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9/19/2013 1 Cocos Gram Positivos Staphylococcus Streptococcus Prof. Flávio Gimenis 9/19/2013 2 Gênero Staphylococcus Cocos Gram positivos, com aproximadamente 1µm de diâmetro e tendem a formar agrupamentos em arranjos semelhantes a cachos de uva. Cerca de 30 espécies são conhecidas e grande parte são comensais da pele e membrana mucosa; podem atuar como oportunistas causando infecções piogênicas. VÍDEO 9/19/2013 3 Gênero Staphylococcus A maioria dos estafilococos é anaeróbia facultativa, catalase positiva, imóveis e não formadores de endosporos. Catalase (presente em Staphylococcus) e superóxido dismutase (presente em Staphylococcus aureus), inibem a destruição do micro-organismo no interior de células fagocíticas. Algumas gotas de peróxido de hidrogênio a 3% (água oxigenada) são colocadas diretamente na colônia e uma efervescência rápida indica a produção de oxigênio molecular e uma prova positiva. 9/19/2013 4 9/19/2013 5 Gênero Staphylococcus Duas espécies de Staphylococcus (Staphylococcus aureus subsp anaerobius e Staphylococcus saccharolyticus) são anaeróbias e catalase negativas. 9/19/2013 6 Gênero Staphylococcus Os estafilococos coagulase positivos – Staphylococcus aureus e Staphylococcus intermedius e o coagulase-variável Staphylococcus hycus são importantes patógenos dos animais domésticos. Colônias suspeitas são emulsionadas em plasma de coelho num tubo ou lamina de microscopia. A aglutinação das bactérias em 2 minutos indica a presença da coagulase. A presença dessa enzima constitui um importante fator de virulência. A coagulase converte o fibrinogênio em fibrina. 9/19/2013 7 Gênero Staphylococcus As espécies do gênero Staphylococcus estão amplamente distribuídas no mundo todo como comensais na pele de animais e de humanos. Também são encontrados em membranas mucosas do trato respiratório superior e urogenital inferior e como microbiota transitória no trato digestivo. 9/19/2013 8 Gênero Staphylococcus – Identificação e Diferenciação Em espécimes clínicos, espécies do gênero Staphylococcus devem ser diferenciadas de espécies do Gênero Micrococcus. Staphylococcus Coagulase Positivo Micrococcus Coagulase Negativo 9/19/2013 9 Gênero Staphylococcus – Identificação e Diferenciação Em espécimes clínicos, espécies do gênero Staphylococcus devem ser diferenciadas de espécies do Gênero Streptococcus. Cocos Gram Positivos Catalase Positivo Cocos Gram Positivos Catalase Negativo 9/19/2013 10 Catalase: converte o peróxido de hidrogênio em água e oxigênio, tem relação com invasão bacteriana. Coagulase: pode depositar fibrina na superfície dos Staphylococcus aureus, alterando a sua ingestão por células fagocíticas ou sua destruição no interior dessas células. 9/19/2013 11 Hialuronidase: liquefaz o ácido hialurônico Estafiloquinase: promove a fibrinólise Beta-lactamase: sinônimo de penicilase Hemolisina: características hemolíticas (beta hemolisina) Leucocidina: destruição de leucócitos (multiplicação intracelular) Toxina esfoliativa: síndrome estafilocócica da pele escaldada Toxina da Síndrome do Choque Tóxico: enterotoxina F Enterotoxinas: A, B, C, D, E e F (toxinas termoestáveis) 9/19/2013 12 Proteína A – Componente superficial que se liga a porção Fc da IgG e impede a opsonização. Fab Fc 9/19/2013 13 Gênero Staphylococcus Já que estafilococos ocorrem tanto como comensais na pele e membranas mucosas como contaminantes ambientais , as infecções podem ter origem endógena ou exógena. Muitas infecções por este micro-organismo são oportunistas e associadas a: - Trauma - Imunocomprometimento - Infecção secundaria - Condições alérgicas - Distúrbios endócrinos ou metabólicos - Erros de manejo animal 9/19/2013 14 Gênero Staphylococcus As doenças estafilocócicas de importância em animais domésticos são: - Mastite - Piodermite (piodermatite, pioderma, piodermia) - Piemia pelo carrapato (cordeiros – Ixodes ricinus) - Etc 9/19/2013 15 Gênero Staphylococcus Mastite Estafilocócica Bovina: Em geral é causada por Staphylococcus aureus e pode se apresentar de forma clínica, subclínica ou crônica. As formas superagudas ou gangrenosas estão associadas a reações sistêmicas graves e podem ser fatais. 9/19/2013 16 Gênero Staphylococcus Nas mastites gangrenosas, o quarto afetado torna-se frio e cianótico, podendo eventualmente se desprender. A necrose tecidual é atribuída à alpha-toxina (hemolisina), que causa contração e contração da musculatura lisa dos vasos sanguíneos. A alpha-toxina promove a liberação de grânulos lisossomais pelos leucócitos. 9/19/2013 17 Gênero Staphylococcus Piodermite: A piodermite é uma das dermatopatias mais comuns em clínica de pequenos animais, principalmente na espécie canina. O primeiro passo consiste em confirmar, efetivamente, o suposto diagnóstico de piodermite, pois as lesões cutâneas inerentes a este quadro mórbido assumem inúmeros aspectos, podendo mimetizar outras dermatites, tais como a dermatofitose, a dermatite seborreica e as dermatites autoimunes 9/19/2013 18 Gênero Staphylococcus Tal confirmação pode ser feita mediante exame citológico do conteúdo presente no interior de vesículas íntegras. Faz-se um esfregaço em lâmina, que é submetido à coloração por corantes citológicos (Gram, Giemsa ou Novo Azul de Metileno). Ao exame microscópico, observam-se cocos, intra e extracelulares, bem como neutrófilos degenerados. 9/19/2013 19 Gênero Staphylococcus Após visualização de cocos em arranjo estafilococo, estabeleça antibioticoterapia para cocos gram positivos (baseando-se no conhecimento prévio de que o Staphylococcus intermedius é o agente etiológico envolvido em cerca de 99% dos casos de piodermite canina) Antes de se implementar a antibioticoterapia, coletar material para cultura e antibiograma de confirmação. 9/19/2013 20 Gênero Staphylococcus Portanto, deve-se utilizar antibióticos b-lactamase-resistentes, isto é, que resistam à ação inativadora desta enzima produzida pela grande maioria das cepas de Staphylococcus sp. Dentre estes, incluem-se os seguintes grupos: quinolonas, cefalosporinas, aminoglicosídeos, penicilinas b-lactamase-resistentes, sulfas potencializadas, macrolídeos e lincosamídeos, lembrando que estes três últimos grupos são mais eficazes para o combate de piodermites primárias superficiais. 9/19/2013 21 Gênero Staphylococcus Quanto ao período de tratamento, para as piodermites ditas superficiais, reserva-se um intervalo de 10 a 15 dias, e para as profundas de 15 até 60 dias. Paralelamente ao uso de antibióticos sistêmicos, é de grande auxílio a utilização de xampus antissépticos e antiseborreicos, bem como de compressas com soluções antissépticas e cicatrizantes. 9/19/2013 22 9/19/2013 23 9/19/2013 24 Gênero Streptococcus Cocos Gram positivos que formam cadeias de diferentes comprimentos. São catalase negativos, anaeróbios facultativos e imóveis. São bactérias fastidiosas que requerem adição de sangue ou soro no meio de cultura. 9/19/2013 25 Gênero Streptococcus Os estreptococos patogênicos estão associados à formação de abscessos, de outras condições supurativas e de septicemia. Os estreptococos beta-hemolíticos são geralmente mais patogênicos. 9/19/2013 26 Gênero Streptococcus Espécies de importância em medicina veterinária: - Streptococcus agalactiae (mastite – síndrome precoce) - Streptococcus dysgalactiae - Streptococcus equisimilis - Streptococcus equi - Streptococcus zooepidemicus - Streptococcus uberis - Streptococcus pyogenes 9/19/2013 27 O Brasil é o sexto maior produtor de leite do mundo, com cercade 21 bilhões de litros de leite/ano. 9/19/2013 28 Do ponto de vista tecnológico, a qualidade da matéria prima é um dos maiores entraves ao desenvolvimento e consolidação da indústria de laticínios no Brasil. De modo geral o controle da qualidadedo leite nas últimas décadas tem se restringido à prevenção de adulteração do produto in natura. 9/19/2013 29 No Brasil, a partir dos anos 90, gradativamente, algumas cooperativas de laticínios iniciaram a implantação de programas de pagamento do leite por qualidade, tendo por base as provas de redutase, crioscopia e contagem global de microrganismos aeróbios mesófilos, porém, a maioria das cooperativas e laticínios têm privilegiado a quantidade de leite entregue em detrimento da qualidade 9/19/2013 30 A qualidade do leite assume destacada importância também sobre o ponto de vista de saúde pública. No Brasil, embora não existam estatísticas disponíveis sobre o assunto, são frequentes os casos de doenças associadas ao consumo de leite cru ou de derivados produzidos com leite contaminado por micro-organismos patogênicos 9/19/2013 31 9/19/2013 32 Avaliação de cada teto mamário pela quantidade de células somáticas Células de descamação Leucócitos 9/19/2013 33 Streptococcus uberis Streptococcus dysgalactiae Enterococcus faecalis Staphylococcus aureus Streptococcus agalactiae Corynebacterium bovis Mycoplasma sp. Escherichia coli 9/19/2013 34 Microrganismos ambientais X Microrganismos infecciosos 9/19/2013 35 É estimado que para cada caso de mastite clínica na propriedade existam 14 casos de mastite subclínica 9/19/2013 36 Grupo B (Lancefield, 1933) Classificação a partir da composição do carboidrato C Ramnose, N-acetilgalactosamina e Galactose Classificados em tipos sorológicos (polissacarídeo capsular) 9/19/2013 37 Streptococcus agalactiae Ib II III IV VVI VII VIII Ia 9/19/2013 38 III III III Ia, III e IV II Em relação as amostras de origem bovina Inglaterra Alemanha 9/19/2013 39 Os polissacarídeos capsulares são fatores de virulência essenciais em EGB 9/19/2013 40 β-hemolisina citolisina formadoras de poros Danifica o epitélio pulmonar em modelo animal. Atividade reduzida por concentração fisiológica de dipalmitol fosfatidilcolina (componente do surfactante humano). 9/19/2013 41 Pigmento carotenóide Os fenótipos de síntese de hemolisina e pigmento carotenóide são interligados Amostras hiperhemolíticas são também hiperpigmentadas Proteção contra produtos gerados no “burst” oxidativo de macrófagos e neutrófilos 9/19/2013 42 Superóxido dismutase Enzima superóxido dismutase A (gene SodA), ação sinérgica com o pigmento carotenóide Detoxifica radicais reativos de oxigênio 9/19/2013 43 Característica da infecção por EGB Pequeno fluxo de neutrófilo ao sítio de infecção C5a peptidase é uma enzima de aproximadamente 120kDa associada a superfície bacteriana e codificada pelo gene cromossomial scpB 9/19/2013 44 9/19/2013 45 9/19/2013 46 Gene Mecanismo de efluxo ativo do antimicrobiano Mecanismo de proteção ribossômica Aquisição tet(K) X Plasmídeo tet(L) X Plasmídeo tet(M) X Plasmídeo e Transposon tet(O) X Plasmídeo e Transposon Codifica uma proteína que altera a conformação do ribossomo e compete pelo sítio alvo Codifica a proteína que dissocia a tetraciclina ligada ao ribossomo RESISTÊNCIA A TETRACICLINA 9/19/2013 47 Sistema de ordenha manual Sistema de ordenha mecânica 9/19/2013 48 Sistema de ordenha mecanicaSistema de ordenha manual 9/19/2013 49 Anterior Esquerdo Anterior Direito Posterior Esquerdo Posterior Direito 9/19/2013 50 Púrpura de Bromocresol (CMT) 2mL 2mL Amostra de Leite 9/19/2013 51 9/19/2013 52 Amostra Normal Mastite Subclínica + Mastite Subclínica ++ Mastite Subclínica +++ Mastite Clínica AVALIAÇÃO DA GLÂNDULA MAMÁRIA BOVINA California Mastitis Test 9/19/2013 53 Catalase Hemólise Hipurato CAMPEsculina 9/19/2013 54 9/19/2013 55 9/19/2013 56 9/19/2013 57 Perfil genético de resistência à tetraciclina em 56 amostras de S. agalactiae de origem bovina Perfis genéticos de resistência à tetraciclina entre 56 amostras de Streptococcus agalactiae de origem bovina e 10 amostras de origem caprina. 9/19/2013 58 GC-1 GC-1.4 9/19/2013 59 GC-3 9/19/2013 60 GC-4 GC-5 GC-7 9/19/2013 61 9/19/2013 62 9/19/2013 63 9/19/2013 64 Pneumonia Septicemia Meningite Osteomielite 9/19/2013 65 9/19/2013 66 9/19/2013 67 GC-8 9/19/2013 68
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