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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO SERVIÇO SOCIAL ANA CAROLINA SOUSA HOFFMANN DA SILVA ANA FLÁVIA PEREIRA TAVARES CECÍLIA RODRIGUES SANTOS SOARES JÂNIO MARTINS DA COSTA LETICIA GONÇALVES BARCELOS GANDRA Capitalismo no século XIX e XX JOÃO MONLEVADE/MG 2019/1 ANA CAROLINA SOUSA HOFFMANN DA SILVA ANA FLÁVIA PEREIRA TAVARES CECÍLIA RODRIGUES SANTOS SOARES JÂNIO MARTINS DA COSTA LETICIA GONÇALVES BARCELOS GANDRA Capitalismo no século XIX e XX Trabalho de Ana Carolina Sousa Hoffmann da Silva, Ana Flávia Pereira Tavares, Cecília Rodrigues Santos Soares, Jânio Martins da Costa e Letícia Gonçalves Barcelos Gandra apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina Acumulação Capitalista e Desigualdade Social, Estatística e Indicadores Sociais, Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social I, Formação Social, Histórica e Política do Brasil e Seminário Indisciplinar III. Professores: Rosane Aparecida Belieiro Malvezzi, Hallynnee Héllenn Pires Rossetto, Paulo Sergio Aragão e Juliana Arruda. JOÃO MONVELADE/MG 2019/1 INTRODUÇÃO Nesse trabalho será abordado o tema Capitalismo no século XIX e XX, que é um sistema sócio-econômico adotado por vários países, onde possuem propriedade privada dos meios de produção, como máquinas, matérias-primas, instalações, etc. A sua produção e a distribuição das riquezas são regidas pelo mercado, no qual, os preços são determinados pelo livre jogo da oferta e da procura. Neste sistema o capitalista, que são os proprietários do meio de produção, compra a força de trabalho de terceiros para produzir bens que, após serem vendidos, lhe permitem recuperar o capital investido e obter lucro. O objetivo principal dos capitalistas é o lucro, que leva à acumulação de capital e ao crescimento de suas propriedades. No século XIX e no início do século XX, as empresas começaram a produzir cada vez mais, e muitos capitalistas ficaram muito ricos. No entanto, os trabalhadores ganhavam salários baixos e trabalhavam muitas horas por dia, geralmente em condições perigosas. Esses problemas levaram ao crescimento dos movimentos trabalhistas. Muitos empregados se juntaram para exigir melhores condições das empresas. Gerando assim a pobreza e as desigualdades sociais era intimamente ligado à escassez, consoante o baixo grau de desenvolvimento das forças produtivas e das relações de produção associadas àquelas. Foi após a Segunda Guerra Mundial que os direitos humanos fundamentais ganharam mais importância, garantindo dessa forma, um Estado Democrático de Direito. A partir daí foram surgindo e se consolidando outros direitos, entre estes, os direitos sociais, que são decorrentes da própria existência da sociedade. A constitucionalização dos direitos humanos fundamentais trouxe a sua normatividade, bem como a sua inserção dos direitos na Constituição, para que assim estes direitos possam ter uma garantia jurisdicional. DESENVOLVIMENTO O capitalismo realiza, na sua efetividade plena, a tendência natural da espécie humana para acumular. O que não havia era oportunidade de negociação livre, oportunidade de organização racional da produção e de aumento da produtividade do trabalho. Os modos de produção antecessores do capitalismo fizeram o desfavor de criar barreiras sociais, que, no caso, funcionaram como dispositivos antinaturais ao desejo intrínseco de acumulação que os homens trazem na sua natureza. Nada mais natural, então, que um dia, por força do curso evolutivo da história, o capitalismo surgisse na sua plenitude como um modo de produção de duração eterna, que corresponde aos anseios mais recônditos da natureza humana. Mas o capitalismo passou por algumas fases, primeiro Capitalismo Comercial começou do século XVI até a primeira metade do século XVIII surgindo assim após o fim do Feudalismo e representou a liberdade para os artesãos comercializarem os seus produtos têxteis; segunda fase Capitalismo Industrial - foi representado pela Primeira Revolução Industrial, que nasceu na Inglaterra a partir da segunda metade do século XVIII. A Primeira Revolução Industrial representou a expansão do Capitalismo pela Europa e Estados Unidos. Desta forma, as empresas do ramo têxtil passaram a produzir em larga escala e a vender mais atuação liberal na economia. Terceira fase foi o Capitalismo Financeiro - basicamente, surgiu no final do século XIX. Nesta época, as montadoras de veículos (Estados Unidos, Europa, Japão) já comercializavam os seus carros. Ele foi marcante até a Crise Global de 1929. A partir desta etapa, os governos mundiais passaram a interferir diretamente em suas economias (Neoliberalismo). Nascendo a Terceira Revolução Industrial, que esta sendo até os dias atuais - a partir da década de 1970, a robótica se tornou fundamental para a produção de bens de consumo em larga escala, principalmente nas montadoras de veículos. As empresas conhecidas como multinacionais quebraram as barreiras comerciais e se expandiram (com fabricação e comercialização de produtos) em nível global. Analisando a sociedade capitalista no século XIX e primeira metade do século XX podemos afirmar que o desenvolvimento do capitalismo levou a uma intensa concentração de capital, com a criação de grandes conglomerados econômicos; à transformação de um grande contingente de pessoas em trabalhadores assalariados e ao surgimento de inúmeros países, que pretendiam criar as condições para o desenvolvimento capitalista em suas fronteiras. A sociedade é dividida hierárquica e segregadoramente da seguinte forma: de um lado, os capitalistas, desejosos em acrescentar mais valor aos já possuídos e acumulá-los privadamente e, do outro, os proletários, livres tanto da servidão feudal quanto dos meios de produção necessários a obtenção dos seus meios de subsistência e da sua reprodução sociocultural, sendo, assim, obrigados a vender, no mercado livre de trabalho, a única mercadoria que lhes resta, a força de trabalho. Apesar de produção capitalista consistir na produção de mercadorias, é necessário distinguir entre a produção do lucro e a sua realização. A mais valia nasce no decurso do processo de produção; ela provém do fato da mão de obra assalariada, ao trabalhar sobre a matéria-prima com a ajuda de máquinas, preenche uma dupla função, conserva o valor do capital constante com o qual ela opera ao incorporar parcelas deste valor em cada novo produto que fabrica; cria um valor novo, e este valor ultrapassa o do próprio salário do trabalhador. A mais-valia é a diferença entre o valor criado pela força de trabalho e o seu próprio valor. Mas para que o capitalismo possa recuperar o capital investido (capital constante + capital variável, o capital variável representando o preço da força de trabalho) e realizar lucro, é necessário que as mercadorias sejam vendidas, e vendidas a um preço susceptível de aumentar o lucro do capital investido. Pois a máquina naquela época se tornou mais importante que a mão de obra. Nas fábricas, a produção era dividida em etapas. Cada trabalhador executava uma única tarefa, sempre do mesmo modo – a especialização ou divisão do trabalho. Esse processo ficou conhecido como Revolução Industrial e teve seu início na Inglaterra. Por fim, o sistema industrial instituiu duas novas classes opostas: os empresários, donos do capital e dos meios de produção, e os operários, que vendiam sua força de trabalho em troca de salário. Assim fazendo os trabalhadores rurais vivessem no meio de um turbilhão de mudanças que mal podiam compreender, sendo expulsos das suas terras, alijados dos seus meios de produção e de reprodução sociais, eram,naquele momento, obrigados a subsistir nas cidades urbanas em péssimas condições de vida humana. Criando lutas reformistas e revolucionárias dos trabalhadores no século XIX que trouxeram vitórias para as classes dominadas, foram criados sindicatos e diversas formas de associação de trabalhadores, através dos quais lutavam pela garantia de direitos e particularmente com a limitação da jornada de trabalho e concessões parciais de aumentos salariais, fazendo assim ao longo dos séculos XIX e XX, a classe operária conquistando importantes avanços na socialização da política – conquista do sufrágio universal e dos direitos sociais, criação 167 de sindicatos e partidos operários de massa. A sociedade brasileira passou por mudanças fundamentais nos campos políticos, sociais e consequentemente na forma de ver e entender a nova realidade que estavam vivendo. Foi nesse período que se mudou a forma de governo, foi feita a Constituição, se iniciou a substituição do trabalho escravo pelo trabalho assalariado e as fazendas de café e outras lavouras brasileiras modernizaram- se. As cidades cresceram e nelas as primeiras indústrias se instalaram. Nesse contexto, a Constituição Federal de 1988 veio o fim dos governos militares e no momento em que o povo ansiava pela democracia, pelo direito de eleger seu presidente e pela busca de direitos individuais e coletivos, marco importante na história brasileira, pois teve o mérito de dar à sociedade a participação democrática, garantir a efetividade dos direitos sociais nas relações de trabalho. A “questão social”, enquanto categoria teórica e problemática histórica emergiu no cenário europeu em meados do século XIX, quando a classe proletária, então liderada pelas suas franjas operárias, impôs-se como um ator político independente e autônomo, lutando e reivindicando soluções para suas mazelas, tais como pauperismo, fome, péssimas condições de habitação, degradação do espaço urbano, dentre outras tantas. Estamos diante de necessidades sociais prementes sendo transformadas em demanda política coletiva, organizada e consciente dos seus meios e objetivos. A questão social, não é, portanto, nem de um fenômeno natural, nem acidental, nem tão pouco de ordem individual. Sendo assim na primeira metade do século XX foi marcada pelo surgimento do estado de bem-estar social, que surgiu como uma medida de contraprestação estatal ante as fortes desigualdades sociais existentes. Ele foi caracterizado inicialmente pela previdência, depois por serviços educacionais, de saúde, legislação de proteção trabalhista, entre outros. Estas foram medidas viáveis para enfrentar os problemas sociais da época, tendo ótimos resultados. Entretanto em meados do século XIX e XX o capitalismo permanecia vivo e pujante diante dos seus aliados. Sua morte foi anunciada em altos brados por diversos teóricos e revolucionários socialistas, mas o corpo social capitalista teimou em não morrer, e pior, passou a se revolucionar a cada instante, a se reproduzir incestamente por todo o globo terrestre, sendo um dos sistemas econômicos mais populares. Inclusive os indicadores Sociais foram consolidados ao longo do século XX, abrindo uma visão nova de uma realidade exata, vivida por uma comunidade, facilitando o campo de estudo de uma determinada região por meio de dados estatísticos, que são utilizados para designar os países como sendo: ricos, pobres ou em desenvolvimento. Assim analisando expectativa de vida, taxa de mortalidade, infantil e analfabetismo, renda nacional bruta, saúde, alimentação e condições medicas e sanitárias, é de suma importância os indicadores sociais nas decisões administrativas. Assim, as políticas públicas surgem como uma série de medidas para a proteção, cuidado, e, manutenção da sociedade como um todo. A Abolição da escravatura registra um dos maiores marcos históricos do Brasil, que, sob pressão mundial, cedeu à tendência da época de aderir a este movimento. Fazia-se assim uma evolução histórica da humanidade, tornando livres os negros que antes viviam sob o regime da escravidão. A escravidão chegou ao fim, o ex-escravo tornou-se igual perante a lei, mas isso não lhe deu garantias de que ele seria aceito na sociedade, por isso os recém-libertos passaram dias difíceis mesmo com o fim da escravidão. No Brasil, sem acesso a terra e sem qualquer tipo de indenização por tanto tempo de trabalhos forçados, geralmente analfabetos, vítimas de todo tipo de preconceito, muitos ex-escravos permaneceram nas fazendas em que trabalhavam, vendendo seu trabalho em troca da sobrevivência. Aos negros que migraram para as cidades, só restaram os subempregos, a economia informal e o artesanato. Com isso, aumentou de modo significativo o número de ambulantes, empregadas domésticas, quitandeiras sem qualquer tipo de assistência e garantia; muitas ex-escravas eram tratadas como prostitutas. Os negros que não moravam nas ruas passaram a morar, quando muito, em míseros cortiços. O preconceito e a discriminação e a ideia permanente de que o negro só servia para trabalhos duros, ou seja, serviços pesados deixaram sequelas desde a abolição da escravatura até os dias atuais. CONCLUSÃO Conclui que o capitalismo, com início formal no final da idade média, tomou forte impulso no final do século XIX e primeira metade do século XX, com a onda abolicionista em torno do mundo, primeira e segunda guerra mundiais oferecendo uma demanda nunca antes vistam de insumos e materiais. Relações de capital e trabalho tiveram que ser normatizadas, e sofrer várias evoluções, criando o instituto sindical, políticas sociais, estabelecendo benefícios para a classe assalariada, que em um primeiro momento tiveram pouco reconhecimento. A sociedade teria que entrar em um processo de adaptação para absorver os escravos libertos, gerando alguns efeitos colaterais como segregação e discriminação racial, que ainda impera em várias regiões do Brasil. Mas o equilíbrio da justiça e igualdade de tratamento torna-se uma bandeira constante na vida do país atualmente. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA Ehttps://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/capitalismo-industrial- capitalismo-e-revolucoes-das-novas-tecnologias.htm?cmpid=copiaecoladuardo de Freitas- Acesso em 15/04/2019 . INDICADORES SOCIAIS RS (1975). Indicadores sociais: uma concepção em debate.Porto Alegre: FEE , n.3, p.149-158. Mazzucchelli, F. A contradição em processo: o capitalismo e suas crises. São Paulo: Brasiliense, 1985. Capitalismo e seu desenvolvimento - Tales dos Santos Pinto TRAJETÓRIA DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO ESTADO CAPITALISTA: gênese, auge e crise - Milena da Silva Santos Os Indicadores Sociais - Eduardo de Freitas- Acesso em 10/04/2019.
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