de emitir opinião sobre a 
correção e veracidade das demonstrações financeiras.
Conforme Assaf Neto (2010, p. 38), o parecer dos auditores independentes:
 “
Refletem se as demonstrações financeiras representam adequadamente a si-
tuação econômico-financeira da empresa, se há uniformidade com relação 
aos relatórios apurados em exercícios anteriores e se foram seguidos os prin-
cípios contábeis. Os comentários do auditor atribuem maior segurança aos 
analistas de balanços, valorizando a qualidade da informação contábil.
Assim, torna-se evidente a importância do parecer dos auditores independentes para 
comprovar a veracidade das informações divulgadas pelas empresas, visto que ao 
analisar as demonstrações contábeis devidamente atestadas por auditoria indepen-
dente, os usuários da informação contarão com maior segurança ao tomar decisões 
e fazer julgamento acerca da companhia, pois os auditores examinam as demons-
trações de modo a averiguar se a empresa auditada está ou não seguindo as normas 
e princípios contábeis para elaboração destes relatórios.
Relatório da Administração: Relatório em linguagem administrativa, que obriga-
toriamente deve ser apresentado juntamente com as Demonstrações Contábeis em 
Assembleia Geral dos Acionistas, que analisa as contas do período, pois ele auxilia 
na compreensão dos demonstrativos contábeis. Nesse relatório, são apresenta-
das tendências futuras para a empresa e setor, planos de crescimento, pesquisas 
em desenvolvimento, enfim, mostra indícios da política da empresa. 
Conforme esclarece Matarazzo (2010, p. 25):
 “
Através desse relatório, a Diretoria presta informações aos acionistas sobre 
diversos aspectos do desempenho e de perspectiva da sociedade relativas 
a estratégias de vendas, compras, produtos, expansão, efeitos conjunturais, 
legislação, política financeira, de recursos humanos, resultados alcançados, 
planos, previsões, etc. È uma forma de manter os acionistas e terceiros a par 
do que se realiza na empresa. O relatório da Diretoria é uma peça em que 
se relata livremente aquilo que julga importante e, invariavelmente, ‘doura 
a pílula’.
Pós-Universo 14
Então, o relatório da administração ou relatório da diretoria tende a apresentar 
perspectivas e tendências da empresa em uma linguagem menos técnica, por isso 
se torna um importante instrumento de evidenciação das informações aos usuários.
Parecer do Conselho Fiscal: Trata-se de um relatório complementar às de-
monstrações contábeis. Um documento no qual membros da comunidade, sejam 
da área de atuação da empresa ou não, (conselheiros) eleitos em Assembleia Geral 
de Acionistas emitem um parecer concordando que as demonstrações contábeis 
refletem a situação econômica e financeira da empresa, respaldado no Parecer dos 
Auditores. 
As sociedades por ações têm a obrigatoriedade de divulgar e publicar as 
suas demonstrações contábeis, que transacionam ações na bolsa de valores, 
denominadas de capital aberto, também devem divulgar as suas demons-
trações contábeis no site da Comissão de Valores Mobiliários. Alguns sites 
nos quais você pode visualizar as demonstrações completas são: 
http://www.marisolsa.com.br/relacao_investidores/Relatorio_Marisol_2013.
pdf
http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/resultados-financeiros/holding
http://www.voegol.com.br/pt-br/investidores/paginas/default.aspx
saiba mais 
Das demonstrações contábeis são extraídas informações como: a rentabilida-
de da empresa, a capacidade de endividamento, a liquidez, adequação de origens e 
aplicações de recursos, possibilidade de novos investimentos, entre outros.
Essas informações serão a base para que os diversos usuários possam tomar de-
cisões. São exemplos, conforme Assaf Neto (2012), Silva (2012) e Matarazzo (2010):
Pós-Universo 15
Tabela 1 - Usuários da contabilidade
Usuários Informação
Administradores
Acompanhar e avaliar as decisões financeiras tomadas pela 
empresa, bem como verificar o resultado das suas políticas de in-
vestimentos e financiamentos.
Fornecedores e 
Clientes
Conhecer a capacidade de pagamento de seus clientes, ou seja, 
avaliar o risco de crédito de seus clientes.
Instituições 
Financeiras
Avaliar a capacidade da empresa gerar caixa para honrar o com-
promisso no vencimento, conhecendo a posição de curto e 
longo prazos da empresa.
Acionistas
Identificar o retorno de seus investimentos, assim verificando 
a capacidade da empresa gerar lucros e remunerar os recursos 
próprios apontados. 
Investidores
Subsidiar decisões sobre compra de ações, títulos ou participa-
ção em carteiras de investimentos, entre alternativas.
Governo
Conhecer a posição financeira dos diferentes ramos e setores 
de atividade como forma de subsidiar a formulação de políticas 
econômicas; controlar empresas públicas e privadas; verificar o 
desempenho empresarial de empresas em processo de concor-
rência pública. 
Concorrentes
Conhecer melhor o seu mercado e comparar sua posição econô-
mico-financeira com relação ao setor de atividade.
Fonte: Assaf Neto (2012), Silva (2012) e Matarazzo (2010)
Pós-Universo 16
Para a elaboração do relatório de análise, as demonstrações contábeis devem ser 
ajustadas de forma que os dados se apresentem em uma metodologia padroniza-
da aos critérios que o analista costuma trabalhar, facilitando dessa forma o trabalho. 
Dependendo do grau de detalhamento das informações das demonstrações 
contábeis, essas tendem a apresentar mais ou menos número de contas, isso pode 
dificultar o processo de análise. A empresa pode, dentro do grupo Passivo Circulante, 
apresentar uma conta de “outros”, agregando pequenos valores de várias contas; nesse 
caso, há necessidade de verificar o conteúdo dessa conta e reclassificá-la para uma 
nomenclatura mais específica.
Puxada pelo número de dezembro, inflação de 2013 superou a de 2012 e 
se igualou à de 2010, com indicador de 5,91%, antes 5,84% de 2012.
Fonte: <http://exame.abril.com.br/economia/noticias/
veja-a-trajetoria-da-inflacao-nos-ultimos-meses-e-anos>.
fatos e dados
PROCEDIMENTOS 
PARA ANÁLISE DAS 
DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS
Pós-Universo 17
Também as demonstrações contábeis devem ser atualizadas para uma mesma base 
monetária, excluindo dessa forma o efeito inflacionário. Esse processo é fundamental 
para assegurar a qualidade e fidedignidade das informações, pois o poder aquisitivo 
da moeda é variável, o que distorce a comparação entre os valores em períodos di-
ferentes. ConformeAssaf Neto (2010, p. 43):
 “
A inflação exerce grande influência sobre os resultados da empresa, distor-
cendo a realidade de sua estrutura patrimonial quando não devidamente 
considerada nos relatórios contábeis [...]. Mesmo em contexto de baixa infla-
ção, é importante que se tenha balanços em moeda de mesma capacidade 
de compra. 
Assim, para atualizar as demonstrações contábeis em uma mesma base monetária, 
trazendo sempre todos os valores do período da amostra para o último ano (mais 
recente), podem ser utilizados indicadores oficiais do governo, como: Índice de Preços 
ao Consumidor Amplo – IPCA, Índice Geral de Preços do Mercado Consumidor 
– IGP-M, Índice Nacional de Custos Construção Mercado – INCC-M, entre outros, 
e também pode ser utilizado outro índice que seja mais apropriado à informação a 
que se destina a análise, como: Dólar, Euro.
A atualização dos valores das demonstrações contábeis, conforme dito, pode 
se utilizar de vários indicadores. Os percentuais de IPCA utilizados nesse 
estudo você pode acessar em: <http://www.portalbrasil.net/ipca.htm>.
saiba mais 
Por exemplo, a análise tem como amostra o período de 2011 a 2013, é necessário 
que os valores sejam trazidos para 2013, isto para que o fator inflação não interfira 
na análise. 
Considerando que o valor de 2011 seja $ 10.000,00 e o IPCA acumulado seja de 
$ 877,1809, enquanto o IPCA acumulado de 2013 seja $ 983,2715, então, divide-se $ 
10.000,00 por $ 877,1809, que será 11,40, multiplicado por 983,62 totaliza $ 11.209,43; 
dessa forma, os $ 10.000,00 de 2011 representam $ 11.209,30 em 2013. 
Pós-Universo 18
Os valores de 2012 também devem ser trazidos para o ano e 2013 pelo mesmo 
procedimento, dividindo-se o valor de 2012 pelo IPCA acumulado de 2012 e multi-
plicando o resultado pelo IPCA acumulado de 2013.
Conforme dito anteriormente, as demonstrações contábeis devem estar em um 
padrão para facilitar o trabalho do analista. Apresenta-se na sequência o modelo de 
padronização do balanço patrimonial e da demonstração do resultado do exercício.
Tabela 2 - Modelo de Balanço Patrimonial Padronizado
BALANÇO EM:
31-12-X1 31-12-X2 31-12-X3
VA AV AH VA AV AH VA AV AH
ATIVO                  
ATIVO CIRCULANTE                  
FINANCEIRO                  
Disponível                  
Aplicações financeiras                  
OPERACIONAL                  
Clientes                  
Impostos a recuperar                  
Estoques                  
Despesas antecipadas                  
ATIVO NÃO CIRCULANTE                  
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO                  
INVESTIMENTOS                  
IMOBILIZADO                  
INTANGÍVEL                  
PASSIVO                  
PASSIVO CIRCULANTE                  
Pós-Universo 19
OPERACIONAL                  
Fornecedores                  
Obrigações fiscais                  
Salários e encargos sociais                  
Provisões                  
FINANCEIRO                  
Empréstimos e financiamentos                  
Dividendos a pagar                  
Duplicatas descontadas                  
PASSIVO NÃO CIRCULANTE                  
TOTAL CAPITAIS DE TERCEIROS                  
PATRIMÔNIO LÍQUIDO                  
Fonte: adaptado de Matarazzo (2010) 
No balanço patrimonial, os ajustes observados pela padronização consistem na 
divisão do ativo circulante e passivo circulante em: operacional e financeiro. No 
ativo circulante financeiro, devem ser apresentadas as contas relativas a valores 
monetários disponíveis para utilização, como caixa, banco conta movimento, aplica-
ções financeiras, dividendos a receber; enquanto no ativo circulante operacional, as 
contas resultantes de atividades operacionais que ainda demandam algum tempo 
para serem convertidas em dinheiro, como duplicatas a receber, estoques de mer-
cadorias, estoques de produtos acabados, impostos a recuperar etc.
No passivo circulante financeiro, são classificadas as contas de captação de 
recursos, como empréstimos, financiamentos, desconto de duplicatas, debêntures 
ou contas que não originadas de atividades operacionais, como dividendos a pagar. 
No passivo operacional, já são registradas as contas que representam dívidas decor-
rentes da atividade operacional, como: fornecedores, duplicatas a pagar, contas a 
pagar, impostos a recolher, salários a pagar etc.
Pós-Universo 20
Tabela 2 - Modelo de Demonstração do resultado do exercício Padronizada
DRE EM:
31-12-X1 31-12-X2 31-12-X3
DEMONSTRAÇÃO DO 
RESULTADO DO EXERCÍCIO
VA AV AH VA AV AH VA AV AH
                 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA                  
RECEITA BRUTA DE VENDAS E 
SERVIÇOS
                 
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA                  
(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA                  
(-) CUSTO DAS MERCADORIAS/
PRODUTOS/SERVIÇOS
                 
(=) RESULTADO OPERACIONAL 
BRUTO
                 
(-) DESPESAS OPERACIONAIS                  
DESPESAS COM VENDAS                  
DESPESAS ADMINISTRATIVAS                  
(=) LUCRO OPERACIONAL I                  
RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO                  
(-) DESPESAS FINANCEIRAS                  
RECEITAS FINANCEIRAS                  
(=) LUCRO OPERACIONAL II                  
OUTRAS DESPESAS/RECEITAS 
OPERACIONAIS
                 
(+/-) Resultado da equivalência 
patrimonial
                 
(=) LUCRO OPERACIONAL III                  
(=) RESULTADO OPERACIONAL 
LÍQUIDO
                 
Pós-Universo 21
(+/-) OUTRAS RECEITAS E 
OUTRAS DESPESAS
                 
(=) RESULTADO ANTES DA 
PROVISÃO PARA IRPJ E CSLL
                 
(-) Provisão para IRPJ e CSLL                  
(=) RESULTADO ANTES DAS 
PARTICIPAÇÕES
                 
(-) PARTICIPAÇÕES                  
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO 
EXERCÍCIO
                 
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO 
EXERCÍCIO POR AÇÃO
                 
Fonte: adaptado de Silva (2012) e Matarazzo (2010) 
Assim como no balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício 
também necessita de padronização. De acordo com Silva (2010), na Demonstração 
de Resultado do Exercício pode-se dividir o lucro operacional em:
 • Lucro operacional I: Compreende o desempenho da empresa em sua 
atividade principal, antes de computar o impacto das despesas e receitas 
financeiras e o resultado da equivalência patrimonial.
 • Lucro operacional II: Compreende o resultado após deduzir todas as re-
ceitas e despesas estritamente financeiras da empresa.
 • Lucro operacional III: Reflete o resultado da empresa após computar o 
resultado da equivalência patrimonial, que é o reconhecimento da partici-
pação no capital social de outras empresas. 
Não esquecendo que antes da efetiva aplicação das técnicas de análise, há a ne-
cessidade de atualizar os valores da amostra para que o fator inflação não afete nos 
índices obtidos e, por consequência, na análise. 
Pós-Universo 22
A análise de balanços é um processo que envolve diversas etapas que são funda-
mentais para assegurar que as informações fornecidas aos seus usuários tenham 
fidedignidade. Conforme Silva (2010), esse processo envolve as seguintes atividades: 
coletar, conferir, preparar, processar, analisar e concluir.
A coleta corresponde à obtenção das demonstrações financeiras e de todas as 
informações pertinentes sobre a empresa a ser analisada. A conferência consiste em 
uma pré-análise das informações, com o objetivo de atestar a integridade, veracida-
de e a confiabilidade das informações. A preparação, considerada como um alicerce 
para a obtenção de uma boa análise, compreende a reclassificação das demonstra-
ções contábeis, necessárias para adequá-las a certos critérios de padronização. 
O processamento refere-se ao trabalho do analista em aplicar as técnicas e cál-
culos de indicadores, normalmente realizado por meio eletrônico. A análise refere-se 
ao estudo minucioso acerca dos dados obtidos no processamento, no qual o analista 
compara-os com padrõessetoriais. Essa fase exige um bom conhecimento, expe-
riência e capacidade de observação do analista.
TÉCNICAS DE 
ANÁLISE DAS 
DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS
Pós-Universo 23
A conclusão emitida pelo analista, em forma de parecer, é a fase mais importante 
do processo de análise, pois consiste em destacar os principais pontos e recomenda-
ções acerca da empresa, utilizando-se de uma linguagem simples, clara e consistente, 
a fim de tornar possível o entendimento por parte dos usuários, de modo que estes 
possam tomar suas decisões de forma segura e correta.
Matarazzo (2010) apresenta como principais técnicas utilizadas para análise: a 
análise vertical, a análise horizontal, a análise através de índices.
Análise Vertical
Tem a finalidade de evidenciar o percentual de participação de cada conta ou 
grupo de contas em relação ao total de seu grupo em termos relativos, desta-
cando sua representatividade no conjunto. 
Dessa forma, ao aplicar a análise vertical no balanço patrimonial, o total do ativo e 
o total do passivo são os valores de referência, e na demonstração do resultado do 
exercício, o item referencial é a receita operacional líquida. 
Assim, cada item desses grupos representa uma parcela do total, devendo ser 
expressa em termos percentuais, visando, dessa forma, facilitar a leitura e o proces-
so de comparação. 
Análise Horizontal
Objetiva demonstrar a evolução dos elementos patrimoniais ou de resultado 
durante um determinado período, a fim de observar tendências. 
Ao tomar certo exercício como base, deve-se atribuir um valor de referência sobre 
todos os itens do respectivo período e, para os itens dos exercícios seguintes, utiliza-
-se o percentual de evolução ou retrocesso comparado com a referida base. Assim, 
o primeiro exercício definido como base serve de referência para os próximos exer-
cícios, sendo este o método tradicionalmente utilizado.
Todavia, existe outra técnica para elaborar a análise horizontal. Segundo Assaf 
Neto (2010), pode-se definir como período-base sempre o exercício imediatamente 
anterior ao que está sendo estudado. Dessa forma, a análise torna-se mais dinâmica, 
permitindo constatar a evolução em períodos menores de tempo.
Pós-Universo 24
Análise através de Índices
A análise através de índices relaciona itens e grupos de itens do balanço patri-
monial e da demonstração do resultado do exercício. Dessa forma, é possível 
extrair um grande número de informações sobre a situação econômica e fi-
nanceira da empresa, possibilitando compará-las com resultados passados, ou 
mesmo projetar tendências futuras.
Silva (2012, p. 220) comenta que os índices financeiros são “relações entre contas ou 
grupo de contas das demonstrações contábeis, que têm por objetivo fornecer-nos 
informações que não são fáceis de serem visualizadas de forma direta nas demons-
trações contábeis”.
Os índices são analisados por meio de comparações com índices-padrão, ou seja, 
permite comparar o desempenho e a posição de uma empresa com outras empre-
sas que atuam no mesmo setor – interempresarial. Além disso, a comparação pode 
ser feita envolvendo resultados anteriores – temporais, permitindo ao analista avaliar 
as tendências e o desempenho da empresa (ASSAF NETO, 2010).
É evidente que a quantidade e o tipo de índices utilizados vai depender 
muito do objetivo da análise que se pretender desenvolver. Veja material 
completo em:
SILVA, José Pereira da. Análise financeira das Empresas. 10ª ed. São Paulo: 
Atlas, 2012, p. 230.
saiba mais 
Isso nos faz pensar que para a realização da análise pode-se utilizar três formas, a 
saber: análise comparativa setorial, análise série-temporal e análise combinada.
O foco da análise comparativa setorial é verificar o desempenho da empresa com 
relação às empresas do setor, se ela está melhor ou pior que o setor no qual ela está 
inserida. A análise série-temporal avalia o desempenho da empresa ao longo dos 
anos, se houve melhora ou piora. Na análise combinada, contemplam-se os índices 
da empresa e do setor, bem como a evolução desses ao longo dos anos, esse é o 
tipo ideal de análise.
Pós-Universo 25
Pode-se, portanto, utilizar uma das três formas, mas o ideal seria a análise com-
binada que realiza a análise dos índices apresentados pela empresa e do setor, bem 
como a evolução desses ao longo dos anos, entretanto, existe certa dificuldade na 
obtenção dos indicadores do setor, nem todos os indicadores são publicados, assim 
comprometendo esse tipo de análise.
Ainda sobre a análise através de índices, esclarece-se que os principais índices 
utilizados no processo de análise são: liquidez, estrutura de capitais, rentabilidade, 
prazos médios, capital de giro.
O presidente da Eletrobras afirmou que a área de geração e transmissão 
foi responsável por um prejuízo de R$ 4 bilhões para a companhia no ano 
de 2013. A área de distribuição foi responsável por um prejuízo de R$ 2,3 
bilhões. O prejuízo total da Eletrobras em 2013 atingiu R$ 6,3 bilhões.
Segundo o executivo, o resultado da Eletrobras também foi afetado pelo 
plano de incentivo ao desligamento de funcionários. Ao todo, 4,2 mil fun-
cionários aderiram ao plano. Isso foi responsável por um prejuízo de R$ 1,72 
bilhão. O presidente afirmou, no entanto, que essas demissões vão gerar 
uma economia de R$ 1,2 bilhão em folha de pagamento.
Extraído de:
http://agenciabrasi l .ebc.com.br/economia/noticia/2014-03/
beto-eletrobras-preve-lucro-em-2014
saiba mais 
O primeiro, liquidez, mostra a capacidade de pagamento; a estrutura de capitais de-
monstra o endividamento da empresa e comprometimento dos recursos com ativo 
fixo; a rentabilidade evidencia a margem de lucro e o retorno de capital investido na 
empresa; prazos médios focam na política de prazos de pagamento e recebimento 
e, por fim, o capital de giro que demonstra a necessidade de capital de giro para as 
atividades da empresa.
É possível concluir que para a elaboração de um relatório de análise mais acurado, 
é necessária a utilização de todas as técnicas aliadas, mais uma vez lembrando, aos 
demais fatores externos que impactam na empresa, como a demanda do produto; 
a concorrência; o poder de compra dos consumidores, entre outros.
atividades de estudo
1. Analise as afirmativas e assinale a alternativa incorreta:
a) Governo: tem condição financeira e econômica para a empresa participar de uma 
concorrência pública
b) Funcionários: verificam se a empresa terá condições de pagar seus salários.
c) Acionistas: não identificam a rentabilidade do investimento efetuado na empresa.
d) Instituições financeiras: têm capacidade financeira de a empresa quitar o crédito 
concedido.
e) Fornecedores: têm capacidade de a empresa pagar suas compras a prazo.
2. Analise as afirmativas e assinale a alternativa correta:
a) O balanço patrimonial tem como finalidade apresentar o resultado econômico e 
financeiro apresentado pela empresa durante determinado momento.
b) A demonstração do fluxo de caixa demonstra a movimentação financeira ocor-
rida em determinado momento.
c) A demonstração de resultado demonstra o detalhamento do resultado em um 
determinado momento.
d) A demonstração do valor adicionado pode ser apresentada pelo método direto 
ou método indireto, sendo recomendada a apresentação pelo método indireto.
e) A obrigatoriedade de apresentação é da demonstração das mutações do patri-
mônio líquido, no entanto, em seu lugar pode ser divulgada a demonstração de 
lucros ou prejuízos acumulados.
atividades de estudo
3. Avalie as afirmativas a seguir:
I. Ativo Circulante Operacional: duplicatas a receber, estoques.
II. Ativo Circulante Financeiro: empréstimos, financiamentos.
III. Passivo Circulante Operacional: fornecedores, salários a pagar.
IV. Passivo Circulante Financeiro: caixa, banco conta movimento.
V. Patrimônio Líquido: capital, reservas.
Marque a alternativa incorreta:
a) Apenas as alternativas I, II e III.
b) Apenas as alternativasII e IV.
c) Apenas as alternativas III e IV.
d) Apenas as alternativas I, III e V.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
4. Avalie as afirmativas a seguir:
I. O objetivo da padronização é facilitar o trabalho do analista na execução da análise 
e comparação dos indicadores de empresas do mesmo setor.
II. A atualização monetária das demonstrações contábeis deve ser efetuada trazen-
do os valores para o primeiro ano da amostra com o objetivo do fator inflação 
não afetar na análise.
III. A padronização da Demonstração do Resultado do Exercício reclassifica o lucro 
operacional em: Lucro Operacional I, Lucro Operacional II e Lucro Operacional III.
IV. No passivo circulante financeiro, são classificadas contas de captação de recursos.
V. No ativo circulante financeiro, são classificadas contas de relativos a valores mo-
netários disponíveis para utilização.
Marque a alternativa correta:
a) Apenas as alternativas I, II e III.
b) Apenas as alternativas II, III e V.
c) Apenas as alternativas I, III e IV.
d) Apenas as alternativas III, IV e V.
e) Apenas as alternativas II, IV e V.
atividades de estudo
5. Analise as afirmativas a seguir e identifique se é referente à análise horizontal (AH); 
análise vertical (AV) ou análise por indicadores (AI).
I. Análise vertical: o total do ativo e o total do passivo são os valores de referência, 
e na demonstração do resultado do exercício, o item referencial é a receita ope-
racional líquida. 
II. Análise horizontal: tem como finalidade demonstrar a evolução dos elementos 
patrimoniais ou de resultado durante um determinado período, a fim de obser-
var tendências. 
III. Análise horizontal: utiliza o primeiro exercício ou ano como base para calcular os 
percentuais.
IV. Análise por indicadores: os índices são analisados por meio de comparações com 
índices-padrão, ou seja, permite comparar o desempenho e a posição de uma 
empresa com outras empresas que atuam no mesmo setor.
V. Análise vertical: tem a finalidade de evidenciar o percentual de participação de 
cada conta ou grupo de contas em relação ao total de seu grupo em termos re-
lativos, destacando sua representatividade no conjunto. 
Diante da avaliação dos itens acima, é correto afirmar que:
a) Somente as I e II estão corretas.
b) Somente as II e III estão corretas.
c) Somente as III e IV estão corretas.
d) Somente as IV e V estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas.
atividades de estudo
6. Assinale a alternativa correta:
a) Os índices de liquidez mostram a capacidade de endividamento da empresa.
b) Os indicadores de rentabilidade demonstram a capacidade de pagamento da 
empresa.
c) Os indicadores de estrutura de capital demonstram o endividamento da empresa 
e comprometimento dos recursos com ativo fixo.
d) Os indicadores de prazos médios demonstram a necessidade de capital de giro 
para as atividades da empresa.
e) Os indicadores de capital de giro focam na política de prazos de pagamento e 
recebimento.
resumo
Com as mudanças econômicas e tecnológicas, as informações devem ser geradas de forma rápida 
e objetiva, para que não perca a sua utilidade. A Contabilidade também está inserida nesse con-
texto, tendo em vista seu objetivo de fornecer informações para a tomada de decisões pelos seus 
diversos usuários, por meio das demonstrações contábeis, regulamentadas pela lei 6.404/76.
Mas isso só é possível quando os dados das demonstrações contábeis podem ser entendidos 
pelos seus diversos usuários, tanto internos como externos, pois bem sabemos que a linguagem 
contábil é um tanto quanto técnica, e algumas vezes não entendida pelos seus usuários.
Daí surge a utilidade da análise das demonstrações contábeis, com o objetivo de tornar essa 
tarefa menos técnica, elaborando o perfil econômico e financeiro de uma empresa, utilizando-
-se de suas ferramentas.
As ferramentas de análises mais utilizadas são: análise vertical, análise horizontal, análise por 
índices, que podem mostrar aos usuários informações como: a empresa se encontra endivida-
da; tem capacidade de pagamento; tem lucros para atrair investidores; tem recursos para novos 
investimentos.
material complementar
Contabilidade: Teoria e Prática
Autor: Hamilton Luiz Favero, Massakazu Takakura, Mário Lonardoni e 
Clóvis de Souza
Editora: Atlas
Sinopse: os autores buscam um equilíbrio entre a teoria e a prática con-
tábil, evidenciando a ligação entre o que fazer, por que fazer e como fazer 
a Contabilidade, de modo a gerar informações com a qualidade neces-
sária aos diversos usuários.
Trata-se, portanto, de um material que apresenta inovações no conteúdo da Contabilidade 
e nos aspectos metodológicos do ensino. Prioriza o raciocínio lógico em face do pragma-
tismo, ou seja, trabalha o ensino da Contabilidade numa abordagem descritiva (por que e 
como fazer).
Encadeados logicamente, os oito capítulos abordam: Objetivos da contabilidade, Evolução da 
contabilidade, A estrutura conceitual básica da contabilidade, Estatística patrimonial, Dinâmica 
patrimonial, Procedimentos contábeis, Fatos contábeis, Operações com mercadorias.
Livro-texto para a disciplina CONTABILIDADE/CONTABILIDADE GERAL dos cursos de graduação 
em Ciências Contábeis, Administração de Empresas e Ciências Econômicas. Recomendado 
para programas de reciclagem profissional.
Análise Financeira de Balanços: Abordagem gerencial
Autor: Dante Carmine Matarazzo
Editora: Atlas
Sinopse: uma característica diferenciadora deste livro é revelar técnicas 
de Análise das Demonstrações Financeiras capazes de gerar amplas e 
profundas informações sobre o desempenho, a situação econômico-fi-
nanceira e a gerência das empresas. Com esse novo instrumental, a análise 
das demonstrações Financeiras, que anteriormente era usada quase que exclusivamente de 
fora da empresa, passa a se inserir entre as técnicas de gerência financeira. Por outro lado, vem 
propiciar ao público externo muito mais conhecimento a respeito da empresa. Destaca-se 
neste livro a originalidade de alguns tópicos como: O método de dolarização das demons-
trações financeiras publicadas, apurando ganhos e perdas com a conversão de moedas; O 
modelo de avaliação de empresas, evidenciando pontos fortes e fracos da empresa; A análise 
do fluxo de caixa revelando a adequação entre os investimentos efetuados e os financiamen-
tos tomados; O desdobro da taxa de retorno simultaneamente à análise da Alavancagem 
Financeira, identificando as vantagens e desvantagens do endividamento e as causas das 
modificações da rentabilidade empresarial.
referências
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro. 
10ª ed. São Paulo: Atlas, 2012.
BREALEY, Richard A.; MYERS, Stewart C. Principles of corporation finance. New York: McGraw-
Hill, 2003.
BERENSTEIN, Leopold A.; WILD, John J. Analysis of Financial statements. New York: McGraw-
Hill, 1999.
BRASIL. Lei nº. 6.404 de 15 de dezembro de 1976 [online]. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm>. Acesso em: 25 set. 2013.
BRASIL. Lei 11.638 de 28 de dezembro de 2007 [online]. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso em: 25 set. 2013.
FAVERO, Hamilton Luiz; LONARDONI, Mário; SOUZA, Clóvis de; TAKAKURA, Massakazu. Contabilidade: 
teoria e prática. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
IUDÍCIBUS, Sérgio de et al. Manual de Contabilidade Societária, aplicável a todas as socie-
dades. São Paulo: Atlas, 2010.
MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis: Contabilidade Empresarial. 6ª 
ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: Abordagem Básica e Gerencial. 
7ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PORTAL BRASIL. Disponível em: <http://www.portalbrasil.net/ipca.htm>. Acesso em: 22 nov. 2013.
REED, Edward W. Commercial bank management. New York: Harper & Row, 1963.
SILVA, José Pereira da. Análise financeira das Empresas. 10ª ed. SãoPaulo: Atlas, 2012.
WESTON, J. Fred; BRIGHMAN, Eugene F. Managerial finance. New York: Holt, Rinehart and Winston, 
1972.
resolução de exercícios
1. c) Acionistas: não identificam a rentabilidade do investimento efetuado na empresa.
2. a) O balanço patrimonial tem como finalidade apresentar o resultado econômico e 
financeiro apresentado pela empresa durante determinado momento.
3. b) Apenas as alternativas II e IV.
4. d) Apenas as alternativas III, IV e V.
5. e) Todas as alternativas estão corretas.
6. c) Os indicadores de estrutura de capital demonstram o endividamento da empresa 
e comprometimento dos recursos com ativo fixo.
	As Demonstrações Contábeis e sua Análise

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