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12 - PESQUISA CIENTÍFICA

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139 
MTC – Profª. Me. Sandra Villarinho – Aula: 13 - SEMANA: 28/04-14/05 - APOSTILA: 12 
 
12 PESQUISA CIENTÍFICA 
 
Nessa unidade estudaremos os conceitos e características da Pesquisa Científica, para 
identificar os diferentes tipos quanto a sua natureza, sua abordagem, seus objetivos e seus 
procedimentos técnicos. Será também apresentado as principais técnicas, com a finalidade de 
ampará-lo(a) em suas escolhas para a construção de seu plano de pesquisa e, posteriormente, para o 
desenvolvimento do artigo científico. 
 
12.1 Definição de pesquisa? 
 
Pesquisa é um processo de investigação que se interessa em descobrir as relações 
existentes entre os aspectos que envolvem os fatos, fenômenos, situações ou coisas. Para Ander-Egg 
(apud MARKONI; LAKATOS, 2010, p. 139) é um “procedimento reflexivo sistemático, controlado e 
crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do 
conhecimento. Para Rúdio (2015, p. 9) “é um conjunto de atividades orientadas para a busca de um 
determinado conhecimento”. 
Para que a pesquisa receba o qualitativo de “científica”, é necessário que seja desenvolvida 
de maneira organizada e sistemática, seguindo um planejamento previamente estabelecido pelo 
pesquisador. É no planejamento da pesquisa que se determina o caminho a ser percorrido na 
investigação do objeto de estudo. Ou seja, Pesquisa Científica é a realização concreta de uma 
investigação planejada e destinada a conhecer e explicar os fenômenos, identificando e 
proporcionando de maneira válida e confiável, dados e informações suficientes e relevantes sobre 
determinado aspecto da realidade. 
Rudio (2015, p. 9, grifo do autor) afirma que “a pesquisa científica se distingue de qualquer 
outra modalidade de pesquisa pelo método, pelas técnicas, por estar voltada para a realidade empírica, 
e pela forma de comunicar o conhecimento obtido.” 
 
12.2 Tipos de pesquisa 
 
Existem várias formas de classificar as pesquisas. Com relação às escolhas metodológicas, 
podem ser utilizadas as seguintes categorias: classificação quanto à natureza da pesquisa, 
classificação quanto à abordagem da pesquisa, classificação quanto ao objetivo da pesquisa, e 
classificação quanto à escolha do procedimeto técnico. No quadro 1 apresenta-se, de forma 
estrutural a classificação da pesquisa científica para facilitar o entendimento do estudo. 
 
 
140 
 
 
 
 Quadro 1: Classificação dos tipos de pesquisa. 
Fonte: Elaborado a partir de: MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica, 2010, p.174-213. 
 
 
 I - Do ponto de vista da sua NATUREZA, pode ser: 
 
- Pesquisa Básica, também chamada pesquisa pura ou pesquisa fundamental: É conduzida com o 
objetivo principal de contribuir para o conhecimento já existente através do acúmulo de informação, 
visando entender os porquês por trás de fenômenos. Ou seja: através da pesquisa pura procura-se 
atualizar conhecimento mais do que produzir resultados concretos. Envolve verdades e interesses 
universais. Ela refere-se ao estudo destinado a aumentar nossa base de conhecimento científico sem a 
preocupção direta com suas aplicações e consequências práticas. (GIL, 2019, p.42). 
Exemplo: 
- Pesquisas que têm por objetivo o desenvolvimento de novas linguagens de programação e sistemas 
operacionais. 
 
- Pesquisa Aplicada ou Investigação Aplicada: Procura responder questões específicas, tendo como 
objetivo a busca de resultados e soluções concretas, refere-se ao método científico que envolve a 
aplicação prática da ciência. Como seu objetivo principal é a produção de novos produtos e processos, 
os seus resultados nem sempre são divulgados, pois podem gerar novas patentes internacionais, 
então, neste caso, se diz que a pesquisa é reservada. 
Além de gerar novos produtos e processos, produz conhecimentos que são veiculados 
diretamente pelos pesquisadores em empresas, ou através de congressos, feiras, seminários, 
consultorias para assistência técnica, publicação de boletins industriais e manuais técnicos. 
De acordo com Gil (2019, p. 43) “a pesquisa aplicada possui muitos pontos de contato com a 
pesquisa pura, pois depende de suas descobertas e se enriquece com o seu desenvolvimento.” 
Exemplo: 
- Elaboração e produção (desenvolvimento) de softwares aplicados a soluções de problemas operacionais e de 
melhoria da produtividade. 
 
 
 II - Do ponto de vista a forma de ABORDAGEM, pode ser: 
 
- Pesquisa Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, 
um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido 
em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de 
CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE PESQUISA 
 
I- QUANTO A 
NATUREZA 
II - QUANTO A 
ABORDAGEM 
III- QUANTO AOS 
OBJETIVOS 
 
IV - QUANTO AOS PROCEDIMENTOS 
TÉCNICOS 
- Pesquisa Básica, 
também chamada 
pesquisa pura ou 
pesquisa fundamental; 
 
 
- Pesquisa Aplicada ou 
Investficaçãoigação 
Aplicada. 
- Pesquisa Qualitativa; 
 
- Pesquisa Quantitativa; 
 
- Pesquisa Qualitativa-
Quantitativa. 
- Pesquisas Exploratórias; 
 
- Pesquisa Descritiva; 
 
- Pesquisa Exlicativa. 
 
Grupo que se vale 
de informações 
impressas. 
Bibliográfica; 
 
Documental. 
 
 
Grupo que utiliza 
informações 
obtidas por meio de 
pessoas ou 
experimentos. 
- Experimental; 
 
- Ex-pos-facto; 
 
- Levantamento; 
 
- Estudo de Caso; 
 
- Estudo de 
Campo; 
 
- Pesquisa Ação; 
 
- Pesquisa 
Participante; 
 
- Estudo de 
Coorte. 
 
 
141 
 
pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte 
direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. É descritiva. Os pesquisadores 
tendem a analisar seus dados indutivamente. 
O processo e seu significado são os focos principais de abordagem. É nesse nível mais 
profundo, o nível dos significados, motivos, aspirações, atitudes, crenças e valores, que se expressa 
pela linguagem comum e na vida cotidiana – o objeto da abordagem qualitativa. 
 
- Pesquisa Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em 
números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de 
técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana, desvio-padrão, coeficiente de correlação, 
análise de regressão, etc.). No quadro 2, compara os principais aspectos da pesquisa qualitativa e da 
pesquisa quantitativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 2: Principais aspectos da pesquisa qualitativa e da pesquisa quantitativa. 
Fonte: Elaborado a partir de: POLIT, Denise; BECK, CHERYL Tatano; HUNGLER, Bernadete; THORELL, Ana. Fundamentos de 
pesquisa em enfermagem: métodos, avaliação e utilização, 2004, p. 251-252... 
 
 
Assim, como observado durante o estudo, tanto a pesquisa qualitativa quanto a pesquisa 
quantitativa apresentam diferenças com pontos fracos e fortes. Contudo, os elementos 
fortes de um complementam as fraquezas do outro, fundamentais ao maior desenvolvimento da 
Ciência. 
 
- Pesquisa Qualitativa-Quantitativa: São desenvolvidas duas etapas de pesquisa: primeiramente é 
conduzida a fase qualitativa para se conhecer o fenômeno estudado. De posse dessas informações, 
parte-se para a construção de um questionário fechado e aplica no setor. Depois da tabulação, é feita a 
análise dos dados com o auxílio e instrumentos estatísticos. A decisão pelo desenvolvimento de uma 
pesquisa qualitiva-quantitativa envolve, além do interesse dos pesquisadores, o enfoque dado ao 
problema de pesquisa que, muitas vezes, depende de uma abordagem múltipla para ser 
adequadamente investigado. (GIL, 2008). 
 
 
 III - Do ponto de vista de seus OBJETIVOS pode ser: 
 
De acordo com Gil (2008), antes de traçar a metodologia no seu projeto, deixarclaro o tipo de 
pesquisa que você irá realizar. A pesquisa é classificada, com base no objetivo geral. Assim, é 
PESQUISA QUALITATIVA PESQUISA QUANTITATIVA 
Tenta compreender a totalidade do 
fenômeno, mais do que focalizar conceitos 
específicos 
Focaliza uma quantidade pequena de 
conceitos 
Possui poucas ideias preconcebidas e salienta 
a importância das interpretações dos eventos 
mais do que a interpretação do pesquisador 
Inicia com ideias preconcebidas do modo 
pelo qual os conceitos estão relacionados 
Coleta dados sem instrumentos formais e 
estruturados 
Utliza procedimentos estruturados e 
instrumentos formais para coleta de dados 
Não tenta controlar o contexto da pesquisa, 
e, sim captar o contexto na totalidade 
Coleta os dados mediante condições de 
controle 
Enfatiza o subjetivo como meio de 
compreender e interpretar as experiências 
Enfatiza a objetividade, na coleta e análise 
dos dados 
Analisa as infomações narradas de uma 
forma organizada, mas intuitiva 
Analisa os dados númericos através de 
procedimentos estatísticos 
 
 
142 
 
possível classificar a Pesquisa Científica em três grandes grupos gerais: Pesquisas Exploratórias, 
Pesquisas Descritivas e Pesquisas Explicativas. 
 
Pesquisas Exploratórias: Este tipo de pesquisa tem como objetivo proporcionar 
maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a 
construir hipóteses. A grande maioria dessas pesquisas envolve: (a) levantamento 
bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o 
problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que estimulem a compreensão. Essas 
pesquisas podem ser classificadas como: pesquisa bibliográfica e estudo de caso. 
 
 
Pesquisas descritivas: É o tipo de pesquisa que observa, registra, analisa, descreve 
e correlaciona fatos e fenômenos sem manipulá-los. Geralmente procura descobrir a 
frequência com que um fenômeno ocorre e sua relação com outros fatores. Também 
se pode dizer que descreve as características de uma determinada população ou 
fenômeno, ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Geralmente assumem a 
forma de levantamento. 
 
 
Pesquisas explicativas: Este tipo de pesquisa têm como preocupação central 
identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos 
fenômenos. É o tipo de pesquisa que mais se aprofunda o conhecimento da realidade, 
porque explica a razão, o porquê das coisas. Por isso, é o tipo mais complexo e 
delicado, já que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente. As pesquisas 
explicativas nas ciências naturais valem-se quase exclusivamente do método 
experimental. Nas ciências sociais, a aplicação deste método reveste-se de muitas 
dificuldades, razão pela qual se recorre também a outros métodos, sobretudo o 
observacional. A maioria das pesquisas deste grupo pode ser classificada como: 
experimentais e ex-post-facto. 
 
 
 
 IV - Do ponto de vista dos PROCEDIMENTOS TÉCNICOS, pode ser: 
 
Após a fase inicial de escolha do objetivo de uma pesquisa (pesquisa exploratória ou 
descritiva ou explicativa), segue-se uma outra fase, em que nós teremos que escolher os 
procedimentos técnicos e/ou metodológicos para efetivamente conduzir a pesquisa. A fase inicial nos 
 
 
143 
 
fornece um norte teórico. A próxima fase irá fornecer o planejamento da pesquisa, ou seja, como a 
nossa pesquisa vai acontecer. 
Basicamente, existem dois grandes grupos de delineamentos: o primeiro grupo que se vale 
de informações impressas (provenientes de livros, revistas, documentos impressos ou eletrônicos), e o 
segundo grupo se utiliza informações obtidas por meio de pessoas ou experimentos. No primeiro grupo 
destaca-se a pesquisa bibliográfica e documental. No segundo grupo, temos a pesquisa experimental, 
a pesquisa ex-post-facto, o levantamento, o estudo de caso, o estudo de campo (pesquisa de campo), 
a pesquisa-ação, a pesquisa participante e o estudo de coorte. 
 
1º grupo de delineamento: aqueles que se valem das chamadas fontes de “papel” e aqueles cujos 
dados são fornecidos por pessoas. 
 
a) Pesquisa bibliográfica: é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído 
principalmente de livros e artigos científicos. As pesquisas sobre ideologias, bem como 
aquelas que se propõem à análise das diversas posições acerca de um problema, também 
costumam ser desenvolvidas quase que exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. ou 
seja, o pesquisador não sai a campo para fazer sua pesquisa, pois ela é feita em materiais 
que já foram pesquisados e elaborados por outros autores. É considerada o primeiro passo de 
qualquer pesquisa científica. Aparece nas demais pesquisas (de campo ou de laboratório) na 
parte em que chamamos de Revisão de Literatura. 
 
Exemplos de material: Livros; Obras de referências: dicionários da língua portuguesa ou especializados, 
enciclópedias gerais ou especializadas; Manuais; Periódicos científicos: Os que são disponíveis em fonte de 
papel, wm CD-ROM e na internet; Sites especializados; Teses e dissertações; Anais; Periódicos de idexação e 
resumo. 
 Exemplos: 
- Analisar a vida e obra do arquiteto Oscar Niemayer. 
- Investigar Teorias do Desenvolvimento Humano. 
- Aprofundar o conhecimento teórico sobre Dislexia. 
 
 
b) Pesquisa documental: tem por finalidade reunir, classificar e distribuir documentos de todo 
gênero dos diferentes domínios da atividade humana. São chamados de documentos fontes 
de informação que ainda não receberam organização e nem foram publicados, assemelha-se 
muito à pesquisa bibliográfica. A diferença essencial entre ambas está na natureza das fontes. 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo: 
- Analisar e comparar os conteúdos da educação infantil da década de 1950, registrados em planos de 
aula de professores e os conteúdos sugeridos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais. 
 
Exemplos de fonte: 
FONTES PRIMÁRIAS FONTES SECUNDÁRIAS 
Documentos oficiais; Publicações parlamentares; 
Publicasções administrativas; Documentos jurídicos; 
Arquivos particulares; Fontes estatísticas; 
Iconografia; Fotografia; Canções folclóricas; 
Estatuas; Cartas; Autobiografia; Diários. 
Livros; Boletins; Jornais; Monografias, teses e 
dissertações; Artigos em fonte de papel e em meio 
eletrônico; Revistas; Material cartográfico; 
 Anais de congressos; Relatório de pesquisa; 
 Publicações avulsas. 
 
 
144 
HIPÓTESE: é a 
suposição de algo 
provável e 
possível de ser 
verificado a fim de 
que possa ser 
extraída uma 
conclusão. É todo 
um conjunto de 
condições que se 
toma como ponto 
de partida para 
elaborar o 
raciocínio. 
2º grupo de delineamento: utiliza informações obtidas por meio de pessoas ou experimentos. 
 
a) Pesquisa experimental: o experimento representa o melhor exemplo de pesquisa científica. 
Essencialmente, a pesquisa experimental consiste em determinar um objeto de estudo, 
selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de 
observação dos efeitos que a variável produz no objeto. Pode-se dizer que a pesquisa 
experimental é uma relação de causa e efeito (causa = tratamento e efeito 
= consequência). Trabalha-se tentando comprovar hipóteses. 
 
 A pesquisa experimental, como se supõe, não precisa 
necessariamente ser realizada em laboratório. Pode ser desenvolvida em 
qualquer lugar, desde que apresente as seguintes propriedades: 
manipulação (o pesquisador precisa fazer alguma coisa para manipular 
pelo menos uma das características dos elementos estudados); controle (o 
pesquisador precisa introduzir um ou mais controles na situação 
experimental, sobretudo criando um grupo de controle); distribuição 
aleatória (a designação dos elementos para participar dos grupos 
experimentais e de controle deve ser feita aleatoriamente). 
 
Exemplos: 
- Avaliar a melhor frequência cardíaca máxima de treinamento (65%, 55%ou 50%) para 
mulheres sedentárias e donas de casa, de 50 a 60 anos, da cidade de Guarujá/SP. 
- Avaliar o desempenho de operários em situações diferentes de luminosidade. 
- Avaliar o desempenho de alunos em situações metodológicas diferentes de aprendizagem. 
 
 
b) Pesquisa ex-post-facto: tem-se um experimento que se realiza depois dos fatos. Não se 
trata rigorosamente de um experimento, posto que o pesquisador não tem controle sobre as 
variáveis. Todavia, os procedimentos lógicos de delineamento ex-post-facto são semelhantes 
aos dos experimentos propriamente ditos. Basicamente, neste tipo de pesquisa são tomadas 
como experimentais situações que se desenvolveram naturalmente e trabalha-se sobre elas 
como se estivessem submetidas a controles. 
 
Exemplo: 
- Possíveis causas de acidentes. 
 
 
c) Levantamento – as pesquisas deste tipo caracterizam-se pela interrogação direta das 
pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se à solicitação de 
informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado, para, em 
seguida, mediante análise quantitativa, obterem-se as conclusões correspondentes aos dados 
coletados. 
 Existem dois tipos de levantamento que são por amostra de uma população, também 
conhecido como CENSO (1 - Descritiva diagnóstica - Trata-se de levantamento junto às 
fontes primárias, geralmente através de aplicação de questionários para grande quantidade 
de pessoas. Utilizam-se questionários, formulários ou entrevistam-se diretamente os sujeitos 
da pesquisa) e o tipo SURVEY (2 - Descritiva de opinião – tendo sua obtenção dos dados 
sobre as características ou opiniões de determinado grupo de pessoas utilizando de 
instrumento de pesquisa, bem comum o questionário). Procura saber as preferências das 
pessoas com relação a algum produto; assunto. A metodologia de survey é hoje empregada 
nas mais diversas áreas do conhecimento – economia, política, meio ambiente, marketing, 
ciências sociais, saúde, entre muitas outras. 
 
 
 
 
145 
Exemplos 1: 
- Diagnóstico do índice de analfabetos na construção civil da cidade de Guarujá/SP. 
- Levantamento de sintomas depressivos em crianças e adolescentes com hemofilia. 
 
Exemplo 2: 
- Opinião sobre a violência nas ruas das grandes cidades; ou sobre eleições. 
 
d) Estudo de caso – Consiste geralmente no estudo aprofundado de uma unidade individual, tal 
como: uma pessoa, um grupo de pessoas, uma instituição, um evento cultural, etc., de 
maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento. Nessa pesquisa é possível 
distinguir quatro fases: delimitação da unidade – caso; coleta de dados; análise e interpretação 
dos dados e relatório. 
 
 Os estudos de caso são o tipo de pesquisa que pode ser utilizado como abordagem 
qualitativa ou quantitativa. Por exemplo, se eu estudar a mecânica dos passos de uma pessoa 
ao realizar step trainning, estarei realizando uma pesquisa do tipo estudo de caso com um 
método experimental e que tem uma abordagem quantitativa. 
 
Exemplos: 
- Estudar com profundidade uma criança que apresenta dislexia. 
- Estudar os processos de gestão do setor de recursos humanos de diferentes empresas (casos 
múltiplos). 
 
 
e) Estudo de campo – o estudo de campo apresenta muita semelhança com o “levantamento”. 
Pode-se dizer que o levantamento tem maior alcance e o estudo de campo, maior 
profundidade. 
 
 O levantamento procura ser representativo de universo definido e oferecer resultados 
caracterizados pela precisão estatística. O estudo de campo procura muito mais o 
aprofundamento das questões propostas do que a distribuição das características da 
população segundo determinadas variáveis. O planejamento do estudo de campo apresenta 
maior flexibilidade, podendo ocorrer mesmo que seus objetivos sejam reformulados ao longo 
da pesquisa. 
 
Exemplo: 
A pesquisa de campo pode ser aplicada, por exemplo, para procurar entender se os clientes de 
determinado estabelecimento estão satisfeitos com o atendimento de um setor específico. 
 
Para isso, o pesquisador poderá produzir questionários ou fazer entrevistas com alguns participantes 
para obter as respostas. Por fim, e com base em informações que ajudem a contextualizar a realidade 
dos clientes e do estabelecimento, o pesquisador poderá identificar os pontos positivos e negativos do 
serviço. 
 
 
f) Pesquisa-ação – trata-se de um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e 
realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e 
no qual os pesquisadores e os participantes da situação ou do problema estão envolvidos de 
modo cooperativo ou participativo na resolução do problema. 
 
 A palavra-chave na pesquisa-ação é Intervenção/Ação, ou seja, envolve a ação dos 
pesquisadores e dos grupos interessados, o que ocorre nos mais diversos momentos da 
 
 
146 
pesquisa. Este método de pesquisa é utilizado geralmente por Ongs e outras instituições que 
têm finalidades sociais maiores. 
 
Exemplo: 
Investigar a prática dos professores de Cursos de Graduação da UNIDON, a partir de sua ação 
(re)significando metodologias de trabalho. 
 
 
g) Pesquisa Participante – trata-se de um enfoque de investigação social por meio do qual se 
busca a plena participação da comunidade na análise de sua própria realidade, com o 
objetivo de promover a participação social para o benefício dos participantes da investigação. 
Trata-se, portanto, de uma atividade educativa, de investigação e ação social. O principal 
instrumento de pesquisa é a observação participante. É útil para estudar-se a organização 
social em situações de pequenos grupos até grandes instituições. 
 
 Um pesquisador pode usar a observação participante para estudar um grupo de uma vila 
ou a burocracia de uma cidade. É útil para aprender como os grupos se formam e funcionam 
e como as pessoas aprendem a desempenhar papéis. A palavra-chave nesta pesquisa é 
Participação. Esta pesquisa envolve os seguintes procedimentos: a montagem institucional e 
metodológica da proposta de pesquisa; estudo preliminar da região e da população a ser 
pesquisada; análise crítica dos problemas e elaboração de um plano de ação. 
 
Exemplo: 
- Análise participante dos principais problemas enfrentados pelos moradores do Bairro Itararé, da 
cidade de São Vicente/SP. 
 
 
h) Estudo de coorte – o estudo de coorte refere-se a um grupo de pessoas que têm alguma 
característica comum, constituindo uma amostra a ser acompanhada por certo período de 
tempo, para se observar e analisar o que acontece com elas. 
 
 Num estudo de coorte é, inicialmente, agrupado um conjunto de indivíduos (coorte) 
que não apresentam o resultado esperado (outcome), geralmente uma doença, mas que 
podem vir a apresentá-lo (população em risco). No início do estudo todos os indivíduos são 
classificados quanto aos factores (possíveis factores de risco) que se pensa possam estar 
relacionados com o resultado esperado. Os indivíduos são, então, seguidos por um período 
de tempo, analisando-se, depois, quais apresentaram o resultado esperado, geralmente uma 
doença, como pode ser observado na figura 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Desenho de um estudo de coorte. 
Fonte: ESTUDO de coorte. Disponível em: http://medstatweb.med.up.pt/cursop/print_script1b29html?capitulo=desenhos_estudo 
&numero=4&titulo=Desenhos%20de%20estudo. Acesso em: 10 abr. 2020. 
 
 
 
147 
 
12.3 População e amostra 
 
Ao realizar uma pesquisa, é quase sempre impossível estudar toda a população que você 
está interessado. Por exemplo, se você estivesse estudando opiniões políticas entre estudantes 
universitários no Brasil, seria quase impossível fazer um levantamento com cada estudante 
universitário. Se você fosse fazer um levantamento de toda a população, seria extremamente 
demorado e caro. Assim sendo, os pesquisadoresutilizam amostras como meio para coleta de dados. 
Uma amostra é um subconjunto da população em estudo. Ela representa a população 
maior e é usada para fazer inferências sobre essa população. É uma técnica de pesquisa amplamente 
utilizada nas ciências sociais como uma forma de reunir informações sobre uma população, sem ter 
que medi-la em sua totalidade. 
É muito importante definir os termos: população (universo) e o recorte desta (amostra) que 
será objeto de estudo. Observe o significado destes termos: 
a) População: conjunto de elementos (empresas, produtos, pessoas, etc.) que possuem as 
características que serão objeto de estudo; 
b) Amostra: é uma parte da população escolhida segundo algum critério de representatividade que 
será estudada. 
Exemplo: 
- Pesquisa de opinião pública: a população é o número total de habitantes de um país; a amostra é uma parte 
dessa população. 
 
- Pesquisa de um novo tratamento para uma certa doença: a população é o conjunto total de pessoas com a 
doença ou que venham a ter a doença, um número que não é conhecido; a amostra é o conjunto de doentes 
escolhido para testar o tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: População e amostra. 
Fonte: ESTATÍSTICA básica cc. Disponível em:https://sites.google.com/site/estatisticabasicacc/conteudo/estat/populacao. 
Acesso em: 10 abr. 2020. 
 
 
 
 
148 
 
12.4 Técnicas de pesquisa 
 
Para a realização de uma pesquisa científica há necessidade de levantamento dos 
dados e coleta por meio das técnicas de pesquisa. Gil (2019) nos ensina que o elemento mais 
importante da fase de delineamento é a Coleta de Dados. De acordo com Marconi; Lakatos (2010, 
p.176) este procedimento pode ocorrer de diferentes formas, tais como: Documentação indireta: 
pesquisa documental e pesquisa bibliográfica; Documentação direta: pesquisa de campo, experimental 
e de laboratório; Observação direta intensiva: observação e entrevista; Observação direta Extensiva: 
questionário e formulário. O universitário deve-se informar como se pretende obter os dados 
necessários para responder ao problema de pesquisa. Nas pesquisas, em geral, utilizam-se variadas 
técnicas em momentos distintos. Observa-se, as definições das técnicas de pesquisa: 
a) Questionário – é um instrumento de coleta de dados constituído por uma série ordenada de 
perguntas com linguagem simples e direta com a aplicação de um pré-teste (num universo reduzido) 
antes da aplicaçãoi da pesquisa, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do 
entrevistador. 
 
 As perguntas são encaminhadas aos informantes em formulários próprios contendo como anexo 
uma carta explicando o objetivo, a natureza e a importância da pesquisa. Quanto à forma, o 
questionário poderá ter perguntas nas categorias: 
- Aberto – questões elaboradas pelo pesquisador, de forma que a pessoa questionada tem 
liberdade para responder as perguntas feitas. 
- Fechado – questões de múltipla escolha feita pelo pesquisador a pessoa que esta sendo 
interrogada. 
- Semiestruturado – é a elaboração de questões abertas e fechadas apresentadas pelo 
pesquisador ao examinado. 
 
 
 Quadro 3: Questionário: vantagem e desvantagens. 
 Fonte: Elaborado a partir de: MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica, 2010, p.174-213. 
 
 
b) Entrevista – é o encontro de duas pessoas com o objetivo de obter informações a 
respeito de determinado assunto, mediante uma conversa natural ou programada de 
forma profissional (estruturada ou semiestruturada que intercala perguntas do roteiro e 
outras que surgem com o desenvolver da entrevista). 
 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
Possibilidade de atingir grande número de 
pessoas. 
Exclui os que não sabem ler e escrever. 
Menores gastos com pessoal (treinamento). Impede auxílio quando o pesquisado não entende 
o sentido da pergunta. 
Garante anonimato das respostas. Impede o conhecimento das circunstâncias em 
que foi respondido. 
Não há influências de opiniões (entrevistador). Não garante a devolução. 
-------------------------- Número relativamente pequeno de perguntas. 
------------------------- Resultados críticos em relação à objetividade 
(significados diferentes para cada sujeito 
pesquisado). 
Tipos de Perguntas: abertas, fechadas e semiestruturado. 
 
 
149 
A conversa é efetuada frente a frente com entrevistado e entrevistador, de 
forma sistemática e metódica, possibilitando, assim, obter informações necessárias do 
entrevistado para realização do trabalho. Para ter sucesso na coleta de dados é 
importante ter: um roteiro de perguntas através de formulários, um conhecimento 
prévio do entrevistado, marcar dia, hora e local da entrevista, proporcionar confiança ao 
entrevistado, garantir sigilo ao informante em relação as suas respostas. 
 
 
 Quadro 4: Entrevista: vantagem e desvantagens.. 
 Fonte: Elaborado a partir de: MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica, 2010, p.174-213. 
 
 
c) Observação – é a técnica de coleta de dados 
para conseguir informações e utiliza os sentidos na 
obtenção de determinados aspectos da realidade, 
ou seja, examinar fatos ou fenômenos que se 
deseja estudar. Não consiste apenas em ver e 
ouvir, mas também em examinar fatos ou 
ferramentas que se deseja estudar. A observação 
ajuda o pesquisador a identificar e a obter provas a 
respeito de objetivos sobre os quais os indivíduos 
não tem consciência, mas que orientam seu 
comportamento. 
 
 Figura 3: Pontos a serem observados na observação estruturada. 
 
Na investigação científica são empregadas várias modalidades de observação, que variam de 
acordo com as circunstâncias. Segundo os meios utilizados apresentam-se dois tipos de observação: 
- Observação não estrutura: é a que se realiza sem planejamento e sem controle anteriormente 
elaborados, como decorrência de fenômenos que surgem de imprevisto. 
- Observação estruturada: é a que se realiza em condições controladas para se responder a 
propósitos, que foram anteriormente definidos. Requer planejamento e necessita de operações 
específicas para o seu desenvolvimento. 
 
Do ponto de vista científico, a observação oferece uma série de vantagens e limitações, como 
as outras técnicas de pesquisa, havendo, por isso, necessidade de se aplicar mais de uma técnica ao 
mesmo tempo. 
VANTAGENS DESVANYAGENS 
Possibilita a obtenção de dados referentes aos 
mais diversos aspectos da vida social 
A falta de motivação do entrevistado 
Obtenção de dados acerca do comportamento 
humano 
A falta de motivação do entrevistado 
Dados coletados suscetíveis de classificação e 
qualificação 
A falta de compreensão do significado das 
perguntas 
O entrevistado não necessita saber ler e 
escrever 
Fornecimento de respostas falsas 
Oferece flexibilidade, no sentido de 
esclarecimentos 
Incapacidade do entrevistado para responder a 
entrevista 
Permite captar expressões (corporal, gestos, 
voz...) 
 
Influências das opiniões pessoais do 
entrevistador 
------------------------- Custos para treinamento e aplicação das 
entrevistas 
TIPOS: 
- Entrevista informal: expressão livre do entrevistado sobre o assunto pesquisado. 
- Entrevista focalizada: enfoca tema específico e procura manter o entrevistado no assunto. 
- Entrevista por pautas: tem certo grau de estruturação, guiando-se por uma relação de pontos. 
- Entrevista estruturada: relação fixa de perguntas, possibilitando tratamento quantitativo dos 
dados. 
 
 
150 
 
Quadro 5: Observação: vantagem e desvantagens.. 
 Fonte: Elaborado a partir de: MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica, 2010, p.174-213. 
 
 
 
d) Formulário – é um dos instrumentos essenciais para investigação socialcujo sistema de coleta de 
dados consiste em obter informações diretamente do entrevistado. 
 
Nogueira (apud MARKONI; LAKATOS, 2010, p. 212) define formulário como sendo "uma lista 
formal, catálogo ou inventário destinado à coleta de dados resultantes quer da observação, quer de 
interrogatório, cujo preenchimento é feito pelo próprio investigador, à medida que faz as observações 
ou recebe as respostas, ou pelo pesquisado, sob sua orientação". Portanto, o que caracteriza o 
formulário é o contato face a face entre pesquisador e informante e ser o roteiro de perguntas 
preenchido pelo entrevistador, no momento da entrevista. São três as qualidades essenciais de todo 
formulário, apontadas por Ander-Egg (apud MARKONI; LAKATOS, 2010, p. 139): a) Adaptação ao 
objeto de investigação; b) Adaptação aos meios que se possui para realizar o trabalho; c) Precisão das 
informações em um grau de exatidão suficiente e satisfatório para o objetivo proposto. 
 
 
 Quadro 6: Formulário: vantagem e desvantagens. 
 Fonte: Elaborado a partir de: MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica, 2010, p.174-213. 
 
 
VANTAGENS DESVANYAGENS 
Possibilita meios diretos e satisfatórios para 
estudar uma ampla variedadede fenômenos. 
O observado tende a criar impressões favoráveis 
ou desfavoráveis no observador. 
Exige menos do observador do que as outras 
técnicas. 
A ocorrência espontânea não pode ser prevista, o 
que impede, muitas vezes, o observador de 
presenciar o fato. 
Permite a coleta de dados sobre um conjunto 
de atitudes comportamentais típicas. 
Fatores imprevistos podem interferir na tarefa do 
pesquisador. 
Depende menos da introspecção ou da 
reflexão. 
 A duração dos acontecimentos é variável: pode 
ser rápida ou demorada e os 
fatos podem ocorrer simultaneamente; nos dois 
casos, toma-se difícil a coleta dos dados. 
 
Permite a evidência de dados não constantes 
do roteiro de entrevistas ou de 
questionários. 
 Vários aspectos da vida cotidiana, particular, 
podem não ser acessíveis ao pesquisador. 
 
VANTAGENS DESVANTAGENS 
Utilizado em quase todo o segmento da 
população: alfabetizados, analfabetos, 
populações heterogêneas etc., porque seu 
preenchimento é feito pelo entrevistador. 
Menos liberdade nas respostas, em virtude da 
presença do entrevistador. 
 Oportunidade de estabelecer rapport, devido 
ao contato pessoal. 
Risco de distorções, pela influência do aplicador.. 
 
Presença do pesquisador, que pode explicar os 
objetivos da pesquisa, orientar o 
preenchimento do formulário e elucidar 
significados de perguntas que não estejam 
muito claras. 
Menos prazo para responder às perguntas; não 
havendo tempo para pensar, elas podem ser 
invalidadas 
Flexibilidade, para adaptar-se às necessidades 
de cada situação, podendo o entrevistador 
refonnular itens ou ajustar o fonnulário à 
compreensão de cada infonnante. 
Mais demorado, por ser aplicado a uma pessoa 
de cada vez. 
Obtenção de dados mais complexos e úteis. 
 
Insegurança das respostas, por falta do 
anonimato. 
 
Facilidade na aquisição de um número 
representativo de informantes, em 
determinado grupo. 
Pessoas possuidoras de infonnações necessárias 
podem estar em localidades.muito distantes, 
tornando a resposta difícil, demorada e 
dispendiosa. 
 
Uniformidade dos símbolos utilizados, pois é 
preenchido pelo próprio pesquisador. 
 
--------------------------------------------- 
 
 
151 
Na redação do Trabalho de Conclusão de Curso é o momento destinado a descrever o 
método, as técnicas e os instrumentos de coleta de dados adotados para o desenvolvimento do 
trabalho. Além de indicar cada um dos tipos adotados, há de se fazer citações, conceituando cada um 
dos tipos escolhidos, de acordo com os autores considerados mais adequados ao TEMA DA 
PESQUISA, bem como indicar a utilização prática de cada tipo (estratégias práticas para a utilização 
dos tipos adotados). Ressalta-se, ainda, a importância de justificar a escolha de cada tipo utilizado. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DESTE TÓPICO 
 
 
BARROS, Aidil de Jesus Paes de.; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Projeto de pesquisa: propostas metodológicas. 23. ed. 
Petrópolis, RJ: Vozes, 2014. 
 
ESTATÍSTICA básica cc. Disponível em:https://sites.google.com/site/estatisticabasicacc/conteudo/estat/populacao. Acesso 
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ESTUDO de coorte. Disponível em: http://medstatweb.med.up.pt/cursop/print_script1b29html?capitulo=desenhos_estudo 
&numero=4&titulo=Desenhos%20de%20estudo. Acesso em: 21 out. 2019. 
 
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. p.19-24, 45-61. 
 
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2019. 
 
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. 
 
MARCONI, Marina de Andrade, LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 
2010. 
 
MARCONI, Marina de Andrade, LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. p.15-36/ 57-123. 
 
MARCONI, Marina de Andrade, LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do Trabalho Científico. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017. 
 
MEZZAROBA, Ondes.; MONTEIRO, Claudia Servilha. Manual de metodologia da pesquisa no Direito. 8. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2019. 
 
POLIT, Denise; BECK, CHERYL Tatano; HUNGLER, Bernadete; THORELL, Ana. Fundamentos de pesquisa em 
enfermagem: métodos, avaliação e utilização, 2004, p. 251-252. 
 
RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 43. ed. Petrópolis: Vozes, 2015. 
 
RUIZ, J.A. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1993.

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