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ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA Ana Paula da Silva Reis1 André Jordão de Lima2 RESUMO Este artigo foi desenvolvido através de pesquisas realizadas no DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte) cujo conteúdo abordado retrata os projetos de dimensionamento do pavimento rígido e a drenagem de rodovias. . ABSTRACT This article was developed through research conducted at DNIT (National Department of Infrastructure and Transport) whose content covered portrays the design of rigid pavement and the drainage of highways. 1 Graduanda em Engenharia Civil pela Universidade Salvador. E-mail: a-paulareis@outlook.com 2 Professor da Escola de Engenharia e Tecnologia de Informação da UNIFACS. Mestre graduado em Bacharel pela Universidade Salvador (UNIFACS). E-mail: andre.jordao@unifacs.br SUMÁRIO 1.0 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1 2.0 OBJETIVO ............................................................................................................ 2 3.0 METODOLOGIA ................................................................................................... 3 4.0 CARACTERÍSTICAS DO SUBLEITO ................................................................... 4 5.0 ESTUDO DO TRAÇADO ...................................................................................... 5 6.0 PROJETO DE SUB-BASE .................................................................................... 6 7.0 SITEMA DE DRENAGEM ..................................................................................... 6 7.1 DIMENSIONAMENTO DA DRENAGEM SUPERCIAL ................................... 6 7.2 DIMENSIONAMENTO DAS SAÍDAS D’ÁGUA .............................................. 6 7.3 DIMENSIONAMENTO DOS BUEIROS .......................................................... 6 7.4 DIMENSIONAMENTO DOS DRENOS PROFUNDOS ................................... 6 8.0 DIMENSIONAMENTO DA ESSPESSURA DO PAVIMENTO RÍGIDO ................. 6 8.1 PAVIMENTO ESTRUTURAL ARMADO ........................................................ 6 8.2 JUNTAS .......................................................................................................... 6 8.3 PAVIMENTOS COM PEÇAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO ................ 6 1. INTRODUÇÃO Com o decorrer do tempo, houve aprimoramento e ajustes nas técnicas de projetos geométricos de juntas e dimensionamento de espessura de placas de concretos. Isso permitiu que novos modelos de comportamento de pavimento rígido, além dos comportamentos mais conhecidos como a fadiga do concreto causada pela ação de cargas repetidas erosão da fundação do pavimento e escalonamento das juntas, fossem avaliados outros fenômenos que podem levar o pavimento a colapso. Afim de assegurar o nível de segurança adequado aos projetos, desenvolveu- se o dimensionamento de tal e a análise da possibilidade do pavimento atender às condições descritas em projeto. 2. OBJETIVO Analisar os procedimentos para execução do pavimento rígido desde as características geotécnicas do subleito ao dimensionamento da placas de concreto e das juntas do pavimento. Além disso, destacar os principais dispositivos de drenagem de rodovias e sua importância. 3. METODOLOGIA O presente trabalho foi desenvolvido inicialmente a partir de uma revisão bibliográfica sobre o projeto e dimensionamento de pavimentos rígidos bem como a drenagem de rodovias e sua execução. Utilizou-se o Manual De Pavimento Rígido e o Manual de Drenagem de Rodovias do DNIT como principal referência do trabalho. 4. CARACTERÍSTICAS DO SUBLEITO A presença de solos expansivos e de camadas de argila mole requer uma atenção especial quando se trata do estudo do subleito em projetos de pavimentos rígidos por serem instáveis e apresentarem grandes variações. Tais informações devem conter no estudo geotécnico do projeto. Para dimensionamento da espessura do pavimento rígido, é necessário o estudo do coeficiente de recalque definido pelo subleito. Esse parâmetro é determinado em uma prova de carga estática, conforme a norma do DNIT 055/204- ME, que são correlacionadas as pressões verticais transmitidas o subleito por meio de uma placa rígida e os deslocamentos verticais correspondentes. Para cada tipo de solo há um determinado coeficiente de recalque. 5. ESTUDO DE TRAÇO Esses estudos tem por objetivo: a) Definir as diretrizes possíveis da rodovia b) Determinar a viabilidade física das alternativas adequadas pelos estudos de tráfego para a ligação rodoviária proposta c) Estimar os custos aproximados de construção, manutenção, desapropriação para fins de avaliação econômica e financeira 6. PROJETO DE SUB-BASE A sub-base tem como principais funções uniformizar o suporte disponível ao longo da faixa do pavimento; evitar os efeitos das mudanças excessivas de volume de solos do subleito; evitar a ocorrência do fenômeno de bombeamento de finos plásticos. Afim de evitar o fenômeno de bombeamento, utiliza-se materiais que tendem aos seguintes requisitos: a) Dimensão máxima característica do agregado inferior a 1/5 da espessura d sub-base b) Índice de plasticidade deve ser igual ou menor do que 6% c) Limite de liquidez máximo de 25% d) A granulometria do material deverá permitir que após executada a sub- base e sob ação do tráfego, a consolidação do pavimento seja a menor possível. Os tipos de sub-bases para pavimento de concreto podem ser classificadas como sub-bases granulares ou sub-bases tratadas com cimento ou aditivos. A espessura adotada varia entre 15 a 40 cm, em caso de tráfego de pequeno porte, o valor mínimo pode ser até cm. É recomendável limitar o valor máximo do coeficiente de recalque no topo da sub-base, a ser considerado no cálculo da espessura necessária de concreto, em certa de Mpa/m. 7. SISTEMA DE DRENAGEM A drenagem dos pavimentos é realizada por meio dos seguintes sistemas: drenagem superficial bueiros, e drenagem profunda. O sistema de drenagem superficial tem como objetivo a coleta, condução e lançamento de águas que se precipitam ao longo do corpo estradal, conduzindo para um local de deságue seguro. Os principais dispositivos que compõe esse sistema são: a) valeta de proteção de corte e aterro b) sarjeta de corte em solo e em rocha c) banqueta de aterro d) saída d’água e) descida d’água f) caixa coletora g) caixa de amortecimento h) escalonamento de taludes Os bueiros tem como principal objetivo permitir a passagem das águas que escoam pelo terreno natural, de um lado a outro do corpo estradal. Os mais comuns são: tubulares de concreto, tubulares metálicos e celulares de concreto. O sistema de drenagem profunda tem por objetivo interceptar e rebaixar o lençol freático, impedindo a deterioração do suporte das camadas dos terraplanos e pavimentos. Os tipos de drenos profundos utilizados são: a) drenos contínuos e descontínuos b) drenos cegos c) drenos interceptantes d) colchões drenantes e) drenos rasos f) drenos transversais g) drenos a céu aberto 7.1 DIMENSIONAMENTO DE DRENAGEM SUPERFICIAL O comprimento crítico das sarjetas e valetas é determinado pela fórmula de Manning: L=λ³√ℎ𝑡4√𝑙 3 em que : L= comprimento crítico d sarjeta ou valeta em metros; h= intensidade da chuva, em m/s; t= duração da chuva em segundos; l=largura do impluvium, em metros; λ= coeficiente que depende da declividade, rugosidade e forma do condutor. 7.2 DIMENSIONAMENTO DAS SAÍDAS D’ÁGUA: As saídas de água deverão ser dimensionadas em função dos valores d descarga que irão suportar, levando em consideração que essa descarga não cause erosões no terreno natural. O dimensionamentodas caixas coletoras deverá ser feito conforme as recomendações do ‘’Manual de Implantação Básica’’, do DNER. 7.3 DIMENSIONAMENTO DOS BUEIROS Deverá ser considerado que esse dispositivo irá operar como canais por um período de 10 anos. Deve ser considerado como um orifício com um afogamento máximo de 1,00 metro e para um período de recorrência de 50 anos. Para seu dimensionamento utiliza-se a expressão de Manning. 7.4 DIMENSIONAMENTO DE DRENOS PROFUNDOS Deve-se considerar a velocidade de percolação e gradiente hidráulico. Para cálculo da vazão, devem ser considerados: altura média da chuva; área da bacia; variação máxima de enchente e coeficientes topográficos e hidráulicos. Q=sV Q= vazão dada em m²/s; s= seção de vazão em m²; V= velocidade, em m/seg 8.0 DIMENSIONAMENTO DA ESPESSURA DO PAVIMENTO RÍGIDO Para dimensionamento de concreto simples, são apresentados os métodos elaborados pela Portland Ciment Association (PCA). Alguns pontos são analisados dentro desse método, como as propriedades do concreto; o tipo e suporte de fundação; carregamento e posição da carga. Com esse método, PCA, determina-se a espessura dos seguintes tipos de pavimentos: a) Pavimento de concreto simples- exigem placas curtas de ordem 5 a 6m de comprimento. b) Pavimento de concreto simples com barras transversais- formado por barras curtas de aço liso, tendo comprimento de 9 a 12m. c) Pavimento de concreto com armadura distribuída descontínua- placas de grande comprimento, chegando até 30m, embora sejam mais utilizadas as 10 a 15m. Os seguintes passos no processo de dimensionamento são necessários: Tipo de acostamento Resistência a tração na flexão aos 28 dias Coeficiente de recalque Fator de segurança Tráfego esperado para cada nível de carga de acordo com a vida de projeto do pavimento. Determinar espessura da placa, H Fatores de erosão Fator de fadiga Caso a porcentagem de resistência a fadiga consumida ou a porcentagem de dano por erosão ficarem próximas a zero, as condições estão satisfeitas, porém, a placa estará superdimensionada, devendo-se portanto, diminuir a espessura do pavimento, buscando uma porcentagem o mais perto possível de 100%. 8.1 PAVIMENTO ESTRUTURALMENTE ARMADO Trata-se de um pavimento de concreto armado com armaduras para suportar tensões oriundas do tráfego, disposta na parte inferior da placa e uma armadura para combater os esforços de retração, disposta na parte superior da placa. A vantagem desse tipo de pavimento é a redução da espessura da placa e menores gastos para manutenção. O dimensionamento desse tipo de pavimento é baseado na determinação das tensões e momentos fletores atuantes na placa de concreto. É necessário que sua resistência seja superior a 25Mpa para que o pavimento tenha resistência ao desgaste. 8.2 JUNTAS As juntas do pavimento de concreto estão sujeitas à defeitos, sendo necessário a introdução de um reforço em tais. Essa análise pode ser feita com base na teoria da elasticidade em função do diâmetro da barra de transferência, espessura da placa , resistência do concreto e o coeficiente de recalque. Os esforços atuantes em cada tipo de junta pode ser medido como: Juntas longitudinais : MjL=Mb (1-β/200) Juntas transversais: MjT= 0.7 Mb (1- β/350) Onde: MjL= momento na junta longitudinal MjT= momento na junta transversal Mb= momento na borda da placa Β= eficiência da junta em % 8.3 PAVIMENTO COM PEÇAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO Esse tipo de pavimento é aplicado em acostamentos, recuos, pátios e outro tráfegos com baixa velocidade. No dimensionamento da espessura desse tipo de pavimento, costuma-se empregar o método CBR, tomando apenas 50% da carga por roda. A espessura do pavimento é dada pela expressão: E= 150+150√𝑝/2 𝐼𝑠+5 E= espessura total do pavimento, em cm P=carga por roda, em tf Is= CBR do subleito, em %
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