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O povo brasileiro de Darcy Ribeiro

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PUC-SP
O povo brasileiro
Trabalho de Serviço Social
Stephanie Helbig Liceti
1°periodo
São Paulo 2020
 Analisando o filme que é baseado na obra “O povo brasileiro” de Darcy Ribeiro apresenta três matrizes que compõem o Brasil que é hoje. A matriz Tupinambá, Portuguesa e Africana. Que mostra suas diferenças culturais, heranças deixadas e como se encontraram.
 Os Tupinambás, apreciadores da vida, festejam qualquer existência e crença, como as plantas, animais, nascimento, união e até a morte é cultuada. O conhecimento é compartilhado, onde não existe alguém no poder em si lucrando e botando ordens, nada é secreto. A sexualidade é aberta para ser explorada por homens e mulheres, a homossexualidade não é tabu. As tarefas são separadas desde a infância de acordo com o sexo, mas não no sentido excludente de que um só pode fazer aquilo e outros não, todos podem tudo e todos tem a mesma capacidade. 
 Os Portugueses como a primeira civilização mundial e sua posição geográfica, localizada na península ibérica. Sendo Portugal um país de pescadores e navegadores, a sua tecnologia naval foi desenvolvida por uma questão de sobrevivência. Teve uma forte influencia cultural Árabe por conta de invasões barbaras da época, ajudando mais ainda no avanço tecnológico, com a ajuda dos algarismos arábico ensinando Portugal a fazer contas. O Príncipe Don Henrique acreditava em heresia, onde seria possível construir o Paraíso na Terra para o gosto dos homens, um mundo com muita fartura, alegria e crianças. Com o financiamento do Estado, Igreja e da burguesia Don Henrique pensava num projeto de conhecer o desconhecido. Mas que apenas com a chegada do Renascentismo e com a diminuição do poder da igreja que acusava o ato de “conhecer o desconhecido” como heresia, que foi realmente possível começar o projeto de Don Henrique.
 A África, nunca teve uma cultura homogenia, continente que há milênios vem abrigando sociedades de línguas e culturas bem distintas. Um dos povos trazidos para o Brasil foi os Bantos. Eles praticavam a agricultura, produziam objetos de cerâmica e criavam gado. Antes mesmo da chegada dos europeus já se ordenavam por estados, conheciam o comércio, moeda e a escravidão.
Os Bantos acreditam na existência de dois mundos, o invisível e o visível, acreditam que se pode interagir entre esses dois mundos e também acreditam em um Deus criador de tudo e todos. Eles cultuam seus ancestrais por que são eles que trazem a fertilidade da mulher, dos campos, o afastamento de perigos. A ética negro-africana é antropocêntrica e vital, o homem como a primeira vida sagrada que Deus criou. 
 No reino do Congo existiam três ordens, a aristocracia, homens livres e escravos. O rei não era confundido com os mortais, ao cometer incesto com sua irmã, fazia dele o sem família, o “dono” de todas as famílias. Diante do rei as pessoas se ajoelhavam, jogavam poeira sob suas cabeças antes de implorar a sua benção. Em celebrações, o rei e outros poderosos do país faziam uma dança privada, onde a musica e o ritmo era cheio de pompa, gravidade e graça. 
 A África era um continente de escravos e senhores de escravos. No Congo, eles eram empregados para o cultivo do campo. Entre os Alçás, negros eram comprados e vendidos, usados como soldados e lavradores e ainda servindo de moeda para transações comerciais. Assim quando europeus e africanos se encontraram ambos já sabiam o que era escravidão. 
 A cultura africana chega ao Brasil através de muito sofrimento e perdas. Os Geges trouxeram seus boduns enquanto os Nagôs trouxeram seus orixás e orikis. O orixá não castiga e nem pensa negativo. Ogum é o orixá das vanguardas e dos computadores. Os orixás e os iorubanos estão vivos entre nós, esse sofrimento trouxe a força e a valorização de sua cultura e crença aos descendentes africanos.
 
 A primeira vista, os portugueses ao chegarem a costa do Brasil com aquelas velas enormes em barcos gigantes, para os índios, eles só poderiam ser o povo de Deus. Na visão dos portugueses, que foi documentado também na carta de Pero Vaz de Caminha, é dito: “Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos com suas setas”. E então como primeiro contato fizeram trocas de presentes.
 Os portugueses de inicio não viam muito potencial nas terras brasileiras porque estavam mais interessados nas riquezas que a Ásia prometia. A nossa historia começa sem registros por meio de acasos, coincidências, acidentes, aventuras individuais e iniciativas particulares. 
 Com o cunhadismo as mulheres indígenas começaram a engravidar dos portugueses. A criança que nascesse dessa relação não era chamada nem de indígena nem de português, um “ninguém”, formando assim o povo brasileiro.
 Ele funcionava como uma forma vasta e eficaz de recrutamento de mão-de-obra para os trabalhos pesados de cortar pau-brasil, transportar e carregar para os navios, de caçar e amestrar papagaios e soíns. Era muito vantajoso para os indígenas fazerem essa troca, já que não tinha como abrir mão dos objetos trazidos pelos europeus, como as ferramentas de metal, espelhos e adornos. Quando ficaram bem providos dessas mercadorias, outras lhes foram ofertadas. A necessidade de mão-de-obra indígena se tornou grande demais então do cunhadismo começaram as guerras de captura de escravos.
 Dando inicio a hecatombe. Vários indígenas mortos e torturados pelo trabalho forçado, catequese e ainda pelas doenças trazidas da Europa. Resistiam fugindo os índios que conheciam o território, a partir daí passou-se a utilizar apenas a mão de obra escrava africana. Eles eram arrancados de suas culturas e forçados a trabalhar como escravos, a rica diversidade linguística e cultural dos povos africanos e a politica de evitar concentrar escravos de uma mesma etnia nas mesmas propriedades dificultaram a formação de núcleos de preservação do patrimônio cultural africano. Junto com a venda de 2/3 escravos recebia-se uma menina negra de 11 pra 14 anos era um “objeto” de prazer para os senhores. Tornam-se pessoas sem identidade, tendo que se adaptar a identidade que estava sendo criada naquele lugar, também contribuindo para a formação do povo brasileiro.
 Brasil produziu uma fortuna com a civilização do açúcar, que era o maior mercado da época, equivalente a fortuna do petróleo dos dias de hoje. O açúcar era produzido nos engenhos, onde o senhor do engenho tinha o maior poder econômico, social e até religioso. 
 Com a abolição da escravatura os negros saíram dos engenhos e seus locais de trabalho para a cidade, não conseguiram se integrar socialmente e assim sendo marginalizados.
 Negros foram abandonados sem recursos, sem propriedades ou dinheiro numa sociedade totalmente racista em que o branco enriqueceu muito com o trabalho dos mesmos. Indígenas são invisibilizados e excluídos da sociedade, sua cultura e seus espaços são desrespeitados.
Foram mais de 300 anos de direitos tomados desses povos, que hoje em dia mesmo sem escravidão todo esse passado se reflete no Brasil que é hoje, desigual. Darcy Ribeiro mostra o porquê o Brasil deu errado, resultado de uma catástrofe, muitas guerras, sangue e estupro deixando marcas para a miscigenação, a desigualdade já enraizada nesses grupos a muito tempo.

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