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Ivina Marcella C. Santos 	
 
 														 
																													Percepção, Consciência e Emoção 
Tutoria-2 
Descrever o funcionamento, composição e processamento do sistema sensitivo; 
 Sistema Sensorial 
Por meio dos sentidos (visão, audição, olfato,tato e paladar) , o nosso corpo pode perceber muita coisa do 
que nos rodeia; contribuindo para a nossa sobrevivência e integração com o ambiente em que vivemos. 
 	
As diferentes modalidades sensitivas são divididas em duas classes: 	
° A sensibilidade geral refere-se à sensibilidade somática e à sensibilidade visceral. A sensibilidade 
somática inclui as sensações táteis (tato, vibração, coceira e cócegas), as sensações térmicas (calor e 
frio); as sensações de dor e as sensações proprioceptivas que permitem a percepção tanto das posições 
estáticas (imóveis) dos membros e partes do corpo (sensação de posição de articulações e músculos) 
quanto dos movimentos dos membros e da cabeça. A sensibilidade visceral fornece informações com 
relação às condições dentro dos órgãos internos.	
 ° Os sentidos especiais incluem as modalidades de olfato, paladar, visão, audição e equilíbrio. 
Existem determinados receptores, altamente especializados, capazes de captar estímulos diversos. Tais 
receptores, chamados receptores sensoriais, são formados por células nervosas capazes de traduzir ou 
converter esses estímulos em impulsos elétricos ou nervosos que serão processados e analisados em 
centros específicos do sistema nervoso central (SNC), onde será produzida uma resposta (voluntária ou 
involuntária). A estrutura e o modo de funcionamento destes receptores nervosos especializados é 
diversa. Assim, o processo de sensibilidade começa em um receptor sensitivo, que é uma célula 
especializada ou dendritos de um neurônio sensitivo. Um dado receptor sensitivo responde intensamente a 
um tipo específico de estímulo, uma mudança no ambiente que ativa certos receptores sensitivos. Um 
receptor sensitivo responde apenas fracamente, ou não responde de forma alguma, a outros estímulos. 
Esta característica dos receptores sensitivos é conhecida como seletividade	
 Exteroceptores: estão localizados na superfície externa do corpo ou próximo a ela e respondem a 
estímulos externos (originados fora do organismo), fornecendo informações externas sobre sensações de 
audição, visão, olfato, paladar, tato, pressão, vibração, temperatura e dor. 	
° Interoceptores ou Visceroceptores: estão localizados nos vasos sanguíneos, nos órgãos viscerais, nos 
músculos e no sistema nervoso; respondem a estímulos viscerais, monitorando as condições do ambiente 
interno. 	
 Proprioceptores: estão localizados nos músculos, tendões, articulações e orelha interna, fornecendo 
informações a respeito da posição do corpo, extensão e tensão do músculo e posição e movimento das 
articulações Uma outra forma de agrupar os receptores sensitivos é de acordo com o tipo de estímulo que 
detectam. Podem ser: 	
 ° Mecanorreceptores: são sensíveis aos estímulos mecânicos, como deformação, estiramento 
ou dobramento das células. Os mecanorreceptores fornecem sensações de tato, pressão, vibração, 
propriocepção, audição e equilíbrio. Além disso, monitoram, também, o estiramento dos vasos sanguíneos 
e órgãos internos.	
 Termorreceptores: detectam mudanças na temperatura.	
 Nociceptores: respondem a estímulos dolorosos resultantes de lesão física ou química ao tecido. 	
 Quimiorreceptores: detectam substâncias químicas na boca (gustação), nariz (odor) e líquidos corporais.	
 Fotorreceptores: detectam a luz que atinge a retina. Em geral, os receptores sensitivos podem ser 
simples, como uma ramificação nervosa; mais complexos, formados por elementos nervosos 
interconectados ou órgãos complexos, providos de sofisticados sistemas funcionais. 	
Dessa maneira:	
O Tato nos permite sentimos o frio, o calor, a pressão atmosférica, etc;	
O paladar nos permite identificamos os sabores; 	
O olfato nos permite,sentimos o odor ou cheiro;	
 A audição permite captamos os sons; 	
A visão permite observamos as cores, as formas, os contornos, etc. 	
OLFATO 
 O olfato traz tanto bons quanto maus sinais. Ela combina-se com a gustação para nos ajudar a identificar 
alimentos e aumentar nossa apreciação de muitos deles. Contudo, ela também pode alertar sobre o perigo 
potencial de algumas substâncias (como carne estragada) ou lugares (ambiente repleto de fumaça). 	
No olfato, os sinais relativos a odores ruins pode se sobrepor àqueles dos agradáveis. Segundo algumas 
estimativas, podemos sentir o odor de centenas de milhares de substâncias, mas somente cerca de 20% 
destas apresentam odor agradável. 	
 °A prática ajuda no olfato: os profissionais de perfumes e de bebidas podem chegar a 
distinguir milhares de odores.	
 O olfato é também um modo de comunicação. Substâncias químicas liberadas pelo organismo, chamadas 
de feromônios, são sinais importantes para comportamentos reprodutivos, e elas também podem ser 
utilizadas para marcar território, identificar indivíduos e indicar agressão ou submissão. (O termo origina-se 
do grego pherein, que significa “transferência”, e horman, que significa “excitar”.) Embora sistemas de 
feromônios sejam bem desenvolvidos em muitos animais, a sua importância em seres humanos não está 
bem clara 	
Os Órgãos do Olfato 
 Nós não cheiramos com o nariz. Em vez disso, cheiramos com uma pequena e fina camada de células 
no alto da cavidade nasal, denominada epitélio olfatório O epitélio olfatório tem três tipos celulares 
principais. As células receptoras olfatórias são os locais da transdução. Diferentemente das células 
receptoras gustatórias, os receptores olfatórios são neurônios genuínos, com axônios próprios que 
penetram no sistema nervoso central. As células de suporte são similares à glia; entre outras coisas, elas 
auxiliam na produção de muco. As células basais são a fonte de novos receptores. Os receptores 
olfatórios (de forma semelhante aos receptores gustatórios) crescem continuamente, morrem e 
regeneram-se em um ciclo que dura cerca de 4 a 8 semanas. De fato, as células receptoras olfatórias 
estão entre os poucos tipos de neurônios no sistema nervoso que são regularmente substituídos ao longo 
da vida. O ato de “cheirar” leva o ar através das tortuosas passagens nasais, porém apenas uma pequena 
porcentagem desse ar passa sobre o epitélio olfatório. O epitélio produz uma fina cobertura de muco, que 
flui constantemente e é substituída a cada 10 minutos. Estímulos químicos presentes no ar, chamados de 
odorantes, dissolvem-se na camada de muco antes de atingirem as células receptoras. O muco consiste 
em uma solução aquosa contendo proteoglicanos (que contêm longas cadeias de açúcares), uma 
variedade de proteínas (incluindo anticorpos, enzimas e proteínas capazes de ligar odorantes) e sais. A 
presença de anticorpos no muco é crucial, uma vez que as células olfatórias podem ser uma via direta.	
Receptores Olfatórios 
Os receptores responsáveis pela olfação são encontrados no epitélio olfátorio que delineia as paredes 
mediais e laterais do teto da cavidade nasal.Além das células receptoras,este epitélio contém as glândulas 
olfatórias e celulas de sustentação, que contribuem para a secreção mucosa que 
recobre a superfície epitelial. As células de sustentação também atuam como células de suporte aos 
delgados receptores olfatórios. 
 As células receptoras olfatórias podem ser consideradas neurônios bipolares especializados de linhagem 
primitiva. Seus núcleos estão localizados na base da camada epitelial. Da região nuclear,um processo 
dendrítico se estende em direção á superfície epitelial. Na sua terminação apical, este processo se alarga 
nos bastonetes ou vesículas olfatórias, que dão origem a 10 a 15 cílios móveis que se projetam na 
camada mucosa que recobre o epitélio.Desmossomos, situados na base das vesículasolfatórias, 
permitem um selamento compacto entre as membranas das células olfátorias e de sustentação, impedindo 
que substâncias externas alcancem os espaços intercelulares.Na sua base, as células receptoras 
olfatórias se estreitam e dão origem a um fino axônio amielínico ( 0,2 a 0,3 mm). Grande número destes 
axônios convergem para cursar juntos, envolvidos por uma única bainha de células de Schwann, 
penetrando a lâmina cribriforme para, coletivamente, formar o nervo olfatório. 
A transdução de odores 
Devido ao tamanho pequeno e á inacessibilidade das células olfatórias de primeira ordem, os mecanismos 
da transdução olfatória não têm sido tão amplamente investigados como outros mecanismos. Contudo, 
sabe-se que os odores atingem a camada mucosa que recobre o epitélio olfatório e atuam nas 
terminações apicais(incluindo os cilios) das células olfatórias para causar a despolarizacão das células. O 
mecanismo de interação dos odores e da membrana celular não está completamente esclarecida. Pode 
envolver a ligação da substância odorífera a receptores específicos, como no sistema gustativo ou a 
substâncias odorífera pode penetrar diretamente na membrana lipídica e abrir os canais. Além disto, há 
evidências que o tamanho molecular, a forma e a configuração dos odores são elementos importantes na 
discriminação olfatória.Qualquer que seja a forma de interação, medidas indiretas sugerem que um 
aumento na condutância iônica da membrana acompanha a despolarização dos receptores olfatórios. Esta 
despolarização atua diretamente no local onde tem início o potencial de ação, localizado no ponto de 
origem do axônio da célula sensorial,para produzir um surto de potenciais de ação 
Audição 
A audição é a capacidade de perceber vibrações transmitidas pelo ar, traduzindo as ondas sonoras em 
impulsos nervosos. Tendo papel fundamental na evolução, juntamente com a visão, permitindo aos 
animais perceber sons no ambiente ao seu redor auxiliando tanto na caça quanto na fuga. Além disso, é 
fundamental para o desenvolvimento da vocalização e da comunicação dos seres humanos. 
Através dos sons tomou-se possível identificar a presença de certos objetos mesmo quando estes se situam fora do 
campo de visão, ou estão encobertos por outros objetos.Nem todas as vibrações do meio representam sons: só 
aquelas com; 
 °frequências situadas entre 20Hz 
 °20kHz e intensidades entre O e 120 dB. 
 A modalidade auditiva divide-se em algumas submodalidades: discriminação de intensidade sonora, discriminação 
de. tons, identificação de timbres, localização espacial dos sons e compreensão da fala e dos sons complexos. 
Quando a frequência de um som aumenta, temos a sensação de que houve mudança de tom, como de um dó para 
um ré, 
 
 
 
Tato 
A sensação tátil começa na pele. Os dois principais tipos de pele são chamados de pilosa e glabra(sem 
pelos). A pele é composta da epiderme( camada externa) e a derme ( camada interna). A pele realiza 
uma função protetora essencial e evita a evaporação dos fluidos corporais no ambiente seco em que 
vivemos. Contudo, a pele também fornece nosso contato mais direto com o mundo. 	
 Mecanorreceptores da pele A maioria dos receptores sensoriais do sistema somatossensorial são 
mecanorreceptores, os quais são sensíveis à deformação física, como flexão ou estiramento. Presentes 
por todo o corpo, os mecanorreceptores monitoram o contato na pele, a pressão no coração e nos vasos 
sanguíneos, o estiramento dos órgãos digestórios e da bexiga urinária e a força contra os dentes. No 
centro de todos os mecanorreceptores estão as ramificações de axônio desmielinizados que são sensíveis 
a estiramento, deformação, pressão ou vibração. O receptor maior e mais bem estudado é o corpúsculo de 
Pacini, o qual se situa na profundidade da derme e pode ter 2 mm de comprimento e quase 1mm de 
diâmetro. As terminações de Ruffini, encontradas tanto na pele pilosa como na glabra, são levemente 
menores que os corpúsculos de Pacini. Os corpúsculos de Meissner são cerca de um décimo do tamanho 
dos corpúsculos der Pacini e estão localizados entre as papilas dérmicas da pele glabra. Localizados na 
epiderme, os discos de Merkel consistem em uma terminação nervosa e uma célula epitelial não nervosa, 
achatada(célula de Merkel). Nos bulbos terminais de Krause, situados nas regiões limítrofes entre a pele 
seca e a mucosa, as terminações assemelham-se a novelos de barbante com nós. 	
 Vibração e o corpúsculo de Pacini:	
 A seletividade de um axônio mecanorreceptivo depende basicamente da estrutura de sua terminação 
especial. Por exemplo, os corpúsculos de Pacini possuem uma cápsula em forma de bola de futebol 
americano, com 20 a 70 camadas concêntricas de tecido conectivo, dispostas como as camadas de uma 
cebola, com uma terminação nervosa situada no centro. Quando a cápsula é comprimida, a energia é 
transferida à terminação sensorial, sua membrana é deformada e os canais mecanossensíveis se abrem. 
A corrente que flui através dos canais gera um potencial do receptor, que é despolarizante. Se a 
despolarização for suficientemente intensa, o axônio disparará um potencial de ação. As camadas da 
cápsula, no entanto, são escorregadias, por conter um fluido viscoso entre elas. Se a pressão do estímulo 
for mantida constante, as camadas deslizam umas sobre as outras e transferem a energia do estímulo, de 
modo que a terminação axonal não mantém a deformação da membrana, e o potencial do receptor se 
espalha. Quando a pressão é aliviada, os eventos ocorrem de maneira inversa; a terminação despolariza 
novamente e pode disparar outro potencial de ação.	
Canais iônicos mecanossensíveis: Os mecanorreceptores da pele possuem terminações sensoriais não 
mielinizadas, e as membranas dessas terminações têm canais iônicos mecanossensíveis que convertem a 
força mecânica em uma mudança na corrente iônica. As forças aplicadas a esses canais alteram a 
abertura do canal iônico. A força pode ser aplicada a um canal por meio da própria membrana quando esta 
sofre estiramento ou deformação, ou pode ser aplicada por conexões entre os canais e proteínas 
extracelualres ou componentes do citoesqueleto intracelular. Os estimulos mecânicos podem, ainda, 
disparar a liberação de segundos mensageiros que, por sua vez, regulam os canais iônicos. Vários tipos 
de canais iônicos estão envolvidos na mecanossensação, porém os tipos específicos de canais na maioria 
dos receptores somatossensoriais ainda são desconhecidos.	
Paladar 
Desde cedo aprendemos a perceber a experiência sensorial proveniente da ingestão de substâncias pela 
boca. Os recém-nascidos sugam avidamente o leite matemo, mas respondem com uma careta ao contato 
com uma gota de remédio. Trata-se da modalidade sensorial da gustação ou paladar: a percepção das 
moléculas que se dissolvem na saliva, entrando em contato com o sistema gustatório. Chamamos sabores 
às diferentes qualidades dessa modalidade, e sabemos que cada sabor se relaciona com algo que se 
dissolveu na boca. Do mesmo modo que no caso da olfação, buscou-se encontrar desde o início alguns 
poucos sabores básicos, cuja combinação resultaria na síntese de todos os sabores que somos capazes 
de sentir. Inicialmente foi possível determinar quatro: salgado, doce, azedo e amargo. Mais recentemente 
um novo sabor básico foi identificado e adicionou-se a esses, sendo chamado temperado.	
. O reconhecimento do sabor salgado de alguns sais é importante para manter o equilíbrio eletrolítico. A 
detecção do sabor doce e do sabor temperado permite o reconhecimento de muitos açúcares e algtms 
aminoácidos, tão necessários para o fornecimento de energia ao organismo, e sua aceitação para a 
deglutição. O sabor azedo é o sabor dos ácidos, inclusive os aminoácidos essenciais que nosso 
organismo utiliza para a síntese proteica. E, finalmente, o sabor amargo representa um sinal de possível 
toxicidade, sendo muitas vezes rejeitado por mecanismos reflexos. Masnão sabemos até que ponto esses 
sabores têm uma determinação biológica ou são o resultado de um aprendizado de natureza cultural. A 
expressão dessa incerteza é que alguns povos percebem gostos "básicos" que outros não reconhecem 
como tal. Quem dentre nós poderia lembrar facilmente do gosto do glutamato monossódico, que os 
japoneses sentem e chamam de umami e os ocidentais traduzem como "delicioso" ou "temperado"? 
Também é a cultura que nos ensina a gostar de alguns sabores amargos, como o das bebidas alcoólicas. 
E, além disso, há muitos sabores que não podemos classificar em nenhum desses tipos, como os picantes 
(da pimenta, do gengibre), os metálicos, os adstringentes e tantos outros. 	
0 ÓRGÃO E OS RECEPTORES DA GUSTAÇÃO 
 Considera-se que o órgão receptor da gustação é a língua, porque é nela que se encontra a maior parte 
dos quimiorreceptores gustatórios. Entretanto, existem receptores também na mucosa oral, na faringe, na 
laringe e até mesmo nas porções superiores do esôfago. É mais apropriado, desse modo, considerar toda 
a cavidade orofaríngea, incluindo a língua, como o órgão gustatório . Os quimiorreceptores não estão 
distribuídos por toda a mucosa uniformemente, como é o caso da olfação. Estão reunidos em grupos de 
50 a 150, formando esférulas com a forma de alhos, chamadas botões gustatórios , com uma das 
extremidades formando uma espécie de poro, ou depressão, na superficie. Temos cerca de cinco mil 
botões gustatórios, três quartos dos quais na língua. Nela os botões estão situados em indentações da 
mucosa que se chamam papilas gustatórias. Podemos ver as nossas próprias papilas no espelho, mas os 
botões só podem ser visualizados ao microscópio. Ao espelho, poderemos perceber diferenças 
morfológicas entre as papilas. As que ficam na metade anterior da língua se parecem com pequenos 
cogumelos, e são por isso chamadas fungiformes. As que se localizam nos lados são alongadas, e por 
isso se denominam papilas foliadas. Finalmente, podemos ver no fundo da língua uma fileira de grandes 
papilas que parecem mamilos, chamadas circunvaladas. Essas diferenças não são simples variações 
anatômicas, mas têm um significado funcional que se verá adiante. Através do microscópio podemos 
identificar dois tipos celulares nos botões gustatórios: os quimiorreceptores e as células basais, estas 
provavelmente precursoras dos primeiros , encarregadas da sua reposição à medida que eles vão 
degenerando e .morrendo a cada 2 semanas. Além disso, vemos terminais aferentes que vêm de 
neurônios situados à distância. Os quimiorreceptores gustatórios são células epiteliais, e não neurônios - 
nisso a gustação difere da oIfação. 
Visão 
é um sentido notável – permite-nos apreciar objetos tão minúsculos e próximos como um mosquito 
pousado na ponta de nosso nariz, ou tão colossais e distantes quanto uma galáxia distante centenas de 
milhares de anos-luz. A sensibilidade à luz capacita os animais, entre eles os seres humanos, a detectar 
presas, predadores e parceiros do sexo oposto. Devido à luz que atinge nossas retinas após ser 
refletida pelos objetos ao nosso redor, nós, de certo modo, identificamos o mundo complexo que 
nos cerca. Embora esse processo pareça ser realizado sem grande esforço, ele é, na verdade, 
extremamente complexo. 	
A luz consiste em energia eletromagnética emitida na forma de ondas. Vivemos em um turbulento mar de 
radiação eletromagnética. As ondas colidem com os objetos, são absorvidas, espalhadas, refletidas e 
desviadas. Devido à natureza das ondas eletromagnéticas e às suas interações com o ambiente, o 
sistema visual consegue extrair informação acerca do mundo. É uma tarefa imensa e requer muita 
maquinaria neural. Todavia, a progressiva especialização da visão ao longo da evolução dos vertebrados 
trouxe vantagens surpreendentes. Essa especialização permitiu o surgimento de novas formas de 
comunicação, originou mecanismos encefálicos capazes de prever trajetórias de objetos e eventos 
no tempo e no espaço, facultou novas formas de produção de imagens mentais e abstrações e 
culminou com a criação do mundo da arte. A importância da visão pode ser exemplificada pelo fato de 
que mais de um terço do córtex cerebral humano está comprometido com a análise do mundo visual.	
O sistema visual dos mamíferos começa pelo olho. No fundo deste órgão, encontra-se a retina, a qual 
contém fotorreceptores especializados na conversão de energia luminosa em atividade neural. A cavidade 
do olho atua como uma câmera fotográfica, projetando imagens nítidas do mundo sobre a retina. Como 
uma câmera, o olho ajusta-se automaticamente às diferenças de iluminação e focaliza automaticamente 
objetos de interesse. O olho também pode rastrear objetos de interesse (por movimentos oculares) e 
manter limpas as suas superfícies transparentes (por meio das lágrimas e do piscar dos olhos). Embora 
muitas das funções do olho se assemelhem às de uma câmera, a retina é capaz de fazer muito mais do 
que simplesmente registrar passivamente os níveis de luz no espaço observado, a retina é efetivamente 
uma porção do encéfalo. (Pense nisso na próxima vez em que estiver olhando alguém nos olhos.) Em um 
certo sentido, cada olho tem duas retinas superpostas, uma especializada em baixos níveis de iluminação, 
como o que experimentamos do crepúsculo até o alvorecer do dia, e outra especializada em altos níveis 
de iluminação e na detecção da cor, geralmente utilizada durante o dia. Independentemente da hora do 
dia, contudo, o sinal de saída da retina não é uma representação fiel da intensidade da luz que sobre ela 
incide. A retina é, sobretudo, especializada na detecção de diferenças na intensidade da luz que cai 
sobre diferentes porções dela. O processamento de imagens começa na retina muito antes de qualquer 
informação visual alcançar o resto do encéfalo.	
 	
Explanar	a	fisiologia	do	sistema	auditivo	e	visual,	enfatizando	seus	respectivos	nervos	cranianos;	(	chegamos	na	
parte	Hard,	respirem	amigos!!!)	
Fisiologia	da	visão	
é um sentido notável – permite-nos apreciar objetos tão minúsculos e próximos como um mosquito 
pousado na ponta de nosso nariz, ou tão colossais e distantes quanto uma galáxia distante centenas de 
milhares de anos-luz. A sensibilidade à luz capacita os animais, entre eles os seres humanos, a detectar 
presas, predadores e parceiros do sexo oposto. Devido à luz que atinge nossas retinas após ser 
refletida pelos objetos ao nosso redor, nós, de certo modo, identificamos o mundo complexo que 
nos cerca. Embora esse processo pareça ser realizado sem grande esforço, ele é, na verdade, 
extremamente complexo.( a introdução é a mesma do objetivo anterior sim!! Pq não soube diferenciar 
muito bem e é isto)	
 
 
 
 
 
Estrutura do Olho 
O olho é um órgão especializado para detecção, localização 
e análise da luz.O aparelho sensorial da visão consta de três 
partes: Parte periférica (receptor externo), representada 
pelo globo ocular e anexos; 
parte intermediária, ou transmissora, o nervo óptico, 
segundo par craniano; 
Parte central (receptor interno), no córtex do cérebro, região 
occipital. A pupila é a abertura que permite que a luz entre 
no olho e alcance a retina; ela parece escura devido aos 
pigmentos que absorvem luz presentes na retina. 
A pupila está envolta pela íris, cuja pigmentação origina 
aquilo que chamamos de a cor dos olhos., a córnea. A 
córnea está em continuidade com a esclera, o “branco dos 
olhos”, que constitui a resistente parede do globo ocular. O 
globo ocular situa-se em um compartimento ósseo do crânio, 
também chamado de órbita ocular. Inseridos na esclera 
estão três pares de músculos, os músculos extraoculares, os 
quais movimentam o globo oculardentro das órbitas. Esses 
músculos normalmente não são visíveis, pois localizam-se 
atrás da conjuntiva, uma membrana que se dobra para trás 
desde a parte interna das pálpebras, aderindo-se à esclera. 
O nervo óptico, reunindo os axônios da retina, emerge do 
olho em sua parte posterior, atravessa a órbita e alcança a 
base do encéfalo, próxima à glândula hipófise. 
A cor da íris não é uniforme: apresentam-se nela dois círculos, o externo em regra mais escuro que o 
interno, e, entre os dois, uma zona clara, intermediária. Reconhecem-se quatro colorações principais na 
íris: o castanho, o verde, o azul e o cinzento, tendo, cada uma, diversos matizes, desde o muito escuro até 
o muito claro. 
A FORMAÇÃO DA IMAGEM PELO OLHO 
O olho coleta raios de luz emitidos ou refletidos por objetos no ambiente e os focaliza sobre a retina, 
formando imagens. A focalização dos objetos é produto da combinação dos poderes de refração da 
córnea e do cristalino. Pode ser surpreendente saber que é a córnea, e não o cristalino, a lente 
responsável pela maior parte do poder de refração de seus olhos. A razão disso é que a luz atinge o olho 
ao se propagar pelo ar, e a córnea é predominantemente constituída por água. A refração ocorre, em boa 
parte, porque a luz viaja significativamente mais devagar na água do que no ar. Em comparação, menos 
refração 
 Refração pela Córnea 
 Considere a luz emitida por uma fonte distante, digamos, uma estrela brilhante à noite. Esse astro emite 
luz em todas as direções, mas, devido à grande distância, os raios de luz que alcançam os nossos olhos 
aqui na Terra são praticamente paralelos. Esses raios paralelos atingem a nossa córnea de um lado a 
outro. Apesar disso, vemos a estrela como um ponto de luz, e não uma mancha clara, preenchendo nosso 
campo visual, uma vez que o olho utiliza a refração para focalizar a luz da estrela que chega à córnea, 
curvando os seus raios para que convirjam sobre um único ponto na retina. Lembre-se que, à medida que 
a luz atravessa para um meio onde sua velocidade é menor, ela curvará a sua direção perpendicularmente 
à superfície que separa os meios. Isso é precisamente o que ocorre quando a luz incide sobre a córnea e 
passa do ar para o humor aquoso. os raios de luz que cruzam pelo centro do eixo óptico do olho 
perpendicular à superfície da córnea chegam diretamente na retina sem mudar de direção, mas os raios 
de luz que incidem sobre a superfície curvada da córnea em outros ângulos, que não perpendiculares, 
mudam de direção, de modo a convergir na parte posterior do olho. A distância da superfície refratora até 
o ponto onde os raios de luz paralelos convergem é chamada de distância focal. Essa distância depende 
da curvatura da córnea: quanto menor seu raio de curvatura, menor a distância focal. A córnea tem um 
poder refrator de cerca de 42 dioptrias, o que significa que raios de luz paralelos que atingem a superfície 
da córnea se focalizarão a 0,024 m (ou 2,4 cm) atrás dela, aproximadamente a distância que separa a 
córnea da retina. Para perceber o grande poder de refração produzido pela córnea, convém observar que 
muitas lentes prescritas de óculos têm um poder de apenas umas poucas dioptrias. Lembre-se que o 
poder de refração depende da diminuição da velocidade da luz na interface ar-córnea. Se substituíssemos 
o ar por um meio que seja atravessado pela luz com aproximadamente a mesma velocidade que ela 
atravessaria o olho, o poder de refração da córnea seria eliminado. É por essa razão que as coisas 
parecem borradas quando abrimos os olhos sob a água: a interface água-córnea é incapaz de produzir a 
focalização de uma imagem. Uma máscara de mergulho reconstitui a interface ar-córnea e, 
consequentemente, restaura o poder de refração do olho. Acomodação pelo Cristalino Embora a córnea 
realize a maior parte da refração do olho, o cristalino contribui com cerca de uma dúzia de dioptrias 
adicionais para a formação de uma imagem nítida de um ponto distante. Entretanto, o mais 
importante é que o cristalino está envolvido na formação de imagens nítidas daqueles objetos mais 
próximos, situados a uma distância menor que 9 m em relação ao olho. Mais precisamente, esses raios 
divergem a partir de uma fonte de luz ou de um ponto sobre um objeto, e um maior poder de refração será 
necessário para focalizá- -los na retina. Este poder adicional de focalização é fornecido pela mudança na 
curvatura do cristalino, um processo chamado de acomodação . Lembre-se que os músculos ciliares 
formam um anel ao redor do cristalino. Durante a acomodação, os músculos ciliares contraem-se e 
aumentam de volume, reduzindo a área dentro do anel menor (i.e., o orifício dentro da rosquinha em nossa 
analogia), e, assim, diminuindo a tensão nos ligamentos suspensores. Consequentemente, o cristalino, 
devido à sua elasticidade natural, torna-se mais arredondado. Esse arredondamento aumenta a curvatura 
da superfície do cristalino, aumentando, dessa forma, seu poder de refração. Por sua vez, o relaxamento 
dos músculos ciliares aumenta a tensão nos ligamentos suspensores, o que produz a distensão do 
cristalino, que assume uma forma mais achatada. A capacidade de acomodação do cristalino é alterada 
com a idade. Uma criança pequena pode focalizar objetos próximos ao seu nariz, ao passo que muitos 
adultos de meia-idade não conseguem focalizar objetos a uma distância menor que o comprimento de um 
braço. Felizmente, lentes artificiais podem compensar esse e outros defeitos da óptica do olho 
O sinal neural será transmitido para o córtex visual pelas as vias visuais e esse processamento é 
feito nos seguintes passos: 
 A começar pelo nervo óptico, é frequentemente chamada de projeção retinofugal (uma projeção que parte 
da retina) 
 Os componentes dessa projeção retinofugal são, na ordem do percurso, o nervo óptico, o quiasma óptico 
e o tracto óptico. Os nervos ópticos deixam tanto o olho direito quanto o esquerdo, a partir da papila do 
nervo óptico, viajam através do tecido gorduroso por trás dos olhos em suas cavidades ósseas, chamadas 
de órbitas, e passam através de orifícios ou forames na base do crânio. 
Os nervos ópticos de ambos os olhos se combinam para formar o quiasma óptico, que se localiza na base 
do encéfalo, imediatamente à frente de onde se posiciona a glândula hipófise. 
 No quiasma óptico, os axônios que se originam nas porções nasais das retinas cruzam de um lado para o 
outro. O cruzamento de um feixe de fibras de um lado do cérebro para o outro é chamado de decussação. 
Uma vez que apenas os axônios originados nas retinas nasais cruzam, dizemos que uma decussação 
parcial da projeção retinofugal ocorre no quiasma óptico. Após a decussação parcial no quiasma óptico, os 
axônios das projeções retinofugais formam os tractos ópticos, que cursam logo abaixo da pia-máter, ao 
longo das superfícies laterais do diencéfalo. Essa decussação parcial é responsável pela visão binocular. 
Um pequeno número de axônios do tracto óptico separam-se do conjunto para estabelecer conexões 
sinápticas com células no hipotálamo, e cerca de 10% do restante continuam após atravessarem o tálamo, 
indo inervar o mesencéfalo (colículo superior). A maior parte deles, contudo, inerva o núcleo geniculado 
lateral (NGL) do tálamo dorsal. Os neurônios do NGL originam axônios que se projetam para o córtex 
visual primário. Essa projeção do NGL para o córtex é chamada de radiação óptica. Lesões em qualquer 
parte da projeção retinofugal, do olho ao NGL e ao córtex visual em seres humanos, causam cegueira em 
parte ou em todo o campo visual. Dessa forma, sabemos que essa via medeia a percepção visual 
consciente 
 A estação terminal das vias visuais se dá na superfície medial do lobo occipital, na área estriada (ou 17 de 
Brodmann) e na paraestriada (ou 18). A representação campimétricavisual é muito bem definida, e a da 
área macular desproporcionalmente grande, relativamente ao resto da retina A projeção que se inicia na 
retina e se estende ao NGL e à V1 ilustra uma característica organizacional geral do sistema visual central, 
chamada de retinotopia. A retinotopia é uma organização na qual células vizinhas na retina fornecem 
informação a locais também vizinhos em suas estruturas-alvo – nesse caso, o NGL e o córtex estriado. 
Desse modo, a superfície bidimensional da retina é mapeada sobre as superfícies bidimensionais das 
estruturas subsequentes. Há três pontos importantes para lembrarmos acerca da retinotopia. Primeiro, o 
mapeamento do campo visual em uma estrutura organizada de forma retinotópica é frequentemente 
distorcido, uma vez que o espaço visual não é amostrado uniformemente pelas células na retina. Lembre-
se, que há uma quantidade muito maior de células ganglionares com campos recep- tivos na (ou próximas 
à) fóvea do que na periferia. De modo correspondente, a representação do campo visual no córtex 
estriado é distorcida: há uma super- -representação da região central do campo visual abrangendo poucos 
graus, ou seja, esta região está magnificada, no mapa retinotópico. Em outras palavras, há muito mais 
neurônios no córtex estriado recebendo aferências da retina central do que neurônios recebendo sinais da 
retina periférica. 
O segundo ponto a ser lembrado é que um ponto delimitado de luz pode ativar muitas células na retina e, 
frequentemente, muito mais células na estrutura-alvo, devido à sobreposição dos campos receptivos. A 
imagem de um ponto de luz na retina ativa, de fato, uma grande população de neurônios corticais; cada 
neurônio que contém aquele ponto em seu campo receptivo será potencialmente ativado. Assim, quando a 
retina for estimulada por um ponto de luz, a atividade no córtex estriado apresentará uma ampla 
distribuição, com um pico na localização retinotópica correspondente. 
Estrutura do fotorreceptor 
Cada fotorreceptor apresenta quatro regiões: um segmento externo, um segmento interno, um corpo 
celular e um terminal sináptico. O segmento externo contém uma pilha de discos membranosos. 
Fotopigmentos sensíveis à luz, localizados nas membranas desses discos, absorvem luz, determinando, 
dessa forma, alterações no potencial de membrana do fotorreceptor (como será discutido a seguir). 
Existem dois tipos de fotorreceptores encontrados na retina, os quais são facilmente distinguíveis pelo 
formato de seus segmentos externos. 
° Os fotorreceptores do tipo bastonete ;apresentam um segmento externo longo e cilíndrico, contendo 
muitos discos. 
 ° Os fotorreceptores do tipo cone; apresentam um segmento externo mais curto e que gradualmente 
diminui de espessura, contendo um menor número de discos membranosos. O maior número de discos e 
a maior concentração de fotopigmentos nos bastonetes os tornam mais de mil vezes mais sensíveis à luz 
que os cones. Estima-se que haja cerca de 5 milhões de cones e 92 milhões de bastonetes em cada retina 
humana. No daltonismo, pode não ocorrer a formação normal de um ou mais de um desses tipos de 
cones, com a conseqüente deficiência dos respectivos pigmentos. Nos cones e bastonetes da retina 
existe um pigmento fotossensível, a rodopsina, formado de uma proteína (opsina) associada a um 
pigmento carotenóide chamado retinal (vitamina A). No escuro esse pigmento carotenóide está na forma 
11-cis-retinal. A ação da luz muda a forma do 11-cis-retinal para todo-trans-retinal. Essa ativação da 
rodopsina ativa a transducina, proteína G encontrada na retina. A transducina liga-se ao GTP, e isto por 
sua vez ativa a fosfodiesterase que catalisa a conversão do GMPcíclico (GMPc) para 5-GMP. O GMPc no 
citoplasma dos bastonetes mantém os canais de Na+ na posição aberta, e sua redução leva ao 
fechamento dos canais e à hiperpolarização. Esta reação em cascata amplifica o sinal da luz e ajuda a 
explicar a grande sensibilidade dos bastonetes tornando-os capazes de produzir uma resposta detectável 
até para um único fóton de luz. A avitaminose "A" provoca a hemeralopia ou cegueira noturna, pois está 
intimamente ligada à produção de rodopsina. As grandes diferenças estruturais e de sensibilidade entre 
bastonetes e cones levaram os investigadores a considerar que os seres humanos teriam uma retina 
duplex: essencialmente, haveria dois sistemas complementares em um olho. Alguns animais têm apenas 
bastonetes ou apenas cones e, assim, não têm uma retina duplex. As diferenças estruturais entre cones e 
bastonetes estão relacionadas a importantes diferenças funcionais. 
 PSIUUUU!!! Por exemplo, em um ambiente com iluminação noturna, isto é, em condições escotópicas, 
apenas os bastonetes contribuem para a visão. 
Isso se deve ao fato de que há mais bastonetes na retina periférica (e nenhum na fóvea central) e mais 
bastonetes se projetam para uma única célula bipolar ou ganglionar na retina periférica. 
 Durante a noite, a iluminação nos postes e os sinais neon podem emitir luz o suficiente para ativar os 
cones. Esse fato é a base para os diferentes pontos de vista acerca de como devem ser as luzes 
indicadoras nos painéis dos automóveis. Um ponto de vista é que as luzes devem ser verdeazuladas e 
fracas, para aproveitar a sensibilidade espectral dos bastonetes. Um ponto de vista alternativo é que as 
luzes devem ser de um vermelho brilhante, pois este comprimento de onda afeta principalmente os cones, 
deixando os bastonetes não saturados e, assim, resultando em uma melhor visão noturna. 
° Por outro lado, em ambientes com iluminação diurna, isto é, em condições fotópicas, os cones é que 
realizam a maior parte do trabalho. 
° Em níveis intermediários de iluminação (iluminação de ambientes internos ou a iluminação do trânsito à 
noite), ou condições mesópicas, tanto os bastonetes quanto os cones são responsáveis pela visão. 
 Todos bastonetes contêm o mesmo fotopigmento, mas há três tipos de cones, cada qual com um 
pigmento diferente. Essas variações entre os pigmentos fazem os diferentes cones serem sensíveis a 
diferentes comprimentos de onda da luz. Por isso, apenas os cones, e não os bastonetes, são 
responsáveis pela nossa capacidade de ver cores. 
O movimento de cargas positivas através da membrana, que ocorre na ausência de luz, é chamado de 
corrente do escuro (dark current). Os canais de sódio têm a sua abertura estimulada – são ativados – por 
um segundo mensageiro intracelular, chamado de monofosfato de guanosina cíclico, ou GMPc. O GMPc é 
produzido no fotorreceptor pela enzima guanilato-ciclase, mantendo os canais de Na+ abertos. A luz reduz 
a quantidade de GMPc, o que determina o fechamento dos canais de Na+, e o potencial 
 
A resposta hiperpolarizante à luz é iniciada pela absorção da radiação eletromagnética pelo fotopigmento 
localizado nas membranas dos discos empilhados no segmento externo dos bastonetes. Nos bastonetes, 
esse pigmento é denominado rodopsina.* A rodopsina pode ser imaginada como uma proteína receptora 
que possui um agonista previamente ligado. A proteína receptora é denominada opsina e apresenta sete 
segmentos de alfa-hélice transmembrana, típicos dos receptores acoplados à proteína G que ocorrem em 
todo o organismo. O agonista previamente ligado é denominado retinal e é um derivado da vitamina A. A 
absorção de luz determina uma alteração na conformação do retinal, de modo que a opsina é ativada . 
Esse processo é um tipo de desbotamento (bleach), uma vez que altera a capacidade de absorção de luz 
da rodopsina, que passa a absorver diferentes comprimentos de onda (o fotopigmento literalmente muda 
da cor púrpura para a amarela). O desbotamento da rodopsina estimula uma proteína G, denominada 
transducina, presente na membrana do disco, e esta, por sua vez, ativa a enzima efetora fosfodiesterase 
(PDE). A PDE hidroliza o GMPc normalmente presente no citoplasma dos bastonetes (no escuro). A 
redução nas concentrações de GMPc determina o fechamento doscanais de Na+ e a hiperpolarização da 
membrana. Uma consequência funcional bastante interessante da utilização de uma cascata bioquímica 
para a transdução é a amplificação do sinal. Muitas moléculas de proteína G são ativadas para cada 
molécula de fotopigmento, e cada enzima PDE ativada hidroliza mais de uma molécula de GMPc. Essa 
amplificação confere ao nosso sistema visual uma incrível sensibilidade a pequenas quantidades de luz. 
Os bastonetes são mais sensíveis à luz que os cones, pois contêm mais discos em seus segmentos 
externos e, portanto, mais fotopigmentos, além de amplificarem mais a resposta à luz do que os cones. O 
resultado combinado é que os bastonetes têm a incrível capacidade de produzir uma resposta mensurável 
à detecção de até mesmo fótons individuais, as unidades elementares da energia luminosa. Para resumir, 
estes são os passos na transdução da luz pelos bastonetes: 
1. A luz ativa a rodopsina (desbotamento). 
2. A proteína G transducina é estimulada. 
3. A enzima efetora fosfodiesterase (PDE) é ativada. 
 4. A atividade da PDE reduz os níveis de GMPc. 
 5. Os canais de Na+ fecham e a membrana da célula hiperpolariza 
Fisiologia do Sistema auditivo 
A audição é a capacidade de perceber vibrações transmitidas pelo ar, traduzindo as ondas sonoras em 
impulsos nervosos. Tendo papel fundamental na evolução,juntamente com a visão, permitindo aos animais 
perceber sons no ambiente ao seu redor auxiliando tanto na caça quanto na fuga. Além disso, é 
fundamental para o desenvolvimento da vocalização e da comunicação dos seres humanos.	
Estrutura do sistema auditivo 
O aparelho auditivo, a grosso modo, é composto por três 
regiões: orelha externa, orelha média e orelha interna. De 
um modo geral, todas estas estruturas trabalham no intuito 
de amplificar o som até ele ser transformado em energia 
nervosa para alcançar o sistema nervoso central. 
A primeira parte, A orelha externa inicia-se no pavilhão 
auditivo, que é uma cartilagem coberta por pele semelhante 
a um funil aumentando a captação das vibrações do ar, suas 
circunvoluções auxiliam na localização dos sons e estende-
se até a membrana Timpânica. 
A segunda parte, a orelha média, corresponde a uma 
pequena cavidade no osso temporal, se estendendo 
desde a membrana timpânica até o chamado 
promontório (eminência marcada pela espira basal da 
cóclea). É formada por uma pequena câmara cheia de ar na porção petrosa do osso temporal denominada 
de cavidade do tímpano. Essa cavidade comunica-se com a nasofaringe por um canal osteocartilaginoso 
chamado tuba auditiva. Em resumo, estão contidos nesta região: martelo, bigorna, estribo, células da 
mastoide, músculo estapédio, músculo do martelo, tuba auditiva, etc. 
E é terceira parte o ouvido interno, embora considerado como parte do ouvido, nem todo o ouvido interno 
está relacionado com a audição. O ouvido interno é constituído pela cóclea, que é parte do sistema 
auditivo, e pelo labirinto, que não faz parte desse sistema. O labirinto é uma parte importante do sistema 
vestibular, o qual auxilia a manter o equilíbrio corporal. 
CODIFICAÇÃO DA INTENSIDADE E DA FREQUÊNCIA DO SOM 
Intensidade do estímulo A informação sobre a intensidade do som é codificada de duas maneiras inter-
relacionadas: pela frequência de disparos dos neurônios e pelo número de neurônios ativos. À medida 
que o estímulo se torna mais intenso, a membrana basilar vibra com maior amplitude, causando 
uma maior despolarização ou hiperpolarização do potencial de membrana das células ciliadas ativadas. 
Isso faz os axônios, com os quais as células ciliadas estabelecem sinapses, dispararem potenciais de 
ação com frequências maiores. Além disso, estímulos mais intensos produzem movimentos da membrana 
basilar que se propagam a distâncias maiores, os quais levam à ativação de mais células ciliadas. Esse 
aumento no número de células ciliadas ativadas causa uma ampliação da faixa de	frequência	para	a	qual	
uma	única	fibra	do	nervo	vestibulococlear	responde.	O	volume	do	som	que	percebemos	está	correlacionado	ao	
número	de	neurônios	ativos	do	nervo	vestibulococlear	(e	ao	longo	de	toda	a	via	auditiva)	e	com	as	suas	frequências	
de	disparo	de	potenciais	de	ação.	 
Frequência do estímulo, tonotopia e sincronia de fase 
Tonotopia: A sensibilidade à frequência é principalmente consequência da mecânica da membrana basilar, 
uma vez que o som de diferentes frequências deforma ao máximo diferentes porções da membrana. A 
frequência que produz uma deformação máxima da membrana basilar diminui progressivamente, ao longo 
de sua extensão, no sentido da base ao ápice da cóclea. Esse é um exemplo de tonotopia. Existe uma 
representação tonotópica correspondente no nervo auditivo; os axônios do nervo auditivo conectados às 
células ciliadas próximas à membrana basilar apical têm frequências características mais baixas, ao passo 
que aqueles conectados às células ciliadas próximas à membrana basilar basal têm frequências 
características altas. Os axônios auditivos do nervo vestibulococlear fazem sinapse nos núcleos cocleares 
conforme um padrão organizado, baseado nas frequências características. Os neurônios vizinhos 
possuem frequências características similares, e existe uma relação sistemática entre a posição no núcleo 
coclear e a frequência característica. Em outras palavras, existe um mapa da membrana basilar dentro dos 
núcleos cocleares. Devido ao fato de a tonotopia ocorrer por todo o sistema auditivo, a localização dos 
neurônios ativos nos núcleos da via auditiva é uma indicação da frequência sonora. Existem duas razões, 
contudo, para que a frequência seja codificada de alguma outra maneira além do local de ativação máxima 
nos mapas tonotópicos. Uma razão é que esses mapas não contêm neurônios com frequências 
características muito baixas, com valores inferiores a cerca de 200 Hz. Consequentemente, o local de 
ativação máxima pode ser o mesmo para um tom de 50 Hz como para um de 200 Hz, de forma que deve 
haver alguma outra maneira de os distinguir. A segunda razão para que algum outro fator além da 
tonotopia seja necessário é que a região da membrana basilar que é maximamente deslocada por um som 
depende de sua intensidade além de sua frequência. Para uma frequência determinada, um som mais 
intenso produzirá uma deformação máxima em uma posição mais adiante na membrana basilar do que um 
som menos intenso. 
 Sincronia da fase: O momento exato do disparo neural fornece um tipo adicional de informação sobre a 
frequência sonora que complementa a informação derivada dos mapas tonotópicos. Registros obtidos de 
neurônios no nervo auditivo mostram sincronia de fase, isto é, o disparo consistente de uma célula na 
mesma fase de uma onda sonora. 
 Mecanismo para localização do som 
Existem mecanismos diferentes para sons em cada plano, vertical e horizontal, essa capacidade é 
fundamental para a sobrevivência tanto para identificação de presas quanto para percepção de 
predadores ou perigos próximos. No plano vertical as circunvoluções do pavilhão auditivo auxiliam na 
identificação da altura da fonte de emissão sonora através da comparação do ângulo de entrada das 
ondas refletidas pelas circunvoluções do pavilhão auditivo com as ondas que são captadas sem serem 
Refletidas. No plano horizontal existem dois mecanismos que servem para a localização de fontes 
sonoras, para sons de baixa frequência observa-se o retardo temporal interauricular, que consiste em 
observar o tempo que o som leva para alcançar as duas orelhas, de modo geral entre 0 e 0,6 ms pois na 
incidência frontal não há atraso entre as captações de cada lado e na incidência perpendicular de um dos 
lados o som leva seu tempo máximo para alcançar o outro lado. Mas essa estratégia funciona apenas para 
sons com frequênciasde até 2000 Hz, para sons de alta frequência (de 2000 até 20000 
Hz), que apresentam a repetição de vários ciclos na distância de uma orelha a outra utiliza-se o 
mecanismo da diferença de intensidade interauricular, que se baseia na “sombra sonora” causada pela 
cabeça e dessa forma fazendo com que as ondas cheguem um pouco mais fracas na orelha do lado 
oposto à fonte de emissão sonora. 
CÓRTEX AUDITIVO 
Os axônios que deixam o NGM se projetam ao córtex auditivo através da cápsula interna em um arranjo 
denominado radiação acústica. O córtex auditivo primário(A1) corresponde à área 41 de Brodmann no 
lobo temporal. Na representação tonotópica de A1, as baixas frequências estão representadas rostral e 
lateral- mente, ao passo que as altas frequências estão representadas caudal e medialmente. Existem 
bandas de isofrequência que se distribuem no sentido mediolateral ao longo de A1. Em outras palavras, os 
neurônios dispostos em bandas que se estendem por A1 possuem frequências características muito 
similares. No sistema visual, é possível descrever um grande números de neurônios corticais que 
possuem alguma variação no campo receptivo geral, o qual é simples ou complexo. Até agora, não tem 
sido possível classificar os diversos campos receptivos auditivos em um número similarmente pequeno de 
categorias. Assim como nas etapas iniciais. 
da via auditiva, os neurônios corticais possuem diferentes padrões temporais de resposta; alguns têm uma 
resposta transitória a um som breve, ao passo que outros têm uma resposta mais demorada. Além da 
sintonia de frequência que ocorre na maioria das células, alguns neurônios estão sintonizados para a 
intensidade, fornecendo uma resposta máxima a uma determinada intensidade de som. Mesmo dentro de 
uma coluna vertical perpendicular à superfície cortical pode haver considerável diversidade nos graus de 
sintonia à frequência sonora. Alguns neurônios estão sintonizados de forma precisa para a frequência, e 
outros estão apenas sintonizados de maneira geral; o grau de sintonia não parece se correlacionar bem 
com as camadas corticais. Outros sons que produzem respostas nos neurônios corticais incluem os 
estalidos, as rajadas de ruídos, os sons de frequência modulada e as vocalizações. 
 °Efeitos de lesões e ablações do córtex auditivo A ablação bilateral do córtex auditivo resulta em surdez. 
Mesmo após lesões unilaterais do córtex auditivo, mantém-se um nível surpreendente de função auditiva 
normal. 
Sistema Vestibular 
 Associado às estruturas que permitem a audição, todos os vertebrados contam também com o sistema 
vestibular, com o qual podem perceber fenômenos de aceleração e postura corporal. Raramente 
mencionado, esse sistema deve ser considerado um sexto sentido dos organismos, tendo íntima relação 
com o sistema motor, permitindo correções posturais reflexas a estimulações bruscas e estabilização do 
olho durante a movimentação corporal. O sistema é composto na maioria dos vertebrados por três canais 
semicirculares para percepção de acelerações angulares (rotações) e os otólitos (sáculo e utrículo), para 
acelerações lineares. A presença de três canais semicirculares surge nos gnastomados, pela adição do 
canal horizontal, ausente nos agnatas. Os canais são completamente preenchidos por líquido e contém 
uma dilatação (ampola) com células ciliadas semelhantes àquelas do Sistema Auditivo associadas a uma 
estrutura gelatinosa (cúpula). Os movimentos de rotação do organismo causam o deslocamento do líquido 
em relação ao canal, resultando em movimentação da cúpula e despolarização e hiperpolarização das 
células ciliadas, como na cóclea. A maioria das projeções do nervo vestibular vai para um núcleo 
homônimo na medula, que posteriormente projetam-se ao tálamo e, então, ao córtex somestésico. A 
ativação cortical gerada pelas informações do sistema vestibular possivelmente são utilizadas para gerar 
uma medida subjetiva de postura corporal e do mundo externo. Outras projeções seguem diretamente 
para o cerebelo. Interessantemente, algumas projeções vão para os núcleos dos nervos cranianos que 
controlam o movimento ocular (nervos cranianos III, IV e VI). Essas projeções permitem o reflexo 
vestíbulo-ocular que corrige o movimento dos olhos enquanto andamos ou simplesmente movimentamos a 
cabeça, permitindo a formação de imagens estáveis na retina. Pessoas com lesão no nervo vestibular têm 
sérias dificuldades em enxergar enquanto se deslocam. 
 
 
Explicar as consequências biopsicossocias relacionadas as alterações auditivas e visuais. 
Alteracões nos idosos 
Segundo Papalia (2006), “o início da senescência, é um período marcado por evidentes declínios no 
funcionamento corporal” . No processo natural de envelhecimento, a visão, a partir dos 60 anos, passa a 
apresentar sinais de deterioração. Para Rocha (2005), com a idade, os olhos mudam. A córnea vai 
perdendo, progressivamente, a transparência, e o cristalino, uma lente intra-ocular, que é normalmente 
transparente na infância, vai amarelecendo. A deterioração da visão acarreta, ainda: presbiopia – 
capacidade de acomodação “longe-perto” mais lenta, diminuição da acuidade visual, particularmente, à 
noite. Essas alterações fazem com que uma pessoa com 60 anos necessite de quatro vezes mais 
luminosidade que aos 20 anos para enxergar melhor, sensibilidade maior ao ofuscamento e as possíveis 
etiologias vão desde catarata, glaucoma e degeneração macular relacionada à idade. De uma maneira 
geral, o envelhecimento desse órgão afeta a qualidade de vida do idoso, conforme a afirmativa de Papalia 
(2006), “vários aspectos da função visual do idoso sofrem alterações com o passar dos anos” . No que se 
refere à acuidade auditiva, o autor considera que “a perda auditiva pode contribuir para a percepção de 
que as pessoas de idade são distraídas e irritáveis” . Há evidências de que o ouvido, à medida que 
envelhece, vai perdendo a sua capacidade de funcionar; esses sinais já aparecem aos 50 anos, 
dependendo do ritmo natural de envelhecimento. Quando se trata da terceira idade, entendemos que 
essas perdas, tão freqüentes entre os idosos, podem comprometer sua comunicação nas relações sociais, 
os isolando. Também, temos que atentar para a poluição sonora como um fator prejudicial no 
entendimento da fala para o idoso; principalmente, se este for portador de uma perda auditiva. Sendo 
assim, a comunicação torna-se mais vital para o idoso, à medida que o processo de envelhecimento 
progride. Garcia Pinto , refere-se a esse processo como “uma das perdas de antigos referenciais de vida, 
implicando no abandono de elementos da realidade e de si mesmo, gerando uma conseqüente crise de 
identidade” . Conforme Bee (1997), “as deficiências auditivas comuns em adultos mais velhos incluem 
várias dificuldades: sons de alta freqüência, descriminação vocabular, audição mediante condições de 
ruído e tinnitus” . Partindo desse pressuposto, acreditamos que com a redução da audição no idoso, essa 
etapa da vida é dolorosamente vivenciada; pois o idoso, devido a essa incapacidade, pode passar por 
desorientado ou sofrendo de memória insuficiente, trazendo inúmeros transtornos para sua vida cotidiana. 
Quando essa perda é grave percebemos um aumento dos problemas sociais ou psicológicos, 
corroborando a afirmativa de Garcia Pinto (1998): “o isolamento da pessoa idosa e o conseqüente declínio 
da qualidade de sua comunicação, devido aos déficts sensoriais, causam profundo impacto na sua 
interação social” . De acordo com o pensamento do autor, apreendemos que a audição normal mantém o 
idoso em interação intelectual e social.	
Agnosia Visual 
Os pacientes com agnosia visual, decorrente de lesões em áreas constituintes da via ventral, registam um 
padrão de desempenho oposto. Trata-se da perda de capacidade de reconhecimento visual, com 
preservaçãodas funções visuais básicas. É possível distinguir entre dois tipos de agnosia: aperceptiva (ou 
agnosia da forma visual, em que ocorre falha na percepção de objetos, apesar de o sistema visual 
sensório estar intacto, o que leva a uma falha no reconhecimento dos objetos) e associativa (percepção de 
objetos intacta, mas ainda assim revelando incapacidade de reconhecer de objetos). Danos cerebrais 
subjacentes a este padrão comportamental normalmente surgem a nível do córtex occipital posterior e 
córtex infero-temporal. No geral, pacientes com agnosia visual da forma revelam défices na capacidade de 
reconhecer, 10 copiar ou parear tanto formas simples como objetos complexos. 	
Um exemplo de agnosia é quando um paciente , é capaz de identificar desenhos simples ou distinguir 
entre dois pares de retângulos de diferentes formatos. Magnie, Um paciente com agnosia que era capaz 
de referir a ação apropriada dos objetos que não era capaz de reconhecer. Para mais, o tipo de objetos 
que podia reconhecer envolvia representações de ações (ex. ferramentas).	
AGNOSIA VISUAL ASSOCIATIVA	
 O cérebro percebe perfeitamente as formas de um objeto, mas não consegue atribuir um significado à sua 
imagem. Uma bola de futebol é apenas uma esfera. O tipo de agnosia visual de P. era a associativa. 
Nesses casos, o cérebro “enxerga” perfeitamente o objeto, mas não consegue encontrar o seu significado. 
É como se perdesse o acesso a uma biblioteca com informações sobre imagens. Não dá para dar nome 
às coisas nem agrupá-las por categoria. Diante de um estetoscópio, quem tem esse tipo de agnosia o 
descreve com perfeição: “Uma corda longa com uma coisa redonda no fim”. E o que ele é? “Talvez um 
relógio.” Não consegue dizer se a imagem de um cachorro é de um objeto animado ou não, muito menos 
se ele late ou pia. E um abridor de garrafas? Pode ser uma chave, uma ferramenta ou mesmo uma colher. 
Mas basta manusear o objeto, ouvir seus ruídos ou sentir seu cheiro para reconhecê-lo sem dificuldade. 
Afinal, os outros sentidos permanecem intactos. A incapacidade de reconhecimento é meramente visual. 
Isso transforma o dia a dia num tormento . Além disso, as agnosias tornam-se bem marcantes. Ou seja, o 
indivíduo está impossibilitado de obter informações através das vias dos sentidos, embora os órgãos não 
estejam prejudicados. Perde também toda a discriminação visuo-espacial, sendo a orientação esquerda-
direita a última a deixar de existir.

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