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Resistência dos Materiais Paulo Cavalvante Ormonde 22 88 –– DDiiaaggrraammaass ddee eessffoorrççooss 88..11 -- CCoonnvveennççããoo ddee ssiinnaaiiss O momento fletor será positivo quando tracionar as fibras do bordo inferior da seção transversal e negativo quando tracionar as fibras do bordo superior. Tração Compressão Esforço Normal s Esforço Cortante s’ s s’ LN s Momento Fletor s’ s s’ LN Resistência dos Materiais Paulo Cavalvante Ormonde 23 88..22 –– MMeettooddoollooggiiaa ppoorr mmeeiioo ddee eexxeerrccíícciioo rreessoollvviiddoo Determinar as reações de apoio e os diagramas de esforços das vigas representadas abaixo. 1º Passo – Classificação da estrutura Primeiramente devemos classificar a estrutura entre hipostática, isostática e hiperestática. De acordo com a figura abaixo podemos obter com base nas vinculações da barra (apoios) o número de incógnitas ou reações de apoio geradas por estas vinculações. Como, neste caso, o número de incógnitas é igual ao número de equações, as três (3) equações da estática, concluímos ser esta uma estrutura isostática e passível de resolução por meio destas equações. P = 10 kN 4 m 6 m L = 10 m A C B HA = 2 kN A B HB = ? VB = ?VA = ? Resistência dos Materiais Paulo Cavalvante Ormonde 24 2º Passo – Cálculo das reações de apoio Façamos inicialmente a soma das forças horizontais. Para que a estrutura seja estável nesta direção é necessário que a soma das forças horizontais resultem em zero, o que define a primeira equação. O sentido positivo adotado está indicado no início da equação. ΣFH = 0; HA + HB = 0 → 2 + HB = 0 → HB = -2 kN (compressão) Fazendo a soma das forças horizontais e igualando a zero obtemos a segunda equação de equilíbrio. Por meio desta equação conseguimos calcular a resultante vertical, mas ainda é necessário determinar as parcelas VA e VB, só obtidas com o uso de uma terceira equação. ΣFV = 0; VA + VB -10 = 0 → VA + VB = 10 kN A terceira equação que utilizaremos para determinar as parcelas VA e VB é a da soma dos momentos fletores que, como nas equações anteriores, debe resultar em zero. Inicialmente realizamos o somatório de momentos em torno do ponto A, traçando para este fim um diagrama de corpo livre para determinar o sentido positivo deste somatório de momentos. Será positivo o momentos fletor que tracionar o bordo inferior da barra. Neste diagrama de corpo livre devemos substituir os apoios por forças equivalentes as reações cujo valor se deseja aferir. ΣMA = 0; -10 . 4 + VB . 10 = 0 → VB = 40/10 → VB = 4 kN A B VB = ? L = 10 m P = 10 kN 4 m Resistência dos Materiais Paulo Cavalvante Ormonde 25 Com o valor de VB determinado podemos calcular diretamente o valor de VA por meio da segunda equação. Á título de validação da metodologia adotada faz-se o somatório de momentos em torno do ponto B com base no respectivo diagrama de corpo livre. ΣMB = 0; -10 . 6 + VA . 10 = 0 → VA = 60/10 → VA = 6 kN Para comprovar se as reações foram calculadas de forma correta, basta substituir seus respectivos valores na equação da somatória dos esforços verticais como demonstrado no cálculo abaixo. VA + VB = 10 kN → 6 + 4 = 10 c.q.d 2º Passo – Traçado dos diagramas Como base no sentido das forças HA e HB, concluímos que a barra AB esta sendo submetida a um esforço normal de compressão. No diagrama de esforço normal, os esforços de compressão são indicados abaixo da barra com sinal negativo. A B VA = ? L = 10 m P = 10 kN 6 m L = 10 m A B D.E.N N (kN) _ -2-2 Resistência dos Materiais Paulo Cavalvante Ormonde 26 O traçado do diagrama de esforços cortantes D.E.V é iniciado na extremidade esquerda da barra e finalizado na extremidade direita à partir da ordenada zero. As figuras abaixo esquematizam o procedimento adotado para o traçado e a apresentação final do diagrama. Os valores de momento fletor, em qualquer ponto da barra, podem ser obtidos pelo somatório de áreas do gráfico de esforços cortantes tanto à direita quanto à esquerda do referido ponto. Áreas positivas e negativas do diagrama de esforços cortantes representam respectivamente momentos fletores positivos e negativos. L = 10 m A B D.E.V V (kN) + VA 0 P VB _ 4 m 6 m C 0 Inicia em zero Termina em zero Da esquerda para a direita L = 10 m A B D.E.V V (kN) + 6 0 _ 4 m 6 m C 0 0 6 -4 -4 Resistência dos Materiais Paulo Cavalvante Ormonde 27 Para o traçado do diagrama de momentos fletores, iniciamos calculando os momentos nos pontos de transição ou descontinuidade de carregamentos e em pontos de apoio. Neste caso o valor de momento fletor nos apoios é nulo, bastando calcular inicialmente o momento fletor no ponto C, ponto onde temos aplicada a força P. Por meio de um diagrama de corpo livre calculamos o momento fletor no ponto C pelo lado esquerdo, definindo adicionalmente a expressão de momento fletor para todo o trecho compreendido entre os pontos A e C. Por meio do diagrama de corpo livre podemos escrever a equação para cálculo do momento fletor em qualquer ponto entre A e C, incluindo o ponto C, a uma distância x horizontal em relação ao ponto A. Como a da equação de momento fletor entre os pontos A e C é uma equação do Primeiro Grau, concluímos que o diagrama entre A e C é uma reta. De forma análoga definimos também o diagrama no trecho CB. A C VA X = 4 m X L = 10 m A B D.E.M M (kN.m) + 0 4 m 6 m C 0 +24 Resistência dos Materiais Paulo Cavalvante Ormonde 28 Montando o diagrama de corpo livre pelo lado direito obtemos o mesmo resultado, com mesmo sinal, obtido por meio do diagrama do lado esquerdo. É importante ressaltar que o sentido positivo ou negativo do momento fletor varia em função do ponto de observação. 88..33 –– EExxeerrccíícciiooss Calcule as reações de apoio e trace os diagramas de força cortante e momento fletor nos seguintes casos: C B VB x = 6 m x P=1000 kgf L / 2 L / 2 L= 5 m A C B Resistência dos Materiais Paulo Cavalvante Ormonde 29 P = 50 tf 3 m 4 m L=7 m A C B p = 2 kN/m L = 5 m A B q = 8 kN/m L = 500 cm A B P = 20 kN L / 2 L / 2 Resistência dos Materiais Paulo Cavalvante Ormonde 30 L=3 m A B W=10 kN/m q = 10 kN/m L = 600 cm A B P = 30 kN L / 3 P = 30 kN L / 3 L / 3 P = 100 kN 200 cm 800 cm AC B Resistência dos Materiais Paulo Cavalvante Ormonde 31 4 m 6 m AC B W = 5 kN/m 4 m 6 m AC B W = 5 kN/m 3 m A B W = 10 kN/m 300 cm 500 cm AC B W = 30 kN/m 200 cm Resistência dos Materiais Paulo Cavalvante Ormonde 323 m 4 m L = 10 m A C B 3 m D W = 1500 kgf/m 3 m 4 m L = 10 m A C B 3 m D W = 3000 kgf/m 3 m 4 m A CB D 800 kgf/m 1200 kgf/m 600 kgf/m 4 m P=1415 kgf P = 1000 kgf θ=45º Resistência dos Materiais Paulo Cavalvante Ormonde 33 Exercícios adicionais