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Resolução dos planos de aula 10 a 16 introdução ao estudo de direito

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QUESTÕES DOS PLANOS DE AULA 10 A 16 PARA RESOLUÇÃO
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
ATENÇÃO: POSTAR ESTE ARQUIVO DEVIDAMENTE RESPONDIDO NO SIA, NA PARTE DE TRABALHOS (JÁ TEM UMA NOVA GUIA ABERTA PARA O RECEBIMENTO DESTE ARQUIVO COM AS RESPOSTAS).
Plano de Aula: 10
EXERCÍCIO DO ROTEIRO DE ESTUDOS
É a utilização de certo dispositivo legal adequado para certa situação, para regular outra semelhante. Implica, numa semelhança entre a hipótese tomada como padrão existente na lei e aquela a ser resolvida, sem norma disciplinadora a respeito.
Aplicação de uma norma especial a um caso especial, diferente daquele para que foi editada, fundamentando se no princípio de que, havendo identidade de razões, deve haver a mesma disposição.
Desta forma, quando não existe uma lei expressa para a resolução de um caso, o hermeneuta, pela analogia, o soluciona juridicamente com uma regra de direito estabelecida para um caso semelhante.
No processo analógico, o trabalho do aplicador do direito, é o de localizar, no sistema jurídico vigente, a norma prevista pelo legislador e que apresenta semelhança fundamental, não apenas acidental, com o caso não previsto. Essa norma prevista pelo legislador é denominada paradigma.
Com relação à analogia, aplicada quando uma norma jurídica é omissa para um dado caso concreto, marque V para verdadeiro ou F para falso e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
(V) Analogia legal ou legis, doutrinariamente, é a aplicação de apenas uma norma próxima.
(V) Analogia jurídica ou iuris, doutrinariamente, é a aplicação de um conjunto de normas próximas, extraindo elementos que possibilitem a analogia.
(F) Na aplicação da analogia, amplia-se o sentido da norma jurídica, não rompendo os seus limites, o que significa haver subsunção.
(F) As normas excepcionais admitem analogia para qualquer caso concreto.
A) F/ F/ V/ V
B) F/ V/ F/ V
C) V/ F/ V/ F
D) V/ V/ F/ F
E) V/ V/ V/ F
Plano de Aula: 11
EXERCÍCIO DO ROTEIRO DE ESTUDOS
A hermenêutica pode ser considerada a arte de interpretar as leis, estabelecendo princípios e conceitos, que buscam formar uma teoria adaptada ao ato de interpretar.
Já a interpretação é de alcance mais prático, pois, pode-se dizer, que se presta exclusivamente a entender o real sentido e significado das expressões contidas nos textos da lei, e, para que isso seja possível, é necessária a utilização dos preceitos da hermenêutica.
A hermenêutica é de grande importância para o Direito, pois esse necessita de ser interpretado a todo o momento. O Direito não sobrevive sem um bom trabalho de interpretação, baseado numa teoria sólida como a hermenêutica, haja vista que nem sempre as leis são totalmente claras e precisas.
O legislador, por mais perfeccionista que seja, não consegue traduzir em palavras, de forma tão fiel, o espírito de uma lei, seus objetivos e finalidades. Também, muitas vezes, escapa ao alcance do legislador o dinamismo e a complexidade presente nas relações sociais, e dessa forma, a interpretação assume papel de extrema importância. Várias são as modalidades de interpretação, entre elas encontra-se a teleológica que:
A) é a realizada adaptando a lei às necessidades e concepções do presente, seguindo o progresso da humanidade.
B) é aquela em que o legislador, ao descrever uma conduta (preceito primário), prescreve hipótese exemplificativa, permitindo ao intérprete a aplicação aos casos análogos.
C) consiste em aplicar a uma hipótese não prevista em lei a disposição relativa a um caso semelhante.
D) provém do próprio órgão do qual emana a lei, podendo ser no próprio texto (contextual) ou posterior, ou seja, por meio de uma lei nova.
E) busca a vontade ou intenção objetiva da lei, valendo-se dos elementos ratio legis, sistemáticos, históricos, Direito Comparado ou Extrapenal e Ciências Extrajurídicas.
Plano de Aula: 12
EXERCÍCIO DO ROTEIRO DE ESTUDOS
1. Atente ao seguinte dispositivo legal: ?A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior?. (§1º do art. 2º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro) 
O dispositivo em destaque remete ao critério de solução de antinomias jurídicas denominado
A) critério cronológico.
B) critério da especialidade.
C) critério ontológico.
D) critério hierárquico.
E) Critério odontológico
2. O problema da aplicação da lei pode se dar, também, quando existem mais de uma norma conflitando entre si. Nesse caso, temos uma antinomia. A ordem jurídica prevê critérios para a solução de antinomias aparentes. Desse modo:
A) Segundo os metacritérios para a solução de antinomias de segundo grau, temos que, entre o critérios da especialidade e o cronológico, prevalece o cronológico.
B) A antinomia será real quando a própria lei tiver critério para a solução do conflito.
C) A antinomia também ocorre quando há lacuna legislativa.
D) O critério hierárquico tem por objeto resolver a necessidade de integração de lacunas axiológicas.
E) Segundo os metacritérios para a solução de antinomias de segundo grau, temos que, entre os critérios hierárquico e o cronológico, prevalece o hierárquico, pois a competência é mais forte que o tempo.
Plano de Aula: 13
QUESTÃO OBJETIVA
A Vacatio legis é uma expressão latina que significa vacância da lei, correspondendo ao período entre a data da publicação de uma lei e o início de sua vigência. Existe para que haja prazo de assimilação do conteúdo de uma nova lei e, durante tal vacância, continua vigorando a lei antiga. No entanto, é importante saber que a Validade não se confunde com vigência, posto que pode haver uma norma jurídica válida sem que esteja vigente, isso ocorre claramente quando se vislumbra a vacatio legis (período entre a promulgação da Lei e o início de sua vigência) ou quando o dispositivo legal é válido, mas perde a eficácia. Muito bem, agora que você está bem esclarecido, responda a seguinte questão:
O negócio jurídico celebrado durante a vacatio legis de uma lei que o irá proibir é
A) anulável, porque assim se considera aquele em que se verifica a prática de fraude.
B) nulo, por faltar licitude ao seu objeto.
C) inexistente, porque assim se considera aquele que tiver por objetivo fraudar lei imperativa.
D) válido, porque a lei ainda não está em vigor.
E) ineficaz, porque a convenção dos particulares não pode derrogar a ordem pública.
Plano de Aula: 14
QUESTÃO OBJETIVA
Uma das leis mais importantes do nosso ordenamento jurídico é a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), nome que foi adotado em 2010, antes equivocadamente chamada de Lei de Introdução ao Direito Civil, foi originalmente editada em 1942 como decreto-lei (n. 4657/42).
A LINDB é reconhecida como uma norma sobre normas, porque desempenha a função essencial de dispor sobre o funcionamento das normas e dos atos no Direito brasileiro de maneira prévia e introdutória e instrumental. É nela que se encontram as disposições orientando a interpretação de normas, além de disposições sobre vigência, validade, eficácia e vigor dos textos legislativos.
Sobre a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, é correto afirmar:
A) A lei revogada se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
B) As correções a texto de lei já em vigor não se consideram lei nova.
C) A lei posterior revoga a anterior apenas quando expressamente o declare.
D) A lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada e se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo continua correndo da primeira publicação.
E) Consideram - se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré -estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.
Plano de Aula: 15
QUESTÃO OBJETIVA
Conforme disposição no site do Conselho Nacional de Justiça, temosque: ?Os tribunais superiores são considerados a terceira instância, apesar de esse grau de hierarquia não existir formalmente no Poder Judiciário. As decisões tomadas em primeira e segunda instância podem ser revistas pelos tribunais superiores, por meio de recurso. Há quem se refira ao Supremo Tribunal Federal (STF) como instância extraordinária, por se tratar da Corte máxima do Judiciário, cujas decisões finais não podem ser recorridas a nenhum outro Órgão. (...)
São tribunais superiores: Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Superior Tribunal Militar (STM). Esses órgãos representam a terceira e última instância do Poder Judiciário, atuando em causas de competência originária (recursos que se iniciam no próprio tribunal) ou como revisores de decisões da primeira e segunda instâncias (tribunais estaduais e TRFs, respectivamente).
Os juízes que atuam nos tribunais superiores são chamados de ministros e todos eles são nomeados pelo presidente da República e previamente aprovados pelo Senado Federal.
A respeito dessa estrutura do poder judiciário brasileiro, está CORRETO o que se afirma em:
A) o Superior Tribunal de Justiça é a instância maior de controle da legalidade e da constitucionalidade dos ordenamentos jurídicos estaduais;
B) o Supremo Tribunal de Justiça é o guardião do ordenamento jurídico federal, exercendo tal função através do julgamento de ações originárias;
C) inclui-se na competência do Supremo Tribunal de Justiça o julgamento do recurso especial, destinado ao controle difuso de constitucionalidade;
D) o Supremo Tribunal Federal julga, através de sua competência originária, os recursos especiais, quando as causas forem decididas em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais;
E) a função precípua do Supremo Tribunal Federal é de corte de constitucionalidade, podendo suas competências serem divididas em originárias e recursais.
Plano de Aula: 16 - REVISÃO GERAL
1. Os significados do vocábulo "direito".
Do ponto de vista da Ciência Jurídica o direito é um conjunto de normas sociais obrigatórias que asseguram o equilíbrio do organismo social e que são impostas coercitivamente pelo Estado. Mas este é apenas um dentre os muitos significados possíveis da palavra ?direito?.
No texto abaixo, o vocábulo ?direito? é empregado de diversas formas:
O direito brasileiro (1) consagra muitos direitos (2). Entre eles está a livre comunicação das opiniões e dos pensamentos que é um dos direitos (3) mais preciosos do homem. Foi exatamente o que falou Zé Merreca quando o policial lhe retirou o direito (4) de continuar usando o megafone para convocar seus colegas de trabalho para a greve na porta da fábrica de sapatos de seu Galdêncio Honorino. Seu Raimundo, advogado aposentado que passava na hora, comentou: - Realmente, não parece direito (5) impedir um cidadão direito (6) de dar seu recado, pois ele tem os seus direitos (7). E veja, nem sempre foi assim. Somente com o passar do tempo, o estudo do direito (8) reconheceu esses direitos (9), transformando-os em direito (10).
Então, identifique as formas em que a palavra direito está utilizada, correlacionando-as aos seguintes significados: direito de cada um, direito que está na norma, direito criado pelo Estado, justo, correto, e ciência jurídica.
1- Direito criado pelo Estado.
2- Direito que está na norma.
3- Direito de cada um.
4- Justo.
5- Correto.
6- Direito de cada um.
7- Ciência jurídica.
8- Direito de cada um.
9- Direito que esta na norma.
2. Divisões do Direito: Direito Natural e Direito Positivo
O doutrinador inglês John Locke entende que propriedade não é apenas o direito de um indivíduo sobre seus bens ou suas posses, mas ainda sobre suas ações, sobre sua liberdade, sobre sua vida, sobre seu corpo etc., em uma palavra, todo tipo de direito.
Foi esta a justificativa apresentada por Adamastor Trindade para tentar colocar no Jornal de Santa Catarina um anúncio em que põe à venda seu rim esquerdo e seu pulmão direito. Isso porque Carlito Pachoal, funcionário do Jornal, recusou-se a receber o pedido de veiculação do anúncio alegando que feria o dispositivo existente na Lei 9.434/97 que proíbe a comercialização de órgãos pelos doadores.
No caso acima apresentado os personagens Adamastor e Carlito utilizam-se de concepções distintas do direito para defender suas posições sobre a venda de órgãos. São elas fundadas no Direito Natural e no Direito Positivo. Identifique-as no texto e diga o que vem a ser direito natural e direito positivo.
3. Fontes do Direito Positivo: Costume Jurídico
Ricardo Alfonsini, jovem milionário, residente na cidade de Jaguaretama/CE, foi multado por estar dirigindo seu veículo sem fazer uso do cinto de segurança.
Para evitar ?ganhar pontos na carteira?, entra com recurso administrativo, alegando que é costume da população local a não utilização do cinto de segurança. Acredita assim que tal costume teria revogado a lei, uma vez que esta lei não conta com a aceitação do povo da região.
Ao ouvir a história, seu amigo Dr. Rodney Albuquerque, que é advogado, explica que ele sem saber utilizou como argumento o costume contra legem.
Considerando o texto acima e o tema fontes do direito, responda:
1. Está correta a alegação de Ricardo de que o desuso da lei revoga a norma jurídica legal? Por quê?
Não. Levando em consideração o fato do nosso direito apresentar uma origem romano-germanica, caracterizando o sistema legalista do Civil law, portanto o primado é a lei. Neste sentido, a LINBD, no seu art. 2°, estabelece que uma lei só pode ser revogada por outra.
2. O costume contra legem citado por Dr. Rodney, pode gerar a ineficácia da lei e por conseqüência a sua revogação? Justifique e fundamente juridicamente sua resposta.
Não. Os costumes contra legem não podem revogar lei.
4. Fontes do Direito: Jurisprudência
Nascida Carlos Alberto da Silva Albuquerque, mas operada em 1999 para mudança de sexo, a cabeleireira Charló conseguiu ao fim de um processo de dois anos ter reconhecida sua nova condição de mulher: Carla da Silva de Albuquerque é a primeira carioca a obter vitória na Justiça do Rio numa ação de retificação de registro civil. Quem levou seu pleito adiante foi o defensor público Paulo César Galliez, que se baseou no direito comparado e em jurisprudência da Justiça gaúcha. Com o despacho favorável em segunda instância, a cabeleireira poderá solicitar novos documentos de identidade com o nome de Carla e a identificação do sexo como feminino. Em ação semelhante, que chegou até o Supremo Tribunal Federal, Roberta Close não obteve êxito. Agora, Carla só pensa em se casar no papel com o italiano Carlo Benfinati, com quem vive há seis anos.
- Dr. Paulo estudou minuciosamente o caso e fez uma defesa brilhante. Devo isso a ele, ao amor do meu amor, minha família, minha fé em Deus e também à minha perseverança ? diz ela (Jornal: O GLOBO, em 18/05/03, p. 24).
O defensor público que advogou a causa de Carla buscou o fundamento do pedido em algumas fontes de direito. Indique quais são e conceitue-as.
Direito comparado. Direito comparado as decisões de outros estados ou países.
Jurisprudência. Conjunto de decisões dos Tribunais de segunda instancia sobre determinado assunto.
5. A norma jurídica
Analise a veracidade das proposições abaixo acerca da Lei, e a seguir marque a opção que está CORRETA e JUSTIFIQUE a opção ERRADA:
I. O Direito Brasileiro adotou o sistema do Common Law onde a principal forma de expressão é o Direito escrito, concretizado pelas leis.
II. A lei começa a vigorar no Brasil 45 dias depois de oficialmente publicada, salvo disposição expressa em contrário.
III. São caracteres substanciais da Lei: generalidade, abstratividade, bilateralidade, imperatividade e coercibilidade.
IV. O processo legislativo de uma lei compreende: iniciativa, apreciação-votação, promulgação, sanção e publicação.
a) as assertivas II e III estão corretas.
b) estão corretas as assertivas I, IIIe IV.
c) as assertivas II, III e IV estão corretas.
d) Todas as assertivas estão corretas.
6. Solução de antinomias
Nicanor Soares foi preso em flagrante tentando atravessar a Ponte da Amizade, entre Brasil e Paraguai, portando quase um quilo de cocaína. Desnorteado, Nicanor procura ajuda de seu ex-cunhado conhecia alguma coisa de leis, pois estudara num curso de Direito, muito embora não tenha ainda carteira de advogado, pois não passou na prova da OAB. O ex-cunhado o tranqüiliza explicando que para esse crime o Código Penal, no art. 334, prevê pena de no máximo quatro anos. Mas Nicanor fica em dúvida, pois ouvira falar que seu crime era grave e tinha uma lei especial, uma tal de Lei 6368/76, que previa até quinze anos de cadeia e ela é que seria aplicada pelo princípio da especialidade. Seu ex-cunhado garante que nada tem mais força que o Código Penal.
Observe os dispositivos legais referidos no caso, e depois responda as perguntas:
Código Penal:
Art. 334 - Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Lei 6368/76 ? Tráfico de drogas:
Art. 12. Importar ou exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda ou oferecer, fornecer ainda que gratuitamente, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a consumo substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar;
Pena - Reclusão, de 3 (três) a 15 (quinze) anos, e pagamento de 50 (cinqüenta) a 360 (trezentos e sessenta) dias-multa.
a) É possível afirmar que no caso acima encontramos um conflito de normas? Porquê?
Há um conflito, na medida em que ambas as leis (CP e Lei 6368/76) se encontram em vigor. No entanto, tal conflito é meramente aparente, pois há como solucioná-lo, a partir da aplicação da especialidade.
b) Afinal, na aplicação do dispositivo legal correto ao caso, o ex-cunhado de Nicanor está ou não com a razão?
Não. Em um conflito aparente de normas entre o art. 334 do CP (contrabando) e o tráfico de drogas, do art. 12, da lei 6368/76, seria aplicada a norma especial (art. 6368/76). (Princípio da especialidade.)
c) Explique o princípio da especialidade:
O principio da especialidade revela que a norma especial afasta a incidência da norma geral.
7. Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro ? LINDB
Revogação das leis
Carmen Verônica leu na coluna Novidades do Direito, da Revista Jurídica de Natal/RN que a Lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) foi elaborada, promulgada e publicada com o objetivo de sanar problemas de repercussão social como foi o caso do sequestro do publicitário Roberto Medina no Rio de Janeiro e o assassinato da atriz Daniela Perez. A seguir ocorreram as chacinas da Candelária e de Vigário Geral, quando foi acrescentado o homicídio a esses crimes chamados hediondos, através da Lei 8.930/ 94. Com esse nascimento tumultuado, em 1998 quando aconteceu o problema das ?pílulas de farinha? (caso do medicamento Microvlar) que agitou a opinião pública, a mesma lei foi novamente alterada com a inclusão no rol dos crimes hediondos o de ?falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais?.
Sobre o assunto Comércio Exterior, Carmen leu a seguinte publicação: O Decreto nº 6.454, de 12 de maio de 2008, dá nova redação ao inciso III do art. 445 do Decreto nº 4.543, de 26 de dezembro de 2002, que regulamenta a administração das atividades aduaneiras, e a fiscalização, o controle e a tributação das operações de comércio exterior.
Após a leitura do texto acima responda:
a) Esses acréscimos colocados na Lei de crimes hediondos são considerados uma forma de revogação? Aponte as formas de revogação existentes?
Não. Revogação expressa, Revogação tácita, Revogação de fato, Revogação total e Revogação parcial.
b) Como ocorre a revogação de uma lei? Costume revoga a lei? Justifique sua resposta.
Quando as normas deixam de valer, e de pertencer ao ordenamento jurídico.
Não. O costume pode introduzir ideias e novas propostas ao ordenamento jurídico, entretanto não possui força e nem capacidade para tal.
c) Ainda de acordo do texto, o Decreto nº 6.454/2008 revogou o Decreto 4.543/2002? Justifique sua resposta.
8. A Lei 9.307, de 23 de setembro de 1996, que dispõe sobre arbitragem, em seu artigo 44 estabeleceu: ?ficam revogados os artigos 1037 a 1048 da Lei 3071, de 1º de janeiro de 1916, Código Civil Brasileiro; os artigos 101 e 1072 a 1102 da Lei 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil?.
Neste caso, é possível dizer então que ocorreu:
(A) revogação tácita;
(B) ab-rogação expressa;
(C) derrogação expressa;
(D) repristinação.
(E) analogia
9. (OAB MG) Quanto ao direito intertemporal, em matéria civil, é CORRETO afirmar:
A) salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 30 (trinta) dias depois de oficialmente publicada.
B) se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo de sua entrada em vigor começará a correr da data dessa sua nova publicação.
C) mesmo perdendo a vigência a lei revogadora, em nenhuma hipótese será restaurada a lei revogada por ela anteriormente.
D) a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, revoga a lei anterior.
10. A súmula vinculante, aprovada pelo STF e publicada na imprensa oficial, produz efeito vinculante em relação
· A. aos órgãos do Poder Legislativo em todas as esferas federativas.
· B. a todos os órgãos do Poder Judiciário, incluindo-se o próprio STF.
· C. aos órgãos do Poder Judiciário somente.
· D. aos órgãos da administração pública direta e indireta em todas as esferas federativas.
· E. aos órgãos do Poder Judiciário e aos órgãos da administração pública direta somente.
ROTEIRO DE ESTUDO
QUESTÃO OBJETIVA
Temos como certo que todo processo de interpretação e aplicação das leis correspondem a uma situação hermenêutica, ou seja, a uma apreensão de sentido que só ocorre no fenômeno da compreensão. Isto porque a interpretação jurídica é um processo de atribuição de sentido aos enunciados de textos ou normas jurídicas, visando à resolução de um caso concreto. A interpretação normativa, portanto, proporciona o conhecimento para o ser humano e este se encontra em um perene estado com ela, pois todos os fatos e os atos ocorridos ao seu redor são alvo de interpretação, ainda que esta não se dê de forma consciente.
A Hermenêutica é considerada como teoria científica da interpretação jurídica, razão pela qual no que diz respeito ao campo da interpretação jurídica, ou seja, o fundamento constituído pelos enunciados prescritivos que formam a base do Direito, a hermenêutica é uma espécie do gênero denominado interpretação em função normativa, pois consiste em um processo de atribuição de sentido aos enunciados de textos ou norma que compõem o ordenamento jurídico visando à resolução de um caso concreto. Por esse motivo, a interpretação jurídica:
A) deve ser realizada, preferencialmente, de maneira sistemática e teleológica, considerando o ordenamento em que a norma está inserida e a finalidade para a qual se destina.
B) deve ser realizada, em regra, de maneira sistemática, considerando a norma em si mesma, em sua literalidade, sem levar em conta o ordenamento em que está inserida.
C) teleológica, também chamada de histórica, busca a vontade do legislador no momento da elaboração da norma.
D) histórica prevalece sobre a sistemática, a qual busca o sentido literal de uma determinada norma.
E) dá-se pela aplicação da analogia, dos costumes e dos princípios gerais do direito, em caso de silêncio eloquente ou de lacuna legal.

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