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08_Nocoes_de_Direito_Administrativo

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. 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Polícia Militar da Bahia 
Soldado da PM/BA 
 
 
 
1. Administração pública: conceito e princípios. .................................................................................. 1 
 
2. Poderes administrativos. ............................................................................................................... 15 
 
3. Atos administrativos. 3.1 Conceito. 3.2 Atributos. 3.3 Requisitos. 3.4 Classificação. 3.5 Extinção. 25 
 
4. Organização administrativa. .......................................................................................................... 38 
 
4.1 Órgãos públicos: conceito e classificação. .................................................................................. 52 
 
4.2 Entidades administrativas: conceito e espécies. Agentes públicos: espécies. ............................. 61 
 
5. Regime jurídico do militar estadual: Estatuto dos Policiais Militares do Estado da Bahia (Lei Estadual 
no 7.990, de 27 de dezembro de 2001). ................................................................................................. 65 
 
6. Lei estadual nº 13.201, de 09 de dezembro de 2014 (Reorganização a Polícia Militar da Bahia). 116 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom 
desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar 
em contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O 
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
 
1315576 E-book gerado especialmente para RHALIANY PINHEIRO APROVADOS CURSOS
 
. 1 
 
 
Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante 
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica 
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida 
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente 
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
A expressão “Administração Pública” abrange diversas concepções. Inicialmente, temos 
Administração Pública em sentido amplo (lato sensu), como o conjunto de órgãos de governo (com função 
política de planejar, comandar e traçar metas) e de órgãos administrativos (com função administrativa, 
executando os planos governamentais). Num sentido estrito (stricto sensu), podemos definir 
Administração Pública como o conjunto de órgãos, entidades e agentes públicos que desempenham a 
função administrativa do Estado. Ou seja, num sentido estrito, a Administração Pública é representada, 
apenas, pelos órgãos administrativos. 
 
Administração Pública 
Sentido amplo Sentido estrito 
órgãos governamentais (políticos) + órgãos 
administrativos 
exclusivamente, órgãos administrativos. 
 
Sentido formal, subjetivo ou orgânico 
 
Sob esse aspecto, a expressão Administração Pública confunde-se com os sujeitos que integram a 
estrutura administrativa do Estado, ou seja, com quem desempenha a função administrativa. Assim, num 
sentido subjetivo, Administração Pública representa o conjunto de órgãos, agentes e entidades que 
desempenham a função administrativa. O conceito subjetivo representa os meios de atuação da 
Administração Pública. 
Entes, Entidades ou Pessoas: são as pessoas jurídicas integrantes da estrutura da Administração 
Direta e Indireta. 
Os Entes Políticos são a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (todas com 
personalidade jurídica de Direito Público). 
Os Entes Administrativos são as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista (todas com personalidade jurídica de Direito Público e/ou Privado). Nesse 
caso, temos entidades integrantes da Administração Pública que não desempenham função 
administrativa, e sim atividade econômica, como ocorre com a maioria das empresas públicas e 
sociedades de economia mista (CF, art. 173). 
Órgãos Públicos são centros de competência, despersonalizados, integrantes da estrutura de uma 
pessoa jurídica, incumbidos das atividades da entidade a que pertencem. A Lei nº 9.784/99 os conceitua 
como unidades de atuação integrantes da estrutura da Administração Direta ou Indireta. 
Agentes Públicos: segundo o art. 2º, da Lei nº 8.429/92, são todos aqueles que exercem, ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer 
forma de investidura ou vínculo, mandato, emprego ou função pública, ou seja, são pessoas físicas 
incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal. 
Há ainda as Entidades Privadas, não integrantes da Administração Pública formal, que exercem 
atividades identificadas como próprias da função administrativa, a exemplo das concessionárias de 
serviços públicos (delegação) e das organizações sociais (atividades de utilidade pública). As atividades 
exercidas dessas entidades privadas não integram a Administração Pública, uma vez que o Brasil se 
baseia no critério formal. 
Embora seja certo que a acepção formal ou subjetiva não deva levar em conta a atividade realizada, 
é frequente os autores a esta se referirem, identificando a Administração Pública, em sentido subjetivo, 
com a totalidade do aparelhamento de que dispõe o Estado para a execução das atividades 
compreendidas na função administrativa, como exemplo temos a definição de Maria Sylvia Di Pietro, “o 
1. Administração pública: conceito e princípios. 
1315576 E-book gerado especialmente para RHALIANY PINHEIRO APROVADOS CURSOS
 
. 2 
conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função administrativa do 
Estado”. 
Pela acepção formal / subjetiva / orgânica, deve-se perquirir tão somente “quem” o ordenamento 
jurídico considera Administração Pública, e não “o que” (critério objetivo, material, funcional). 
 
Sentido material, objetivo ou funcional 
 
Nesse sentido, a Administração Pública confunde-se com a própria função (atividade) administrativa 
desempenhada pelo Estado. O conceito de Administração Pública está relacionado com o objeto da 
Administração. Não se preocupa aqui com quem exerce a Administração, mas sim com o que faz a 
Administração Pública. 
Ressaltamos que a função administrativa é exercida predominantemente pelo Poder Executivo, porém, 
os demais Poderes também a exercem de forma atípica. A doutrina majoritária entende que as atividades 
administrativas englobam: 
1) Prestação de serviço público: é toda atividade que a administração pública executa, direta ou 
indiretamente, sob regime predominantemente público, para satisfação imediata de uma necessidade 
pública, ou que tenha utilidade pública. 
2) Polícia administrativa: são restrições ou condicionamentos impostos ao exercício de atividades 
privadas em benefício do interesse público, exemplo as atividades de fiscalização. 
3) Fomento: incentivo à iniciativa privada de utilidade pública, exemplo: concessão de benefícios ou 
incentivos fiscais. 
4) Intervenção administrativa: abrange toda intervenção do Estado no setor privado, exceto a sua 
atuação direta como agente econômico. Inclui-se a intervenção na propriedade privada (desapropriação, 
tombamento) e a intervenção no domínio econômico como agente normativo e regulador (agências 
reguladoras, medidas de repressão a práticas tendentes à eliminação da concorrência, formação de 
estoques reguladores etc. 
Alguns autores consideram a atuação do Estado como agente econômicoinclusa no grupo de 
atividades de administração em sentido material descrito como “intervenção”, nos termos do art. 173 da 
CF. Todavia, quando o Estado atua dessa maneira, isto é, como agente econômico, está sujeito 
predominantemente ao regime de direito privado, exercendo atividade econômica em sentido estrito. 
Nessa acepção, estaríamos adotando uma concepção subjetiva, atribuindo relevância à pessoa que 
exerce a atividade, caracterizando uma contradição incontornável, porque se estará abandonando o 
critério objetivo (o que é realizado?) e conferindo primazia ao critério subjetivo (quem realiza?) em uma 
acepção que, por definição, deveria ser objetiva. 
 
Segundo ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro o conceito de administração pública divide-se em dois 
sentidos: 
 
- Objetivo (material/funcional): "Em sentido objetivo, material ou funcional, a Administração Pública 
pode ser definida como a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob regime jurídico de 
direito público, para a consecução dos interesses coletivos”. 
É a atividade administrativa executada pelo Estado, por seus órgãos e agente, com base em sua 
função administrativa. É a gestão dos interesses públicos, por meio de prestação de serviços públicos. É 
a administração da coisa pública (res publica). 
 
- Subjetivo (Formal/Orgânico): “Em sentido subjetivo, formal ou orgânico, pode-se definir 
Administração Pública, como sendo o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o 
exercício da função administrativa do Estado". 
É o conjunto de agentes, órgãos e entidades designados para executar atividades administrativas. 
 
Em resumo: 
 
Administração Pública 
Sentido formal / subjetivo / orgânico órgãos + agentes + entidades (quem faz a 
Adm. Pública?) 
Sentido material / objetivo / funcional atividade administrativa (o que faz a Adm. 
Pública?) 
 
1315576 E-book gerado especialmente para RHALIANY PINHEIRO APROVADOS CURSOS
 
. 3 
Questões sobre Administração Pública 
 
01. (SEGEP/MA - Agente Penitenciário – FUNCAB/2016). Considerando que a Administração 
Pública pode ser, em sentido estrito, analisada sob dois aspectos: objetivo ou material; e subjetivo ou 
orgânico ou formal, é correto afirmar que: 
(A) a Administração Pública é uma "máquina" composta por órgãos e entidades organizados sem 
hierarquia sob a direção de um chefe de Estado. 
(B) no aspecto objetivo a Administração Pública pode ser considerada o conjunto de órgãos e de 
pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função econômica. 
(C) a Administração Pública é uma atividade subjetiva do governo, objetivando a realização das 
necessidades individuais. 
(D) a Administração Pública é uma atividade concreta do Estado, objetivando a realização das 
necessidades individuais. 
(E) o objeto da Administração Pública é a função pública, que abrange o fomento, a polícia 
administrativa e o serviço público. 
 
02. (MPOG - Atividade Técnica - Direito, Administração, Ciências Contábeis e Economia – 
FUNCAB/2015). O oferecimento de saneamento básico, transporte coletivo e educação caracterizam 
atividades da denominada “administração pública". A expressão, quando reveste esse caráter, é escrita 
com letras minúsculas e revela sentido: 
(A) material. 
(B) subjetivo. 
(C) personalista. 
(D) formal. 
(E) orgânico. 
 
03. (AL-GO -Assistente Legislativo - Assistente Administrativo – CS-UFG). Em sentido estrito, a 
Administração Pública compreende, 
(A) sob o aspecto objetivo, apenas os órgãos administrativos e, sob o aspecto subjetivo, apenas a 
função administrativa, excluídos, no primeiro caso, os órgãos governamentais e, no segundo, a função 
política. 
(B) sob o aspecto subjetivo, apenas os órgãos administrativos e, sob o aspecto objetivo, apenas a 
função administrativa, excluídos, no primeiro caso, os órgãos governamentais e, no segundo, a função 
política. 
(C) sob o aspecto objetivo, apenas os órgãos administrativos e, sob o aspecto formal, apenas a função 
administrativa, excluídos, no primeiro caso, os órgãos governamentais e, no segundo, a função política. 
(D) sob o aspecto subjetivo, apenas os órgãos administrativos e, sob o aspecto hierárquico, apenas a 
função administrativa, excluídos, no primeiro caso, os órgãos governamentais e, no segundo, a função 
política. 
 
04. (TRE/SP - Analista Judiciário - Área Administrativa – FCC/2012). Em seu sentido subjetivo, a 
administração pública pode ser definida como 
(A) a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob o regime de direito público, para a 
realização dos interesses coletivos. 
(B) o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas ao qual a Lei atribui o exercício da função 
administrativa do Estado. 
(C) os órgãos ligados diretamente ao poder central, federal, estadual ou municipal. São os próprios 
organismos dirigentes, seus ministérios e secretarias. 
(D) as entidades com personalidade jurídica própria, que foram criadas para realizar atividades de 
Governo de forma descentralizada. São exemplos as Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e 
Sociedades de Economia Mista. 
(E) as entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital 
exclusivo da União, se federal, criadas para exploração de atividade econômica que o Governo seja 
levado a exercer por força de contingência ou conveniência administrativa. 
 
05. (PC/SP - Delegado de Polícia – VUNESP/2014). A Administração Pública, em sentido 
(A) objetivo, material ou funcional, designa os entes que exercem a atividade administrativa. 
(B) amplo, objetivamente considerada, compreende a função política e a função administrativa. 
1315576 E-book gerado especialmente para RHALIANY PINHEIRO APROVADOS CURSOS
 
. 4 
(C) estrito, subjetivamente considerada, compreende tanto os órgãos governamentais, supremos, 
constitucionais, como também os órgãos administrativos, subordinados e dependentes, aos quais 
incumbe executar os planos governamentais. 
(D) estrito, objetivamente considerada, compreende a função política e a função administrativa. 
(E) subjetivo, formal ou orgânico, compreende a própria função administrativa que incumbe, 
predominantemente, ao Poder Executivo. 
 
06. Assinale certo ou errado para a assertiva abaixo: 
( ) Em sentido objetivo, Administração Pública representa o conjunto de órgãos, agentes e entidades 
que desempenham a função administrativa. 
 
07. (AGEHAB - Analista Técnico – Contador – FUNDAÇÂO SOUSÂNDRADE). A professora Maria 
Sylvia Zanella Di Pietro, ao conceituar administração pública, revela que esta possui dois sentidos: 
subjetivo e objetivo. Considerando o ponto de vista desta doutrinadora, assinale a alternativa CORRETA. 
(A) A administração pública em sentido subjetivo é também chamada de material ou funcional. 
(B) A administração pública em sentido objetivo é também chamada de material ou funcional. 
(C) A administração pública em sentido subjetivo é também chamada de funcional. 
(D) A administração pública em sentido objetivo é também chamada de formal. 
(E) A administração pública em sentido objetivo abrange todos os entes aos quais a lei atribui o 
exercício da função administrativa. 
 
Respostas 
 
01. Resposta: E 
Em sentido objetivo, a Administração Pública corresponde às diversas atividades exercidas pelo 
Estado, por meio de seus agentes, órgãos e entidades, no desempenho da função administrativa. Nessa 
acepção material, a Administração Pública engloba as atividades de fomento, polícia administrativa, 
serviço público e intervenção administrativa. 
Fomento = atividade de incentivo à iniciativa privada de interesse público, mediante incentivos fiscais, 
dentre outros. 
Polícia administrativa= compreende as atividades relacionadas ao controle, fiscalização e execução 
das denominadas limitações administrativas 
Serviço público= é toda atividade concreta que a Administração exerce, por si ou por meio de terceiros. 
 
02. Resposta: A 
Ao tratar da Administração Públicaem sentido material, busca-se o objeto da Administração, as 
atividades administrativas exercidas, a própria função administrativa, predominantemente exercida pelo 
Poder Executivo. Conforme a doutrina, abrange as atividades de serviço público, polícia administrativa, 
fomento e intervenção 
 
03. Resposta: B 
Administração pública Objetiva/material/funcional: equivale à função administrativa. É a atividade 
administrativa 
Administração pública Subjetiva/Formal/Orgânica: equivale às pessoas, aos órgãos e aos agentes 
públicos. 
 
04. Resposta: B 
O sentido Subjetivo da Administração Pública compreende as Entidades (pessoas jurídicas), os 
Órgãos (unidades despersonalizadas) e os Agentes (pessoas naturais), ou seja seus sujeitos. 
Sentido subjetivo quer dizer quem são os sujeitos da relação. 
 
05. Resposta: B 
A Administração pública em sentido amplo compreende os órgãos do governo, os quais exercem a 
função política, bem como os órgãos e pessoa jurídicas que desempenha função meramente 
administrativa. 
 
06. Resposta: errada 
Em sentido subjetivo, Administração Pública representa o conjunto de órgãos, agentes e entidades 
que desempenham a função administrativa. 
1315576 E-book gerado especialmente para RHALIANY PINHEIRO APROVADOS CURSOS
 
. 5 
07. Resposta: B 
Em sentido objetivo, a expressão administração pública confunde-se com a própria atividade 
administrativa. 
 
Em sentido subjetivo, a administração pública confunde-se com os próprios sujeitos que integram a 
estrutura administrativa. 
 
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
Para compreender os Princípios da Administração Pública é necessário entender a definição básica 
de princípios, que servem de base para nortear e embasar todo o ordenamento jurídico e é tão bem 
exposto por Miguel Reale, ao afirmar que: 
 
“Princípios são, pois verdades ou juízos fundamentais, que servem de alicerce ou de garantia de 
certeza a um conjunto de juízos, ordenados em um sistema de conceitos relativos à dada porção da 
realidade. Às vezes também se denominam princípios certas proposições, que apesar de não serem 
evidentes ou resultantes de evidências, são assumidas como fundantes da validez de um sistema 
particular de conhecimentos, como seus pressupostos necessários.” 
 
Desta forma, princípios são proposições que servem de base para toda estrutura de uma ciência, no 
Direito Administrativo não é diferente, temos os princípios que servem de alicerce para este ramo do 
direito público. Os princípios podem ser expressos ou implícitos, vamos nos deter aos expressos, que são 
os consagrados no art. 37 da Constituição da República Federativa do Brasil. Em relação aos princípios 
constitucionais, Meirelles afirma que: 
 
Assim sendo, os princípios constitucionais da administração pública, como tão bem exposto, vêm 
expressos no art. 37 da Constituição Federal, e como já afirmado, retoma aos princípios da legalidade, 
moralidade, impessoalidade ou finalidade, publicidade, eficiência, razoabilidade. Em consonância, Di 
Pietro conclui que a Constituição de 1988 inovou ao trazer expresso em seu texto alguns princípios 
constitucionais. O caput do art. 37 afirma que a administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, os quais em seguida serão tratados com 
mais ênfase. 
 
Além da Constituição, a Lei nº 9784/1999, mais precisamente em seu artigo 2º, obedecerá aos 
princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla 
defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
 
Não obstante o exposto, se torna primeiramente necessário falar de dois princípios que regem a 
Administração Pública de forma geral, são eles o princípio da supremacia do interesse público e o 
princípio da indisponibilidade do interesse público. Vejamos: 
 
Princípio da Supremacia Do Interesse Público 
 
Este princípio consiste na sobreposição do interesse público em face do interesse particular. Havendo 
conflito entre o interesse público e o interesse particular, aquele prevalecerá. 
Podemos conceituar INTERESSE PÚBLICO como o somatório dos interesses individuais desde que 
represente o interesse majoritário, ou seja, a vontade da maioria da sociedade. 
O interesse público PRIMÁRIO é o interesse direto do povo, é o interesse da coletividade como um 
todo. Já o interesse público SECUNDÁRIO é o interesse direto do Estado como pessoa jurídica, titular de 
direitos e obrigações, em suma, é vontade do Estado. Assim, a vontade do povo (interesse público 
PRIMÁRIO) e a vontade do Estado (interesse público SECUNDÁRIO) não se confundem. 
O interesse público SECUNDÁRIO só será legítimo se não contrariar nenhum interesse público 
PRIMÁRIO. E, ao menos indiretamente, possibilite a concretização da realização de interesse público 
PRIMÁRIO. Daremos um exemplo para que você compreenda perfeitamente esta distinção. 
Este princípio é um dos dois pilares do denominado regime jurídico-administrativo, fundamentando a 
existência das prerrogativas e dos poderes especiais conferidos à Administração Pública para que esta 
esteja apta a atingir os fins que lhe são impostos pela Constituição e pelas leis. 
1315576 E-book gerado especialmente para RHALIANY PINHEIRO APROVADOS CURSOS
 
. 6 
O ordenamento jurídico determina que o Estado-Administração atinja uma gama de objetivos e fins e 
lhe confere meios, instrumentos para alcançar tais metas. Aqui se encaixa o princípio da Supremacia do 
Interesse Público, fornecendo à Administração as prerrogativas e os poderes especiais para obtenção 
dos fins estabelecidos na lei. 
O princípio comentado não está expresso em nosso ordenamento jurídico. Nenhum artigo de lei fala, 
dele, porém tal princípio encontra-se em diversos institutos do Direito Administrativo. Vejamos alguns 
exemplos práticos: 
- a nossa Constituição garante o direito à propriedade (art. 5º, XXII), mas com base no princípio da 
Supremacia do Interesse Público, a Administração pode, por exemplo, desapropriar uma propriedade, 
requisitá-la ou promover o seu tombamento, suprimindo ou restringindo o direito à propriedade. 
- a Administração e o particular podem celebrar contratos administrativos, mas esses contratos 
preveem uma série de cláusulas exorbitantes que possibilitam a Administração, por exemplo, modificar 
ou rescindir unilateralmente tal contrato. 
- o poder de polícia administrativa que confere à Administração Pública a possibilidade, por exemplo, 
de determinar a proibição de venda de bebida alcoólica a partir de determinada hora da noite com o 
objetivo de diminuir a violência. 
Diante de inúmeros abusos, ilegalidades e arbitrariedades cometidas em nome do aludido princípio, já 
existem vozes na doutrina proclamando a necessidade de se pôr fim a este, através da Teoria da 
Desconstrução do Princípio da Supremacia. Na verdade, esvaziar tal princípio não resolverá o 
problema da falta de probidade de nossos homens públicos. Como afirma a maioria da doutrina, o 
princípio da Supremacia do Interesse Público é essencial, sendo um dos pilares da Administração, 
devendo ser aplicado de forma correta e efetiva. Se há desvio na sua aplicação, o Poder Judiciário deve 
ser provocado para corrigi-lo. 
 
Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público 
 
Este princípio é o segundo pilar do regime jurídico-administrativo, funcionando como contrapeso ao 
princípio da Supremacia do Interesse Público. 
Ao mesmo tempo em que a Administração tem prerrogativas e poderes exorbitantes para atingir seus 
fins determinados em lei, ela sofre restrições, limitações que não existem para o particular. Essas 
limitações decorrem do fato de que a Administração Pública não é proprietária da coisa pública, não é 
proprietária do interesse público, mas sim, mera gestora de bens e interesses alheios que pertencem ao 
povo. 
Emdecorrência deste princípio, a Administração somente pode atuar pautada em lei. A Administração 
somente poderá agir quando houver lei autorizando ou determinando a sua atuação. A atuação da 
Administração deve, então, atender o estabelecido em lei, único instrumento capaz de retratar o que seja 
interesse público. 
Este princípio também se encontra implícito em nosso ordenamento, surgindo sempre que estiver em 
jogo o interesse público. Exemplos da utilização deste princípio na prática: 
- os bens públicos não são alienados como os particulares, havendo uma série de restrições a sua 
venda. 
- em regra, a Administração não pode contratar sem prévia licitação, por estar em jogo o interesse 
público. 
- necessidade de realização de concurso público para admissão de cargo permanente. 
 
Sem prejuízo, voltamos a frisar que a Administração Pública deverá se pautar principalmente nos cinco 
princípios estabelecidos pelo “caput” do artigo 37 da Constituição da República Federativa do Brasil de 
1988. Os princípios são os seguintes: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência. 
 
Princípio da Continuidade do Serviço Público: 
 
Visa não prejudicar o atendimento à população, uma vez que os serviços essenciais não podem ser 
interrompidos. 
Celso Ribeiro Bastos (in Curso de direito administrativo, 2. ed. – São Paulo: Saraiva, 1996, p. 165.), é 
um dos doutrinadores que defende a não interrupção do serviço público essencial: "O serviço público 
deve ser prestado de maneira continua, o que significa dizer que não é passível de interrupção. Isto ocorre 
pela própria importância de que o serviço público se reveste, o que implica ser colocado à disposição do 
usuário com qualidade e regularidade, assim como com eficiência e oportunidade"... "Essa continuidade 
1315576 E-book gerado especialmente para RHALIANY PINHEIRO APROVADOS CURSOS
 
. 7 
afigura-se em alguns casos de maneira absoluta, quer dizer, sem qualquer abrandamento, como ocorre 
com serviços que atendem necessidades permanentes, como é o caso de fornecimento de água, gás, 
eletricidade. Diante, pois, da recusa de um serviço público, ou do seu fornecimento, ou mesmo da 
cessação indevida deste, pode o usuário utilizar-se das ações judiciais cabíveis, até as de rito mais célere, 
como o mandado de segurança e a própria ação cominatória". 
 
Princípio da Probidade: consiste na honradez, caráter íntegro, honestidade. Configura a retidão no 
agir, permitindo uma atuação na administração de boa qualidade. . 
 
Dica de memorização: se unirmos as iniciais dos principais princípios constitucionais, 
chegaremos à palavra mnemônica “L.I.M.P.E.” 
 
Vejamos o que prevê a Carta Magna sobre o tema: 
 
CAPÍTULO VII 
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Seção I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Artigo 37- A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...) 
 
Princípio da Legalidade 
 
O princípio da legalidade, um dos mais importantes princípios consagrados no ordenamento jurídico 
brasileiro, consiste no fato de que o administrador somente poderá fazer o que a lei permite. É importante 
demonstrar a diferenciação entre o princípio da legalidade estabelecido ao administrado e ao 
administrador. Como já explicitado para o administrador, o princípio da legalidade estabelece que ele 
somente poderá agir dentro dos parâmetros legais, conforme os ditames estabelecidos pela lei. Já, o 
princípio da legalidade visto sob a ótica do administrado, explicita que ninguém será obrigado a fazer ou 
deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude lei. Esta interpretação encontra abalizamento no artigo 
5º, II, da Constituição Federal de 1988. 
 
Princípio da Impessoalidade 
 
Posteriormente, o artigo 37 estabelece que deverá ser obedecido o princípio da impessoalidade. 
Este princípio estabelece que a Administração Pública, através de seus órgãos, não poderá, na execução 
das atividades, estabelecer diferenças ou privilégios, uma vez que deve imperar o interesse social e não 
o interesse particular. De acordo com os ensinamentos de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o princípio da 
impessoalidade estaria intimamente relacionado com a finalidade pública. De acordo com a autora “a 
Administração não pode atuar com vista a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que 
é sempre o interesse público que deve nortear o seu comportamento”. (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. 
Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2005). 
Em interessante constatação, se todos são iguais perante a lei (art. 5º, caput) necessariamente o serão 
perante a Administração, que deverá atuar sem favoritismo ou perseguição, tratando a todos de modo 
igual, ou quando necessário, fazendo a discriminação necessária para se chegar à igualdade real e 
material. 
Nesse sentido podemos destacar como um exemplo decorrente deste princípio a regra do concurso 
público, onde a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso 
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e complexidade do cargo ou emprego. 
 
Princípio da Moralidade Administrativa 
 
A Administração Pública, de acordo com o princípio da moralidade administrativa, deve agir com 
boa-fé, sinceridade, probidade, lealdade e ética. Tal princípio acarreta a obrigação ao administrador 
público de observar não somente a lei que condiciona sua atuação, mas também, regras éticas extraídas 
dos padrões de comportamento designados como moralidade administrativa (obediência à lei). 
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. 8 
Não basta ao administrador ser apenas legal, deve também, ser honesto tendo como finalidade o bem 
comum. Para Maurice Hauriou, o princípio da moralidade administrativa significa um conjunto de regras 
de conduta tiradas da disciplina interior da Administração. Trata-se de probidade administrativa, que é a 
forma de moralidade. Tal preceito mereceu especial atenção no texto vigente constitucional (§ 4º do artigo 
37 CF), que pune o ímprobo (pessoa não correto -desonesta) com a suspensão de direitos políticos. Por 
fim, devemos entender que a moralidade como também a probidade administrativa consistem 
exclusivamente no dever de funcionários públicos exercerem (prestarem seus serviços) suas funções 
com honestidade. Não devem aproveitar os poderes do cargo ou função para proveito pessoal ou para 
favorecimento de outrem. 
 
Princípio da Publicidade 
 
O princípio da publicidade tem por objetivo a divulgação de atos praticados pela Administração 
Pública, obedecendo, todavia, as questões sigilosas. De acordo com as lições do eminente doutrinador 
Hely Lopes Meirelles, “o princípio da publicidade dos atos e contratos administrativos, além de assegurar 
seus efeitos externos, visa a propiciar seu conhecimento e controle pelos interessados e pelo povo em 
geral, através dos meios constitucionais...”. (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 
São Paulo: Malheiros, 2005). 
Complementando o princípio da publicidade, o art. 5º, XXXIII, garante a todos o direito a receber dos 
órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão 
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, matéria essa regulamentada pela Lei nº 
12.527/2011 (Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3o do 
art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; 
revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e 
dá outras providências). 
Os remédios constitucionais do habeas data e mandado de segurança cumprem importante papel 
enquantogarantias de concretização da transparência. 
 
Princípio da Eficiência 
 
Por derradeiro, o último princípio a ser abarcado pelo artigo 37, da Constituição da República 
Federativa do Brasil de 1988 é o da eficiência. 
Se, na iniciativa privada, se busca a excelência e a efetividade, na administração outro não poderia 
ser o caminho, enaltecido pela EC n. 19/98, que fixou a eficiência também para a Administração Pública. 
De acordo com os ensinamentos de Hely Lopes Meirelles, o princípio da eficiência “impõe a todo 
agente público realizar as atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno 
princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, 
exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da 
comunidade e de seus membros”. (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: 
Malheiros, 2005). 
Outrossim, DI PIETRO explicita que o princípio da eficiência possui dois aspectos: “o primeiro pode 
ser considerado em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor 
desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados, e o segundo, em relação 
ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a Administração Pública, também com o mesmo objetivo 
de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público”. (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. 
Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2005). 
Por sua atualidade merece especial referência a questão do nepotismo, ou seja, a designação de 
cônjuge, companheiro e parentes para cargos públicos no órgão. A lei proíbe o nepotismo direto, aquele 
em que o beneficiado deve estar subordinado a seu cônjuge ou parente, limitado ao segundo grau civil, 
por consanguinidade (pai, mãe, avós, irmãos, filhos e netos) ou por afinidade (sogros, pais dos sogros, 
cunhados, enteados e filhos dos enteados). 
O Supremo Tribunal Federal ampliou essa vedação, por meio da Súmula Vinculante nº 13, onde proíbe 
o nepotismo em todas as entidades da Administração direta e indireta de todos os entes federativos, 
enquanto que a Lei 8.112/90 veda apenas para a Administração direta, às autarquias e fundações da 
União; estende a proibição aos parentes de terceiro grau (tios e sobrinhos), que alcançava apenas os 
parentes de segundo grau; e proibiu-se também o nepotismo cruzado, aquele em que o agente público 
utiliza sua influência para possibilitar a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em cargo em 
comissão ou de confiança ou função gratificada não subordinada diretamente a ele. 
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. 9 
A vedação do nepotismo representa os princípios da impessoalidade, moralidade, eficiência e 
isonomia, de acordo com o decidido na Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC nº 12). A partir de 
agora, temos a palavra da Suprema Corte, dizendo que o nepotismo ofende os princípios republicanos, 
previstos nos arts. 5º e 37 da Constituição Federal. 
 
Princípio da autotutela 
 
Como o Poder Público está submetido a lei, sua atuação é voltada ao controle de legalidade e quando 
esse poder é exercido pela própria Administração, esses atos são denominados de autotutela. 
 
A autotutela permite que o Poder Público anule ou revogue seus atos administrativos, quando forem 
inconvenientes com a lei. Para tanto, não será necessária a intervenção do Poder Judiciário. 
Impõe-se a Administração Pública o zelo pela regularidade de sua atuação (dever de vigilância), ainda 
que para tanto não tenha sido provocada. 
Essa forma de controle interno se dá em dois momentos: com a anulação de atos ilegais e contrários 
ao ordenamento jurídico, e a revogação de atos em confronto com os interesses da Administração, cuja 
manutenção se afigura inoportuna e inconveniente. 
No entanto, essa autotutela apresenta algumas limitações objetivas e subjetivas, decorrentes do 
princípio da segurança jurídica. 
 
Princípio da Igualdade 
 
Também conhecido como Princípio da Isonomia, considera que a Administração Pública deve se 
preocupar em tratar igualmente as partes no processo administrativo, sem que haja discriminações não 
permitidas. 
O objetivo é tratar o administrado com urbanidade, com equidade, com congruência. 
No processo administrativo, busca-se uma decisão legal e justa, pois se deve tratar igualmente os 
iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de suas desigualdades. 
 
Princípio da Finalidade 
 
A Administração Pública deve satisfazer a pretensão do interesse público, caso não seja satisfeita a 
vontade, leva-se à invalidade do ato praticado pelo administrador. 
 
Por exemplo, uma passeata de interesse coletivo, autorizadas pela Administração Pública, poderá ser 
dissolvida, se tornar-se violenta, a ponto de causarem problemas à coletividade (desvio da finalidade). 
 
Princípio da Motivação 
 
A motivação é um dos critérios entre a discricionariedade e a arbitrariedade, levando-se a conclusão 
de que o que não é motivado é arbitrário. 
 
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello nos seguintes termos: 
 
Dito princípio implica para a Administração o dever de justificar seus atos, apontando-lhes os 
fundamentos de direito e de fato, assim como a correlação lógica entre os eventos e situações que deu 
por existentes e a providência tomada, nos casos em que este último aclaramento seja necessário para 
aferir-se a consonância da conduta administrativa com a lei que lhe serviu de arrimo. 
 
Por ele, a autoridade administrativa deve demonstrar as razões que permitiram tomar determinada 
decisão. A motivação é a exigência do Estado de Direito. Sem a explicitação dos motivos fica difícil aferir 
a correção do que foi decidido. A falta de motivação no ato discricionário é o que permite a ocorrência de 
desvio de poder e até mesmo de abuso, devido a impossibilidade de controle judicial, pois como dito 
anteriormente, a motivação é o que permite aferir a intenção do agente. 
 
 
 
 
 
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. 10 
Princípio da Segurança Jurídica 
 
O Estado como garantidor deve conceder segurança jurídica aos cidadãos, devido a necessidade de 
demonstrar que embora seja o detentor de poder maior, deve-se dosar o controle da utilização deste 
poder. 
A Segurança Jurídica garante aos cidadãos os seus direitos naturais, como por exemplo, direito à 
liberdade, à vida, à propriedade, entre outro. 
 
Em sentido amplo ela refere-se ao sentido geral de garantia, proteção, estabilidade de situação ou 
pessoa em vários campos. Devemos pensar que em sentido amplo está ligada à garantia real de direitos 
que possuem amparo na Constituição Federal, como por exemplo os que são reconhecidos pelo artigo 
5º, do citado diploma legal. 
 
Em sentido estrito, a segurança jurídica assume o sentido de garantia de estabilidade e de certeza dos 
negócios jurídicos, admite que as pessoas saibam previamente que, uma vez envolvidas em certa 
relação jurídica, esta se mantém estável, mesmo se alterar a base legal sob a qual se institui. 
 
Não permite que os envolvidos sofram alterações em razão de constante mudança legislativa 
É mais voltada ao aspecto formal, típico do Estado de Direito Liberal e característico dos sistemas 
jurídicos positivados, reconhecendo o momento exato em que uma lei entra em vigor e quando pode ser 
revogado. 
 
Questões sobre Princípios 
 
01. (USP - Agente Técnico de Assistência à Saúde (Psicólogo) – USP/2017). Um servidor público 
utiliza sua verba de representação ou cartão corporativo em negócios não previstos à sua condição de 
pessoa pública ou do exercício profissional. Com base nestas informações, os princípios de 
Administração Pública atingidos são: 
(A) Legalidade e publicidade. 
(B) Moralidade e impessoalidade 
(C) Impessoalidade e publicidade. 
(D) Moralidade e legalidade 
 
02. (SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargos36 e 37 – CESPE/2017). Em relação aos princípios 
da administração pública e à organização administrativa, julgue o item que se segue. 
O administrador, quando gere a coisa pública conforme o que na lei estiver determinado, ciente de que 
desempenha o papel de mero gestor de coisa que não é sua, observa o princípio da indisponibilidade do 
interesse público. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
03. (IF Sul/MG - Assistente em Administração – IFSUL-MG/2016). A divulgação oficial do ato da 
Administração para ciência do público em geral, com efeito de início da atuação externa, ou seja, de gerar 
efeitos jurídicos, corresponde à qual Princípio da Administração Pública, conforme Constituição da 
República Federativa do Brasil de 1988? 
(A) Princípio da Moralidade. 
(B) Princípio da Legalidade. 
(C) Princípio da Publicidade. 
(D) Princípio da Impessoalidade. 
 
04. (TRT/8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área Administrativa – CESPE/2016). A respeito 
dos princípios da administração pública, assinale a opção correta. 
(A) Decorre do princípio da hierarquia uma série de prerrogativas para a administração, aplicando-se 
esse princípio, inclusive, às funções legislativa e judicial. 
(B) Decorre do princípio da continuidade do serviço público a possibilidade de preencher, mediante 
institutos como a delegação e a substituição, as funções públicas temporariamente vagas. 
(C) O princípio do controle ou tutela autoriza a administração a realizar controle dos seus atos, podendo 
anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de decisão do Poder 
Judiciário. 
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. 11 
(D) Dado o princípio da autotutela, a administração exerce controle sobre pessoa jurídica por ela 
instituída, com o objetivo de garantir a observância de suas finalidades institucionais. 
(E) Em decorrência do princípio da publicidade, a administração pública deve indicar os fundamentos 
de fato e de direito de suas decisões. 
 
05. (TRT/8ª Região (PA e AP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – CESPE/2016). A respeito 
dos princípios da administração pública, assinale a opção correta. 
(A) Em decorrência do princípio da autotutela, apenas o Poder Judiciário pode revogar atos 
administrativos. 
(B) O princípio da indisponibilidade do interesse público e o princípio da supremacia do interesse 
público equivalem-se. 
(C) Estão expressamente previstos na CF o princípio da moralidade e o da eficiência. 
(D) O princípio da legalidade visa garantir a satisfação do interesse público. 
(E) A exigência da transparência dos atos administrativos decorre do princípio da eficiência. 
 
06. (TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Serviço Social – CESPE/2016). Assinale a 
opção correta a respeito dos princípios da administração pública. 
(A) O princípio da eficiência deve ser aplicado prioritariamente, em detrimento do princípio da 
legalidade, em caso de incompatibilidade na aplicação de ambos. 
(B) Os institutos do impedimento e da suspeição no âmbito do direito administrativo são importantes 
corolários do princípio da impessoalidade. 
(C) A administração deve, em caso de incompatibilidade, dar preferência à aplicação do princípio da 
supremacia do interesse público em detrimento do princípio da legalidade. 
(D) A publicidade, princípio basilar da administração pública, não pode sofrer restrições. 
(E) A ofensa ao princípio da moralidade pressupõe afronta também ao princípio da legalidade. 
 
07. (TCE/PR - Analista de Controle – Contábil – CESPE/2016). O princípio da proteção à confiança 
da administração pública 
(A) determina que a administração pública atenda apenas ao que a lei impõe. 
(B) dá à administração pública o poder da execução imediata das decisões administrativas, 
possibilitando a criação de obrigações para o particular. 
(C) corresponde ao aspecto subjetivo do princípio da segurança jurídica. 
(D) é considerado uma imposição da limitação à discricionariedade da administração pública. 
(E) é um dos princípios expressamente arrolados no art. 37 da Constituição Federal de 1988. 
 
08. (IF-AP - Contador - FUNIVERSA/2016). Os princípios que regem a Administração Pública podem 
ser divididos em dois grupos: os expressos e os implícitos ou reconhecidos. A propósito desse assunto, 
assinale a alternativa correta. 
(A) A CF, no caput do art. 37, estabelece, de forma expressa, alguns princípios básicos. São eles: 
legalidade, impessoalidade, moralidade, supremacia do interesse público, publicidade e eficiência. 
(B) Os princípios da proporcionalidade, da indisponibilidade, da autotutela e da eficiência são princípios 
implícitos ou reconhecidos. 
(C) Prevê-se, expressamente, que a Administração Pública seja regida pelos princípios da legalidade, 
moralidade, economicidade, publicidade e impessoalidade. 
(D) De acordo com o princípio da legalidade, os agentes públicos têm autonomia de vontade, ou seja, 
possuem liberdade para fazer o que for necessário, desde que não haja proibição legal. 
(E) O princípio da moralidade administrativa impõe ao agente administrativo a observância dos 
princípios éticos, da boa-fé e da lealdade, e não apenas a conformidade com a norma jurídica. 
 
09. (UFCG - Administrador – UFCG/2016). Ao exercício da Administração Pública cabe obedecer aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Assim, pode-se dizer que: 
(A) O princípio da legalidade classifica atos configuradores de improbidade na administração pública, 
aos que importam em enriquecimento ilícito, aos que violam os princípios constitucionais, e aos que 
causam prejuízo ao erário. 
(B) O princípio da impessoalidade determina a observância do critério da divulgação oficial dos atos 
administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição. 
(C) O princípio da moralidade estabelece o concurso público como requisito obrigatório para 
investidura em cargo ou emprego público, ressalvadas as nomeações para cargos comissionados. 
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(D) O princípio da publicidade exige observâncias as normas legais e regulamentares, bem como aos 
atos praticados visando a fim proibido em lei ou regulamento. 
(E) O princípio da eficiência exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza e 
rendimento funcional, agregando as atividades desempenhadas pela legalidade, como também 
resultados positivos para o serviço público. 
 
10. (Prefeitura de Juiz de Fora/MG - Auditor Fiscal – AOCP/2016). Sobre o Princípio da Motivação, 
é lícito afirmar que ele 
(A) obriga o Estado a proporcionar aos seus agentes públicos condições para que estejam sempre 
motivados a atender o interesse público. 
(B) garante que o Poder Público exerça o controle sobre os próprios atos, podendo anular os ilegais e 
revogar os inconvenientes, sem a necessidade de buscar o Poder Judiciário 
(C) obriga que o administrador público obedeça à lei e ao Direito, o que inclui os princípios 
administrativos, sob pena de responder disciplinar, civil e criminalmente 
(D) determina que o administrador público deve expor os fundamentos de fato e de direito que 
embasaram sua decisão ou ato praticado. 
(E) decorre do próprio Estado de Direito e motiva à autoridade competente a se sentir obrigada a dar 
publicidade de seus atos. 
 
11. (Prefeitura de Fronteira/MG - Advogado – MÁXIMA/2016). Sobre os princípios informativos da 
atuação administrativa assinale a alternativa CORRETA: 
(A) O princípio da legalidade não pode sofrer restrições, nem mesmo no caso de estado de sítio e 
estado de defesa. 
(B) Segundo a súmula vinculante nº 13 a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha 
reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da 
mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de 
cargo emcomissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e 
indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. Essa súmula é a 
materialização do princípio da impessoalidade. 
(C) O princípio da indisponibilidade do interesse público estabelece as sujeições a que se submete o 
administrador público e representa a proibição da renúncia ao interesse público. 
(D) Apenas deverão observar os princípios administrativos expressos na Constituição Federal a 
administração pública direta da União, Estados e Municípios. 
 
12. (UFCG - Assistente em Administração – UFCG/2016). O Princípio da Publicidade exige uma 
atividade administrativa transparente ou visível para garantir que o administrado tome conhecimento dos 
comportamentos administrativos do Estado. Sobre esse princípio é correto afirmar: 
(A) Jamais se admite qualquer espécie de sigilo no exercício de funções administrativas. 
(B) Todos os atos administrativos devem ser escritos e sua eficácia é sempre condicionada à 
publicação no Diário Oficial da União. 
(C) Pode o administrador público, em situações específicas, excetuar a aplicação do princípio da 
publicidade. 
(D) O princípio da publicidade não pode admitir exceções. 
(E) Não pode haver sigilo de informações administrativas, mesmo quando tal for imprescindível à 
segurança do Estado e da sociedade. 
 
13. (Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Assistente Técnico Legislativo - Inspetor de 
Segurança - Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ/2015). O princípio segundo o qual o administrador 
público não deve dispensar os preceitos éticos, que devem estar presentes em sua conduta, é o da: 
(A) publicidade 
(B) legalidade 
(C) impessoalidade 
(D) moralidade 
 
14. (Câmara Municipal de Jaboticabal – SP - Assistente Administrativo Jurídico – 
VUNESP/2015). Entre os princípios constitucionais consagrados à Administração Pública, aquele que é 
específico do Estado de Direito, que o qualifica e que lhe dá a identidade própria, é o da 
(A) impessoalidade. 
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(B) legalidade. 
(C) moralidade. 
(D) publicidade. 
 
Respostas 
 
01. Resposta: D 
O princípio da legalidade, um dos mais importantes princípios consagrados no ordenamento jurídico 
brasileiro, consiste no fato de que o administrador somente poderá fazer o que a lei permite. É importante 
demonstrar a diferenciação entre o princípio da legalidade estabelecido ao administrado e ao 
administrador. Como já explicitado para o administrador, o princípio da legalidade estabelece que ele 
somente poderá agir dentro dos parâmetros legais, conforme os ditames estabelecidos pela lei. Já, o 
princípio da legalidade visto sob a ótica do administrado, explicita que ninguém será obrigado a fazer ou 
deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude lei. Esta interpretação encontra abalizamento no artigo 
5º, II, da Constituição Federal de 1988. 
 
Princípio da Moralidade Administrativa 
A Administração Pública, de acordo com o princípio da moralidade administrativa, deve agir com 
boa-fé, sinceridade, probidade, lealdade e ética. Tal princípio acarreta a obrigação ao administrador 
público de observar não somente a lei que condiciona sua atuação, mas também, regras éticas extraídas 
dos padrões de comportamento designados como moralidade administrativa (obediência à lei). 
 
02. Resposta: certo 
Em decorrência deste princípio, a Administração somente pode atuar pautada em lei. A Administração 
somente poderá agir quando houver lei autorizando ou determinando a sua atuação. A atuação da 
Administração deve, então, atender o estabelecido em lei, único instrumento capaz de retratar o que seja 
interesse público. 
Este princípio também se encontra implícito em nosso ordenamento, surgindo sempre que estiver em 
jogo o interesse público. 
 
03. Resposta: C 
Constituição Federal 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter 
caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou 
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. 
 
04. Resposta: B 
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito Administrativo, 2014. pp. 71-72: 
Por esse princípio entende-se que o serviço público, sendo a forma pela qual o Estado desempenha 
funções essenciais ou necessárias à coletividade, não pode parar. Dele decorrem consequências 
importantes: 
Necessidade de institutos como a suplência, a delegação e a substituição para preencher as funções 
públicas temporariamente vagas;” 
 
05. Resposta: C 
Constituição Federal 
Art.37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência. (LIMPE) 
 
06. Resposta: B 
Devemos ter em mente que não há relação de hierarquia ou subordinação entre os princípios. 
Para Celso Antônio Bandeira de Mello, o princípio da impessoalidade “traduz a ideia de que a 
Administração tem de tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas. 
Nem favoritismo, nem perseguições são toleráveis. Simpatias ou animosidades pessoais, políticas ou 
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. 14 
ideológicas não podem interferir na atuação administrativa”. E completa: “o princípio em causa não é 
senão o próprio princípio da igualdade ou isonomia”. 
 
07. Resposta: C 
O princípio da segurança jurídica deve ser visto com base em dois sentidos: 
1. natureza objetiva: diz respeito à estabilização do ordenamento jurídico, a partir do respeito ao direito 
adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada; 
2. natureza subjetiva: diz respeito à proteção da confiança do cidadão frente às expectativas geradas 
pela Administração Pública. 
 
08. Resposta: E 
A Administração Pública, de acordo com o princípio da moralidade administrativa, deve agir com boa-
fé, sinceridade, probidade, lealdade e ética. Tal princípio acarreta a obrigação ao administrador público 
de observar não somente a lei que condiciona sua atuação, mas também, regras éticas extraídas dos 
padrões de comportamento designados como moralidade administrativa (obediência à lei). 
 
09. Resposta: E 
De acordo com os ensinamentos de Hely Lopes Meirelles, o princípio da eficiência “impõe a todo 
agente público realizar as atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno 
princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, 
exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da 
comunidade e de seus membros”. (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: 
Malheiros, 2005). 
 
10. Resposta: D 
A motivação consiste na declaração escrita, com relação ao motivo que determinou a prática do ato. 
É a demonstração, por escrito, de que os pressupostos autorizadores da prática do ato realmente estão 
presentes, isto é, de que determinado fato aconteceu e de que esse fato se enquadra em uma norma 
jurídica que impõe ou autoriza a edição do ato administrativo que foi praticado. 
 
11. Resposta: C 
Em decorrência deste princípio, a Administração somente pode atuar pautada em lei. A Administração 
somente poderá agir quando houver lei autorizando ou determinando a sua atuação. A atuação da 
Administração deve, então, atender o estabelecido em lei, único instrumento capaz de retratar o que sejainteresse público. 
 
12. Resposta: C 
Art. 5º, CF: 
( ) 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou 
de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, 
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 
 
13. Resposta: D 
Segundo José dos Santos Carvalho Filho, Manual de Direito Administrativo, o princípio da moralidade 
impõe que o administrador público não dispense os preceitos éticos que devem estar presentes em sua 
conduta. Deve não só averiguar os critérios de conveniência, oportunidade e justiça em suas ações, mas 
também distinguir o que é honesto do que é desonesto.” (, 16ª Ed. pág. 20). 
 
14. Resposta: B 
Segundo Alexandre Mazza, Inerente ao Estado de Direito, o princípio da legalidade representa a 
subordinação da Administração Pública à vontade popular. O exercício da função administrativa não pode 
ser pautado pela vontade da Administração ou dos agentes públicos, mas deve obrigatoriamente respeitar 
a vontade da lei. 
 
 
 
 
 
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. 15 
 
 
O administrador público para exercer suas funções necessita ser dotado de poderes. Esses poderes 
podem ser definidos como instrumentos que possibilitam à Administração cumprir com sua finalidade, 
contudo devem ser utilizados dentro dos limites legais. 
O administrador público, por sua vez, deve se pautar na observância das normas legais, bem como 
pelos princípios que o regem. O controle da legalidade e validade de seus atos torna-se imprescindível e 
obrigatório, e neste sentido, ao administrador cabe conhecer e aplicar os princípios que regem as relações 
públicas. 
 
Além da observância dos princípios administrativos, o administrador público, para desempenhar suas 
funções, deve observar algumas normas de cumprimento obrigatório. 
 
Vale ressaltar que o administrador deve velar pelo dever de probidade, o dever de prestar contas e o 
dever de pautar seus serviços com eficiência. Caso o administrador não cumpra com o que lhe é imposto, 
deverá ser condenado a diversos tipos de sanções. 
 
São características dos poderes administrativos: 
 
- obrigatoriedade: o administrador deve exercer os poderes obrigatoriamente, ou seja, o poder não 
tem o exercício facultativo, não cabe ao administrador exercer juízo de valor sobre o exercício ou não do 
poder; 
- irrenunciabilidade: se o administrador deve exercer o poder, ele não pode renunciá-lo. Cabe 
destacar que se a Administração deixar de exercê-lo, caberá responsabilização. 
- limitação legal: embora seja um poder irrenunciável e seu exercício seja obrigatório, o administrador 
deve agir dentro dos limites legais, vale dizer, deve cumprir exatamente com o que o a lei determina, sob 
pena de ser responsabilizado. 
Lembre-se que em Direito Administrativo vige o princípio da estrita legalidade que determina que o 
agente público só atue nos casos e na forma permitida em lei. 
Na maior parte dos outros ramos do direito, a pessoa pode fazer tudo o que a lei não proíba, mas em 
Direito Administrativo, só se pode fazer o que a lei autoriza. 
 
Agir dentro dos limites da lei significa agir de acordo com a necessidade, a proporcionalidade e a 
adequação. 
 
São subcaracterísticas dos poderes administrativos: 
 
Necessidade: o administrador deve, antes de agir, verificar se o ato é realmente necessário, se ele é 
preciso. Ex: Determinada escola não cumpre com as regras de acessibilidade. É necessário fechá-la por 
isso? Cidade X fará aniversário e a prefeitura realizará festa comemorativa. É necessário contratar cantor 
famoso? 
 
Proporcionalidade: o ato deve ser proporcional à situação. No exemplo acima, o fechamento da 
escola é desproporcional, haja vista que trará muito mais malefícios do que benefícios para a população. 
Ato proporcional é a determinação de adequação. 
Adequação: é a verificação sobre a medida ou ato a ser tomado de forma a se descobrir se esse é o 
melhor caminho a ser seguido. 
 
Adequação: proporcionalidade e adequação caminham juntas, por isso muitas vezes se confundem. 
O agente público somente age nos limites da lei quando suas ações são pautadas por essas três 
subcaracterísticas. A ausência de uma ou mais implica em excesso de poder, que resulta em 
responsabilização. 
 
 
 
 
 
2. Poderes administrativos. 
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. 16 
ESPÉCIES DE PODERES 
 
Poder Vinculado: quando o poder é vinculado, o administrador não tem possibilidade de exercer juízo 
de valor, ou seja, não tem campo de discricionariedade. Ocorre quando a lei determinada que se atue de 
determinada forma, não dando escolha para o agente. 
Ex: licença para construir. Se um cidadão cumpre com todos os requisitos legais, a licença deve ser 
concedida, assim a concessão da licença é ato vinculado, não cabendo ao agente público não concedê-
la. 
Também é exemplo de poder vinculado, o poder que tem o agente público de instaurar processo 
administrativo para averiguação de irregularidades cometidas por um servidor. 
 
Poder Discricionário: contrariamente ao poder vinculado, o poder discricionário é aquele em que o 
agente público pode exercer juízo de valor, ou seja pode analisar a conveniência e a oportunidade do ato 
a ser praticado. Embora haja esse grau de liberdade, o poder discricionário também é balizado pela lei, 
porque é a própria lei que confere esse poder ao administrador público. 
São exemplos de poder discricionário: a nomeação para cargo em comissão, uma vez que o 
administrador irá nomear aquele que é de sua confiança. 
Também é exemplo de poder discricionário a aplicação de penalidades. Acima vimos que a instauração 
do processo administrativo é poder vinculado. Uma vez sendo verificado o ilícito, o agente que assim 
atuou deve ser punido. No mais das vezes a lei confere mais de um espécie de sanção, então, cabe ao 
administrador, de acordo com o juízo de conveniência e oportunidade, escolher qual punição será 
aplicada. 
 
Poder Hierárquico: a Administração Pública é hierarquizada, ou seja, existe um escalonamento de 
poderes entre as pessoas e órgãos. É pelo poder hierárquico que, por exemplo, um servidor está obrigado 
a cumprir ordem emanada de seu superior. É também esse poder que autoriza a delegação, a avocação, 
etc. 
 
O direito positivo define as atribuições dos órgãos administrativos, cargos e funções, de forma que 
haja harmonia e unidade de direção. 
Percebam que o poder hierárquico vincula superior e subordinados dentro do quadro da Administração 
Pública. 
 
Quando a organização administrativa corresponda a aumento de despesa será de competência do 
Presidente da República e quando acarretar aumento de despesa será matéria de lei de iniciativa do 
Presidente da República. 
 
Compete ainda a Administração Pública: 
 
a. editar atos normativos (resoluções, portarias, instruções), que tenham como objetivo ordenar a 
atuação dos órgãos subordinados, pois refere-se a atos normativos que geram efeitos internos e não 
devem se confundir com os regulamentos, por serem decorrentes de relação hierarquizada, não se 
estendendo as pessoas estranhas; 
 
b. dar ordens aos subordinados, com o dever de obediência, salvo para os manifestamente ilegais; 
 
c. controlar a atividade dos órgãos inferiores, com o objetivo de verificar a legalidade de seus atos e o 
cumprimento de suas obrigações, permitindo anular os atos ilegais ou revogar os inconvenientes, seja ex 
officio ou por provocação dos interessados, através dos recursos hierárquicos. 
 
d. aplicar sanções em caso de cometimento de infrações disciplinares; 
 
e. avocar atribuições, caso não sejam de competência exclusiva do órgão subordinado; 
 
f. delegação de atribuições que não lhe sejam privativas. 
 
Podemos perceber que a relação hierárquica é acessória da organização administrativa, é permitida adistribuição de competências dentro da organização administrativa, retirando a relação hierárquica com 
relação a determinadas atividades. Exemplo: quando a própria lei atribui urna competência, com 
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exclusividade, a alguns órgãos administrativos, principalmente os colegiados, excluindo a influência de 
órgãos superiores. 
 
Segundo Mário Masagão (1968 : 55), a relação hierárquica caracteriza-se da seguinte maneira : 
 
a) é uma relação estabelecida entre órgãos, de forma necessária e permanente; 
b) que os coordena; 
c) que os subordina uns aos outros; 
d) e gradua a competência de cada um. 
 
Com base nestas peculiaridades, poder hierárquico pode ser definido como o vínculo que subordina 
uns aos outros órgãos do Poder Executivo, ponderando a autoridade de cada um. 
 
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, em sua obra Direito Administrativo, editora: Atlas, São Paulo, 
2014. 
 
“Nos Poderes Judiciário e Legislativo não existe hierarquia no sentido de relação de coordenação e 
subordinação, no que diz respeito às suas funções institucionais. No primeiro, há uma distribuição de 
competências entre instâncias, mas uma funcionando com independência em relação à outra; o juiz da 
instância superior não pode substituir-se ao da instância inferior, nem dar ordens ou revogar e anular os 
atos por este praticados. 
Com a aprovação da Reforma do Judiciário pela Emenda Constitucional nº 45/2004, cria-se uma 
hierarquia parcial entre o STF e todos os demais órgãos do Poder Judiciário, uma vez que suas decisões 
sobre matéria constitucional, quando aprovadas como súmulas, nos termos do artigo 103-A, introduzido 
na Constituição, terão efeito vinculante para todos. O mesmo ocorrerá com as decisões definitivas 
proferidas em ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade de 
lei ou ato normativo federal ou estadual (art. 102, § 2º). No Legislativo, a distribuição de competências 
entre Câmara e Senado também se faz de forma que haja absoluta independência funcional entre uma e 
outra Casa do Congresso.” 
 
Poder Disciplinar: para que a Administração possa organizar-se é necessário que haja a possibilidade 
de aplicar sanções aos agentes que agem de forma ilegal. A aplicação de sanções para o agente que 
infringiu norma de caráter funcional é exercício do poder disciplinar. Não se trata aqui de sanções penais 
e sim de penalidades administrativas como advertência, suspensão, demissão, entre outras. 
Estão sujeitos às penalidades os agente públicos quando praticarem infração funcional, que é aquela 
que se relaciona com a atividade desenvolvida pelo agente. 
Acima vimos que a aplicação de sanção é ato discricionário, ou seja, cabe ao administrador público 
verificar qual a sanção mais oportuna e conveniente para ser aplicada ao caso concreto. Para tanto ele 
deve considerar as atenuantes e as agravantes, a natureza e a gravidade da infração, bem como os 
prejuízos causados e os antecedentes do agente público. 
É necessário que a decisão de aplicar ou não a sanção seja motivada para que se possa controlar sua 
regularidade. 
 
Poder Regulamentar ou Poder Normativo: é o poder que tem os chefes do Poder Executivo de criar 
regulamentos, de dar ordens, de editar decretos. São normas internas da Administração. 
 
É o poder conferido aos Chefes do Executivo para editar decretos e regulamentos com a finalidade de 
oferecer fiel execução à lei. Temos como exemplo a seguinte disposição constitucional (art. 84, IV, CF/88): 
 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
[...] 
IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para 
sua fiel execução. 
 
De acordo com Alexandre Mazza1, o poder regulamentar decorre do poder hierárquico e consiste na 
possibilidade de os Chefes do Poder Executivo editarem atos administrativos gerais e abstratos, ou gerais 
e concretos, expedidos para dar fiel execução à lei. 
 
1 MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. Ed. Saraiva. 4ª edição. 2014. 
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O poder regulamentar enquadra-se em uma categoria mais ampla denominada poder normativo, que 
inclui todas as diversas categorias de atos gerais, tais como: regimentos, instruções, deliberações, 
resoluções e portarias. 
O fundamento constitucional da competência regulamentar é o art. 84, IV, acima descrito 
Embora frequentemente confundidos, o conceito de decreto não é exatamente igual ao de 
regulamento: aquele constitui uma forma de ato administrativo; este representa o conteúdo do ato. 
Decreto é o veículo introdutor do regulamento. O certo é que decretos e regulamentos são atos 
administrativos e, como tal, encontram-se em posição de inferioridade diante da lei, sendo-lhes vedado 
criar obrigações de fazer ou deixar de fazer aos particulares, sem fundamento direto na lei. É isso que 
prega o art. 5º, II, da CF. 
Sua função específica é estabelecer detalhamentos quanto ao modo de aplicação de dispositivos 
legais, dando maior concretude, no âmbito interno da Administração Pública, aos comandos gerais e 
abstratos presentes na legislação. 
É comum encontrar na doutrina a afirmação de que decretos e regulamentos são atos administrativos 
gerais e abstratos. A assertiva, no entanto, contém uma simplificação. 
Normalmente esses dois atributos estão presentes. São atos gerais porque se aplicam a um universo 
indeterminado de destinatários. O caráter abstrato relaciona-se com a circunstância de incidirem sobre 
quantidade indeterminada de situações concretas, não se esgotando com a primeira aplicação. No 
entanto, existem casos raros em que os atos regulamentares são gerais e concretos, como ocorre com 
os regulamentos revogadores expedidos com a finalidade específica de extinguir ato normativo anterior. 
Trata-se, nessa hipótese, de ato geral e concreto porque se esgota imediatamente após cumprir a 
tarefa de revogar o regulamento pretérito. 
 
A competência regulamentar é privativa dos Chefes do Executivo e, em princípio, indelegável. Tal 
privatividade, enunciada no art. 84, caput, da Constituição Federal, é coerente com a regra prevista no 
art. 13, I, da Lei nº 9.784/99, segundo a qual não pode ser objeto de delegação a edição de atos de caráter 
normativo. Entretanto, o parágrafo único do art. 84 da Constituição Federal prevê a possibilidade de o 
Presidente da República delegar aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao 
Advogado-Geral da União a competência para dispor, mediante decreto, sobre: 
A- organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa 
nem criação ou extinção de órgãos públicos; e 
B- extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. 
Deve-se considerar as hipóteses do art. 84, parágrafo único, da CF, como os únicos casos admitidos 
de delegação de competência regulamentar. 
Cabe destacar que as agências reguladoras são legalmente dotadas de competência para estabelecer 
regras disciplinando os respectivos setores de atuação. É o denominado poder normativo das agências. 
Tal poder normativo tem sua legitimidade condicionada ao cumprimento do princípio da legalidade na 
medida em que os atos normativos expedidos pelas agências ocupam posição de inferioridade em relação 
à lei dentro da estrutura do ordenamento jurídico. 
Além disso, convém frisar que não se trata tecnicamente de competência regulamentar porque a 
edição de regulamentos é privativa do Chefe do Poder Executivo (art. 84, IV, da CF). Por isso, os atos 
normativos expedidos pelas agências reguladoras nunca podem conter determinações, simultaneamente, 
gerais e abstratas, sob pena de violação da privatividade da competência regulamentar. 
Portanto, é fundamental não perder de vista dois limites ao exercício do poder normativo decorrentesdo caráter infralegal dessa atribuição: 
A- os atos normativos não podem contrariar regras fixadas na legislação ou tratar de temas que não 
foram objeto de lei anterior; 
B- é vedada a edição, pelas agências, de atos administrativos gerais e abstratos. 
 
Poder de Polícia: é o poder conferido à Administração para condicionar, restringir, frenar o exercício 
de direitos e atividades dos particulares em nome dos interesses da coletividade. Ex: fiscalização. 
O art. 78 do Código Tributário Nacional assim conceitua poder de polícia: 
 
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou 
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de 
interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção 
e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do 
Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
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Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo 
órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de 
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. 
 
O que autoriza o Poder Público a condicionar ou restringir o exercício de direitos e a atividade dos 
particulares é a supremacia do interesse público sobre o interesse particular. 
O poder de polícia se materializa por atos gerais ou atos individuais. 
Ato geral é aquele que não tem um destinatário específico (Exemplo: Ato que proíbe a venda de 
bebidas alcoólicas a menores – atinge todos os estabelecimentos comerciais). 
Ato individual é aquele que tem um destinatário específico (Exemplo: Autuação de um estabelecimento 
comercial específico por qualquer motivo de irregularidade, por exemplo, segurança). 
O poder de polícia poderá atuar inclusive sobre o direito da livre manifestação do pensamento. Poderá 
retirar publicações de livros do mercado ou alguma programação das emissoras de rádio e televisão 
sempre que estes ferirem valores éticos e sociais da pessoa e da família (Exemplo: Livros que façam 
apologia à discriminação racial, programas de televisão que explorem crianças, etc.). 
A competência surge como limite para o exercício do poder de polícia. Quando o órgão não for 
competente, o ato não será considerado válido. 
O limite do poder de atuação do poder de polícia não poderá divorciar-se das leis e fins em que são 
previstos, ou seja, deve-se condicionar o exercício de direitos individuais em nome da coletividade. 
 
Liberdades públicas e o poder de polícia estes se referem aos atributos do poder de polícia, quais 
sejam: 
 
Quanto aos atributos do poder de polícia, é certo que busca-se garantir a sua execução e a 
prioridade do interesse público. São eles: discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade. 
 
Discricionariedade: A Administração Pública goza de liberdade para estabelecer, de acordo com sua 
conveniência e oportunidade, quais serão os limites impostos ao exercício dos direitos individuais e as 
sanções aplicáveis nesses casos. Também confere a liberdade de fixar as condições para o exercício de 
determinado direito. 
No entanto, a partir do momento em que são fixadas essa limites com sua posteriores sanções, a 
Administração será obrigada a cumpri-las, ficando dessa maneira com seus atos vinculados. 
Por exemplo: fixar o limite de velocidade para transitar nas vias públicas. 
 
Autoexecutoriedade: Não é necessário que o Poder Judiciário intervenha na atuação da 
Administração Pública. No entanto, essa liberdade não é absoluta, pois compete ao Poder Judiciário o 
controle desse ato. 
Somente será permitida a autoexecutoriedade quando esta for prevista em lei, além de seu uso para 
situações emergenciais, em que será necessária a atuação da Administração Pública. 
 
Coercibilidade: Limita-se ao princípio da proporcionalidade, na medida que for necessária será 
permitido o uso da força par cumprimento dos atos. 
 
Questões 
 
01. (CFESS - Assistente Técnico Administrativo – CONSULPLAN/2017). Quando a Administração 
Pública aplica penalidade de cassação da carteira de motorista ao particular que descumpre as regras de 
direção de veículos configura-se o exercício do poder 
(A) de polícia. 
(B) disciplinar. 
(C) ordinatório. 
(D) regulamentar 
 
02. (IF/BA - Assistente em Administração – FUNRIO/2016). O poder de polícia tem atributos 
específicos e peculiares ao seu exercício, sendo eles: 
(A) discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade. 
(B) imperatividade, direção e coercibilidade. 
(C) objetividade, imperatividade e autoexecutoriedade. 
(D) exclusividade, coercibilidade e objetividade. 
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(E) discricionariedade, tempestividade e direção. 
 
03. (ANS -Técnico em Regulação de Saúde Suplementar – FUNCAB/2016). No tocante aos poderes 
administrativos pode-se afirmar que a delegação e avocação decorrem do poder: 
(A) hierárquico. 
(B) discricionário. 
(C) disciplinar. 
(D) regulamentar. 
(E) de polícia. 
 
04. (Prefeitura de Rio de Janeiro/ RJ - Administrador - Prefeitura do Rio de Janeiro – RJ/2016). 
Ao editar leis, o Poder Legislativo nem sempre possibilita que elas sejam executadas. Cumpre, então, à 
Administração criar os mecanismos de complementação das leis indispensáveis a sua efetiva 
aplicabilidade. Essa atividade é definida pela doutrina como base do exercício do poder: 
(A) regulamentar 
(B) hierárquico 
(C) disciplinar 
(D) vinculado 
 
05. (PC/PA - Escrivão de Polícia Civil – FUNCAB/2016). No que se refere aos poderes da 
Administração Pública, é correto afirmar que: 
(A) praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra a autoridade 
delegante caberá mandado de segurança, ou outra medida judicial, por ser detentora da competência 
originária. 
(B) o Poder regulamentar deverá ser exercido nos limites legais, sem inovar no ordenamento jurídico, 
expedindo normas gerais e abstratas, permitindo a fiel execução das leis, minudenciando seus termos. 
(C) o Poder Hierárquico é o escalonamento vertical típico da administração direta. Desta forma, a 
aplicação de uma penalidade pelo poder executivo da União a uma concessionária de serviço público é 
uma forma de manifestação deste Poder. 
(D) tanto a posição da doutrina, quanto da jurisprudência são pacíficas sobre a possibilidade de edição 
dos regulamentos autônomos, mesmo quando importarem em aumento de despesas. 
(E) decorre do Poder Hierárquico a punição de um aluno de uma universidade pública pelo seu reitor, 
uma vez que este é o chefe da autarquia educacional, sendo competência dele a punição dos alunos 
faltosos. 
 
06. (TRT - 8ª Região (PA e AP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – CESPE/2016). Assinale 
a opção correta, a respeito dos poderes da administração. 
(A) A autoexecutoriedade inclui-se entre os poderes da administração 
(B) A existência de níveis de subordinação entre órgãos e agentes públicos é expressão do poder 
discricionário 
(C) Poder disciplinar da administração pública e poder punitivo do Estado referem-se à repressão de 
crimes e contravenções tipificados nas leis penais. 
(D) O poder regulamentar refere-se às competências do chefe do Poder Executivo para editar atos 
administrativos normativos. 
(E) O poder de polícia não se inclui entre as atividades estatais administrativas. 
 
07. (PC/PE - Delegado de Polícia – CESPE/2016). Acerca dos poderes e deveres da administração 
pública, assinale a opção correta. 
(A) A autoexecutoriedade é considerada exemplo de abuso de poder: o agente público poderá impor 
medidas coativas a terceiros somente se autorizado pelo Poder Judiciário. 
(B) À administração pública cabe o poder

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