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MODELO PETIÇÃO INICIAL_CASO CONCRETO 1

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MODELO: PEÇA PROCESSUAL — PETIÇÃO INICIAL
(Fonte 12, Arial ou Times New Roman, espaçamento entre linhas 1,5)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE BETIM - MG
(pular aproximadamente 5 linhas entre o endereçamento e o preâmbulo)
Maria do Espírito Santo, brasileira, solteira, doméstica, registrada no CPF sob o n. 22222, residente no imóvel de n. 03, da Quadra 04, do Bairro Acácia, em Betim – MG, por sua advogada ao final subscrita, com endereço profissional na Rua X, Bairro Y, Fortaleza - CE, vem propor a presente ação de USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO, em face de João da Silva, brasileiro, solteiro, comerciante, registrado no CPF sob o n. 33333, residente na Rua Azul, Bairro Belém, em Betim – MG; e de Pedro dos Santos, brasileiro, casado, comerciante, registrado no CPF sob o n. 44444, com endereço desconhecido, o que faz com base nos fatos e fundamentos a seguir aduzidos:
(espaço de duas linhas)
1. DO PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA
A autora requer que lhe sejam concedidos os préstimos da Justiça Gratuita, declarando-se “pobre na forma da lei”, por não ter condições financeiras de arcar com as despesas processuais sem comprometer o sustento próprio e de sua família, conforme autoriza o Art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal; Art. 98 do CPC/2015; Art. 2º, parágrafo único, da Lei nº 1060/50, combinado com o Art. 4º, da Lei nº 7510/86. Em anexo, consta Declaração de Hipossuficiência Econômica firmada pela própria autora.
2. DA REALIZAÇÃO DE DILIGÊNCIAS NECESSÁRIAS PARA CITAÇÃO DO RÉU
A autora não dispõe de informações a respeito do endereço do réu Pedro dos Santos, apesar de ter buscado, de todas as formas que estavam a seu alcance, a obtenção do referido endereço. 
Diante disso, requer que sejam efetuadas as diligências e as buscas necessárias no sentido de se alcançar tal informação pelos meios de que dispõe o juízo, tendo em vista a necessidade de efetiva citação do réu, conforme preleciona o dispositivo legal abaixo: 
Art. 319. A petição inicial indicará:
(...)
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
(...)
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
3. DOS FATOS
Em 2005, a autora teve a notícia de que João da Silva estaria vendendo um lote no Bairro Acácia, em Betim - MG, constituído pelo Imóvel de n. 03, da Quadra 04, por R$50.000,00 (cinquenta mil reais). 
No intuito de adquirir a propriedade do referido imóvel, a autora fez com João um Contrato de Promessa de Compra e Venda e pagou o preço acordado. No entanto, não procedeu à lavratura da Escritura Pública por não ter o numerário necessário naquela ocasião.
A autora imediatamente passou a morar no imóvel adquirido, a fim de economizar recursos financeiros para proceder ao registro da propriedade em seu nome. 
Somente depois de passados 12 (doze) anos de efetiva moradia no imóvel em questão, a autora conseguiu economizar o suficiente para regularizar a propriedade do bem junto ao Registro de Imóveis de Betim – MG. 
Entretanto, ao consultar o Registro de Imóveis de Betim – MG, a autora tomou conhecimento de que o imóvel, atualmente, encontra-se registrado em nome de Pedro dos Santos, que também figura como réu na presente ação, o que a impediu de registrar o bem em seu nome, como proprietária.
4. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Diante dos fatos expostos, não há dúvidas quanto ao cabimento da presente ação de Usucapião Extraordinário, pois configuram-se, na situação fática em exame, todos os requisitos exigidos por lei.
A autora tem exercido a posse mansa, pacífica e ininterrupta do imóvel em questão por 12 (doze) anos. Durante todo esse tempo, não houve qualquer oposição ou discussão a respeito da posse da autora em demanda processual, conforme certidão negativa do distribuidor cível, em anexo.
Cumpre ressaltar que a autora sempre ocupou o imóvel com Animus domini, considerando-se a verdadeira proprietária do bem, além de utilizá-lo como moradia própria e habital durante todo o período acima referido.
Restam, portanto, configurados os pressupostos legais necessários a usucapião extraordinário:
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
A aquisição do imóvel pela autora se deu de boa-fé, em face de um Contrato de Promessa de Compra e Venda (em anexo) firmado com o réu João, que se apresentou como proprietário do imóvel. Conforme já exposto, a autora pagou o valor de R$50.000,00 (cinquenta mil reais) a João pelo imóvel, mas ficou sem recursos financeiros para registrá-lo no cartório competente.
A autora pretende que o imóvel passe a constar como bem de sua propriedade, com a devida inscrição no registro de imóveis. Mesmo que o imóvel esteja registrado em nome de Pedro, a autora reúne todas as condições fáticas e jurídicas exigíveis para que lhe seja concedida a aquisição da propriedade por usucapião extraordinário.
5. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer que a presente ação de Usucapião Extraordinário seja julgada procedente em sua totalidade, determinando-se a aquisição da propriedade pela autora do imóvel de n. 03, da Quadra 04, do Bairro Acácia, em Betim – MG, com o competente registro no Cartório de Imóveis de Betim – MG, condenando-se os réus ao pagamento das custas, honorários de sucumbência e demais despesas processuais.
Nesse sentido, requer a autora que:
5.1) Sejam deferidos os benefícios de Justiça Gratuita, nos termos e declarações de hipossuficiência econômica.
5.2) Seja feita a citação dos réus para apresentar defesa, caso desejem.
5.3) Sejam citados os confrontantes por Oficial de Justiça.
5.4) Sejam intimados as Fazendas Públicas, o Município de Betim e o Ministério Público Estadual.
A autora protesta e requer provar o alegado por todos os meios de prova juridicamente admitidos, especialmente a justada posterior de documentos e a oitiva de testemunhas.
Dá-se à causa o valor de R$50.000,00 (cinquenta mil reais).
Nestes termos, pede deferimento.
Betim, 23 de abril de 2017.
MARILIA BARBOSA
Advogada – OAB/CE n. 17030

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