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GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E BACIAS HIDROGRÁFICAS GESTÃO E CONSERVAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS E PLANO DIRETOR COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO MUNICIPAL Introdução A água transportada pelos recursos hídricos, principalmente rios, contém diversas substâncias que podem acabar comprometendo a sua qualidade e limitar seu uso. O lançamento de poluentes em rios e, consequentemente, a degradação da qualidade da água possivelmente é um dos maiores problemas ambientais enfrentados por países de todo o mundo, principalmente em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. Sendo assim, nesta unidade faremos uma análise da importância dos recursos hídricos e de como eles acabam sendo locais de despejos de efluentes nas grandes cidades. E entenderemos algumas consequências que ocorrem devido à atividade indiscriminada. Na sequência, veremos a importância da gestão dos recursos hídricos e das bacias hidrográficas. Para isso, será discutida a definição de Plano de Recursos Hídricos; outorga de direito de usos das águas; cobrança pelo uso da água; enquadramento dos corpos-d’água; e sistemas de informações sobre recursos hídricos. Esses são importantes instrumentos definidos na Política Nacional de Recursos hídricos (Lei 9.433/97), os quais são descritos no Art. 5º da referida legislação. Além disso, apresentaremos os conceitos e a importância do Plano Diretor, um instrumento de gestão urbana dos recursos hídricos e das bacias hidrográficas. E, por fim, serão destacadas as formas de realizar a conservação de recursos hídricos e bacias hidrográficas. População Urbana e Relação com os Recursos Hídricos Em 2050, segundo estimativas do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas, a população mundial passará dos atuais 7,5 bilhões de pessoas para 9,7 bilhões. No Brasil, de acordo com o IBGE Educa (2019, on-line), a maior parcela da população vive nas cidades (representando 84,72% de toda população). Na Figura 2.1, apresenta-se um comparativo de diferentes anos, em relação ao crescimento das grandes cidades mundiais. Estima-se que, em todo o mundo, mais de 800 milhões de pessoas vivem em aglomerados, favelas ou comunidades. Dessa forma, acabam não tendo condições mínimas de saneamento (água tratada, esgotos tratados, coleta regular de lixo). Em todo o mundo, mais de 400 milhões de pessoas dividem instalações sanitárias (fontes, banheiros e depósitos comunitários de lixo) com outros membros de sua comunidade (PINTO-COELHO; HAVENS, 2016). Os usos agrícola e industrial da água ainda são as atividades que mais a consomem; mesmo assim, ainda existe uma tendência para o aumento do uso doméstico das águas nas próximas décadas. Logo, como há mais pessoas morando em centros urbanos em comparação às zonas rurais, o consumo de água e, consequentemente, a contaminação desse importante recurso natural será maior nesses locais. Além disso, Pinto-Coelho e Havens (2016) descrevem que haverá um aumento do consumo per capita de água e, portanto, será maior a contaminação dela. Consumo per capita refere-se à quantidade de água que uma pessoa necessita diariamente. Essa nova tendência está associada não só ao aumento das populações urbanas, mas também às mudanças de hábitos e a um aumento generalizado das necessidades de consumo da população urbana. Infelizmente, a demanda da água nos centros urbanos, para atender às necessidades humanas, principalmente no setor industrial e doméstico, tem ocasionado a deterioração dos corpos de água. Dessa forma, também podemos dizer que, quanto maior for o consumo de água, maiores as chances de haver poluição dos mananciais. A água pura é um líquido incolor, inodoro, insípido e transparente. Contudo, por ser considerada um dos melhores solventes existentes, raramente é encontrada em estado absoluto de pureza, pois, dos 103 elementos químicos que se tem conhecimento, a maioria é encontrado de alguma maneira em águas naturais (RICHTER; NETTO, 2005). Infelizmente, a maioria das grandes cidades mundiais não se preocupa com os recursos hídricos que as cortam, e acabam utilizando-os como local de despejo de efluentes. Atrelado a isso, as cidades situadas em um montante de um rio tendem a poluir as águas que serão utilizadas pelas cidades a jusante, o que acaba resultando cada vez mais em um aumento da poluição (CALIJURI; CUNHA, 2013). Principais Fontes de Poluição Hídrica em Zonas Urbanas Muitas cidades surgiram ao longo dos recursos hídricos (margem de rios ou lagos), e seus habitantes acabaram se acostumando a ver estes locais como uma via de transporte. Mas não muito raro, os rios acabaram sendo visto como uma via pela qual podiam ser lançados todos os tipos de dejetos e descartes produzidos nas cidades. Nos centros urbanos, existem duas grandes fontes de poluição hídrica: Incorporação de substâncias tóxicas. Tratamento de esgoto ineficiente. O tratamento de esgotos é um dos problemas mais antigos da civilização humana. Nos dias atuais, chamamos as águas servidas de efluentes, que, após o uso, acabam tendo suas características (físicas, químicas e microbiológicas) alteradas. Logo, um dos maiores déficits em termos de desenvolvimento da humanidade é aquele relacionado ao saneamento básico. Conforme descrito por Meybeck (2004), as fontes de poluição das águas podem ser classificadas em: pontual: em que o lançamento dos resíduos (sejam domésticos ou industriais) fica restringido apenas em um único ponto de lançamento; difusa: apresenta múltiplos pontos de descarga resultantes do escoamento em áreas urbanas, e, normalmente, as concentrações de poluentes são bastante elevadas. Outro problema é o desperdício, em relação ao uso da água (e, consequentemente, dos recursos hídricos), com a baixa ou má qualidade de água que é distribuída ou está disponível aos moradores das grandes cidades, em várias partes do mundo. Sendo assim, em muitas cidades, os sistemas de distribuição de água não impedem a perda de grandes volumes de água, devido à má conservação ou mesmo ao roubo de água (PINTO-COELHO; HAVENS, 2016). Eutrofização Quando o esgoto doméstico (o qual é constituído por uma grande quantidade de matéria orgânica) é lançado in natura num corpo-d’água, tende-se a ser estabilizado ou assimilado pelo meio hídrico, por meio de vários processos que envolvem transformações químicas, físicas e biológicas, através das quais a matéria orgânica é oxidada, “transformando-se em água, gases e sais minerais, compostos utilizados através da fotossíntese, na formação celular dos seres vivos” (TORRES; MACHADO, 2012, p. 152), em um processo conhecido como biodegradação. Mas, quando esses esgotos são lançados em quantidades superiores à capacidade de assimilação do corpo-d’água, o “ambiente fica sobrecarregado, seu equilíbrio se desfaz e se alteram completamente sua composição e estrutura” (TORRES; MACHADO, 2012, p. 152), passando a ocorrer o que se chama de poluição. Dentre as consequências da poluição, está a eutrofização (Figura 2.2). Segundo com Braga (2005), refere-se ao crescimento excessivo das plantas aquáticas, tanto planctônicas quanto aderidas, a níveis considerados como causadores de interferências com os usos desejáveis do corpo-d’água. Na maior parcela dos casos, a eutrofização se dá em corpos-d’água lênticos, ou seja, que correm de forma vagarosa, por exemplo, represas e lagos. Von Sperling (2005) complementa destacando que em águas lóticas, como em rios, a eutrofização é mais difícil de ocorrer, devido ao processo de autodepuração (a água está constantemente sendo renovada); logo, as chances de crescimento de algas e acúmulo de poluentes são menos favoráveis. Porém, nos períodos de estiagem, quando diminui a vazão dos rios, atrelado à grande quantidadede esgoto lançado, é comum a ocorrência da eutrofização. Dentre os principais impactos ambientais causados pela eutrofização, podemos citar: 1. Frequentes florações das águas. 2. Crescimento excessivo da vegetação. 3. Distúrbios com mosquitos e insetos. 4. Eventuais maus odores. 5. Eventuais mortandades de peixes. Dentre os principais nutrientes responsáveis pela eutrofização dos recursos hídricos, estão o nitrogênio (N) e o fósforo (P), Quando a concentração desses nutrientes aumenta em demasia na água, Esteves (1998) descreve que há uma aceleração no crescimento de algas, pois elas terão mais “alimento”, no caso o N e P. Com esse crescimento acelerado, a incidência de raios solares diminui, além de essas algas “capturarem” o oxigênio presente na água. Dessa forma, é comum ocorrer mortandade de animais aquáticos (principalmente peixes), além de ocasionar produção de metano e gás sulfídrico. Gestão Brasileira de Bacias Hidrográficas De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB, 2019) desde o início do século passado vem sendo criadas legislações e políticas que visam à preservação e valorização de seus recursos hídricos. Nesse contexto, a partir de um levantamento histórico da evolução da gestão de bacias hidrográficas, podemos dizer que o marco inicial da legislação de águas foi por meio do Código de Águas de 34 (Decreto 24.643, em 10 de julho de 1934) (BRASIL, 1934). Com a legislação apresentada, iniciou-se um trabalho de mudança de conceitos relativos ao uso e à propriedade da água. No transcorrer das mudanças econômicas e sociais, que se deram no Brasil e no mundo, essa norma abriu espaço para o estabelecimento de uma Política Nacional de Gestão de Águas. Com a implantação da Constituição Federal, em 1988 (BRASIL, 1988), os recursos hídricos foram assegurando como um direito do povo, conforme art. 225. Além disso, a Constituição define que todos os brasileiros têm direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, necessitando sua preservação para a atual e futuras gerações. Mas a regularização a respeito da gestão dos recursos hídricos veio principalmente em 1997, com a chegada da lei popularmente conhecida como Lei das águas (BRASIL, Lei nº 9433 de 1997) (BRASIL, 1997), a qual estabeleceu a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e instituiu o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH). Sendo assim, a promulgação da Lei nº 9.433/97 (BRASIL, 1997, on-line, grifo nosso) visou à preservação da água, quando, por meio de seu art. 1, incisos I e II, determina que: “[...] a água é um bem de domínio público e dotado de valor econômico”. Portanto, a referida lei implantou alguns instrumentos de gestão das águas, sendo esses: Plano de recursos hídricos. Outorga de direito de usos das águas. Cobrança pelo uso da água. Enquadramento dos corpos-d’água. Sistemas de informações sobre recursos hídricos. Nesse contexto, a Figura 2.3 apresenta a estrutura do Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH): Porém, não podemos deixar de citar sobre a função da Agência Nacional de Águas (ANA), criada por meio da Lei 9.984/2000 (BRASIL, 2000, on-line) e regulamentada pelo Decreto nº 3.692/2000. Dentre os objetivos da ANA, tem-se: Regular o acesso e o uso dos recursos hídricos de domínio da União, que são os que fazem fronteiras com outros países ou passam por mais de um estado, como, por exemplo, o rio São Francisco. A ANA também regula os serviços públicos de irrigação (se em regime de concessão) e adução de água bruta. Além disso, emite e fiscaliza o cumprimento de normas, em especial as outorgas, e também é a responsável pela fiscalização da segurança de barragens outorgadas por ela (ANA, 2019, on-line). O planejamento de uma bacia hidrográfica deve ser realizado seguindo uma ordem, que inicia com o diagnóstico da situação dos recursos hídricos, a qual deve se basear nos resultados dos cenários atuais e futuros. De forma geral, o planejamento de bacias hidrográficas (indiferentemente se estão localizados em rurais ou urbanas) deve seguir as mesmas etapas semelhantes, apesar de cada uma das bacias apresentarem peculiaridades que também precisam ser consideradas no momento do diagnóstico. Duas etapas que são similares para o planejamento das bacias são: o geoprocessamento para levantamento de informações e o planejamento ambiental (FINKLER, 2019). Além disso, cada estado brasileiro tem autonomia para gerir de forma mais restritiva que as legislações federais seus recursos hídricos. O conteúdo mínimo que deve ser abordado em Planos de Recursos Hídricos, de acordo com a Lei nº 9.433/97, art. 7º, abrange: (I) Diagnóstico da situação atual dos recursos hídricos; (II) Análise de cenários alternativos de crescimento demográfico, de evolução de atividades produtivas e de modificações dos padrões de ocupação do solo; (III) balanço entre disponibilidade e demandas futuras dos recursos hídricos, em quantidade e qualidade, com identificação de conflitos potenciais; (IV) metas de racionalização de uso, adequação da oferta, melhoria da qualidade dos recursos hídricos disponíveis, proteção e valorização dos ecossistemas aquáticos; (V) medidas a serem tomadas, programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados, para o atendimento de metas previstas; (IV) Divisão dos cursos de água em trechos de rio, com indicação da vazão outorgável em cada trecho; (VII) Prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hídricos; (VIII) Diretrizes e critérios para cobrança pelos direitos de uso dos recursos hídricos; (IX) Propostas para a criação de áreas sujeitas a restrição de uso, com vistas à proteção dos recursos hídricos e dos ecossistemas aquáticos; (X) Propostas de enquadramento dos corpos de água em classes segundo usos preponderantes (BRASIL, 1997, on-line). Plano de Recursos Hídricos O plano de recursos hídricos possui objetivos de longo prazo, tendo como horizontes o planejamento dos recursos hídricos compatíveis com o período de implantação de programas e projetos, devendo se alinhar com a estrutura legal que regulamenta a matéria. Para isso, inicialmente, deve-se fazer um diagnóstico da situação atual dos recursos hídricos brasileiros. Realizado o diagnóstico, o próximo passo será analisar todas as alternativas de crescimento demográfico, além da evolução das atividades produtivas e de modificação dos padrões de ocupação do solo. Esse passo é importante para o objetivo de longo prazo a que o plano se propõe. Na sequência, deve ser feito um balanço entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hídricos em quantidade e qualidade, com a identificação de potenciais conflitos (SANTELLO, 2017). Analisada a situação atual, bem como as perspectivas da situação futura, o plano passará a traçar metas de racionalização de uso, para aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hídricos disponíveis. De maneira resumida, podemos dizer que o plano de recursos hídricos refere-se a documentos, apresentando informações como gestão, projetos, investimentos prioritários e obras nos recursos hídricos. Quem elabora esses documentos é a ANA, os quais devem ser aprovados pelo Comitê de Bacia Hidrográfica que o recursos hídricos pertence. https://www.ana.gov.br/gestao-da-agua/sistema-de-gerenciamento-de-recursos- hidricos/comites-de-bacia-hidrografica-antigo Outorga de Direito de Usos de Água A outorga é um dos instrumentos de gerenciamento de recursos hídricos que faz a articulação com a gestão ambiental. A Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) (Lei 9.433/97) (BRASIL, 1997), em seu art. 3º, apresenta, a gestão, adequação e integração dos recursos hídricos como diretriz geral para implantar a respectiva política. Um dos instrumentos da PNRH é a outorga de uso da água (conforme art.5º da Lei 9.433/97). A outorga de direito de uso de recursos hídricos tem por objetivos assegurar: O controle quantitativo e qualitativo dos usos da água. O efetivo exercício dos direitos de acesso à água para todos. De forma resumida, a outorga de direito de uso de água representa um instrumento, por meio do qual o poder-público (no caso a União, Estados ou Distrito Federal) autoriza, concede ou, ainda, permite o usuário fazer uso desse importante bem público, no caso a água, tanto superficial como subterrânea. https://www.ana.gov.br/gestao-da-agua/sistema-de-gerenciamento-de-recursos-hidricos/comites-de-bacia-hidrografica-antigo https://www.ana.gov.br/gestao-da-agua/sistema-de-gerenciamento-de-recursos-hidricos/comites-de-bacia-hidrografica-antigo Cobrança Pelo Uso da Água Uma das formas mais comuns de coagir o ser humano a ter um determinado comportamento ou agir de acordo com as leis, os princípios e as regras sociais é onerá-lo ou incentivá-lo financeiramente (SANTELLO, 2017). Em relação à cobrança pelo uso de recursos hídricos, a Lei nº 9.433/1997 (BRASIL, 1997, on-line) tem os seguintes objetivos: “I – dar ao usuário uma indicação do real valor da água; II – incentivar o uso racional da água; e III – obter recursos financeiros para recuperação das bacias hidrográfica do País”. Enquadramento dos Corpos-D’água O enquadramento dos corpos-d’água busca estabelecer o nível de qualidade das águas a ser alcançado ou mantido ao longo do tempo. A Resolução 357/2005 (BRASIL, 2005) emitida pelo CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) dispõe sobre a classificação dos corpos-d’água e fornece diretrizes ambientais para o seu enquadramento. Essa resolução classifica as águas, em seu art. 2ª, em: 1. Águas doces (rios e lagos): águas com salinidade igual ou inferior a 0,5%. 2. Águas salobras (estuários ou lagoas): águas com salinidade superior a 0,5% e inferior a 30%. 3. Águas salinas (mar): águas com salinidade igual ou superior a 30%. Dessa forma, cada classificação de água apresenta um conjunto de usos, ou seja, conjunto de condições e padrões de qualidade de água necessários ao atendimento dos usos preponderantes, atuais ou futuros. Sistemas de Informações Sobre Recursos Hídricos Trata-se de um sistema de coleta de dados, armazenamento, tratamento e recuperação de informações sobre os recursos hídricos. Além disso, busca fornecer informações sobre os fatores que podem interferir na gestão desses recursos. Compete à Agência Nacional de Águas (ANA) organizar e gerir os dados, bem como divulgar as informações a toda a sociedade. Dentre os objetivos do sistema de informações dos recursos hídricos, a ANA (2019) descreve: Reunir e divulgar os dados e informações sobre a situação qualitativa e quantitativa dos recursos hídricos brasileiros. Atualizar permanentemente as informações sobre disponibilidade e demanda de recursos hídricos em todo o território nacional. Fornecer subsídios para a elaboração dos Planos de Recursos Hídricos. Plano Diretor – Ferramenta para Gestão de Bacias Hidrográficas e Recursos Hídricos Com o plano diretor, busca-se orientar a ocupação do solo urbano, dividindo as cidades por áreas. Ou seja, qual área será destinada unicamente à construção de moradias, onde serão instaladas as indústrias (área industrial), qual a área destinada à zona rural, conforme descrevem Abiko e Moraes (2009) Com isso, é possível controlar e organizar a ocupação do território, bem como criar medidas que visam evitar a contaminação dos solos (SINGER, 2017). Além disso, o plano diretor (para cidades litorâneas) auxilia no uso e ocupação da orla, garantindo o acesso à população e, principalmente, garantindo que a preservação ambiental. Dessa forma, o plano diretor é uma lei municipal elaborada pela prefeitura com a participação da Câmara Municipal e da sociedade civil, a fim de estabelecer e organizar o crescimento, o funcionamento e o planejamento territorial da cidade, além de orientar as prioridades de investimentos. Porém, nem todos os municípios são obrigados por lei a possuírem o Plano Diretor. Dessa forma, a Lei nº 10.257, de 2001 (BRASIL, 2001), em seu art. 41, apresenta a obrigatoriedade do plano diretor para municípios que: possuem mais de 20 mil habitantes; são integrantes de regiões metropolitanas; têm áreas com interesse turístico; estão situados em áreas de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental. https://polis.org.br/publicacoes/plano-diretor-passo-a-passo/ Dessa forma, sabendo que os planos diretores buscam orientar o uso e ocupação das cidades, os Planos de Recursos Hídricos podem ser considerados planos diretores, que buscam fundamentar e orientar a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e o gerenciamento dos recursos hídricos. Esses planos possuem longos prazos, com horizonte de planejamento compatível com o período de implantação de seus programas e projetos e serão elaborados por bacia hidrográfica, por estado e para o país (AGÊNCIA DE..., 2019, on-line). Cada estado brasileiro poderá ter diferentes legislações a respeito dos planos diretores de bacias hidrográficas. Como exemplo, podemos citar a Lei Estadual de Minas Gerais, nº 13.199, de janeiro de 1999 (SEMAD, 1999), a qual define os Planos Diretores de Recursos Hídricos de Bacias Hidrográficas (PDRH), como o primeiro instrumento de gestão das águas de uma bacia, uma vez que eles devem fornecer orientações para a implementação dos demais instrumentos de gestão. Zoneamento A Lei Federal nº 6.938, de 31/08/81 (BRASIL, 1981), tem como objetivos centrais garantir a preservação e a qualidade ambiental, visando garantir a saúde humana e o desenvolvimento socioeconômico do País. O zoneamento urbano é um importante instrumento definido na Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938, de 31/08/81, art. 9º, inciso II), sendo também amplamente utilizada na elaboração dos planos diretores. O site do Ministério do Meio Ambiente (BRASIL, 2019) apresenta diferentes tipos de zoneamento, sendo os mais importantes: Zoneamento Ambiental: busca organizar o território municipal, a fim de conciliar tanto o crescimento econômico quanto a preservação do meio ambiente. Zoneamento agroecológico (ZAE): busca organizar as áreas rurais dos municípios, tanto em relação às atividades da agricultura como da pecuária. https://polis.org.br/publicacoes/plano-diretor-passo-a-passo/ Zoneamento industrial: busca organizar o território municipal em relação à instalação de indústrias, definindo, por exemplo, áreas mais suscetíveis a acidentes ambientais. Zoneamento urbano: é uma importante ferramenta utilizada nos planos diretores das cidades, auxiliando no uso e no porte (no caso o tamanho) dos lotes e das edificações. Além disso, por meio do zoneamento urbano é possível traçar diretrizes de uso e ocupação dos solos, definindo onde estarão localizadas as áreas industriais, comerciais, residenciais, mistas ou de preservação ambiental. Dessa forma, especificamente falando do zoneamento ambiental ou também denominado de zoneamento ecológico econômico (ZEE), visa promover a ordenação do uso e da ocupação do solo de forma adequada. Essa ordenação está baseada na análise da viabilidade ambiental das atividades econômicas (Figura 2.1). Dessa forma, tem-se uma repartição do território municipal e na destinação da terra e do uso do solo, definindo a qualificação do solo em quatro tipos distintos: urbano, de expansão urbana, urbanizáveis e rural. Assim, caso um empreendimento/atividade vise se instalar em determinação cidade, faz-se necessária a elaboração de estudos detalhados, os quais estão previstos pela PNMA, analisando possíveis impactos ambientais (no solo, na água, na fauna e flora, dentre outros), que assegurem a instalação em locais adequados, a fim de minimizar possíveisefeitos e impactos negativos sobre o meio ambiente. Por fim, é importante mencionar que esse zoneamento pode ocorrer em nível Federal, Estadual ou Municipal. Estatuto da Cidade Nos arts. 182 e 183 da Constituição (BRASIL, 1988), foram definidas as diretrizes básicas para a política urbana brasileira, assim como a obrigatoriedade de algumas cidades em aprovar um plano diretor. Honda et al. (2015) comentam que, em 2001, esses artigos foram regulamentados por meio da instituição da Lei Federal de nº 10.257, a qual é conhecida como Estatuto das Cidades (BRASIL, 2001). O plano diretor está definido no Estatuto das Cidades, sendo esse um instrumento básico para orientar a política de desenvolvimento e de ordenamento da expansão urbana de um determinado município. Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) A Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (BRASIL, 2001), popularmente conhecida como Estatuto da Cidade, instituiu as Zonas Especiais de Interesse Social. Também denominadas de Áreas Especiais de Interesse Social (AEIS), referem-se a espaços localizados nas cidades para assentar habitacionais para pessoas de baixa renda, que podem ser novas, ou já existentes. De acordo com a Prefeitura de São Paulo (SÃO PAULO, 2019), as ZEIS visam fornecer moradia digna, por meio de melhorias urbanísticas (saneamento, infraestrutura e estradas, dentre outras), recuperação ambiental de áreas degradadas, preservação ambiental, regularização fundiária e previsão de habitações de interesse social (HIS) e habitações de mercado popular (HMP). Conservação de Bacias Hidrográficas A bacia hidrográfica pode ser definida como um “sistema físico onde a entrada é o volume de água precipitado e a saída é o volume de água escoado pelo exutório, considerando-se como perdas intermediárias os volumes evaporados e transpirados e também os infiltrados profundamente” (TUCCI, 2013, p. 41). Para realizar a conservação das bacias hidrográficas e dos recursos hídricos, é fundamental investir em saneamento básico, que consiste no conjunto de medidas que objetivam preservar ou modificar o meio ambiente para prevenir doenças e semear saúde. Por meio dele, é possível melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, a produtividade do indivíduo e otimizar a atividade econômica. No Brasil, o saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição Federal e pela Lei nº 11.445/2007 (BRASIL, 2007). Apesar de ser um assunto bastante discutido nas mídias sociais, o saneamento básico está longe de ser considerado satisfatório. E isso não apenas em território nacional, mas em todo o mundo. Segundo pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), cerca de 4,5 bilhões de pessoas no mundo, bem mais da metade da população mundial (estimada atualmente em 7,6 bilhões de habitantes), não têm acesso a saneamento básico seguro, conforme descreve a Organização das Nações Unidas (ONU) (2017). Em território Nacional, o Trata Brasil (2019) descreve que o país ainda apresenta praticamente 35 milhões de pessoas sem acesso à água tratada, quase 100 milhões de brasileiros sem coleta de esgotos (o que corresponde a 47,6% da população) e apenas 46% dos esgotos gerados no país são tratados. Sabe-se que o saneamento básico e o tratamento de água e esgoto são práticas de extrema importância, não apenas para garantir a saúde e bem-estar da população, mas também para que um país possa ser considerado desenvolvido. Saneamento consiste no conjunto de medidas que objetivam preservar ou modificar o meio ambiente para prevenir doenças e semear saúde, pois melhora a qualidade de vida dos cidadãos, a produtividade do indivíduo e otimiza a atividade econômica. A ausência de serviços de saneamento acaba resultando em precárias condições de saúde e incidência de doenças, principalmente de veiculação hídrica. Mas como garantir a qualidade dos recursos hídricos e das bacias hidrográficas? Pinto-Coelho e Havens (2016) fornecem alguns exemplos para a cidade de São Paulo, maior cidade da América Latina e uma das maiores do mundo. Dessa forma, tem-se que: reavaliar a real capacidade de estocagem de água nos reservatórios; alterar, readequar os múltiplos usos das bacias hidrográficas dos principais mananciais que abastecem a cidade de São Paulo; economizar água; reciclar água; evitar o desperdício de água na rede de abastecimento público; modificar as leis municipais visando diminuir o uso per capita de água tratada no município; buscar novas fontes de água para a cidade de São Paulo (importar água de outras bacias). Dentre os benefícios que o saneamento básico proporciona, Abiko e Moraes (2009) citam questões ambientais, econômicas e sociais. Especificamente falando sobre as questões ambientais, podemos citar: 1. Economia na saúde pública: a cada R$ 1,00 gasto com saneamento, o município/cidade economiza R$ 4,00 em saúde pública, evitando o tratamento de doenças primárias. Logo, pode-se dizer que esse benefício é ambiental, social e econômico. 2. Revitalização de rios: ocorre principalmente através principalmente do tratamento dos efluentes (dejetos líquidos industriais e domésticos), sendo a água devolvida limpa e desinfetada para os recursos hídricos. Dessa forma, além da preservação, garante-se a reintegração dessa água com a paisagem urbana, favorecendo o bem-estar da população. 3. Prevenção de enchentes: a drenagem de áreas e vias públicas é item obrigatório no plano de saneamento básico. Com tubulações limpas e sem obstruções (resíduos, detritos, dimensionamento correto, dentre outros), a água escoa até as galerias pluviais. 4. Evita a poluição do solo: com um saneamento adequado, evita-se que resíduos e efluentes líquidos contaminem os solos, prejudicando tanto o meio ambiente como a população. http://www.tratabrasil.org.br/images/estudos/itb/ranking- 2019/PRESS_RELEASE___Ranking_do_Saneamento___NOVO.pdf http://www.tratabrasil.org.br/images/estudos/itb/ranking-2019/PRESS_RELEASE___Ranking_do_Saneamento___NOVO.pdf http://www.tratabrasil.org.br/images/estudos/itb/ranking-2019/PRESS_RELEASE___Ranking_do_Saneamento___NOVO.pdf Conclusão Infelizmente, a maior parcela dos esgotos sanitários (efluentes) acaba sendo despejada nos recursos hídricos, sem tratamento prévio. Essa é uma prática muito comum, principalmente nos países em desenvolvimento, pois não possuem tantos recursos financeiros para realizar obras de saneamento ou realizar fiscalizações. Dessa forma, a contaminação é inevitável, causando graves problemas ambientais, como a eutrofização e alterações nos parâmetros físicos, químicos e microbiológicos dos recursos ambientais. Portanto, nesta unidade, definimos como as cidades são grandes responsáveis pela contaminação dos recursos hídricos, principalmente devido ao aumento populacional nessas áreas. Em seguida, definimos a importância da gestão das bacias hidrográficas brasileiras e sua importância, sendo apresentados os principais instrumentos de gestão das águas. Posteriormente, foi apresentada a importância do Plano Diretor como ferramenta para gestão dos recursos hídricos, sendo apresentadas algumas das principais ferramentas para o controle deles. Por fim, definiu-se saneamento básico e apresentaram-se algumas ideias de como realizar a conservação das bacias hidrográficas. Referências Bibliográficas ABIKO, A.; MORAES, O. B. Desenvolvimento urbano sustentável. São Paulo: Escola Politécnica da USP; Departamento de Engenharia de Construção Civil, 2009. AGÊNCIA DE BACIAS PCJ. Planos de Recursos hídricos. [2019]. Disponível em: http://www.agenciapcj.org.br/novo/instrumentos-de-gestao/plano-de-recursos-hidricos. Acesso em: 8 dez. 2019. ANA – AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Sobre a ANA. Disponível em: https://www.ana.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/sobre-a-ana.Acesso em: 7 dez. 2019. BITTENCOURT, C.. PAULA, M. A. S. Tratamento de efluentes: fundamentos de saneamento ambiental e gestão de recursos hídricos. São Paulo: Érica, 2014. BRAGA, B. et al. Introdução à engenharia ambiental. Prentice Hall, 2005. BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm. Acesso em: 15 dez. 2019. BRASIL. Decreto nº 24.643, de 10 de julho de 1934. Decreta o Código de Águas. Diário Oficial da União. 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